segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ESTÁ REVOLUCIONANDO OS NEGÓCIOS, IMPULSIONANDO A INOVAÇÃO , A EFICIÊNCIA E A VANTAGEM COMPETITIVA

 

Kevin Babitz – Escritor de Ciência de Dados | Analista de Marketing Técnico Sênior na Wayfair | MSE em Ciência de Dados na Universidade da Pensilvânia

Saiba como os líderes empresariais podem implementar a IA de forma eficaz e responsável, ganhando vantagem estratégica e mantendo-se competitivo.

A Inteligência Artificial (IA) está revolucionando os negócios, impulsionando a inovação, a eficiência e a vantagem competitiva. Para os líderes, dominar a IA é fundamental para liderar iniciativas estratégicas que promovem suas organizações.

No entanto, entender o potencial e as limitações da IA é crucial para um uso eficaz e responsável. No atual ambiente de negócios, o ambiente de negócios de hoje, manter-se competitivo exige a integração de tecnologias de ponta, como a IA. Este artigo fornece insights essenciais sobre o papel da IA na liderança e as habilidades necessárias para liderar iniciativas de IA bem-sucedidas. Você pode conferir nosso webinar separado para obter um entendimento de regulamentos para IA nos EUA, na UE e em todo o mundo.

Elevar as habilidades de IA da sua organização

Transforme seus negócios capacitando suas equipes com habilidades avançadas de IA através do DataCamp for Business. Obtenha melhores insights e eficiência.

Entendendo a IA e sua importância para os líderes

A Inteligência Artificial é um subcampo da ciência da computação que se concentra na criação de agentes inteligentes capazes de executar tarefas que normalmente exigiriam níveis humanos de inteligência. Essas tarefas incluem resolução de problemas, reconhecimento de fala e tomada de decisão, entre outros.

A IA engloba uma variedade de tecnologias, incluindo aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural e visão computacional. Os algoritmos de IA podem analisar grandes quantidades de dados rapidamente, identificar padrões e fazer previsões, fornecendo insights valiosos que podem informar decisões estratégicas.

Os líderes precisam ser informados sobre a IA para tomar decisões informadas sobre sua implementação e integração em suas organizações como parte das estratégias de treinamento digital corporativa.

Os líderes também devem entender os principais conceitos de IA, como algoritmos, processamento de dados, treinamento de modelos e ética da IA. Entender esses conceitos permite que os líderes se comuniquem efetivamente com suas equipes técnicas e tomem decisões estratégicas sobre investimentos em IA.

Além disso, ser informado sobre a IA ajuda os líderes a antecipar e mitigar os riscos potenciais associados à implantação de IA, como viés em modelos de IA e preocupações com a privacidade de dados. Ao conhecer a IA, os líderes podem levar suas organizações à inovação, garantindo o uso ético e responsável da tecnologia.

Benefícios estratégicos da IA para líderes empresariais

A IA pode melhorar significativamente , fornecendo insights orientados por dados que ajudam os líderes a entender as tendências do mercado, os comportamentos dos clientes e as eficiências operacionais.

Por exemplo, a IA pode analisar dados de clientes para identificar padrões de compra e preferências, permitindo que as empresas personalizem suas estratégias de marketing e melhorem o envolvimento do cliente. Esse nível de percepção permite que os líderes tomem decisões mais precisas e oportunas, aprimorando o processo geral de planejamento estratégico.

Além disso, ao automatizar tarefas rotineiras, a IA aumenta a eficiência operacional, permitindo que os funcionários se concentrem em atividades de maior valor. A automação por meio da IA pode simplificar processos como gerenciamento de inventário, atendimento ao cliente e análise financeira, reduzindo erros e custos operacionais.

A IA também promove a inovação, permitindo que as empresas desenvolvam novos produtos, serviços e modelos de negócios, ajudando-os a ficar à frente da concorrência.

A DataCamp pesquisou dados e líderes de IA e descobriu que 62% dos líderes acreditam que sua organização tem uma lacuna de habilidades de alfabetização em IA. Portanto, as empresas que desenvolvem dados e a alfabetização em IA ganham uma clara vantagem competitiva sobre um grande número de organizações que atualmente não têm alfabetização em IA.

Implementando IA em sua organização

Para integrar a IA com sucesso em sua estratégia de negócios, os líderes de negócios devem começar identificando as áreas em que a IA pode agregar mais valor.

1. Identifique oportunidades de IA: Comece avaliando seus processos atuais para identificar ineficiências em que a IA possa agregar mais valor. Concentre-se em áreas como automação de tarefas repetitivas, melhorar o engajamento do cliente ou melhorar a tomada de decisões.

2. Desenvolver uma estratégia de IA: Crie uma estratégia de negócios de IA clara que inclua:

    Mapa de tecnologia e dados: selecione as tecnologias de IA e estabeleça uma base de dados sólida com governança e segurança.

    Desenvolvimento de talentos: Aborde as lacunas de habilidades, aumentando a qualificação de sua força de trabalho ou trazendo experiência em IA. Considere parcerias externas para apoio adicional.

3. Promova uma cultura pronta para IA: Garanta que sua organização esteja preparada para a IA, garantindo uma cultura de IA que inclua:

    Compromisso de liderança: Demonstrar suporte de cima para baixo para iniciativas de IA.

    Engajamento dos funcionários: Comunique os benefícios da IA claramente e ofereça treinamento para aliviar as preocupações com as mudanças de emprego.

    Educação contínua: fornecer oportunidades de aprendizado contínuo para ajudar os funcionários a se adaptarem a funções orientadas por IA.

4. Implementar e dimensionar gradualmente: Adote uma abordagem faseada, começando com pequenos projetos-piloto para testar aplicativos de IA. Use esses sucessos para escalar a IA em toda a organização, apoiados por monitoramento regular de desempenho.

5. Desafios Superado: Gerencie proativamente os potenciais obstáculos por:

    Prontidão técnica: certifique-se de que sua infraestrutura de TI ofereça suporte às necessidades de IA.

    Gerenciamento de mudanças: Enfrente a resistência envolvendo funcionários cedo e mantendo uma comunicação clara.

    Uso ético da IA: estabelecer diretrizes para evitar vieses e garantir a transparência nas decisões orientadas por IA.

Abordar as preocupações dos funcionários sobre o deslocamento do trabalho e destacar os benefícios da IA e os esforços corporativos que estão sendo levados para aumentar as habilidades dos funcionários atuais podem ajudar a obter adesão e garantir uma transição suave para operações orientadas por IA.

O DataCamp for Business pode ajudá-lo a entregar essa implementação de IA com o melhor treinamento da categoria para seus funcionários, independentemente da escala. Com acesso a uma vasta biblioteca de cursos interativos, faixas de aprendizado personalizadas, projetos do mundo real e relatórios detalhados, as equipes podem aprimorar suas habilidades em IA e garantir que todos estejam cumprindo suas metas de aprendizado. Solicite uma demonstração hoje para saber mais.

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Estudos de caso da IA em Liderança

Como líderes em organizações que melhoram seus funcionários para melhor lidar e usar dados para aplicativos de IA, eles percebem melhorias significativas e vantagens estratégicas.

Organizações como a Essex Property Trust viram ganhos de produtividade de 24 horas em tarefas de dados após a qualificação.

Da mesma forma,  a Rolls-Royce 100xizou suas velocidades de processo de engenharia depois de implementar o treinamento de dados em sua oferta corporativa. Essas melhorias de velocidade se traduzem, em alguns casos, em uma semana de tempo economizado que agora pode permitir que essas organizações usem os dados para IA e outras tarefas importantes, enquanto sua concorrência deve esperar que seus dados sejam processados.

Ferramentas como a IA generativa estão tendo enormes impactos na produtividade e na forma como as organizações operam. A Deloitte reuniu uma lista de 60 casos de uso em muitos setores, demonstrando quanto a IA generativa tem e mudará a maneira como as empresas operam no futuro.

Conforme as organizações aumentam suas habilidades de IA e dados, é mais importante do que nunca que os líderes adotem IA em suas organizações.

Líderes de habilidades e conhecimentos precisam impulsionar iniciativas de IA

Os líderes que impulsionam as iniciativas de IA precisam de uma combinação de compreensão técnica e visão estratégica. As habilidades essenciais incluem:

    Alfabetização de dados: a capacidade de interpretar e alavancar dados de forma eficaz.

    Entendendo as tecnologias de IA: conhecimento de ferramentas e técnicas de IA para tomar decisões informadas.

    Gerenciando equipes multifuncionais: Garantindo a colaboração entre cientistas de dados, engenheiros e partes interessadas de negócios.

Recursos e programas de treinamento, como cursos on-line, workshops e conferências do setor, podem ajudar os líderes a desenvolver seus conhecimentos de IA. Muitas organizações e até países, como Cingapura, estão se voltando para plataformas de aprendizado de dados on-line, como a DataCamp, para treinar líderes e profissionais de .

Uso de IA é ético e responsável

A implementação de IA de forma responsável requer abordar preocupações éticas, como viés, privacidade e o potencial de deslocamento de empregos. Os sistemas de IA podem inadvertidamente reforçar os vieses presentes nos dados de treinamento, levando a resultados injustos.

Para mitigar esses riscos, os líderes devem garantir a transparência nas decisões orientadas por IA e estabelecer estruturas para avaliar e reduzir o viés nos modelos de IA. Este processo envolve:

    Realização de auditorias regulares de sistemas de IA

    Usando diversos conjuntos de dados

    Empregar práticas de design inclusivas

Desenvolver diretrizes para o uso responsável da IA envolve a criação de políticas que promovam justiça, responsabilidade e inclusão. As empresas devem estabelecer diretrizes éticas claras para o desenvolvimento e uso da IA, garantindo que os sistemas de IA respeitem a privacidade e os direitos humanos.

