segunda-feira, 15 de abril de 2024

ESPECIALISTA EM CHATGPT É UM PROFISSIONAL QUE SABE UTILIZAR ESSA FERRAMENTA DA IA

 

Flavio Henrique – Especialista em ChatGPT

O ChatGPT é uma ferramenta de inteligência artificial (IA) projetada para entender e responder perguntas como um ser humano faria. É capaz de gerar respostas relevantes, úteis e precisas para uma ampla gama de perguntas e tópicos, usando dados de bilhões de páginas da web e outros recursos.

O que é um especialista em ChatGPT?

Um especialista em ChatGPT é um profissional que utiliza a ferramenta ChatGPT para fornecer soluções para uma ampla gama de questões e necessidades. Eles são responsáveis por desenvolver e implementar estratégias eficazes para garantir que o ChatGPT forneça respostas precisas e úteis para as perguntas dos usuários.

Habilidades de um especialista em ChatGPT

    Conhecimento avançado em linguagem natural e programação

    Experiência em lidar com grandes conjuntos de dados e sistemas de IA

    Habilidade para trabalhar com equipes multidisciplinares para desenvolver soluções personalizadas de ChatGPT

    Capacidade de identificar áreas para melhoria e ajustar o ChatGPT de acordo

    Habilidade para avaliar e otimizar o desempenho do ChatGPT

Benefícios de um especialista em ChatGPT

    Respostas precisas e rápidas para perguntas frequentes

    Melhoria na eficiência do atendimento ao cliente

    Aumento da satisfação do cliente

    Redução de custos operacionais

    Melhoria da experiência do usuário

Como se tornar um especialista em ChatGPT

Para se tornar um especialista em ChatGPT, é necessário ter habilidades avançadas em programação e linguagem natural. É importante ter experiência em lidar com grandes conjuntos de dados e sistemas de IA. Além disso, é necessário ter habilidade para trabalhar com equipes multidisciplinares e habilidade para avaliar e otimizar o desempenho do ChatGPT.

Educação e treinamento necessários

    Bacharelado em ciência da computação, engenharia de software, linguística computacional ou áreas relacionadas

    Treinamento em aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural e algoritmos

    Certificações em inteligência artificial e aprendizado de máquina

Casos de uso do ChatGPT

    Suporte ao cliente automatizado

    Assistente virtual para o atendimento ao cliente

    Ferramenta de análise de sentimento para marcas e empresas

    Assistente de pesquisa pessoal

    Chatbot para e-commerce

    Assistente de RH

Desafios do ChatGPT

    Compreensão limitada de jargões e linguagem técnica

    Dificuldade em compreender o contexto ou o sarcasmo em uma conversa

    Falta de empatia e capacidade de compreender as necessidades emocionais dos usuários

    Necessidade de treinamento constante e ajuste para garantir precisão e relevância

Conclusão

O ChatGPT é uma ferramenta poderosa para responder perguntas e solucionar problemas de maneira eficiente e precisa. Um especialista em ChatGPT pode ajudar a melhorar ainda mais a eficácia dessa ferramenta.

COMO DEVEM SER OS PARCEIROS NOS NEGÓCIOS

“Parceiros chegam de várias formas. Se juntam por diferentes motivos”.

Eu sei, é clichê, rss. E se a frase fosse minha eu acrescentaria: “O que eles tem em comum é o fato de acreditarem no que nós acreditamos”.

Parceria é a arte de administrar conflitos de interesses e conexões de interesses, visando resultados benéficos para ambas as empresas”.

É por isso que eu costumo comparar parceria com casamento. Quem é casado sabe que administrar conflitos é fundamental para ambos terem resultados nessa aliança.

Assim como no casamento, o parceiro não precisa ser igual a nós, mas tem que ter o nosso ‘jeitão’! Nas parcerias eu defendo que o parceiro precisa ter o DNA de inovação, a inquietude pra sair da zona de conforto e uma preocupação muito grande com o cliente, não apenas no discurso, mas na prática. É claro que no processo de análise do possível parceiro, nós avaliamos o potencial financeiro e de escala da aliança, a estrutura e o tamanho da empresa. Mas, tem um fator humano que não pode ser desconsiderado, já que empresas são, na sua essência, pessoas. É por isso, que normalmente, os parceiros   são empresas formadas por pessoas do bem, pessoas com propósito, que tem tanto o caráter quanto a lealdade de continuar de mãos dadas, mesmo nos momentos mais difíceis. É como um casamento mesmo!

É importante também que os parceiros tenham know how e competências complementares, que potencializem nossas fragilidades e deem mais peso aos nossos pontos fortes. E como eu acredito que o primeiro approach de uma boa parceria acontece no plano humano (onde existe emoção), e não no corporativo, eu gosto muito da histórica da parceria entre Steve Jobs Steve Wozniak. Os dois Steves tornaram-se amigos durante um emprego de verão em 1970. Woz estava ocupado construindo um computador e Jobs viu o potencial para vendê-lo. Em uma entrevista de 2006 ao Seattle Times, Woz, explicou:

“Eu só estava fazendo algo em que era muito bom, e a única coisa que eu era bom acabou por ser a coisa que ia mudar o mundo… Steve (Jobs) pensava muito além. Quando eu projetava coisas boas, às vezes ele dizia: ‘Nós podemos vender isso’. E nós vendíamos mesmo. Ele estava pensando em como criar uma empresa, mas talvez ele estivesse mesmo pensando: ‘Como eu posso mudar o mundo?’”.

Por que essa parceria deu certo? Habilidades e competências complementares.

As habilidades técnicas de Woz juntamente com a visão de Jobs fizeram dos dois a parceria perfeita nos negócios.

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domingo, 14 de abril de 2024

ATAQUE IRANIANO CONTRA ISRAEL

 

BBC News Brasil

Míssil iraniano durante exercício militar no Irã em 2023

Míssil iraniano durante exercício militar no Irã em 2023© Reuters

Irã lançou drones contra Israel, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), em uma aparente represália que já era esperada.

As IDF disseram que a onda de ataques pode levar horas para chegar a Israel, a uma distância de 1.800 km. As forças israelenses estão em alerta máximo e “monitorando todos os alvos”.

O Irã prometeu retaliar depois de um ataque ao seu consulado na Síria, no dia 1º de abril que matou vários comandantes iranianos. Israel foi culpado pelo ataque, embora o país não tenha formalmente assumido a autoria.

Pouco antes da notícia do lançamento do drone iraniano, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os “sistemas defensivos” de Israel estão funcionando.

“Estamos prontos para qualquer cenário, tanto defensivamente como ofensivamente. O Estado de Israel é forte. As FDI são fortes. O público é forte”, afirmou Netanyahu.

“Agradecemos a posição dos EUA ao lado de Israel, bem como o apoio da Grã-Bretanha, da França e de muitos outros países.”

Escalada de hostilidades

Israel e Irã estão há anos em uma rivalidade sangrenta que virou uma das principais fontes de instabilidade no Oriente Médio e cuja intensidade varia de acordo com o momento geopolítico.

As relações entre Israel e o Irã foram bastante cordiais até 1979, quando a chamada Revolução Islâmica dos aiatolás conquistou o poder em Teerã.

E embora tenha se oposto ao plano de fatiamento da Palestina que resultou na criação do Estado de Israel em 1948, o Irã foi o segundo país islâmico a reconhecer Israel, depois do Egito.

O Irã era uma monarquia na qual reinavam os xás da dinastia Pahlavi e um dos principais aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio. Assim, o fundador de Israel e seu primeiro chefe de governo, David Ben-Gurion, procurou e conseguiu a amizade iraniana como forma de combater a rejeição do novo Estado judeu de seus vizinhos árabes.

