quarta-feira, 1 de maio de 2024

LULA LIBERA MAIS VERBAS PARLAMENTARES DO QUE O BOLSONARO

 

História de MÔNICA BERGAMO – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo Lula já liberou três vezes mais emendas parlamentares do que Jair Bolsonaro (PL) em um ano de eleições municipais.

O Executivo concluiu nesta terça-feira (30) a primeira etapa de empenho de emendas parlamentares, com a liberação de R$ 14 bilhões entre janeiro e abril de 2024.

O número é três vezes maior do que o valor empenhado por Bolsonaro no mesmo período de 2020, quando as prefeituras estavam em disputa. Entre janeiro e abril daquele ano, foram empenhados R$ 4,18 bilhões.

Os números são da Secretaria das Relações Institucionais, comandada pelo ministro Alexandre Padilha. “Vamos continuar trabalhando muito, porque até o dia 30 de junho é o nosso prazo para poder repassar recursos para os municípios. E o governo federal vai continuar acelerando”, afirma o ministro.

Segundo ele, até 30 de abril do ano passado o governo tinha empenhado em torno de R$ 350 milhões em emendas.

A relação entre o governo e o Parlamento passa por momentos de tensão. O Executivo tem sofrido pressão do Parlamento pela liberação de verbas e pela aprovação de pautas-bomba como a PEC do Quinquênio, para juízes e integrantes do Ministério Público, entre outras carreiras.

Na semana passada, em entrevista à coluna Mônica Bergamo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Congresso também precisa respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, não só o Executivo.

Em resposta, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a advertência foi “desnecessária, para não dizer injusta”.

As emendas são o principal mecanismo pelo qual os parlamentares destinam recursos para os seus redutos –e são ainda mais esperadas e cobradas em um ano em que a população vai às urnas, como o atual.

O empenho é a primeira fase do gasto, quando o governo se compromete com determinado pagamento. O desembolso efetivo só ocorre em momento posterior.

A Secretaria das Relações Institucionais afirma que 92% dos R$ 14 bilhões já comprometidos estão associados a emendas apresentadas para ações no Ministério da Saúde, o que pode ampliar o investimento no SUS (Sistema Único de Saúde).

Em fevereiro deste ano, o governo fechou um acordo com parlamentares e elaborou um calendário para o pagamento das emendas. Elas deverão ser executadas até o dia 30 de junho, respeitando o limite estabelecido pela legislação eleitoral.

No ano passado, o Congresso Nacional aprovou no Orçamento um valor recorde de R$ 53 bilhões para todas as modalidades de emendas parlamentares.

Mesmo com o veto de Lula (PT) a R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão, deputados e senadores ainda têm um total de R$ 47,5 bilhões para destinar aos seus redutos em 2024.

BRASIL PERDERÁ MUITO DINHEIRO SE NÃO APROVEITAR NOVOS CAMPOS DE PETRÓLEO

 

História de FÁBIO PUPO E JOÃO GABRIEL – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Brasil deixará de arrecadar R$ 3,7 trilhões até 2055 se não aproveitar novos campos de petróleo, diz estudo de uma estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

O levantamento servirá para embasar decisões sobre o tema e, por isso, deve reforçar a argumentação da ala pró-exploração do governo diante do discurso ambiental pelo afastamento dos combustíveis fósseis.

Os números são da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e apontam que o valor corresponde a uma média anual de R$ 155 bilhões durante o período analisado. O montante é quase o orçamento do Bolsa Família (R$ 168 bilhões).

De acordo com os técnicos, caso o governo deixe de explorar novos campos -como aqueles na Margem Equatorial- começaria a haver declínio nos royalties e participações especiais (recursos da exploração direcionados aos cofres públicos) a partir de 2032 .

Daquele ano até 2055, seriam R$ 2,9 trilhões a menos nessa rubrica (o que representa uma média de R$ 121 bilhões por ano).

O levantamento publicado na semana passada afirma que também haveria uma perda na arrecadação de tributos diretos e indiretos (como IRPJ, CSLL e PIS/Cofins) de R$ 824 bilhões no mesmo período (ou R$ 34 bilhões por ano, em média).

Além disso, o documento diz que reduzir a exploração traria a necessidade de uma importação líquida de petróleo de R$ 2,1 bilhões, de 2024 a 2055, o que afetaria a balança comercial do período.

A EPE afirma que o estudo tem caráter apenas informativo e é destinado a subsidiar o planejamento do setor energético nacional, sendo que quaisquer decisões sobre políticas públicas ou diretrizes estratégicas são de responsabilidade de outras instituições.

As conclusões do levantamento, no entanto, sinalizam a uma visão favorável à continuidade da exploração em território nacional.

“Deixar de produzir petróleo não implicaria a redução drástica das emissões nacionais [de gases de efeito estufa], uma vez que o consumo interno de derivados continuaria a existir, e a demanda nacional de derivados de petróleo é crescente até 2050”, afirma a estatal no documento.

A manutenção da exploração dos fósseis é contestada por ambientalistas, que defendem uma redução mais acelerada.

A última COP, a conferência anual do clima da ONU (Organização das Nações Unidas), referendou a ideia do “phase out” dos combustíveis fósseis –termo que vem sendo traduzido como “saída gradual”.

Em entrevista à Folha, a secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, afirmou que ainda não viu um plano no Brasil para o petróleo bancar a transição energética, e defendeu que o país acelere o fim do uso dos fósseis.

Heloísa Borges, diretora de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da EPE, afirma que em diferentes cenários é possível que o Brasil entregue a meta global de zerar as emissões líquidas de carbono até 2050 mesmo continuando a explorar petróleo.

Para ela, é necessário aproveitar os recursos e o conhecimento do setor para o avanço em diferentes frentes da transição energética.

“Como a gente já tem uma cadeia de valor estabelecida no Brasil, a estratégia ótima é aproveitar essa cadeia de valor e construir incentivos para que ela se diversifique e para que nossa indústria fique mais robusta, em vez de tentar avançar em tecnologias que a gente não domina”, afirma.

“Para isso, a gente precisa aproveitar a renda de petróleo e gás e direcionar essa renda para os setores que a gente quer”, diz.

“Qual a aptidão do Brasil? Biocombustíveis. E a gente pode migrar os biocombustíveis, acoplar com o setor de óleo e gás e avançar no biorrefino com combustíveis sintéticos, migrar para a captura de carbono e para a eólica offshore.”