Ao priorizar considerações éticas, os líderes podem construir confiança nos sistemas de IA e garantir que seu uso se alinhe com os valores organizacionais e as expectativas da sociedade. Essa abordagem ética não apenas mitiga os riscos, mas também aumenta a reputação e a sustentabilidade da organização.

Pensamentos finais

A IA é uma ferramenta poderosa que pode impulsionar a inovação, a eficiência e a vantagem estratégica quando usada de forma eficaz e ética por líderes informados. Ao entender as capacidades e os desafios da IA, os líderes podem integrar com sucesso a IA em suas organizações, promovendo uma cultura de aprendizado contínuo e uso responsável. Isso não só melhora o desempenho dos negócios, mas também garante um crescimento sustentável e ético no cenário tecnológico em constante evolução.

As organizações podem capacitar seus funcionários e líderes para serem mais alfabetizados em IA por meio da plataforma abrangente de treinamento de negócios da DataCamp, que é escalável, personalizável, tem grande visibilidade e relatórios sobre o progresso organizacional e fornece assistência prática para criar a melhor experiência para cada organização individual.

O que é marketplace e por que investir nessa plataforma

ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech

Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele funciona na compra e venda de produtos.

Afinal, o que é marketplace?

O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.

Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.

Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento unificado.

Os principais marketplaces do Brasil

A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto

No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.

Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas, Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C, estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.

Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através de sua divulgação online.

Como escolher o marketplace ideal para sua loja

Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja, definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de decidir onde incluir sua marca:

Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará uma comissão maior.

Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.

Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.

Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.

Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para competir com os ofertados por elas.

Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.

Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já cadastradas.

Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.

Vantagens do marketplace

A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.

Para o consumidor

Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;

Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.

Para o lojista

Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;

Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na abertura de uma loja física ou online.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Para o Marketplace

Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;

Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo para fidelizar clientes.

Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que realizamos.

domingo, 5 de janeiro de 2025

MOTIVOS PARA A CONTA DE LUZ SER MAIS CARA NO BRASIL

 

História de ALEXA SALOMÃO – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Por iniciativas do Congresso e do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 2024 ficou marcado pelo aumento de uma série de despesas no setor de energia —e a maior parte vai impactar a conta de luz não apenas em 2025, mas por décadas. São mais de R$ 300 bilhões adicionais na tarifa, segundo projeções da PSR, consultoria global da área de energia, e da Frente Nacional de Consumidores de Energia.

“A gente passou o ano tentando deter os aumentos —se, de um lado, conseguíamos tirar de um projeto de lei, de outro, aparecia numa medida provisória”, diz Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente.

O Ministério de Minas e Energia afirma que atua para garantir segurança energética para o país (leia mais abaixo).

Parte dos custos já começa a ser sentida na inflação de 2025. Segundo o economista Andre Braz, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), consultorias do setor já projetam uma alta média nas tarifas 5% acima do IPCA, o índice oficial de inflação.

“O IPCA deve fechar em quase 5%, então o reajuste médio da tarifa vai ficar na casa de 10% no ano. Se for tão ruim assim, a gente já larga o ano com um impacto de 0,4 ponto percentual na inflação, que vai sendo captado ao longo de 2025 pelo reajuste contratual de cada empresa”, calcula o economista.

Para o consumidor é o pior dos cenários. Braz lembra que energia elétrica compromete aproximadamente 4% da renda familiar.

O item pesado é o projeto de lei das eólicas em alto mar, ou PL das offshores, como ficou conhecido. Apesar da forte pressão contrária das entidades do setor, foi aprovado no Senado cheio de jabutis (emendas alheias à proposta original), como subsídios ao carvão.

Se o presidente Lula não vetar os jabutis e garantir que não sejam ressuscitados na Câmara, o consumidor vai pagar a conta. São R$ 21 bilhões por ano, até 2050, ou um total de R$ 241 bilhões, trazendo a valor presente. Uma alta de 7% na conta de luz.

Outro item indefinido é o efeito do câmbio sobre a tarifa de Itaipu, que é dolarizada. A usina binacional é um caso à parte na galeria de aumentos. Como a dívida para a sua construção foi quitada em 2023, deveria estar contribuindo com a redução no preço da energia, mas ocorre o contrário.

Em 2023, a tarifa na boca da usina, que é chamada de Cuse (Custo Unitário do Serviço de Eletricidade), estava em US$ 16,71 por kW (quilowatt). Sem a dívida, deveria ter caído para US$ 11. Ocorre que Brasil e Paraguai usam a diferença para fazer um caixa extra que banca obras e projetos socioambientais e resistem a baixar o valor. Depois de meses de negociação, os parceiros anunciaram, em maio, um acordo para uma Cuse de US$ 19,28 por três anos, até 2026.

Os consumidores de Sul, Sudeste e Centro Oeste são obrigados a pagar por 80% da energia de Itaipu. O MME (Ministério de Minas e Energia), sob o argumento de que o consumidor brasileiro não seria prejudicado, anunciou o congelamento da tarifa e um cashback de US$ 300 milhões para cobrir a diferença. Especialistas afirmam que isso não muda o prejuízo para os consumidores.

“O legado do acordo é fazer o consumidor brasileiro pagar US$ 16,71, até 2026, pela energia de Itaipu, quando poderia estar pagando algo próximo a US$ 11. Essa diferença leva a uma despesa maior para os consumidores brasileiros, próxima a US$ 640 milhões ao ano, de 2024 a 2026”, afirma a engenheira Ângela Gomes, diretora Técnica da PSR. No total, serão R$ 11 bilhões, trazendo a valor presente, lembra ela.

Há outro problema. Em setembro, um estudo da ANE (Academia Nacional de Engenharia) identificou que o cashback era insuficiente, mas o alerta foi ignorado. Agora, do lado brasileiro, há um descasamento entre receita e despesa, com um buraco da ordem de US$ 120 milhões, segundo cálculos da TR Soluções, empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia.

São cerca de R$ 740 milhões, pela cotação atual da moeda americana. A TR tomou como base documentos da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional, que assumiu como holding de Itaipu após a privatização da Eletrobras).

“Pode ter havido um ruído de comunicação, porque, aparentemente, a conta para a projeção do ressarcimento não inclui todos os itens”, disse à reportagem o diretor de Regulação da TR Soluções, Helder Sousa.

Está claro que a estimativa do cashback focou na Cuse, o que garantiu o ganho integral de Itaipu. No entanto, não previu cobertura para a Conta de Comercialização no Brasil, que é gerenciada pela ENBPar. Deixou de fora, por exemplo, o gasto com cessão de energia, item dessa conta que também é pago pelos brasileiros. Há indicativos de que as projeções para geração também não se confirmaram. A questão é que, agora, alguém precisa pagar o déficit .

No início de dezembro, ao tratar do problema, a Aneel deu 45 dias para receber sugestões do MME e da ENBPar sobre o que fazer para não cobrar a diferença na conta de luz. Ao anunciar o rombo, o diretor da Aneel, Fernando Mosna, comentou que o MME havia dado uma “derrapada”.

Foi o segundo incidente do tipo envolvendo a pasta. No final de outubro, o mesmo Mosna qualificou de “erro grosseiro” o resultado de uma operação com bancos que antecipou o pagamento de dois empréstimos que pesavam na conta de luz. O MME havia estimado redução média de 3,5% e 5% na tarifa, mas a queda efetiva foi de 0,02%.

A tendência de alta no preço da energia repercute claramente em outra despesa, a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que acumula subsídios e encargos que são pagos pela conta de luz. Já se sabe que em 2025 vai bater recorde: R$ 40,6 bilhões.

Uma semana antes do Natal, o diretor geral da consultoria Volt Robotics, Donato da Silva Filho, dedicou uma apresentação a jornalistas para detalhar os aumentos.

“A CDE levou cinco anos para passar de R$ 20 bilhões para R$ 30 bilhões, mas, para ir de R$ 30 bilhões para R$ 40 bilhões, foram quatro anos. Mantido o ritmo, em 2028, no máximo, a gente chega a R$ 50 bilhões”, diz Donato.

O aumento não apenas acelera como se concentra. Quatro itens respondem por cerca de 90% da CDE: descontos tarifários (40%), CCC (Conta de Consumo de Combustível, outros 25%), tarifa social (15%) e universalização, que inclui o Luz para Todos e o Luz para a Amazônia (10%).

Nos descontos tarifários —o maior item— estão justamente os benefícios para quem vende e para quem compra energia renovável, que foram turbinados pelo Congresso e pelo governo. Esse grupo não paga integralmente pelo uso do fio, e a despesa é transferida para os demais consumidores. Traduzindo: cada nova leva de painéis solares, do jeito que está o modelo, significa aumento na conta de luz de quem não tem painel solar, por exemplo.

No caso do subsídio para a baixa renda na tarifa social, que é meritório, Donato defende, já faz um tempo, um pente-fino. Uma lei de 2021 determinou que a distribuidora deve dar o benefício automaticamente para quem estiver no cadastro social, ao invés de o consumidor ter que ir atrás dele. Isso fez a despesa disparar.

Outra preocupação é a universalização do atendimento em áreas rurais e remotas. Na avaliação da Volt é preciso melhorar a governança dos recursos. Em 2024, por exemplo, foram previstos R$ 2,5 bilhões em investimentos, mas apenas R$ 800 milhões foram executados. Ainda assim, o orçamento subiu para R$ 4 bilhões em 2025.

A única despesa da CDE que tem previsão de queda, da ordem de R$ 392 milhões, é a CCC. Mas o valor pode subir.

