quinta-feira, 11 de julho de 2024

PEC QUE TRANSFORMA O BANCO CENTRAL DE AUTARQUIA PARA EMPRESA PÚBLICA

 

História de NATHALIA GARCIA E THAÍSA OLIVEIRA – Folha de S.Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado adiou nesta quarta-feira (10) a votação da PEC (proposta de emenda à Constituição) de autonomia financeira do Banco Central depois que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou a construção de um acordo.

Após se reunir com o presidente Lula e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que a gestão petista não é contra a autonomia financeira do BC, mas sim à PEC em discussão.

“A autonomia financeira e administrativa do Bacen, não há nenhum problema conosco, nenhum. A forma de atingi-la é que nós não concordamos, de transformar o Bacen em uma empresa [pública]. Para transformar, da forma que está o relatório, tem figuras como celetista estável. São figuras exóticas, eu diria, no mínimo.”

Com a possibilidade de acordo com o governo, o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmou que a comissão deve se reunir de forma semipresencial na quarta-feira da semana que vem (17) -véspera do recesso parlamentar- para discutir o tema.

Ao sinalizar o acordo, o líder do governo no Senado mostrou apreensão com potencial impacto primário em caso de aporte do Tesouro Nacional para cobrir eventuais prejuízos do BC na gestão das reservas internacionais.

Essa preocupação consta também em uma nota divulgada pela Casa Civil contra a alteração no regime jurídico do BC. Segundo o documento, a PEC ameaça a viabilidade do arcabouço fiscal com impacto primário de cerca de R$ 125 bilhões no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2025.

Os defensores da proposta, por outro lado, argumentam que o impacto direto da PEC é de redução dos gastos primários em R$ 5,5 bilhões por ano.

Segundo eles, recursos provenientes de fluxos financeiros entre a União e o BC não devem ser considerados para fins de cumprimento das regras do regime fiscal, como ocorre hoje. Isso abrange tanto as transferências de resultados positivos quanto à cobertura de resultados negativos.

Em 2023, o BC registrou prejuízo de R$ 114,15 bilhões, sendo R$ 111,245 bilhões cobertos pelo Tesouro e R$ 2,922 bilhões por redução do patrimônio institucional da própria autarquia.

Já em 2021, a autoridade monetária teve lucro de R$ 85,9 bilhões, com repasse de R$ 71,7 bilhões ao Tesouro para ser usado exclusivamente no pagamento da dívida pública.

Minutos antes de anunciar a posição do governo, Jaques se reuniu no Palácio do Planalto com Lula, Haddad e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar da desoneração da folha de pagamento de empresas e prefeituras.

Na terça (9), Pacheco disse que era momento de “botar água na fervura” e que ainda não havia perspectiva de colocar a PEC em votação no plenário da Casa.

Ele citou “divergências” entre o presidente Lula e o chefe do BC, Roberto Campos Neto, e afirmou que o debate deve ser “alongado”, considerando a opinião do próprio governo federal, do sistema financeiro e dos servidores da instituição.

Durante a sessão na CCJ, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) leu um voto em separado, rejeitando a proposta de emenda constitucional e demarcando a posição contrária dos petistas ao texto.

Assim como a nota técnica elaborada pela liderança do governo no Senado, Carvalho afirmou que a PEC é inconstitucional e viola a separação de Poderes ao usurpar a atribuição privativa do presidente da República de deflagrar o processo de discussão de um tema como este.

“O BC atua mais como um administrador de recursos nacionais do que como proprietário de ativos que geram receitas. A emissão de moeda, por exemplo, não é uma atividade comercial com fins lucrativos, mas uma função monetária central que visa controlar a oferta monetária e sustentar a estabilidade econômica”, afirmou o senador.

A PEC transforma o Banco Central de autarquia para empresa pública de natureza especial, que exerce atividade estatal. Apesar de ter autonomia operacional assegurada por lei desde 2021, a autoridade monetária não tem hoje poder sobre o seu próprio orçamento.

A mudança afeta a relação de trabalho dos servidores do BC, que deixam de ser regidos pelas normas do regime jurídico único e passam a ser empregados públicos regulamentados pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Na semana passada, o parecer favorável à PEC do BC foi lido pelo relator, senador Plínio Valério (PSDB-AM), mas a discussão na CCJ foi adiada pela primeira vez depois de um pedido de vista coletivo (mais tempo para análise).

Em nota, o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) disse ver de forma positiva o acordo proposto pela liderança do governo e se colocou à disposição “para trabalhar junto aos senadores e assessores técnicos na elaboração do novo texto”.

Já a ANBCB (Associação dos Analistas do Banco Central) viu o adiamento da votação como “preocupante”, mas disse que essa é “mais uma oportunidade de o governo negociar e participar” da decisão. “A associação destaca que segue em interlocução com o governo e o parlamento para contribuir com a solução estrutural e definitiva”, afirmou.

É PRECISO ESTRUTURAR OS PILARES DA MARCA PESSOAL ANTES DE SAIR COMUNICANDO SUAS QUALIDADES ÚNICAS

 

Giuliana Tranquilini – Professora e colunista da StartSe

Para Giuliana Tranquilini, colunista e professora da StartSe em algumas imersões no Vale do Silício, é preciso estruturar os pilares da marca pessoal antes de sair comunicando e, assim, identificar e comunicar suas qualidades únicas, estabelecer uma presença autêntica e coerente no mercado e criar estratégias de longo prazo.

Mulher sentada e mexendo no computador (Foto de Mikhail Nilov para Pexels)

Durante os quase dois meses em que estive no Brasil a trabalho neste final de ano, enfrentei um desafio comum a muitos profissionais: manter a rotina de exercícios em um ambiente diferente. 