Outro argumento mencionado pela EPE é que o petróleo brasileiro polui menos do que o estrangeiro.

De acordo com Borges, isso acontece porque o país tem exigências mais elevadas de segurança e meio ambiente e porque a produtividade do pré-sal é maior e, portanto, a mesma energia é demandada para resultar em mais produção.

As declarações estão em sintonia com a do ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), que afirmou à Folha de S.Paulo neste mês que vê o Brasil explorando petróleo até se tornar um país desenvolvido.

Também são similares à visão expressa por diferentes participantes de seminário convidados pelo ministério -que demonstraram alinhamento pela continuidade da exploração somada ao uso dos recursos para a transição energética e as demandas sociais do país.

Rosangela Buzanelli, conselheira da Petrobras eleita pelos trabalhadores, afirma que as reservas atuais do país só existem por no máximo 13 anos e que o país depende do dinheiro do petróleo.

“Precisamos muito da renda do petróleo para diminuir a pobreza energética e aumentar o desenvolvimento humano no país. Se não fizermos, vamos ter de importar de fora com uma pegada de carbono pior que a nossa. Então não me parece que seja a saída. Precisamos, sim, das novas fronteiras”, afirma.

Luciana Costa, diretora de Transição Energética e Mudança do Clima do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), diz que, por outro lado, o debate sobre transição climática não está resolvido para o Brasil e que as empresas precisam fazer mais.

“As empresas precisam ser pressionadas a investir em novas tecnologias. O jogo não está ganho para o Brasil, e a gente tem de se desafiar. Tem de abrir novos campos [de petróleo], sim, mas a gente tem de se desafiar a acelerar a transição”, afirma.

Ela defende como fundamental intensificar esforços para investimentos em novas tecnologias, como as eólicas offshore (em alto-mar) -já que a expertise da Petrobras no oceano pode ser usada para investimento em novas frentes energéticas.

“O debate tem que migrar do ‘no more oil’ para o debate da urgência climática, para acelerar as novas tecnologias que custam caro”, diz.

PL DAS FAKE NEWS FOI ENGAVETADO POR EXCESSO DE POLIMITIZAÇÃO E CENSURA DAS REDES SOCIAIS

 

História de Luciana Marschall – Jornal Estadão

Evitar uma definição restrita de desinformação e focar em mecanismos de responsabilização e de transparência, com o objetivo de dificultar a censura e proteger a liberdade de expressão, são as principais sugestões de especialistas para a regulamentação brasileira das redes sociais no que diz respeito ao combate às fake news.

Essas sugestões estão no relatório Referências Internacionais em regulação de plataformas digitais: bons exemplos e lições para o caso brasileiro, lançado na última semana pela Coalizão Direitos na Rede, que demonstra como 71 diferentes países, órgãos e blocos econômicos e regionais legislam sobre o assunto.

Discussão sobre regulamentação das redes sociais no Brasil volta à estaca zero. Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Discussão sobre regulamentação das redes sociais no Brasil volta à estaca zero. Foto: Nilton Fukuda/Estadão© Fornecido por Estadão

Conforme o documento, ao definir em legislação o que se enquadra como desinformação, alguns países o fizeram de forma ampla ou imprecisa, o que teve consequências negativas. Por exemplo, a lei contra desinformação foi utilizada para reprimir adversários políticos na Rússia, em Singapura e na Etiópia.

União Europeia e Reino Unido sancionaram leis elogiadas por especialistas

O relatório aponta que se saíram melhor as nações que adotaram iniciativas de promoção da transparência e de responsabilização que assegurem um ambiente de mídia livre, independente e diversificado. Um dos exemplos mais citados pelos especialistas enquanto experiência positiva é a Lei de Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês), aprovada pela União Europeia, e que pode ser uma vitrine para a longa discussão que tem sido travada no Brasil.

Em vez de definir a desinformação, a lei se limita a identificar que conteúdos ilegais são aqueles que refletem as normas existentes no ambiente fora das redes, ou seja, informações relativas a conteúdos, produtos, serviços e atividades ilegais, como os discursos de incitação ao ódio e terroristas.

Na mesma linha, foi redigida a Lei de Segurança Online do Reino Unido, também apontada por especialistas como boa prática. Em vez de definir o que é desinformação ou notícia falsa, o texto identifica como conteúdo ilegal aquele que já é ilegal de acordo com a legislação vigente, como terrorismo, discurso de ódio e exploração sexual infantil.

A autora do relatório Maria Paula Russo Riva observa que essas duas legislações impõem medidas alternativas à definição da desinformação. Veja alguns exemplos:

  • a elaboração de relatórios de transparência por parte das plataformas;
  • a atribuição de obrigações de mitigação de riscos sistêmicos que possam gerar danos coletivos à sociedade;
  • a concessão pelas plataformas de dados para pesquisadores;
  • a previsão em leis de medidas para empoderar usuários quanto ao poder delas;
  • a imposição de deveres de transparência quanto à publicidade digital, incluindo propaganda política.

O DSA, ressalta Maria Paula, tem sido um importante modelo para países em diversos mecanismos, principalmente em relação à noção de combate aos riscos sistêmicos. “Este modelo não olha para os conteúdos individuais, mas para as medidas estruturais, visando evitar tais riscos e promover um ambiente que respeite a liberdade de expressão e o direito à informação”, afirmou.

Para Liz Nóbrega, jornalista do Desinformante, iniciativa que analisa o impacto da desinformação na sociedade e discute as formas de combatê-la, o fato de já se ter um escopo regulatório robusto na Europa pode favorecer a pressão por mecanismos igualitários no Brasil. Além disso, ela acredita que a experiência internacional pode ajudar a afastar narrativas falsas de censura, visto que inúmeros países democráticos já apostaram em uma regulação de plataformas por compreenderem o impacto delas no debate público e na democracia como um todo.

Como está a discussão sobre desinformação no Brasil?

No início de abril, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou o engavetamento do Projeto de Lei 2630, que ficou conhecido como PL das Fake News. O texto era, até o momento, a iniciativa mais próxima de uma regulamentação das redes sociais no País.

Lira argumentou que o projeto não andaria por ter sido polemizado. “Teve os problemas da agência reguladora, de todas as versões feitas e praticadas pelas redes sociais com relação à falta de liberdade de expressão, à censura. Quando um texto ganha uma narrativa como essa, ele simplesmente não tem apoio. Não é questão de governo e oposição”, declarou.