A MP (Medida Provisória) 1.232, do governo federal, trouxe flexibilizações para evitar a falência da Amazonas Energia e viabilizar a transferência de controle –da Oliveira Energia para a Âmbar, do grupo da J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. A MP caducou, mas uma discussão judicial manteve as flexibilizações. Se as medidas forem adotadas, os consumidores vão assumir custos estimados em R$ 14 bilhões por 15 anos.

Também coube ao MME validar o uso da térmica de Cuiabá, da mesma Âmbar, num processo polêmico que se arrastou por mais de dois anos. A medida adicionou R$ 9 bilhões à conta de luz ao longo de 15 anos. A Âmbar havia assumido projetos de um leilão que exigia a construção de novas usinas, mas sugeriu a troca pela Cuiabá, há duas décadas de operação. Por forte oposição das áreas técnicas, a proposta não foi ratificada diretamente na Aneel ou no TCU (Tribunal de Contas da União).

Outra medida de iniciativa do governo que contribuiu para o ciclo de aumentos foi a MP 1.212. O texto prorrogou em três anos o prazo para investidores em energia renovável terem acesso a subsídios, o que, na prática, pelas estimativas trazidas a valor presente, elevará em R$ 50 bilhões os gastos dos brasileiros com subsídios ao longo do prazo das concessões, até 2050.

“A gente olha para frente, vê aumento dos custos da energia e da insegurança regulatória, mas a comunicação do governo fala em redução da tarifa de energia em 2025, porque vai ter mais chuva e menos chance de bandeira vermelha —é uma versão bem diferente da realidade que presenciamos”, afirma Lucien Belmonte, porta-voz do movimento União Pela Energia, que reúne 70 associações da indústria brasileira.

Procurada para comentar o balanço setorial em 2024, a assessoria do MME afirmou em nota que a pasta atua para garantir modicidade tarifária e segurança energética para o país.

Destacou que MP 1.212 solucionou o descasamento dos investimentos em geração de energia limpa e renovável com os leilões de linhas de transmissão de energia, mas não explicou como esse descasamento ocorreu, uma vez que planejamento de geração e de transmissão são atribuições do governo.

Disse ainda que a MP não criou novos subsídios, mas não comentou o fato de a extensão do prazo aumentar o gasto do consumidor com esses benefícios

A assessoria destacou os benefícios socioeconômicos que o ministério identificou com a MP: “Geração de 300 mil novos empregos, destravamento de 600 projetos e quase 26 gigawatts de geração e energia limpa e renovável, garantia de R$ 100 bilhões em investimentos, dos quais R$ 5 bilhões já foram depositados em forma de caução”, detalhou o texto.

Em relação à MP 1.232, a assessoria afirma que foi medida de extrema necessidade para garantir a segurança no suprimento de energia aos consumidores do estado do Amazonas e o equilíbrio econômico e financeiro da concessão.

Sobre o déficit ligado a Itaipu, não coberto pelo cashback, afirmou que organizações ligadas à usina, ENBPar e Aneel realizarão as tratativas necessárias para manter, ao longo de 2025, as premissas do acordo. Destacou também que a negociação sobre Anexo C ainda está em curso, e a meta do Brasil é garantir tarifas que estejam apenas relacionadas ao próprio custo da usina, mas não explicou a razão do atraso.

A assessoria não esclareceu se a pasta reconhece as distorções na CDE. Afirmou que os programas como o Baixa Renda e Luz para Todos são fundamentais para o combate à pobreza energética e que o MME tem trabalhado para aprimorar a governança e a transparência dessas políticas.

A assessoria reforçou que a atual gestão do MME atua para evitar soluções setoriais isoladas e tentou deter os jabutis do PL das eólicas offshore, bem como outras iniciativas do gênero, como as inseridas no PL do Combustível do Futuro e do Programa de Aceleração da Transição Energética. Disse ainda que há um esforço para concluir a reforma setorial.

“O MME tem atuado para prover uma solução estrutural para o setor de energia, mantendo a expansão de geração limpa e renovável e a segurança energética. A proposta está em fase final e já em tratativas avançadas com a Casa Civil.”

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da ENBPar detalhou que apenas o saldo da Conta de Comercialização em dezembro, atualizado na data-base de outubro, é de R$ 306,5 milhões negativos, e que foi o primeiro déficit desde que a estatal assumiu a administração, em junho de 2022.

“O resultado deve-se basicamente à escassez hídrica, que reduziu o excedente de energia e, consequentemente, a receita com a geração de Itaipu”, explicou o texto.

Também em nota, a assessoria de imprensa da Âmbar disse que ambas as medidas citadas pela reportagem trazem ganhos para os consumidores de energia, não perdas.

O acordo da Âmbar relativo ao PCS garante uma economia de 67% em relação ao contrato original e a ampliação da potência disponível para o sistema elétrico. “Trata-se do maior desconto aos consumidores entre todas as soluções consensuais do PCS, contando com aprovação do plenário do TCU”, destaca o texto.

Já o plano de transferência da Amazonas Energia mantém as flexibilizações regulatórias nos mesmos patamares médios que a distribuidora recebeu nos últimos cinco anos, ao mesmo tempo em que obriga a Âmbar a realizar um aporte de capital de pelo menos R$ 6,5 bilhões em 2025, segundo a assessoria. “A transferência evita um prejuízo total para a União que poderia superar os R$ 20 bilhões, entre dívidas, custos e ressarcimentos”, afirma o texto.

*

AUMENTOS CONTRATADOS EM 2024

R$ 241 bi

Jabutis no projeto de lei das eólicas offshore; o valor presente, estimado a partir de 2050, representa aumento médio de R$ 21 bi ao ano por esses 25 anos

R$ 50 bi

MP 12.012, que prorrogou em três anos o acesso dos investidores de renováveis a subsídios; a cifra é o montante gasto ao longo de 25 anos, trazida a valor presente de 2050, ano em que se encerram as concessões

R$ 11 bi

Quanto custa para o consumidor, ao longo de três anos, manter a Cuse de Itaipu em US$ 16,7 por kW quando poderia pagar US$ 11; em dólar, a diferença representa uma despesa de US$ 1,92 bi no período

R$ 14 bi

Custo das flexibilizações previstas na MP 1.232 para a recuperação da Amazonas Energia; é valor nominal ao longo dos 15 anos, sem incluir o custo já repassado para a energia de reserva

R$ 9 bi

Previsão do acordo entre MME e Âmbar Energia, dentro do PCS (Procedimento Competitivo Simplificado), com apoio do TCU (Tribunal de Contas da União); valor nominal ao longo do período, até 2032

R$ 740 mi

Cifra que não foi coberta pelo cashback que manteve a Cuse de Itaipu congelada em 2024 e precisa ser paga em 2025

Fonte: Frente Nacional de Consumidores de Energia e PSR

MEDIDAS PROTELADAS EM 2024, SEGUNDO ESPECIALISTAS DO SETOR

Reforma geral do setor

Vital para deter aumentos de subsídios, que são puxadinhos para contornar falhas na estrutura do sistema

Leilão da chamada reserva de capacidade

Busca dar estabilidade à oferta de energia, cada vez mais instável pelo avanço das renováveis. Essa distorção já provoca picos diários de preços, e obriga o ONS (Operador Nacional do Sistema) a cortar energia renovável, o que afeta o caixa dessas geradoras

Escolha do diretor da Aneel, que saiu em maio

A cadeira vaga cria dificuldades para a tomada de decisões mais sensíveis e, ainda assim, a Aneel segue como única agência que inicia 2025 com essa indefinição

Usina de Itaipu

Não houve anúncio sobre desfecho das negociações do Anexo C (parte do Tratado de Itaipu que trata dos itens financeiros), apesar de o prazo final acertado pelos dois países ser dezembro

PRESSÃO PARA AUMENTO DOS COMBUSTÍVEIS

 

História de NICOLA PAMPLONA – Folha de S. Paulo

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O ICMS sobre os combustíveis sobe no início de fevereiro em meio a um cenário de preços pressionados pela alta do dólar e pela recuperação das cotações internacionais do petróleo, o que pode dificultar ainda mais a queda das taxas de juros.

Gasolina e diesel iniciaram o ano com elevadas defasagens, e, embora a Petrobras diga que ainda esperará para definir reajustes, as bombas já refletem alta nos custos de importações e no preço de venda da maior refinaria privada brasileira.

A alíquota do ICMS sobre a gasolina e o etanol vai subir R$ 0,10 por litro, de R$ 1,37 para R$ 1,47. A alíquota sobre o diesel e o biodiesel vai aumentar R$ 0,06, de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro. A gasolina é o componente com maior peso no IPCA e qualquer aumento tem potencial para pressionar a inflação.

Os produtos já vêm em alta nas bombas, refletindo a escalada do dólar nas últimas semanas. Segundo levantamento da Endered Ticket Log, o diesel S-10 encerrou dezembro com o maior preço de 2024: R$ 6,27 por litro, em média, alta de 2,79% no ano.

Gasolina e etanol subiram em dezembro, para R$ 6,29 e R$ 6,47 por litro, respectivamente. “As altas registradas no dólar têm afetado o mercado de combustíveis, assim como a maior demanda por transporte, tradicional nesta época do ano”, avalia Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil.

Os aumentos nas bombas ocorreram em um ano de poucos reajustes da Petrobras. A estatal elevou o preço da gasolina em suas refinarias apenas uma vez. No diesel, não fez nenhum reajuste.

Já a Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, tem repassado as oscilações do mercado internacional com mais frequência. No dia 26 de dezembro, por exemplo, elevou seus preços de venda da gasolina e do diesel, já respondendo à escalada do dólar.

