Nikola Tesla (1856-1943) foi um homem a frente do
seu tempo. O sérvio-americano demonstrou desde cedo paixão pela ciência e
é considerado até hoje um dos grandes gênios da contemporaneidade. Esse
reconhecimento todo, no entanto, não veio de maneira pontual. Ainda que
estivesse envolvido em inúmeros projetos pioneiros, como a invenção do
rádio e das correntes elétricas, o nome de Tesla foi frequentemente
ofuscado por outros mais influentes e bem posicionados na sociedade ao
longo de sua carreira.
Os principais pontos de destaque do seu legado têm a ver com a sua grande descoberta: o campo magnético rotativo.
De forma bem simplificada, ele é a base pela qual a energia elétrica
pôde ser convertida em movimento mecânico nos motores de indução. A
partir dessa descoberta – que foi apenas uma entre as mais de 40
patentes registradas pelo cientista –, Tesla deixou um rastro de
contribuições eternas para a humanidade.
Podemos citar como exemplos o sistema de corrente elétrica alternada,
utilizado até hoje em fios de alta tensão a longa distância; o
transformador e a bobina de Tesla; o motor de indução de
eletrodomésticos; o sistema de ignição dos carros; os sistemas
polifásicos; o rádio; o controle remoto; a iluminação fluorescente,
entre outros.
O GUIA DO ESTUDANTE separou 6 curiosidades para você conhecer Nikola Tesla.
1. Guerra com Thomas Edison
Briga de gigantes! Nikola Tesla se mudou para os Estados Unidos em
1884, na esperança de ser contratado por Thomas Edison, que na época já
era um inventor estabelecido e famoso nos estudos da eletricidade. O
imigrante não apenas foi contratado, como foi designado a melhorar e
resolver os problemas técnicos dos sistemas de iluminação de Edison. A
relação, no entanto, azedou rapidamente: enquanto Edison defendia a
adoção da corrente contínua (CC), Tesla insistia na corrente alternada
(CA). As diferenças técnicas e filosóficas dos dois afastaram a
possibilidade de uma relação saudável, e a rivalidade entre os dois só
aumentou quando Tesla deixou a empresa de Edison para seguir sua própria
trajetória. A diferença nas visões ficou conhecida como “Guerra das
Correntes”.
2. Dormia somente 2 horas por noite
Com severos problemas de insônia e uma mente inquieta, não era raro
Tesla dormir somente duas horas por noite. A falta de sono não era,
porém, apenas uma questão biológica, o cientista defendia que sono
excessivo era prejudicial a sua produtividade e criatividade, preferindo
dormir poucas horas à noite, mas tirar algumas sestas durante o dia,
com pequenos cochilos de 20 minutos. Um workaholic nato, não é mesmo?
3. Foi reconhecido como inventor do rádio antes de morrer
Em 1891, Tesla construiu um sistema de transmissão sem fio que podia
ser controlado remotamente, com a capacidade de enviar sinais a curta
distância. Para provar sua ideia, controlou um barco utilizando somente
ondas de rádio. Obviamente, não se tratava do aparelho de rádio que
conhecemos hoje, mas foi a partir da tecnologia de Tesla que o italiano
Guglielmo Marconi criou um sistema prático e comercialmente viável,
ficando conhecido como o inventor do rádio. Tesla e Marconi se
enfrentaram legalmente por anos na busca pelo título de inventor do
aparelho, mas foi somente no ano de sua morte, 1943, que Tesla foi
reconhecido pela Suprema Corte dos Estados Unidos como o verdadeiro
inventor da tecnologia usada por Marconi.
4. Obcecado por numerologia
Assim como para outros grandes gênios das Exatas, os números
representavam para Tesla muito mais do que apenas objetos de trabalho. O
cientista acreditava em diversos preceitos da numerologia e tinha uma
verdadeira obsessão em ditar sua rotina e projetos a partir dos números
que acredita lhe trazerem sorte ou harmonia. Acreditava, principalmente,
nos diviseis por 3, uma vez que via no número uma universalidade
natural. Além disso, costumava prezar pela simetria e estética em todos
os seus projetos, afirmando que estas características influenciavam
diretamente na sua eficiência e funcionalidade.
5. Apesar das contribuições para a sociedade, não enriqueceu
Este talvez seja um dos motivos pelos quais o nome de Tesla tenha
ficado ofuscado por tanto tempo na História. Imigrante, o cientista
vinha de origens humildes e nunca almejou uma vida de luxos. Um peixe
fora d’água na sociedade intelectual – que historicamente foi composta
exclusivamente pelos mais ricos –, não iniciava projetos visando lucros,
apenas avanços científicos. Tinha um estilo de vida modesto, gastava o
que ganhava nas suas invenções cada vez mais ousadas – e que, por vezes,
falhavam ou não promoviam retorno financeiro. Na velhice, dependeu de
apoiadores e amigos para pagar as despesas médicas.
6. Quis transmitir energia sem fio para todo mundo
A Torre de Wardenclyffe, também conhecida como Torre de Tesla, foi um
dos projetos mais ambiciosos de Nikola Tesla – mas que, infelizmente,
não foi concluído. Iniciado em 1901, o projeto visava a construção de
uma torre que pudesse transmitir energia elétrica sem a necessidade de
fios condutores. Segundo o cientista, a torre seria capaz de transmitir
energia pelo ar, permitindo assim o acesso à energia em qualquer lugar
do mundo. O projeto recebeu investimentos milionários no início, mas as
constantes mudanças e aprimoramento influenciaram no tempo da obra e
consequente desistência do projeto. Em 1917, a torre foi destruída para
vender as peças.
Os grandes avanços na ciência, na arte e na tecnologia são geralmente
atribuídos à genialidade, mas isso ignora todo o trabalho que há por
trás.Mozart queixou-se, em uma carta, de ser considerado um prodígio,
quando a verdade era que, segundo ele, ninguém no mundo tinha trabalhado
mais a técnica musical do que ele. Em outra carta, ele destacou sua
predisposição para trabalhar em vez de ficar ocioso e lamentou ter
ficado 14 dias sem escrever uma única nota. “Não por preguiça ou
descuido, mas porque era impossível para mim.” Isso vindo de um dos
compositores mais prolíficos e criativos da história da música. Mas
então, o que é criatividade?
“É criar, criar algo novo”, diz o artista Cristóbal Toral, para quem
“a criatividade vem de uma vocação”. Uma vocação inicial que “é um
mistério” e que, no seu caso, foi a pintura. Você precisa de habilidades
e de preparação, mas isso não é suficiente, afirma ele em entrevista à
DW. “Porque você pode pintar muito bem, mas não contribuir com nada.”
“A criatividade, em suma, é uma luta constante na qual é preciso
estar muito alerta” e “com vontade de inovar e de se renovar”, resume.