Para não perder o ritmo que havia conquistado, decidi buscar o apoio de uma personal trainer, queria alguém que pudesse me desafiar e manter minha motivação em alta. 

Esta experiência me fez relembrar o valor de ter um profissional especializado, e com isso, decidi continuar com um personal trainer ao retornar à Califórnia.

Esta semana, de volta à Califórnia, estabeleci como parte dos meus objetivos para o ano fortalecer minha rotina de saúde e bem-estar. 

Durante a pandemia, adaptei meus treinos com a ajuda da Peloton, uma ferramenta que transformou minha forma de exercitar. Agora, com um novo foco, iniciei a busca por um personal trainer que pudesse acompanhar minha jornada. 

Entre vários profissionais, Denise se destacou pela rapidez em responder e pela preocupação genuína em compreender minhas necessidades e objetivos. Sua abordagem atenciosa e detalhada me convenceu de que ela era a escolha certa para me auxiliar.

Durante nossa primeira conversa, Denise me apresentou um plano de seis meses, iniciando com um mês dedicado à “conscientização corporal”. Apesar de minha longa experiência em natação, corrida, ballet fitness e ciclismo, fiquei surpresa com a proposta.

“Conscientização corporal? Mas eu já conheço meu corpo.”, pensei. A resposta de Denise, embora simples, indicava um período para ela me entender melhor – uma resposta que, em retrospecto, sugeria que eu ainda tinha muito a aprender.

As primeiras aulas com Denise foram reveladoras. Cada ajuste em minha postura, respiração e execução de movimentos abriu meus olhos para aspectos do meu corpo que antes passavam despercebidos. 

O que inicialmente parecia um mês “perdido”, rapidamente mostrou-se um período essencial para um treinamento mais eficaz e seguro, especialmente agora que me aproximo dos 50 anos e meu foco é manter a mobilidade e a saúde.

Esta jornada com Denise reforçou a importância dos fundamentos, tanto na saúde física quanto no desenvolvimento de uma marca pessoal sólida

Na BetaFly, observo muitos clientes ansiosos por resultados rápidos em suas jornadas de marca pessoal, muitas vezes pulando etapas cruciais. 

Porém, assim como um treinamento físico eficaz requer uma base sólida, o fortalecimento de uma marca também depende de uma fundação robusta. Compreender quem você é, seus valores, talentos e aspirações é vital.

Como construir uma marca pessoal?

Acredito que é preciso estruturar os pilares da marca pessoal antes de sair comunicando e assim, identificar e comunicar suas qualidades únicas, estabelecer uma presença autêntica e coerente no mercado e criar estratégias de longo prazo. 

O objetivo é desenvolver uma marca pessoal não apenas atraente, mas profundamente enraizada em autoconhecimento e propósito autêntico.

Assim como no treinamento físico, onde a conscientização do corpo é essencial, na marca pessoal, a fase de autoconhecimento e definição da essência é crucial. 

Este processo envolve uma exploração profunda das motivações, crenças, forças e vulnerabilidades de cada indivíduo, permitindo compreender como suas experiências únicas moldam sua marca pessoal.
 

Por que importa?

Em um mundo acelerado, onde todos buscam resultados imediatos, é crucial lembrar que o verdadeiro impacto e influência vêm de um entendimento profundo e autêntico de si mesmo. Seja na saúde física, na carreira ou na vida pessoal, o processo de construção requer tempo, paciência e orientação especializada.

Convido cada liderança a refletir: estão investindo o tempo necessário para construir uma base sólida para sua marca pessoal? Estão prontos para se aprofundar em sua essência antes de buscar resultados rápidos?

Ter uma marca pessoal forte e autêntica é um processo que demanda dedicação e tempo, mas é justamente essa base sólida que sustenta um crescimento duradouro e um impacto genuín

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quarta-feira, 10 de julho de 2024

NOVA REFORMA DO ENSINO MÉDIO FOI APROVADA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

 

História de PAULO SALDAÑA E MATHEUS TEIXEIRA – Folha de S.Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Câmara aprovou nesta terça-feira (9) a nova reforma do ensino médio e, agora, a matéria segue para sanção ou veto do presidente Lula (PT).

Os deputados reverteram os principais pontos que foram alterados pelo Senado. Com isso, ficou de fora a obrigatoriedade do ensino de espanhol e também uma nova definição de carga horária para alunos do ensino técnico profissional.

A obrigatoriedade de ter uma escola de ensino médio noturno em cada município é outro ponto eliminado na versão final do texto que passou pelo Legislativo.

Os deputados mantiveram os pontos principais que haviam sido acordados com o governo na primeira votação da matéria, em março. Assim, fica ampliado de 1.800 horas para 2.400 horas a parte comum curricular (de uma carga total de 3.000 horas). Na prática, isso amplia a oferta de disciplinas tradicionais, como português e matemática.

E deixa uma exceção: para estudantes da educação técnica profissional, essa base geral pode ser menor, de 2.100 horas (prevendo que 300 horas desse montante deve aliar a formação geral e o ensino técnico).

No Senado, as 2.400 horas da parte comum haviam sido mantidas, mas a relatora do texto na Casa, senadora Professora Dorinha (União-TO), trouxera nova definição para alunos do ensino técnico profissional: passava de 2.100 horas para 2.400 a carga horária da parte comum, até 2029.

O item, que deixaria o tempo de horas da parte comum no mesmo patamar de outros itinerárias, resultariam em um ensino médio acima das 3.000 horas no caso do itinerário técnico. O ponto trouxe reações, sobretudo de secretários de Educação estaduais e municipais.

O ensino de espanhol deixa de constar como conteúdo fixo da área de linguagens, como previu o texto do Senado. E volta a ser mencionado como uma possibilidade de oferta.

