quarta-feira, 18 de setembro de 2024

ESTADOS UNIDOS E REINO UNIDO LIBERAM ARMAS DE LONGO ALCANCE PARA USO DA UCRÂNIA CONTRA A RÚSSIA

 

História de Realidade Militar

Neste exato momento, algo decisivo está acontecendo na guerra entre a Ucrânia e a Rússia. A Ucrânia está prestes a receber mísseis de longo alcance dos Estados Unidos e do Reino Unido, algo que pode mudar o rumo desse conflito. Estamos falando de armamentos que podem atingir alvos a centenas de quilômetros de distância. Mas como essas negociações estão se desenrolando? E, mais importante, como essas armas podem transformar a guerra?

A Ucrânia vem pedindo por mísseis de longo alcance desde o início da guerra, mas até agora, os Estados Unidos hesitavam em liberar esses armamentos. No entanto, mudanças recentes nas negociações sugerem que isso está prestes a acontecer.

Na semana passada, altos oficiais dos Estados Unidos e do Reino Unido se reuniram para discutir a liberação dos mísseis “ATACMS” e Storm Shadow para a Ucrânia. Essas reuniões ocorreram em vários níveis, tanto nos gabinetes dos dois países quanto em uma visita de campo à Ucrânia, onde o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o secretário britânico de Relações Exteriores, David Lammy, se encontraram com o presidente Zelensky.

Esse encontro foi significativo. Não só foi a primeira visita conjunta de autoridades americanas e britânicas à Ucrânia em uma década, como também exigiu um grande esforço logístico, já que todas as viagens à Ucrânia precisam ser feitas de trem, saindo da Polônia. Foram dez horas de viagem, ida e volta, para que os líderes pudessem discutir, cara a cara, como esses novos armamentos podem ser utilizados.

E por que tantas conversas e reuniões? Porque a liberação desses mísseis não é uma decisão simples. Há muito em jogo, e o medo de uma escalada do conflito com a Rússia sempre esteve no centro dessas negociações.

Mas o que são exatamente esses armamentos que estão em jogo?

Os mísseis “ATACMS”, desenvolvidos nos Estados Unidos, são projetados para atingir alvos a uma distância de até trezentos quilômetros. Eles são disparados de lançadores “HIMARS”, que a Ucrânia já possui, e podem destruir alvos importantes, como depósitos de munição, centros de comando e bases aéreas.

Já o míssil Storm Shadow, de fabricação britânica, tem um alcance um pouco menor, de duzentos e cinquenta quilômetros, mas é equipado com uma ogiva mais pesada, ideal para destruir alvos fortificados, como bunkers e estruturas protegidas. O que torna o Storm Shadow diferente é que ele é lançado de aviões, o que dá à Ucrânia uma flexibilidade tática ainda maior.

Mas por que esses mísseis ainda não foram liberados? A resposta está no medo de uma escalada.

Por mais de dois anos, a Ucrânia tem solicitado permissão para usar essas armas em território russo, mas os Estados Unidos sempre hesitaram. A principal preocupação é que, ao atingir alvos dentro da Rússia, o conflito possa se expandir ainda mais, potencialmente atraindo outros países para a guerra. Além disso, existe o temor de que a Rússia veja isso como uma provocação direta e reaja de forma imprevisível.

No entanto, a situação no campo de batalha mudou. A Rússia tem usado sua vantagem de alcance para atacar a Ucrânia com bombas planadoras, que são basicamente bombas comuns adaptadas com asas para que possam ser lançadas de aviões a grandes altitudes e atingir seus alvos com mais impacto. A Ucrânia, sem armas de longo alcance o suficiente para contra-atacar, tem sofrido com esses ataques.

Por isso, as negociações para liberar os mísseis “ATACMS” e Storm Shadow ganharam uma nova urgência. Durante a visita dos ministros à Ucrânia, um ponto importante foi discutir quais alvos a Ucrânia pretende atingir com essas armas. A Ucrânia está no meio do conflito e sabe melhor do que ninguém onde os ataques seriam mais eficazes. Esse tipo de informação foi essencial para os executivos que, posteriormente, tomaram a decisão de avançar com a liberação dos armamentos.

E é aqui que entra a reação da Rússia.

A reação de Moscou, como era de se esperar, foi imediata. O governo russo já declarou que a liberação dessas armas seria vista como um ato de agressão direta contra a Rússia, o que, segundo Putin, equivaleria a lutar contra o próprio país.

Mas, por trás da retórica, está o verdadeiro medo russo: com essas novas armas, a Ucrânia poderá atingir alvos estratégicos dentro do território russo, forçando Moscou a reposicionar suas forças e proteger infraestruturas vitais, como depósitos de armas e bases aéreas.

A Rússia já começou a reposicionar suas aeronaves para bases mais distantes, fora do alcance dos mísseis ucranianos. Mas essa mudança tem um custo. Isso significa que os aviões russos precisarão voar maiores distâncias, gastando mais combustível e reduzindo a eficácia de seus ataques.

Além disso, os depósitos de suprimentos e centros logísticos que antes estavam seguros agora estarão na mira dos mísseis “ATACMS” e Storm Shadow. Para Moscou, isso significa que suas operações militares no leste da Ucrânia podem ser seriamente prejudicadas.

E como exatamente essas armas podem mudar o curso da guerra?

Primeiro, a Ucrânia finalmente terá a capacidade de interromper os ataques aéreos russos. Até agora, os aviões russos estavam fora de alcance, o que permitia que lançassem bombas planadoras de forma relativamente segura. Mas com os mísseis de longo alcance, as bases aéreas russas que abrigam esses aviões estarão vulneráveis. Isso forçará a Rússia a operar seus aviões a uma distância maior, tornando seus ataques menos eficientes.

Em segundo lugar, a Ucrânia poderá criar uma espécie de “zona de exclusão” ao longo da fronteira com a Rússia. Isso significa que as linhas de suprimento e as bases logísticas russas que antes estavam fora de alcance agora poderão ser atacadas. Isso dificultará o reabastecimento das tropas russas na linha de frente e, com o tempo, poderá enfraquecer suas operações.

Terceiro, os mísseis de longo alcance serão cruciais para as ofensivas terrestres ucranianas, como a ofensiva em Kursk. Com a capacidade de atingir alvos estratégicos antes de avançar com suas tropas terrestres, a Ucrânia poderá enfraquecer as defesas russas e aumentar suas chances de sucesso nas ofensivas.