Toral, um dos mais reconhecidos pintores espanhóis em atividade,
também viveu “momentos de bloqueio e momentos difíceis”. “Mas é claro
que isso se resolve pintando, pintando e cometendo erros na tela, e é
assim que as coisas surgem… Como disse Picasso, a inspiração deve pegar
você trabalhando.”
“Lembro-me de quando Botero, que era um grande amigo, convidou-me
para ir ao seu barco no verão. Um dia eu disse a ele: ‘Mas Fernando,
você viu o barco maravilhoso que você tem, o desenho dele…? Uma beleza,
uma obra de arte!’… E ele riu”, lembra, embora o escultor colombiano
recentemente falecido tenha concordado com ele.
“Quero dizer com isso que a criatividade se expressa não só na arte,
mas em uma infinidade de coisas”, diz Toral, declarando-se um
“apaixonado por design” e citando exemplos que vão de calotas de carros a
cafeteiras.
A principal pesquisadora da criatividade é a psicóloga americana
Teresa Amabile, que não leciona em escola de artes, mas na Harvard
Business School, a escola de negócios de maior prestígio do mundo. A sua
investigação, que abrange mais de 40 anos de experiências clínicas e
observações em setores como as novas tecnologias, centra-se atualmente
em como aumentar a criatividade no ambiente de trabalho. Empresas como
Pixar ou Apple a convidaram para explicar suas ideias, assim como o
Fórum de Davos. Não lhe faltam referências ilustres.
Mais de mil invenções e mais de mil tentativas
Para ilustrar o surgimento de uma ideia, geralmente usa-se uma
lâmpada. Não é por acaso. Foi uma invenção de Thomas Alba Edison, que
registrou mais de mil patentes ao longo de sua vida profissional. Quando
apresentou a invenção, em 1879, já a pesquisava há mais de um ano e
disse ter feito mais de mil tentativas. Perguntaram-lhe se ele não havia
desanimado depois de tanto fracasso e ele respondeu que não houve
fracasso, que simplesmente aprendeu mil maneiras de como não fazer uma
lâmpada.
“Grande parte dos freios à criatividade surgem das convenções
sociais, de preconceitos e estereótipos, aprendizados anteriores,
sistemas educacionais repetitivos e mecânicos, tendência ao conformismo,
insegurança e medo da rejeição, do fracasso ou do ridículo”, enumera o
psicólogo Guillermo Ballenato Prieto. “A crítica costuma ser uma grande
inimiga da criatividade, é aconselhável reduzi-la nas organizações, bem
como limitar ao máximo as sanções quando se comete um erro”, aconselha,
em entrevista por e-mail à DW.
Thomas Edison, por exemplo, além de possuir outros truques criativos,
procurou estimular a criatividade de seus funcionários e impôs em sua
oficina uma cota de uma descoberta menor a cada dez dias e uma grande a
cada seis meses.
É um dos exemplos que Ballenato dá nos cursos para desenvolver a
criatividade que oferece na Universidad Carlos III de Madrid. O objetivo
de Edison era que todos os seus funcionários aceitassem o desafio. Um
de seus alunos mais avançados, Henry Ford, aprendeu com suas técnicas
organizacionais e acabou se tornando um dos industriais mais importantes
dos Estados Unidos como fundador da empresa automobilística Ford.
“Sentir que podemos superar as adversidades nos ajuda a superá-las”,
afirma Ballenato. Ford expressou isso em outras palavras em uma de suas
declarações mais citadas. Amabile diz que, quando começou a abordar a
criatividade como objeto de estudo, as pesquisas se concentravam na
personalidade do gênio e não no trabalho por trás dele, mas que, na
realidade, as pessoas comuns também podem ser criativas, incluindo as
crianças. Ballenato segue essa linha.
“É possível treinar a mente para desenvolver a criatividade”, afirma.
“É uma ginástica mental que pode incorporar diversas estratégias. Entre
elas destaco o valor de quebrar hábitos, dar voto de confiança ao
absurdo, olhar além do aparente, ampliar a perspectiva, investigar e
enriquecer a mente com novas informações, manter um registro das
ideias…”
Assim como Amabile, Ballenato destaca a importância da motivação e da
colaboração em equipe. “Com a troca de ideias ocorre uma fecundação
cruzada que se nutre de novas informações, perspectivas, relações e
associações de ideias”, afirma.
Também faz diferença a organização do trabalho: “Estruturas mais
horizontais e igualitárias tendem a potencializar mais a criatividade do
que hierarquias excessivamente verticais”, resume. “Paralelamente, é
preciso premiar iniciativas, contribuições e ideias”, acrescenta.
“O bom ambiente de trabalho e a alta motivação são excelentes
catalisadores” da criatividade, afirma. Ele também recomenda
desconectar-se e o ócio para superar bloqueios. Nesses casos, Cristóbal
Toral procura inspiração na natureza e na sua diversidade ilimitada.
“Não existem dois verdes iguais nem duas folhas iguais”, diz o pintor
com admiração. “Criatividade implica inconformismo, abertura à mudança,
‘ir além’ do convencional. É um estado de consciência e, em última
análise, uma atitude perante a vida” conclui Ballenato.
Alda Marina de Campos Melo, especialista em desenvolvimento de
liderança, lista pensamento generativo, business case convincente,
negociação com o sistema, construção de comunidade, desbloqueio de
recurso e resiliência pessoal como fatores importantes para
intraempreender. Veja os detalhes!
(Foto: Unsplash)
Na última sexta-feira, o escritório da StartSe recebeu algumas alunas do WLP, nosso curso de liderança feminina em parceria com a Nova School of Business and Economics.
O encontro foi marcado por uma conversa sobre relações humanas, colaboração, protagonismo e intraempreendedorismo.
Mas no texto de hoje, vou separar as dicas sobre intraempreendedorismo, compartilhadas por Alda Marina de Campos Melo, especialista em desenvolvimento de liderança (veja mais adiante).
1 – Pratique o pensamento generativo
Enxergue oportunidades de inovação e melhorias na empresa, busque
soluções criativas para problemas e desafios. Questione o status quo e
pense fora da caixa, explorando novas perspectivas e possibilidades.
2 – Faça um business case convincente
Apresente sua visão com clareza. Argumente de forma clara e concisa
os benefícios da sua ideia, quantificando os impactos positivos
(financeiros, operacionais, etc.) e demonstrando sua viabilidade e
retorno do investimento.
3 – Negocie com o sistema
Construa uma rede de apoio. Crie relacionamentos com stakeholders
(líderes, colegas, etc.), apresente sua proposta de forma persuasiva e
respeitosa, adaptando-se às necessidades e prioridades da empresa.