Mas a Revolução de Ruhollah Khomeini, em 1979, derrubou o xá e impôs uma república islâmica que se apresentava como defensora dos oprimidos e tinha como principais marcas a rejeição ao “imperialismo” americano e a Israel.

Os governantes iranianos consideram o país o “pequeno Satanás”, o aliado no Oriente Médio dos Estados Unidos, que chamam de “grande Satanás”, e querem que ambos desapareçam da região.

Já Israel acusa o Irã de “financiar grupos terroristas” e de realizar ataques contra seus interesses, movidos pelo antissemitismo dos aiatolás.

A rivalidade entre os “arqui-inimigos” já fez um grande número de mortos, muitas vezes em ações secretas em que nenhum dos governos admite sua responsabilidade.

E a guerra em Gaza só fez as coisas piorarem.

Guerra em Gaza

Desde os ataques de 7 de outubro de 2023 realizados pelo Hamas contra Israel, e a ofensiva militar massiva lançada pelo Exército israelense em Gaza em resposta, analistas e governos de todo o mundo expressam preocupação de que o conflito possa provocar uma reação em cadeia na região, e um confronto aberto e direto entre iranianos e israelenses.

Os conflitos entre forças israelenses e milicianos supostamente ligados ao Hezbollah na fronteira com o Líbano aumentaram nos últimos meses. Os choques com manifestantes palestinos nos territórios ocupados da Cisjordânia também.

Até agora, tanto Irã quanto Israel vinham evitando elevar a hostilidade e os combates em grande escala.

Mas o ataque à sua sede diplomática em Damasco, que deixou 13 mortos, incluindo alguns dos mais proeminentes altos comandantes iranianos, como o general da Guarda Revolucionária Mohammad Reza Zahedi e seu adjunto, Hadi Hajriahimi, bateu forte em Teerã.

O Ministério das Relações Exteriores iraniano prometeu “um castigo ao agressor” e seu embaixador na Síria, Hossein Akbari, anunciou que a resposta será “decisiva”.

Desde então, analistas de inteligência, jornalistas e diplomatas especulavam sobre qual pode ser a réplica do Irã, com comentários que prenunciam um bombardeio com drones, ou um ataque cibernético ou naval, ou tudo isso ao mesmo tempo.

A resposta chegou neste sábado (13/4), com os ataques a drone.

ESTÁ PRESTES A SER APROVADO NO SENADO NOVO PENDURICALHO PARA JUÍZES E PROCURADORES

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e seu antecessor, Davi Alcolumbre, manobram para constitucionalizar mais um privilégio para juízes e procuradores: um adicional automático de 5% ao salário a cada cinco anos. A PEC do Quinquênio é uma iniciativa ultrajante do Congresso cultivada por decisões ultrajantes do Judiciário.

Os proponentes alegam que não faz sentido um servidor no final de carreira receber quase o mesmo que um iniciante, que é preciso atrair talentos e que não haverá impacto fiscal porque a PEC está “associada” ao projeto de lei que barra supersalários além do teto. É sempre o mesmo estratagema: diagnosticam-se seletivamente distorções para propor remédios que consolidam mais privilégios e ampliam a distorção sistêmica.

Não faz sentido salários similares no início e no fim de carreira. Mas a distorção na Justiça não é uma renda baixa no fim, e sim uma renda alta no começo. Justo e racional seria reduzir a remuneração inicial e condicionar a progressão à produtividade e mérito.

A carreira pública precisa ser atrativa. Muitos servidores da base e alguns do primeiro escalão são mal remunerados. Na média, contudo, os servidores federais recebem quase 70% acima de seus pares na iniciativa privada. Juízes e promotores já são campeões em renda, auxílios e privilégios e estão confortavelmente instalados até o último dia de suas vidas no 0,1% do topo da pirâmide social, com risco zero de deslizar. Num dos países mais desiguais do mundo, se já há desigualdade entre o setor público e o privado, a desigualdade dentro do público é maior, e a concentração de renda por suas elites é o que impede tantos na base de receber melhor.

Pacheco alega que haverá economia, porque o quinquênio “está associado” ao projeto para barrar os supersalários. Mas nada garante esta conexão entre alhos e bugalhos. Se se chega ao absurdo de ter de fazer uma lei para garantir que a lei constitucional do teto seja cumprida, é só porque esse limite é burlado dia sim e outro também, sobretudo pelo Judiciário. O quinquênio, por exemplo, foi sepultado em 2005, mas à base de canetadas casuísticas da Justiça foi exumado em 2022, e está sendo pago retroativamente. A probabilidade é que o projeto de contenção de supersalários fique numa gaveta e o quinquênio vá para a Constituição. O trigo aos juízes, o joio ao contribuinte. Imoral no conteúdo, essa partilha é viciosa na forma: faz sentido fixar mais uma regalia corporativa numa Constituição já irremediavelmente prolixa?

Ao assumir a presidência do Judiciário, Luís Roberto Barroso desfiou uma “agenda para o Brasil” trazendo de tudo um pouco, do saneamento à educação, da ciência à habitação popular, com destaque para a “inclusão social” e a “luta contra as desigualdades”. É de seus representantes eleitos que o cidadão espera esses progressos. Ao Judiciário basta garantir a sua legalidade. Mas os juízes poderiam fazer muito para reparar a máquina de gerar desigualdades que é o funcionalismo público. Poderiam, se o principal combustível desta máquina não fosse o seu apetite patrimonialista.

TESE DE EXCESSOS DE MINISTRO DO STF

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

Os recentes embates entre Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, reacenderam o debate sobre possíveis excessos cometidos pelo magistrado da Corte, especialmente após a inclusão do bilionário no inquérito das milícias digitais e a abertura de investigação por obstrução à Justiça contra ele.

Juristas ouvidos pelo Estadão admitem que o episódio tem o potencial de dar munição à tese de que o magistrado pode estar atuando para além de suas competências judiciais. Os especialistas rechaçam, no entanto, a ideia de que Moraes tem agido para perseguir Jair Bolsonaro, como alegam aliados do ex-presidente.

Na avaliação do doutor em direito penal pela USP e coordenador do curso de Direito da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Marcelo Crespo, a decisão de Moraes de abrir uma investigação contra Musk e incluí-lo em um inquérito à revelia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que é a instituição responsável por investigar e denunciar criminalmente abre margem para críticas. “Moraes está antecipando movimentos que deveriam ser naturalmente da PGR. O debate não é o mérito mas o caminho como se deu”.

Da mesma forma, o professor de Direito Processual Penal da USP, Gustavo Badaró, ressalta que este tipo de conduta, além de excessiva, também suscita dúvidas sobre a imparcialidade de Moraes. “Quando um ministro determina a inclusão de alguém como investigado em um inquérito e depois esse mesmo ministro vai tomar decisões judiciais como relator do mesmo inquérito, me parece que há uma clara perda de imparcialidade.”

O professor de Direito Constitucional da UFF, Gustavo Sampaio, concorda que Moraes agiu de ofício e, portanto, não seguiu o caminho natural do sistema acusatório. O jurista, porém, apoia a inclusão, mesmo que, até o momento, o bilionário não tenha desrespeitado as decisões determinadas por Moraes no X, o que, a princípio, impede a configuração de crime de obstrução à Justiça.

“Inquérito não tem por objetivo condenar ninguém, e sim apurar. Se não se incluir o Musk, não se tem como apurar se ele teve participação em práticas que colaboraram no sentido da interrupção do processo democrático no Brasil”, avalia.

