A campanha “O Brasil é um só povo”, lançada em rede nacional no dia
10/12, poderia ser um exemplo de que, finalmente, o governo do
presidente Lula da Silva compreendeu a natureza das divisões instaladas
no País – e suas feridas não cicatrizadas na população. Afinal, a
superação desse conflito foi uma das promessas de campanha de Lula,
aquele que, uma vez eleito, fez da expressão “união e reconstrução” o
slogan de seu governo. Mas seria demais esperar que esse fosse mesmo um
compromisso sério de Lula e do PT, que desde sempre estimularam a
divisão dos brasileiros, numa odiosa luta de classes. A campanha
institucional lançada agora, na verdade, tem objetivos muito
específicos, nenhum relacionado à pacificação nacional e todos
condizentes com os interesses eleitorais do lulopetismo.
Segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom), o objetivo da
campanha é transmitir mensagens “de paz” e “reconstrução de laços”, além
de reforçar relações familiares e de amizade. O foco evidente é reduzir
os efeitos da polarização e da radicalização que tanto mal causaram ao
ambiente democrático brasileiro – uma anomalia que saiu dos debates
políticos e partidários para as rodas de conversa, os grupos de WhatsApp
e os jantares familiares, influenciando as decisões dos cidadãos em
todos os níveis de relacionamento.
As intenções da campanha, portanto, são louváveis. O problema está
nos detalhes – que, como se sabe, é onde mora o diabo. O evento que o
ministro da Secom, Paulo Pimenta, escolheu para anunciar a campanha foi,
pasmem, a Conferência Eleitoral do PT, reunião destinada a discutir a
estratégia de comunicação do partido para as eleições no ano que vem.
Deduz-se que o ministro Pimenta entende que a campanha oficial do
governo se insere na estratégia do partido do presidente Lula, numa
deplorável confusão de interesses. Para que não houvesse dúvida, Pimenta
declarou, na ocasião, que a tarefa do partido é atrair “quem não votou
no Lula” e, para isso, é necessário “diminuir o ambiente de
intolerância”. Ou seja, “pacificar” o Brasil deixou de ser um objetivo
cívico para se tornar mote eleitoral petista: o País deve se unir, sim,
mas em torno de Lula.
Ademais, não parece haver interesse nenhum da nomenklatura petista
em arrefecer de fato os ânimos. O próprio Lula da Silva, no já citado
evento do partido, deu o tom: “Vai ser outra vez Lula e Bolsonaro
disputando as eleições nos municípios. Nós sabemos que (vocês)
não podem aceitar provocações, não podem ficar com medo, não podem
enfiar o rabo no meio das pernas. Quando um cachorro late para a gente, a
gente late também”.
Por fim, mas não menos relevante, a campanha oficial do governo
atende a outro interesse crucial do lulopetismo, que é a necessidade de
aproximação com os evangélicos, fatia da população que tem se inclinado à
direita nos últimos tempos e que, em larga medida, se alinhou ao
bolsonarismo, sobretudo quando se trata de temas como aborto, drogas e
família. Não à toa, as peças da campanha são embaladas por músicas
entoadas por um cantor gospel e por personagens dando “glórias a Deus”
por programas sociais do governo federal. Por puro e simples
preconceito, talvez por sua origem católica, o PT, a bem da verdade,
nunca se interessou pelo diálogo efetivo com o mundo evangélico. Agora,
de olho em 2024, inspirado pelo temor da derrota e estimulado pela
conveniência, o governo recorre à propaganda para tentar conquistar
parte desse eleitorado.
A campanha “O Brasil é um só povo” é, portanto, menos uma carta de
intenções em favor da união dos brasileiros, da construção de pontes e
da promoção do entendimento, e muito mais um repositório de mensagens a
serem usadas com intenções meramente eleitorais. A campanha não pretende
explorar a comunicação para melhorar o debate, estimular diálogos e
efetivamente pacificar o País. No máximo, quer unificá-lo em favor de
Lula e do PT.
FRONTEIRA GAZA-ISRAEL (Reuters) – As forças israelenses que lutam
contra o Hamas disseram que descobriram um túnel anormalmente grande de
concreto e fortalecido com uma estrutura de ferro, projetado para
transportar carros cheios de combatentes militantes de Gaza até a
fronteira.
Demolir ou desativar centenas de quilômetros de passagens
subterrâneas e bunkers está entre os objetivos da ofensiva lançada por
Israel depois que homens armados do Hamas iniciaram uma onda de
assassinatos e sequestros em suas cidades do sul e bases militares em 7
de outubro.
Entre os locais que o Hamas invadiu naquele ataque estava a passagem
de fronteira de Erez, entre Gaza e Israel. A apenas 100 metros ao sul do
posto de controle, escondido numa duna de areia, os militares mostraram
aos repórteres o ponto de saída do que disseram ser um projeto
emblemático do Hamas.
O túnel descia diagonalmente até 50 metros de profundidade, onde se
expandia para relativamente espaçosos 3 metros de altura e largura, com
acessórios elétricos.
O principal porta-voz militar, contra-almirante Daniel Hagari,
estimou a extensão total do túnel em 4 km – o suficiente para chegar ao
norte da Cidade de Gaza, outrora o coração do governo do Hamas e agora
uma zona de combate devastada.
Foi “o maior túnel que encontramos em Gaza… destinado a atingir a
passagem (Erez)”, disse Hagari, sem especificar se foi usado pelo Hamas
no ataque de 7 de outubro.
“Milhões de dólares foram investidos neste túnel. Demorou anos para construi-lo… Veículos podem passar por ele.”
O Hamas não respondeu a um pedido da Reuters para comentar a informação israelense.
