Iskander Sánchez-Rola, Diretor de Inovação em Privacidade da Norton.
Os códigos QR estão em todos os lugares, ajudando-nos a acessar
serviços e informações instantaneamente. Sete em cada dez brasileiros
confiam nos códigos QR dos restaurantes. No entanto, quase a metade dos
entrevistados no Brasil confia nos códigos QR dos estacionamentos.
São Paulo, julho de 2024 – Um código QR é uma matriz de quadrados ou
pixels em preto e branco agrupados em uma grade, que armazena dados para
que uma máquina, smartphone ou câmera possa ler e processar rapidamente
a informação contida na sua disposição específica de pixels. Isso os
torna uma forma conveniente de armazenar dados e acessá-los. Mas, eles
são seguros?
Em geral, os códigos QR são muito seguros, pois apenas transmitem
informações para um dispositivo, normalmente um telefone móvel. Eles não
podem iniciar uma ação por si mesmos e não podem ser hackeados
propriamente ditos. No entanto, atores maliciosos ou golpistas podem
substituir códigos QR existentes por seus próprios códigos maliciosos,
que podem levar a um site de phishing, incitar o usuário a baixar
malware em seu dispositivo ou enganá-lo de alguma outra forma.
Os cibercriminosos podem usar códigos QR falsos e maliciosos para
direcionar as pessoas a sites perigosos que contêm fraudes de phishing
ou malware, que não requerem nenhuma interação do usuário para infectar
seu dispositivo. Os brasileiros parecem estar cientes desse risco, de
acordo com a última pesquisa da Norton, uma marca de cibersegurança da
Gen™ (NASDAQ: GEN). A confiança nos códigos QR não é muito alta na
maioria dos lugares. O maior percentual de confiança dos brasileiros nos
códigos QR é de 72% e ocorre apenas em restaurantes, começando a
diminuir drasticamente para 53% em shows, 50% em bares, 48% em festivais
e 49% em estacionamentos.
Em 2020, por exemplo, os parquímetros de Austin (Texas) tinham
adesivos que ofereciam pagamento online pelo estacionamento, mas o
código QR levava a um site falso que aceitava pagamentos e roubava
informações de cartões de crédito. As vítimas não apenas foram enganadas
com seu dinheiro e informações financeiras confidenciais, mas também
receberam uma multa por estacionamento ilegal.
“É por isso que é melhor estar informado e escanear com cautela.
Embora a grande maioria dos códigos QR sejam perfeitamente seguros, não
se deve confiar em todos que se vê. Desconfie dos códigos publicados ou
enviados por e-mail e sempre verifique a URL do link antes de clicar
nele. Assim como com qualquer outro link ou site, se algo não parecer
correto, vá para outro lugar”, afirma Iskander Sánchez-Rola, Diretor de
Inovação em Privacidade da Norton.
Iskander também esclareceu que, à medida que os códigos QR se tornam
mais onipresentes, aumenta o risco de encontrar um código QR malicioso
ou clicar em outros links duvidosos, e os dispositivos móveis são
especialmente vulneráveis. “Por isso, os dispositivos móveis precisam de
um software de cibersegurança completo para proteger seus dispositivos,
como o Norton 360, que incorpora numerosas camadas de proteção,
fornecendo segurança em tempo real contra malware, phishing e sites
falsos”. Ser vítima de um código QR duvidoso pode acontecer, mas
conhecer essas informações pode ajudá-lo a tomar medidas rápidas para
evitar que a ameaça se agrave”, concluiu.
Metodologia
A pesquisa foi realizada online no Brasil pela Dynata em nome da Gen,
de 6 a 22 de março de 2024, entre 1.006 adultos com mais de 18 anos.
Sobre a Norton
A Norton é uma marca líder em cibersegurança da Gen™ (NASDAQ: GEN),
uma empresa global dedicada a capacitar a liberdade digital através de
sua família de marcas de confiança para o consumidor, incluindo Norton,
Avast, LifeLock, Avira, AVG, ReputationDefender e CCleaner. A Gen
permite que as pessoas vivam suas vidas digitais com segurança,
privacidade e confiança hoje e para as gerações futuras. A Gen oferece
produtos e serviços premiados de cibersegurança, privacidade online e
proteção de identidade a mais de 500 milhões de usuários em mais de 150
países. Mais informações em Norton.com e GenDigital.com.
Descubra por que a confiança no ambiente de trabalho vai além da
simples amizade entre líderes e equipes. Aprenda como a transparência e a
abertura são fundamentais para construir relacionamentos de confiança,
promovendo um espaço de trabalho mais produtivo e colaborativo. Entenda a
importância de clareza nas perspectivas, opiniões, e como isso pode
melhorar o comprometimento e a accountability dentro de sua equipe, sem a
necessidade de criar laços de amizade.
(Foto: Pexels)
Confiança não se constrói por amizade.
Importante que você perceba: você não precisa ser o chefe “amigo da galera” para ser uma liderança que constrói confiança no time. Você pode até escolher ser, mas isso não é caminho necessário para confiança e produtividade.
Confiança é uma relação que tem base não no princípio da afinidade e mas sim no princípio da abertura. A
abertura faz com que as relações se tornem mais transparentes, onde
tudo fica mais exposto e por isso, cria-se a sensação de que não há nada
escondido. Quando não há nada escondido, a confiança surge
naturalmente.
Já viu aqueles filmes antigos de faroeste, onde todos são obrigados a
colocar as armas em cima da mesa antes de começar a conversa? É mais ou
menos assim.
A abertura faz com que tenhamos clareza das perspectivas, opiniões ,
medos e ansiedades para que a partir dai consigamos ter um debate de
ideais mais produtivo, construir um comprometimento com algo e nos
cobrar sobre resultados mais abertamente.
Sem melindres, sem vítimas e sem culpados.
A boa notícia é que você pode até fazer ótimas amizades num
ambiente de trabalho, mas isso não é imperativo para que você obtenha
alto nível de produtividade, colaboração e confiança. O primeiro giro da
roda é dolorido mas depois vai ficando mais fácil.
