História de MARIANNA HOLANDA E RENATO MACHADO – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Sete anos após estarem no centro de um
escândalo político que quase custou o mandato de Michel Temer (MDB), os
empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, estiveram nesta
segunda-feira (27) em um encontro no Palácio do Planalto com o
presidente Lula (PT).
Essa é ao menos a terceira oportunidade em que os irmãos aparecem em um compromisso ao lado do petista.
Em abril, o presidente esteve num evento com os empresários em visita
a uma indústria de processamento de carne da JBS. Em março do ano
passado, os Batista integraram a comitiva do petista na viagem que ele
fez à China.
Nesta segunda, os executivos, ao lado do CEO da JBS, Gilberto
Tomazoni, participam de reunião com o mandatário, o ministro da
Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), outros 30 executivos do setor e
representantes de associação, como Marcos Molina, da BRF/Marfrig.
O encontro ocorreu, segundo o Planalto, para tratar da iniciativa de
doações de proteína animal para complementar cestas básicas para o Rio
Grande do Sul. Ambos entraram no Planalto pela portaria principal.
Em maio de 2017 veio a público gravação de conversa do então
presidente da República, Michel Temer, com Joesley Batista. Com base
nela, a PGR (Procuradoria-Geral da República) afirmava que o presidente
havia autorizado a compra do silêncio de potenciais delatores, em
especial do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.
No mês anterior, os irmãos haviam assinado um acordo de delação
premiada com o Ministério Público em que contaram ter recebido
benefícios em troca de recompensa a agentes públicos.
A divulgação da gravação causou uma crise que quase derrubou Temer. O
emedebista, porém, seguiu no poder e conseguiu posteriormente barrar
duas denúncias na Câmara dos Deputados.
A delação dos irmãos Batista atingiu também o PT.
Na época, Joesley disse em depoimento ter depositado aproximadamente
US$ 150 milhões em contas no exterior, a pedido do ex-ministro petista
Guido Mantega. Essas contas teriam sido usadas em benefício de Lula e da
ex-presidente Dilma Rousseff, ambos do PT, e foi gasto, segundo ele,
“tudo em campanha”.
Ele não afirmou ter tratado desse assunto diretamente com Lula ou com
Dilma, apenas com Mantega, e disse que inicialmente nem sabia que o
dinheiro tinha alguma vinculação com os dois. As defesas de Lula e Dilma
sempre afirmaram que eles jamais solicitaram pagamentos ilegais.
Os encontros com Lula têm marcado a reaparição dos irmãos Batista na
vida empresarial e política. Ambos estavam afastados do conselho de
administração da JBS desde maio de 2017, quando renunciaram aos cargos
por pressão do mercado em meio a investigações da Operação Lava Jato.
Em março deste ano, os nomes de Wesley e Joesley foram apresentados para retornar ao conselho da empresa.
No evento em abril, Lula afirmou que o Brasil não pode viver
subordinado a mentira, maldade e intriga. O presidente visitou unidade
da empresa em Campo Grande, onde acompanhou o primeiro embarque de carne
para a China a partir de uma das fábricas da JBS, habilitadas para
exportar ao país asiático.
Ao cumprimentar as autoridades presentes, Lula elogiou o empresário
Zé Mineiro, fundador da JBS, e disse que fica “sempre muito orgulhoso
quando alguém consegue vencer na vida”. Na sequência, afirmou que o
patriarca criou uma família predestinada a ter sucesso.
“Quero cumprimentar o Joesley, o Wesley aqui, que são os herdeiros
primeiros deles, responsáveis para que essa empresa se transformasse na
maior empresa produtora de proteína animal do mundo”, disse.
Depois, ao citar projeções de crescimento para a indústria
automobilística no país, o presidente brincou com o empresário: “Até
você vai poder comprar carro novo, Joesley.”
Em 2023, o ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal),
suspendeu os efeitos do acordo de leniência que a J&F (holding que
administra os negócios da família) havia assinado com o MPF (Ministério
Público Federal) em 2017.
Ele atendeu a pedido dos Batista, que alegaram coação de procuradores
da Lava Jato a representantes da holding. Com a decisão, foram
suspensas multas que totalizavam R$ 10,3 bilhões.
A JBS fechou 2023 com receita líquida de R$ 364 bilhões, mas com prejuízo de R$ 1 bilhão.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) disse, nesta
terça-feira (28), que a classe média só voltará às escolas públicas,
quando a educação for de melhor qualidade.
A declaração foi dada durante reunião sobre o Compromisso Nacional
Criança Alfabetizada, no Palácio do Planalto. A iniciativa, segundo ele,
é um pontapé para melhorar a educação.
O governo utilizou o evento para firmar publicamente o compromisso
com estados e municípios da meta de alfabetizar 80% das crianças na
idade certa até 2030.
Lula disse achar o patamar uma “coisa nobre”, mas “pequena”, e reforçou a necessidade de se chegar a 100%.
“Se você pegar os grandes quadros intelectuais desse país, todos são
oriundos de escola pública. Quando você universaliza o ensino, uma parte
da sociedade saiu da escola pública, porque não tinha qualidade
exigida, foi para a escola particular e ficou a parte mais pobre da
população com a escola pública”, disse.
“A gente só vai trazer a classe media de volta para a educação
pública no ensino fundamental, quando melhorar qualidade da educação”,
completou.
O evento foi em formato de reunião, com apresentação do ministro
Camilo Santana e presença de 12 governadores, entre eles chefes do
Executivo de estados de oposição, como Cláudio Castro (Rio de Janeiro) e
Ronaldo Caiado (Goiás).