E, por fim, a questão da Crimeia. Embora a ponte da Crimeia, que liga o território russo à península, seja um alvo tentador, ela está no limite do alcance dos mísseis “ATAC-MS” e Storm Shadow. Além disso, destruir uma estrutura tão grande e fortificada é um desafio técnico. Mesmo que a ponte seja danificada, a Rússia já adaptou suas rotas de abastecimento, usando o “corredor terrestre” que conquistou em dois mil e vinte e três para manter o fluxo de suprimentos para a Crimeia.

Mas e então, o que podemos concluir de tudo isso?

A liberação dos mísseis “ATAC-MS” e Storm Shadow pelos Estados Unidos e Reino Unido marca um ponto de virada importante na guerra. A Ucrânia terá uma nova capacidade de atingir alvos estratégicos, e a Rússia será forçada a repensar suas estratégias. Embora esses mísseis não encerrem a guerra imediatamente, eles vão, sem dúvida, alterar a dinâmica do conflito.

Agora, resta ver como essas novas ferramentas serão usadas e se elas realmente terão o impacto que muitos esperam. O que está claro é que a guerra está prestes a mudar de forma dramática. E quem conseguir se adaptar mais rápido, terá a vantagem.

GRANDES FRIGORÍFICOS PODEM TER FEITO A DESTRUIÇÃO QUÍMICA DO PANTANAL

 

História de admin3 – IstoÉ

A ONG ambiental Mighty Earth associou nesta terça-feira (17) os grandes frigoríficos JBS, Marfrig e Minerva à “destruição química” do Pantanal brasileiro, após um estabelecimento que a organização como fornecedor ter pulverizado agrotóxicos em uma vasta área deste bioma para abrir espaço para a pecuária.

A Mighty Earth citou em um relatório uma operação policial realizada em abril no estado do Mato Grosso contra o “desmatamento químico” de mais de 81.200 hectares em onze propriedades situadas na maior área úmida do mundo.

A degradação deste santuário da biodiversidade ocorreu entre 2021 e 2023 com pulverizações aéreas de 25 tipos de “agrotóxicos”, incluindo o 2,4-D, componente do Agente Laranja, utilizado pelos Estados Unidos na Guerra do Vietnã, segundo a Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso.

A Fazenda Soberana, uma das onze propriedades envolvidas no crime ambiental, está no “centro de uma cadeia de abastecimento de carne bovina que conecta os três maiores frigoríficos com quatro grandes redes de supermercados no Brasil: Carrefour, Casino/GPA, Grupo Mateus e Sendas/Assaí”, indicou a Mighty Earth em um comunicado.

ONG associa grandes frigoríficos à ‘destruição química’ do Pantanal

O proprietário da fazenda foi multado em R$ 2,8 bilhões em abril por danos causados ao meio ambiente, uma cifra recorde para Mato Grosso em casos deste tipo, segundo a secretaria.

O órgão afirmou na época que a pulverização “irregular” também poderia ter contaminado a água na área alagada, colocando em risco a fauna, especialmente os peixes, e até mesmo os seres humanos.

Usando imagens de satélite, a investigação da Mighty Earth, realizada em parceria com as organizações Repórter Brasil e AidEnvironment, descobriu que a operação destruiu 3.447 hectares na Fazenda Soberana.

“Já tinha sido identificado o uso desse agente laranja e de outros componentes químicos para a destruição da floresta, mas do tamanho que a gente viu nesse foi a primeira vez”, disse à AFP João Gonçalves, diretor da Mighty Earth no Brasil.

No total, incluindo o desmatamento atribuído à Fazenda Soberana, o estudo descobriu a destruição de 4.651 hectares em cinco propriedades pecuárias da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal, supostamente vinculadas direta ou indiretamente com JBS, Marfrig e Minerva.

– “Não toleram desmatamento ilegal” –

Em uma resposta enviada aos autores do relatório em maio passado, a JBS afirmou que os casos mencionados não aparecem nos sistemas de alerta de desmatamento que utiliza: o estatal Prodes e a rede MapBiomas.

Uma das propriedades, localizada no estado do Pará, não está registrada como fornecedora, e as compras de outras três, que a JBS não menciona, “foram feitas antes de serem identificadas possíveis irregularidades socioambientais”, assegurou.

As políticas de compra da empresa “não toleram desmatamento ilegal”, disse em uma nota enviada à AFP na segunda-feira.

A Marfrig, por sua vez, afirmou à AFP que a Fazenda Soberana lhe “forneceu animais para abate” em setembro de 2018 e janeiro de 2019.

“Na época do abate, a propriedade cumpria todos os critérios socioambientais”, afirmou.

Em comunicado enviado à AFP, a Minerva indicou que, em relação à Fazenda Soberana, no município de Barão do Melgaço, “não há nenhuma comercialização”.

Já o Carrefour defendeu em sua resposta à ONG que, “após um estudo cuidadoso”, pode confirmar “que nenhuma das cinco propriedades mencionadas fornece ao grupo”.

A Mighty Earth denunciou ainda que 27 matadouros da JBS que abastecem com produtos os supermercados Carrefour, Casino/GPA, Grupo Mateus e Sendas/Assaí estão “vinculados” à destruição de quase 470.000 hectares na Amazônia e no Cerrado entre 2009 e 2023.

Se incluídos nove frigoríficos “associados” à Marfrig e à Minerva, a área é de mais de 550.000 hectares, segundo seus cálculos, que são atualizados periodicamente.

O estudo foi publicado no momento em que incêndios devastam o Pantanal.

Embora o fogo esteja associado a uma seca extrema agravada pelas mudanças climáticas, as autoridades afirmam que a maioria dos casos tem origem criminosa.

CHUVA ARTIFICIAL VAI RESOLVER O IMPACTO DAS QUEIMADAS?

 

História de Melissa Souza* – EM.com.br

Incêndio de grandes proporções atinge Serra da Piedade em Caeté, na Grande BH

Incêndio de grandes proporções atinge Serra da Piedade em Caeté, na Grande BH© Leandro Couri/E.M./D.A. Press

O Brasil enfrenta uma das piores secas da história. De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), mais da metade do país lida o piro período de estiagem dos últimos 44 anos, incluindo Minas Gerais. No estado, uma forte massa de ar seco e quente continental vem inibindo a chegada de frentes frias e favorece a permanência de baixos índices de umidade relativa do ar, impedindo a formação de chuvas.

Com a ausência de chuvas, as ocorrências de incêndios atendidas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) aumentaram. Segundo a corporação, de janeiro a agosto, as ocorrências tiveram um aumento de 50% em comparação ao mesmo período do ano passado, totalizando aproximadamente 14 mil registros, um recorde dos últimos cinco anos.