A pressão cambial arrefeceu nos últimos dias, mas a cotação do petróleo voltou a subir: entre o dia 20 de dezembro e esta sexta-feira (3), saiu da casa dos US$ 72 para cerca de US$ 76 por barril.

Preocupações com sanções ao Irã pelo governo eleito nos Estados Unidos tendem a manter certa tensão no mercado, diz o Goldman Sachs. O banco acredita em impacto pequeno, mas vê o petróleo a US$ 78 por barril em junho.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse à Folha que a empresa ainda vai esperar para entender o comportamento do mercado. Em entrevista recente à Band, ela defendeu que a empresa tem registrado bons resultados mesmo tendo “abrasileirado” o preço dos combustíveis.

Nesta sexta-feira (4), porém, a defasagem do preço do diesel vendido pela estatal chegou a R$ 67 por litro em relação à paridade de importação medida pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Na média nacional, a diferença é de R$ 0,61 por litro.

É um valor próximo dos R$ 0,73 registrados no início de julho, quando a defasagem atingiu seu pico em 2024. No caso da gasolina, a defasagem estava nesta sexta em R$ 0,38 mas refinarias da Petrobras e R$ 0,37 na média nacional.

Mesmo que não defina por aumentos, a Petrobras não tem margem para reduzir preços em refinarias e aliviar a alta dos impostos, como fez no último reajuste do diesel, em dezembro de 2023, às vésperas da retomada integral dos impostos federais sobre o combustível.

EDMUNDO GONZÁLES QUER VOLTAR PARA A VENEZUELA E SER EMPOSSADO COMO PRESIDENTE

 

História de BBC News Mundo – BBC News Brasil

Edmundo González saiu da Venezuela em setembro para se exilar na Espanha

Edmundo González saiu da Venezuela em setembro para se exilar na Espanha© Reuters

O líder da oposição venezuelana, Edmundo González, afirmou neste sábado que seu objetivo é viajar para a Venezuela para tomar posse na próxima semana. Ele garante que contou com o apoio maioritário dos cidadãos nas eleições presidenciais de julho passado.

De Buenos Aires, onde se encontrou com o presidente da Argentina, González afirmou que tem “toda intenção de chegar à Venezuela” no dia 10 de janeiro, data da mudança de governo.

“Minha intenção é ir à Venezuela simplesmente para tomar posse do mandato que os venezuelanos me deram quando me elegeram com 7 milhões de votos para servir como presidente”, declarou González à imprensa, após se reunir com o presidente Javier Milei.

Conforme estabelece a Constituição da Venezuela, a mudança de governo deve ocorrer no dia 10 de janeiro. Nas eleições de 28 de julho do ano passado, o presidente Nicolás Maduro e Edmundo González se enfrentaram.

Javier Milei e Edmundo González acenam para venezuelanos em Buenos Aires

Javier Milei e Edmundo González acenam para venezuelanos em Buenos Aires© Getty Images

Ele vai conseguir entrar na Venezuela?

Milhares de venezuelanos foram à Praça de Maio, em frente à Casa Rosada

Milhares de venezuelanos foram à Praça de Maio, em frente à Casa Rosada© Getty Images

Questionado sobre como entraria na Venezuela, González disse que deveria reservar os detalhes: “Não posso dizer nada porque as circunstâncias hoje são muito complicadas”, afirmou.

O político e antigo embaixador, de 75 anos, deixou a Venezuela para se exilar em Espanha em setembro do ano passado, depois de um juiz ter emitido um mandado de detenção contra ele relacionado com o dia das eleições de 28 de julho.

Na quinta-feira, o governo de Maduro ofereceu uma recompensa de 100 mil dólares por informações que levassem à captura do líder da oposição.

"Estamos prestes a terminar", disse González aos seus seguidores.

“Estamos prestes a terminar”, disse González aos seus seguidores.© Getty Images

Pela manhã, González teve uma reunião privada com o presidente argentino, Javier Milei, na Casa Rosada. Conversaram sobre as estratégias econômicas que Milei tem implementado em seu país e como poderiam ser implementadas na Venezuela, segundo explicou González.

Após a reunião, os dois líderes políticos saíram à varanda do palácio presidencial para cumprimentar milhares de venezuelanos que se reuniram na Praça de Maio.

“Muito animado com a receptividade dos venezuelanos na Praça de Maio pela manhã. Uma grande concentração. Agradeço o reconhecimento que o presidente Milei me fez, como presidente eleito da Venezuela. Hoje, mais do que nunca, me sinto mais próximo geográfica e emocionalmente para cumprir o mandato que os venezuelanos nos deram nas eleições de julho passado”, disse González.

A oposição garante ter as atas que validam a sua vitória, enquanto o partido no poder apoiou a declaração do Conselho Nacional Eleitoral

A oposição garante ter as atas que validam a sua vitória, enquanto o partido no poder apoiou a declaração do Conselho Nacional Eleitoral© Getty Images

O líder da oposição venezuelana completou assim a primeira etapa da sua viagem pelo continente americano. Na noite deste sábado ele estará em Montevidéu para se reunir com o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou. Depois ele viajará para os Estados Unidos.

Em sua agenda, garantiu González, está uma conversa com o presidente Joe Biden, bem como um encontro com líderes do Congresso. Sobre um possível encontro com o presidente eleito Donald Trump, o venezuelano disse que nada está finalizado ainda.

“Aguardamos definições das novas autoridades que ainda não foram definidas”, explicou.

González pediu a liberdade dos presos políticos na Venezuela

González pediu a liberdade dos presos políticos na Venezuela© Getty Images

Em uma mensagem final aos venezuelanos que o apoiam, González disse que o projeto político que lidera juntamente com María Corina Machado está próximo de virar realidade.

“Não percam a fé, porque esta é uma campanha muito longa, muito difícil, que desenvolvemos há muito tempo e que estamos prestes a terminar”, expressou.

JANJA IMPOPULAR SOBRE AS SUAS AÇÕES NO GOVERNO E FORA DELE

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, chegou ao fim de 2024 com uma marca constrangedora para quem se dispôs a atuar como plenipotenciária influenciadora digital do governo e conselheira universal do marido e de seus ministros. Desde as primeiras semanas do atual mandato de Lula da Silva, Janja perdeu quase metade da sua popularidade, segundo pesquisa Genial/Quaest. Eis um bom recado para quem passou os dois primeiros anos de governo convicta não apenas de que seria capaz de influenciar o presidente, como também afetar a vida dos brasileiros – uma tarefa para a qual evidentemente não foi eleita.

Segundo divulgado em dezembro pela Quaest, 22% dos eleitores têm uma opinião positiva sobre Janja, índice que chegava a notáveis 41% em fevereiro de 2023. Por outro lado, 28% a avaliam negativamente, patamar que há quase dois anos estava em 19%. Outros 30% a veem como regular (eram 22% em fevereiro de 2023). Ainda que a espiral de Janja seja descendente desde o início do governo, o histórico da pesquisa mostra uma inversão de cenário no último ano: em dezembro de 2023, a primeira-dama ainda tinha mais admiradores do que críticos; um ano depois, a curva se inverteu. Janja chega a ter avaliação pessoal pior do que a avaliação do governo como um todo.

Ao participar da campanha eleitoral e ao subir a rampa ao lado do presidente, Janja emergiu como um ativo político de um Lula redivivo após os anos de prisão. Com a autoestima decorrente do triunfo eleitoral do marido, as convicções de quem pretendia “ressignificar o conteúdo do que é ser uma primeira-dama” e a disposição para se mostrar independente, Janja resolveu agir. Seus tentáculos avançam sobre a comunicação digital do governo e a intromissão frequente em assuntos de Estado com cobranças públicas (e privadas) a ministros. E é assim que se envolve em sucessivas polêmicas (como a última, na qual, durante reunião do G-20, ofendeu gratuitamente o empresário Elon Musk) e tem opinião assertiva sobre quase tudo o que diz respeito ao governo.

São frequentes os relatos de que sistematicamente interfere nas mensagens da Secretaria de Comunicação da Presidência e, não raro, faz o papel de estrategista e câmera do presidente nas redes sociais – um dos seus últimos feitos foi revelar o “domingo energizado” pela nova cascata artificial da Granja do Torto. A cascata irrigando um vinco que forma um caminho até um pequeno lago e as carpas coloridas que nadam em água cristalina com seixos no fundo tornaram-se ainda mais polêmicas porque foram mostradas ao distinto público em pleno debate do pacote de revisão de gastos do governo.

Quem age como personagem política passa a ser avaliada também como tal. Se Lula deseja mantê-la como ativo político, e se Janja pretende seguir “ressignificando” o papel de primeira-dama, a curva negativa de sua popularidade serve de alerta e aprendizado – se não para fazê-la voltar à tradição discreta da maioria das antecessoras, que pelo menos sirva para calibrar suas aparições e seus atos.

HOME OFFICE OU TRABALHO HÍBRIDO

 

História de Jayanne Rodrigues – Jornal Estadão

Profissionais com menor autonomia, baixa escolaridade e salários mais baixos devem ser os principais a retornar ao trabalho presencial ao longo de 2025. Já o modelo híbrido tende a se consolidar, principalmente entre profissionais com rendimentos mais altos e que atuam em organizações estruturadas. As projeções são de Sylvia Hartmann, pesquisadora de modelos de trabalho flexível e CEO da Remota, startup especializada em consolidar práticas de trabalho remoto e híbrido.

Segundo Hartmann, esse cenário evidencia “a disparidade social no Brasil” e não resolve os desafios enfrentados pelas organizações. Ela acrescenta que problemas reais enfrentados pelas empresas, como estratégias, fortalecimento da cultura, inovação e conexão no ambiente de trabalho não serão resolvidos com “o retorno compulsório” ao escritório.