Todos os governadores que quiseram falar puderam. E Castro e Caiado discursaram com menções elogiosas ao ministro da Educação.
O governador do Rio de Janeiro, do mesmo partido de Jair Bolsonaro
(PL), chamou Santana de amigo e “superministro”. Ele disse ainda que
costuma ser crítico ferrenho ao pacto federativo, mas elogiou a
iniciativa do compromisso da alfabetização do MEC.
“Presidente, eu saio daqui muito orgulhoso hoje. Tenho sido critico
feroz do pacto federativo e diversas nuances dele, sobretudo na
educação, onde acho que o pacto gera uma pirâmide invertida, onde um
ente que fica mais tempo cuidando das nossas crianças e jovens é o que
tem menos dinheiro, o município”, disse.
“Quando ouvi o ministro da Educação falar a mesma coisa, que tem que
investir mais nos municípios, é musica para os ouvidos de quem torce
para educação de qualidade”, completou Castro, pedindo palmas para
Santana, em seguida.
Caiado por sua vez diz que o ministro da Educação, quando foi
governador do Ceará, no mandato anterior, ajudou-o a melhorar práticas a
políticas de Goiás.
O Ceará, historicamente, é o estado com os melhores índices de educação do país.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, o governo apresentou nesta terça
dados que mostram melhorias na alfabetização de crianças em 2023 como
sendo os “primeiros resultados” do programa federal sobre o tema. Mas o
novo programa só foi lançado no meio do ano passado, e até novembro o
governo não havia investido nenhum recurso.
Ações como a criação de cantinhos de leitura e formação de
professores não ocorreram no ano passado. No ano passado, os esforços do
governo estiveram concentrados para fechar a articulação da União com
os sistemas de ensino estaduais e municipais.
Os dados indicam que, no passado, 56% das crianças estavam
alfabetizadas, contra 36% em 2021, durante a pandemia. Em 2019, esse
percentual era de 55%.
O ministro Santana disse que a política começou a ser construída no
início do ano passado e que tudo foi feito com os estados e municípios.
“O papel do MEC é o papel de coordenar essa política, de induzir
tecnicamente e financeiramente. Nós também não queremos um protagonismo
para o MEC, nós queremos protagonismo dos estados, dos municípios”,
disse a jornalistas após o evento no Palácio do Planalto.
Ele afirmou que, quando o decreto foi assinado em junho, a política
já havia sido elaborada com os entes. Citou ainda como exemplo o repasse
para articuladores de alfabetização nos estados, iniciativa do governo
federal que já reuniu mais de 7.000 profissionais nos estados.
O diretor de Governança da Petrobras, Mário Spinelli, defendeu nesta
terça-feira o sistema de governança da estatal, em evento sobre práticas
ESG organizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).
“Temos um modelo de governança na Petrobras, construído desde 2016,
principalmente pós-Lava Jato, que foi desenhado de forma a privilegiar
decisões técnicas, para fazer com que o processo decisório seja baseado
em decisões técnicas. Esse modelo tem princípios muito importantes, como
a segregação de funções e compartilhamento decisório. Decisões
estratégicas para a companhia não são tomadas sozinhas e têm que ter
aderência ao Plano Estratégico”, disse Spinelli.
A fala vem no dia seguinte à primeira entrevista coletiva da nova
presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que defendeu maior agilidade
na execução de projetos e disse que o compliance não pode ser
“imobilizador.”
Nos bastidores da transição de comando da Petrobras, comentava-se que
Spinelli estava ameaçado no cargo, o que agora vem sendo negado por
fontes próximas ao Conselho de Administração (CA) da empresa e do
próprio governo federal. Spinelli foi nomeado em 26 de abril de 2023,
com mandato de dois anos, prerrogativa específica do diretor de
governança da empresa e que nenhum dos outros diretores têm. Por isso,
para substituí-lo, mais do que a vontade de Magda, é necessário ter dois
terços dos votos do CA.
Alvo de reclamações do governo, a lentidão na aprovação e execução de
projetos pela gestão anterior, de Jean Paul Prates, teria a ver com o
aumento do rigor nos ritos de governança de 2016 para cá, dizem fontes.
De fato, a atual governança da Petrobras é experimentada pela primeira
vez por um governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Acelerar processos,
portanto, vai exigir de Magda navegar melhor pelo sistema de compliance.
Mitigar divergências e assimetrias
Segundo Spinelli, uma das funções da governança é orientar um
processo decisório que mitigue diferenças de interesses entre acionistas
e assimetrias de informação.
“Em empresas de capital aberto, a governança é capaz de orientar o
processo decisório de forma que haja um alinhamento de interesses entre,
no nosso caso, o acionista controlador e os acionistas minoritários e,
muito especialmente, a própria sociedade brasileira. Somos uma empresa
estatal, cuja atividade é absolutamente essencial para o desenvolvimento
do país” disse Spinelli. “É muito importante que tenhamos processo
decisório que possa fazer com que a diferença de interesses e uma
assimetria informacional, que pode existir, possam ser mitigados”,
continuou.
ESG na cadeia de fornecedores
Spinelli disse, ainda, que os cuidados de governança da estatal, que
nos últimos anos estiveram voltados ao combate à corrupção, agora também
têm observado outras arenas do ESG, como boas práticas ambientais e
sociais, no que citou o combate ao assédio sexual.
Segundo Spinelli, mais do que reforçar mecanismos de prevenção e
combate às más práticas dentro da empresa, é uma intenção da Petrobras
impor o mesmo padrão à cadeia de fornecedores. “Empresas que não olharem
para essa pauta irão, sim, perder mercado”, disse.