Desde 2020, Moraes tem determinado a suspensão de perfis em redes sociais de aliados bolsonaristas.

A medida foi justificada pela necessidade de “interromper discursos criminosos de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”. Crespo e Sampaio pontuam que a decisão é necessária, considerando que a liberdade de expressão não é um direito irrestrito e ilimitado. Os juristas, porém, ressaltam que, em excesso, a prática pode levar a julgamentos discricionários, já que tais decisões são feitas caso a caso pelo Judiciário, com base em critérios muitas vezes subjetivos.

“A partir de qual momento é razoável considerar que uma conta deva ser bloqueada porque ela está sendo utilizada basicamente para praticar crimes e causar desinformação?”, questiona Crespo.

Para Crespo e Sampaio, as recentes decisões do ministro contra Musk e a rede social X extrapolam as controvérsias no âmbito jurídico e se transformam em uma espécie de ‘munição política’ para que aliados bolsonaristas reforcem o discurso de que o ex-presidente está sendo alvo de perseguição nos múltiplos inquéritos em que é investigado, a maioria sob a relatoria de Moraes. “Sem dúvida nenhuma, é bastante munição, isso é pólvora para o discurso político”, diz Crespo.

A própria defesa de Bolsonaro tem levantado uma série de questões nas apurações em curso, como a concentração de poder em um único ministro e o impedimento de Moraes para julgar os inquéritos, pontos que podem, inclusive, levar à nulidade dos processos.

Concentração de poder nas mãos de Moraes

Um dos primeiros aspectos controversos é o possível excesso de poder de Moraes. Relator do inquérito das fake news aberto em 2019 pelo próprio STF, o ministro centralizou a relatoria de outras investigações no Supremo, incluindo aquelas relacionadas aos atos antidemocráticos de 2021, às milícias digitais e aos ataques do 8 de Janeiro.

Todos esses casos, nos quais o ex-presidente é investigado, permanecem sob o comando de Moraes, com base na regra de que quando há conexão entre os fatos investigados, a competência para julgar os processos deve ser mantida com o mesmo magistrado. Ou seja, a partir do inquérito das fake news, Moraes assumiu, por prevenção, a relatoria de outras investigações devido ao elo probatório nas diferentes ações.

Na avaliação de Badaró, nem todas as investigações parecem ter relação entre si, sendo necessário, nessa situação, separá-las e sorteá-las entre os ministros – como é a praxe da Corte. Como exemplo, ele menciona não ver ligação entre a falsificação do certificado de vacina e os atos antidemocráticos. O jurista pontua ainda que um dos efeitos da conexão é a reunião dos processos em único inquérito, o que não aconteceu no caso de Moraes. “Se os inquéritos estão tramitando separados é porque não há conexão, então deveria ter distribuição livre”.

Conselheiro da OAB federal e doutor em Direito Penal pela USP, Alberto Toron vai além ao avaliar que o Supremo fez uma interpretação extensiva tanto do instituto da conexão quanto da regra sobre a prerrogativa de foro privilegiado. Toron indica que, por esse motivo, o STF não teria competência para investigar o ex-presidente em certos casos, uma vez que Bolsonaro perdeu a prerrogativa de foro ao deixar a Presidência, devendo, portanto, ser julgado na primeira instância, conforme estabelece a lei.

Para o criminalista, a amplitude da interpretação da competência guarda semelhanças com o que ocorreu na Operação Lava Jato, quando o então juiz Sérgio Moro foi criticado por avocar para si a competência de várias investigações com base na regra da conexão.

“Isso fez com que a competência de um único ministro do STF virasse, como se dizia e como se criticava em relação ao juiz Moro, uma espécie de ‘juiz nacional’, a quem compete conhecer a respeito de todos os fatos que minimamente possa atinar com Bolsonaro e bolsonaristas”, pondera.

Toron e Badaró também ressaltam que pode estar havendo uma interpretação ampla de uma das regras de competência, que permite ao STF julgar casos quando os crimes ocorrem em suas dependências. Como o inquérito das fake news, aberto para apurar ataques aos ministros da Corte e no qual o Bolsonaro é um dos investigados.

Ex-ministro da Justiça no governo de Dilma Rousseff, o advogado Eugênio Aragão e o presidente do IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), Renato Vieira, concordam que o Supremo é a instância adequada para julgar os casos relacionados ao ex-presidente. Ambos destacam que, embora as investigações sejam complexas, identificam uma interligação entre todos os procedimentos até o momento, o que justifica os inquéritos sob o gabinete de Moraes.

O advogado e professor da USP e ESPM, Rafael Mafei, também avalia que, a princípio, não há irregularidade de competência. Mafei, porém, pondera sobre a excessiva amplitude de certos inquéritos, como o das milícias digitais, que investiga desde as tentativas de golpe de Estado até o caso das joias sauditas, revelado pelo Estadão.

Os casos para impedimento de Moraes

Os vários inquéritos sob a relatoria de Moraes levaram a defesa do ex-presidente a solicitar por mais de uma vez o afastamento do ministro da condução das investigações. Os advogados argumentaram que Moraes estaria simultaneamente atuando como vítima e julgador. No entanto, a tese foi rejeitada em fevereiro pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.

Sampaio, e os advogados criminalistas Davi Tangerino e Pierpaolo Bottini concordam com a decisão de Barroso. Eles argumentam que o ministro não precisa se considerar impedido, já que os ataques têm como alvo o Estado democrático de Direito e a própria sociedade brasileira. Na mesma linha, Aragão, Mafei e Vieira avaliam que os investigados não podem tentar criar impedimentos ao ofender magistrados, como ocorreu quando o ex-presidente e seus aliados atacaram não só Moraes, mas outros ministros da Corte.

Badaró ressalta que, teoricamente, não há motivo para questionar a imparcialidade. No entanto, ele pondera que as revelações feitas pelo próprio Moraes no início deste ano, quando afirmou que a investigação sobre os atos golpistas indicava planos para prendê-lo e enforcá-lo, poderiam ser motivos para que ele se declarasse impedido. O professor, porém, destaca que, neste caso concreto, a decisão de impedimento caberia ao próprio ministro e não à defesa do ex-presidente.

Acesso às provas e delação de Cid

Outro ponto que tem sido alvo de debates jurídicos é a possível dificuldade e demora no acesso às provas, tanto para a defesa de Bolsonaro quanto para os demais envolvidos nos inquéritos. Badaró avalia que a defesa do ex-presidente deveria ter acesso sem empecilhos tanto às provas envolvendo Bolsonaro quanto à delação de Mauro Cid, sob pena de violação do princípio do contraditório e da ampla defesa.

Vieira, por outro lado, diverge quanto ao acesso à colaboração premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O advogado avalia que o sigilo é a regra geral e, por isso, em tese, deve-se aguardar o recebimento da denúncia devido ao risco de comprometer as investigações durante o inquérito. Ele ressalta, contudo, que há exceções quando devidamente fundamentadas, sendo necessário, portanto, conhecer os detalhes das investigações para compreender os motivos pelos quais Moraes não concedeu permissão à defesa de Bolsonaro.

Em março, Cid voltou a ser preso preventivamente após descumprir medidas cautelares e por obstrução à Justiça. O mandado de prisão, expedido por Moraes, ocorreu depois da divulgação de áudios pela revista Veja, nos quais Cid critica a forma como a PF e Moraes conduziram seus depoimentos. Em oitiva, também na sexta, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro confirmou os termos da delação premiada fechada com a PF. A validade do acordo, porém, segue sob análise.