Uma decisão do governo federal, publicada no início do mês, promete
tirar do mercado geladeiras ineficientes que não se encaixam nos
critérios de eficiência energética — ou seja, com baixo consumo de
energia elétrica. A medida causou mal-estar entre os fabricantes locais,
que já enfrentam uma queda no volume de produção dois anos seguidos. O
setor deve fechar 2023 com o segundo menor volume produzido nos últimos
dez anos.
Pelo cronograma do governo, a partir de 1.º de janeiro, não poderão
ser produzidas e importadas geladeiras com nível de eficiência
energética abaixo de 85,5%. Esse índice sobe para 90% em 2026. A
decisão, tomada pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência
Energética doMinistério de Minas e Energia (MME),
acendeu o sinal de alerta para a indústria. A mudança de critério
consta na Resolução n.º 2, de 23 de novembro de 2023, que foi publicada
no Diário Oficial no dia 8 de dezembro.
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros),
esse aperto pode retirar 10% dos volumes de geladeiras já no próximo
ano e 83% em 2026, quando o índice de eficiência sobe para 90%. A
produção de refrigeradores deve fechar este ano em 4,9 milhões de
unidades.
O MME disse, por meio de nota, que o processo de definição dos novos
índices de eficiência energética para as geladeiras “foi amplamente
discutido, inclusive com a participação da Eletros, que não logrou êxito
em apresentar dados que fundamentassem suas afirmações nas mais
diversas oportunidades, seja em consultas públicas ou nas reuniões
realizadas entre o Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência
Energética do MME e representantes da associação”.
Indústria diz que perspectiva é que produtos de menor preço deixem de ser fabricados Foto: JF Diorio/Estadão
O presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento, diz que “só vão
ficar no mercado a partir de 2026 geladeiras com valor acima de R$ 4 mil
e isso vai provocar um prejuízo gigante para a população das classes C,
D e E”. Ele lembra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silvachegou
a dizer, em meados do ano, que era preciso baratear o refrigerador para
que os mais pobres pudessem trocar a geladeira. Na época, Lula fez
alusão à cerveja “que não estava mais gelando”.
O setor vinha negociando com o MME uma transição gradual dos
indicadores de eficiência energética, diz o presidente da Eletros. A
intenção era que a indústria pudesse fazer os investimentos nos projetos
dos novos aparelhos e adaptar as linhas de suprimentos ao novo padrão
de eficiência energética. “Mostramos os estudos e o que a gente propunha
era que esses novos índices de eficiência passassem a valer em 2026 e
2030, de forma escalonada”, diz Nascimento.
No entanto, ele ressalta que o setor foi surpreendido com a publicação da resolução no Diário Oficial neste mês. “Se o governo mantiver essa posição, inevitavelmente vai ter demissão.” A reportagem procurouWhirlpool, Electrolux e Esmaltec, as principais indústrias do setor para saber os impactos da medida na produção, mas não obteve resposta.
Posição do governo
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, houve reuniões com a Eletros e o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio,
nas quais a associação reiterou suas preocupações com os prazos e os
índices. No entanto, segundo o MME, a entidade “não apresentou novos
dados que pudessem comprovar os impactos esperados pelas empresas”.
O ministério rebateu a informação da indústria de que, pelo menos a
primeira fase de ajuste, que começa em 1.º de janeiro, retire produtos
do mercado. “Todos os aparelhos atualmente fabricados e comercializados
no País atendem ao índice de 85,5% definido para essa etapa”, diz a
nota.
José
Jorge do Nascimento, presidente da Eletros, diz que foi surpreendido
com uma ‘decisão unilateral’ do governo Foto: FELIPE RAU
Em relação ao risco de aumento de preços das geladeiras por conta das
novas exigências, o ministério argumenta que “experiências
internacionais demonstram que a evolução de vários mercados têm aumento
efetivo de eficiência sem alta de preços, e, em alguns casos, há
inclusive redução.
Baixa renda
Em relação ao ponto levantado pela indústria de que serão retiradas
as geladeiras mais baratas do mercado e que isso afetaria a população de
menor renda, o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), Bruno Hebert,
ressalta que esse argumento não se sustenta do ponto de vista
ambiental, energético nem econômico. “O drama da baixa renda é a conta
de energia, e não adianta fazer um equipamento mais barato e ter uma
conta de energia mais cara”, afirma.
Segundo o especialista, estudos mostram que o custo de aquisição de
um equipamento elétrico é 4% do desembolso ao longo da vida útil do
produto. A maior fatia, 96%, é o consumo de energia. “Com três a quatro
anos, é possível pagar o valor total do refrigerador com a economia de
energia”, observa.
Na opinião do presidente da Abesco, as indústrias que não se
prepararam para esse momento de aumento da eficiência energética, que
vem sendo discutido desde 2015, no âmbito do Acordo de Paris,
vão ter de parar de fabricar esses produtos menos eficientes. A meta do
País é melhorar em 10% a eficiência energética até 2030.
“Vemos a medida com bons olhos”, diz Hebert. Ele argumenta que a
eficiência energética é o melhor caminho para o País, porque diminui
investimentos com transmissão, distribuição. “Inclusive é o melhor
caminho para a população de baixa renda.”
Momento crítico
Além das novas exigências de eficiência energética, o presidente da
Eletros acrescenta o aumento da alíquota de importação sobre o aço, de
10,8% para 25%, pleiteado pelo setor siderúrgico, como fator de pressão.
O aço responde pela metade do custo de produção da linha branca.
Nesse sentido, também está sendo observado pela indústria movimento
semelhante no preço das resinas plásticas, matéria-prima de grande
importância para a produção dos eletrodomésticos.
“Se o governo aceitar todas as medidas protecionistas aos insumos, o
produto final vai ficar mais caro”, alerta o presidente da Eletros.