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira, 28,
projeto que acaba com a isenção para produtos que custam até US$ 50
comprados em sites internacionais. Após um acordo entre o presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
os deputados estabeleceram uma taxação de 20% de imposto de importação
sobre as compras internacionais de até US$ 50.
A alíquota de 20% sobre o e-commerce estrangeiro, que afeta sites
asiáticos como Shein e Shopee, é um “meio-termo” e substituiu a ideia
inicial de aplicar a cobrança padrão de 60% sobre todas as mercadorias
que vêm do exterior.
Como será a taxação?
Compras até US$ 50: taxação de 20%.
Compras acima de US$ 50 e até US$ 3 mil (cerca de R$ 16.500,00): o
imposto será de 60%, com desconto de 20 dólares do tributo a pagar
(cerca de R$ 110,00).
Compras acima de US$ 3 mil: taxação de 60%
Varejistas brasileiras defendem fim da isenção
Para o deputado Gervásio Maia (PSB-PB), o texto traz uma alternativa
para proteger empregos no Brasil. “A alíquota de 20% minimiza danos à
indústria nacional, que não tem condições de competir com os preços da
China”, afirmou.
A taxação das chamadas “comprinhas” é uma demanda do setor varejista
nacional, que vê competição desleal com a isenção às empresas
estrangeiras, já que hoje é cobrado apenas 17% de ICMS sobre o
e-commerce internacional. A medida recebeu o apoio de Lira. O PT,
contudo, tinha receio de que a medida impactasse negativamente na
popularidade de Lula. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro,
também se posicionou inicialmente contrário à taxação.
Em nota, as associações que representam as varejistas brasileiras e o
setor têxtil classificou a decisão da Câmara como um “importante avanço
no debate sobre a necessária busca de isonomia tributária”. “A
igualdade completa ainda é uma luta que permanece para o setor produtivo
nacional, responsável por mais de 18 milhões de empregos de
brasileiros”, diz comunicado assinado pelo IDV, Abit e Abvtex.
“Há ainda que se garantir que a Receita Federal tenha meios de coibir as fraudes, como o subfaturamento do preço
declarado de venda e o fracionamento da entrega das mercadorias, com vistas a se beneficiar de redução de alíquota
prevista para valores até US$ 50”, acrescentaram.
Lira se reuniu com Lula
Após semanas de impasse, a votação desta terça na Câmara foi
simbólica, como uma forma de os parlamentares não se comprometerem com
um tema polêmico.
Para fechar o acordo, Lira foi ao Palácio do Planalto conversar
pessoalmente com Lula nesta terça-feira. Na ocasião, o presidente da
Câmara defendeu a taxação, enquanto o petista apresentou os argumentos
para vetá-la. A proposta inicial de “meio-termo” foi estabelecer uma
alíquota de 25% de imposto de importação. Segundo apurou o Estadão/Broadcast (sistema
de notícias em tempo real do Grupo Estado), o Planalto afirmou que, com
esse porcentual, o presidente da República ainda vetaria a medida. O
acordo, então, foi fechado em 20%.
Para se contrapor ao argumento de que a medida é impopular, Lira
citou uma pesquisa segundo a qual a maioria dos consumidores de sites
asiáticos que serão atingidos com o fim da isenção são de classe alta. O
deputado alagoano também ressaltou, na semana passada, que as empresas
do varejo brasileiro querem “pé de igualdade” com as estrangeiras.
Em abril de 2023, o Ministério da Fazenda chegou a anunciar o fim da
isenção do imposto de importação para transações entre pessoas físicas,
usada pelas plataformas internacionais para não pagar tributos – apesar
de serem pessoas jurídicas, essas empresas faziam parecer que o processo
de compra e venda ocorria entre pessoas físicas. No entanto, o Palácio
do Planalto recuou na decisão, após repercussão negativa nas redes
sociais e apelo da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.
Em agosto do ano passado, o governo federal lançou o programa Remessa
Conforme, que isentou de imposto de importação as compras
internacionais abaixo de US$ 50 feitas por pessoas físicas no Brasil e
enviadas por pessoas jurídicas no exterior. Para isso, as empresas
precisaram se cadastrar na Receita Federal, em uma espécie de plano de
conformidade que regularizou essas transações.
Companhias como Shein, Shopee, AliExpress, Mercado Livre e Amazon
aderiram voluntariamente à certificação e passaram a informar a Receita
sobre as vendas remetidas ao País. Com a aprovação do projeto, contudo,
essa isenção dará lugar à cobrança de 20% do imposto de importação, que
se somará aos 17% de ICMS.
As arquitetas Priscilla Bencke e Gabi Sartori explicam o papel do
arquiteto e designer na reconstrução dos lares o bem-estar e a saúde
As enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul, deixando centenas de
mortos e meio milhão de desabrigados, expuseram a vulnerabilidade do
estado frente aos eventos climáticos extremos, intensificados pelas
mudanças climáticas.
A catástrofe, que já afeta 2,1 milhões de pessoas em 447 municípios,
exige ações urgentes e eficazes para mitigar seus impactos e prevenir
futuras tragédias. Esse desastre foi impulsionado pelo enorme volume de
chuvas das últimas semanas, resultado de uma onda de calor na região
centro-oeste e sudeste do país.
Estudos científicos recentes, como o realizado pelo grupo ClimaMeter,
evidenciaram que as chuvas que atingiram a região Sul foram 15% mais
intensas devido às mudanças climáticas.
Mas diante do cenário vivido no Rio Grande do Sul, quais aprendizados podemos ter para uma reconstrução mais consciente?