4 – Construa sua comunidade
Tenha pessoas que são suas parceiras. Junte-se às pessoas que apoiam e
acreditam na sua ideia, criando um ambiente colaborativo e de troca de
conhecimentos. Compartilhe desafios e aprendizados com o grupo,
construindo uma comunidade de apoio mútuo.
5 – Desbloqueie recursos
Seja estratégico na busca por recursos. Identifique os recursos
necessários para implementar sua ideia, utilizando sua rede de contatos e
buscando alternativas criativas. Seja persistente na busca por apoio,
demonstre o valor da sua iniciativa.
6 – Cultive resiliência pessoal
Acredite em você. Mantenha a motivação diante de desafios e
obstáculos, aprendendo com os erros e buscando aperfeiçoamento contínuo.
A paixão pelo que faz e a persistência em seus objetivos são
ferramentas essenciais para o sucesso.
Por que importa?
Para você ter uma noção, 69% das empresas entrevistadas possuem um
programa de ideias contínuo, no qual os profissionais apresentam
projetos, segundo um estudo conduzido pela Aevo, empresa de gestão de
inovação.
E isso não é à toa. Em um mundo em constante transformação,
onde a criatividade e a adaptabilidade são as chaves para o sucesso, o
intraempreendedorismo se torna ainda mais importante para impulsionar o
crescimento das empresas e das carreiras. Assim, além de você ser uma
pessoa intraempreendedora, estimule o seu time a fazer o mesmo.
Leitura recomendada
O Women’s Leadership Program
tem como objetivo alavancar o desenvolvimento profissional das mulheres
– com protagonismo e destaque – a partir dos desafios que elas
enfrentam. Além de aprimorar sua liderança em posições estratégicas
relevantes nos mais diferentes setores e organizações. Confira!
As 3 características de uma mente inovadora
Igor Lopes – Innova
Primeiro, inovar não é sobre criar coisas novas, mas também encontrar
soluções que, embora já existentes, nunca foram adotadas em seu
projeto.
Um caso real que comprova a minha tese é o Sr. Valdir Novaki, conhecido como “O pipoqueiro mais famoso do Brasil”.
Valdir era um pipoqueiro como os outros, mas ele sentia que precisava inovar em seu mercado.
Diante disso, Sr. Valdir adotou medidas de higiene e atendimento que
ninguém fazia, mas que impactava diretamente na experiência do
consumidor:
• Quem chegava no carrinho de pipoca do Valdir recebia uma dose de álcool em gel nas mãos antes de pegar a pipoca.
• Ele também limpava toda a bancada (de inox) do carrinho com álcool na frente dos clientes, deixando tudo impecável.
• Em cada dia da semana Sr. Valdir utilizava um uniforme
(impecavelmente branco e limpo) do qual havia um bordado sinalizando o
dia da semana.
• Ao receber a pipoca, os clientes de Valdir ganhavam uma balinha de brinde, para refrescar o hálito após o lanche.
Perceba que ele inovou, sem reinventar a roda, mas apenas trazendo abordagens simples que seus concorrentes não ousavam fazer.
Por conta disso, digo que a primeira e maior característica de uma mente inovadora é questionar o tempo todo.
Afinal, ao questionar situações e circunstâncias você encontra:
• Novos problemas;
• Oportunidades;
• E soluções.
Esse loop cria um mecanismo de descobertas que leva você (e o seu projeto) a novos resultados no caminho da inovação.
No entanto, trilhar este caminho não é fácil, por isso, toda mente
inovadora tem a habilidade de ser constante, sem perder o ânimo.
Sem isso, é impossível levantar todos os dias e garimpar soluções em
meio às frustrações causadas pelos fracassos que surgem no caminho da
inovação.
Se olharmos para a história do Sr. Valdir, você notará que o sucesso
dele não foi repentino. Mesmo inovando, as coisas levaram tempo para
acontecer.
Por fim, a última característica de uma mente inovadora é o desconforto.
Imagina só:
Se homens como Steve Jobs, Jeff Bezos, Elon Musk e Sr. Valdir fossem
pessoas satisfeitas e confortáveis com seus resultados, será que eles
teriam conquistado tudo o que conseguiram?
Provavelmente não. Sr. Valdir, por exemplo, não só recebeu a alcunha
de “Pipoqueiro Mais Famoso do Brasil”, como também já viajou boa parte
do país dando palestras sobre empreendedorismo.
Ok, sabemos que não inovar é ruim.
Agora, será que inovar em excesso é bom?
Os limites da inovação
Pela minha experiência empreendendo no campo da tecnologia, esses são os dois maiores erros quando o assunto é inovação:
01 – Tentar reinventar a roda.
02 – Omissão.
Quem não se lembra do Google Glass, um típico exemplo de quem tentou inovar demais e precisou recuar.
Ou então a Playstation com o PS Vita, um videogame portátil que
prometia grande desempenho e resolução, mas, no final, não teve adesão
dos grandes desenvolvedores e, consequentemente, dos clientes.
Ainda no mundo dos games, a Microsoft lançou o Xbox Kinect, um sensor
de movimentos exclusivo que prometia substituir os controles
tradicionais do videogame.
Após alguns anos de insistência e baixa adesão dos desenvolvedores e gamers, o Kinect foi descontinuado pela Microsoft.
Inovação demais, utilidade de menos.
Por outro lado, temos alguns exemplos clássicos de empresas omissas que esperaram demais e perderam o bonde.
Blackberry
A primeira empresa de celulares a proporcionar conexão Wireless em
seus aparelhos, dando origem à era dos Smartphones — uma inovação que
acertaram de mão cheia.
Há 20 anos, ter um Blackberry era mais exclusivo, chique e estiloso do que ter um iPhone de última geração.
Na boa, sempre gostei dessa marca.
Realmente é uma pena que a empresa mãe dos smartphones tenha ficado para trás e hoje não ser nem a sombra do que já foi.
Também temos os exemplos clássicos, né? Nokia, Kodak, etc. Que você já cansou de ver por aí.
Todas essas foram empresas que, por arrogância, excesso de confiança ou medo, ficaram na mesma e sumiram do mapa por não inovar.
Mas, há também as empresas que inovaram na medida certa:
• Microsoft: vendia software de caixinha e hoje é uma potência tecnológica tanto em produtos como em serviços.
• Toyota: uma empresa tradicional do mercado automotivo, mas que
nunca perde o timming em inovação. Da era do motor a combustão aos
motores híbridos, a Toyota sempre está no topo do ranking em qualidade,
confiabilidade, tecnologia e conforto.
• Amazon: de e-commerce de garagem a uma potência de varejo e tecnologia.
• Nvidia: a empresa que surfou a onda dos games (quando ainda era uma
marola ignorada por todos), aproveitou o boom das criptomoedas e hoje é
a maior fabricante de GPUs utilizadas no desenvolvimento de IAs.