Segundo ela, acreditar que trazer os trabalhadores da base da pirâmide de volta aos escritórios vai aumentar a produtividade e o engajamento é um “grande equívoco”.

Para 2025, a tendência deve permanecer semelhante: empresas inovadoras terão maior facilidade em adotar o remoto, enquanto organizações mais tradicionais continuarão resistentes à mudança.

Confira trechos da entrevista:

Qual deve ser o cenário do home office no Brasil em 2025?

Diante das notícias sobre a redução de oferta, o número de vagas remotas caiu. Por outro lado, o número de vagas híbridas se manteve. Isso me fez pensar: “Poxa, é uma boa notícia! Estamos vendo o modelo híbrido se consolidar.”

No entanto, notícias recentes mostram que esses números podem estar diminuindo. Por exemplo, a Amazon anunciou que vai adotar cinco dias presenciais. Quando analisamos esse cenário, a primeira impressão é que há uma forte tendência de retorno ao presencial e uma redução do home office, tanto no modelo integral quanto no híbrido.

Participo de um grupo de pesquisa da FEA/USP e FIA, e recentemente realizamos a 3ª edição da pesquisa sobre trabalho em home office e híbrido (estudo realizado pelo grupo de pesquisa Gestão Estratégica e Internacional de Pessoas do Programa de Pós-Graduação em Administração da FEA/USP e FIA, em parceria com a Sobratt).

Foram quase mil participantes. Muitos trabalham de forma 100% remota ou híbrida, com dois ou três dias de home office. 74% deles disseram que seus empregadores possuem uma política formal para os modelos de trabalho. Esses dados mostram que, embora o home office integral tenha perdido força desde a pandemia, o modelo híbrido veio para ficar.

Com base na pesquisa da FEA/USP e na sua análise de mercado, qual é o perfil dos profissionais mais propensos a retornar ao trabalho presencial em 2025?

Pelo menos para uma parcela da população, o modelo híbrido veio para ficar. Estamos falando de uma base de profissionais com alta escolaridade, maior autonomia e salários variando de R$ 10 mil a R$ 12 mil, de acordo com a pesquisa.

Por outro lado, quando olhamos para a base da pirâmide, considerando salários e escolaridade mais baixos, percebo, com base na minha experiência de apoio a empresas, que existe uma tendência mais forte ao retorno presencial.

Está sendo criada uma lógica: as empresas que adotam o modelo remoto ou híbrido são bem estruturadas, com políticas claras, contam com profissionais mais capacitados e com maior autonomia. Esses profissionais geralmente têm maior satisfação, desempenho e produtividade. Mas essa abordagem acaba ampliando a disparidade social no Brasil.

Sylvia Hartmann. Foto: Paola Vianna/Reprodução

Sylvia Hartmann. Foto: Paola Vianna/Reprodução

Nas empresas brasileiras, o que tem pesado mais na decisão de escolher o modelo de trabalho híbrido, 100% remoto ou presencial?

Existem alguns fatores importantes. Vamos dar um passo para trás. Antes da pandemia, todas as pesquisas sobre teletrabalho, home office e trabalho remoto eram baseadas principalmente em percepções: “Como você acha que seria?”. Eram hipóteses e possíveis resultados.

Depois veio o home office compulsório, provocado pela pandemia. As empresas migraram sem muita preparação. Agora temos a oportunidade de planejar melhor o trabalho remoto.

Inicialmente, pensei que isso fosse um problema típico do Brasil, mas percebi que é uma questão global. O Brasil enfrenta desafios específicos, como alta carga tributária, burocracia e desenvolvimento tecnológico limitado, que tornam o trabalho mais moroso.

Somos acostumados a seguir uma rotina conduzida por terceiros, desde a infância, com alguém nos acordando, nos alimentando e cobrando horários. Grande parte da população tem dificuldade de autogestão. Além disso, há pessoas que não possuem condições adequadas em casa para trabalhar remotamente.

Esses são os fatores determinantes: adaptações nas empresas, perfil dos profissionais e cultura organizacional. As empresas mais inovadoras tendem a adotar com mais facilidade o modelo remoto, enquanto as mais tradicionais resistem.

Existem outros fatores?

A cultura do imediatismo. Tudo é para ontem, urgente, isso dificulta o planejamento para implementar o modelo remoto. Há também o mimetismo: “Se a Amazon voltou, nós também devemos voltar.”

Isso é um erro, já que a flexibilidade é um diferencial competitivo importante, principalmente para empresas menores que não podem competir com as grandes em termos de salários e benefícios.

O trabalho remoto, se bem planejado, pode ser uma solução viável para problemas de conexão, pertencimento e resultados. Mas pular o planejamento e forçar o retorno ao presencial não resolve esses problemas e pode até piorar, com perda de talentos, etc.

Quais setores estão mais resistentes e quais os mais abertos à adoção de modelos remotos em 2025?

A área de tecnologia é um setor mais propenso ao trabalho remoto. Saindo desse setor, acredito que outros fatores são mais determinantes, como a cultura organizacional e o tamanho da empresa.

Em organizações maiores, promover uma mudança dessa magnitude é mais difícil. Para empresas menores, é mais fácil implementar modelos, realizar testes e manter uma boa governança.

Em termos de setores, indústrias de manufatura e outras atividades que não podem ser realizadas remotamente, obviamente continuarão presenciais.

Já as equipes corporativas dependem muito da cultura organizacional. Quando há necessidade de estar na operação, o modelo híbrido funciona bem. Por exemplo, o funcionário pode passar dois dias por semana na fábrica acompanhando como as coisas acontecem, e os outros três dias realizando atividades administrativas em casa.

Vejo que o fator determinante não é o setor em si, mas a cultura organizacional, a mentalidade dos líderes e a disposição para mudanças e inovações, além do investimento – de tempo e dinheiro – em processos que viabilizem novos modelos de trabalho.

Você citou que a cultura organizacional é um fator determinante para a adoção do modelo híbrido ou remoto em algumas empresas. Pode explicar o que seria na prática a cultura organizacional?

A cultura organizacional começa em aspectos mais visíveis, como o uniforme, o escritório e até as cores das paredes. Um escritório mais luxuoso ou mais despojado, por exemplo, reflete algo da cultura, mas de maneira superficial. Para mim, o ambiente físico entra nessa camada mais externa.

Depois, temos os valores declarados, é tudo aquilo que efetivamente acontece na prática. É como as decisões são tomadas e as dinâmicas funcionam: em uma empresa, mulheres não são promovidas. Em outra organização, as promoções acontecem independentemente de raça, gênero ou qualquer outro fator.

Essa cultura pode ser transmitida de várias formas: cada e-mail enviado, cada decisão tomada, cada pessoa promovida, cada escolha sobre ética ou tratamento de clientes. Tudo isso reflete e reforça a cultura da organização.

Por outro lado, temos questões como engajamento e pertencimento, que são diferentes da cultura organizacional. Sentir-se parte de algo, “vestir a camisa”, é algo mais subjetivo. É um grande desafio estimular esse pertencimento em times a distância. Mas manter todo mundo no escritório enfiado em reuniões virtuais também não cria conexão.

De que forma o home office e o modelo presencial impactam a rotina da cidade de São Paulo?

Em São Paulo, o trânsito piorou muito. Além disso, as condições do transporte público, como ônibus, trens e metrôs, são insalubres. Não consigo imaginar como isso pode contribuir para a produtividade de alguém.

Nos EUA, a pandemia levou muitos profissionais a se dispersarem para outros estados, trabalhando remotamente. No Brasil, a realidade é bem diferente. Aqui, temos características históricas de concentração de poder e emprego, então muitas pessoas não têm alternativas.

Sylvia Hartmann Foto: Paola Vianna/Reprodução

Sylvia Hartmann Foto: Paola Vianna/Reprodução

Hoje os escritórios são frequentemente ambientes caóticos, com pessoas realizando reuniões virtuais no mesmo espaço, sem condições de concentração ou confidencialidade. Mas algumas empresas estão investindo em espaços colaborativos, com inovação e interação.

Um movimento interessante, mais forte no exterior, mas já visível no Brasil, é a hospitalidade organizacional. Basicamente criar ambientes e serviços que facilitem a vida dos funcionários, tanto no presencial quanto no remoto. Bancos, salões de beleza, supermercados, creches, academias, espaços pet-friendly e apoio à saúde.

Isso ajuda muito a diminuir o peso do deslocamento e as horas que as pessoas passam fora de casa. A que horas elas fazem o supermercado? A que horas cozinham?

No Brasil, posso citar Nubank, Motorola Solutions e Logitech, que estão liderando essa tendência. Essas iniciativas mostram que o escritório não é resposta para tudo.

Um estudo da Robert Half mostrou que 71% dos recrutadores de empresas avaliam que a flexibilidade é determinante para a atração e retenção de talentos. Esse aspecto deve influenciar o modelo de trabalho no Brasil nos próximos anos?

No Brasil, tenho a impressão de que ainda não compreendemos de forma concreta que, quanto maior o nível de satisfação e de autonomia dos profissionais, maior a produtividade. Claro que as pessoas precisam ser bem treinadas, desenvolvidas e ter responsabilidade.

Recursos humanos é fundamental nessa equação de trabalho remoto, home office ou híbrido. Mas ainda temos uma distância muito grande entre as partes, e isso reflete na postura: “Não quer trabalhar? Então pode sair.” Ou: “Se quiser ficar, precisa estar presencialmente quatro dias por semana.”