O governo Michel Temer (MDB) aprovou em 2017 o chamado Novo Ensino Médio, quando Mendonça era ministro da Educação. A lei consolidou a flexibilização do currículo, com a divisão da etapa em dois blocos: uma parte comum, em que todos estudam os mesmos conteúdos, e outra dedicada a áreas de aprofundamento —os chamados itinerários formativos, organizados por diferentes áreas.

Com a implementação da reforma nas escolas, a partir de 2022, apareceram os problemas, como perdas de conteúdos tradicionais na parte comum e oferta deficiente dos itinerários.

Pressionado por mudanças e até por pedidos de revogação da reforma, o governo Lula promoveu uma consulta pública e encaminhou ao Congresso, em outubro de 2023, projeto de lei com propostas de alterações.

O projeto de lei encaminhado pelo governo passou na Câmara e no Senado, mas como sofreu alterações entre os senadores, retornou para os deputados.

Em linhas gerais, o governo buscou aumentar a carga horária comum a todos os alunos e uma organização diferente para os itinerários.

Com relação a atividades a distância, foi mantido como já aprovado na Câmara a oferta do “ensino médio mediado por tecnologia”, de forma excepcional. O que é visto por críticos do texto como menor controle a esse tipo de oferta com relação à redação do Senado, que explicitava como “ensino presencial mediado por tecnologia”.

Em experiência do ensino mediado por tecnologia, como a do Amazonas, alunos não têm contato presencial com professores, mas somente com tutores.

O texto de Mendonça acatou mudança promovida pelo Senado que dá ao Conselho Nacional de Educação a missão de elaborar diretrizes nacionais de aprofundamento de cada uma das áreas do conhecimento –a falta dessas diretrizes é apontada como um das causas das deficiências e desigualdades na oferta dos itinerários formativos.

DÍVIDA DOS ESTADOS É A PEDRA NO CAMINHO DO MINISTRO HADDAD

 

Thais Herédia – CNN Brasil

O ministro queria impor contrapartidas dos estados, assim como seus colegas antecessores. Nenhum deles conseguiu, e tudo indica que Haddad também ficará sem o sacrifício dos governadores pelo equilíbrio das contas públicas

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante cerimônia no Palácio da Alvorada, em BrasíliaMinistro da Fazenda, Fernando Haddad, durante cerimônia no Palácio da Alvorada, em Brasília02/05/2023REUTERS/Ueslei Marcelino

A renegociação da dívida dos estados com a União está pronta para virar a próxima pedra no caminho de Fernando Haddad.Playvolume

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O projeto apresentado pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, prevê aos estados todos os benefícios, mas ao Tesouro Nacional, a conta.

A briga não é nova. Vem do final dos anos 90, quando o governo federal liquidou os bancos estaduais – todos quebrados –, federalizou as dívidas e repactuou o pagamento com juros abaixo do mercado.

A trégua durou até 15 anos atrás, quando os estados passaram a contar com a benevolência do Congresso e do Supremo Tribunal Federal para conseguir redução de juros e até a suspensão do pagamento dos débitos com a União.

A proposta de Pacheco tem o mérito de induzir investimentos nas áreas mais carentes dos estados, como educação, infraestrutura e saneamento básico.

Mas tem como premissa e incentivo o aumento de gastos, e não o controle das despesas – um problema grave tanto no governo federal quanto nos maiores estados brasileiros, exatamente aqueles mais endividados.

A pedra que surge no caminho de Haddad é o aumento da dívida pública se a proposta passar no Congresso como está. A União já paga mais juros na dívida soberana do que aquele que recebe dos estados, subsidiando os devedores. Imagine se a cobrança for zerada, como prevê a proposta no Senado.

O ministro queria impor contrapartidas dos estados, assim como seus colegas antecessores. Nenhum deles conseguiu, e tudo indica que Haddad também ficará sem o sacrifício dos governadores pelo equilíbrio das contas públicas.

O NÓ DOS JUROS DA POLÍTICA MONETÁRIA DO BANCO CENTRAL

CNN Brasil S. Paulo – Fernando Nakagawa

Ao decidir esse número, o Banco Central influencia boa parte de todas as transações com dinheiro na economia

O Nó dos Juros: Como o Banco Central decide a taxa dos juros do Brasil | CNN PRIME TIME

O gerente do seu banco trabalha para proteger o teu dinheiro. Em Brasília, o Banco Central (BC) é um banco um pouco diferente porque não lida necessariamente com depósitos e saques.Playvolume00:00/01:00TruvidfullScreen

A principal função é proteger o valor da moeda, o real. Para isso, é preciso combater o grade inimigo do dinheiro: a inflação.

Como o BC pode agir contra a alta dos preços se eles são decididos na própria economia? Já que quem decide aumentar valores muitas vezes são indivíduos ou empresas, como um fazendeiro, uma indústria ou mesmo o dono do supermercado do bairro.

Para isso, entra o principal instrumento da política monetária: o juro básico da economia, que no Brasil é a taxa Selic.

Ao decidir esse número, o BC influencia boa parte de todas as transações com dinheiro na economia, especialmente — mas não apenas — aquelas que têm juros, como empréstimos e investimentos.

A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir o novo patamar da Selic. E o processo é similar ao de um maestro que rege uma orquestra.

A partitura desse maestro econômico é a meta de inflação. Esse é o grande norte da autoridade monetária.

A meta é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e atualmente está fixada em 3% no acumulado de 12 meses, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A meta determina o ritmo que a música chamada inflação pode tocar.

Antes de definir a Selic, o BC faz um minucioso exame da sinfonia econômica. São coletados dados de diversos setores da economia, como indústria, serviços, mercado de trabalho e especialmente o comportamento dos preços, além do cenário externo.

Assim, os diretores do BC conseguem compor um panorama abrangente do ritmo da economia do país.