E é sempre bom lembrar: somos animais. E qualquer animal somente
começa a confiar em outro quando percebe que esse não o ameaça. Passado
esse “ritual” fica divertido.
E você acredita ser possível começar a girar essa roda com abertura real e radical? Difícil né?
Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso
Junior Borneli, co-fundador do StartSe
Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)
Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor
Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe.
Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar
lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).
É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E
como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma
espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira
outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas,
conhecendo culturas diferentes.
Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do
Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não
duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a
diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator
entre fracasso e sucesso.
Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo.
“Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e
manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é
fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das
pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.
De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o
foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo
ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi
possível para o melhor resultado”, avisa.
Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as
coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma
situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde
você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das
coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o
empreendedor.
Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica
importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes
adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso
é a superação”, destaca Junior Borneli.
Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no
primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito
comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes,
receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”,
afirma.
É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será
fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior
parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado
expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria
fica pelo caminho”, diz.
É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá
que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a
sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a
trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky
Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto
aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.
O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham
glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com
super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa
espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à
tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.
Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são
persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará
valer a pena!,” destaca o empreendedor.
DERROTA TAMBÉM ENSINA
Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá,
tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos
ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova
tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos
Estados Unidos”, afirma Junior.
No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e
aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já
falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou
capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.
Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para
não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e
entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e
suportáveis”, salienta.
Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos
traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo
dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são
fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao
orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão.
Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e
siga firme em frente”, afirma.
É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você
não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se
você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm
coragem e disposição para fazer”, completa.
O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?
Moysés Peruhype Carlech
Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”,
sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de
resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial
da Startup Valeon.
Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer
pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as
minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais
uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?
Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a
sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você
comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online
com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu
WhatsApp?
Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para
ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja
e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.
A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao
mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para
sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em
Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para
enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de
isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos
hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar
pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade,
durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar
por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que
tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa
barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio
também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.
É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda
do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim
um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu
processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e
eficiente. Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e
aumentar o engajamento dos seus clientes.
Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu
certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. –
Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um
grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe
você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o
próximo nível de transformação.
O que funcionava antes não necessariamente funcionará no
futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas
como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos
consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas
tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo
aquilo que é ineficiente.
Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de
pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos
justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer
e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde
queremos estar.
Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a
absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que
você já sabe.
Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo
por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na
internet.
Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a
sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar
você para o próximo nível.
Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.
Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.
Embora o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha anunciado que já foi possível identificar um montante de R$ 25,9 bilhões que poderão ser cortados no Orçamento do
próximo ano, pela revisão de cadastros de programas sociais também de
outros ministérios, Lupi evitou se comprometer com valores ao falar
sobre o assunto.
Ele disse que benefícios serão cortados de quem não tiver direito,
mas declarou que não haverá “tribunal de inquisição” e que discutir
“despesa com ser humano seria insensibilidade”. Para interlocutores da
equipe econômica, entretanto, o discurso de Lupi é político, no sentido
de jogar com o público, porque ele está ciente do diagnóstico sobre a
redução de despesas e tudo foi negociado internamente.
“Discutir despesa com ser humano, aquilo que é o maior investimento
que se pode fazer no Brasil, que é sua gente, seu povo, é no mínimo
insensibilidade. Não contem conosco, estamos para dar direito a quem tem
direito, estamos aqui para sermos eficientes, competentes”, declarou o
ministro, ao discursar em evento de celebração dos 34 anos do INSS.
Em conversa com a imprensa, o ministro foi questionado sobre o número
divulgado nesta semana por Haddad, e se tinha receio de haver um corte
maior na Previdência. “Nenhum, porque é garantido com verbas
obrigatórias”, respondeu. Lupi não comentou o dado anunciado pelo chefe
da equipe econômica, mas avaliou que a pasta está dando uma “grande
contribuição” para a Fazenda com ações relativas ao Atestmed e a
reavaliação de benefícios que será iniciada neste segundo semestre.
Criado neste ano pelo INSS, o Atestmed permite que segurados
solicitem o benefício por incapacidade temporária por meio de uma
análise de documentos, sem necessidade de uma perícia médica presencial.
“O que estamos fazendo com muita eficiência, em uma grande
contribuição para a Fazenda, é economizando em vários setores, como o
Atestmed. E agora estamos começando um sistema de triagem, de apuração
de possíveis irregularidades, para corrigir rumos. De dois em dois anos
se pode fazer isso, principalmente em benefícios temporários. Alguns
erros podem ter sido cometidos”, comentou o ministro, que evitou
anunciar uma meta de economia com a revisão que será iniciada pela pasta
e pelo INSS.
“É uma checagem de possíveis irregularidades. Por exemplo, todos que
têm mais de dois anos de benefício, que não é permanente, é o
temporário, têm necessidade de fazer novo exame para saber se continua
tendo aquele direito. Isso já está começando a ser organizado”, disse
Lupi. Ele afirmou não ter ideia sobre a quantidade de benefícios que
poderão ser cancelados na triagem.
“Mas só nesse foco inicial seriam 800 mil que passarão por espécie de
pente-fino. Com certeza tem número razoável de irregularidades aí. Quem
tiver sem direito a ter o benefício, será cortado. Aqui temos que dar
direito a quem tem direito”, afirmou.
O ministro também comentou que a reavaliação, conforme a lei, é
obrigatória de ser feita a cada dois anos. O processo, contudo, não é
feito desde 2019. Junto do ministro, o presidente do INSS, Alessandro
Stefanutto, disse ainda que o órgão espera alcançar a meta de redução de
gasto de R$ 9,05 bilhões neste ano a partir das medidas de revisão e
produtividade. Ele pontuou, por sua vez, que o INSS “não tem compromisso
de cancelar 10 mil benefícios, 100 mil benefícios”. “Confirmando a
irregularidade, tem que ser cancelado, porque precisamos ter recursos
para pagar a quem tem direito”, disse.
Lupi também foi perguntado sobre a previsão trazida no projeto de lei
de diretrizes orçamentárias de 2025, de economia potencial no próximo
de R$ 7,2 bilhões em benefícios previdenciários. Mas também evitou
comentar o número.