Uma alternativa para a escassez hídrica seria a chuva artificial, técnica utilizada com o objetivo de fazer com que as partículas de água das nuvens se juntem, formando gotas para a produção de chuvas. Para que ocorra essa aglutinação, são usados sais de prata, como brometo ou iodeto de prata. No entanto, segundo especialistas, o dispositivo pode não ser tão eficaz para o combate de incêndios florestais e queimadas.

O Que É Chuva Preta E Por Que Ela Acontece

“Uma forma [de reduzir o impacto das queimadas] é a chuva induzida, por meio de helicópteros ou aeronaves, dispersar um produto para aumentar a densidade desses núcleos de condensação provocando as precipitações. Elas podem ser úteis para apagar os incêndios, mas podem causar uma consequência ainda maior. Isso porque o brometo pode prejudicar o solo”, explica o professor do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Flávio Pimenta.

O especialista em recursos hídricos pondera que a chuva artificial não é a melhor alternativa para o combate às queimadas, visto que trata-se de um investimento caro e incerto. Isso porque, segundo Pimenta, é difícil saber se uma nuvem vai realmente chover em cima de um incêndio específico devido aos ventos.

“O clima do nosso Brasil está atípico, com muitas chuvas no Sul e muita seca no Norte. Nas regiões áridas e semiáridas, o problema é ainda mais grave. São muitos dias sem chuva, então não há lençóis freáticos e rios que ajudem a situação. Como o clima está muito seco, as queimadas chegaram para ficar. Associadas à falta de conhecimento das pessoas, a condição climática impede que a massa de ar frio chegue. Talvez ainda tenhamos mais uns dois meses sem chuva”, diz.

Segundo a meteorologia, o mês de setembro traz consigo uma combinação de temperaturas elevadas e precipitação abaixo da média, acompanhadas de variações significativas. Em Minas, a previsão indica um cenário climático preocupante, com impactos que podem se estender para diversos setores, incluindo saúde, agricultura e energia.

Como não é possível adiantar a chuva, o professor da UFMG orienta que o melhor a se fazer é esperar as chuvas naturais, que devem voltar ao estado em outubro, e investir na consciência ambiental da população.

Devastação

De janeiro a agosto de 2024 os incêndios no Brasil já atingiram 11,39 milhões de hectares do território do país, segundo dados do Monitor do Fogo Mapbiomas, divulgados nessa quinta-feira (12). Desse total, 5,65 milhões de hectares foram consumidos pelo fogo apenas no mês de agosto, o que equivale a 49% do total deste ano.

Nesses oito primeiros meses do ano, o fogo se alastrou principalmente em áreas de vegetação nativa, que representam 70% do que foi queimado. As áreas campestres foram as que os incêndios mais afetaram, representando 24,7% do total. Formações savânicas, florestais e campos alagados também foram fortemente atingidos, representando 17,9%, 16,4% e 9,5% respectivamente. Pastagens representaram 21,1% de toda a área atingida.

No período, os estados do Mato Grosso, Roraima e Pará foram os mais atingidos, respondendo por mais da metade, 52%, da área alcançada pelo fogo. São três estados da Amazônia, bioma mais atingido até agosto de 2024. O fogo consumiu 5,4 milhões de hectares do bioma nesses oito meses.

O Pantanal teve 1,22 milhão de hectares queimados até agosto de 2024, um crescimento de 249% nas áreas alcançadas por incêndios, em comparação à média dos cinco anos anteriores. A Mata Atlântica teve 615 mil hectares atingidos pelo fogo, enquanto que na Caatinga os incêndios afetaram 51 mil hectares. Já os Pampas tiveram apenas 2,7 mil hectares no período de oito meses.

*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais

COMEÇA HOJE AS COMEMORAÇÕES DA SEMANA NACIONAL DO TRÂNSITO

 

Karla Neto – Colunista

Nesta quarta-feira (18), inicia a Semana Nacional de Trânsito 2024.

Prevista pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a Semana Nacional de Trânsito acontece, anualmente, entre 18 e 25 de setembro. Para o ano de 2024, pela primeira vez, o tema foi definido por votação popular e o escolhido foi “Paz no trânsito começa por você”. Durante a semana, convoca-se todos os órgãos que compõe o Sistema Nacional de Trânsito a participar de ações que mobilizem a sociedade.

No mesmo período, comemora-se a Semana Nacional da Mobilidade, que celebra o Dia Mundial sem Carro (22 de setembro). O objetivo é promover a reflexão sobre a forma como nos deslocamos nas cidades e os enormes problemas que o uso excessivo dos veículos pode causar ao meio ambiente e ao bem-estar da sociedade.

De acordo com o secretário nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, a mensagem da Semana Nacional de Trânsito 2024 tem como objetivo conscientizar os brasileiros sobre a necessidade coletiva de tornar o trânsito um ambiente de paz.

“Estamos felizes com a participação do público. Foi a primeira vez que a população teve a oportunidade de escolher diretamente a frase a se trabalhar nas campanhas de 2024. Todos aqueles que participam do trânsito têm o compromisso de manter a paz, diminuir o número de sinistro, assim como tornar as estradas mais seguras”, destacou.

Semana Nacional de Trânsito 2024: momento de ação e reflexão

Conforme Celso Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito, a responsabilidade de fazer com que o trânsito seja um ambiente melhor, com menos violência, é de todos nós. Não adianta apenas reconhecer os maus comportamentos no trânsito, é preciso excluí-los por completo.

O especialista destaca também que o trânsito é um ambiente de muitos contágios. “Aquela indignação, aquele estresse, aquela preocupação, facilmente atravessam a lataria e penetram nos outros veículos. Olhares furiosos ou amedrontados conectam cérebros sensíveis e tudo ganha contornos de caos. Ou de harmonia, se os ânimos forem de empatia, de colaboração, de boas intenções. No trânsito, espalhe o bom contágio”, declara.

“Paz no trânsito é o que todos queremos! Que não seja só um dia, só um mês. Que nossa paz seja consistente, sólida, duradoura… e contagiante!”, finaliza Mariano.

A Semana Nacional de Trânsito é comemorada todos os anos entre 18 e 25 de setembro, de acordo com o artigo 326 do Código de Trânsito Brasileiro, e o tema definido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para este ano é “Paz no trânsito começa por você”.

O objetivo é destacar o respeito aos mais vulneráveis, o reforço à proteção à vida e o fomento à cidadania no trânsito. No DF também estão previstas atividades relacionadas à mobilidade urbana sustentável, com ações voltadas a ciclistas, pedestres e motociclistas.