O debate sobre os possíveis excessos de Moraes em relação ao direito de defesa ganhou destaque, especialmente após a decisão na Operação Tempus Veritatis, na qual o ministro limitou o contato dos envolvidos através de seus advogados. Apesar dos esclarecimentos de Moraes sobre o dispositivo, os juristas consideraram a medida excessiva.

Em relação ao tema, Moraes já defendeu que o acesso completo às provas documentadas foi concedido, exceto as diligências em andamento e elementos da colaboração de Mauro Cid. Segundo o ministro, há um entendimento consolidado na Corte de que a negativa de acesso a termos de colaboração premiada referente a investigações em curso não constitui cerceamento de defesa.

Risco de nulidades nos processos

Tanto Toron quanto Vieira consideram que esses aspectos formais podem ser contestados pela defesa do ex-presidente com o avançar dos processos. No entanto, os advogados ressaltam que será difícil anular atos processuais relevantes, uma vez que os inquéritos estão sendo conduzidos no Supremo, a última instância recursal do sistema jurídico brasileiro.

Embora os processos estejam no Supremo, Badaró acredita que podem surgir pedidos de nulidades bem-sucedidos, especialmente devido à possível questão de vício de competência, o que poderia resultar na anulação de todos os atos decisórios proferidos durante a investigação. Ele lembra que na Lava Jato, o STF julgou casos da operação e, posteriormente, revisou seu entendimento, alterando suas próprias decisões.

Por outro lado, Mafei e Sampaio concordam que, embora os pedidos feitos por qualquer defesa sejam legítimos, o respaldo da maioria das iniciativas de Moraes pelo plenário do Supremo diminui as chances de sucesso desses pleitos.

Quanto à possibilidade de uma eventual rescisão da delação de Cid suscitar pedidos de nulidades por parte de Bolsonaro, Sampaio explica que, nesse caso, as provas levantadas ao longo da investigação continuam válidas, assim como as decisões tomadas no âmbito dos inquéritos com base nas informações apresentadas no acordo por Cid.

CRÍTICA DE ESPECIALISTAS AO SUPREMO

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Ao contrário do que parecem pensar alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), criticar instituições democráticas não é necessariamente atacá-las ou ameaçá-las. Tampouco exigir sua autocontenção é ser extremista, e demandar que atuem conforme a lei não é deslegitimá-las. Ao contrário, quem faz tudo isso de boa-fé quer aperfeiçoá-las, isto é, quer instituições que não sejam ativistas, partidárias, arbitrárias, corporativistas ou pessoais.

Pode parecer ocioso dizer que o debate público num ambiente genuinamente democrático presume total liberdade para questionar o poder, mas nos tempos que correm, em que as críticas aos exageros do STF são tomadas como atentados ao Estado Democrático de Direito, é o caso de relembrar que a opinião não pode ser criminalizada.

É evidente que os liberticidas instrumentalizam a liberdade de opinião para propósitos indisfarçavelmente antidemocráticos. Quando um Jair Bolsonaro fala em “liberdade”, obviamente não é a liberdade no sentido liberal democrático, que garante a todos, indistintamente, o direito de questionar o Estado e suas instituições a qualquer tempo, e sim a “liberdade” de desmoralizar os pilares dessas instituições porque estas são um obstáculo para seus projetos autoritários de poder. Quando Bolsonaro invocava a liberdade de expressão para deliberadamente desacreditar o sistema de votação para presidente, a intenção evidente era atacar a alma da democracia, isto é, a ideia de que numa eleição comprovadamente limpa e justa os derrotados aceitam o resultado, reconhecendo a legitimidade do vencedor e de todas as instituições que corroboraram a vitória.

Do mesmo modo, não cabe ingenuidade a propósito das acusações do empresário Elon Musk a respeito de supostas arbitrariedades cometidas pelo Supremo contra sua rede social, o X (antigo Twitter), e seus usuários. Alinhado a extremistas de direita mundo afora, Musk se apresenta como um “absolutista da liberdade de expressão”, mas isso só vale quando lhe interessa – basta lembrar que ele condescendeu à exigência da ditadura turca de suspender perfis e tolera em sua rede perfis falsos a serviço da propaganda do governo chinês, com quem tem vultosos negócios. Suas contradições, contudo, não importam nem um pouco para a tropa bolsonarista, que o elevou à categoria de “mito da nossa liberdade”, nas palavras de Bolsonaro.

Essa algaravia bolsonarista, que é de fato golpista e antidemocrática, tem sido usada pelos mais loquazes ministros do Supremo como prova de uma alegada ameaça permanente e generalizada à democracia, justificando dessa forma medidas juridicamente exóticas, quando não inteiramente desprovidas de base legal, para conter essa ameaça. Num ambiente assim, qualquer opinião mais contundente em relação ao Supremo é logo caracterizada como “bolsonarista” e, por conseguinte, “golpista”.

É o caso, portanto, de insistir que nem toda crítica ao Supremo tem, subjacente, a intenção de destruir a democracia. Exigir que o Supremo seja mais claro a respeito dos parâmetros que adota para as medidas drásticas que tem tomado em sua missão autoatribuída de salvar a democracia brasileira não é, nem de longe, minar sua legitimidade. Ao contrário, é constranger o Supremo a seguir o que vai na Constituição, como se isso já não fosse sua obrigação precípua, justamente por ser o guardião do texto constitucional.

Portanto, quem tem minado a legitimidade do Supremo é o próprio Supremo, quando atropela sua própria jurisprudência, atua de modo claramente político, colabora para a insegurança jurídica e imiscui-se em questões próprias do Legislativo.

O Brasil testemunhou um surto de golpismo no 8 de Janeiro, mas hoje as instituições estão, como se diz, funcionando: o governo está governando; o Legislativo, legislando; e a imprensa, publicando; enquanto a polícia está nas ruas e o Exército, nos quartéis. Por que o Supremo segue em mobilização permanente, como se o País vivesse num 8 de Janeiro interminável? São questões legítimas, que nada têm de extremismo. Demandar a contenção do Supremo não é ser golpista, é só ser republicano.

ATO DE BOLSONARO NO RIO DIA 21/04

 

História de ITALO NOGUEIRA – Folha de S. Paulo

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O ato marcado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o próximo domingo (21) na praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, deve ser usado como uma forma de ampliar a exposição do deputado federal Alexandre Ramagem (PL), escolhido como pré-candidato do grupo à prefeitura da cidade.

Os organizadores do evento defendem que Ramagem não discurse para evitar acusações de uso da manifestação como propaganda eleitoral antecipada. O ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), porém, terá lugar de destaque no carro de som ao lado do ex-presidente. Os detalhes sobre o evento ainda serão discutidos ao longo da semana.

O ato também tem sido visto como uma espécie de “teste de fidelidade” do governador Cláudio Castro (PL) ao bolsonarismo. Ele não compareceu à manifestação na avenida Paulista, em São Paulo, em fevereiro, sob alegação de que tinha uma viagem oficial a Portugal já marcada.

A ausência, contudo, ocorreu para não melindrar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), onde Castro tem pedidos para anulação de investigações de que é alvo.

O comício em Copacabana faz parte da série de atos marcados por Bolsonaro para mobilizar a militância em seu entorno para demonstrar apoio popular em meio às investigações de que é alvo no STF. O ex-presidente é suspeito de tentar organizar um golpe de Estado após a vitória do presidente Lula (PT) nas eleições de 2022.

Vídeo relacionado: Bolsonaro convoca apoiadores para manifestação no Rio de Janeiro em 21 de abril (AFP).