“Não gosto de fazer avaliação de número sem ter alguma coisa
concreta, eu acho que este ano será maior do que era previsto, e a gente
se aperfeiçoando a tendência é ser sempre um volume grande”, disse o
ministro. Segundo ele, no primeiro semestre, o uso do Atestmed já
possibilitou uma economia de R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões para a
Previdência.
A recepção, que começou por volta das 20h em uma churrascaria no Centro da cidade foi organizada pelo governador Jorginho Mello (PL) e pelo filho “04? do ex-presidente, Jair Renan, que é pré-candidato a vereador na cidade.
Em seguida, Bolsonaro foi para o hotel, localizado na Avenida
Atlântica, na orla da praia. Ele desceu do carro e caminhou até a
entrada do prédio, quando foi cercado por bolsonaristas que o aguardavam
no local sob a observação da Polícia Militar e da Guarda Municipal.
Recebido aos gritos de “mito” e “fora, Lula”, ele não falou com a
imprensa.
O ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal na sexta-feira, 4,
pelos supostos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de
dinheiro. Segundo a PF, ele se apropriou de joias dadas como presente
pela Arábia Saudita para a Presidência do Brasil e as vendeu para ficar
com o dinheiro da operação.
Milei é esperado na cidade no sábado à noite, quando está previsto
jantar com Bolsonaro e Jorginho Mello. No hotel em que os dois vão
ficar, há uma bandeira da Argentina pendurada ao lado da do Brasil na
escadaria do hall de entrada. A expectativa é de que Milei chegue ao
local às 22h.
Um projeto do Poder Executivo, que autoriza a doação de dois
helicópteros da Polícia Federal (PF) para o Paraguai, seguirá ao Senado.
A proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania (CCJ) da Câmara na última quarta-feira (3). Qual o modelo das
aeronaves? Serão duas unidades do modelo 412 Classic, da empresa Bell
Aircraft. Algum reparo será feito antes da doação? Não, os helicópteros
serão doados em seu estado atual de conservação. A quem as aeronaves
pertencem? As aeronaves estão registradas na Agência Nacional de Aviação
Civil sob as matrículas PT-HRG e PT-HRH e pertencem à frota do Comando
de Aviação Operacional da Polícia Federal do Ministério da Justiça e
Segurança Pública. Quais são os objetivos da doação? Os helicópteros
serão utilizados no monitoramento da fronteira entre os dois países.
Está previsto ainda o estreitamento da cooperação policial em âmbito
bilateral, em ações de prevenção e repressão a crimes transfronteiriços.
Quem vai arcar com os custos? Caberá à PF arcar com os gastos do
trajeto Brasília-Foz do Iguaçu (PR), onde ocorrerá a transferência para o
Paraguai. A medida vai custar R$ 103,6 mil para os cofres públicos, que
sairão do orçamento da PF. Serão de responsabilidade do Paraguai a
realização dos procedimentos necessários ao ingresso das aeronaves
doadas em seu território e a execução das medidas necessárias à sua
regularização. Quais são as expectativas quanto à doação? Em seu
relatório, o então ministro da Justiça e Segurança Pública e atual
senador Sergio Moro (União-PR) diz que a expectativa do Estado
brasileiro é “que a doação possa contribuir para a ampliação da
capacidade operacional do país vizinho nos trabalhos de fiscalização de
suas fronteiras com o Brasil e, consequentemente, elevar a eficácia no
combate à criminalidade organizada transnacional”. Qual é o grande
obstáculo para o policiamento na região? O documento assinado por Moro
cita ainda a extensão da fronteira Brasil-Paraguai como um fator que
dificulta a fiscalização eficaz. Menciona também os crimes de tráfico de
armas, tráfico de drogas, contrabando e descaminho que ocorrem há
décadas na região, como ficou constatado pela CPI das Armas da Câmara
dos Deputados, em 2005. Onde começa e onde termina a fronteira
Brasil-Paraguai? A zona limítrofe entre os dois países se inicia na
Ponte Internacional da Amizade e no Marco das Três Fronteiras, entre Foz
do Iguaçu e Presidente Franco, no estado do Paraná, e se estende até a
tríplice fronteira com a Bolívia, região próxima às cidades de Bahia
Negra e Corumbá, no estado do Mato Grosso do Sul. Qual é a extensão da
divisão entre os dois países? De acordo com a Fundação Alexandre Gusmão
(FUNAG), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, Brasil e
Paraguai possuem 1.365,40 km² de extensão fronteiriça total, dos quais
928,50 km² se dão por linha seca, e outros 436,90 km² por divisores de
águas.
O Exército brasileiro vai começar a usar drones produzidos no Brasil
capazes de lançar mísseis. Um grupo de 21 militares concluiu
recentemente o treinamento para operar as aeronaves não tripuláveis. Os
testes duraram nove meses. Num primeiro momento, serão repassados ao
Exército três equipamentos, além de uma base móvel com estações de
controle de solo, estabilizadores e radares. Dois terminais de
transmissão de dados de 60km e um terminal de alcance de 100km também
compõem o sistema. O drone, que recebeu o nome de SARP Nauru 1000C, tem
tecnologia 100% nacional. O desenvolvimento ficou a cargo da empresa
XMobots. Projetados para missões táticas de vigilância, segurança e
monitoramento de fronteiras, os drones serão usados principalmente na
região Amazônica. O sistema é todo operado à distância. O Nauru 1000C
tem quase oito metros de envergadura, três de comprimento e pode chegar a
uma velocidade de até 110 km/h, com autonomia de 10 horas de voo. O
drone conta com oito motores com baterias independentes, permitindo a
realização de decolagens e pousos verticais automáticos, possibilitando o
uso em ambientes críticos e confinados. Com peso máximo de decolagem de
150kg, o equipamento foi desenvolvido para missões que exigem operações
em cenários diversos, suportando chuva fina, leve ou neblina, por
exemplo. Todo o controle destas aeronaves é feito de dentro de um
contêiner para transporte e operação, com câmeras e monitores que
mostram em tempo real o que a aeronave está captando lá fora de acordo
com a necessidade de cada missão.