Esse cenário reflete um atrito significativo entre a necessidade de flexibilidade dos profissionais e a resistência das empresas. A mídia também contribui ao destacar os retornos ao escritório, enquanto pouco se fala sobre empresas que estão implementando boas práticas de trabalho remoto ou híbrido.

Há casos de sucesso que precisam ser divulgados. É importante mostrar aos profissionais que existem empresas boas, estáveis, que oferecem oportunidades de crescimento e a flexibilidade que muitos buscam, seja de horário ou de local de trabalho.

CULTURA DE TRABALHO NOS ESTADOS UNDIOS E NO BRASIL

 

História de Amanda Fuzita – Jornal Estadão

Os Estados Unidos são o terceiro destino mais procurado por brasileiros que desejam estudar e trabalhar em outros países, segundo um estudo da Belta (Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio) divulgado em abril deste ano. Mas quais diferenças culturais no ambiente de trabalho esses brasileiros encontram lá?

Embora algumas práticas dos EUA já influenciem empresas no Brasil, ainda existem grandes diferenças culturais na forma como o trabalho é organizado e valorizado em cada país.

Há várias diferenças na cultura de trabalho entre Estados Unidos e Brasil. Foto: Daniel0/Adobe Stock

Há várias diferenças na cultura de trabalho entre Estados Unidos e Brasil. Foto: Daniel0/Adobe Stock

Pontualidade e respeito a horários

Nos EUA, a pontualidade é altamente valorizada, e os horários são rigidamente respeitados.

“As reuniões começam e terminam no horário estabelecido. Não há atrasos nem aquela ideia de estender a reunião por mais meia hora ou uma hora. Isso simplesmente não acontece,” conta a consultora executiva de carreira Andrea Trench, especialista em carreira e marca pessoal.

Objetividade e pragmatismo

Trench também destaca a objetividade dos profissionais norte-americanos. “Colegas de trabalho são apenas colegas de trabalho; interagem para obter resultados. Fora isso, não há envolvimento”, afirma.

Nos EUA, o foco no pragmatismo e na entrega dos resultados pode parecer frio para brasileiros, que tendem a cultivar relações mais pessoais no ambiente corporativo.

Isabela Cavalheiro, mentora de carreira e especialista em recursos humanos e orientação pela USP, observa que essa objetividade se reflete também nos processos seletivos.

“O modelo comportamental dos EUA é mais focado nas habilidades do candidato e evita perguntas pessoais ou relacionadas ao salário, algo ainda comum no Brasil.”

Equilíbrio entre vida pessoal e profissional

O equilíbrio entre vida pessoal e profissional também é uma marca da cultura de trabalho norte-americana. De acordo com Trench, nos EUA “o expediente termina às 17h. E, às 17h, todo mundo vai embora. Eles preferem começar mais cedo e não almoçar para sair às 16h ou 17h em ponto.”

Enquanto no Brasil, a cultura do “banco de horas” e as horas extras são comuns, nos Estados Unidos, a prioridade é manter uma clara separação entre o trabalho e a vida pessoal.

Competitividade e carreira

Outra diferença fundamental entre as duas culturas é o foco no desempenho individual.

“Nos Estados Unidos, se você entrega as suas metas de performance, provavelmente terá um crescimento mais acelerado. O reconhecimento profissional é mais rápido, desde que você tenha desempenho,” afirma Trench.

Lá, a meritocracia é um item importante no crescimento profissional, enquanto no Brasil o crescimento muitas vezes depende de uma combinação de desempenho, tempo de casa e networking.

Cavalheiro complementa essa visão ao destacar que, nos EUA, mudar de emprego com frequência é visto de forma positiva, como busca por crescimento.

“No Brasil, ainda existe uma visão negativa em relação a essa prática, sendo associada à falta de comprometimento ou insegurança. Mas as novas gerações brasileiras estão começando a adotar essa mentalidade de mais rotatividade.”

Trench ressalta que o ambiente de trabalho norte-americano tende a ser mais individualista e competitivo. “Cada um foca no seu, para entregar seu resultado. Isso pode comprometer o resultado da empresa, já que muita coisa depende de trabalho em equipe”, observa.

No Brasil, onde o trabalho em equipe e a colaboração são mais valorizados, essa abordagem pode ser vista como algo que compromete a coesão do time.

Valorização do empreendedorismo

O empreendedorismo é uma via de mobilidade social amplamente valorizada nos EUA. Cavalheiro explica que o mercado americano oferece mais oportunidades para quem busca a independência profissional.

“Nos Estados Unidos, o empreendedorismo é visto como uma forma de mobilidade social, enquanto no Brasil o modelo CLT ainda é visto como mais seguro.”

Ela observa que, apesar de o Brasil ter feito avanços com a introdução do MEI, o alto custo dos impostos ainda freia a expansão dessa mentalidade empreendedora.

Feedback direto e assertivo

Por fim, uma das principais diferenças notadas por Trench é a forma como o feedback é dado nos Estados Unidos: mais direcionado e assertivo.

Essa assertividade, embora eficaz, pode causar desconforto em profissionais brasileiros, que estão acostumados a um estilo de comunicação mais brando.

DESAFIOS DA ECONOMIA PARA 2025

 

André Charone é contador, professor universitário, Mestre em Negócios Internacionais

O Brasil entra em 2025 carregando um misto de esperanças e incertezas. Após enfrentar anos de instabilidade econômica, agravada por crises globais, mudanças climáticas e disputas geopolíticas, o país busca retomar um caminho de crescimento sustentável. No entanto, essa tarefa exige um olhar atento aos desafios que limitam o potencial brasileiro. Inflação persistente, déficit fiscal elevado, desvalorização cambial e a necessidade urgente de reformas estruturais são apenas algumas das questões que pressionam a agenda econômica nacional.

Com o intuito de analisar os principais obstáculos e apontar possíveis caminhos, o professor universitário e mestre em negócios internacionais, André Charone, compartilha sua visão sobre o atual cenário. “O Brasil tem um imenso potencial inexplorado, mas transformar esse potencial em resultados concretos requer planejamento estratégico, governança eficiente e um compromisso real com o desenvolvimento de longo prazo,” observa André.

Além disso, o contexto global também exerce influência significativa sobre a economia brasileira. A desaceleração de grandes economias, como a China e os Estados Unidos, impacta diretamente o comércio exterior do Brasil, enquanto a transição energética global oferece oportunidades, mas exige adaptação. “Estamos em um momento em que decisões equivocadas podem custar caro. É essencial que os gestores públicos e privados estejam alinhados com as demandas internas e externas para assegurar um crescimento inclusivo,” afirma o especialista.

A seguir, iremos explorar os cinco principais desafios econômicos do Brasil em 2025, destacando possíveis soluções.

1. Crescimento Econômico Modesto

“As projeções de crescimento para 2025, embora positivas, ainda são tímidas quando comparadas a outros mercados emergentes. Isso evidencia a necessidade de reformas estruturais que melhorem nossa competitividade global,” avalia André Charone. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima um crescimento de 2,1%, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta 2,5%. Esses índices estão aquém das taxas observadas em economias como Índia e Filipinas, que devem crescer 6,5% e 6,1%, respectivamente. Para André, “o Brasil precisa investir em infraestrutura, educação e desburocratização para destravar o potencial de sua economia.”

2. Pressões Inflacionárias e Política Monetária

Segundo André Charone, “a inflação é um desafio persistente que corrói o poder de compra das famílias e desestabiliza o ambiente de negócios.” O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode alcançar 5,2%, superando a meta estabelecida pelo Banco Central. Em resposta, o Comitê de Política Monetária (Copom) prevê elevações na taxa Selic, o que pode restringir o consumo e os investimentos. “Precisamos equilibrar o controle da inflação com estímulos ao crescimento, evitando que a política monetária restritiva paralise ainda mais nossa economia,” destaca o especialista.

3. Desafios Fiscais e Sustentabilidade da Dívida Pública

O cenário fiscal também preocupa. A dívida pública segue em trajetória ascendente, comprometendo a confiança dos investidores. “A falta de previsibilidade nas contas públicas é um dos maiores obstáculos para atração de investimentos estrangeiros,” explica André Charone. Ele argumenta que a adoção de políticas fiscais rigorosas, aliada a reformas como a administrativa e a tributária, é essencial para restaurar a credibilidade do país. “Sem essas medidas, o Brasil continuará preso a um ciclo de desequilíbrio fiscal e baixa competitividade,” completa.

4. Desvalorização Cambial e Impactos no Comércio Exterior

A desvalorização do real, com o dólar ultrapassando R$ 6,00, afeta diretamente o comércio exterior. André Charone observa que “essa volatilidade cambial encarece os insumos importados, pressiona a inflação e compromete a competitividade das exportações brasileiras.” Além disso, a incerteza cambial pode desestimular investimentos produtivos. Para mitigar esses efeitos, André sugere “uma política externa mais assertiva, que fomente parcerias comerciais estratégicas e expanda mercados para os produtos brasileiros.”

5. Necessidade de Reformas Estruturais e Investimentos em Inovação

Para enfrentar os desafios de 2025, André Charone enfatiza a importância de reformas estruturais e investimentos em inovação. “A transformação digital pode aumentar a produtividade e criar novas oportunidades, especialmente em setores como agronegócio, tecnologia e energia renovável.” Ele também destaca a relevância de uma educação voltada para as demandas do mercado global. “Sem preparar nossa força de trabalho para a nova economia, continuaremos a perder espaço no cenário internacional,” alerta.

VISÃO GERAL SOBRE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

 

Google Cloud

Inteligência Artificial (IA) é uma tecnologia que permite que máquinas aprendam, raciocinem e se comportem de forma semelhante à humana. A IA é capaz de resolver problemas, identificar padrões, reconhecer fala e prever ocorrências futuras.