O presidente da Casa e os líderes partidários decidiram pela criação de um grupo de trabalho para discutir o assunto, mas sem incluir na relatoria o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), autor do projeto que vinha sendo debatido. A previsão de Lira é que os trabalhos durem de 30 a 45 dias para que o texto fique “mais maduro” e sem disputas políticas e ideológicas antes de ir a plenário.

O deputado federal Orlando Silva, relator do PL das fake news. Foto: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO

O deputado federal Orlando Silva, relator do PL das fake news. Foto: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO© Fornecido por Estadão

Paralelamente, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou que o processo sobre a responsabilidade das plataformas diante de conteúdos nocivos distribuídos nas redes sociais deve ser encaminhado para julgamento até o final de junho.

A jornalista Liz Nóbrega avalia como um retrocesso a decisão de Lira e observa que um dos maiores efeitos da demora na regulamentação é o Brasil entrar em mais um processo eleitoral sem uma regulação que abarque as questões contemporâneas e crie salvaguardas para a proteção do espaço democrático.

VIAGENS INTERNACIONAIS DE MINISTROS DO STF

 

História de JOSÉ MARQUES E ANA POMPEU – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) não costumam fazer viagens internacionais com passagens emitidas pelo órgão, com exceção de quem estiver na presidência da corte.

O assunto voltou à tona com a viagem dos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes para evento jurídico na Europa. O Grupo Voto, que organizou um fórum no qual os três participaram em Londres, disse que todos os custos operacionais do evento foram de sua responsabilidade.

O regimento interno da corte prevê que o presidente é quem representa o tribunal perante entidades externas, e que ele deve exercer esse papel. Atualmente, Luís Roberto Barroso preside o Supremo.

Para que haja a liberação de diárias e passagens em eventos internacionais a outros integrantes do STF, o presidente precisa autorizar -e a praxe é que outros ministros não façam esse tipo de solicitação.

Mas o Supremo também tem passagens de representação institucional, que é prevista em norma interna e já foi examinada pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

Neste caso, é válida a emissão de passagens para destinos no Brasil, e não é necessário que o presidente designe o colega para representar o tribunal e os ministros não recebem diárias.

Essas passagens não podem ser usadas, porém, para que sejam exercidas atividades remuneradas particulares.

“Os chefes de gabinetes serão os responsáveis para atestar, mensalmente, o uso efetivo da passagem emitida a título de representação institucional ou certificar sua não utilização”, diz a norma.

A instrução normativa que regula a concessão de passagens vale para ministros, juízes auxiliares, servidores da corte ou em colaboração ao STF, bem como pessoas sem vínculo com o serviço público mas convidadas a prestar auxílio técnico.

Nessas situações, a autorização para os pagamentos é feita por ato do diretor-geral, observando a disponibilidade orçamentária.

A instrução é de 22 de fevereiro deste ano e também detalha os critérios para as emissões de passagens e reservas de hospedagens. Dentre eles, o menor valor vigente, mas com preferência a voos entre 8h e 20h, diretos e que atenda ao melhor interesse da administração.

Ministros voam de primeira classe. Já o diretor-geral, juízes auxiliares e outras pessoas com cargos de chefia no tribunal viajam de classe executiva. Os demais, de econômica.

No último domingo (28), a Folha mostrou que a agenda dos ministros do STF em simpósios internacionais não tem transparência quanto ao custeio e período fora do Brasil.

Gilmar Mendes e Dias Toffoli, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet, devem participar de eventos jurídicos na Europa em um intervalo de duas semanas, mas não divulgam informações sobre as viagens.

Os três e Alexandre de Moraes participaram de um fórum jurídico em Londres, no Reino Unido, encerrado na sexta-feira (26).

Toffoli e Gilmar aparecem como confirmados para um debate em Madri, na Espanha, no dia 3 de maio. Um terceiro evento, também na capital espanhola entre 6 e 8 de maio, prevê a presença de Gilmar, Toffoli, Kassio Nunes Marques e do presidente da corte, Luís Roberto Barroso, além de ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e de Gonet.

O STF só tem sessão normal agendada para a quinta-feira (2), sendo que os ministros podem participar remotamente. A corte nega ter custeado qualquer passagem de ministro ou sua hospedagem.

GERAÇÃO Z NO AMBIENTE DE TRABALHO PREOCUPA GESTORES E EMPRESAS

Mari Galindo, fundadora da Nice House, ajuda a desmistificar estigmas sobre a trajetória profissional da GenZ

São Paulo, abril de 2024 – O Dia do Trabalho pode ser um feriado nacional, mas além da pausa para o descanso, a data também desperta uma série de reflexões sobre a chegada dos mais jovens às empresas. Diante de um mercado dinâmico e em constante mudança, a geração Z (nascidos entre 1995 e 2021) cultiva expectativas e enfrenta desafios muito diferentes de seus líderes millennials e boomers.

“Boa parte dessa ‘galerinha’ já ingressou ou está se preparando para ingressar no mercado de trabalho. Inclusive, o número de profissionais da Gen Z deve ultrapassar o de  boomers (nascidos entre 1945 e 1964) nas empresas ainda em 2024, de acordo com o site Glassdoor”, comenta Mari Galindo, fundadora da Nice House, plataforma de entretenimento com foco em vídeos verticais e geração Z.

“Por um lado, enquanto a Gen Z traz em sua bagagem várias habilidades importantes para o cenário econômico atual, sobretudo a fluência digital, ambição por experiência e conhecimento e uma espantosa (no bom sentido) capacidade de adaptação, por outro, sua entrada em peso no mercado de trabalho preocupa gestores e recrutadores de empresas”, explica.

Mitos e verdades sobre a Gen Z no mercado de trabalho

Em janeiro deste ano, o Resume Builder, software que usa inteligência artificial para ajudar pessoas a montarem um bom currículo, publicou dados alarmantes. De acordo com a pesquisa, mais de 30% dos recrutadores simplesmente se recusam a contratar a Gen Z, preferindo candidatos mais velhos; ainda em relação a esse levantamento, 30% dos gestores demitiram seus funcionários mais jovens um mês depois de sua integração à equipe.