Juros altos, como um tom mais baixo, desaceleram a atividade econômica, enquanto taxas baixas, impulsionam. Essa modulação tem como objetivo influenciar o ritmo da atividade econômica e dos preços.

A conexão é simples: se a economia acelera e cresce, há mais espaço para aumento de preços. Já se a economia reduz o passo e encolhe, os preços tendem a aumentar menos.

As reuniões do Copom são cercadas de sigilo. Bloqueadores de celular e comunicação restrita a recados escritos garantem que os membros do Comitê baseiem suas decisões apenas nas informações disponíveis e no debate técnico aprofundado. E, principalmente, não vazem nada para fora daquela sala no 20º andar do edifício-sede em Brasília.

Apesar do sigilo durante as reuniões, as decisões do Copom são amplamente anunciadas. A cada atualização da Selic, o BC emite um comunicado detalhando os fatores considerados e as perspectivas para a economia, buscando esclarecer os rumos da política monetária

 

DÍVIDA DOS ESTADOS COM A UNIÃO PODE FEDERALIZAR ESTATAIS ESTADUAIS

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou ontem o projeto de lei que define as novas regras de tratamento para as dívidas dos Estados com a União. Segundo ele, o projeto prevê que os entes possam entregar ao governo federal ativos – por exemplo, estatais – como forma de pagamento de seus passivos.

“O eixo principal é isso. Há uma dívida do Estado com a União, e o Estado pode usar ativos que detenha para pagamento dessa dívida”, disse Pacheco. Entre os tipos de ativos citados pelo parlamentar estão os recebíveis, créditos judiciais e participação acionária em empresas. Estatais poderão ser federalizadas em favor da União, destacou Pacheco.

Minas Gerais, terra de Pacheco e um dos Estados mais endividados, tem planos de repassar ao governo federal ativos como as participações na Companhia Energética Minas Gerais (Cemig), na Copasa e na Codemig. Esse montante ajudaria a reduzir uma parte da dívida bilionária do Estado. A opção de federalização de empresas estaduais já havia sido defendida por Pacheco.

O senador disse também que outra novidade do projeto é prever que créditos inscritos em dívida ativa do Estado possam ser cedidos também para a União. “Há artigo específico sobre essa possibilidade, obviamente dependente do aceite da União”, disse.

Pelo projeto, o governo federal pode não ser remunerado com juros no pagamento desses passivos. Segundo Pacheco, a proposta foi alinhada antes com o Executivo. Hoje, o indexador das dívidas é o IPCA acrescido de 4% de juros. O texto apresentado por Pacheco, por sua vez, abre caminho para que esses 4% sejam revertidos para os próprios Estados ou até mesmo perdoados.

AS ALTERNATIVAS. São quatro possibilidades de redução:

1) Um ponto porcentual poderia ser perdoado se o Estado entregasse como pagamento e amortização os seus ativos numa monta de 10% a 20% do valor da dívida. Haveria um abatimento de 1 ponto porcentual sobre os juros do estoque.

2) Se o Estado entregasse 20% a mais de ativos para o pagamento do passivo, o abatimento nos 4% seria de 2 pontos, explicou Pacheco. “Ou seja, é um perdão de 50% do valor dos juros, que cairia de 4% para 2%”, disse.

3) Além dessas opções, 1 ponto dos 4% de juros poderia ser para investimentos no próprio Estado – o que se assemelha à ideia original do Ministério do Fazenda apresentada no programa Juros Por Educação. Nesse caso, os investimentos poderiam ser em educação e ensino profissionalizante, mas também em infraestrutura e segurança pública.

4) Por fim, 1 ponto dos juros seria para um fundo de equalização, criado pelo projeto, para atender todos os Estados, inclusive os não endividados.

“Desse modo, a configuração dos juros teria parte de perdão, com o esforço do Estado de entrega de ativos, outra parte usada para investimentos no Estado, e parte para fundo de equalização. Isso garante a responsabilidade fiscal e que os Estados se organizem para pagamento da dívida e redução muito significativa do indexador. E com a União abrindo mão para si dos juros”, disse Pacheco.

SEM USO DO FUNDO

O presidente do Senado explicou que a pretensão dos governadores de utilizar o Fundo de Desenvolvimento Regional, previsto na reforma tributária, como uma antecipação para o pagamento da dívida, não pode ser atendida. “Infelizmente sob o ponto de vista jurídico e constitucional há uma vedação expressa sobre esse uso. Ele pode ser usado naturalmente nas contrapartidas: uma vez aderindo ao programa de pleno pagamento, o Estado terá de cumprir ao longo da relação com a União”, explicou.

Pacheco indicou que o projeto pode ficar para agosto, diante da necessidade de debater o texto com senadores e governadores. “Vamos fazer o maior esforço possível para ser antes do recesso. Mas, eventualmente, se necessário for passar para agosto, não tem problema algum”, afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O post Dívidas dos Estados: renegociação inclui opção de federalizar estatais para quitar dívidas apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

FIM DAS SAIDINHAS NÃO ENCONTRA AMPARO EM EVIDÊNCIAS DIZ O CNJ

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) concluiu que o fim das saídas temporárias de presos, as chamadas saidinhas, para evitar o aumento da criminalidade não “encontra amparo em evidências”.

A conclusão consta em um relatório no qual o conselho avaliou a Lei 14.836/2024, norma que acabou com as saidinhas de presos. Em maio deste ano, o Congresso derrubou o veto parcial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manteve a proibição do benefício.

Antes da nova lei, presos que estavam no regime semiaberto, que já tinham cumprido um sexto do total da pena e com bom comportamento, poderiam deixar o presídio por cinco dias para visitar a família em feriados, estudar fora ou participar de atividades de ressocialização.