Simultaneamente a este período, acontece a Semana Nacional da Mobilidade, que celebra o Dia Mundial sem Carro (22 de setembro). O objetivo da Semana é promover a reflexão sobre a forma como nos deslocamos nas cidades e os enormes problemas que o uso excessivo dos veículos pode causar ao meio ambiente e ao bem-estar da sociedade.

Com o tema “Paz no trânsito começa por você”, a mensagem educativa proposta para esse ano educativas deste ano visa conscientizar a população sobre a importância de atitudes responsáveis no trânsito. O foco é mobilizar a sociedade para adotar comportamentos que promovam um trânsito mais pacífico, consciente e seguro.

As principais ações estão alinhadas ao Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), destacando a proteção dos mais vulneráveis, o acalmamento do tráfego, a acessibilidade e a sustentabilidade. Essas são as bases para as atividades promovidas ao longo da semana, reforçando a importância de um trânsito mais humano e seguro.

GOVERNO VAI CONFISCAR OS VALORES ESQUECIDOS PELOS BRASILEIROS NOS BANCOS

 

Andre Charone – Contador, professor universitário, Mestre em Negócios Internacionais

Com a aprovação recente do Projeto de Lei 1847/24 pela Câmara dos Deputados, uma nova preocupação surge para milhares de brasileiros: a possibilidade de perderem acesso a valores financeiros que, porventura, esqueceram em contas bancárias ou outros instrumentos financeiros. O projeto autoriza que tais fundos não reclamados sejam transferidos para o Tesouro Nacional, com o objetivo de auxiliar na redução do déficit orçamentário do país. Esta medida, embora vista pelo governo como uma necessidade fiscal, vem sendo apelidada de “confisco” por críticos, que alertam sobre a importância de os cidadãos reivindicarem esses valores antes que seja tarde.

Entenda o Projeto de Lei e Seu Impacto

O cenário é mais complexo do que parece. Segundo o contador e especialista em finanças pessoais André Charone, “ainda que, tecnicamente, não seja considerado ‘confisco’ como o que aconteceu com a Poupança na década 90, esse projeto, no longo prazo, coloca em risco o direito dos cidadãos de recuperar seu próprio dinheiro”. A lei permitirá que os valores não reclamados, identificados em diversas instituições financeiras, sejam considerados como receita primária, uma manobra que, de acordo com analistas financeiros, deveria ser mais transparente e oferecer um prazo maior para que os proprietários desses fundos se manifestem.

Passo a Passo para a Verificação e Resgate de Valores

Para os brasileiros que desejam verificar se têm valores a receber, André Charone oferece um guia detalhado, que reflete a necessidade de agir rapidamente:

1. Acesso ao Sistema de Valores a Receber: O primeiro passo é acessar o site do Banco Central por meio deste link: https://www.bcb.gov.br/meubc/valores-a-receber . Este portal foi especificamente desenhado para facilitar a consulta de valores esquecidos.

2. Consulta de Valores: Uma vez no site, os usuários devem inserir seu CPF ou CNPJ e fornecer sua data de nascimento ou a data de abertura de sua empresa, o que permitirá que o sistema identifique qualquer valor associado a seu nome ou entidade jurídica.

3. Procedimento de Resgate: Se forem encontrados valores, o procedimento seguinte envolve a autenticação por meio de uma conta gov.br de nível prata ou ouro. “Este é um passo crucial para garantir que os direitos dos cidadãos sejam protegidos, permitindo que eles reivindiquem o que é seu por direito antes que o governo faça uso desses fundos”, explica Charone.

4. Transferência dos Valores: Idealmente, a transferência dos fundos deve ser realizada via chave Pix, o que agiliza e simplifica o processo. Caso não seja possível, o usuário deverá entrar em contato direto com a instituição financeira para arranjar a transferência.

A Relevância da Ação Imediata

O especialista enfatiza a importância da ação imediata. “Deixar para verificar esses valores mais tarde pode significar nunca mais vê-los”, alerta Charone. Ele recomenda que todos façam uma verificação periódica não só para este caso específico, mas como uma prática financeira regular.

A matéria encerra com um chamado à consciência cidadã: “É seu dinheiro, e o direito de reivindicá-lo não deveria ser perdido por falta de informação ou ação. Verifique hoje mesmo se você tem valores a receber, e assegure-se de que seus direitos financeiros sejam respeitados”, conclui André Charone.

Este alerta é um lembrete crucial para todos os brasileiros: em tempos de incerteza econômica, cada medida que possa impactar suas finanças merece atenção e ação imediatas.

Sobre o autor: 

André Charone é contador, professor universitário, Mestre em Negócios Internacionais pela Must University (Flórida-EUA), possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV (São Paulo – Brasil) e certificação internacional pela Universidade de Harvard (Massachusetts-EUA) e Disney Institute (Flórida-EUA).

É sócio do escritório Belconta – Belém Contabilidade e do Portal Neo Ensino, autor de livros e dezenas de artigos na área contábil, empresarial e educacional.

 André lançou dois livros com o tema “Negócios de Nerd”, que na primeira versão vendeu mais de 10 mil exemplares. Os livros trazem lições de gestão e contabilidade, baseados em desenhos e ícones da cultura pop.

OS LÍDERES NAS EMPRESAS DESEMPENHAM UM PAPEL MUITO IMPORTANTE NO APOIO ÀS SUAS EQUIPES NAS CATÁSTROFES CLIMÁTICAS

 

Por Renata Tomazelli, fundadora da Youfeel Health – Redação StartSe

Em meio aos desafios que enfrentamos no Rio Grande do Sul devido às recentes catástrofes climáticas, os líderes nas empresas desempenham um papel muito importante no apoio às suas equipes.

Foto: golero via Getty Images

Em meio aos desafios que enfrentamos no Rio Grande do Sul devido às recentes catástrofes climáticas, os líderes nas empresas desempenham um papel muito importante no apoio às suas equipes garantindo que elas tenham o suporte necessário para enfrentar essa situação, especialmente aqueles que estão no Rio Grande do Sul ou com membros da equipe ou familiares que residem aqui.

Como Consultora em Desenvolvimento Organizacional, estou trabalhando diretamente com líderes, ajudando a implementar estratégias para gerenciar suas equipes durante esses momentos difíceis.