A seguir, Mari comenta os principais estigmas que a geração Z enfrenta no dia a dia profissional. Confira:

1. Falta de compromisso com o trabalho

MITO. “A dificuldade de gerir a Gen Z no ambiente de trabalho tem a ver, na maioria dos casos, com mentalidade da geração – tal qual o modo como ela interpreta a carreira profissional e, sobretudo, uma tentativa de quebrar os padrões estabelecidos por gerações passadas, hoje considerados antiquados ou obsoletos”, explica Mari.

2. A educação recebida em casa contribui para certas posturas no trabalho

VERDADE. “Algumas questões comportamentais, durante a entrevista e também no ambiente de trabalho, tanto positivas quanto negativas, vêm da educação que os jovens tiveram em casa. Não necessariamente se tratam de características geracionais”, conta.

3. Os jovens preferem o trabalho 100% remoto

MITO. “A pandemia de Covid-19 acabou impactando a Gen Z de maneira mais severa. Aqueles que já procuravam emprego desde 2020 já estavam sendo apresentados ao modelo home office (ou semipresencial, dependendo do segmento), o que também moldou as expectativas dos jovens em relação ao mercado de trabalho como um todo. Em 2021, por exemplo, o LinkedIn apontou que 70% da geração Z acredita que um distanciamento de colegas de trabalho mais velhos e gestores impacta negativamente a carreira, já que é difícil aprender com eles a distância”, aponta a fundadora da Nice.

4. Flexibilidade entre profissional e pessoal é tudo

VERDADE. “O mesmo estudo do LinkedIn apontado acima também mostrou que 38% dos entrevistados preferem o modelo híbrido de trabalho, justamente porque os ajuda a manter sua rotina pessoal e também trocar experiências com os colegas mais experientes”, complementa.

5. Não dá para mudar a postura da Gen Z no ambiente de trabalho

MITO. “Existem meios de contornar as diferenças geracionais, como apostar em mentorias e outros programas de desenvolvimento para melhorar a etiqueta e o desempenho desses jovens e até mesmo usar suas ambições para criar oportunidades de crescimento e inovação. Essas medidas ajudam não apenas a lapidar esse diamante bruto chamado Gen Z, mas também aprender com ela”, instrui.

Mesmo que, algumas vezes, a contragosto de recrutadores e gestores, é extremamente importante que as empresas invistam nos mais jovens. “Ignorar o potencial que eles possuem não é o ideal para nenhuma empresa – em alguns anos, eles serão maioria no ambiente corporativo, ultrapassando até mesmo os millennials em números. Investir na Gen Z vai além dos benefícios para as empresas; ele é o fator principal para que tenhamos, hoje e cada vez mais, um mercado de trabalho mais inclusivo, dinâmico e resiliente”, conclui Mari Galindo.

 

NOVA ERA DO MUNDO CORPORATIVO MOLDADA POR NOVAS HABILIDADES PERSEPÇÕES E SOLUÇÕES

Tatiana Bonifácio, gerente de marketing da Gaudium, startup focada nos mercados de mobilidade e logística.

Neste Dia do Trabalhador, especialistas falam sobre a nova era do mundo corporativo, moldada por novas habilidades, percepções e soluções

No dia 1° de maio é celebrado o Dia do Trabalhador, data que relembra a luta de um grupo norte-americano por melhores condições de trabalho, no final do século XIX. De lá pra cá, muita coisa mudou: o modelo de trabalho, as prioridades, as demandas econômicas e as ferramentas tecnológicas disponíveis. Mas os desafios continuam incontáveis.

Considerando a importância da data, especialistas de diferentes áreas se unem em celebração e compartilham insights sobre pluralidade geracional, ambições profissionais, o impacto do universo digital e os benefícios corporativos. Confira:

Pluralidade geracional

O convívio entre várias faixas etárias, como as gerações Baby Boomers (1945-1964), X (1965-1980), Y (1981-1996) e Z (1997-2010), tanto no ambiente de trabalho como na sociedade, traz desafios significativos, conforme indicado pelo relatório “Tendências de Gestão de Pessoas”, do Ecossistema Great People & GPTW. O estudo aponta que mais da metade dos profissionais (51,6%) enfrentam dificuldades para lidar com as expectativas das diferentes gerações no ambiente corporativo.

A área de recursos humanos deve estar atenta e ciente dos desafios de seus colaboradores, incentivando as trocas geracionais e dando suporte nessa convivência. Até porque as habilidades de todas as faixas etárias se mostram cruciais no ambiente corporativo: um levantamento recente do ManpowerGroup identificou que a resiliência e a capacidade de adaptação são duas das principais características mais relevantes para as empresas atualmente.

“Esse dado reforça a importância da pluralidade geracional pois, com a soma de competências dos profissionais de diferentes gerações, é possível aumentar o potencial de inovação e melhorar os resultados das equipes. Por exemplo, enquanto os jovens possuem mais familiaridade com determinadas tecnologias, os colaboradores experientes costumam ser mais resilientes no enfrentamento de problemas complexos”, explica Wilma Dal Col, diretora de Gestão Estratégica de Pessoas no ManpowerGroup Brasil.

Retenção de talentos

No último ano, mais de sete milhões de brasileiros deixaram seus empregos, segundo um levantamento da LAC Consultores feito com dados do Ministério do Trabalho e Emprego. 

Mas como atrair e reter colaboradores tão diferentes entre si? Além de planos de desenvolvimento bem desenhados e lideranças que engajem os colaboradores, uma das técnicas utilizadas pelo RH das empresas são os benefícios corporativos, que impactam diretamente a satisfação dos trabalhadores e impulsionam a produtividade. 

“As empresas precisam investir em programas de bem-estar no trabalho que promovam estilos de vida saudáveis e equilibrem a vida pessoal e profissional. Esses programas não só beneficiam os funcionários, mas também as empresas, contribuindo para reforçar a produtividade, aumentar o engajamento e fortalecer a marca empregadora. É essencial buscar sempre oferecer os melhores benefícios corporativos”, explica Jhonata Lima, especialista em Marketing da Up Brasil.

Além disso, benefícios corporativos impactam o employer branding das companhias, destacando-as positivamente entre suas concorrentes do mercado de trabalho.

Navegando na era digital 

A preparação da geração Z para o mercado de trabalho está intimamente ligada ao domínio e à compreensão da tecnologia. Como a primeira a crescer em um mundo totalmente digitalizado, essas pessoas têm uma afinidade natural com dispositivos eletrônicos, mídias sociais e plataformas online. No entanto, essa familiaridade vai além do uso recreativo; ela também molda as habilidades e expectativas profissionais dos empregadores.