Sabe o que todas essas empresas têm em comum?
Elas não inovaram por moda, mas para resolver problemas concretos na vida de seus consumidores.
Você não pediu, mas eu dou: minha opinião
Sabe qual é o grande problema desse papo de inovação?
Ela é uma faca de dois gumes que pode:
• Fazer você se perder em meio ao vício de inovar.
• Fazer você perder pela falta de inovação.
Então, fica a pergunta:
Como inovar mesmo que você não tenha uma mente inovadora?
Tenha dados e informações concretas na sua mão. Sempre.
Se você tem dados, você enxerga gargalos que precisam ser resolvidos.
Se você enxerga os gargalos, você precisa de soluções — e é aqui onde a
inovação se esconde.
Na maioria das vezes, inovar é ser como o Sr. Valdir, e não necessariamente como Elon Musk.
VOCÊ CONHECE A ValeOn?
A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO
TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou nesta
segunda-feira (8), após a retirada do sigilo do inquérito da Polícia
Federal (PF) que apura possíveis desvios das joias sauditas, recebidas
como presente em visita ao Oriente Médio. Bolsonaro e outras 11 pessoas
foram indiciadas por crimes relacionados ao caso. Segundo a PF, o grupo
que atuou na suposta venda ilícita das peças milionárias teria agido
para enriquecimento ilícito do ex-presidente. Os advogados de Bolsonaro
afirmam que os presentes ofertados à Presidência da República “obedecem a
um rígido protocolo de tratamento e catalogação”, sobre o qual “o Chefe
do Executivo não tem qualquer ingerência, direta ou indireta”. De
acordo com a defesa, o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica
(GADH), que é o responsável por definir se o bem será destinado ao
acervo público ou ao acervo privado de interesse público da Presidência,
é composto por servidores de carreira que vinham de gestões anteriores.
O documento chama o inquérito das joias de “insólito”, por voltar-se
“só e somente ao Governo Bolsonaro, ignorando situações idênticas
havidas em governos anteriores”. A defesa diz ainda que Bolsonaro
compareceu de forma espontânea, após ser noticiado da necessidade da
restituição, e decidiu que os bens fossem devolvidos. No parecer, os
advogados do ex-presidente defendem que em momento algum ele pretendeu
ter para si “bens que pudessem, de qualquer forma, serem havidos como
públicos”. Confira abaixo a íntegra da nota da defesa de Bolsonaro no
caso das joias: A defesa de Jair Messias Bolsonaro, diante da decisão
proferida nesta data, tornando públicos os autos da Pet 11645, que versa
sobre bens do acervo de presentes oferecidos ao ex-Presidente durante
seu mandato, vem esclarecer o seguinte: Os presentes ofertados a um
Presidência da República obedecem a um rígido protocolo de tratamento e
catalogação e sobre o qual o Chefe do Executivo não tem qualquer
ingerência, direta ou indireta, sendo desenvolvido pelo “Gabinete
Adjunto de Documentação Histórica” (“GADH”), responsável por analisar e
definir, a partir dos parâmetros legais, se o bem será destinado ao
acervo público ou ao acervo privado de interesse público da Presidência
da República. Referido Gabinete, esclareça-se, é composto por servidores
de carreira e que, na espécie, vinham de gestões anteriores. Note-se,
ademais disso, que todos os ex-Presidentes da República tiveram seus
presentes analisados, catalogados e com sua destinação definida pelo
“GADH”, que, é bem de se ver, sempre se valeu dos mesmos critérios
empregados em relação aos bens objeto deste insólito inquérito, que,
estranhamente, volta-se só e somente ao Governo Bolsonaro, ignorando
situações idênticas havidas em governos anteriores. No curso desta mesma
investigação — repita-se, estranhamente direcionada apenas ao
ex-Presidente Bolsonaro —, houve representação para a inclusão do atual
Presidente da República, tendo em vista as próprias declarações do mesmo
de que, quando no exercício de mandato, havia recebido um relógio da
sofisticada marca Piaget, presenteado pelo ex-Presidente da República
Francesa, Jacques Chirac. A despeito de tratar-se de situação
absolutamente análoga, inclusive quanto a natureza e valor expressivo do
bem, o Ministro Alexandre de Moraes, na condição de relator da presente
investigação, determinou o pronto arquivamento da representação, em 6
de novembro de 2023, sem declinar as razões que tornariam aquela
situação legítima e a do ex-Presidente Bolsonaro não. Importa, ainda,
lembrar que o ex-Presidente Bolsonaro, desde que foi noticiado, em março
do ano passado, que o Tribunal de Contas da União havia aberto
procedimento voltado a avaliar a destinação dos bens aqui tratados para o
acervo privado de Presidência da República, antes mesmo de qualquer
intimação ou ciência oficial, compareceu de forma espontânea aos autos e
requereu que os referidos bens fossem, desde logo, depositados naquela
Corte de Contas. A iniciativa visava deixar consignado, ao início da
menor dúvida, que em momento algum pretendeu se locupletar ou ter para
si bens que pudessem, de qualquer forma, serem havidos como públicos. Se
naqueles autos colocou-se em discussão o status legal de tais itens,
dada a complexidade das normas que teoricamente disciplinam a dinâmica
de bens dessa ordem, requereu-se, ad cautelam, que desde logo ficassem
sob a custódia do poder público, até a conclusão da discussão sobre sua
correta destinação, de forma definitiva. A presente investigação — assim
como as demais que colocam hodiernamente o ex-Presidente como
protagonista —, ressente-se, ainda, da evidente incompetência do Supremo
Tribunal Federal e da inexistência de qualquer prevenção do Ministro
Alexandre de Moraes enquanto relator, aspecto sobre o qual a
Procuradoria Geral da República, já em agosto de 2023, expressamente
declinou da competência para a tramitação da apuração, indicando o MM.
Juízo de 1.ª instância em Guarulhos. Como sói acontecer nos feitos que
envolvem o ex-Presidente, a apuração permaneceu tramitando na Suprema
Corte, ignorando-se a manifestação da PGR. Por último, a defesa
manifesta sua completa indignação com o fato de que o relatório
apresentado pela Polícia Federal, imputou — de forma temerária e despida
de quaisquer fundamentos factuais ou mercadológicos —, que o
ex-presidente teria tentado beneficiar-se de valores contabilizados na
absurda ordem de R$ 25.000.000,00, afirmação que, somente após enorme e
danosa repercussão midiática, foi retificado pela Polícia Federal.