Com a rejeição do veto pelos parlamentares, os detentos ficam impedidos de deixar as prisões em feriados e datas comemorativas, como Natal e Dia das Mães.

Na avaliação do CNJ, apenas 4% dos presos não retornam às penitenciárias, fato que não traz “qualquer consequência negativa à segurança pública”.

“A redução das oportunidades de reconstrução e fortalecimento das relações familiares e comunitárias de pessoas em cumprimento de pena vai de encontro ao objetivo desproporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e acaba por fazer aumentar a pressão dentro dos estabelecimentos prisionais, incrementando a deterioração de um sistema que opera em modo de violação estrutural de direitos fundamentais”, avalia o conselho.

O CNJ também acrescentou que a realização de exames criminológicos para concessão da progressão de pena, conforme está previsto na norma, vai gerar custos de R$ 6 bilhões para a administração pública e triplicar o déficit de vagas nos presídios.

“O prolongamento do tempo de encarceramento a decorrer dos inevitáveis atrasos nas futuras progressões de regime diante da nova exigência aponta que, em 12 meses, 283 mil pessoas deixarão de progredir regularmente, o que irá acarretar um custo anual e adicional de R$ 6 bilhões de reais para os cofres públicos”, concluiu o CNJ.

Em maio, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconheceu que o fim das saidinhas não pode retroagir para alcançar detentos que tinham direito ao benefício. O ministro ressaltou que a Constituição prevê que a lei penal não pode retroagir, exceto para beneficiar o réu.

O post CNJ diz que fim das saidinhas não tem amparo em evidências apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

 

NIKOLA TESLA O GÊNIO DA ELETRICIDADE INJUSTIÇADO

 

História de Luccas Diaz – Guia do Estudante

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nikola-tesla© Wikimedia Commons/Reprodução

Nikola Tesla (1856-1943) foi um homem a frente do seu tempo. O sérvio-americano demonstrou desde cedo paixão pela ciência e é considerado até hoje um dos grandes gênios da contemporaneidade. Esse reconhecimento todo, no entanto, não veio de maneira pontual. Ainda que estivesse envolvido em inúmeros projetos pioneiros, como a invenção do rádio e das correntes elétricas, o nome de Tesla foi frequentemente ofuscado por outros mais influentes e bem posicionados na sociedade ao longo de sua carreira.

Os principais pontos de destaque do seu legado têm a ver com a sua grande descoberta: o campo magnético rotativo. De forma bem simplificada, ele é a base pela qual a energia elétrica pôde ser convertida em movimento mecânico nos motores de indução. A partir dessa descoberta – que foi apenas uma entre as mais de 40 patentes registradas pelo cientista –, Tesla deixou um rastro de contribuições eternas para a humanidade.

Podemos citar como exemplos o sistema de corrente elétrica alternada, utilizado até hoje em fios de alta tensão a longa distância; o transformador e a bobina de Tesla; o motor de indução de eletrodomésticos; o sistema de ignição dos carros; os sistemas polifásicos; o rádio; o controle remoto; a iluminação fluorescente, entre outros.

O GUIA DO ESTUDANTE separou 6 curiosidades para você conhecer Nikola Tesla.

1. Guerra com Thomas Edison

Briga de gigantes! Nikola Tesla se mudou para os Estados Unidos em 1884, na esperança de ser contratado por Thomas Edison, que na época já era um inventor estabelecido e famoso nos estudos da eletricidade. O imigrante não apenas foi contratado, como foi designado a melhorar e resolver os problemas técnicos dos sistemas de iluminação de Edison. A relação, no entanto, azedou rapidamente: enquanto Edison defendia a adoção da corrente contínua (CC), Tesla insistia na corrente alternada (CA). As diferenças técnicas e filosóficas dos dois afastaram a possibilidade de uma relação saudável, e a rivalidade entre os dois só aumentou quando Tesla deixou a empresa de Edison para seguir sua própria trajetória. A diferença nas visões ficou conhecida como “Guerra das Correntes”.

2. Dormia somente 2 horas por noite

Com severos problemas de insônia e uma mente inquieta, não era raro Tesla dormir somente duas horas por noite. A falta de sono não era, porém, apenas uma questão biológica, o cientista defendia que sono excessivo era prejudicial a sua produtividade e criatividade, preferindo dormir poucas horas à noite, mas tirar algumas sestas durante o dia, com pequenos cochilos de 20 minutos. Um workaholic nato, não é mesmo?

3. Foi reconhecido como inventor do rádio antes de morrer

Em 1891, Tesla construiu um sistema de transmissão sem fio que podia ser controlado remotamente, com a capacidade de enviar sinais a curta distância. Para provar sua ideia, controlou um barco utilizando somente ondas de rádio. Obviamente, não se tratava do aparelho de rádio que conhecemos hoje, mas foi a partir da tecnologia de Tesla que o italiano Guglielmo Marconi criou um sistema prático e comercialmente viável, ficando conhecido como o inventor do rádio. Tesla e Marconi se enfrentaram legalmente por anos na busca pelo título de inventor do aparelho, mas foi somente no ano de sua morte, 1943, que Tesla foi reconhecido pela Suprema Corte dos Estados Unidos como o verdadeiro inventor da tecnologia usada por Marconi.

4. Obcecado por numerologia

Assim como para outros grandes gênios das Exatas, os números representavam para Tesla muito mais do que apenas objetos de trabalho. O cientista acreditava em diversos preceitos da numerologia e tinha uma verdadeira obsessão em ditar sua rotina e projetos a partir dos números que acredita lhe trazerem sorte ou harmonia. Acreditava, principalmente, nos diviseis por 3, uma vez que via no número uma universalidade natural. Além disso, costumava prezar pela simetria e estética em todos os seus projetos, afirmando que estas características influenciavam diretamente na sua eficiência e funcionalidade.