O grupo de trabalho responsável pela regulamentação da reforma
tributária sobre o consumo na Câmara apresentou seu parecer nesta
semana. Segundo seus integrantes, o texto só tratou de temas sobre os
quais havia consenso entre as lideranças. Os assuntos mais polêmicos, e
que devem gerar muitos embates entre os deputados, serão decididos em
plenário.
Logo, não seria exagero afirmar que o parecer não é definitivo e que
sofrerá muitas modificações até que seja aprovado. Essa indefinição não
seria um problema se os debates que ocorrerão a partir de agora fossem
realizados sem pressa, pautados pela transparência que um tema tão
relevante para a economia quanto a reforma tributária requer. Não é o
caso.
Relator oculto da reforma tributária, o presidente da Câmara, Arthur
Lira (PP-AL), já deixou claro que o cronograma que ele estabeleceu para a
tramitação da proposta será cumprido à risca. Isso significa que os
deputados terão pouco mais de dez dias para concluir as discussões.
No segundo semestre, afinal, os deputados só terão olhos para as
eleições municipais. E Lira, conhecido pelo estilo rolo compressor que
adota nas votações de matérias importantes, comprometeu-se a aprovar a
reforma antes do início do recesso parlamentar, em meados do mês.
Seria cômodo culpar Lira por mais um atropelo antidemocrático, mas
ele não é o único a compactuar com essa estratégia deletéria. A verdade é
que o governo também tem todo o interesse em acelerar as discussões.
Prova disso é o pedido de urgência constitucional solicitado pelo
Palácio do Planalto para o projeto. O recurso dispensa a tramitação da
proposta nas comissões temáticas e permite que o texto seja apreciado
diretamente no plenário.
Para completar, a urgência também vale para o Senado. Isso significa
que os senadores terão somente 45 dias para analisar o texto quando ele
chegar da Câmara. Passado esse prazo, a reforma passa a trancar a pauta
de votações no Senado. Assim, na reta final da tramitação da proposta, o
que deve prevalecer não é a coerência da reforma nem a técnica
legislativa, mas a força política das bancadas partidárias e setoriais.
Já há algumas bolas cantadas. Lira havia sinalizado que o parecer
manteria as proteínas fora da lista de itens isentos de impostos na
cesta básica. Assim foi feito. De fato, zerar os impostos sobre as
proteínas na lista não faria qualquer sentido – nem econômico nem
social.
Se as carnes fossem incluídas, a alíquota padrão do futuro Imposto
sobre Valor Agregado (IVA), estimada em 26,5%, teria de ser elevada a
27,1%, o que daria ao Brasil a incômoda posição de líder mundial do
ranking dos maiores IVAs do mundo. E, se a ideia é garantir uma
alimentação mais saudável e completa para os mais pobres, há formas mais
adequadas de fazê-lo, como a devolução do imposto aos que integram a
base dos programas sociais do governo.
A questão é que zerar o imposto sobre as proteínas é uma das poucas
demandas a unir gregos e troianos na Câmara – no caso, os petistas e a
onipotente bancada ruralista. Ninguém menos que o presidente Lula da
Silva quer a inclusão de frango e cortes bovinos mais baratos entre os
itens isentos, à revelia da proposta defendida por sua própria equipe
econômica.
Da mesma forma, a batalha do Imposto Seletivo será decidida em
plenário. Todos os setores têm levantado argumentos para escapar do
chamado imposto do pecado, mas o governo trabalha com os mais
esdrúxulos.
Se a ideia é desestimular itens nocivos à saúde, não há lógica em
isentar caminhões movidos a diesel somente porque o transporte de cargas
no País é majoritariamente rodoviário. Da mesma forma, sobretaxar
carros elétricos em razão da fonte de energia utilizada na fabricação de
baterias na China parece mera desculpa para não retirar a
competitividade dos veículos com motores a combustão.
Deixar a decisão final sobre qualquer tema ao plenário significa
distribuir entre toda a Câmara a responsabilidade – e o desgaste – pelos
erros que forem cometidos. É uma pena que os debates sobre a
regulamentação da reforma tributária, cruciais para o futuro do País,
estejam se dando dessa maneira açodada e opaca.
A imensa maioria dos argentinos não o conheceu. E as pessoas que
chegaram a presenciar seu lendário surgimento e ainda vivem têm hoje
mais de 80 anos.
No entanto, meio século após sua morte, o ex-presidente da Argentina
Juan Domingo Perón (1895-1974) continua sendo uma das referências
políticas mais populares do país.
O peronismo manteve sua influência até
mesmo durante as quase duas décadas em que esteve proscrito – e também
nas poucas vezes em que um líder não peronista chegou ao poder na
Argentina durante o período democrático, como é o caso atual.
O economista outsider Javier Milei surpreendeu
ao vencer o candidato peronista Sergio Massa, nas eleições
presidenciais de novembro de 2023. Mas, mesmo com a relevância adquirida
pelo atual presidente, a força do peronismo certamente continua
mantendo sua mão firme sobre as rédeas do poder.
A maioria detida pela bancada peronista na Câmara dos Deputados e no
Senado argentino explica por que o presidente Milei levou mais de seis
meses para aprovar sua primeira lei, o que só ocorreu no último dia 28
de junho. E também justifica por que a chamada Lei de Bases acabou sendo
uma versão muito diluída da proposta original do governo libertário.
Mas a teia do Partido Justicialista (PJ, o nome formal do partido
peronista) se estende para muito além do Legislativo. Apesar da sua
derrota nas eleições presidenciais, o partido governa um terço das
províncias e a maioria das prefeituras do país.
E não é só ali que reside o seu poder. O peronismo também está nas
bases do movimento sindical, que detém muita força na Argentina desde
seu surgimento no país.
O peronismo é tão presente no dia a dia dos argentinos que é difícil
encontrar alguém que se sinta alheio à sua influência, seja para o bem
ou para o mal.
Para cada peronista, existe um antiperonista (apelidado localmente de
“gorila”). E esta divisão se mantém até hoje, 50 anos depois da morte
do “General”.