“A tendência é que mais e mais empresas busquem por candidatos que tenham algum conhecimento em áreas como programação e informática. Por isso, crianças e adolescentes precisam ser treinados para futuramente se manterem competitivos no mercado”, comenta Henrique Nóbrega, diretor fundador da Ctrl+Play, escola de programação e robótica para crianças e adolescentes.

Carreiras em evolução

Ao longo dos anos, surgiram novas configurações de trabalho e planos de desenvolvimento individual, oferecendo uma nova percepção do que é carreira. Se antes o foco era estabilidade e longevidade na empresa, hoje já existem diferentes desafios e oportunidades profissionais mais criativas — em parte influenciados pela transformação digital e pelo trabalho remoto.

“O ambiente de trabalho se tornou mais dinâmico e competitivo, e a adaptação e a aprendizagem contínua viraram pré-requisito para alcançar o sucesso profissional. Com a possibilidade do trabalho remoto, vagas freelancers e oportunidades internacionais entraram no jogo para estimular os especialistas de todas as áreas”, destaca Samyra Ramos, gerente de marketing da Higlobe, fintech de pagamentos para freelancers e contratados brasileiros que trabalham remotamente para empresas nos EUA.

Universo empreendedor

O sonho de ser o próprio chefe resistiu bravamente e ganhou novas configurações. As possibilidades se expandiram para o digital, e “abrir o próprio negócio” não significa mais necessariamente ter um espaço físico e burocracias infinitas. No entanto, isso não quer dizer que basta ter uma ideia e começar a trabalhar; ser empreendedor ainda requer planejamento cuidadoso, conhecimento de gestão, busca por informações relevantes e acesso a tecnologias de ponta. 

“Hoje, o mercado de trabalho valoriza agilidade e inovação, favorecendo modelos de negócios como startups. Ele já está dominado por profissionais que cresceram imersos nos avanços tecnológicos, como a internet e as redes sociais, onde os meios digitais são uma extensão natural de suas vidas; é natural que o ato de empreender siga esse caminho”, pontua Tatiana Bonifácio, gerente de marketing da Gaudium, startup focada nos mercados de mobilidade e logística.

 

TRANSFORMAR UM E-COMMERCE EM MARKETPLACE EXIGE UMA ABORDAGEM CORAJOSA

Willian Kuester – Head de Digital Design & Client Strategy na Jüssi, agência de marketing digital.

A transformação de um e-commerce em marketplace é uma jornada estratégica que exige uma abordagem holística e cuidadosa. Identificar o momento certo para fazer essa migração envolve a análise cuidadosa de vários indicadores-chave. A demanda crescente, uma ampla variedade de produtos, a competitividade do setor e a recorrência de clientes são sinais importantes que podem indicar que a expansão para um marketplace é o caminho a seguir.

“Ao considerar a transição de um e-commerce para um marketplace, é essencial pesar cuidadosamente os benefícios e desafios. Entre os benefícios estão a ampla exposição, a infraestrutura pronta e o potencial de crescimento. No entanto, a concorrência acirrada, a gestão de reputação, a dependência da infraestrutura do marketplace e as políticas e taxas associadas são desafios que precisam ser enfrentados e gerenciados com eficácia”, explica Willian Kuester, Head de Digital Design & Client Strategy na Jüssi, agência de marketing digital.

Para garantir uma transição suave que minimize impactos negativos no desempenho do negócio, é crucial realizar uma análise de viabilidade abrangente, comunicar transparentemente a mudança, capacitar a equipe e realizar testes piloto. Aplicar cinco etapas estratégicas fundamentais assegura uma transição eficiente e bem-sucedida.

5 estratégias para transformar um e-commerce em potência digital

1) Marca forte para construir alicerces

No processo de transformação de um e-commerce em um Marketplace, elementos cruciais devem ser considerados para garantir o sucesso da empreitada. Uma “Marca Forte” é o alicerce dessa transição, exigindo uma identidade clara e consistente que seja facilmente memorável e reconhecível no vasto ambiente do marketplace. Além disso, o posicionamento estratégico torna-se imperativo, ressaltando valores e diferenciais que se destacam na multidão, garantindo que a marca se destaque entre a concorrência acirrada.

2) Para uma presença otimizada no Marketplace, utilize catálogos, preços e transparência

Descrições detalhadas e informações precisas são essenciais para atrair os consumidores. A competitividade de preços é crucial, considerando não apenas os custos de produção, mas também as margens de lucro desejadas. Além disso, políticas de venda claras e transparentes, especialmente em relação a prazos de entrega, são fundamentais para estabelecer e manter a confiança dos consumidores.

3) Análise de Dados e Otimização Contínua

A “Análise de Dados e Otimização Contínua” é uma prática constante. “Identificar oportunidades de melhoria e otimizar estratégias é vital. Acompanhar métricas relevantes, como taxa de conversão e tempo de entrega, garante que a marca esteja alinhada com as demandas do mercado em constante evolução”, detalha Kuester.

4) Construindo Reputação e Relações

Além desses elementos, construir uma “Reputação Positiva” é essencial. Manter um atendimento excepcional ao cliente e oferecer produtos de alta qualidade contribuem para atrair novos clientes e fidelizar os existentes. Construir “Relações com os Vendedores” também é crucial, requerendo uma comunicação eficaz, feedback construtivo e relacionamentos de confiança.

5) Inovação Constante

A inovação constante é a chave para se destacar em um ambiente altamente competitivo e dinâmico de marketplaces. As marcas devem buscar continuamente formas inovadoras de se diferenciar da concorrência e permanecer relevantes.

“Em resumo, ao considerar e implementar esses elementos de maneira eficaz, as marcas têm a oportunidade não apenas de estabelecer uma presença no marketplace, mas de prosperar e se destacar em meio à competição acirrada do comércio eletrônico. A transição de um e-commerce para um marketplace torna-se uma jornada estratégica, construindo não apenas um espaço, mas uma potência digital no vasto universo online”, finaliza Kuester.

Marketplaces em alta: o sucesso no mercado

Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP

Certas estratégias são cruciais para alavancar as vendas e isso começa com o primeiro contato

Marketplaces são uma tendência no e-commerce. Isso porque, os benefícios existem tanto para quem tem seu próprio ambiente, quanto para os sellers, os quais vendem nas plataformas de outros empreendedores. Entretanto, apesar dessa alta, é fundamental as organizações se prepararem da melhor forma para receberem seus grupos alvo, independentemente da época do ano. Isso inclui uma elaboração iniciada pelo atendimento.