É normal que muitos líderes se sintam perdidos ou inseguros sobre como agir em situações como essas. No entanto, é importante lembrar que, mesmo diante da incerteza, há ações que podem ser tomadas para oferecer suporte e orientação às equipes. Como, por exemplo:

Comunicação consistente: mantenha uma linha aberta de comunicação com sua equipe. Pergunte como estão as pessoas e suas famílias, esteja disponível para ajudar no que for possível. Informe constantemente o time sobre o que está acontecendo e esteja pronto para responder a perguntas e fornecer esclarecimentos.

Priorize a segurança: em momentos como este, a segurança é a prioridade máxima. Instrua sua equipe a seguir os protocolos de segurança e demonstre que você e a empresa estão comprometidos com o bem estar deles, mesmo que isso signifique interromper temporariamente as atividades normais de trabalho. É importante reconhecer que muitas pessoas que não foram diretamente impactadas estão enfrentando dificuldades, além da falta de energia elétrica, água e internet. Leve isso em consideração antes de fornecer orientações a equipe ou solicitar alguma demanda. 

Colaboração e Gestão de entregas: facilite a colaboração entre as equipes, reorganize as entregas e as prioridades se necessário, especialmente se há equipes remotas que estão distribuídas por diferentes regiões do país, elas podem assumir responsabilidades de pessoas que não podem trabalhar integralmente agora? Reorganize, relembre as pessoas das prioridades e preste o apoio necessário na retomada ao trabalho. 

“Coloque a máscara primeiro em você”: cuide de sua própria saúde física e mental, para que possa estar presente e apoiar sua equipe da melhor maneira possível. Se você gastar toda sua energia, não terá energia para fazer isso com a equipe. Se doe, mas saiba que você também tem limites.

Apoio a longo prazo: reconheça que os efeitos de uma catástrofe climática como essa podem persistir por muito tempo. Continue oferecendo apoio, recursos e assistência prática às pessoas da equipe e às comunidades afetadas, compromisso de longo prazo será fundamental para resolver. 

Uma abordagem prática, flexível e adaptativa para liderar equipes em momentos como este é fundamental. Ao prestar atenção nesses pontos os líderes não apenas enfrentam as adversidades presentes, mas também constroem bases sólidas para um futuro mais resiliente e unido.

PROPÓSITO DE MARCA: POR QUE É IMPORTANTE E COMO DEFINIR O SEU

INOVAÇÃO SEBRAE MINAS GERAIS

No mercado de hoje, os consumidores têm uma infinidade de opções na ponta dos dedos. Além disso, as pessoas estão mais próximas das marcas e sempre atentas às falhas e às características daquelas não compatíveis com as suas.

Se sua marca não representa algo, não defende uma causa ou tampouco você tenha clareza do motivo de ela existir, além de propiciar que você ganhe dinheiro, isso demonstra que você pode estar em apuros. É por isso que você precisa saber mais sobre propósito de marca.

Neste artigo, vamos explorar não apenas o que é o propósito de uma empresa, mas também como definir o seu e trabalhar para cumpri-lo.

O QUE É PROPÓSITO DE MARCA?

O propósito da marca é a razão para a marca existir além de possibilitar o ganho monetário. É o principal ou os principais motivos que levam as pessoas a trabalhar em torno dos objetivos da empresa.

Se você quer um propósito de marca realmente poderoso, ele precisa estar relacionado ao produto ou serviço em si. Por exemplo, caso atue no setor educacional, seu objetivo pode ajudar ativamente no aprendizado e na formação das crianças.

Um restaurante especializado em comida de alguma região também é um bom exemplo. Além de simplesmente oferecer refeições em troca de dinheiro, aquela empresa pode ter como propósito difundir a cultura, resgatar tradições e oferecer experiências típicas de certo lugar.

A IMPORTÂNCIA DO PROPÓSITO DE MARCA

O propósito da marca é importante porque mostra aos seus clientes que você não é identificado apenas por seus produtos, serviços ou campanhas publicitárias, isto é, essa visão extrapola. Você tem um objetivo que é maior do que apenas obter lucro.

Novos clientes são atraídos pela ideia de que seus gastos podem fazer mais do que apenas ajudá-los a adquirir bens e serviços – podem fazê-los sentir parte de um esforço maior. Assim sendo, criar o seu propósito geralmente faz a diferença não só para conquistar consumidores, mas para transmitir a eles o senso de que estão gastando com algo que importa e que combina com os próprios objetivos.

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE VISÃO, MISSÃO E PROPÓSITO DE MARCA?

Na hora de fazer um planejamento estratégico, você provavelmente aprendeu a definir a Visão e a Missão de uma empresa. Outro ponto é que os valores de uma marca também são facilmente lembrados na hora de criar um negócio ou planejar o trabalho.

Mas e o propósito da marca? Onde entra nessa história? Vamos às diferenças entre cada um dos termos!

O propósito é o ‘por que’ você existe: a razão de ordem superior para ser uma marca ou empresa do que apenas ‘obter lucro’ ou ‘gerar valor para o acionista’.

Visão é ‘aonde’ você quer chegar: Este é o destino do que você quer que a marca ou a empresa seja no futuro (por exemplo, ‘Queremos ser o fornecedor líder mundial de X até 2030’).

Missão ou Missões da empresa são o ‘o que’ você deve fazer para chegar lá: podem ser iniciativas ou táticas específicas centradas no desenvolvimento de produtos, excelência operacional, estratégias de entrada no mercado ou comunicações de marca.

Os valores são o ‘como’ você gostaria de se comportar para alcançar o objetivo: Qual é a cultura organizacional de uma empresa ou organização? E quais são as qualidades ou o comportamento que valoriza: por exemplo, curiosidade, inclusão, diversidade de pensamento, etc.

COMO ENCONTRAR O PROPÓSITO DE MARCA

Se deseja definir seu propósito de marca ou criar um totalmente novo, você precisa ter certeza de que ele é autêntico, antes de mais nada.

Por exemplo, se o seu propósito centra-se na ética, é essencial que você demonstre integridade e credibilidade em todas as áreas do negócio – desde a contratação de pessoal até o fornecimento de material. Em um mundo no qual as notícias se tornam virais em questão de minutos, as empresas não podem se esconder dos escândalos e precisam minimizar esse risco, sendo genuínas.

ENTÃO, POR ONDE COMEÇAR O TRABALHO DE DEFINIR O PROPÓSITO DE MARCA?

A dica essencial é simples e direta. Veja o que o mundo precisa, o que seu cliente quer e o que você oferece. Seja honesto em relação à sua paixão como empresa, mas mantenha seu público-alvo e clientes em mente durante todo o processo. É uma ótima ideia aproveitar essa oportunidade para entender melhor, via pesquisa qualitativa, o que é importante para o seu cliente.