A base do seu poder
Mas por que a figura de Perón se mantém até hoje com tanta relevância?
Segundo a historiadora especializada em peronismo María del Mar Solis
Carnicer, da Universidade Nacional do Nordeste (UNNE), na Argentina,
Perón conseguiu gerar a “adesão emocional” de uma parte massiva do
eleitorado – que, até então, havia sido ignorada. Com isso, segundo ela,
ele provocou um nível de veneração que transcendeu gerações.
Da mesma forma que Milei, o ex-militar surgiu de fora do mundo político e criou sua própria base de apoio.
Perón se aproximou do poder pela primeira vez ao participar do
primeiro golpe de Estado ocorrido na Argentina, em 1930. Mas foi um
segundo levante, em 1943, que o levou a ocupar seu primeiro cargo
político, como chefe do Departamento Nacional do Trabalho.
A partir daí, a ascensão de Perón foi meteórica.
Em apenas seis meses, foi nomeado secretário do Trabalho e
Previdência, acumulando posteriormente os cargos de ministro da Guerra
e, por fim, vice-presidente do país.
Segundo Solis Carnicer, foi seu primeiro trabalho público que permitiu a Perón estabelecer sua popularidade.
“Ele foi construindo seu espaço de poder a partir do Departamento do
Trabalho, que, com ele, depois se transforma em secretaria”, diz a
historiadora. “É o lugar que irá impulsioná-lo e fazer com que ele fique
conhecido. A partir dali, [Perón] começa a ter contato com os
trabalhadores, que formarão sua base de sustentação.”
Foram os trabalhadores – que Evita logo chamaria de “descamisados” –
que se mobilizaram no dia 17 de outubro de 1945 para exigir sua
libertação, quando o presidente de fato da Argentina, Edelmiro Farrell
(1887-1980), preocupado com o poder acumulado por Perón, ordenou sua
prisão.
Este evento passaria a ser comemorado como o Dia da Lealdade
Peronista, celebrado até hoje. Ele marcou o início do peronismo como
força política, embora Perón só tenha conseguido formar o seu partido (o
PJ) posteriormente.
Nas eleições democráticas de 1946, Perón foi eleito presidente por
quase 54% dos argentinos. Ele iniciava um período de dois mandatos
consecutivos, que seria interrompido pelo terceiro golpe de Estado
sofrido no país em 1955, chamado de “Revolução Libertadora”.
A partir dali, o peronismo foi proibido, o que levou seu líder a se exilar por 18 anos.
Esse longo intervalo só chegaria ao fim em 1973, com o regresso
triunfal de Perón à Argentina, com 78 anos. Ele cumpriria então um
terceiro e último governo, interrompido pela sua morte depois de apenas
oito meses de mandato.
Estado de bem-estar
Mas o que fez Perón para que seu legado perdurasse por tanto tempo, gerando idolatria e ódio entre os argentinos até hoje?
Segundo vários acadêmicos, sua principal política foi a “democratização do bem-estar”.
“Perón ampliou os direitos dos trabalhadores, estabelecendo as férias
remuneradas e o 13º salário, além de firmar contratos coletivos de
trabalho com os sindicatos”, diz Solis Carnicer.
“Ele estendeu a grande parte da população os direitos e benefícios
que, até aquele momento, eram inatingíveis, já que apenas uma parcela
muito pequena da sociedade tinha acesso a eles.”
Ele garantiu, por exemplo, o pleno emprego, com a industrialização e a
nacionalização de empresas privadas, criando mais empregos públicos.
Perón também redistribuiu a renda, ampliando o acesso à moradia e
congelando os alugueis. Isso permitiu que os assalariados tivessem um
valor excedente, que poderia ser empregado para que tivessem acesso a
artigos como eletrodomésticos, segundo a historiadora.
“Os salários aumentaram muito durante a primeira presidência de Perón”, afirma ela.
O Estado de bem-estar peronista também forneceu saúde e educação aos setores mais desfavorecidos da população.
Perón criou o Ministério da Saúde, que realizou campanhas de vacinação em massa contra epidemias, de forma gratuita.
Ele também ampliou o acesso à educação, decretando, em 1949, o ensino
universitário gratuito, que permanece até hoje. Este sistema causou, há
alguns meses, o maior protesto enfrentado pelo governo Milei, devido às
denúncias das universidades públicas de que o Estado estaria reduzindo
seu financiamento.
Em 1951, graças a uma lei impulsionada pelo peronismo, as mulheres
puderam votar pela primeira vez, nas eleições que reelegeram Perón como
presidente, com mais de 63% dos votos.
O antiperonismo
Enquanto gerações de argentinos comemoram até hoje e defendem seus
direitos adquiridos, existe também uma grande parcela da população que
acusa o peronismo de fazer clientelismo político, com medidas
“populistas”.
Segundo esta visão, a justiça social peronista, que levou à criação
de um imenso Estado de bem-estar, deixou os cofres argentinos
constantemente no vermelho. Isso gerou a emissão desenfreada de dinheiro
e o endividamento do Estado.
Este seria o motivo das constantes crises de dívida sofridas pelo
país e da forte inflação da Argentina, que é a mais alta do mundo.
“O conceito de justiça social é uma aberração – é roubar de alguém para dar ao outro”, afirmou Milei.
Segundo Solis Carnicer, o antiperonismo não surgiu apenas entre as
elites, que tiveram seus privilégios reduzidos, e os empresários
prejudicados pelas suas políticas. Grande parte da oposição a Perón
questionava seu estilo autoritário.
“Eles o consideravam um espécie de Mussolini e o peronismo, um
fascismo crioulo”, conta a historiadora. Ela se refere ao líder italiano
que se aliou a Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945).
“Paralelamente ao desenvolvimento de uma política de ampliação de
direitos sociais e políticos, Perón também foi construindo um culto ao
líder – tanto da sua figura, quanto de Eva Perón – e fez com que seu
partido se tornasse extremamente personalista.”
“No peronismo, não havia como ter opiniões contrárias”, diz Solis
Carnicer. “O partido era absolutamente vertical e o que Perón dizia
precisava ser feito. Não havia discussões internas.”