Neste sentido, arquitetos e designers terão um papel crucial na
reconstrução do Rio Grande do Sul, indo além da estética e abrangendo
soluções que aliam funcionalidade, segurança, sustentabilidade e
bem-estar.
De acordo com a arquiteta e cofundadora da Academia Brasileira de
Neurociência e Arquitetura (NEUROARQ® Academy), Gabi Sartori, a
reconstrução após desastres ou guerras também influencia nossa
experiência nos espaços construídos.
“A própria história nos mostrou isso. Após a Segunda Guerra Mundial,
surgiu a necessidade de criar soluções rápidas e econômicas priorizando a
funcionalidade em detrimento da experiência humana, resultando em
espaços menos enriquecedores”, explicou.
Gabi explica que os seres humanos estabelecem laços profundos com os
espaços físicos, o que contribui para o nosso sentimento de
pertencimento e identidade. “A perda desses espaços, como em desastres,
pode gerar um impacto emocional significativo, pois perdemos aquilo que
nos é familiar e o que nos identifica”, destacou.
Portanto, é crucial que arquitetos e designers considerem a
experiência humana na reconstrução pós-desastre, buscando soluções
eficientes que promovam o bem-estar e a saúde, aprendendo com erros do
passado onde a rapidez foi priorizada em detrimento da qualidade de
vida.
“A Teoria do Pertencimento, enraizada na psicologia, nos ensina que a
necessidade de conexão e aceitação é essencial, comparável às nossas
necessidades físicas”, explica a arquiteta e cofundadora da NEUROARQ
Academy, Priscilla Bencke.
“Ver Porto Alegre nessa situação traz uma tristeza imensa, pois
parece que se perde uma identidade. Imagine para quem perdeu tudo?”,
reflete Priscilla, que é natural do Rio Grande do Sul.
Ela explica que essa teoria é particularmente pertinente para
entender como o design de locais onde passamos a maior parte do tempo,
como as casas, pode impactar na qualidade de vida das pessoas.
O desafio agora, segundo as especialistas, é reconstruir lares que
atendam às necessidades físicas e emocionais das pessoas, promovendo um
forte senso de pertencimento. “A neurociência oferece perspectivas
valiosas sobre como estruturar espaços para fortalecer esse sentimento,
mostrando que o design não apenas atende necessidades funcionais, mas
também promove conexões interpessoais”, destaca Priscilla.
“A aplicação da Teoria do Pertencimento na arquitetura e no design de
interiores transcende a estética, sendo uma abordagem fundamental para
criar espaços que enriquecem a experiência humana, permitindo que as
pessoas não apenas ocupem um espaço, mas verdadeiramente se sintam parte
dele”, complementa Gabi.
A reconstrução do Rio Grande do Sul é uma oportunidade para criar um
estado mais resiliente e preparado para os desafios do futuro, com
soluções inovadoras que coloquem as pessoas no centro do processo.
Sobre a NEUROARQ® Academy
A Academia Brasileira de Neurociência e Arquitetura – NEUROARQ®
Academy é uma empresa de educação especializada na formação de
profissionais e disseminação da neurociência aplicada à arquitetura,
também conhecida como “neuroarquitetura”.
Essa disciplina estuda a relação da arquitetura e bem-estar de quem
habita os ambientes ao aplicar conceitos da neurociência em seu design.
Como os ambientes em que vivemos impacta na nossa saúde física e mental,
é possível criar projetos inteligentes que elevam a qualidade de vida
de quem os ocupa.
Sobre as fundadoras da NEUROARQ® Academy
Gabriela Sartori é arquiteta e urbanista, certificada em Neuroscience
and Architecture, Design and Urbanism (Newschool, EUA), membro da ACE
(ANFA Center Education) – Latin America 2020/21, Instrutora em
NeuroDesign no DigitalFUTURES WORLD 2020 – ARCHITECTS UNITE 10th Summer
(Tongji University – Xangai/China). É graduada em Comunicação Social e
pós-graduada em Arquitetura Comercial pelo Senac, palestrante e
consultora de Neurociência e Arquitetura com diversas publicações sobre o
tema na mídia. Além disso, Gabriela possui experiência profissional em
projetos cenográficos e arquitetônicos, a frente do escritório Sartori
Design em São Paulo/SP.
Priscilla Bencke é arquiteta e urbanista, certificada em Neuroscience
and Architecture, Design and Urbanism (Newschool, EUA), membro da ACE
(ANFA Center Education) – Latin America 2020/21, Instrutora em
NeuroDesign no DigitalFUTURES WORLD 2020 – ARCHITECTS UNITE 10th Summer
(Tongji University – Xangai/China). É Especialista em Projetos para
Ambientes de Trabalho (Gepr. ArbeitsplatzExpertin/ Gepr.
BüroEinrichterin), Consultora internacional de Qualidade em Escritórios
(Quality Office Consultant), Pós-graduada em Arquitetura de Interiores e
pós-graduada em Neurociências e Comportamento. Além disso, Priscilla é
Fundadora da QUALIDADE CORPORATIVA Smart Workplaces®️. Palestrante e
Consultora de Neurociência e Arquitetura com diversas publicações sobre o
tema na mídia.