O que são marketplaces e qual a sua realidade no mercado?

Esse conceito se remete a uma noção mais coletiva de vendas on-line. Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus artigos, dando ao cliente um leque de opções. Desse jeito, trata-se de uma rede cujos vendedores podem fazer suas ofertas dentro da mesma página. Ou seja, é como um shopping center virtual cujos visitantes têm acesso a vários estabelecimentos. Sites como Mercado Livre, Magalu, Americanas, Amazon e a Valeon são ótimos exemplos, inclusive, de acordo com o último relatório Webshoppers, 84% dos empreendedores brasileiros possuem canais ativos em ambientes como esses.

Conforme a ChannelAdvisor, na China, esse tipo de comércio já representa 90% do faturamento do varejo on-line e, nos EUA, 33%. Já no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o crescimento do setor em 2021 foi de 19%.

Principalmente em temporadas de forte atividade, como o Natal, Dia dos Namorados, das Mães e dos Pais, as movimentações tendem a ser significativas. O Dia do Consumidor, por exemplo, em 2022, chegou a um faturamento de R$ 722 milhões, com elevação de 22% em comparação a 2021, de acordo com dados da Neotrust. Contudo, para, de fato, chamar a atenção dos fregueses, apenas preços atrativos e propagandas não são o suficiente, é preciso oferecer uma experiência completa. “Para deixar uma marca positiva é necessário garantir um primeiro contato excelente, indo até o pós-venda. Os responsáveis por esse tipo de negócio tendem a pensar só no produto final entregue, mas toda interação importa”, explica Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP.

Um destaque em meio à concorrência é fundamental

Ciente de como apenas qualidade final não é o suficiente, diversos quesitos tendem a ajudar uma empresa a se destacar em meio a tanta concorrência. Logo, diferentes fatores influenciam a posição ocupada nas buscas, seja preço, custo do frete, avaliações, etc. Além disso, é imprescindível identificar como chamar a atenção em detrimento de sellers ocupando o mesmo espaço. Nesse contexto, conhecimento nunca é demais para descobrir como planejar condições visando se sobressair.

Outra questão importante diz respeito aos parceiros mantidos por perto e a estrutura do negócio em geral. Para a quantidade de vendas alcançadas por um programa como esse, investir na atração de indivíduos para promover suas corporações lá dentro, diversificando e ampliando o portfólio torna tudo mais robusto. Além disso, deve haver uma atenção especial à otimização das operações.

Todavia, de nada adianta tomar cuidado com tudo isso e não promover uma boa gestão operacional. Dentre diversos benefícios, a transformação de um e-commerce em um marketplace proporciona ganho de escala das demandas. A partir desse ponto é crucial redobrar a cautela com estratégias adotadas no local omnichannel. Uma administração eficiente é o meio para a criação de modelos de vivência da persona para ela ter uma boa prática nessa aquisição. “Hoje em dia, uma pessoa transita por diferentes pontos de contato. É relevante, então, conseguir alcançar o preciso da melhor forma e naquele momento, assim, há grandes chances de fidelizar”, comenta o especialista.

Dicas para se sair bem no mercado

Antes de tudo é sempre interessante se colocar no lugar dos frequentadores, pois, somente conhecendo bem eles é viável proporcionar oportunidades e elementos favoráveis. Em circunstâncias assim, um bom levantamento de dados para analisar as dores e as necessidades é uma excelente alternativa, tendo em vista como, por meio dessas informações, é fácil identificar qual a busca e como agradar.

No entanto, o ditado é real e, de fato, a primeira impressão fica. Logo, a assistência inicial desse sujeito deve ser levada em consideração de forma primordial. Como anda o seu atendimento? Quais as abordagens utilizadas para lidar com esses interessados? Independentemente de qual seja, a Startup Valeon consegue auxiliar, incrementar e melhorar qualquer estratégia de forma inovadora.

A tecnologia de robôs tem sido cada vez mais utilizada em diversas esferas do cotidiano da população. No geral, essa indústria está em crescimento, de acordo com a VDMA (Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais), as vendas do setor aumentaram em 13% em 2022. Nos primeiros quatro meses, os pedidos recebidos foram elevados em 38%, também em relação ao ano anterior, na Alemanha.

Em todo o mundo, já existem mais de três milhões deles operando em fábricas e pelo menos US$ 13,2 bilhões foram gastos nos últimos anos em novas instalações utilizando esse tipo de modernização. Pelo menos 76% desses investimentos foram feitos por cinco países: China, Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha. As indústrias automotiva, elétrica, eletrônica e metálica se destacam nesse uso em seus parques industriais. Porém, no caso do apoio ao consumidor esse artifício também não poderia ficar de fora. Com a Startup Valeon isso é possível para todos os âmbitos. “Nós enxergamos essa assistência como parte do processo de conquista e a colocamos como um pilar principal para os nossos usuários.

Dessa maneira, a firma oferece serviços baseados na aprimoração desse suporte para as companhias parceiras, seja com os tão comentados robôs, responsáveis por atender chamadas e responder mensagens automaticamente, ou com outras ferramentas. Ao todo, há uma flexibilidade sem igual para atender a todo tipo de instituição, com humanos, chat, voz, redes sociais e WhatsApp, o propósito é aumentar os resultados e promover atualização constante.

O que é marketplace e por que investir nessa plataforma

ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech

Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele funciona na compra e venda de produtos.

Afinal, o que é marketplace?

O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.

Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.

Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento unificado.

Os principais marketplaces do Brasil

A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto

No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.

Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas, Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C, estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.

Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através de sua divulgação online.

Como escolher o marketplace ideal para sua loja

Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja, definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de decidir onde incluir sua marca:

Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará uma comissão maior.

Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.

Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.

Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.

Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para competir com os ofertados por elas.

Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.

Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já cadastradas.

Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.

Vantagens do marketplace

A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.

Para o consumidor

Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;

Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.

Para o lojista

Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;

Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na abertura de uma loja física ou online.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Para o Marketplace

Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;

Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo para fidelizar clientes.

Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que realizamos.