Apesar da trajetória de queda da Selic, os juros fizeram um estrago nas
vendas de eletrodomésticos da linha branca este ano. Pelo alto valor
unitário, normalmente fogões, geladeiras e lavadoras são comprados a
prazo.
Dados da Eletros mostram que 2023 termina com segundo menor volume de
fogões, geladeiras e lavadoras produzidas dos últimos dez anos. São
12,9 milhões de unidades, um volume apenas 3,2% maior em relação a 2022,
quando foram fabricados 12,5 milhões de eletrodomésticos. O ano passado
foi o fundo poço para o setor. O pico do período ocorreu em 2012, com
uma produção de 18,880 milhões de aparelhos. O resultado deste ano
frustrou a expectativa, que era crescer entre 5% e 10% ante 2022.
Foi a partir dessa pergunta que um estudo realizado pela Universidade William Paterson,
situada no estado de Nova Jersey, EUA, desvendou uma lista
surpreendente dos alimentos considerados indispensáveis para quem busca
um estilo de vida equilibrado e nutritivo.
Segundo os resultados obtidos na pesquisa, o limão, uma fruta tão
familiar para todos, conquistou o título de ser a mais saudável ao
conseguir atender a 100% das necessidades nutricionais com apenas 100 calorias.
Essa fruta cítrica não apenas traz inúmeros benefícios à saúde, mas
também possui a vantagem de ser extremamente baixa em calorias.
O poder do limão
No Brasil, o limão, especialmente da variedade Tahiti, é um elemento
comum na culinária, cuidados de higiene e até mesmo rotinas de beleza,
sendo consumido em larga escala durante todo o ano.
A composição do limão é verdadeiramente rica em benefícios para a
saúde humana. Repleto de vitamina C, um potente antioxidante natural, o
limão ajuda a proteger o corpo contra os danos causados pelos radicais
livres.
Além disso, a fruta possui propriedades antibacterianas e antivirais significativas, fortalecendo o sistema imunológico.
O ranking dos estudiosos levou em conta a proporção de vitaminas,
fibras e outros componentes saudáveis em relação ao número de calorias.
Como aproveitar o limão no dia a dia
Na cozinha, ele pode servir para temperar saladas, carnes e outros
pratos, bem como para criar molhos, massas e temperos caseiros. Além
disso, o limão é ideal para preparar sucos, coquetéis e até mesmo a
famosa caipirinha brasileira. Sua casca também pode ser usada para fazer
chás e receitas doces, além de decorar pratos.
Em termos de higiene, o limão é usado para clarear superfícies,
eliminar odores persistentes e até mesmo reduzir o sal em feijões
cozidos. Além disso, ele ajuda na conservação de outras frutas.
Para preservar o limão adequadamente, basta armazená-lo em um local
fresco ou na geladeira, certificando-se de lavá-lo bem antes do consumo.
As raspas de limão podem ser congeladas para uso posterior em receitas.
No Brasil, além da variedade Tahiti, outras variedades de limão, como
o cravo (ou caipira), o siciliano e o galego, também estão sendo
cultivadas diariamente, oferecendo uma variedade de opções para os
amantes dessa superfruta.
Por Roberto Martins, Especialista em Tecnologia e CEO da Avantiv.
A hospedagem de sites, em ampla maioria é vista apenas como uma peça
técnica dentro da internet, quando na verdade é um pilar fundamental da
economia digital. Sua influência ultrapassa a simples disponibilidade de
sites online, moldando profundamente o cenário dos negócios, a inovação
tecnológica e as interações sociais no mundo contemporâneo.
No cerne da revolução digital, a hospedagem de sites serve como uma
grande democratizadora do espaço comercial. Ela oferece a pequenas
empresas e empreendedores a oportunidade de competir com gigantes
estabelecidos, eliminando muitas das barreiras tradicionais de entrada
no mercado. Ao possibilitar que até mesmo os menores negócios marquem
sua presença online com custos relativamente baixos, a hospedagem de
sites estimula uma diversidade sem precedentes no mercado global.
Esta acessibilidade não apenas nivela o campo de jogo comercial, mas
também serve como um estímulo para a inovação. Com a barreira de entrada
reduzida, mais pessoas são encorajadas a transformar suas ideias em
realidade. Startups e pequenos negócios podem lançar seus sites
rapidamente e começar a operar, dando vida a soluções inovadoras e
disruptivas que podem ter permanecido inexploradas em um ambiente mais
restritivo.
Além disso, a hospedagem de sites conduz à transformação dos modelos
de negócios. Empresas que dependiam predominantemente de operações
físicas estão agora migrando ou expandindo para o domínio online, e
nessa fase é importante considerar um bom servidor de sites,
indiferentemente de preço, já que ele será a engrenagem para o negócio,
contar com uma hospedagem de sites no comércio eletrônico não apenas
amplia seu alcance de mercado, mas também traz eficiências operacionais
significativas, refletindo na lucratividade e na sustentabilidade dos
negócios.
Entretanto, com estes benefícios vêm desafios notáveis,
particularmente em termos de segurança e privacidade de dados. À medida
que a atividade comercial se intensifica no mundo online, a proteção de
informações sensíveis torna-se uma questão crítica. Provedores de
hospedagem devem, portanto, investir continuamente em tecnologias de
segurança avançadas para salvaguardar contra violações de dados e
ataques cibernéticos, um imperativo não apenas para a confiança do
consumidor, mas para a integridade da economia digital como um todo.
A hospedagem de sites é muito mais do que um mero serviço técnico;
ela é um facilitador essencial de um ecossistema digital dinâmico e um
vetor crucial para o futuro econômico. Seu papel na economia digital não
é apenas manter os sites acessíveis, mas também impulsionar a inovação,
nivelar o campo de atuação para empresas de todos os tamanhos e
garantir que a economia digital continue a prosperar de maneira segura e
inclusiva. À medida que avançamos nesta era digital, é imperativo que
reconheçamos e nutramos esse papel vital da hospedagem de sites.