A IA funciona através do processamento de grandes volumes de dados, que são alimentados constantemente por humanos. As máquinas inteligentes combinam esses dados com algoritmos para ler e interpretar padrões, o que torna o processo de aprendizado e ensino muito eficiente.

Alguns exemplos de IA são:

    Assistentes de voz como a Alexa, da Amazon

    Reconhecimento facial, usado para confirmar a identidade de uma pessoa ao acessar dispositivos pessoais ou aplicativos financeiros

    Computadores mestres em xadrez

    Carros autônomos

A conceituação moderna de IA remonta a meados da década de 1920. Alguns acontecimentos importantes no desenvolvimento da IA foram:

    1950: Alan Turing desenvolveu o teste de Turing, que analisa se um equipamento consegue se passar por um ser humano

    1956: A conferência no Dartmouth College, onde John McCarthy batizou a área de Inteligência Artificial

    1957: Frank Rosenblatt apresentou o perceptron, um algoritmo que funciona como uma rede neural artificial

    2022: O lançamento do ChatGPT, que deu início a uma nova era no uso da IA em tarefas mundanas

    O que é inteligência artificial (IA)? – Google Cloud

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O que é IA? – Explicação sobre inteligência artificial – AWS

O que é inteligência artificial (IA)? A inteligência artificial (IA) é uma tecnologia com recursos de resolução de problemas semel…

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Aprenda tudo sobre o conceito de Inteligência Artificial (IA)

O que é a Inteligência Artificial e como ela funciona? A Inteligência Artificial é a capacidade que soluções tecnológicas têm de s…

Tableau

    Mostrar todos

A IA generativa é experimental.

Definição da inteligência artificial. A inteligência artificial é um campo da ciência que se concentra na criação de computadores e máquinas que podem raciocinar, aprender e atuar de maneira que normalmente exigiria inteligência humana ou que envolve dados com escala maior do que as pessoas podem analisar.

O que é inteligência artificial (IA)?

A inteligência artificial (IA) é um conjunto de tecnologias que permitem aos computadores executar uma variedade de funções avançadas, incluindo a capacidade de ver, entender e traduzir idiomas falados e escritos, analisar dados, fazer recomendações e muito mais. 

A IA é a espinha dorsal da inovação na computação moderna, agregando valor para indivíduos e empresas. Por exemplo, o reconhecimento óptico de caracteres (OCR) usa IA para extrair texto e dados de imagens e documentos, transformando conteúdo não estruturado em pronto para negócios, dados estruturados e insights valiosos.  

Tudo pronto para começar? Clientes novos recebem US$ 300 em créditos para usar no Google Cloud.

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22:54

Introduction to Generative AI

Definição da inteligência artificial

A inteligência artificial é um campo da ciência que se concentra na criação de computadores e máquinas que podem raciocinar, aprender e atuar de maneira que normalmente exigiria inteligência humana ou que envolve dados com escala maior do que as pessoas podem analisar. 

A IA é um campo amplo que abrange muitas disciplinas diferentes, como ciência da computação, estatísticas e análises de dados, engenharia de hardware e software, linguística, neurociência e até mesmo filosofia e psicologia. 

Em um nível operacional para uso comercial, a IA é um conjunto de tecnologias baseadas principalmente em machine learning e aprendizado profundo, usada para análise de dados, previsões e previsão, categorização de objetos, processamento de linguagem natural, recomendações, recuperação inteligente de dados e muito mais.

Como a IA funciona?

Embora as especificidades variem de acordo com as técnicas de IA, o princípio básico gira em torno dos dados. Os sistemas de IA aprendem e melhoram por meio da exposição a grandes quantidades de dados, identificando padrões e relações que os humanos podem não perceber.

Esse processo de aprendizado geralmente envolve algoritmos, que são conjuntos de regras ou instruções que orientam a análise e a tomada de decisões da IA. Em machine learning, um subconjunto conhecido da IA, algoritmos são treinados em dados rotulados ou não rotulados para fazer previsões ou categorizar informações. 

O aprendizado profundo, uma especialização adicional, utiliza redes neurais artificiais com várias camadas para processar informações, imitando a estrutura e a função do cérebro humano. Com o aprendizado e a adaptação contínuos, os sistemas de IA se tornam cada vez mais competentes para realizar tarefas específicas, como reconhecer imagens, traduzir idiomas e muito mais.

Quer saber como começar a usar a IA? Confira a introdução à IA generativa para iniciantes.

Tipos de inteligência artificial

A inteligência artificial pode ser organizada de várias maneiras, dependendo dos estágios de desenvolvimento ou das ações realizadas. 

Por exemplo, quatro estágios de desenvolvimento de IA são comumente reconhecidos.

  1. Máquinas reativas: IA limitada que só reage a diferentes tipos de estímulos com base em regras pré-programadas. Não usa memória e, portanto, não pode aprender com novos dados. O Deep Blue da IBM, que superou o campeão de xadrez Garry Kasparov em 1997, foi um exemplo de máquina reativa.
  2. Memória limitada: a maior parte da IA moderna é considerada memória limitada. Ele pode usar memória para melhorar ao longo do tempo sendo treinado com novos dados, normalmente por meio de uma rede neural artificial ou outro modelo de treinamento. Aprendizado profundo, um subconjunto do machine learning, é considerado inteligência artificial de memória limitada.
  3. Teoria da mente: a teoria da mente não existe atualmente, mas a pesquisa está avançando em suas possibilidades. Descreve a IA que pode emular a mente humana e tem recursos de tomada de decisão iguais aos de um humano, incluindo o reconhecimento e memorização de emoções e a reação em situações sociais como um humano. 
  4. Autoconhecimento : um passo acima da teoria da IA de IA, ela descreve uma máquina mística que está ciente da própria existência e tem os recursos intelectuais e emocionais do ser humano. Como a teoria da IA de mente, a IA de autoconhecimento ainda não existe.

Uma maneira mais útil de categorizar amplamente os tipos de inteligência artificial é o que a máquina pode fazer. Tudo que chamamos de “inteligência artificial” é considerado inteligência artificial “estreita”, porque consegue executar apenas conjuntos limitados de ações com base na programação e no treinamento. Por exemplo, um algoritmo de IA usado para classificação de objetos não poderá realizar o processamento de linguagem natural. A Pesquisa Google é uma forma de IA estreita assim como análises preditivas ou assistentes virtuais.

A inteligência artificial geral (AGI, na sigla em inglês) seria a capacidade de uma máquina “sentir, pensar e atuar”, como uma pessoa. A AGI não existe no momento. O próximo nível seria a superinteligência artificial (ASI), em que a máquina funcionará de todas as maneiras superiores a uma pessoa. 

Modelos de treinamento de inteligência artificial

Quando as empresas falam sobre IA, muitas vezes falam sobre “dados de treinamento”. Mas o que isso significa? Lembre-se de que a inteligência artificial de memória limitada é uma IA que melhora com o tempo, sendo treinada com novos dados. Machine learning é um subconjunto da inteligência artificial que usa algoritmos para treinar dados e conseguir resultados.

Em geral, três tipos de modelos de aprendizado costumam ser usados em machine learning:

Aprendizado supervisionado é um modelo de machine learning que mapeia uma entrada específica para uma saída usando dados de treinamento rotulados (dados estruturados). Em termos simples, para treinar o algoritmo a reconhecer imagens de gatos, alimente-as com imagens marcadas como gatos.

O Aprendizado não supervisionado é um modelo de machine learning que aprende padrões com base em dados não rotulados (dados não estruturados). Diferentemente do aprendizado supervisionado, o resultado final não é conhecido antecipadamente. Em vez disso, o algoritmo aprende com os dados, categorizando-os em grupos com base em atributos. Por exemplo, o aprendizado não supervisionado é bom em correspondência de padrões e modelagem descritiva. 

Além do aprendizado supervisionado e não supervisionado, uma abordagem mista chamada aprendizado semi-supervisionado costuma ser empregada, em que apenas alguns dados são rotulados. Na aprendizagem semi-supervisionada, um resultado final é conhecido, mas o algoritmo precisa descobrir como organizar e estruturar os dados para alcançar os resultados desejados.

O aprendizado por reforço é um modelo de machine learning que pode ser descrito como “aprender por”. Um “agente” aprende a executar uma tarefa definida por tentativa e erro (um loop de feedback) até que o desempenho esteja dentro de um intervalo desejável. O agente recebe reforço positivo quando executa a tarefa bem e reforço negativo quando tem um desempenho ruim. Um exemplo de aprendizado por reforço seria ensinar uma mão robótica a pegar uma bola. 

Tipos comuns de redes neurais artificiais

Um tipo comum de modelo de treinamento na IA é uma rede neural artificial, que é vagamente baseada no cérebro humano. 

Uma rede neural é um sistema de neurônios artificiais, às vezes chamados de perceptrons, que são nós computacionais usados para classificar e analisar dados. Os dados são alimentados na primeira camada de uma rede neural, em que cada percepção recebe uma decisão e, em seguida, transmite essas informações a vários nós na próxima camada. Os modelos de treinamento com mais de três camadas são chamados de “redes neurais profundas” ou ” aprendizado profundo”. Algumas redes neurais modernas têm centenas ou milhares de camadas. A saída dos percetrons finais realiza a tarefa definida para a rede neural, como classificar um objeto ou encontrar padrões nos dados. 