5. Apesar das contribuições para a sociedade, não enriqueceu

Este talvez seja um dos motivos pelos quais o nome de Tesla tenha ficado ofuscado por tanto tempo na História. Imigrante, o cientista vinha de origens humildes e nunca almejou uma vida de luxos. Um peixe fora d’água na sociedade intelectual – que historicamente foi composta exclusivamente pelos mais ricos –, não iniciava projetos visando lucros, apenas avanços científicos. Tinha um estilo de vida modesto, gastava o que ganhava nas suas invenções cada vez mais ousadas – e que, por vezes, falhavam ou não promoviam retorno financeiro. Na velhice, dependeu de apoiadores e amigos para pagar as despesas médicas.

6. Quis transmitir energia sem fio para todo mundo

A Torre de Wardenclyffe, também conhecida como Torre de Tesla, foi um dos projetos mais ambiciosos de Nikola Tesla – mas que, infelizmente, não foi concluído. Iniciado em 1901, o projeto visava a construção de uma torre que pudesse transmitir energia elétrica sem a necessidade de fios condutores. Segundo o cientista, a torre seria capaz de transmitir energia pelo ar, permitindo assim o acesso à energia em qualquer lugar do mundo. O projeto recebeu investimentos milionários no início, mas as constantes mudanças e aprimoramento influenciaram no tempo da obra e consequente desistência do projeto. Em 1917, a torre foi destruída para vender as peças.

AVANÇOS NA CIÊNCIA, NA ARTE E NATECNOLOGIA SÃO ATRIBUÍDOS À GENIALIDADE

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

Os grandes avanços na ciência, na arte e na tecnologia são geralmente atribuídos à genialidade, mas isso ignora todo o trabalho que há por trás.Mozart queixou-se, em uma carta, de ser considerado um prodígio, quando a verdade era que, segundo ele, ninguém no mundo tinha trabalhado mais a técnica musical do que ele. Em outra carta, ele destacou sua predisposição para trabalhar em vez de ficar ocioso e lamentou ter ficado 14 dias sem escrever uma única nota. “Não por preguiça ou descuido, mas porque era impossível para mim.” Isso vindo de um dos compositores mais prolíficos e criativos da história da música. Mas então, o que é criatividade?

“É criar, criar algo novo”, diz o artista Cristóbal Toral, para quem “a criatividade vem de uma vocação”. Uma vocação inicial que “é um mistério” e que, no seu caso, foi a pintura. Você precisa de habilidades e de preparação, mas isso não é suficiente, afirma ele em entrevista à DW. “Porque você pode pintar muito bem, mas não contribuir com nada.”

“A criatividade, em suma, é uma luta constante na qual é preciso estar muito alerta” e “com vontade de inovar e de se renovar”, resume.

Toral, um dos mais reconhecidos pintores espanhóis em atividade, também viveu “momentos de bloqueio e momentos difíceis”. “Mas é claro que isso se resolve pintando, pintando e cometendo erros na tela, e é assim que as coisas surgem… Como disse Picasso, a inspiração deve pegar você trabalhando.”

“Lembro-me de quando Botero, que era um grande amigo, convidou-me para ir ao seu barco no verão. Um dia eu disse a ele: ‘Mas Fernando, você viu o barco maravilhoso que você tem, o desenho dele…? Uma beleza, uma obra de arte!’… E ele riu”, lembra, embora o escultor colombiano recentemente falecido tenha concordado com ele.

“Quero dizer com isso que a criatividade se expressa não só na arte, mas em uma infinidade de coisas”, diz Toral, declarando-se um “apaixonado por design” e citando exemplos que vão de calotas de carros a cafeteiras.

A principal pesquisadora da criatividade é a psicóloga americana Teresa Amabile, que não leciona em escola de artes, mas na Harvard Business School, a escola de negócios de maior prestígio do mundo. A sua investigação, que abrange mais de 40 anos de experiências clínicas e observações em setores como as novas tecnologias, centra-se atualmente em como aumentar a criatividade no ambiente de trabalho. Empresas como Pixar ou Apple a convidaram para explicar suas ideias, assim como o Fórum de Davos. Não lhe faltam referências ilustres.

Mais de mil invenções e mais de mil tentativas

Para ilustrar o surgimento de uma ideia, geralmente usa-se uma lâmpada. Não é por acaso. Foi uma invenção de Thomas Alba Edison, que registrou mais de mil patentes ao longo de sua vida profissional. Quando apresentou a invenção, em 1879, já a pesquisava há mais de um ano e disse ter feito mais de mil tentativas. Perguntaram-lhe se ele não havia desanimado depois de tanto fracasso e ele respondeu que não houve fracasso, que simplesmente aprendeu mil maneiras de como não fazer uma lâmpada.

“Grande parte dos freios à criatividade surgem das convenções sociais, de preconceitos e estereótipos, aprendizados anteriores, sistemas educacionais repetitivos e mecânicos, tendência ao conformismo, insegurança e medo da rejeição, do fracasso ou do ridículo”, enumera o psicólogo Guillermo Ballenato Prieto. “A crítica costuma ser uma grande inimiga da criatividade, é aconselhável reduzi-la nas organizações, bem como limitar ao máximo as sanções quando se comete um erro”, aconselha, em entrevista por e-mail à DW.

Thomas Edison, por exemplo, além de possuir outros truques criativos, procurou estimular a criatividade de seus funcionários e impôs em sua oficina uma cota de uma descoberta menor a cada dez dias e uma grande a cada seis meses.