Marketplaces em alta: o sucesso no mercado
Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP
Certas estratégias são cruciais para alavancar as vendas e isso começa com o primeiro contato
Marketplaces são uma tendência no e-commerce. Isso porque, os
benefícios existem tanto para quem tem seu próprio ambiente, quanto para
os sellers, os quais vendem nas plataformas de outros empreendedores.
Entretanto, apesar dessa alta, é fundamental as organizações se
prepararem da melhor forma para receberem seus grupos alvo,
independentemente da época do ano. Isso inclui uma elaboração iniciada
pelo atendimento.
O que são marketplaces e qual a sua realidade no mercado?
Esse conceito se remete a uma noção mais coletiva de vendas on-line.
Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus artigos, dando ao
cliente um leque de opções. Desse jeito, trata-se de uma rede cujos
vendedores podem fazer suas ofertas dentro da mesma página. Ou seja, é
como um shopping center virtual cujos visitantes têm acesso a vários
estabelecimentos. Sites como Mercado Livre, Magalu, Americanas, Amazon e
a Valeon são ótimos exemplos, inclusive, de acordo com o último
relatório Webshoppers, 84% dos empreendedores brasileiros possuem canais
ativos em ambientes como esses.
Conforme a ChannelAdvisor, na China, esse tipo de comércio já
representa 90% do faturamento do varejo on-line e, nos EUA, 33%. Já no
Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm),
o crescimento do setor em 2021 foi de 19%.
Principalmente em temporadas de forte atividade, como o Natal, Dia
dos Namorados, das Mães e dos Pais, as movimentações tendem a ser
significativas. O Dia do Consumidor, por exemplo, em 2022, chegou a um
faturamento de R$ 722 milhões, com elevação de 22% em comparação a 2021,
de acordo com dados da Neotrust. Contudo, para, de fato, chamar a
atenção dos fregueses, apenas preços atrativos e propagandas não são o
suficiente, é preciso oferecer uma experiência completa. “Para deixar
uma marca positiva é necessário garantir um primeiro contato excelente,
indo até o pós-venda. Os responsáveis por esse tipo de negócio tendem a
pensar só no produto final entregue, mas toda interação importa”,
explica Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP.
Um destaque em meio à concorrência é fundamental
Ciente de como apenas qualidade final não é o suficiente, diversos
quesitos tendem a ajudar uma empresa a se destacar em meio a tanta
concorrência. Logo, diferentes fatores influenciam a posição ocupada nas
buscas, seja preço, custo do frete, avaliações, etc. Além disso, é
imprescindível identificar como chamar a atenção em detrimento de
sellers ocupando o mesmo espaço. Nesse contexto, conhecimento nunca é
demais para descobrir como planejar condições visando se sobressair.
Outra questão importante diz respeito aos parceiros mantidos por
perto e a estrutura do negócio em geral. Para a quantidade de vendas
alcançadas por um programa como esse, investir na atração de indivíduos
para promover suas corporações lá dentro, diversificando e ampliando o
portfólio torna tudo mais robusto. Além disso, deve haver uma atenção
especial à otimização das operações.
Todavia, de nada adianta tomar cuidado com tudo isso e não promover
uma boa gestão operacional. Dentre diversos benefícios, a transformação
de um e-commerce em um marketplace proporciona ganho de escala das
demandas. A partir desse ponto é crucial redobrar a cautela com
estratégias adotadas no local omnichannel. Uma administração eficiente é
o meio para a criação de modelos de vivência da persona para ela ter
uma boa prática nessa aquisição. “Hoje em dia, uma pessoa transita por
diferentes pontos de contato. É relevante, então, conseguir alcançar o
preciso da melhor forma e naquele momento, assim, há grandes chances de
fidelizar”, comenta o especialista.
Dicas para se sair bem no mercado
Antes de tudo é sempre interessante se colocar no lugar dos
frequentadores, pois, somente conhecendo bem eles é viável proporcionar
oportunidades e elementos favoráveis. Em circunstâncias assim, um bom
levantamento de dados para analisar as dores e as necessidades é uma
excelente alternativa, tendo em vista como, por meio dessas informações,
é fácil identificar qual a busca e como agradar.
No entanto, o ditado é real e, de fato, a primeira impressão fica.
Logo, a assistência inicial desse sujeito deve ser levada em
consideração de forma primordial. Como anda o seu atendimento? Quais as
abordagens utilizadas para lidar com esses interessados?
Independentemente de qual seja, a Startup Valeon consegue auxiliar, incrementar e melhorar qualquer estratégia de forma inovadora.
A tecnologia de robôs tem sido cada vez mais utilizada em diversas
esferas do cotidiano da população. No geral, essa indústria está em
crescimento, de acordo com a VDMA (Associação Alemã de Fabricantes de
Máquinas e Instalações Industriais), as vendas do setor aumentaram em
13% em 2022. Nos primeiros quatro meses, os pedidos recebidos foram
elevados em 38%, também em relação ao ano anterior, na Alemanha.
Em todo o mundo, já existem mais de três milhões deles operando em
fábricas e pelo menos US$ 13,2 bilhões foram gastos nos últimos anos em
novas instalações utilizando esse tipo de modernização. Pelo menos 76%
desses investimentos foram feitos por cinco países: China, Japão,
Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha. As indústrias automotiva,
elétrica, eletrônica e metálica se destacam nesse uso em seus parques
industriais. Porém, no caso do apoio ao consumidor esse artifício também
não poderia ficar de fora. Com a Startup Valeon isso é possível para
todos os âmbitos. “Nós enxergamos essa assistência como parte do
processo de conquista e a colocamos como um pilar principal para os
nossos usuários.