Bravo Motor Company desistiu de erguer um complexo em Minas Gerais e vai investir R$ 1,27 bilhões no estado baiano
O Brasil finalmente começará a produzir baterias. A Bravo Motor
Company, empresa de mobilidade elétrica fundada pelo arquiteto argentino
Miguel Angel Bravo, assinou na sexta-feira uma parceria estratégica com
o Estado da Bahia para instalar a primeira gigafábrica de baterias de
lítio da América Latina. O anúncio foi feito logo depois que a gigante
automotiva chinesa BYD também escolheu a Bahia para instalar sua nova
fábrica de carros elétricos.
O anúncio da parceria estratégica ocorreu na tarde de sexta-feira
(5), em Salvador, com a presença de Eduardo Javier Muñoz, CEO da Bravo
Motor Company. ” Esse marco representa um avanço significativo na
transição energética e no desenvolvimento econômico sustentável do
Brasil”, disse Muñoz.
A assinatura do acordo também contou com a presença das autoridades
do município de São Sebastião do Passé, onde a fábrica de baterias será
construída. A cidade fica a 35 km de Camaçari, onde a BYD terá a sua
fábrica. Porém, a fabricante chinesa não deve usar as baterias da Bravo,
pois também terá sua linha de montagem para este componente – a BYD
nasceu como uma produtora de baterias e só depois começou a desenvolver
veículos.
O plano inicial da Bravo era ter uma fábrica de baterias e carros
elétricos em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG),
em parceria com a ABB. O anúncio foi feito em 2021 com
a presença do governador do estado Romeu Zema (NOVO). Em conversa com o
Diário do Comércio, Muñoz explicou que a decisão de trocar de estado
foi tomada por uma diferença na atitude entre a Bahia e Minas Gerais
sobre as políticas econômicas e financeiras.
“Nossa proposta de negócio encontrou maior apoio e convergência na
Bahia, onde as diretrizes em relação à eletromobilidade e ao hidrogênio
são claras, segmentadas e específicas. Essa clareza é fundamental para o
desenvolvimento e o avanço da indústria nesse setor”, explica o
executivo. Em 2023, Zema criticou os carros elétricos e disse que “são uma ameaça aos nossos empregos”, o que mostra a diferença de posicionamento.
A fábrica produzirá células de bateria de lítio para veículos
elétricos e Sistemas de Armazenamento de Energia por Bateria (BESS):
“Esses produtos são essenciais para garantir a liderança do Brasil na
transição energética e na descarbonização da economia”, disse a empresa.
A assinatura do acordo incluiu a doação pelo município de um terreno de
400.000 metros quadrados, localizado a 50 quilômetros da cidade de
Salvador, na rodovia BR324. A fábrica será chamada de “Colossus
Cluster”.
A capacidade de produção estimada da fábrica será de 1 GWh por ano. A
meta é atingir 5 GWh por ano até 2027. A Bravo Motor Company estima que
o setor automotivo da América Latina demandará 45 GWh por ano até 2030.
Os principais clientes serão veículos pesados (caminhões e ônibus), mas
também carros de passeio leves. O investimento nessa primeira etapa é
de US$ 110 milhões (R$ 548,3 milhões) e serão criados 450 empregos. O
aporte total será de R$ 1,27 bilhões.
A Bravo Motor Company fabricou protótipos de carros elétricos na
Argentina, mas cancelou seus planos em nosso país devido a obstáculos
políticos de diferentes governos. Em 2012, Miguel Angel Bravo decidiu
estabelecer sua empresa nos Estados Unidos e depois expandiu para o
Brasil. Hoje, a empresa conta com a associação de parceiros
reconhecidos, como Rockwell Automation, SMC Automação do Brasil, ABB,
AI-Bess Technology e EVE Energy Co Ltda.
História de CATIA SEABRA, BRUNO BOGHOSSIAN E IDIANA TOMAZELLI – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Ministros do governo Lula têm se reunido
com dirigentes do PT, partido do presidente, com o objetivo de aplacar
resistências internas a possíveis cortes de despesas que atinjam
benefícios da área social.
Há cerca de duas semanas, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e
do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, debateram medidas
econômicas com a cúpula petista durante um jantar oferecido pela
tesoureira do PT, Gleide Andrade, em Brasília.
À mesa, os dirigentes da maior corrente interna da sigla a CNB
(Construindo um Novo Brasil) ouviram da dupla argumentos favoráveis às
ações adotadas em seus ministérios.
A conversa passou pelo pente-fino em benefícios pagos pelo governo,
medida anunciada pelo ministro da Fazenda com o aval de Lula para
reduzir despesas.
Diante de Haddad, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi
Hoffmann (PR), reafirmou suas críticas ao ajuste fiscal promovido pela
Fazenda. Segundo relatos de participantes, Gleisi foi incisiva ao dizer
que a fixação de uma meta de déficit zero foi um erro cometido pelo
governo.
Durante o jantar, Gleisi também reclamou da hipótese de uma
flexibilização de pisos constitucionais para Saúde e Educação, aventada
pela equipe econômica e desautorizada publicamente por Lula. De acordo
com relatos, ela afirmou que essa medida seria a frustração de
compromissos históricos do partido.
Haddad, por sua vez, defendeu o ajuste fiscal como garantidor de
previsibilidade econômica. Ele apontou a aprovação do arcabouço fiscal
em substituição ao teto de gastos como um avanço da atual gestão.
Ainda segundo relatos, Gleisi dirigiu suas críticas à revisão de
beneficiários do Bolsa Família, a cargo da pasta de Wellington Dias. Ela
se queixou especificamente da reavaliação dos benefícios concedidos às
chamadas famílias unipessoais, compostas por uma única pessoa.
A revisão conduzida pelo governo Lula já tirou do programa quase 2
milhões de pessoas que recebiam o benefício irregularmente ou integravam
uma família maior, mas fizeram uma opção indevida pela divisão do
cadastro. A Fazenda quer que o ministério de Dias aprofunde essa
reavaliação.
No jantar, Gleisi disse que a atualização cadastral afeta a base
social do governo Lula. Ela disse já haver reação entre apoiadores do
presidente e recomendou cuidado para que não sejam cometidas injustiças.
Wellington alegou que a averiguação cadastral analisa indícios de
inconsistências. O ministro afirmou ainda que outros benefícios estão
sendo concedidos no lugar dos suspensos.
Descrevendo a reunião como bastante cordial, Wellington disse que
pediu para fazer nas próximas semanas uma apresentação das ações do
ministério às bancadas do PT na Câmara e no Senado, além do Diretório
Nacional da legenda.
O corte de despesas com benefícios sociais foi anunciado oficialmente
por Haddad na última quarta-feira (3), após uma reunião com Lula. Ao
seu lado estavam os ministros Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet
(Planejamento), Esther Dweck (Gestão) e Alexandre Padilha (Relações
Institucionais).