O primeiro evento foi o da avenida Paulista. O ato em São Paulo foi marcado quatro dias após Bolsonaro ser alvo de um mandado de busca e apreensão. No mesmo dia da convocação, o ex-presidente foi para a embaixada da Hungria, em Brasília, onde passou duas noites, levantando questionamentos, refutados por ele, de eventual tentativa de blindagem em caso de ordem de prisão.

O comício em Copacabana foi marcado sem o mesmo ambiente de tensão. Um dos temas a serem abordados pelo ex-presidente será o que ele vem chamando de censura do ministro Alexandre de Moraes, do STF, nas redes sociais.

O assunto voltou a mobilizar a direita brasileira após as publicações do bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), sobre o tema, há uma semana.

A intenção principal, porém, é manter seus apoiadores mobilizados e demonstrar força política. É o que Bolsonaro tem feito em cidades de todo o país. Nesta semana, ele esteve em João Pessoa (PB), Fortaleza (CE), Cuiabá (MT) e cidades do interior.

No Rio, a mobilização visará também ampliar a associação da imagem de Bolsonaro à de Ramagem. O ex-diretor da Abin teve a pré-candidatura lançada há um mês num evento esvaziado na quadra da escola de samba Mocidade, em Padre Miguel. Espera-se que Copacabana receba grande público.

O vínculo do ato foi indicado em mensagem gravada pelo ex-presidente exibida na quinta-feira (11) durante homenagem ao ex-diretor da Abin na Câmara Municipal.

“É um desafio difícil. Parabenizo pela coragem em disputar a Prefeitura do Rio de Janeiro. […] Ramagem, você tem tudo para dar certo. […] Até o dia 21, com todos vocês em Copacabana, no nosso grande ato pela nossa liberdade e pela nossa democracia”, disse Bolsonaro.

Em seu discurso na Câmara Municipal, Ramagem disse que encerrou o período de estudo sobre a cidade, tendo chegado o momento de ir às ruas.

“Esse foi um momento de estudar o Rio de Janeiro. […] Agora estamos entrando para ir às ruas, juntos pelo melhor do Rio de Janeiro a partir de agora”, disse Ramagem.

Cláudio Castro deve ir ao evento do próximo fim de semana, já que o clima político está menos tenso do que em fevereiro, além do fato de o ato ser realizado no Rio. A presença ainda será confirmada. Também são esperados os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União-GO), Jorginho Mello (PL-SC) e Romeu Zema (Novo-MG), que foram ao comício de São Paulo.

Bolsonaro voltará a Copacabana um ano e meio depois de usar a estrutura das Forças Armadas para fazer um ato político no Bicentenário da Independência, em 7 de Setembro de 2022, ainda como presidente, durante a corrida eleitoral

O Ministério Público Federal entrou com uma ação civil pública pedindo a condenação da União pelo uso político do evento, incluindo um pedido de desculpas das Forças Armadas. A Justiça em primeira instância negou o prosseguimento da ação, e há recurso pendente de julgamento no TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região). Na Justiça Eleitoral, Bolsonaro foi condenado à inelegibilidade por causa do uso eleitoral do evento de 2022.

Na ocasião, houve uma solenidade oficial bancada com recursos públicos com oito horas de programação. Ao lado do palanque do governo foi instalado um carro de som bancado pelo pastor Silas Malafaia, onde os discursos de campanha foram proferidos. Bolsonaro foi para esse local quando aviões da Esquadrilha da Fumaça ainda faziam exibições previstas no ato oficial.

Malafaia também custeou o ato realizado em São Paulo em fevereiro. O financiamento da estrutura do evento de Copacabana terá a participação do pastor evangélico, assim como de deputados do PL-RJ. O partido afirma que não vai usar seus recursos para o ato.

A URINA HUMANA SERÁ O FUTURO FERTILIZANTE POR CONTER FÓSFORO

 

História de Viny Mathias – IGN Brasil

Um nome: Dafne Crutchik, doutora em engenharia química e ambiental. Um problema: a queda das reservas de fósforo e a escalada dos preços no mercado mundial de fertilizantes. Uma solução: fazer xixi.

Atualmente, Crutchik tem sido notícia porque desenvolveu um novo método de processar a urina humana e extrair facilmente todo o fósforo de seu interior. E, embora pareça algo tão estranho que pode causar repulsa de cara, faz todo o sentido do mundo.

Cada adulto produz 473 litros de urina por ano; engenheira ambiental acredita que será futuro

Cada adulto produz 473 litros de urina por ano; engenheira ambiental acredita que será futuro© Fornecido por IGN BrasilUrina pode ser a solução para a falta de fósforo (Imagem: Giorgio Trovato/Unsplash)

Na verdade, a ideia não é original. Em locais tão diversos como Estados Unidos, França e até Estação Espacial Internacional, o uso da urina está no cotidiano das pesquisas. Há anos que o Rich Earth Institute, em Vermont (EUA), mantém um programa dedicado a examinar a segurança e a eficiência do uso da urina para esse fim.

O próprio Rich Earth Institute (REI) explicou à BBC lá em 2014 que a ideia de reciclar a urina responde a duas razões básicas: a primeira são “os fertilizantes que produz, que são valiosos para a agricultura”, a segunda é “a poluição que evita”. Dez anos depois, Crutchik segue na mesma linha.O fertilizante chamado urina

“A urina contém 85-90% do nitrogênio dos dejetos humanos e cerca de dois terços do fósforo, e as fezes contêm apenas o restante”, explicou Noe-Hays, chefe de pesquisa da REI. Isto significa que, no papel, processar esses resíduos pode ser uma boa ideia. Uma espécie de “ouro líquido”.

Os níveis desses compostos são tão altos que não coletá-los se tornou um problema em muitos lugares. Quando a explosão de nutrientes provenientes da urina de uma população humana atinge rios e lagos, provoca o crescimento de algas, a eutrofização do ambiente e a morte (por asfixia) de muitos peixes e ecossistemas aquáticos.

Entre 1993 e 2013, o preço dos fertilizantes à base de fósforo aumentou 270%, segundo o REI. Nos últimos anos, com a guerra na Ucrânia no meio, a tendência tornou-se mais forte, causando um enorme problema para uma grande parte dos agricultores do mundo. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o preço por tonelada passou de US$ 276 em 2021, para US$ 938 em 2022.

Cada adulto produz 473 litros de urina por ano; engenheira ambiental acredita que será futuro

Cada adulto produz 473 litros de urina por ano; engenheira ambiental acredita que será futuro© Fornecido por IGN BrasilEstudos para reutilização de urina já estão em andamento há muito tempo (Imagem: CDC/Unsplash) Quão viável é a invenção?

Essa é a grande questão. Como é evidente, a maior parte do mundo não possui sistemas diferenciados de coleta de urina. Porém, este é um problema que pode ser resolvido com investimento. Em 2014, o Rich Earth Institute contava com infraestrutura para coletar e processar 11,3 mil litros de urina. Não é muito e certamente não está perto do que precisaríamos, mas não é ruim.

É aqui que entra a ideia de Dafne Crutchik. A professora associada da universidade Adolfo Ibáñez e sua equipe descobriram que quando a urina é misturada com a água do mar ocorre a precipitação de fósforo. A chave é que a contribuição de magnésio fornecida pela água do mar catalisa uma espécie de cristais brancos do tamanho de um grão de areia. Alguns grãos que podem ser usados ​​diretamente como fertilizante.