Dessa maneira, a firma oferece serviços baseados na aprimoração desse
suporte para as companhias parceiras, seja com os tão comentados robôs,
responsáveis por atender chamadas e responder mensagens
automaticamente, ou com outras ferramentas. Ao todo, há uma
flexibilidade sem igual para atender a todo tipo de instituição, com
humanos, chat, voz, redes sociais e WhatsApp, o propósito é aumentar os
resultados e promover atualização constante.
O que é marketplace e por que investir nessa plataforma
ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech
Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer
compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele
funciona na compra e venda de produtos.
Afinal, o que é marketplace?
O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.
Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto
específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar
as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de
comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir
outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.
Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de
marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e
segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar
produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento
unificado.
Os principais marketplaces do Brasil
A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto
No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a
plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações
digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.
Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas,
Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C,
estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas
dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.
Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma
Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais
Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através
de sua divulgação online.
Como escolher o marketplace ideal para sua loja
Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja,
definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é
fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de
decidir onde incluir sua marca:
Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão
sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que
determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor
atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais
anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará
uma comissão maior.
Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.
Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial
identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.
Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.
Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que
já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para
competir com os ofertados por elas.
Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.
Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus
resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas
promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na
entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento
ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar
naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se
de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e
pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já
cadastradas.
Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.
Vantagens do marketplace
A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.
Para o consumidor
Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;
Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.
Para o lojista
Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;
Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de
vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário
pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na
abertura de uma loja física ou online.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Para o Marketplace
Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;
Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que
reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo
para fidelizar clientes.
Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e
proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal
procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos
ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que
realizamos.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (App)
Enquanto setor de serviços alega que reforma vai aumentar
impostos, especialistas contestam, argumentando que a criação de um
tributo único afeta uma pequena parcela dos negócios, atingindo os mais
ricos.
O objetivo central da proposta de reforma tributária – cujo
texto-base foi aprovado em dois turnos na Câmara dos Deputados em dois
turnos – é a redução das distorções do sistema brasileiro e da chamada
regressividade nos impostos, principalmente no consumo. Atualmente, o
país tem cinco tributos que incidem durante toda a cadeia produtiva,
gerando custos por vezes invisíveis que sobrecarregam principalmente a
parcela mais pobre do país.
Para tentar corrigir esse problema, propõe-se a criação de um tributo único sobre consumo, nos moldes do Imposto sobre Valor Agregado (IVA),
adotado por todos os países membros da União Europeia. No texto em
discussão no Congresso, o IVA seria dividido em dois, criando a
Contribuição Sobre Bens e Serviços – que unifica PIS, Cofins e IPI,
atualmente cobrados pela União – e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS)
– unificando o ICMS, dos estados, e o ISS, dos municípios.
A previsão é de que os tributos que vão compor o IVA dual tenham uma
alíquota única, que ainda não está definida – mas que deve ficar entre
25% e 27,5%, de acordo com o governo federal, com algumas exceções.
De acordo com a proposta aprovada nesta sexta-feira 15 setores serão
beneficiados, com uma alíquota reduzida, que ficará em 40% do IVA. Entre
eles estão os serviços de educação, saúde, medicamentos, transporte
coletivo, produtos e insumos agrícolas e produções artísticas e
culturais. Na versão que passou no Senado, foi incluído também o
incentivo de 30% para profissionais liberais, como médicos, advogados e
engenheiros – o que deverá ser definido via lei complementar.
Outro ponto é a isenção para produtos da cesta básica, que será feito
tanto com uma alíquota zero, para uma cesta básica nacional, quanto com
um cashback para o consumidor em uma cesta básica ‘estendida’, que terá uma gama maior de produtos.
Haverá também mudança do local de cobrança, com os impostos sobre
bens e serviços sendo cobrados no local de consumo. Hoje, a arrecadação é
feita no local de origem. Essa medida deverá combater a guerra fiscal
entre unidades da Federação.
As mudanças nos impostos brasileiros serão feitas de forma
escalonada. Entre 2029 e 2078, será feita a transição federativa, para
que a cobrança passe do município e estado onde o produto e o serviço
são produzidos até o local onde são consumidos. Já a substituição dos
tributos pelo IBS e o CBS vai ocorrer entre 2026 e 2032.
Outra mudança prevista na reforma é a criação de um imposto seletivo,
também chamado de imposto do pecado, que visa tributar bens e serviços
que sejam prejudiciais, como é o caso de cigarros, bebidas alcoólicas e
com adição de açúcar.
Críticas do setor de comércio e serviços
A alíquota única do IVA dual, no entanto, gerou críticas
principalmente por parte do setor de comércio e serviços, que representa
cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Um estudo
divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC), por exemplo, afirma que, com as mudanças previstas nas
Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 45 e 110, ambas de 2019, o
setor sofreria um aumento que poderia chegar a quase 200% na carga
tributária.
De acordo com a CNC, isso implicaria no aumento dos preços ao
consumidor e até mesmo na empregabilidade das empresas de comércio e
serviços, que é responsável por 37% da força de trabalho no país.
No entanto, especialistas em contas públicas consultados pela DW
divergem dessas estimativas. Segundo o advogado tributarista e
economista Eduardo Fleury, que é consultor do Banco Mundial, a reforma tributária visa não aumentar a carga, ao mesmo tempo que não diminui a arrecadação do governo.
Serviços afetam os mais ricos
“Temos que entender que o sistema brasileiro é uma metralhadora
giratória. Ela acerta em muitas coisas, não tem padrão claro. Há um
monte de exceções”, explica Fleury, que lembra que há desníveis de
alíquotas em subsetores dos serviços que oneram principalmente os mais
pobres, como nas telecomunicações, com carga tributária de
aproximadamente 36%.