Em 2025, o governo espera poupar pelo menos R$ 25,9 bilhões com essas
ações. As medidas incluem revisões cadastrais no BPC (Benefício de
Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa
renda, no seguro-defeso, pago a pescadores artesanais no período em que a
atividade é suspensa, e em benefícios por incapacidade, como
auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.
Em entrevista recente ao UOL, Lula afirmou que o governo trabalhava
para conter gastos excessivos e tentaria identificar “pessoas que não
deveriam receber e que estão recebendo”.
As medidas foram definidas sob a coordenação da equipe econômica, mas
a estratégia é que o anúncio dos detalhes de cada revisão sejam
anunciados pelos ministérios finalísticos Desenvolvimento Social e
Previdência Social entre eles.
A intenção é dar uma demonstração pública de coesão do governo em
torno do plano, depois de as próprias pastas resistirem inicialmente ao
pente-fino.
Além de dirigentes do PT, integrantes da equipe econômica têm
conversado com parlamentares da sigla para esclarecer dúvidas. O diálogo
é considerado importante, dado que parte da revisão dependerá de
medidas legislativas.
Um dos argumentos do time da Fazenda para aplacar as resistências é
que não está em pauta a desvinculação dos benefícios à correção
concedida ao salário mínimo, nem a flexibilização dos pisos
constitucionais de Saúde e Educação.
Aliados de Haddad não veem razão para o PT ficar incomodado com as
medidas de revisão e argumentam que o governo garantiu um “colchão
social” importante com a retomada da política de valorização do salário
mínimo, que assegura ganhos reais (acima da inflação) e não será
modificada pelo Executivo.
Na reunião de quarta, integrantes da equipe econômica inclusive
afirmaram ao presidente que sua promessa de campanha, de “incluir o
pobre no Orçamento e o rico no Imposto de Renda”, está sendo cumprida
com a valorização do salário mínimo, de um lado, e a taxação de fundos
de super-ricos e em paraísos fiscais, de outro.
Auxiliares do presidente reconhecem, em caráter reservado, que a
oposição deve explorar os cortes para acusar Lula de abandonar uma
plataforma de campanha. Por isso, dizem, é necessário que o PT esteja na
linha de frente da defesa do ajuste.
Essa agenda também busca evitar obstáculos no Congresso Nacional,
como o enfrentado em maio, quando a bancada do PT se rebelou contra a
taxação de importações de até US$ 50.
Os parlamentares petistas também reclamaram a Padilha por terem sido
surpreendidos por propostas encaminhadas ao Congresso, sem prévio debate
com as bancadas.
Procurada para falar sobre as críticas à política econômica, Gleisi
não quis se manifestar. Outro participante do jantar disse que as
ressalvas da deputada são de conhecimento público e que essas reuniões
permitem que dúvidas sejam esclarecidas, em âmbito restrito, antes que
cheguem ao público.
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (8) que aumentará em R$ 0,20
o preço do litro da gasolina a partir desta terça-feira (9). Com o
reajuste, de 7,12%, o preço de venda da gasolina A para as
distribuidoras passará a ser de R$ 3,01 por litro.
O impacto no preço da gasolina vendida ao consumidor final, que tem
27% de etanol em sua composição, deverá ser de R$ 0,15 por litro. No
entanto, o valor cobrado pelos postos de combustível depende de cada
varejista, uma vez que ainda são incluídos no valor as margens de lucro
do comerciante e da distribuidora, além dos custos associados ao
transporte.
Segundo a Petrobras, esse é o primeiro reajuste da gasolina neste
ano. A última vez que a estatal havia modificado o preço do produto
havia sido em 21 de outubro de 2023, quando houve redução de 4%.
O último aumento ocorreu em 16 de agosto daquele ano (16%).
GLP
A Petrobras também anunciou aumento do preço do gás de cozinha (GLP),
que subirá R$ 3,10 por botijão de 13h kg (9,81%) e passará a custar R$
34,70. O último ajuste no preço do gás de botijão havia sido feito em 1º
de julho de 2023, quando houve queda (-3,9%). O último aumento (24,9%)
havia sido feito em 11 de março de 2022.
As oliveiras são famosas pela resistência à seca e ao calor, e já na
Grécia antiga eram um símbolo de força. Mas as mudanças climáticas estão
mostrando que mesmo elas têm um limite, atingido no verão passado no
sul da Europa, o mais quente em dois mil anos.
A árvore identifica o momento da floração pelas alterações de
temperatura, e uma primavera mais quente que o normal faz as flores
desabrocharem antes do tempo. Como resultado, o fruto – a apreciada
azeitona – perde em qualidade e quantidade. Além disso, em caso de seca
extrema, a oliveira pode nem produzir frutos naquele ano.
O sul da Europa é a maior região produtora de azeite de oliva do
mundo. Na safra de 2022/23, sua produção foi um terço menor que a
anterior. A colheita da nova safra começa só em outubro, os estoques
estão baixos e o preço não para de subir – inclusive no Brasil.
Em maio, a inflação do azeite em 12 meses atingiu 49% no
Brasil, mais que 12 vezes a inflação geral no período, de 4%. Uma
garrafa de 500 mil é hoje vendida por cerca de R$ 50, o que levou
supermercados a protegê-las como fazem com bebidas caras.
Especialistas ouvidos pela DW afirmam que a safra deste ano no sul da
Europa tende a ser melhor que a passada, mas a recuperação plena deve
levar de dois a três anos, se o clima permitir. Ao contrário de
colheitas como a da soja ou milho, na qual a cada ciclo a planta inteira
é retirada, as oliveiras são uma cultura permanente e as árvores levam
um tempo para se recuperar após um evento extremo.
Para os brasileiros que usam o azeite no dia a dia, as notícias não
são boas. O preço deve seguir nessa faixa ou subir ainda mais devido
alta do dólar – que na quarta-feira, 3, acumulava valorização de 17%
sobre o real desde o início do ano.
“Devido a questões climáticas, a produtividade das oliveiras
no Mediterrâneo diminuiu, e isso explica a alta do preço ao longo de
2023. Vemos uma alta menor em 2024, mas os choques cambiais do momento
terão reflexo nas prateleiras, inclusive no azeite”, diz Felippe
Serigati, pesquisador do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação
Getúlio Vargas (FGV Agro).
De onde vem o azeite consumido no Brasil
O Brasil é o segundo maior mercado consumidor de azeite do mundo, e
também o segundo maior importador, atrás somente dos Estados Unidos,
afirma Renato Fernandes, presidente do Instituto Brasileiro de
Olivicultura (Ibraoliva). Os brasileiros consomem cerca de 100 milhões
de litros por ano, dos quais mais de 99% são importados.
O maior produtor mundial de azeite é a Espanha, que respondeu
em 2022/23 por 28,6% do mercado, seguido por Turquia (13,9%), Grécia
(12,8%) e Itália (8,6%), segundo dados do Conselho Oleícola
Internacional (IOC, na sigla em inglês).