É um dos exemplos que Ballenato dá nos cursos para desenvolver a criatividade que oferece na Universidad Carlos III de Madrid. O objetivo de Edison era que todos os seus funcionários aceitassem o desafio. Um de seus alunos mais avançados, Henry Ford, aprendeu com suas técnicas organizacionais e acabou se tornando um dos industriais mais importantes dos Estados Unidos como fundador da empresa automobilística Ford.

“Sentir que podemos superar as adversidades nos ajuda a superá-las”, afirma Ballenato. Ford expressou isso em outras palavras em uma de suas declarações mais citadas. Amabile diz que, quando começou a abordar a criatividade como objeto de estudo, as pesquisas se concentravam na personalidade do gênio e não no trabalho por trás dele, mas que, na realidade, as pessoas comuns também podem ser criativas, incluindo as crianças. Ballenato segue essa linha.

“É possível treinar a mente para desenvolver a criatividade”, afirma. “É uma ginástica mental que pode incorporar diversas estratégias. Entre elas destaco o valor de quebrar hábitos, dar voto de confiança ao absurdo, olhar além do aparente, ampliar a perspectiva, investigar e enriquecer a mente com novas informações, manter um registro das ideias…”

Assim como Amabile, Ballenato destaca a importância da motivação e da colaboração em equipe. “Com a troca de ideias ocorre uma fecundação cruzada que se nutre de novas informações, perspectivas, relações e associações de ideias”, afirma.

Também faz diferença a organização do trabalho: “Estruturas mais horizontais e igualitárias tendem a potencializar mais a criatividade do que hierarquias excessivamente verticais”, resume. “Paralelamente, é preciso premiar iniciativas, contribuições e ideias”, acrescenta.

“O bom ambiente de trabalho e a alta motivação são excelentes catalisadores” da criatividade, afirma. Ele também recomenda desconectar-se e o ócio para superar bloqueios. Nesses casos, Cristóbal Toral procura inspiração na natureza e na sua diversidade ilimitada. “Não existem dois verdes iguais nem duas folhas iguais”, diz o pintor com admiração. “Criatividade implica inconformismo, abertura à mudança, ‘ir além’ do convencional. É um estado de consciência e, em última análise, uma atitude perante a vida” conclui Ballenato.

O post Sem esforço, não há genialidade: a criatividade se treina apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

FATORES IMPORTANTES PARA O INTRAEMPREENDEDORISMO: NEGOCIAÇÃO COM O SISTEMA E RESILIÊNCIA PESSOAL

 

Sabrina Bezerra – Jornalista da StartSe

Alda Marina de Campos Melo, especialista em desenvolvimento de liderança, lista pensamento generativo, business case convincente, negociação com o sistema, construção de comunidade, desbloqueio de recurso e resiliência pessoal como fatores importantes para intraempreender. Veja os detalhes!

(Foto: Unsplash)

Na última sexta-feira, o escritório da StartSe recebeu algumas alunas do WLP, nosso curso de liderança feminina em parceria com a Nova School of Business and Economics.

O encontro foi marcado por uma conversa sobre relações humanas, colaboração, protagonismo e intraempreendedorismo.


Mas no texto de hoje, vou separar as dicas sobre intraempreendedorismo, compartilhadas por Alda Marina de Campos Melo, especialista em desenvolvimento de liderança (veja mais adiante).

1 – Pratique o pensamento generativo

Enxergue oportunidades de inovação e melhorias na empresa, busque soluções criativas para problemas e desafios. Questione o status quo e pense fora da caixa, explorando novas perspectivas e possibilidades.
 

2 – Faça um business case convincente

Apresente sua visão com clareza. Argumente de forma clara e concisa os benefícios da sua ideia, quantificando os impactos positivos (financeiros, operacionais, etc.) e demonstrando sua viabilidade e retorno do investimento.
 

3 – Negocie com o sistema

Construa uma rede de apoio. Crie relacionamentos com stakeholders (líderes, colegas, etc.), apresente sua proposta de forma persuasiva e respeitosa, adaptando-se às necessidades e prioridades da empresa.

4 – Construa sua comunidade

Tenha pessoas que são suas parceiras. Junte-se às pessoas que apoiam e acreditam na sua ideia, criando um ambiente colaborativo e de troca de conhecimentos. Compartilhe desafios e aprendizados com o grupo, construindo uma comunidade de apoio mútuo.
 

5 – Desbloqueie recursos

Seja estratégico na busca por recursos. Identifique os recursos necessários para implementar sua ideia, utilizando sua rede de contatos e buscando alternativas criativas. Seja persistente  na busca por apoio, demonstre o valor da sua iniciativa.
 

6 – Cultive resiliência pessoal

Acredite em você. Mantenha a motivação diante de desafios e obstáculos, aprendendo com os erros e buscando aperfeiçoamento contínuo. A paixão pelo que faz e a persistência em seus objetivos são ferramentas essenciais para o sucesso.

Por que importa?

Para você ter uma noção, 69% das empresas entrevistadas possuem um programa de ideias contínuo, no qual os profissionais apresentam projetos, segundo um estudo conduzido pela Aevo, empresa de gestão de inovação.

E isso não é à toa. Em um mundo em constante transformação, onde a criatividade e a adaptabilidade são as chaves para o sucesso, o intraempreendedorismo se torna ainda mais importante para impulsionar o crescimento das empresas e das carreiras. Assim, além de você ser uma pessoa intraempreendedora, estimule o seu time a fazer o mesmo. 

Leitura recomendada

O Women’s Leadership Program tem como objetivo alavancar o desenvolvimento profissional das mulheres – com protagonismo e destaque – a partir dos desafios que elas enfrentam. Além de aprimorar sua liderança em posições estratégicas relevantes nos mais diferentes setores e organizações. Confira!

As 3 características de uma mente inovadora

Igor Lopes – Innova

Primeiro, inovar não é sobre criar coisas novas, mas também encontrar soluções que, embora já existentes, nunca foram adotadas em seu projeto.