“Quem consome serviços é a população de renda mais alta. As classes
mais baixas consomem basicamente internet e transporte, já que a saúde e
a educação são pelo Estado”, acrescenta, citando a última Pesquisa de
Orçamento Familiar (POF) do IBGE, de 2017/2018.
O especialista tributário também cita um estudo do Banco Mundial
sobre os mesmos dados da POF, que divide a população em dez faixas de
renda. De acordo com o levantamento, em 2019 a carga tributária
brasileira que incidia sobre o décimo mais pobre era de cerca de 21%;
enquanto o décimo mais rico pagava 12%. Ainda segundo Fleury, com a
reforma, nove das dez faixas de renda pagariam parcelas menores de
impostos em comparação com o sistema atual – apenas os 10% mais ricos
teriam aumento de carga tributária.
Em outro estudo, com base em dados da Receita Federal de 2019, Fleury
também demonstrou que, dos 70% do PIB relativos ao setor de serviços,
apenas 13,7% do total da economia brasileira correspondia a vendas de
fim de cadeia, ou seja, ao consumidor final. De resto, a administração
pública ficaria com 17,4% do PIB; os serviços financeiros com 7,2%; e os
serviços de meio de cadeia, que vendem para outras empresas e seriam
beneficiados pela reforma, com 13,2%, por exemplo.
“Dos 13,7% de serviços de fim de cadeia, quando se pega os CNPJs,
cerca de 89% deles são de empresas enquadradas no Simples Nacional”, diz
ele, lembrando que, na reforma, não há propostas de alteração do
tratamento especial dado por esses empreendedores que faturam até R$ 4,8
milhões por ano.
Sobreposição de tributos
Para os setores de serviços de meio de cadeia, a previsão da reforma
tributária é que sejam aproveitados créditos, para que não haja
sobreposição de impostos e desequilíbrio nos custos, como ocorre hoje.
Conforme explica Murilo Viana, especialista em contas públicas e
consultor-sênior da Go Associados, hoje uma empresa de TI que presta
serviços para outra empresa, por exemplo, pode arcar com o pagamento do
Imposto sobre Serviços (ISS), que não gera crédito tributário algum para
o contratante do serviço, ocasionando cumulatividade e distorções.
Viana acrescenta que, com a reforma, o novo tributo pago sobre o
valor adicionado será aproveitado. Comprar objetos de escritório para
uma empresa ou mesmo o gasto de energia dela vão gerar créditos no IVA
dual, o que atualmente não ocorre plenamente.
“Porém, o setor de serviços voltado ao atendimento ao consumidor não
vai aproveitar isso, porque o elo dele é o atendimento final, então
tende a suportar uma carga maior”, completa, lembrando que, embora novas
redações das PECs já tentem amenizar o efeito negativo sobre o Simples
Nacional, as empresas optantes por esse regime ainda assim podem sofrer
algum aumento de carga, uma vez que os insumos adquiridos terão alíquota
majorada com o IBS.
Um estudo da Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse)
indica que, com um IVA de 25%, a carga tributária média de 128
subsetores passaria do atual número entre 21% e 26% para algo em torno
dos 50%.
Custo invisível e desigualdade
Os cálculos do setor terciário sobre o aumento da carga tributária,
no entanto, não são consenso. Professora catedrática de direito
tributário da Universidade de Leeds e pesquisadora associada à Oxford, a
portuguesa Rita de La Feria ressalta que é impossível saber realmente
qual o volume de impostos que estão embutidos num produto ou num serviço
prestado.
“Na prática, muitos dos serviços têm impostos embutidos nas compras
que fazem, cadeiras, computadores, softwares e o que seja”, diz a
jurista. Ela sublinha que o argumento de que a reforma tributária
causará aumento de preços, ou seja, inflação, é inconsistente –
justamente porque são utilizados pelos mais ricos. “A maior parte do
consumo das pessoas de baixa renda é em produtos. Supondo que seja
verdade que o serviço é menos tributado no Brasil, isso é uma
regressividade enorme. Assim, tributar serviços da mesma forma que bens
seria aumentar a progressividade do imposto.”
Segundo La Feria, a reforma tributária como está desenhada será tão
positiva para a economia brasileira que acabará por beneficiar os
setores de serviços. “Mesmo que eles estejam assustados, achando que é
um aumento da tributação de valor real. Mas sinceramente acho que uma
reforma tributária que desenvolva o Brasil e alavanque o desenvolvimento
econômico vai ajudar a todos.”
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou ação contra o Programa Remessa Conforme,
que zerou a alíquota do Imposto de Importação sobre compras
internacionais de até US$ 50. A ministra entendeu que as autoras da
ação, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e
a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados
e Artefatos (Assintecal), não têm legitimidade para questionar a norma
no Supremo.
“As normas impugnadas afetam empresas de comércio eletrônico que
desenvolvem diversas atividades econômicas, não apenas atividades
ligadas aos representados das autoras desta ação, vinculados a produção
de calçados e couro em geral”, afirmou a ministra no despacho. Dessa
forma, a ação não será levada ao plenário da Corte.
Cármen ressalta, ainda, que uma eventual ofensa do programa da Receita Federal à normas constitucionais seria “reflexa” e que a ação não demonstra descumprimento direto da Constituição.
As entidades argumentaram que a Fazenda não tem competência para
alterar a alíquota do imposto e que a medida fere a isonomia tributária.
Afirmaram, ainda, que a exceção prevista para as remessas
internacionais entre pessoas físicas que não excedam US$ 50 tem gerado
“ostensiva e generalizada fraude tributária”.