Além disso, não se esqueça do valor de sua equipe! Todos eles terão as próprias ideias sobre a marca e o que isso significa para eles.

Ao tentar descobrir o propósito da sua marca, pode ser tentador escolher um assunto popular como o “empoderamento feminino”, mas você precisa ser honesto sobre o que o inspira e partir daí.

Se o objetivo não corresponder ao seu produto ou serviço, ele não parecerá autêntico. Lembre-se: não precisa ser baseado em caridade, no desejo de mudar o mundo ou ser complexo demais.

Também é importante não entrar em pânico se você já tem um propósito de marca, mas percebeu que ele não combina com sua marca ou público. Basta mudá-lo! Os clientes esperam que as marcas cresçam e se modernizem, já que ter uma nova ideia é melhor do que continuar com uma inadequada.

COMO COMUNICAR O PROPÓSITO AO PÚBLICO?

Então, você decidiu o propósito da sua marca. Agora é hora de informar as pessoas sobre isso.

A maioria das marcas opta por não explicá-lo explicitamente, comunicando seu propósito de marca de forma que envolva e inspire o cliente, usando imagens e campanhas. Suas plataformas de comunicação de mídia, site e marketing impresso precisam ser consistentes e estar alinhadas buscando enviar a mesma mensagem.

Dependendo da sua estratégia e do tamanho do seu negócio, agora você pode começar a criar campanhas de marketing com base no seu objetivo. Slogans são uma ótima maneira de chamar a atenção das pessoas e mostrar a direção para qual você está indo.

Caso você represente uma empresa menor que não tem estrutura para criar grandes campanhas, o propósito da sua marca pode ser comunicado nas contas de mídia social e no ambiente do seu escritório.

Afora isso, lembre-se sempre de que ações valem mais do que palavras. Nesse caso, se definiu o seu propósito de forma honesta e verdadeira, você não terá problemas em mostrar no dia a dia do negócio a forma como ele é traduzido.

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terça-feira, 17 de setembro de 2024

PUTIN DÁ ULTIMATO À OTAN SOBRE USO DE MÍSSEIS DE LONGO ALCANCE PARA USO DA UCRÂNIA

História de Realidade Militar

As tensões entre Rússia e OTAN atingem novo patamar com a declaração bombástica de Putin. O presidente russo afirma que o fornecimento de armas de longo alcance à Ucrânia significaria uma guerra direta com a OTAN. 

A mensagem então é clara: os limites do que a Rússia considera aceitável estão sendo testados, e qualquer ultrapassagem dessa linha vermelha pode resultar em uma escalada catastrófica.

Mas afinal, por que Putin está fazendo essa ameaça agora, depois de mais de dois anos de guerra na Ucrânia?

A resposta está na recente movimentação dos Estados Unidos e seus aliados. Nas últimas semanas, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy intensificou seus pedidos por armas de longo alcance, como os mísseis Storm Shadow fabricados pelo Reino Unido, que têm a capacidade de atingir alvos a até duzentos e cinquenta quilômetros de distância. Essas armas poderiam mudar o equilíbrio de poder no campo de batalha, permitindo que a Ucrânia atinja alvos estratégicos dentro do território russo, como armazéns de munição, bases aéreas e centros de comando.

Os Estados Unidos, até o momento, têm mantido um controle rígido sobre os tipos de armas que permitem que a Ucrânia use, temendo uma escalada que poderia envolver diretamente a OTAN na guerra. No entanto, o cenário parece estar mudando. Em meio a esse cenário turbulento e pedidos incessantes da Ucrânia, o governo de Joe Biden está “trabalhando” na possibilidade de liberar o uso de armas de maior alcance.

Os Estados Unidos são peça-chave no apoio à Ucrânia, já que forneceram bilhões de dólares à eles, em forma de ajuda militar, incluindo sistemas de defesa avançados, drones e mísseis de curto alcance. Mas as armas de longo alcance sempre foram um ponto sensível. Até agora, os americanos resistiram a autorizar o uso de mísseis como o “ATACMS” — sistemas de mísseis táticos que podem atingir alvos a mais de trezentos quilômetros de distância.

Entretanto, segundo fontes do The New York Times, tudo indica que esse cenário pode estar prestes a mudar. Veja, o Reino Unido já deixou claro que está inclinado em permitir que a Ucrânia use seus mísseis de longo alcance, como é o caso do “Storm Shadow”, para atacar alvos em território russo. Só que eles querem antes uma permissão explícita do governo Biden. Isso provavelmente se deve ao fato de que os britânicos não querem tomar essa decisão sozinhos, e querem apoio dos Estados Unidos e da França para dar essa tão desejada autorização.

Essa demora em dar uma resposta sobre o uso dessas armas tem um bom motivo. Biden estava preocupado com possíveis represálias, depois que a inteligência americana alertou que a Rússia poderia ajudar o Irã, fornecendo armas à eles para atacar forças norte-americanas no Oriente Médio.

Até então, oficiais da Casa Branca insistiam que não havia qualquer possibilidade de permitirem o uso dos mísseis “ATACMS” para atacar alvos dentro da Rússia. Mas uma reviravolta importante nessa história aconteceu nos últimos dias.

Biden parece agora muito perto de autorizar que a Ucrânia use esses mísseis de longo alcance, depois de muita insistência por parte do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Em entrevista, quando perguntado à respeito, ele respondeu brevemente: “Estamos trabalhando nisso”. Mas aqui está um detalhe importante: a autorização é para usar mísseis de longo alcance que não sejam fabricados nos Estados Unidos. Com isso, fica claro que os norte-americanos não querem se tornar os responsáveis por uma possível escalada no conflito.

Como era de se imaginar, essa decisão, no entanto, não agradou a Rússia. Putin vê qualquer ataque em solo russo como uma violação direta de sua soberania e uma provocação que poderia justificar uma retaliação severa. Aliados de Putin, como Vyacheslav Volodin, chefe da Duma russa, alertaram que, se os Estados Unidos permitirem o uso dessas armas, eles estarão entrando oficialmente no conflito, e isso poderia levar a Rússia a usar “armas mais poderosas”. E por armas poderosas, entenda “armas nucleares”.

E bem, o que isso significa para a Ucrânia? Se os Estados Unidos e seus aliados finalmente autorizarem o uso de mísseis de longo alcance, as forças ucranianas terão a capacidade de atingir alvos estratégicos dentro da Rússia, algo que até agora era limitado por causas políticas e diplomáticas. Isso poderia mudar o curso da guerra, forçando a Rússia a redistribuir suas forças e recursos para proteger áreas dentro de seu próprio território.