 

terça-feira, 30 de abril de 2024

DESPESAS DO GOVERNO AUMENTAM E O DÉFICIT TAMBÉM AUMENTA

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

aumento das receitas fez o déficit primário cair em março de 2024. No mês passado, o Governo Central – Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social – registrou resultado negativo de R$ 1,527 bilhão, contra déficit primário foi R$ 7,083 bilhões em relação a março de 2023, queda de 79,3% além da inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

“Comparado a março de 2023, o resultado primário observado decorre da combinação de aumento real de 8,3% (R$ 12,6 bilhões) da receita líquida [após transferências a estados e municípios] e aumento real de 4,3% (R$ 6,8 bilhões) das despesas totais”, informou o Tesouro Nacional, em seu relatório divulgado nesta segunda-feira (29).

O resultado de março passado veio melhor do que o esperado pelas instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Fazenda, os analistas de mercado esperavam resultado negativo de R$ 5,1 bilhões.

Nos três primeiros meses do ano, o Governo Central registra superávit primário de R$ 19,431 bilhões, valor 39,8% menor que o obtido no mesmo período do ano passado, descontado o IPCA, quando foi R$ 31,208 bilhões. As contas do governo ainda registram superávit em 2024 por causa do resultado positivo recorde de R$ 79,337 bilhões em janeiro, já que em fevereiro o resultado negativo foi recorde com a antecipação de R$ 30,1 bilhões de pagamentos de precatórios.

Vídeo relacionado: Revê excedente orçamental para 0,3% do PIB e mantém 1,5% de crescimento: Governo entrega Programa de Estabilidade (CNN Portugal)

O resultado primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano e o novo arcabouço fiscal estabelecem meta de déficit primário zero, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo, para o Governo Central.

O último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado no fim de março, projetou déficit primário de R$ 9,3 bilhões para o Governo Central, o equivalente a um resultado negativo de 0,1% do PIB. Para cumprir a meta fiscal, o governo bloqueou R$ 2,9 bilhões do Orçamento e manteve a estimativa de arrecadar R$ 168 bilhões em receitas extras em 2024.

Receitas

No último mês, as receitas líquidas subiram 12,6% em valores nominais. Descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a alta chega a 8,3%.

Se considerar apenas as receitas administradas (relativas ao pagamento de tributos), houve alta de 9,9% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado, já descontada a inflação. Um dos destaques foi o aumento de R$ 2,6 bilhões do Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e de R$ 4,3 bilhões da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), decorrente da recomposição de tributos sobre os combustíveis e da recuperação da economia.

Ainda contribuiu para o resultado o aumento de R$ 4,6 bilhões na arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte, por causa da tributação sobre os fundos exclusivos, que entrou em vigor no fim do ano passado.

Também houve elevação de R$ 1,9 bilhão no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), decorrente da variação positiva na produção industrial e da redução nominal das compensações tributárias; e crescimento de R$ 3,7 bilhões de arrecadação líquida para a Previdência, fruto da combinação dos aumentos da massa salarial, da criação de empregos formais e da arrecadação do Simples Nacional.

As receitas não administradas pela Receita Federal subiram 3,3% acima da inflação na mesma comparação. A maior alta foi provocada pelo pagamento de dividendos de R$ 3,7 bilhões da Caixa e da Petrobras ao Tesouro Nacional, que não pagaram rendimentos em março de 2023. No entanto, o crescimento de receita foi parcialmente compensado pela queda de R$ 2,7 bilhões em Demais Receitas.

Despesas

No mês passado, as despesas totais subiram 8,4% em valores nominais e 4,3% após descontar a inflação.

Turbinadas por gastos com saúde, as despesas obrigatórias com controle de fluxo subiram R$ 1,2 bilhões acima da inflação em março na comparação com o mesmo mês do ano passado. Ainda tiveram alta gastos com a Previdência Social (R$ 4,1 bilhões) e com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) (R$ 1,4 bilhão), reflexo do aumento no número de beneficiários e da política de valorização real do salário mínimo.

Entretanto, as elevações de despesa foram contrabalanceadas pela redução de R$ 1,9 bilhão em pagamentos para Abono e Seguro Desemprego, que decorre da alteração do cronograma de pagamento do abono em 2024.

O post Governo Central tem déficit primário de R$ 1,5 bilhão em março apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

ASSESSORIA ESPECIAL DE ENFRENTAMENTO À DESINFORMAÇÃO ABASTECE DECISÕES DE MORAES

 

História de MATHEUS TEIXEIRA E FABIO SERAPIÃO – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O órgão chefiado por Alexandre de Moraes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que monitorava as redes sociais e embasou os pedidos para a derrubada de perfis ajudou a turbinar inquéritos do STF (Supremo Tribunal Federal) conduzidos por ele e sugeriu medidas judiciais contra o Telegram.

A Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação foi criada em 2022 na gestão do ministro Edson Fachin na corte eleitoral, mas ganhou maior importância na gestão de Moraes.

No período eleitoral de 2022 até meses posteriores ao 8 de janeiro de 2023, a assessoria era composta por sete funcionários e se tornou um dos principais braços de atuação de Moraes na ofensiva contra notícias falsas e ataques às urnas eletrônicas.

De agosto de 2022 a maio de 2023, a estrutura era chefiada por Eduardo Tagliaferro, perito em crimes cibernéticos convidado pelo próprio Moraes para substituir Frederico Alvim, servidor de carreira do TSE responsável pelo setor até então.

Em maio de 2023, quem assumiu foi o delegado federal José Fernando Chuy, que tem passagem pelo setor de combate a terrorismo da Polícia Federal e livros sobre investigações desse tipo de crime.

O relatório do Congresso dos Estados Unidos que divulgou decisões sigilosas do magistrado aponta o uso do trabalho da assessoria em 27 ordens judiciais da corte eleitoral.

A Folha acessou outras sete decisões ou manifestações do presidente do TSE em que a Assessoria Especial é citada.

A assessoria reforçou a atuação do ministro no TSE e também contribuiu enviando informações para caso no STF ou até sendo acionada para ajudar em investigações na corte, como no caso do 8 de janeiro.

Moraes tomou ao menos uma decisão no Supremo com base em relatório do órgão e também usou levantamentos da assessoria citados em decisões da corte eleitoral para remetê-los às investigações que relata no STF.

No 8 de janeiro, o ministro chegou a citar o então chefe da assessoria, Eduardo Tagliaferro, em uma decisão como ministro do STF.