Corte fez trabalho de destruição das leis,
da moral e dos direitos humanos com o inquérito sem fim contra ‘atos
antidemocráticos’
O novo ministro Flavio Dino tem diante de si, possivelmente, a tarefa mais difícil da sua vida: fazer o Supremo Tribunal Federal ficar
pior do que já é. Não é impossível, dentro do entendimento geral de que
tudo que existe dentro do universo sempre pode piorar – e credenciais
para enfrentar esse desafio o ministro certamente tem. Foi governador do
Maranhão durante oito anos seguidos, e deixou o seu Estado como o mais
miserável do país – as dez cidades com o pior IDH do
Brasil ficam ali. Está entre os mais atrasados do Nordeste em quase
tudo: educação, saúde, água encanada, esgoto. É o pior ministro, em
termos de resultados, do governo Lula – coisa que não é fácil para
ninguém. Foi nulo, especialmente, na obrigação de combater o crime e dar
mais segurança aos cidadãos. É um campeão da ideia de que liberdade é
assunto a ser tratado pela Polícia Federal.
Flávio Dino assumirá a vaga deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
Ainda assim, vai ser duro. Quem conseguiria fazer no STF um trabalho
de destruição das leis, da moral e dos direitos humanos mais perverso
que o inquérito sem fim contra os “atos antidemocráticos”? Há réus
primários presos há quase um ano sem culpa formada, sem julgamento e sem
direito pleno à defesa legal. Advogados têm de mandar suas peças de
sustentação oral por vídeo – sem ter a menor ideia se alguém vai ver ou
ouvir o que gravaram. Nesse inquérito podem entrar todos e quaisquer
crimes cometidos no Brasil, no mundo e no sistema solar; há de tudo ali,
de bloqueio da conta bancária de uma garota de 15 anos, suspeita de “lavar dinheiro” para ajudar o pai exilado, a um bate-boca envolvendo o ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma.
O inquérito do “fim do mundo” transformou o mais alto tribunal de
justiça da República numa delegacia de polícia que apreende celulares,
revista automóveis e executa ordens ilegais. É o DOPS da “democracia”.
O ministro Gilmar Mendes chamou os senadores de “pigmeus morais”,
por terem tomado uma decisão que ele não gostou. O que Flavio Dino pode
dizer de pior? O ministro Moraes, que já tinha criado o assombroso
“flagrante perpétuo”, acaba de criar o foro privilegiado para a
primeira-dama. Ela se queixou da invasão de seu perfil no antigo
Twitter, coisa que talvez valesse um B.O. na delegacia do bairro.
Moraes, de imediato, chamou o caso para o Supremo, tocou a Polícia
Federal em cima dos suspeitos – e tudo o que conseguiram foi a
humilhação pública de deter um menor de idade na periferia mais pobre de
Brasília.
O problema do STF não é Flavio Dino. É o próprio STF. Como observou o Estadão em editorial, quem estava em julgamento na sabatina do Senado não era Dino. Era a Corte constitucional.
O triunfo da Ucrânia seria justo, mas é
inalcançável. Concessões resultariam em injustiça. Para uma paz
duradoura, a Ucrânia e seus aliados precisam se preparar para uma guerra
longa
As esperanças em um avanço substancial da Ucrânia evaporaram. A
contraofensiva lançada em junho recuperou 0,25% do território ocupado
pela Rússia, bem abaixo da meta mínima. Enquanto o segundo ano de
combate entra em seu ocaso sob o frio e a umidade invernal, o front de
1.000 km está engessado. As tropas estão exaustas; e as munições,
exauridas. A economia ucraniana já encolheu um terço. Os aliados
ocidentais dão mostras de fadiga e distração pela guerra no Oriente
Médio.
Não que a ofensiva tenha sido um erro. Poderia ter dado certo. Mas
também poderia não dar certo, e, por várias razões, não deu. Legal,
política e moralmente os objetivos de Kiev – restauração de sua
integridade territorial e compensações pela agressão – seguem
inatacáveis. Mas são inalcançáveis a curto e, possivelmente, a médio
prazo. Nutrir esperanças em uma “vitória a qualquer custo” e investir
numa estratégia de acordo com elas traria poucos ganhos, possivelmente
nenhum, e poria muito a perder, possivelmente tudo.
Quem quer a paz a qualquer custo vê uma oportunidade. Segundo o jornal alemão Bild,
o chanceler Olaf Scholz estaria planejando com o presidente americano,
Joe Biden, pressionar a Ucrânia a aceitar um cessar-fogo e sentar à mesa
de negociações, dando-lhe armas suficientes para sobreviver, mas não
para vencer. Os pacifistas radicais gostariam que o problema
simplesmente desaparecesse, com a Ucrânia trocando “terras por paz”. Os
moderados afirmam que a Ucrânia não precisaria renunciar aos seus
objetivos, mas poderia persegui-los por vias diplomáticas, sustentando
um cessar-fogo pelo tempo que fosse necessário.
Ainda assim, faltaria “combinar com os russos”. O presidente Vladimir
Putin não dá sinais de que deseja negociar. Há poucos dias disse que a
guerra não acabará enquanto seus objetivos não forem alcançados:
neutralidade, “desmilitarização” e “desnazificação” da Ucrânia. A
estratégia é erodir o moral ucraniano e ocidental, explorando suas
divisões enquanto aguarda que uma vitória de Donald Trump nos EUA
desempate o jogo a seu favor. Mas, mesmo que ele fechasse algum acordo,
seria confiável? Um cessar-fogo só lhe daria a oportunidade de se
rearmar e voltar à ofensiva. E, mesmo que os ucranianos fizessem todas
as concessões, alguém duvida que ele veria nisso um sinal de fraqueza e
um convite a dobrar a aposta?