A Ucrânia já mostrou que pode ser eficaz em ataques de longo alcance. Nos últimos meses, ataques ucranianos com drones em regiões como Kursk e Belgorod, no território russo, pegaram as forças russas de surpresa, enfraquecendo suas linhas de suprimento e desmoralizando suas tropas. Agora, com mísseis de maior alcance, a Ucrânia pode aumentar a pressão sobre Moscou, forçando Vladimir Putin a tomar decisões difíceis sobre como reagir.

Mas há um risco claro aqui: qualquer ataque ucraniano em solo russo pode ser visto como uma escalada direta, e Putin já deixou claro que uma resposta “apropriada” está em preparação. A Rússia, uma potência nuclear, tem uma série de opções à sua disposição, e o medo de uma guerra nuclear sempre esteve presente desde o início deste conflito.

 

GOVERNO LULA MOVE AÇÃO CONTRA FAZENDEIROS POR CRIME AMBIENTAL

 

História de Gabriel Hirabahasi – Jornal Estadão

BRASÍLIA – O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, anunciou nesta segunda-feira, 16, a primeira ação de dano climático protocolada em nome do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) por danos no Parque Nacional do Jamanxim, no Pará. Os alvos são cinco fazendeiros que, segundo o ministro, teriam cometido diversos atos ilícitos ambientais na região.

“Hoje anunciamos uma ação muito importante, primeira grande ação de dano climático que vamos apresentar representando o ICMBio. Será apresentada na Justiça Federal contra vários infratores no Parque Nacional Jamanxim, no Pará, na ordem R$ 635 milhões”, disse o ministro em um evento na sede da AGU, em Brasília.

Incêndio em área de proteção ambiental do Parque Nacional de Brasília, a poucos quilômetros de distância da residência oficial da Presidência da República. Foto: Eraldo Peres/AP

Incêndio em área de proteção ambiental do Parque Nacional de Brasília, a poucos quilômetros de distância da residência oficial da Presidência da República. Foto: Eraldo Peres/AP

A ação já foi protocolada na Justiça Federal. Os nomes dos réus não foram divulgados, bem como a peça protocolada pela AGU, para evitar reações dos envolvidos antes de o assunto ser despachado com o juiz responsável.

A procuradora-chefe da Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente da AGU, Mariana Cirne, disse que “nunca esteve tão evidente a necessidade de incluirmos o clima em nossas vidas”. “Estamos abrindo uma nova etapa, levando em consideração as unidades de conservação”, afirmou.

A ação por dano climático tem como objetivo buscar o ressarcimento por todos os danos, desde a devastação do bioma até a emissão de gases de efeito estufa, por exemplo. É a primeira ação do tipo protocolada pela AGU em nome do ICMBio, responsável por mais de 600 áreas de conservação ambiental no País.

A ação foi anunciada pela Advocacia-Geral da União no momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem sendo pressionado a liderar uma reação contra as insistentes queimadas que assolam o País nas últimas semanas. Nesta segunda-feira, 16, Brasília amanheceu tomada de fumaça por causa de incêndios no Parque Nacional de Brasília. A Polícia Federal investiga este caso.

Como o Estadão mostrou, o governo Lula foi alertado sobre a seca, a maior desde o início da série histórica há 74 anos, e o risco de escalada dos incêndios florestais. Uma série de documentos incluindo ofícios, notas técnicas, atas de reuniões e processos judiciais mostra que a gestão petista tinha ciência do que estava por vir desde o início do ano.

O Ministério do Meio Ambiente afirmou, após a publicação da reportagem, que o governo se antecipou, mas que ninguém esperava eventos nas proporções atuais. Disse ainda que não é possível controlar a situação se o “povo” continuar provocando incêndios.

‘Tolerância zero’

Jorge Messias disse que Lula e o governo passam uma mensagem de que há “tolerância zero contra infratores ambientais” por meio da ação de dano climático protocolada em nome do ICMBio por danos no Parque Nacional do Jamanxim.

“A mensagem que vamos passar hoje com o anúncio desta ação por dano climático contra diversos infratores é muito forte, do presidente Lula: daqui para frente, governo federal terá tolerância zero contra infratores ambientais. que fique muito claro isso. não toleraremos de forma alguma qualquer infração ambiental”, afirmou o ministro.infographics

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Apesar de se tratar de um caso específico – uma ação de punição pelos danos climáticos no Parque Nacional do Jamanxim (PA) -, o ministro Jorge Messias fez questão de ressaltar que a ação demonstra “com muita clareza à sociedade” essa posição do governo para “responsabilizar todos os infratores ambientais”.

“Como sabemos que a degradação do meio ambiente e as ações que colocam em risco se dão pela mão do homem, temos que alcançar as pessoas. Uma questão fundamental e que demonstraremos com muita clareza à sociedade é que vamos responsabilizar todos os infratores ambientais”, afirmou.

EPISÓDIO DA CADEIRADA DE DATENA NO MARÇAL VAI PARA A JUSTIÇA ELEITORAL

 

História de Heitor Mazzoco – Jornal Estadão

Ministério Público Eleitoral (MPE) abriu nesta segunda-feira, 16, uma investigação para apurar as circunstâncias da confusão que terminou com o candidato a prefeito de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) agredindo com uma cadeirada o adversário Pablo Marçal (PRTB) durante debate deste domingo, 15, na TV Cultura, apurou o Estadão.

Ainda nesta segunda, o procurador-geral de Justiça, Paulo Sergio de Oliveira e Costa, emitiu nota para afirmar que o MP “tomará as medidas cabíveis para garantir a lisura do pleito, reprimindo comportamentos que colocam em xeque a democracia, valor tão prezado pelos brasileiros”.

Datena deu cadeirada em Marçal durante o debate na TV Cultura: Promotoria investiga os fatos Foto: REPRODUCAO TV CULTURA

Datena deu cadeirada em Marçal durante o debate na TV Cultura: Promotoria investiga os fatos Foto: REPRODUCAO TV CULTURA

Oliveira e Costa afirmou ainda reprovar as cenas “presenciadas na noite deste domingo, quando a falta de civilidade e sensatez demonstrada por candidatos que pleiteiam o cargo de prefeito da maior cidade do país culminou em agressão física”.