Para Florian Bessonnat, cofundador da startup franco-brasileira
Simplex e referência internacional em SEO, comportamento do consumidor
mudará completamente quando interação com IA generativa migrar para
smartphones
Este ano, pela primeira vez desde 2021, a Microsoft superou a Apple
em valor de mercado, se tornando a empresa mais valiosa do mundo,
estimada em US$ 2,888 trilhões. Uma das grandes alavancas do feito foi a
colaboração da multinacional de Bill Gates com a OpenAI, a criadora do
ChatGPT. A eterna disputa entre as duas gigantes da tecnologia deve se
acirrar nos próximos dois anos, quando o ChatGPT vai transformar a
maneira como as pessoas fazem busca na Internet, desbancando o Google. A
análise é de Florian Bessonnat, cofundador e CIO da startup
franco-brasileira Simplex e professor no curso de SEO (Search Engine
Optimization) da Universidade de Genebra, no programa de MBA, em
parceria com a Universidade de Columbia (NY/EUA), o Google e a
Microsoft.
Por trás da possível quebra de monopólio do Google, está um enorme
desafio – e oportunidade – para empresas que trabalham com SEO, de
acordo com Florian, líder de projetos que renderam mais de meio bilhão
de visitas anuais a websites nos últimos dez anos, dentre os quais o
Yahoo! na Europa. “A tendência é que o Chat GPT se torne a interface
predominante de pesquisa e como ele usa o Bing como buscador padrão para
coletar informações e responder perguntas dos usuários, o desafio para
empresas que trabalham com SEO será pensar desde já em novos mecanismos
de indexação. Uma boa posição no Bing e não mais no topo do Google é o
que tornará a marca relevante no ChatGPT. É uma mudança de paradigma que
muda toda a estrutura de poder da Internet, pensando de forma mais
ampla”, analisa.
A aposta de Florian é que, com as constantes evoluções do ChatGPT, as
próximas gerações de smartphones também já deverão contar com a
ferramenta integrada nos dispositivos. “O ChatGPT se tornará uma espécie
de copiloto das pessoas, respondendo a perguntas mais complexas,
cruzando dados de modo a fornecer respostas cada vez mais completas.
Estaremos diante de uma verdadeira transformação no modo em que tarefas
operacionais são executadas hoje em dia”. Segundo a pesquisa TIC
Domicílios 2022, lançada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil
(CGI.br), dos 149 milhões de usuários de internet no país, mais de 92
milhões, cerca de 62%, acessam a web apenas pelo celular.
O especialista destaca ainda que empresas que estiverem trabalhando
com conteúdo em escala sairão na frente nesta transição, uma vez que as
plataformas de IA que realizam buscas irão precisar de uma quantidade
cada vez maior de dados para aprendizagem.
Novo boom do SEO
Se por um lado o SEO experimentará um boom, a mídia paga (SEM –
Search Engine Marketing), por outro, estará diante de uma possível
crise, uma vez que o ChatGPT considera apenas resultados orgânicos.
“Será a hora e a vez do SEO e de alternativas como o branded content”,
complementa o especialista.
Estar no topo do Google significa, para as grandes marcas, mais
acessos em seu site e, como resultado, mais clientes/vendas para seu
negócio. “Uma pergunta simples sobre qual é o smartphone mais barato no
mercado, no entanto, pode devolver múltiplos resultados no Google. O
ChatGPT, por exemplo, conseguirá cruzar avaliações do produto na
internet com a confiança do vendedor e, considerando a localização do
comprador, sugerir um único resultado certeiro. Tudo isso escaneando
centenas ou milhares de páginas no Bing. Isso é um aspecto muito
importante para quem trabalha com SEO, porque o ranqueamento do site
será fundamental, uma vez que a tendência será o desaparecimento dos
cliques em páginas diversas”, explica.
A Simplex, pioneira na abordagem tecnológica de SEO (Search Engine
Optimization), é especializada em aumento de tráfego online qualificado,
conversão e vendas na internet. O CEO João Lee explica que a startup já
está estudando meios de pivotar alguns de seus produtos para o Bing. “É
uma mudança de chave para as empresas e agências de marketing digital.
Como conseguir influenciar o ChatGPT – e outras interfaces de IA – para
ele produzir resultados orgânicos para os clientes? Quem já estiver
levando em conta essa questão será pioneiro nos próximos anos”,
acrescenta.
Sobre a Simplex:
A Simplex é uma startup especializada em aumento de tráfego online
qualificado, conversão e vendas na internet. No Brasil, é pioneira na
abordagem tecnológica de SEO (Search Engine Optimization), tendo
desenvolvido ferramentas proprietárias de inteligência artificial e
automação que ajudam empresas a alcançarem o topo do Google de forma
rápida, com resultados escaláveis. A partir de escritórios no Brasil e
na França, atende clientes em mais de 10 países da Europa, América
Latina e Ásia, incluindo grandes varejistas como Carrefour, Leroy Merlin
e Mobly, além de marcas como Sephora, Burger King e Itaú. Fundada em
2017, a empresa nasceu da ampla experiência em SEO de seus fundadores,
João Lee, executivo brasileiro com sólida carreira na área de Web
Analytics, e o francês Florian Bessonnat, que já foi gerente sênior de
projetos no Yahoo e é professor de e-commerce na Universidade de
Genebra. Suas duas principais ferramentas, o Indexa e o Sir Cache, têm
foco na otimização de sites e criação automática de landing pages, com
algoritmos que entendem as constantes alterações de melhores práticas do
Google e outros sites de busca da internet. Mais informações:
https://simplex.live/
O Brasil enfrenta um desafio crítico no panorama empresarial: quase
metade das empresas fecha suas portas em até três anos devido a
problemas de gestão. Anualmente, mais de 1 milhão de negócios encerram
suas atividades, e apenas em 2021, esse número ultrapassou 1,4 milhão.
Essas estatísticas alarmantes destacam a fragilidade do ambiente
empreendedor brasileiro e a necessidade urgente de uma abordagem mais
eficiente para garantir a sobrevivência e o crescimento sustentável das
empresas.