O método conseguiu gerar 80 gramas de cristais com quatro litros e meio de urina e 250 gramas de água do mar. Segundo cálculos dos pesquisadores, cerca de 500 gramas desses cristais seriam suficientes para fertilizar uma tonelada de terras agrícolas. No papel, pelo menos, é interessante. Este é mais um passo no desenvolvimento de uma agricultura capaz de aproveitar ao máximo tudo o que utiliza.

A INDÚSTRIA DA AVIAÇÃO SE PREPARA PARA TRAZER OS AVIÕES SUPERSÔNICOS DE VOLTA

 

História de PAULO RICARDO MARTINS – Folha de S.Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mais de 20 anos após a última decolagem do Concorde, a indústria da aviação se prepara para trazer os aviões supersônicos de volta aos voos comerciais. Desta vez, porém, tentam reduzir o barulho extremo e eliminar os combustíveis fósseis.

A Nasa divulgou mais detalhes sobre os testes de som do avião supersônico X-59 no fim de fevereiro. A aeronave foi formalmente apresentada pela agência em janeiro, e seu primeiro voo está programado para ocorrer ainda neste ano.

O X-59 não é um protótipo, mas sim um experimento. No entanto, a ideia é que os dados coletados na missão pavimentem o caminho para uma nova geração de aeronaves comerciais.

O projeto tenta fazer autoridades regulatórias reconsiderarem leis que limitam a operação de aviões supersônicos nos Estados Unidos.

Desde a década de 1970, o governo americano país proíbe que aeronaves da categoria realizem voos com civis sobre a terra. O objetivo é evitar que os estrondos sonoros incomodem moradores ou causem danos às suas propriedades.

A expectativa da Nasa é que o barulho provocado pelo X-59 seja como um “baque silencioso”. A intensidade esperada deve chegar perto dos 75 decibéis —abaixo dos mais de 100 decibéis que eram registrados nos voos supersônicos do Concorde.

Enquanto o X-59 não decola, a Nasa usou outros aviões de sua frota em velocidades que variaram entre 1.420 km/h e 1.729 km/h para entender os equipamentos e procedimentos que serão usados no solo para gravar o som emitido pela nova aeronave supersônica.

Pesquisadores envolvidos no projeto, feito com investimentos da fabricante Lockheed Martin, espalharam dez microfones em um raio de quase 50 quilômetros em um deserto na Califórnia para que pudessem captar o som das aeronaves.

Nesses primeiros testes, tentaram superar desafios como a manutenção dos equipamentos de captação sonora.

O X-59 voará a uma velocidade próxima a 925 milhas por hora, ou cerca de 1.500 km/h, patamar acima da velocidade do som. Para quebrar as ondas de choque que causam o estrondo sonoro, o nariz do avião representa um terço de todo o seu comprimento.

É por esse motivo que a cabine fica localizada quase na metade da aeronave, sem janela voltada para frente. Uma série de câmeras de alta resolução fornece imagens a um monitor disponibilizado para o piloto.

Do lado dos fabricantes, um dos projetos para retomar os voos comerciais em aviões supersônicos é da empresa americana Boom Supersonic.

A companhia diz que o primeiro voo da sua aeronave, chamada de Overture, está programado para ocorrer em 2027.

No entanto, a empresa espera receber a certificação regulatória necessária para transportar passageiros no fim desta década, somente.

O avião terá cerca de 61 metros de comprimento e 32 metros de envergadura (distância entre a ponta de uma asa e outra), com capacidade para até 80 passageiros.

Até o momento, a Boom Supersonic possui 130 pedidos e pré-encomendas do Overture feitos por companhias aéreas como American Airlines, United Airlines e Japan Airlines.

Outra diferença de alguns novos projetos em relação ao supersônico Concorde é o uso do combustível.

A Boom Supersonic aposta exclusivamente no SAF (combustível sustentável de aviação), que polui até 80% menos do que o querosene tradicionalmente usado pelas companhias aéreas.

O combustível sustentável também está previsto para ser usado no jato supersônico da empresa americana Exosonic, outro projeto para tentar reviver o segmento.

Porém, o grande desafio do uso de SAF é a falta de oferta. De acordo com a Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo), em 2023, o volume de SAF produzido no mundo havia superado o patamar de 600 milhões de litros. O número correspondeu a somente 0,2% do uso global de combustível de aviação pela indústria.

A poluição era uma das desvantagens do Concorde. Segundo a British Airways, o avião consumia cerca de 25,6 mil litros de querosene de aviação por hora. Modelos como o Boeing 737-800 gastam cerca de 2.800 litros de combustível por hora em um voo de cruzeiro (quando o avião já está em alta velocidade e altitude).

Na visão de Alessandro Oliveira, do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), a emissão de gases causadores do efeito estufa e os ruídos provocados no voo são dois dos principais desafios a serem superados pelas fabricantes dos novos aviões supersônicos.

“Nós temos décadas de evolução no regulamento do ruído aeronáutico em todo o mundo. Os aeroportos já não aceitam aviões muito ruidosos. Temos empresas grandes querendo alimentar seus hubs e empresas low cost querendo voar com máxima eficiência energética. É um tema não só sobre emissões, mas também de vantagem competitiva”, afirma.

Segundo Oliveira, além do acidente com o Concorde que deixou 113 mortos perto de Paris em 2000, um dos motivos para a derrocada do Concorde no começo deste século foi sua desvantagem econômica em relação a novas companhias low cost que estavam surgindo.

Com altos custos de operação, as passagens do Concorde eram mais caras do que em voos convencionais.

De acordo com Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes, o avanço tecnológico facilita o ressurgimento das aeronaves supersônicas na aviação comercial. No entanto, ele avalia que essa continuará a ser uma fatia menor do mercado, sem grande penetração.

“Isso é um nicho de mercado. Não dá para ser um mercado denso. E hoje já temos aviões comerciais chegando a 1.000 km/h. Ainda não rompem a velocidade do som, mas já dá uma vantagem competitiva de tempo”, diz

A ASCENSÃO DA IA NO DOMÍNIO DOS MOTORES DE BUSCA ESTÁ REDEFININDO AS ESTRATÉGIAS DE MARKETING

 

Florian Bessonnat – Cofundador e CIO da startup franco-brasileira Simplex e professor de SEO da Universidade de Genebra, no programa de MBA, em parceria com a Universidade de Columbia (NY/EUA), o Google e a Microsoft

Neste ano, pela primeira vez desde 2021, a Microsoft superou a Apple em valor de mercado, se tornando a empresa mais valiosa do mundo. A grande alavanca do feito foi a colaboração da multinacional de Bill Gates com a OpenAI, a criadora do ChatGPT. Esta e outras ferramentas similares, como o GEMINI, anunciam o início de uma revolução na forma como as buscas são realizadas na web. Enquanto passamos décadas nos acostumando a fazer buscas bastante objetivas pelo Google, o ChatGPT, que realiza suas consultas via Bing, trouxe uma nova dinâmica para como interagimos com a internet para resolver problemas. Esta nova relação oferece uma visão do futuro combate entre gigantes tecnológicos como Google, Microsoft e Apple pela hegemonia no espaço digital, especialmente quando as buscas potencializadas por inteligência artificial (IA) chegarem aos smartphones.

A ascensão da IA no domínio dos motores de busca já está redefinindo as estratégias de marketing digital e presença online. Diferentemente dos métodos de busca tradicionais, em que os usuários muitas vezes consultam apenas as primeiras páginas dos resultados, o ChatGPT adota uma abordagem mais abrangente. analisando uma quantidade substancial de conteúdo dos resultados orgânicos para construir suas respostas. Esta habilidade de consultar e sintetizar informações de uma ampla gama de fontes o torna uma ferramenta particularmente poderosa. No entanto, essa metodologia sublinha a importância crítica para as marcas se posicionarem bem no Bing, buscador da Microsoft, ponto de partida para todos os resultados trazidos pelo ChatGPT.