De acordo com a legislação, agressões verbais ou vias de fato podem ser enquadradas no artigo 326, da lei nº 4.737 de 15 de Julho de 1965 (Código Eleitoral). É nesse trecho que a legislação prevê punição para injurias e agressões entre candidatos.Vídeo relacionado: Datena fala após cadeirada em Marçal (Dailymotion)

No caput do artigo, em eventual condenação por “injuriar alguém”, o candidato pode ser condenado a seis meses de detenção ou pagamento de multa. Já o parágrafo 2º do artigo 326 diz que “se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou meio empregado, se considerem aviltantes”, a pena é de detenção de três meses a um ano e multa.

O tucano Datena agrediu Marçal com uma cadeirada durante troca de ofensas e acusações no debate de domingo. Marçal foi levado para o Hospital Sírio-libanês e teve alta nesta segunda. Ele afirmou ainda se tratar de caso de “tentativa de homicídio”. No entanto, o boletim de ocorrência foi registrado como lesão corporal e injúria real. O B.O está no 78.º Distrito Policial (Jardins). Datena diz que não se arrepende e que faria o mesmo novamente.

O procurador-geral finaliza a nota dizendo que, com a confusão entre os candidatos, “desperdiçou-se, assim, a oportunidade de debater ideias e esclarecer os mais de 9 milhões de eleitores que irão às urnas no dia 6 de outubro para exercer um direito inalienável de todo cidadão: votar”.

INDÚSTRIA DO PETRÓLEO CRESECE NO PAIS NA CONTRAMÃO DO DISCURSO DO GOVERNO DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE

rasil e Mundo Produção de combustíveis fósseis cresce no país

Indústria do petróleo cresce rápido no país e já fala em apagão de mão de obra

Byvaleon

Set 17, 2024

História de NICOLA PAMPLONA – Folha de S. Paulo

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Apesar pressões de ambientalistas pela redução da produção de combustíveis fósseis, a indústria brasileira de exploração de petróleo vive um cenário de pujança e se aproxima do recorde de atividade ocorrido em 2014.

Os números de sondas de perfuração e de embarcações de apoio a plataformas está próximo do pico daquele período e o emprego formal no setor cresceu mais de 40% desde 2020, quando entrou em vigor o novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Empresas prestadoras de serviços já enfrentam gargalos na contratação de mão de obra e estudam incentivos à qualificação de pessoal para sustentar o crescimento previsto para os próximos anos, quando o recorde da atividade deve ser batido.

“Nossas análises indicam que, até 2029, o setor não para de crescer, apenas com os investimentos já contratados em plataformas”, diz Telmo Ghiorzi, secretário executivo da Abespetro (Associação Brasileira das Empresas de Bens e Serviços de Petróleo).

As petroleiras em operação no país já comunicaram à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) planos para a instalação de 42 novas unidades de produção entre 2024 e 2028, período em que o setor deve receber cerca R$ 500 bilhões em investimentos.

A ANP prevê outros R$ 24 bilhões para a atividade de exploração, que contempla a busca de novas reservas e também passa por um momento de aquecimento no país. O número e blocos exploratórios hoje sob contrato é o maior da história, segundo a agência.

O presidente do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), Roberto Ardenghy diz que o cenário reflete o amadurecimento das descobertas do pré-sal e a atratividade do petróleo brasileiro, que tem menos enxofre e emite menos gases do efeito estufa em sua produção.

Segundo ele, o acelerado crescimento gera o risco de um “apagão de mão de obra” no setor. “Não estamos formando quantidade suficiente de pessoas. Não existe hoje estratégia de formação de recursos humanos para esse setor”, afirma.

Apenas para 14 plataformas previstas previstas pela Petrobras, calcula, são necessárias cerca de oito mil pessoas embarcadas. Ardenghy ressalta a elevada qualificação dos profissionais necessários e os elevados ganhos: o setor paga 5,7 vezes a média salarial do mesmo profissional em outras indústrias.

O problema afeta também prestadores de serviço da estatal. A Ocyan, por exemplo, este mês abriu processo para contratar 500 profissionais para contrato de manutenção de plataformas da Petrobras e vem tendo dificuldade para preencher as vagas.

“O grande gargalo, quando falamos do aquecimento vigoroso do setor, é mão de obra, como empresas vão achar no mercado a quantidade de profissionais que precisam”, diz o presidente da companhia, Jorge Mitidieri.

Mesmo problema vive o segmento de embarcações de apoio à produção, que presta serviços como o transporte de insumos e lançamento de equipamentos submarinos. O setor pede apoio da Marinha para impulsionar a formação de pessoal.

O Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) questiona o volume de subsídios governamentais que vem contribuindo para o crescimento do setor. Estudo recente do instituto aponta que foram R$ 260 bilhões entre 2015 e 2023.

A assessora política do instituto, Alessandra Cardoso, diz que a falta de debate sobre os subsídios demonstra incoerência com o esforço do governo para fazer do Brasil protagonista do processo de transição energética global.

“O governo argumenta que nosso problema de emissões está associado ao desmatamento e ao uso da terra, que nossa matriz é muito limpa e as emissões do setor de óleo e gás é pequena comparativamente a outros países”, afirma. “É uma narrativa completamente irresponsável e vazia.”

Esta semana, a ONG ambientalista 350.org pediu que o governo brasileiro, enquanto ocupa a presidência do G20, pressione por menção à redução da produção de combustíveis fósseis no comunicado final do encontro do grupo, que ocorre em novembro, no Rio de Janeiro.

“O Brasil tem a imensa responsabilidade de enviar sinais audaciosos e ambiciosos aos países do mundo, especialmente os mais ricos, de que devemos cortar a causa da crise climática pela raiz: parando de queimar óleo, gás e carvão e financiando uma transição justa”, disse Maria Victoria Emanuelli, ativista sênior para a América Latina.

Governo e petroleiras alegam que o petróleo continuará sendo consumido e que, com uma produção menos poluente que a de outros países, o Brasil ajuda a descarbonizar essa indústria. “Se o Brasil parar de produzir petróleo, o mundo vai emitir mais”, argumenta Ardenghy, do IBP.

Ele destaca ainda os impactos econômicos e fiscais da atividade. Nos últimos anos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o setor foi um dos motores do PIB -no segundo trimestre, por exemplo, ajudou a industria extrativa brasileira a crescer 1% em relação ao mesmo período de 2023.

A previsão é os investimentos atuais levem a produção nacional de petróleo da casa dos 4 milhões para mais de 5 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2030. O setor defende que a abertura de novas fronteiras, como a margem equatorial, é fundamental para evitar retração na próxima década.