Perón também não permitia divergências fora do peronismo.
“Ele perseguiu os opositores de outros partidos, prendendo dirigentes
políticos por simplesmente criticá-lo”, segundo a historiadora. “Ele
também limitou o direito à liberdade de expressão, censurando a imprensa
e expropriando meios de comunicação, como o jornal La Prensa.”
Perón também foi criticado por práticas clientelistas, como o
doutrinamento das crianças nas escolas e a repartição dos empregos
públicos entre seus partidários.
São questionamentos que, décadas depois, continuaram sendo feitos aos governos peronistas que o sucederam.
Personagem único
Não há dúvida de que, além das suas políticas, um dos grandes motivos
que levaram a figura de Perón a transcender tantos anos foi a sua
enorme personalidade.
“Não houve na Argentina outro líder político com as características
de Perón”, afirma Solis Carnicer. “Houve líderes carismáticos, houve
dirigentes com presença importante, mas não houve ninguém como ele.”
Este magnetismo e o apego emocional que muitos argentinos ainda
sentem por Perón explicam por que tantos dirigentes apelam à sua figura e
às suas frases lendárias, nos seus atos políticos. A mais famosa de
todas é: “Para um peronista, não existe nada melhor do que outro
peronista.”
O peronismo chegou a atrair políticos com ideias diametralmente
opostas às do seu fundador. É o caso do ex-presidente Carlos Menem
(1930-2021), que governou a Argentina entre 1989 e 1999 e ficou
conhecido pelas suas políticas neoliberais.
“Perón teve tantos rostos e tantas facetas que qualquer pessoa pode
encontrar nele o que estiver procurando”, afirma a historiadora. Ela
destaca que a principal característica de Perón foi o seu pragmatismo.
“É por isso que setores da mais extrema esquerda até a mais extrema direita conseguem conviver no peronismo.”
Projetos de lei complementares que tratam da reforma tributária dos impostos sobre o consumo
A
EC (Emenda Constitucional) 132/2023 previu a substituição do ICMS, ISS,
PIS e COFINS por um novo sistema de tributação do consumo, mais
simples, racional e alinhado à prática internacional.
Nesse
sistema, a tributação geral do consumo será dual, com um Imposto
(subnacional) e da Contribuição (federal) sobre Bens e Serviços, IBS e
CBS, instituídos por lei complementar e praticamente idênticos entre si.
Eles serão administrados pelo Comitê Gestor do IBS (CG) e pelo fisco
federal, cabendo aos entes federados definir suas alíquotas padrão.
Haverá, ainda, um Imposto Seletivo para desestimular consumos
prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, que coexistirá com o IPI,
mantido apenas para produtos da ZFM.
A dualidade substitui a
ideia original de um único IBS compartilhado entre os entes, que, como
alertamos desde os primórdios da PEC 45/2019[1], seria inconstitucional, pois suprimir o ICMS (88% da arrecadação estadual) e o ISS (43% da municipal)[2], deixando o novo imposto a critério do Congresso Nacional, afetaria a autonomia financeira dos entes[3].
Contudo,
após a alteração, apontamos para o risco de essa dualidade ser apenas
formal, sem garantir um nível satisfatório de autonomia aos entes[4],
o que, agora, é confirmado pelos recentes PLPs 68 e 108/2024. Afinal,
segundo os PLPs, os entes serão subalternos ao CG, que, por sua vez,
ficará na dependência da União quanto à estrutura comum do IBS/CBS.
E isso os enfraqueceri a, amesquinhando a Federação, o que é vedado.
De
fato, a EC teve o propósito de recuperar a racionalidade do sistema
tributário. Assim, a dualidade do IBS/CBS precisa ser estruturada de
modo a atender à simplicidade, transparência, justiça e cooperação (CF,
art. 145, §3º). E isso implica que, além de duais, os tributos têm de
ser uniformes, tanto em seus aspectos legais (mesmas regras de
incidência) quanto administrativos, com regulamentos, interpretações,
obrigações e procedimentos harmônicos (CF, arts. 149-B, art. 156-B e
195, §16).
Consequentemente, a lei complementar deve dispor sobre
a matéria de modo a garantir suficiente autonomia dos Estados e
Municípios (dualidade), mas, ao mesmo tempo, criar um sistema simples, racional e praticável o bastante (uniformidade) para justificar o abandono do sistema atual, que existe há anos e que, bem ou mal, funciona.
De fato, “a repartição de competências e de receitas tributárias configura um dos pilares da autonomia dos entes” (STF, RE 591033, DJ 24/02/11), pois consagra a descentralização e“divisão de centros de poder”no País (ADI 4228, DJ 10/08/18). Por isso, nem mesmo via emenda pode o Congresso Nacional relativiz& ; ;aac ute;-las“ ou afastá-las”, o que ofenderia “o pacto federativo” e seria “tendente a aboli-lo”, o que é vedado(ADI 926, DJ 06/05/94).
Em
nosso sistema, competência tributária é o poder do ente para instituir
seu tributo por lei própria. Ela não se confunde com a capacidade
administrativa de arrecadá-lo ou alterar-lhe a alíquota, que é
delegável, sem que isso o tornede competência de quem a exerce, ao invés
do órgão legislativo que o cria. Só há competência tributária se o ente
pode criar / modificar o tributo quando conveniente[5].
No caso, há indicativos de que Estados e Municípios podem perder poder em matéria de consumo, pelo prisma tanto da competencia quanto da capacidade tributária. A
teor da EC, a instituição e a estrutura do IBS serão definidas junto
com as da CBS, por lei complementar de iniciativa federal, editada pelo
Congresso Nacional, ou seja, por veículo e órgão legislativos da União.
Assim, ela passará a de ter competência para dispor sobre estrutura do
tributo, o que, hoje, os entes fazem por leis próprias. Segundo os
idealizadores da EC, isso seria possível por tratar-se de competência
compartilhada, a permitir que tributos “distintos” sejam criados por uma
lei complementar comum, de caráter “nacional”. Todavia, nacionais são
leis complementares de normas gerais para regular a compet encia
dos entes, que a exercem por leis próprias, enquanto as que criam
tributos são leis instituidoras, mas sujeitas a rito mais rigoroso, pela
excepcionalidade do gravame (CF, art. 148 e 154, I).