A má gestão é responsável por 25% dos fechamentos de empresas no
país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
ficando atrás apenas de questões como altos impostos, demanda limitada e
competitividade acirrada, além das dificuldades de acesso ao crédito. A
falta de uma gestão eficaz é uma das principais causas dessa situação
preocupante, evidenciando a necessidade urgente de estratégias sólidas e
planejamento adequado por parte dos empreendedores.
“Muitas pessoas começam a empreender totalmente despreparadas, e é
comum encontrar quem acredite que prá ter uma empresa de sucesso é
preciso só vender cada vez mais. Essa ideia faz com que o único foco da
empresa seja as vendas, deixando de lados todos os outros aspectos de
uma gestão eficiente como marketing, finanças, gestão de pessoas e
processos. Infelizmente, é muito difícil ter uma empresa próspera e a
longo prazo se não tiver gestão, por isso muitas fecham rapidamente.” –
Aleksander Avalca
A gestão financeira inadequada é um fator crítico para o fechamento
precoce das empresas. A ausência de controle adequado do fluxo de caixa e
o gerenciamento ineficiente dos recursos financeiros levam muitas
empresas ao declínio e à insolvência. Além disso, problemas relacionados
ao acesso ao crédito e ao endividamento exacerbam ainda mais a
situação, dificultando a continuidade das operações comerciais.
Em resposta a esses desafios, a consultoria empresarial emerge como
uma ferramenta indispensável para auxiliar as empresas a superarem suas
dificuldades. Profissionais especializados podem oferecer insights
valiosos, identificando áreas de melhoria e propondo soluções
personalizadas para impulsionar o crescimento e a sustentabilidade dos
negócios. Investir em orientação especializada e buscar aprimorar
constantemente as práticas de gestão torna-se essencial para reverter a
tendência de fechamento precoce das empresas e promover um ambiente
empresarial mais estável e próspero no Brasil.
“Nem mesmo os maiores empresários do mundo dominam sozinhos todas as
áreas da gestão e é por isso que é fundamental ter o suporte de quem
pode ajudar, e nesse aspecto a consultoria é essencial, principalmente
porque um especialista vai começar a olhar o seu negócio de fora e isso
pode trazer soluções para algo que você não enxerga. Quando falamos de
gestão financeira, não existe meio termo, ou está sendo efetiva ou não. E
se não for, o empresário vai encontrar um grande problema em breve.” –
Aleksander Avalca
De acordo com pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae), os microempreendedores individuais (MEI)
apresentam a maior taxa de mortalidade de negócios em até cinco anos,
chegando a 29%. Já as microempresas têm uma taxa, após cinco anos, de
21,6%, e as de pequeno porte, de 17%.
Os problemas financeiros lideram a lista dos desafios enfrentados
pelas empresas, incluindo a falta de capital de giro, má gestão de
despesas e incapacidade de lidar com situações econômicas inesperadas,
como crises financeiras ou mesmo a recente pandemia.
Empreender no Brasil não é fácil. Quem já tentou sabe que o caminho
está repleto de obstáculos, burocracia, incertezas e riscos. No entanto,
é possível superar esses desafios com muito trabalho, determinação,
criatividade e resiliência, mantendo-se atento à saúde da empresa em
todos os aspectos.
“Nós estamos acostumados a achar que fazer gestão financeira é a
coisa mais difícil do mundo, mas não precisa ser assim. Claro que se
você for procurar apenas conteúdos teóricos, vai ser muito difícil
entender se você não tem uma formação acadêmica. Mas se engana quem acha
que você precisa dessa formação para ter sucesso nos negócios. O
empreendedor precisa de conhecimento prático, simples e que funcione
para a realidade dele.” Aleksander Avalca
Muitos dos desafios enfrentados pelos empresários são comuns a todos,
independentemente do tamanho ou segmento da empresa. Desde a
estruturação e mapeamento de processos até a gestão do tempo, passando
pela busca por estratégias de crescimento em diversos canais e pela
retenção de clientes, há uma série de obstáculos a serem superados.
Listamos alguns dos pontos nos quais muitos empresários encontram dificuldades na busca pelo crescimento:
– Estruturação e Mapeamento de Processos
– Consolidação da Marca
– Estabelecimento de Rotinas e Rituais
– Retenção de Clientes e Aumento do Valor Vitalício do Cliente (LTV)
– Planejamento Estratégico
– Melhoria da Experiência do Cliente
– Recrutamento e Seleção de Talentos
– Crescimento Empresarial
– Gestão de Pessoas, Cultura Organizacional e Liderança
– Estruturação de Equipes e Departamentos
– Identificação de Canais de Crescimento
– Estabelecimento de Metas e Indicadores-Chave de Desempenho (KPIs)
– Atualização sobre o Mercado e Expansão da Rede de Contatos
– Recomendação de Ferramentas Empresariais
– Os Segredos de uma Gestão Eficiente
Engana-se quem pensa que uma gestão empresarial eficaz se resume apenas à burocracia. Ela é um ecossistema que inclui:
1. Capital Humano: Recrutar e reter talentos alinhados à cultura da empresa é crucial.
2. Estrutura Organizacional: Sistemas de gestão eficazes mantêm a empresa operando com precisão.
3. Planejamento e Organização: Esses pilares garantem não apenas a sobrevivência, mas o florescimento da empresa.
“Costumo dizer que empreender é a profissão mais difícil do mundo
porque você precisa dominar muitas áreas, colocar em prática e, ainda,
lidar com pessoas. Quando olhamos a quantidade de obstáculos, parece que
vai ser impossível, mas o importante é buscar ser um pouco melhor a
cada dia, buscar conhecimento e colocar em prática. Só assim o
empreendedor vai conseguir dominar a gestão e ter sucesso com sua
empresa.” Aleksander Avalca
Diante dos desafios enfrentados pelos empreendedores brasileiros,
fica evidente que a má gestão representa um obstáculo significativo ao
crescimento empresarial. No entanto, também é possível perceber que, com
estratégias adequadas e apoio de profissionais especializados, é viável
superar essas dificuldades. Investir em consultoria empresarial,
fortalecer a gestão financeira, estruturar processos internos, valorizar
o capital humano e manter um planejamento organizado são passos
essenciais para garantir a sustentabilidade e o sucesso dos negócios no
Brasil. Com dedicação, resiliência e uma visão estratégica, é possível
transformar desafios em oportunidades e construir um ambiente
empresarial mais próspero e estável para o futuro.
Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda,
empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de
reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.
São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os
negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.
Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento
das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de
consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas
possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os
negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e
se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade,
personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e
serviços.
Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do
comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios
passa pelo digital.
Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais
rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é
uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar
diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo
para o seu comércio.
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vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma
poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.
Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página
principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações
importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e
veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem
completo para a nossa região do Vale do Aço.
Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por mais de 245.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/
também tem sido visto por mais de 5.800.000 de pessoas, valores
significativos de audiência para uma iniciativa de apenas três anos.
Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a
sua empresa.
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inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a
Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da
região capaz de alavancar as suas vendas.
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS0 – Em sua primeira entrevista após
assumir a presidência da Petrobras, Magda Chambriard indicou um reforço
na estratégia de buscar novas reservas de petróleo, o que é questionado
por organizações ambientalistas em meio à crise climática e a tragédias
como as cheias no Rio Grande do Sul.
Magda tomou posse na última sexta-feira (24) e, em sua fala pública,
defendeu a exploração da margem equatorial, disse que a estatal não
entrará em negócios que não dão lucro e que recebeu do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) a missão de gerir a empresa com “respeito à
sociedade brasileira”.
“Temos que tomar muito cuidado com a reposição das reservas, a menos
que a gente queira aceitar o fato de que podemos voltar a ser
importadores, o que para mim está fora de cogitação”, afirmou. “O
esforço exploratório dessa empresa tem que ser mantido, tem que ser
acelerado.”
“Temos novas fronteiras importantes a perseguir, dentre elas a
questão do Amapá, na bacia Foz do Amazonas, temos a bacia de Pelotas”,
continuou, defendendo que o impasse sobre o licenciamento de poços na
região Norte do país seja resolvido pelo CNPE (Conselho Nacional de
Política Energética).
O órgão reúne representantes de diversos ministérios, entre eles o MMA (Ministério do Meio Ambiente), e da sociedade civil.
“Esses assuntos têm que ser discutidos à luz da sua contribuição para
a sociedade brasileira”, disse. “Toda vez que a gente restringe essa
discussão a uma instituição única, não expande a outras instituições, a
sociedade sai perdendo.”
Questionada sobre os efeitos da produção de petróleo sobre o clima e,
especificamente, sobre as cheias no Sul, Magda defendeu que desastres
como esse podem ocorrer por uma série de fatores e citou, entre eles,
aterros sobre áreas antes alagadas. “Não vamos culpar o pré-sal.”
A executiva foi indicada por Lula para substituir Jean Paul Prates,
demitido na semana retrasada após longo processo de fritura, que ganhou
força após sua abstenção em votação sobre dividendos extraordinários
sobre o lucro de 2023.
Após recuar em relação à proposta de reter 50% dos dividendos
extraordinários sobre o lucro de 2023, o governo determinou à empresa
que decida até o fim do ano se distribui os 50% restantes. “Precisamos
ver como isso se encaixa, o que vem pela frente, o que queremos
acelerar”, afirmou Magda.
A nova presidente da Petrobras garantiu a manutenção da política de
preços dos combustíveis atual, que foi implementada por Prates em 2022
cumprindo promessa de campanha de Lula. A politica, disse, reduziu os
preços internos e garantiu estabilidade ao consumidor sem dar prejuízo à
Petrobras.
E, também como Prates, defendeu que a gestão da empresa tem que se
equilibrar entre os interesses do governo, acionista majoritário, e de
acionistas privados. “A Petrobras é perfeitamente capaz de garantir
retorno aos acionistas, sejam eles privados ou governamentais, da melhor
forma, com muito empenho.”
Nesta segunda, ela sinalizou uma mudança de discurso em relação à
transição energética, um dos pilares da gestão de seu antecessor. Falou
pouco sobre tema e, quando questionada, citou iniciativas como a captura
de carbono.
O governo espera que ela toque uma agenda prioritária de projetos,
que inclui recompra de refinarias, encomendas a estaleiros nacionais, e
apoio à criação de polo gás-químico em Minas Gerais, base eleitoral do
ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia).
Magda afirmou conhecer as promessas de campanha do presidente e tentará cumpri-las, mas sem dar prejuízo à companhia.
Citou entre as prioridades, além da reposição de reservas, a busca
por novos mercados para gás natural e garantia de “igualdade de
condições” a fornecedores nacionais de equipamentos a gestão anterior
era criticada por arrendar plataformas, serviço oferecido principalmente
por empresas estrangeiras.
Ela afirmou que ainda não decidiu por mudanças na diretoria, mas que
considera natural que novos gestores busquem nomes mais alinhados para
seu entorno. E que ainda não teve tempo de se debruçar sobre o tema
dividendos, que ajudou a derrubar Prates.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos),
sancionou nesta segunda-feira, 27, a lei que estabelece escolas
cívico-militares no Estado. A expectativa do governo é de que sejam
abertas de 50 a 100 unidades no novo modelo em 2025.