Por motivos históricos e de tradição comercial, o Brasil importa a
maior parte do azeite que consome de Portugal, responsável por 4,6% da
produção mundial. Em 2023, os brasileiros importaram cerca de 47 milhões
de litros de azeite de oliva português, quase quatro vezes mais que o
volume comprado da Espanha, no segundo lugar, segundo dados do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O azeite de oliva produzido no Brasil é um mercado de nicho. Em 2023,
a safra foi de apenas 700 mil litros, a maior parte oriunda do Rio
Grande do Sul.
Um efeito colateral do aumento do preço é o estímulo à adulteração.
Em março, o Ministério da Agricultura e Pecuária e a Polícia Civil do
Rio de Janeiro e a Polícia Militar de São Paulo realizaram uma operação
contra a adulteração de azeite de oliva com a adição ilegal de óleo de
soja em uma fábrica clandestina em Saquarema (RJ), que aprendeu 104 mil
litros de produtos.
Além do problema com adulteração, Fernandes afirma que o Brasil tem
um “problema grave de classificação do azeite”. Em 2023, uma análise não
representativa feita pelo Ministério do Agricultura com 46 amostras
apontou que 82,6% delas tinham irregularidades na classificação – eram
comercializadas como extravirgem sem que atendessem aos padrões
sensoriais dessa classificação superior.
Espanha zera imposto sobre azeite
O brasileiro consome em média 500 gramas de azeite de oliva por ano,
segundo o IOC. Um volume pequeno se comparado aos países do sul da
Europa, onde o azeite é um item tradicional da dieta mediterrânea. Os
espanhóis consomem 11,4 quilos por ano, os gregos, 10,3 quilos, e os
italianos, 7,1 quilos.
Na Espanha, o preço do azeite triplicou desde janeiro de 2021, e o
consumo caiu 20%, forçando o governo a agir. Em junho, as autoridades
anunciaram que a partir desta segunda-feira (01/07) até o final de
setembro o azeite de oliva ficará isento do imposto sobre valor
agregado. De outubro a dezembro, a alíquota será de 2% e, a partir do
ano que vem, o produto será considerado item de primeira necessidade,
taxado a 4%.
A isenção do imposto sobre azeite de oliva foi uma das condições
colocadas pelo partido Juntos pela Catalunha para aprovar a prorrogação
do decreto anticrise do governo do premiê Pedro Sánchez em dezembro de
2023, mas que ainda não havia sido implementada. A secretária do Tesouro
espanhol, María Jesús Montero, afirmou que a decisão refletia “a
importância do azeite de oliva na dieta mediterrânea e para um estilo de
vida saudável”.
A queda do consumo não atingiu somente os espanhóis. Uma pesquisa
divulgada no final de junho indicou que um terço dos italianos também
havia diminuído o consumo de azeite de oliva extra virgem em função da
alta do preço.
Na Grécia, as perspectivas para a safra de oliveiras neste ano não
são boas, segundo a cooperativa de agricultores de Kalamata, a maior
região produtora de azeite do país. O inverno foi o mais quente desde o
início dos registros e as oliveiras floresceram antes da época, “o que
certamente criará problemas” para a safra, disse Michalis Antonopoulos
em março à agência de notícias Reuters.
Preparação para o futuro
O calor e a seca fora do comum não são o único problema para as
oliveiras. Na região central da Itália, em vez da seca, o problema
climático deste ano para os olivicultores foi o excesso de umidade na
época da floração, que também afeta o desenvolvimento dos frutos.
Uma situação parecida prejudicou os produtores gaúchos no ano
passado, quando o inverno mais ameno que o normal e o excesso de chuvas
em setembro fez com que muitas oliveiras não florescessem.
“Embora as mudanças climáticas, na média, elevem a temperatura, o
fato que mais tem prejudicado a produção agropecuária é a variabilidade
climática. Quando há onda de calor, é mais intensa, quando há queda de
temperatura, também é mais intensa – você torna o ambiente mais
volátil”, diz Serigati.
Uma alternativa para os olivicultores se prepararem para essa nova
realidade é pesquisar quais espécie de oliveiras se adaptam melhor a
condições de estresse hídrico ou de excesso de humidade, afirma
Fernandes.
O setor também avalia medidas como cultivar mais de uma espécie na
mesma área, investir no cuidado do solo para proteger mananciais e
melhorar a retenção de água ou, no limite, mover as plantações para
outras regiões.
Maior empresa aeroespacial do mundo pagará multa milionária
após acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos por quedas
que mataram 346 pessoas e ficará livre de um julgamento.
A Boeing aceitou se declarar culpada em uma investigação sobre dois
acidentes aéreos envolvendo o modelo 737 MAX, ocorridos em 2018 e 2019,
na Indonésia e na Etiópia, que mataram 346 pessoas. Maior empresa
aeroespacial do mundo, a companhia americana pagará uma multa milionária
após acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O anúncio
foi feito neste domingo (07/07).
O acordo, que ainda precisa ser aprovado por um juiz federal, envolve
se declarar culpada de fraude na certificação desses aviões e evitaria
um julgamento. A empresa pagará uma multa de 244 milhões de dólares e
investir 455 milhões de dólares, nos próximos três anos, para melhorar
seus programas de conformidade e segurança.
O valor estabelecido, entretanto, é muito menor do que os 24,8
bilhões de dólares que as famílias das vítimas exigiam da fabricante. Em
comunicado, a Boeing apenas confirmou que havia chegado a “um princípio
de acordo sobre os termos de uma resolução com o Departamento de
Justiça, sujeito à aprovação de termos específicos”.
Desde janeiro deste ano, quando o painel da porta de um 737 MAX 9, da
Alaska Airlines, desprendeu-se do avião em pleno voo, a Boeing passou a
serinvestigada de maneira minuciosa por
diferentes agências do governo americano. As investigações encontraram
falhas durante o processo de fabricação da aeronave. A reputação da
empresa, entretanto, já estava manchada pelos acidentes anteriores.
Acidentes envolvendo o 737 MAX
Os dois acidentes que motivaram o acordo ocorreram num intervalo de
seis meses e envolveram o modelo 737 MAX 8. O primeiro foi em outubro de
2018, num voo da empresa Lion Air que saiu de Jacarta, na Indonésia, e
caiu no mar após a decolagem. O segundo, ocorrido em março de 2019, foi
em um voo que partiu de Joanesburgo, na África do Sul, operado pela
Ethiopian Airlines, que também caiu minutos após decolar.
Em 2020, um relatório do Congresso dos Estados Unidos revelou falhas
de design e uma cultura de acobertamento na empresa, assim como erros
por parte da Administração Federal de Aviação (FAA). Os dois acidentes
deixaram um prejuízo histórico para a Boeing.