Além
disso, inúmeras prerrogativas inerentes à capacidade administrativa,
hoje exercidas pelos entes sozinhos, serão centralizadas no CG. Este,
por sua vez, ficará sujeito à União, ao ter de entrar em acordo com ela,
nos temas submetidos a harmonização. Estados e Municípios, sozinhos,
poderão apenas determinar suas alíquotas-padrão e fiscalizar e lançar o
IBS, mas, neste caso, sempre dentro das diretrizes do CG.
Em âmbito infraconstitucional, os PLPsacentuam o risco de centralização, pois, ao preverem estrutura idêntica, evidenciaram a unicidade de fato
do IBS/CBS. É dizer: não serão dois, mas um único tributo, cuja
dualidade operará não na competência (legislativa), mas na destinação
dos recursos e em frações da capacidade de administrar o tributo.
Além
disso, apesar de a representação paritária dos Estados e
Municípiossugerir certa independênciado CG, o âmbito para atuação
autônoma do órgão será estreito, pois todos os temas comuns ao IBS e CBS dependerão de atos conjuntos com a União. Assim, ele só agirá sozinho em relação a temas procedimentais secundários.
Essa
harmonização ocorrerá, conforme a matéria (infralegal/administrativa
e/ou jurídica), nos chamados Comitê das Administrações Tributárias e
Fórum das Procuradorias. Ainda que a União e o CG tenham 50% dos votos
cada, não haverá verdadeiro equilíbrio de forças. Afinal, o interesse da
União tende a ser linear, enquanto os dos representantes do CG não o
serão, pois terá de haver representação satisfatória dos Estados do
Centro-Sul e do Norte/Nordeste, bem como dos grandes e pequenos
Municípios. Assim, a União será um bloco monolítico (50%), enquanto o CG
se apresentará como um conjunto de até quatro sub-blocos (12,5%) com
interesses conflitantes. Logo, bastará à União cooptar um desses blocos
para exercer liderança e fazer-se prevalecer nas discussões, como ela já
faz outras esferas. Para piorar, os PLPs sequer preveem o tipo de
maioria a ser observada nessas votações, o que ficou para um futuro
regimento, apesar do seu impacto sobre a Federação.
Portanto,
a prevalecerem os PLPs, a estruturação do sistema previsto na EC pode
reduzir perigosamente a autonomia dos Estados e Municípios, a ponto de
redefinir, para pior, a qualidade da Federação
brasileira (retrocesso), seja porque eles perderiam o poder que hoje
possuem, seja, ainda, porque serão duplamente inferiorizados, ao ficar
abaixo de um CG central, que, por sua vez, pouco decidirá sem o amém da
União.
Nesse cenário, embora ainda não se possa afirmar que a seja inconstitucional, pode ocorrer um processo de inconstitucionalização
da reforma tributária, caso ela reduza (ao invés de manter ou aumentar)
a capacidade dos Estados e Municípios de custear suas atividades e
serviços sem dependerem da União, o que exigiria a rediscussão do
modelo, com os custos daí decorrentes para o País.
Hamilton Dias de Souza é
sócio fundador dos escritórios Dias de Souza Advogados Associados e
Advocacia Dias de Souza, mestre e especialista em Direito Tributário
pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
Humberto Ávila é fundador do escritório Humberto Ávila Advocacia e professor-titular de Direito Tributário na Faculdade de Direito da USP.
Ives Gandra da Silva Martins é
professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU,
do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do
Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal
Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades
Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis
(Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova
(Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho
(Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da Fecom
ercio-SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras (APL) e do
Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).
Roque Antônio Carrazza é
fundador do escritório Roque Carrazza Advogados Associados e
professor-titular de Direito Tributário da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo.
[1] SOUZA, Hamilton D.; ÁVILA, Humberto B.; e
CARRAZZA, Roque A. A reforma tributária que o Basil precisa, parte 1.
CONJUR, 08/11/2019.
[2] Vide dados do Tesouro Nacional citados no
parecer de admissibilidade da PEC 45/2019 apresentado pelo Dep. Fed.
João Roma à CCJ/CD.
[3] Vide, p. ex., Substitutivo do Deputado Aguinaldo Ribeiro à PEC 45/2019, na Câmara dos Deputados (fase I).
[4] SILVA MARTINS, Ives G.; SOUZA, Hamilton D.;
ÁVILA, Humberto; e CARRAZZA, Roque. Considerações necessárias sobre a
reforma tributária. Portal Tributário, 03/07/2023.
[5] CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de direito constitucional tributário. São Paulo: Malheiros, 1997.
Por que a Samsung Electronics vai adotar a semana de 6 dias para seus principais executivos?
Segundo funcionários da companhia, a medida é uma prevenção frente
aos cenários políticos e econômicos complexos e visa manter a “guarda
alta”. Essa é a justificativa para a decisão.
Escritório (Foto: Unsplash)
Segundo alguns veículos de renome, a Samsung Electronics vai
adotar a “semana de 6 dias” para seus principais executivos, que terão
que trabalhar sábado ou domingo, além dos 5 dias “normais”.
A Bloomberg e a Fortune disseram que essa decisão vem depois dos
resultados anuais apresentarem um lucro menor do que o esperado, o que
pressionou a companhia sul-coreana.
Segundo funcionários da companhia, a medida é uma prevenção frente
aos cenários políticos e econômicos complexos e visa manter a “guarda
alta”. Essa é a justificativa para a decisão.
Esse é um cenário antagônico ao que algumas grandes empresas estão
buscando, como a “semana de 4 dias”, que vem sendo experimentada em
alguns lugares pela Microsoft, empresa mais valiosa do mundo.
E vai também na contramão do que o Nubank, por exemplo, tem feito.
Neste caso, a diferença está entre o trabalho presencial de 6 dias e o
esquema 1/12 da fintech, com 1 semana presencial para cada 12 semanas de
home office.