Um caso real que comprova a minha tese é o Sr. Valdir Novaki, conhecido como “O pipoqueiro mais famoso do Brasil”.

Valdir era um pipoqueiro como os outros, mas ele sentia que precisava inovar em seu mercado.

Diante disso, Sr. Valdir adotou medidas de higiene e atendimento que ninguém fazia, mas que impactava diretamente na experiência do consumidor:

• Quem chegava no carrinho de pipoca do Valdir recebia uma dose de álcool em gel nas mãos antes de pegar a pipoca.

• Ele também limpava toda a bancada (de inox) do carrinho com álcool na frente dos clientes, deixando tudo impecável.

• Em cada dia da semana Sr. Valdir utilizava um uniforme (impecavelmente branco e limpo) do qual havia um bordado sinalizando o dia da semana.

• Ao receber a pipoca, os clientes de Valdir ganhavam uma balinha de brinde, para refrescar o hálito após o lanche.

Perceba que ele inovou, sem reinventar a roda, mas apenas trazendo abordagens simples que seus concorrentes não ousavam fazer.

Por conta disso, digo que a primeira e maior característica de uma mente inovadora é questionar o tempo todo.

Afinal, ao questionar situações e circunstâncias você encontra:

• Novos problemas;

• Oportunidades;

• E soluções.

Esse loop cria um mecanismo de descobertas que leva você (e o seu projeto) a novos resultados no caminho da inovação.

No entanto, trilhar este caminho não é fácil, por isso, toda mente inovadora tem a habilidade de ser constante, sem perder o ânimo.

Sem isso, é impossível levantar todos os dias e garimpar soluções em meio às frustrações causadas pelos fracassos que surgem no caminho da inovação.

Se olharmos para a história do Sr. Valdir, você notará que o sucesso dele não foi repentino. Mesmo inovando, as coisas levaram tempo para acontecer.

Por fim, a última característica de uma mente inovadora é o desconforto.

Imagina só:

Se homens como Steve Jobs, Jeff Bezos, Elon Musk e Sr. Valdir fossem pessoas satisfeitas e confortáveis com seus resultados, será que eles teriam conquistado tudo o que conseguiram?

Provavelmente não. Sr. Valdir, por exemplo, não só recebeu a alcunha de “Pipoqueiro Mais Famoso do Brasil”, como também já viajou boa parte do país dando palestras sobre empreendedorismo.

Ok, sabemos que não inovar é ruim.

Agora, será que inovar em excesso é bom?

Os limites da inovação

Pela minha experiência empreendendo no campo da tecnologia, esses são os dois maiores erros quando o assunto é inovação:

01 – Tentar reinventar a roda.

02 – Omissão.

Quem não se lembra do Google Glass, um típico exemplo de quem tentou inovar demais e precisou recuar.

Ou então a Playstation com o PS Vita, um videogame portátil que prometia grande desempenho e resolução, mas, no final, não teve adesão dos grandes desenvolvedores e, consequentemente, dos clientes.

Ainda no mundo dos games, a Microsoft lançou o Xbox Kinect, um sensor de movimentos exclusivo que prometia substituir os controles tradicionais do videogame.

Após alguns anos de insistência e baixa adesão dos desenvolvedores e gamers, o Kinect foi descontinuado pela Microsoft.

Inovação demais, utilidade de menos.

Por outro lado, temos alguns exemplos clássicos de empresas omissas que esperaram demais e perderam o bonde.

Blackberry

A primeira empresa de celulares a proporcionar conexão Wireless em seus aparelhos, dando origem à era dos Smartphones — uma inovação que acertaram de mão cheia.

Há 20 anos, ter um Blackberry era mais exclusivo, chique e estiloso do que ter um iPhone de última geração.

Na boa, sempre gostei dessa marca.

Realmente é uma pena que a empresa mãe dos smartphones tenha ficado para trás e hoje não ser nem a sombra do que já foi.

Também temos os exemplos clássicos, né? Nokia, Kodak, etc. Que você já cansou de ver por aí.

Todas essas foram empresas que, por arrogância, excesso de confiança ou medo, ficaram na mesma e sumiram do mapa por não inovar.

Mas, há também as empresas que inovaram na medida certa:

• Microsoft: vendia software de caixinha e hoje é uma potência tecnológica tanto em produtos como em serviços.

• Toyota: uma empresa tradicional do mercado automotivo, mas que nunca perde o timming em inovação. Da era do motor a combustão aos motores híbridos, a Toyota sempre está no topo do ranking em qualidade, confiabilidade, tecnologia e conforto.

• Amazon: de e-commerce de garagem a uma potência de varejo e tecnologia.

• Nvidia: a empresa que surfou a onda dos games (quando ainda era uma marola ignorada por todos), aproveitou o boom das criptomoedas e hoje é a maior fabricante de GPUs utilizadas no desenvolvimento de IAs.

Sabe o que todas essas empresas têm em comum?

Elas não inovaram por moda, mas para resolver problemas concretos na vida de seus consumidores.

Você não pediu, mas eu dou: minha opinião

Sabe qual é o grande problema desse papo de inovação?

Ela é uma faca de dois gumes que pode:

• Fazer você se perder em meio ao vício de inovar.

• Fazer você perder pela falta de inovação.

Então, fica a pergunta:

Como inovar mesmo que você não tenha uma mente inovadora?

Tenha dados e informações concretas na sua mão. Sempre.

Se você tem dados, você enxerga gargalos que precisam ser resolvidos. Se você enxerga os gargalos, você precisa de soluções — e é aqui onde a inovação se esconde.

Na maioria das vezes, inovar é ser como o Sr. Valdir, e não necessariamente como Elon Musk.

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