Moraes ordenou que o então chefe da assessoria utilizasse “a consulta e acesso aos dados de identificação civil mantidos naquela corte, bem como de outros dados biográficos necessários à identificação e localização de pessoas envolvidas nos atos”.

A análise das decisões e despachos em que a Assessoria Especial é citada indica como a estrutura atuava no monitoramento de redes, sugerindo ações ao ministro e informando sobre o cumprimento de pedidos relacionados com o acompanhamento de perfis e páginas.

A Folha apurou que os monitoramentos de páginas e perfis eram feitos dentro da assessoria a partir de pedidos do ministro, via canal de denúncias e por meio de parcerias com empresas especializadas em monitoramento de checagem.

Em 1º de abril deste ano, Moraes seguiu pedido do órgão para reafirmar uma ordem de derrubada do grupo “Direita Channel” no Telegram. “Esta Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, buscando dar atendimento à decisão exarada nos presentes autos, sugere, respeitosamente, seja determinada, nova intimação da plataforma”, menciona o ministro em decisão.

Em 8 de novembro de 2022, por sua vez, o juiz auxiliar de Moraes, Marco Antonio Vargas, derrubou a publicação de Fernando Cerimedo, um argentino que fez uma transmissão ao vivo com notícias fraudulentas sobre as urnas eletrônicas, devido ao trabalho da assessoria.

De acordo com a decisão, o órgão “detectou” a republicação de discurso considerado criminoso.

Em 13 de novembro do mesmo ano, em uma disputa entre o deputado André Janones (Avante-MG) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), Moraes mandou a assessoria monitorar as redes de ambos.

“Expeça-se comunicação à Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, a fim de que elabore relatório de monitoramento dos perfis de Twitter e dos canais de Telegram de André Janones e de Carlos Nantes Bolsonaro, apresentando prints das postagens diárias e indicação, quando detectado, de que se referem a conteúdo que já foi objeto de decisão do TSE em que se determinou sua remoção ou que ensejou direito de resposta.”

A assessoria também foi motivo para Moraes bloquear as contas do podcaster Bruno Aiub, mais conhecido como Monark. Em junho do ano passado, o ministro afirmou que foi informado pelo órgão que Monark estava “difundindo notícias falsas sobre a integridade das instituições eleitorais” e suspendeu seus perfis em cinco plataformas.

Antes disso, em dezembro de 2022, Moraes remeteu o caso da deputada Carla Zambelli (PL-SP) levantado pela Assessoria de Enfrentamento à Desinformação do TSE para o inquérito das fake news do STF.

O ministro analisou um pedido da parlamentar para que tivesse as contas nas redes sociais reativadas. Moraes, porém, relata que a assessoria identificou “divulgação de novos conteúdos irregulares”.

E afirma que o órgão “sugere a identificação dos perfis que realizaram as publicações, com o objetivo de identificar se a autora não está criando perfis em desacordo com a decisão proferida pela Justiça, bem como a de investigar possíveis ligações com líderes e financiadores dos atos antidemocráticos e envio ao STF para apreciação”.

Além de ser citado no próprio embasamento das ordens judiciais, pesquisas do órgão são mencionadas no cabeçalho de decisões como “objeto do processo” em julgamento.

O texto diz que a assessoria “informa que, a partir de atividades de monitoramento de dados abertos de mídias sociais, detectou a realização de manifestações públicas” em plataformas “baseadas em afirmações falsas ou gravemente descontextualizadas, que atingem a normalidade e a integridade das eleições”.

A assessoria ganhou protagonismo em diversas frentes abertas pelo TSE no combate às fake news.

Logo após ser criada, em março de 2022, ficou responsável por coordenar o programa da corte para “fortalecimento institucional a partir da gestão de imagem da Justiça Eleitoral”.

Pouco depois, foi indicada para a Frente Nacional de Enfrentamento à Desinformação.

Menos de um mês depois, o então chefe do órgão, Frederico Alvim, foi nomeado para integrar o Comitê Estratégico de Segurança da Informação.

Moraes também fez questão de dar peso ao órgão e deixou claro isso quando afirmou, em junho de 2022, pouco antes de tomar posse na presidência do TSE, que a assessoria também atuava no contato com as plataformas que gerem as redes sociais.

Na ocasião, ele disse que a assessoria manteve “profícuo diálogo” com as empresas de tecnologia.

Um relatório do órgão também embasou a decisão do TSE de aprovar uma resolução que ampliou os poderes do chefe da corte para derrubar publicações na internet. O ministro afirmou que levantamento da assessoria havia identificado “forte incremento no volume de conteúdos falsos em torno do processo eleitoral”, o que justificava a nova norma.

ÂNCORA FISCAL CONTROLA OS GASTOS DO GOVERNO

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 29, que se o Brasil “perder” sua âncora fiscal, o trabalho da autoridade monetária ficará mais difícil e mais caro. Ele reforçou que, se houver queda de credibilidade na política fiscal no País, a expectativa inflacionária se deteriora e afeta a curva de juros no longo prazo.

Campos Neto repetiu que os bancos centrais do mundo terão uma “vida” mais difícil no curto prazo diante da dificuldade dos governos em reduzir gastos. Ele destacou a necessidade dos Poderes Executivos em “diminuírem” a agenda fiscal. “Quando a gente fala que precisa de harmonia, a parte fiscal ainda está tímida na volta. A gente não vê, globalmente falando, um debate muito maduro nem nos poderes Executivos e Legislativos sobre necessidade de fazer fiscal”, avaliou.

Por outro lado, o presidente do BC disse que participou de dois governos no Brasil e reconhece a dificuldade do Executivo em cortar gastos. “A estrutura de gastos no Brasil é muito rígida, a (despesa) discricionária (não obrigatória) é pequena”, disse. Ele defendeu, no entanto, a necessidade de avançar em propostas que desindexem o orçamento e promovam maior flexibilidade administrativa.

Campos Neto disse que o investidor observa quatro aspectos de um País para a tomada de decisão: trajetória da dívida, capacidade de arrecadação extra, eficiência do gasto e crescimento estrutural. O Brasil, segundo ele, gera questionamentos em todos os pontos, já que tem crescimento estrutural relativamente baixo, dívida alta, carga tributária elevada e divergências sobre a qualidade do gasto.

O post Se perdemos âncora fiscal, encarece política monetária, reforça Campos Neto apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

HOMEM COM BOMBAS MORRE AO ATACAR O STF

Brasil e Mundo ...