Alguns dos tipos mais comuns de redes neurais artificiais que você pode encontrar incluem:

As redes neurais do feedforward (FF, na sigla em inglês) são uma das formas mais antigas de redes neurais, com dados fluindo de formas por neurônios artificiais até a saída ser alcançada. Nos dias de hoje, a maioria das redes neurais de avanço e retorno é considerada um “feedfeed profundo”com várias camadas (e mais de uma camada oculta). As redes neurais de encaminhamento geralmente são pareadas com um algoritmo de correção de erros chamado “retropropagação”, que, em termos simples, começa com o resultado da rede neural e funciona desde o começo. encontrar erros para melhorar a precisão da rede neural. Muitas redes neurais simples, mas poderosas, são de encaminhamento.

As redes neurais recorrentes (RNN, na sigla em inglês) são diferentes das redes neurais de encaminhamento, porque usam dados de séries temporais ou envolvem sequências. Ao contrário das redes neurais de encaminhamento, que usam pesos em cada nó da rede, as redes neurais recorrentes têm “memória” do que aconteceu na camada anterior como consequência da saída da camada atual. de dados. Por exemplo, ao realizar o processamento de linguagem natural, as RNNs podem “lembrar” de outras palavras usadas em uma frase. As RNNs são frequentemente usadas para reconhecimento de fala, tradução e legendas. 

A memória de curto prazo longa (LSTM) é uma forma avançada de RNN que pode usar memória para “lembrar” o que aconteceu em camadas anteriores. A diferença entre RNNs e LSTMs é que a LSTM pode lembrar o que aconteceu várias camadas atrás, usando as “células de memória”. A LSTM é geralmente usada em reconhecimento de fala e previsões. 

As redes neurais convolucionais (CNN) incluemalgumas das redes neurais mais comuns na inteligência artificial moderna. Geralmente usadas no reconhecimento de imagens, as CNNs usam várias camadas distintas (uma camada convolucional e, depois, uma camada de pool) que filtram partes diferentes de uma imagem antes de reativá-la (na camada completamente conectada). As camadas convolucionais anteriores podem procurar recursos simples de uma imagem, como cores e bordas, antes de procurar recursos mais complexos em camadas adicionais.

As redes adversárias generativas (GAN, na sigla em inglês) envolvem duas redes neurais concorrentes entre si em um jogo que, por fim, melhora a precisão da saída. Uma rede (o gerador) cria exemplos de que a outra rede (o discriminador) tenta provar que é verdadeira ou falsa. As GANs têm sido usadas para criar imagens realistas e até mesmo fazer arte.

Benefícios da IA

Automação

A IA pode automatizar fluxos de trabalho e processos ou trabalhar de forma independente e autônoma de uma equipe humana. Por exemplo, a IA pode ajudar a automatizar aspectos da segurança cibernética monitorando e analisando continuamente o tráfego de rede. Da mesma forma, uma fábrica inteligente pode ter dezenas de tipos diferentes de IA em uso, como robôs que usam a visão computacional para navegar no chão ou inspecionar produtos em defeitos, criar gêmeos digitais ou usar reais análises de tempo para medir a eficiência e os resultados.

Reduzir o erro humano

A IA pode eliminar erros manuais no processamento de dados, análise, montagem em tarefas e outras tarefas usando automação e algoritmos que seguem os mesmos processos toda vez.

Elimine tarefas repetitivas

A IA pode ser usada para executar tarefas repetitivas, liberando capital humano para trabalhar em problemas de maior impacto. A IA pode ser usada para automatizar processos, como a verificação de documentos, a transcrição de chamadas telefônicas ou a resposta a perguntas simples de clientes, como “Que horas você fecha?” Os robôs costumam ser usados para realizar tarefas monótonas, sujas ou perigosas no lugar de uma pessoa. 

Rápido e preciso

A IA pode processar mais informações mais rapidamente do que um humano, encontrando padrões e descobrindo relações entre dados que os humanos não conseguem.

Disponibilidade infinita

A IA não é limitada à hora do dia, à necessidade de quebras ou a outros ônus humanos. Quando executado na nuvem, a IA e o machine learning podem estar “sempre ativados”, trabalhando continuamente nas tarefas atribuídas a eles. 

A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Moysés Peruhype Carlech – Founder da Valeon

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para o seu comércio.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por mais de 245.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por mais de 5.800.000 de pessoas, valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas três anos. Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a sua empresa.

Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da região capaz de alavancar as suas vendas.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

sábado, 4 de janeiro de 2025

ECONOMIA NO MUNDO E NO BRASIL

 

Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar reverteu as perdas de mais cedo desta sexta-feira (3) e passou a subir, em meio a preocupações dos investidores com o cenário externo e com as contas públicas do Brasil.

Às 14h46, a moeda norte-americana avançava 0,29%, cotada a R$ 6,180, em sessão ainda de baixa liquidez por conta do feriado de Ano Novo. Já a Bolsa tinha forte queda de 1,05%, aos 118.855 pontos, pressionada pela queda de 2,30% da Vale e de mais de 1% dos papéis da Petrobras.

Em dia de agenda esvaziada de dados econômicos, o mercado se volta para o exterior, sobretudo para China e Estados Unidos.

A economia chinesa voltou a inspirar preocupação entre os agentes financeiros. A maior importadora de commodities do mundo tem enfrentado dificuldades nos últimos anos devido a crises imobiliárias, alta dívida do governo e demanda fraca de consumo.

As exportações, um dos poucos pontos positivos, podem ainda ser afetadas por uma guerra comercial com os EUA no novo governo de Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro e prometeu, enquanto ainda era candidato, aumentar tarifas em 20% para produtos chineses.

O governo da China tem se movimentado para tirar a economia da estagnação com medidas de estímulo fiscal. Conforme anunciado nesta sexta-feira, o país aumentará o financiamento de títulos do tesouro ultralongos em 2025 para estimular o investimento empresarial e o consumo interno.

Os títulos especiais do tesouro serão usados para financiar atualizações de equipamentos em larga escala e trocas de bens de consumo, disse Yuan Da, secretário-geral adjunto da NDRC (Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma), em entrevista coletiva.

“O tamanho dos fundos de títulos públicos especiais ultralongos será aumentado drasticamente este ano para intensificar e expandir a implementação das duas novas iniciativas”, disse Yuan.

De acordo com o programa lançado no ano passado, os consumidores podem trocar carros ou eletrodomésticos antigos e comprar novos com desconto, e um programa separado subsidia atualizações de equipamentos em larga escala para empresas.

As famílias também terão direito a subsídios para comprar três tipos de produtos digitais este ano, incluindo telefones celulares, tablets, relógios e pulseiras inteligentes, disse Yuan.

Mas, se por um lado há expectativa de que as medidas de estímulo do governo impulsionem a economia, por outro há temores de que algumas ações, como cortes nas taxas de juros, possam desvalorizar o iuan, o que também seria um fator de pressão para moedas emergentes.

Por ser a maior consumidora de commodities do mundo, o desempenho da moeda e da economia chinesas afeta a atividade de países de forte pauta exportadora, como o Brasil. Com isso, o minério de ferro caiu 2,18% em Dalian, puxando as ações da Vale, na B3, para queda de 2,50%.

A economia dos Estados Unidos também está no radar dos investidores, especialmente os possíveis impactos do novo governo Trump na política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).

As promessas de aumentar tarifas e fazer deportações em massa “são consideradas inflacionárias e nada triviais”, diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

“Vão forçar o Fed a manter juros altos e eventualmente até subir a taxa, o que pode pesar ainda mais no dólar.”

Os juros norte-americanos estão atualmente na faixa de 4,25% a 4,5%, depois de um corte de 0,50 p.p. e outros dois de 0,25 p.p no último semestre. As previsões de uma inflação acelerada com Trump, somadas a dados econômicos mais benignos, fizeram a autoridade monetária sinalizar um ritmo mais lento de flexibilização no próximo ano.

A economia dos EUA é considerada a mais segura do mundo e, em tempos de juros altos, é comum que investimentos saiam de outros países e sejam dirigidos para lá. Isso fortalece o dólar e enfraquece mercados de maior risco, como os emergentes e os de renda variável.

Por aqui, as perspectivas para o cenário fiscal brasileiro continuam sendo o principal foco do mercado neste início do ano. Os receios com o equilíbrio das contas públicas do país foram um dos principais motivos para a disparada do dólar em 2024, que acumulou alta de 27% em relação ao real.

Ao todo, 2024 registrou um fluxo cambial negativo de US$ 15,918 bilhões, a terceira maior saída líquida anual de dólares do país na série história do BC (Banco Central) iniciada em 2008. Os dados ainda são preliminares, até o dia 27 de dezembro.

O resultado só perde para os registrados em 2019 e 2020, quando as saídas líquidas foram de US$ 44,768 bilhões e US$ 27,923 bilhões, respectivamente.

Para os agentes financeiros, o governo tem coberto gastos crescentes com receitas pontuais, o que ameaça a longevidade do arcabouço fiscal.

A pressão é por mais cortes nas despesas. No último dia de plenário, 20 de dezembro, o Congresso Nacional aprovou uma série de medidas de contenção de gastos apresentadas pelo Executivo no final de novembro.

A estimativa do Ministério da Fazenda era de uma economia de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026. Mas o pacote foi enfraquecido na tramitação, e cálculos iniciais estimam que até R$ 20 bilhões da conta original vão deixar de ser poupados.

Os parlamentares blindaram emendas obrigatórias contra bloqueios, afrouxaram o comando para combater supersalários, derrubaram boa parte das mudanças no BPC (Benefícios de Prestação Continuada) e excluíram a medida que permitiria à União reduzir os repasses futuros ao FCDF (Fundo Constitucional do Distrito Federal). Eles ainda restringiram a flexibilização em recursos repassados ao Fundeb (Fundo Nacional da Educação Básica).

O mercado já cobra por mais ajustes fiscais, e o ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou que há espaço para outras contenções.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...