Ou seja, por trás da possível quebra de monopólio do Google está um enorme desafio e oportunidade para empresas que trabalham com SEO (Search Engine Optimization), já que uma boa posição no Bing e não mais no Google é o que tornará a marca relevante no ChatGPT. Nessa dinâmica, cabe frisar ao especialista em SEO que o ranqueamento do site será fundamental, uma vez que a tendência será o desaparecimento dos cliques em páginas diversas.

Se por um lado o SEO experimentará um boom, a mídia paga (SEM – Search Engine Marketing), por outro, estará diante de uma possível crise, uma vez que a maneira como o ChatGPT e outras ferramentas baseadas em IA realizam pesquisas leva a uma redução significativa na visibilidade dos anúncios. Como essas tecnologias favorecem o conteúdo dos resultados orgânicos, a pressão sobre as marcas para otimização de sua presença no Bing se intensificará. As empresas precisarão ajustar suas estratégias de SEO para garantir que estejam entre as fontes consultadas pela IA, mudando assim o paradigma tradicional de marketing digital.

A próxima grande batalha tecnológica na palma da mão

Além das mudanças imediatas nas práticas de SEO e marketing digital, o ChatGPT e o GEMINI representam apenas a ponta do iceberg na disputa pela hegemonia no ecossistema digital. A verdadeira batalha no horizonte diz respeito ao controle total dos dispositivos pela IA, especialmente os smartphones. Imagine um futuro onde perguntar ao seu telefone “Quais são os smartphones 5G mais pequenos, mais confiáveis e mais baratos ao meu redor?” desencadeie uma série de ações automatizadas pela IA, tais como abrir aplicativos, instalar novos softwares, navegar na web e consultar múltiplos sites para reunir um conjunto de dados abrangente e fornecer a resposta mais precisa possível.

Antecipar o controle total dos dispositivos pela IA requer uma revisão das estratégias de marketing digital. Os profissionais da área precisam se preparar para um futuro onde as buscas e consultas na web serão intensificadas pelo uso desta tecnologia, marcando uma mudança significativa na forma como o marketing online é concebido. Será essencial diferenciar entre tráfego gerado por humanos e por IA e adaptar o conteúdo a fim de torná-lo relevante e atraente para ambos.

A integração da IA nos motores de busca e o controle sobre dispositivos digitais representam um desenvolvimento significativo que redefine as regras de presença online e do marketing digital. Para permanecerem competitivas, as marcas devem não apenas otimizar seu SEO para o Bing, como antecipar as implicações mais amplas do domínio da IA no espaço digital. O êxito neste novo cenário exigirá um profundo entendimento das tecnologias emergentes e capacidade de inovar na forma de engajar tanto usuários humanos quanto algoritmos de IA.

Marketplaces em alta: o sucesso no mercado

Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP

Certas estratégias são cruciais para alavancar as vendas e isso começa com o primeiro contato

Marketplaces são uma tendência no e-commerce. Isso porque, os benefícios existem tanto para quem tem seu próprio ambiente, quanto para os sellers, os quais vendem nas plataformas de outros empreendedores. Entretanto, apesar dessa alta, é fundamental as organizações se prepararem da melhor forma para receberem seus grupos alvo, independentemente da época do ano. Isso inclui uma elaboração iniciada pelo atendimento.

O que são marketplaces e qual a sua realidade no mercado?

Esse conceito se remete a uma noção mais coletiva de vendas on-line. Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus artigos, dando ao cliente um leque de opções. Desse jeito, trata-se de uma rede cujos vendedores podem fazer suas ofertas dentro da mesma página. Ou seja, é como um shopping center virtual cujos visitantes têm acesso a vários estabelecimentos. Sites como Mercado Livre, Magalu, Americanas, Amazon e a Valeon são ótimos exemplos, inclusive, de acordo com o último relatório Webshoppers, 84% dos empreendedores brasileiros possuem canais ativos em ambientes como esses.

Conforme a ChannelAdvisor, na China, esse tipo de comércio já representa 90% do faturamento do varejo on-line e, nos EUA, 33%. Já no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o crescimento do setor em 2021 foi de 19%.

Principalmente em temporadas de forte atividade, como o Natal, Dia dos Namorados, das Mães e dos Pais, as movimentações tendem a ser significativas. O Dia do Consumidor, por exemplo, em 2022, chegou a um faturamento de R$ 722 milhões, com elevação de 22% em comparação a 2021, de acordo com dados da Neotrust. Contudo, para, de fato, chamar a atenção dos fregueses, apenas preços atrativos e propagandas não são o suficiente, é preciso oferecer uma experiência completa. “Para deixar uma marca positiva é necessário garantir um primeiro contato excelente, indo até o pós-venda. Os responsáveis por esse tipo de negócio tendem a pensar só no produto final entregue, mas toda interação importa”, explica Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP.

Um destaque em meio à concorrência é fundamental

Ciente de como apenas qualidade final não é o suficiente, diversos quesitos tendem a ajudar uma empresa a se destacar em meio a tanta concorrência. Logo, diferentes fatores influenciam a posição ocupada nas buscas, seja preço, custo do frete, avaliações, etc. Além disso, é imprescindível identificar como chamar a atenção em detrimento de sellers ocupando o mesmo espaço. Nesse contexto, conhecimento nunca é demais para descobrir como planejar condições visando se sobressair.

Outra questão importante diz respeito aos parceiros mantidos por perto e a estrutura do negócio em geral. Para a quantidade de vendas alcançadas por um programa como esse, investir na atração de indivíduos para promover suas corporações lá dentro, diversificando e ampliando o portfólio torna tudo mais robusto. Além disso, deve haver uma atenção especial à otimização das operações.

Todavia, de nada adianta tomar cuidado com tudo isso e não promover uma boa gestão operacional. Dentre diversos benefícios, a transformação de um e-commerce em um marketplace proporciona ganho de escala das demandas. A partir desse ponto é crucial redobrar a cautela com estratégias adotadas no local omnichannel. Uma administração eficiente é o meio para a criação de modelos de vivência da persona para ela ter uma boa prática nessa aquisição. “Hoje em dia, uma pessoa transita por diferentes pontos de contato. É relevante, então, conseguir alcançar o preciso da melhor forma e naquele momento, assim, há grandes chances de fidelizar”, comenta o especialista.

Dicas para se sair bem no mercado

Antes de tudo é sempre interessante se colocar no lugar dos frequentadores, pois, somente conhecendo bem eles é viável proporcionar oportunidades e elementos favoráveis. Em circunstâncias assim, um bom levantamento de dados para analisar as dores e as necessidades é uma excelente alternativa, tendo em vista como, por meio dessas informações, é fácil identificar qual a busca e como agradar.

No entanto, o ditado é real e, de fato, a primeira impressão fica. Logo, a assistência inicial desse sujeito deve ser levada em consideração de forma primordial. Como anda o seu atendimento? Quais as abordagens utilizadas para lidar com esses interessados? Independentemente de qual seja, a Startup Valeon consegue auxiliar, incrementar e melhorar qualquer estratégia de forma inovadora.

A tecnologia de robôs tem sido cada vez mais utilizada em diversas esferas do cotidiano da população. No geral, essa indústria está em crescimento, de acordo com a VDMA (Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais), as vendas do setor aumentaram em 13% em 2022. Nos primeiros quatro meses, os pedidos recebidos foram elevados em 38%, também em relação ao ano anterior, na Alemanha.