Quantas variáveis, não é? 4 dias, 6 dias, os
tradicionais 5 dias… em casa, no escritório, em casa e no escritório…
difícil dizer se existe algo melhor ou pior, mas é muito interessante
observar todos os movimentos.
P.s: apesar de tudo, a Samsung ultrapassou a Apple no último
trimestre, em relação ao número de smartphones entregues. Foram 60
milhões de unidades, contra os 50 milhões dos americanos.
Eu e o ChatGPT sobre Divulgação Empresarial na Internet
Eu: Moysés Peruhype Carlech
Os empresários hoje fazem as suas compras de mercadorias para os
atacadistas através da internet, usa-se muito pouco vendedores hoje em
dia, poucas empresas anunciam os seus produtos pela internet e a maioria
não. Por qual motivo isso acontece. Aqui no Vale do Aço temos o
Marketplace Valeon criado para alavancar as vendas dessas empresas que
não divulgam os seus produtos e através do site da valeon marketplace
isso é possível por um preço bem razoável e barato. Por que não o fazem?
Favor descrever esse assunto.
ChatGPT
Existem várias razões pelas quais algumas empresas podem hesitar em
utilizar plataformas online, como o Valeon Marketplace, para divulgar e
vender seus produtos. Algumas das razões mais comuns incluem:
Falta de Conhecimento Tecnológico:
Muitos empresários podem não estar familiarizados com a tecnologia
necessária para operar uma loja online. Isso pode incluir a criação e
manutenção de um site, a gestão de inventário online, e a compreensão de
como lidar com transações eletrônicas.
Resistência à Mudança:
Algumas empresas têm uma cultura organizacional tradicional e são
resistentes à adoção de novas tecnologias. A mudança para um modelo de
negócios online pode ser vista como disruptiva e, portanto, não é
implementada.
Custos Iniciais e Investimento:
Embora você mencione que o Valeon Marketplace oferece preços
razoáveis, algumas empresas podem perceber a criação e manutenção de uma
presença online como um investimento inicial significativo. Elas podem
não estar dispostas a alocar recursos financeiros para essa transição.
Segurança e Privacidade:
Algumas empresas podem ter preocupações sobre a segurança de
transações online e a privacidade dos dados do cliente. O receio de
falhas de segurança pode dissuadi-las de adotar uma presença online.
Foco em Clientela Local:
Empresas que têm uma clientela local consolidada podem não ver a
necessidade imediata de expandir para o mercado online. Elas podem
acreditar que o modelo de negócios tradicional atende bem às demandas
locais.
Falta de Conhecimento sobre Oportunidades Online:
Algumas empresas podem não estar cientes das oportunidades que a
presença online pode proporcionar. A falta de educação sobre os
benefícios do comércio eletrônico pode ser um obstáculo.
Concorrência com Grandes Plataformas:
Algumas empresas podem hesitar em competir com grandes plataformas de
e-commerce, temendo que seus produtos se percam na concorrência com
outras ofertas mais populares.
Logística e Distribuição:
A gestão da logística e da distribuição de produtos comprados online
pode ser complexa para algumas empresas, especialmente aquelas que não
estão preparadas para lidar com o aumento potencial na demanda.
Incentivar e educar as empresas sobre os benefícios de estar online,
além de oferecer soluções acessíveis como o Valeon Marketplace, pode
ajudar a superar algumas dessas barreiras e incentivar uma maior
participação no comércio eletrônico.
Eu
Fale mais sobre educar os empresários a divulgarem mais os seus produtos através do site marketplace da valeon do Vale do Aço.
ChatGPT
Claro, vou abordar alguns pontos que podem ser relevantes ao educar
empresários sobre a divulgação de produtos através do site marketplace
da Valeon no Vale do Aço:
Consciência sobre o Potencial do Marketplace:
Destaque a importância do marketplace como um canal de vendas eficaz e acessível.
Explique como a Valeon, por ser uma plataforma consolidada na região, oferece visibilidade adicional aos produtos.
Treinamento sobre Uso da Plataforma:
Desenvolva programas de treinamento para ensinar os empresários a criar e gerenciar suas lojas virtuais na Valeon.
Inclua tutoriais práticos sobre a listagem de produtos, precificação, gestão de pedidos e interação com clientes.
Otimização de Páginas de Produtos:
Eduque sobre a importância de descrições detalhadas e imagens de alta qualidade para atrair consumidores.
Enfatize a necessidade de utilizar palavras-chave relevantes para aumentar a visibilidade nos resultados de pesquisa do site.
Estratégias de Marketing Digital:
Ensine estratégias de marketing digital específicas para o marketplace, como o uso de anúncios patrocinados na plataforma.
Explique como as redes sociais e outras ferramentas online podem ser integradas para promover produtos.
Gestão de Comentários e Avaliações:
Incentive a importância de gerenciar feedbacks dos clientes.
Demonstre como boas avaliações podem aumentar a confiança dos compradores e impulsionar as vendas.
Políticas de Atendimento ao Cliente:
Eduque sobre a importância de um excelente atendimento ao cliente.
Destaque como responder prontamente a perguntas e resolver problemas pode impactar positivamente a reputação da empresa.
Monitoramento de Métricas de Desempenho:
Ensine os empresários a utilizar as métricas fornecidas pela Valeon para avaliar o desempenho de suas lojas.
Mostre como ajustar estratégias com base em dados, como taxas de conversão e padrões de compra.
Promoção de Colaboração:
Incentive a colaboração entre empresários para promover produtos complementares.
Destaque a possibilidade de criar ofertas conjuntas ou parcerias estratégicas no marketplace.
Atualização Constante:
Ressalte a necessidade de manter as informações do negócio e dos produtos atualizadas.
Mantenha os empresários informados sobre novas funcionalidades ou ferramentas disponíveis na plataforma.
Apoio Técnico e Consultoria:
Ofereça suporte técnico contínuo para ajudar os empresários a superar desafios.
Considere a possibilidade de fornecer consultoria personalizada para otimizar a presença online de cada negócio.
Ao combinar esses elementos, os empresários estarão mais bem
preparados para aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pelo
marketplace da Valeon no Vale do Aço.