Com o projeto, as escolas que aderirem ao modelo terão ao menos um
policial militar da reserva como monitor para desenvolver atividades
extracurriculares.
Foi destacado também que o ensino pedagógico permanece o mesmo de uma
escola regular e que o objetivo do governo estadual é promover uma
melhora dos índices escolares a partir do projeto. Esse ponto tem sido
criticado por especialistas em educação, que dizem não haver estudos que
mostrem que o modelo cívico-militar promova melhor desempenho
acadêmico.
Há críticas ainda para o fato de que os militares da reserva, que
atuarão como monitores e não irão lecionar aulas, receberão um salário
maior do que o piso salarial dos professores, de R$ 5.300. O valor do
salário dos monitores para 40h semanais é de R$ 5.692,50. O orçamento
para a remuneração dos monitores é de R$ 7,2 milhões por ano,
provenientes dos recursos da Secretaria de Educação.
Deputados que apoiaram o projeto ressaltaram o caráter opcional do
programa, que deverá passar pelo aval da comunidade escolar para ser
implementado. Não é possível adotar o programa em escolas que sejam as
únicas do município. Também não podem participar as escolas que:
– ofertam ensino noturno;
– instituição rural, indígena, quilombola ou conveniada;
– com gestão compartilhada entre Estado e Municípios;
– oferecem exclusivamente a modalidade de ensino de educação de jovens e adultos.
“A gente coloca uma opção adicional no cardápio, as escolas
cívico-militares, para criar um ambiente onde tenhamos mais segurança,
onde possa desenvolver o civismo, fazer com que a disciplina seja o
vetor da melhoria da qualidade de ensino. A adesão é voluntária, ninguém
vai ser obrigado a estudar em uma escola cívico-militar, só vai quem
quiser”, disse Tarcísio.
O secretário-executivo de educação Vinicius Neiva disse que os PMs da
reserva receberão um treinamento para se prepararem à realidade da
escola onde serão direcionados. Ele afirmou ainda que os policiais não
entrarão armados nas escolas.
“Ele vai precisar passar por um momento de formação e alinhamento das
expectativas para que ele possa atuar dentro da unidade escolar”,
afirmou Neiva.
Ampliação
Tarcísio mencionou ainda que prefeitos já entraram em contato com o
Palácio dos Bandeirantes afirmando que querem uma escola cívico-militar
em seus municípios. Além das escolas estaduais, a ideia do governo é
fazer uma parceria com escolas municipais para ceder PMs da reserva para
atuarem também na rede municipal. O prefeito da capital paulista,
Ricardo Nunes, já declarou que deve aderir ao projeto.
O governo não detalhou que tipos de regras os estudantes dessas
escolas irão precisar adotar, como uso de uniforme e restrições com
relação à aparência, como é comum em escolas militares.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego)
adiou para 1º de agosto o início da validade da portaria 3.665, que
trata sobre o trabalho do comércio em feriados. A nova norma, publicada
em novembro de 2023, causou polêmica ao determinar que o trabalho nos
feriados só poderá ocorrer se estiver previsto em convenção coletiva.,
A medida alterava regra do governo Bolsonaro, de novembro de 2021,
que liberava de forma irrestrita funcionamento para setores como o de
supermercados e hipermercados, entre outros, sem negociação coletiva com
trabalhadores.
Essa é a terceira vez que a portaria 3.665 é adiada. Ela perderia a
validade em 1º de junho, no Corpus Christi. O Congresso discute projeto
de lei sobre o tema.
Pela regra antiga, não era necessário haver documento entre
empregadores e empregados tratando do trabalho, ou entre a empresa e o
sindicato da categoria. Bastava apenas convocação ou comunicado do
empregador feita ao trabalhador.
A empresa, no entanto, deveria cumprir o que determina a legislação
trabalhista sobre o pagamento de horas extras, sob pena de ser acionada
na Justiça do Trabalho.
A liberação irrestrita é vista por sindicalistas, em especial os que
representam funcionários do comércio, como prejudicial, já que barrava a
possibilidade de haver outras compensações além da folga prevista na
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Mas a portaria editada pelo ministro Luiz Marinho (Trabalho)
mobilizou a bancada de empresários na Câmara dos Deputados que aprovou,
dias depois, a urgência de um PDL (projeto de decreto legislativo) para
derrubar a portaria do governo dificultando o trabalho em feriados. A
urgência prevê uma tramitação mais rápida naquela Casa.
Em sua justificativa, o deputado Luiz Gastão (PSD-CE) afirma que a
norma do governo Lula havia sido tomada sem “uma avaliação prévia”, e
que poderia comprometer “a manutenção de milhares de empregos em
diversas atividades que vinham operando com sucesso desde 2019 em todo o
Brasil”.
“Além do impacto direto na manutenção de empregos, essa medida traz
consigo um impacto substancial na economia nacional. Restringir o
funcionamento do comércio em dias estratégicos reduz significativamente a
receita das empresas, afetando não só os negócios em si, mas também a
arrecadação de impostos que são essenciais para o financiamento de
políticas públicas e investimentos em infraestrutura”, afirmava o
deputado.
Desde então, empresários, parlamentares e trabalhadores vinham
debatendo uma nova legislação, mas a urgência trazida pela tragédia no
Rio Grande Sul, com chuvas que levaram à morte de centenas de pessoas,
fizeram com que os debates fossem paralisados.