Em todo o mundo, já existem mais de três milhões deles operando em fábricas e pelo menos US$ 13,2 bilhões foram gastos nos últimos anos em novas instalações utilizando esse tipo de modernização. Pelo menos 76% desses investimentos foram feitos por cinco países: China, Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha. As indústrias automotiva, elétrica, eletrônica e metálica se destacam nesse uso em seus parques industriais. Porém, no caso do apoio ao consumidor esse artifício também não poderia ficar de fora. Com a Startup Valeon isso é possível para todos os âmbitos. “Nós enxergamos essa assistência como parte do processo de conquista e a colocamos como um pilar principal para os nossos usuários.

Dessa maneira, a firma oferece serviços baseados na aprimoração desse suporte para as companhias parceiras, seja com os tão comentados robôs, responsáveis por atender chamadas e responder mensagens automaticamente, ou com outras ferramentas. Ao todo, há uma flexibilidade sem igual para atender a todo tipo de instituição, com humanos, chat, voz, redes sociais e WhatsApp, o propósito é aumentar os resultados e promover atualização constante.

O que é marketplace e por que investir nessa plataforma

ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech

Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele funciona na compra e venda de produtos.

Afinal, o que é marketplace?

O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.

Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.

Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento unificado.

Os principais marketplaces do Brasil

A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto

No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.

Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas, Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C, estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.

Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através de sua divulgação online.

Como escolher o marketplace ideal para sua loja

Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja, definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de decidir onde incluir sua marca:

Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará uma comissão maior.

Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.

Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.

Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.

Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para competir com os ofertados por elas.

Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.

Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já cadastradas.

Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.

Vantagens do marketplace

A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.

Para o consumidor

Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;

Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.

Para o lojista

Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;

Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na abertura de uma loja física ou online.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Para o Marketplace

Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;

Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo para fidelizar clientes.

Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que realizamos.

sábado, 13 de abril de 2024

OAB DESCONTENTE COM ATITUDES DE ALEXANDRE DE MORAES

 

Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Em crise com Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), desde o ano passado, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) elevou o tom contra o ministro e anunciou a apresentação na Câmara dos Deputados de uma proposta que confronta com decisões do ministro.

O acirramento do conflito com Moraes acontece em meio às insatisfações de aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com o ministro, à disputa entre os Poderes Legislativo e Judiciário em diferentes temas e também a menos de um ano das eleições da Ordem, que definirão os próximos conselheiros federais e cúpulas estaduais da entidade da advocacia.

Na última quarta-feira (10), a tensão chegou ao auge quando, em um evento em Mato Grosso do Sul, o presidente da OAB, Beto Simonetti, ouviu um “fora, Xandão” da plateia, e respondeu: “nós vamos chegar lá”.

Simonetti também aproveitou o evento para anunciar a proposta que a OAB apresentará à Câmara com a intenção impedir que o ministro negue pedidos de defesa presencial, a chamada “sustentação oral”, em recursos no Supremo.

O objetivo, disse, é acabar “de uma vez por toda essa discussão de que o que vale mais é o regimento de um tribunal [o STF] ou é Estatuto da Advocacia”.

O discurso de Simonetti resvalou em decisões de Moraes contra o que o ministro considerou ataques à corte e às instituições nas redes sociais.

Simonetti disse que a liberdade de expressão não é absoluta, mas que a OAB não permitirá que em nome da liberdade haja “absolutismo contra a liberdade de qualquer forma, em qualquer tempo ou em qualquer campo”.

“Nós somos um país livre e seguiremos defendendo irrestritamente o direito à liberdade de expressão”, afirmou o presidente da OAB, cujo mandato à frente da entidade vai até o início de 2025.

A indisposição sobre o tema vem desde novembro passado, quando Moraes, que preside a Primeira Turma do STF, negou manifestação da defesa de um réu por contrabando de cigarros.

Moraes afirmou que o regimento interno do STF não permitia sustentação oral nos chamados agravos regimentais, e que esse entendimento prevalece sobre outras normas.

A negativa, à época, gerou uma nota da OAB a respeito do tema. A entidade disse ter “preocupação com a flexibilização ou supressão do direito constitucional ao contraditório e à ampla defesa pelo Supremo Tribunal Federal”.

Depois dessa ocasião, Moraes chegou a alfinetar a OAB em outras ocasiões nas quais negou sustentações orais, como em um julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ainda em novembro passado. O ministro é o presidente da corte eleitoral.

“A OAB vai lançar outra nota contra mim, vão falar que eu não gosto do direito de defesa, vai dar mais uns 4.000 tweets dos meus inimigos, então vamos fazer a festa do Twitter e das redes sociais”, disse, ao afirmar que o regimento não previa sustentação oral naquela ocasião.

Em abril deste ano, houve um novo atrito entre a OAB e Moraes a respeito do mesmo tema. O ministro rejeitou a sustentação oral de um advogado na Primeira Turma do Supremo, e o criminalista Alberto Toron, que é conselheiro federal da Ordem, pediu a palavra.

Toron disse que uma lei de 2022 regulamentou o tema e permitia a fala ao advogado. “Ambas as leis [a de 2022 e o regimento do STF] tratam do mesmíssimo assunto, só que uma é posterior à outra e o critério da cronologia deveria prevalecer”, afirmou.

Moraes discordou e se queixou da manifestação de Toron. O ministro disse que o conselheiro da OAB foi à tribuna da Primeira Turma sabendo que não haveria sustentação oral. “[Assim], Nós realmente vamos complicar a questão”, disse o ministro.

As negativas viraram motivo para campanha da OAB contra o ministro, cujas insatisfações foram manifestadas em encontros com a cúpula da Câmara dos Deputados.

Na próxima semana, a Ordem pretende apresentar à Câmara o texto do que chamam de “PEC (proposta de emenda à Constituição) do Devido Processo Legal”.

Ao contrário de uma lei ordinária, uma emenda à Constituição suplantaria legalmente o regimento do Supremo, e Moraes não teria como impedir as sustentações.

Procurado por meio da assessoria do STF, o ministro Alexandre de Moraes não se manifestou a respeito das críticas da OAB e do projeto que será apresentado à Câmara dos Deputados.

Em momentos anteriores, a OAB também entrou em conflitos com Moraes, mas sempre tentou mostrar que simpatiza com as ações do STF contra os acusados de participarem de atos antidemocráticos desde a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Neste ano, após a Operação Tempus Veritatis, que investigou a suspeita de tentativa de um golpe de Estado após a eleição de 2022, a Ordem questionou a decisão que proibiu a comunicação entre investigados, “inclusive através de advogados”.

“Advogados não podem ser confundidos com seus clientes”, disse, à época.

Ao responder ao questionamento da OAB, Moraes afirmou que nunca vedou que os advogados das partes se comuniquem. Segundo ele, havia apenas a proibição para que os seus clientes troquem recados ou combinem versões, seja por si próprios ou por meio de terceiros, inclusive advogados.

A decisão foi celebrada em notas da OAB, que entendeu que o esclarecimento afastou “qualquer interpretação divergente e reforça prerrogativas da advocacia”. Uma parcela de advogados criminalistas, porém, entendeu que Moraes não atendeu às solicitações da classe e manifestou instatisfação com a decisão do ministro.

No ano passado, em outro episódio de conflito entre os advogados e o ministro, a OAB criticou o extenso uso do plenário virtual em vez de manifestações presenciais, sobretudo em ações relacionadas aos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, nos quais as sedes dos três Poderes foram depredadas.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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