Neste ano, a empresa voltou aos holofotes quando, no dia 5 de
janeiro, a porta de um 737 MAX se soltou da fuselagem, forçando os
pilotos a realizarem um pouso de emergência. O acidente não teve
vítimas, mas levou a FAA a suspender por três semanas o modelo de avião.
Uma reportagem do jornal The New York Times revelou que
foram realizadas 89 auditorias após o acidente, nas quais foram
encontrados vários casos de descumprimento das exigências de controle de
qualidade por parte da Boeing e seus fornecedores. A empresa Spirit
AeroSystems, uma das fornecedoras da companhia, foi aprovada apenas em
seis das 13 auditorias realizadas.
Há investigações abertas contra a Boeing pelo Departamento de Justiça
dos EUA e pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB).
Além do modelo 737 MAX, outros aviões da empresa também se envolveram em
acidentes recentes. No dia 13 de janeiro deste ano, um 737-800 operado
pela companhia aérea All Nippon Airways precisou
retornar à pista de decolagem ao descobrirem uma rachadura na janela da
cabine do piloto. Os 59 passageiros e seis tripulantes não se feriram.
Outras investigações
Autoridades da Nova Zelândia e do Chile também investigam o que levou
um Boeing 787 da Latam a perder altitude abruptamente durante um voo
entre Sydney (Austrália) e Auckland (Nova Zelândia), que teria como
destino final a cidade de Santiago, no Chile. A Comissão de Investigação
de Acidentes de Transportes (Taic) da Nova Zelândia está analisando as
gravações contidas na caixa-preta do avião. O incidente ocorreu num voo
com 263 passageiros e deixou 50 pessoas feridas.
Entrevista com Carlos Correa – APAS (Associação Paulista de Supermercados)
O mercado plant-based no Brasil tem se destacado como uma das
tendências mais promissoras do setor alimentício. Em uma entrevista
exclusiva concedida à Plant-Based Tech, o Diretor-Geral da APAS
(Associação Paulista de Supermercados), Carlos Correa, compartilhou suas
perspectivas e insights sobre esse fenômeno em ascensão.
Um olhar otimista para o futuro
Carlos Correa expressa um entusiasmo notável em relação ao
crescimento do mercado plant-based. “A demanda do consumidor por esse
tipo de produto aumenta cada vez mais e o Brasil tem um mercado bem
promissor”, afirma Correa. Segundo ele, um recente levantamento da APAS
indica que os produtos saudáveis estão em franca aceleração, com os
alimentos não-industrializados predominando nas cestas de compras dos
brasileiros. Este movimento é impulsionado por uma busca crescente por
uma alimentação mais saudável, motivada por diversos fatores.
Receptividade e expansão nos supermercados
A aceitação dos produtos plant-based no mercado tem sido positiva. “O
mercado opta por disponibilizar à sociedade cada vez mais variedade
desses produtos, uma vez que a demanda por parte do consumidor registra
constante crescimento”, explica Correa. Nos supermercados, é possível
encontrar uma vasta gama de itens, incluindo cereais integrais, frutas,
verduras, legumes e sementes.
A APAS tem desempenhado um papel ativo na promoção desse mercado.
Correa destaca o sucesso da APAS SHOW, onde produtos orgânicos e
plant-based ganharam um espaço significativo. Além disso, a APAS firmou
um acordo de cooperação técnica com a CEAGESP, visando o desenvolvimento
de boas práticas e o incentivo ao mercado de Frutas, Legumes e Verduras
(FLV).
Acessibilidade para todos
Embora o plant-based inicialmente tenha sido associado a consumidores
de alto padrão aquisitivo, essa realidade está mudando. “Vem crescendo a
parcela de consumidores de todas as classes que consomem e veem valor
nesse tipo de alimentação”, observa Correa. Ele reconhece que o preço
final dos produtos plant-based ainda pode ser mais alto, mas acredita
que a maior variedade e oferta podem oferecer mais opções aos clientes.
Segundo uma pesquisa recente da APAS, 65% dos brasileiros consomem
orgânicos, com essa participação subindo para 71% entre os jovens de 18 a
34 anos. Esses números indicam um interesse crescente por parte dos
consumidores em adotar uma alimentação mais saudável.
Perspectivas de crescimento
Correa está confiante no crescimento contínuo do setor plant-based no
Brasil. “Os produtos saudáveis têm registrado crescimento ano após ano
em todas as cestas”, afirma. Ele enfatiza que os consumidores estão cada
vez mais conscientes da origem dos produtos e de seu impacto na saúde e
no meio ambiente.
Expansão nos Supermercados
Quando questionado sobre a presença dos produtos plant-based nos
supermercados, Correa explica que a oferta varia conforme a região e o
porte das lojas. “A maior parte dos supermercados de médio e grande
porte possuem uma ampla gama de produtos plant-based”, relata. Para os
próximos cinco anos, ele projeta um crescimento expressivo desse
mercado, apoiado tanto na mudança dos hábitos de consumo quanto na
ampliação da oferta de novos produtos pela indústria alimentícia.
Adaptação dos supermercadistas
Os supermercadistas têm demonstrado uma abertura significativa para a
tendência do vegetarianismo e da alimentação saudável. “O
supermercadista tem o desafio de estar sempre atento às constantes
mudanças de demandas e perfis dos consumidores”, destaca Correa. A
alimentação saudável e natural já é uma realidade em muitos
supermercados, com gôndolas dedicadas a produtos naturais se tornando
cada vez mais comuns.
Conclusão
O crescimento do mercado plant-based no Brasil é uma realidade
promissora, refletindo a busca dos consumidores por uma alimentação mais
saudável e sustentável. A APAS, sob a liderança de Carlos Correa,
continua a desempenhar um papel crucial nesse movimento, promovendo e
incentivando a oferta de produtos plant-based nos supermercados no
Estado de São Paulo. Como bem resumiu Correa, “A alimentação saudável e
natural virou uma escolha de uma vida mais feliz e equilibrada.”
Plant-Based Tech
A CEO da TRIOXP Feiras e Eventos, organizadora da Plant Based Tech,
Lúcia Abdala, também destaca o grande potencial do mercado brasileiro
para o setor plant-based. “O Brasil é um dos mercados mais promissores
para o setor plant-based. A nova geração busca alimentos e produtos
sustentáveis que não agridam o meio ambiente. Cada vez mais
empreendedores buscam novidades que atendam às expectativas desse
consumidor,” afirmou Lúcia. Ela ressalta a importância de eventos como a
Plant-Based Tech, que serve como um palco para discussões e
apresentação de novas tecnologias de produção, soluções para a
indústria, embalagens e novos produtos focados em food services e
varejo.