Assim, se o anseio dos “falcões” é irrealista, o das “pombas” também
é. Um triunfo da Ucrânia seria justo, mas não está ao alcance. Nas
condições atuais, a paz seria injusta, e, mesmo que esteja ao alcance, o
que não é certo, seria só um hiato antes de mais guerra e injustiças.
De um modo ou de outro, uma paz duradoura e, sobretudo, justa está
distante. Se quiserem se aproximar dela, a Ucrânia e seus aliados
precisam se preparar para uma guerra longa.
Tudo indica que, ao menos num futuro próximo, a Ucrânia precisará
alterar a sua estratégia, de ofensiva para defensiva. Isso passa por
manter a guerra de atrito no front, impor o máximo de perdas
aos russos e eventualmente explorar possibilidades de recuperar
territórios. Mas a prioridade é blindar os 80% de território sob seu
controle. Para isso precisará de defesas aéreas, caças F-16 para
debilitar a supremacia aérea da Rússia e mísseis de longo alcance para
empurrar suas unidades de suporte.
Isso reduziria o número de baixas das forças da Ucrânia, diminuiria o
risco de que suas fábricas e infraestruturas sejam destruídas, criaria
condições para repatriar ucranianos refugiados e ampliaria a margem para
um fluxo de exportações seguras no Mar Negro. Com mais produção e
comércio, a Ucrânia reduziria a dependência dos auxílios ocidentais. A
União Europeia precisa acenar concretamente à integração da Ucrânia,
exigindo como contrapartida reformas para reduzir a corrupção e
fortalecer suas instituições democráticas e liberais. Se a Ucrânia
conseguir reciclar suas forças, fortalecer sua economia e sanear sua
política, poderá mais adiante estar numa posição para vencer ou, ao
menos, entrar com uma mão forte em eventuais negociações.
CAIRO/GAZA (Reuters) – O chefe da agência de espionagem israelense
Mossad encontrou-se na sexta-feira com o primeiro-ministro do Catar na
Europa, de acordo com uma fonte com conhecimento do assunto, enquanto as
atenções se voltavam para uma possível nova trégua em Gaza e um acordo
sobre prisioneiros e reféns.
Israel bombardeou alvos na Faixa de Gaza neste sábado, mas duas
fontes de segurança egípcias disseram que autoridades israelenses estão
aparentemente mais propensas a trabalhar por um cessar-fogo e uma troca
de prisioneiros palestinos por reféns israelenses mantidos pelo Hamas.
O encontro entre David Barnea e o primeiro-ministro catari, Mohammed
bin Abdulrahman Al Thani, foi aparentemente o primeiro entre importantes
autoridades de Israel e Catar — que tem agido como mediador — desde o
colapso da trégua de sete dias ocorrida no fim de novembro.
Em outro sinal de possível avanço, a imprensa israelense informou que
o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, vai reunir o seu
gabinete e realizar um pronunciamento na TV neste sábado. A assessoria
do premiê não confirmou tal fato.
Os combates se intensificaram nas últimas duas semanas, com o colapso
da trégua que permitiu que dezenas de reféns israelenses na Faixa de
Gaza fossem soltos, em troca de prisioneiros palestinos em Israel.
Forças israelenses bombardearam neste sábado alvos na Faixa de Gaza,
incluindo um edifício lotado da YMCA (Associação Cristã de Moços), com
dezenas de palestinos possivelmente mortos ou feridos, apesar dos
pedidos reiterados dos EUA para que a ofensiva seja arrefecida e que os
alvos sejam os líderes do Hamas.
Em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, autoridades de saúde
palestinas afirmaram que o Hospital Nasser recebeu 20 palestinos mortos
em ataques durante a noite, além de dezenas de feridos, incluindo
mulheres e crianças.
Os militares israelenses disseram que estão “agindo para desmantelar as capacidades militares e administrativas do Hamas”.
A agência de notícias oficial WAFA afirmou que pelo menos três dúzias
de pessoas foram mortas em bombardeios em três casas no campo de
refugiados de Jabalia, algo que as autoridades de saúde não puderam
confirmar.
Moradores da Faixa de Gaza reportaram intensos conflitos durante a
noite. “A Faixa de Gaza se tornou uma bola de fogo na madrugada. Pudemos
ouvir explosões e tiros ecoando em todas as direções”, afirmou Ahmed,
de 45 anos, um eletricista que tem seis filhos e estava em um abrigo no
centro do enclave.
Mohammad, de 40 anos, morador de Khan Younis que se mudou para Rafah
após recomendação de Israel, disse à Reuters por telefone: “Queremos um
cessar-fogo total, o fim da guerra e não uma pausa humanitária”.
O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake
Sullivan, pediu a Israel que diminua a intensidade de sua campanha na
Faixa de Gaza e faça a transição para operações com foco nos líderes do
Hamas, disseram autoridades norte-americanas. Mas Israel tem enfatizado
que a guerra segue até que o país erradique totalmente o Hamas.
Israel, que diz ter recuperado os corpos de três reféns mortos pelo
Hamas, acredita que cerca de 20 dos mais de 130 reféns na Faixa de Gaza
estejam mortos.
Durante um ataque surpresa além da fronteira em 7 de outubro,
militantes do Hamas invadiram cidades israelenses, matando 1.200 pessoas
e capturando 240 reféns. A ofensiva de Israel em resposta já causou a
morte de quase 19 mil pessoas, de acordo com autoridades de saúde da
Faixa de Gaza, com outras milhares possivelmente sob escombros.
Em sinais de ramificações do conflito, os Houthis do Iêmen, apoiados
pelo Irã, afirmaram que atacaram o resort israelense de Eilat, no Mar
Vermelho, com uma série de drones.
(Reportagem de Nidal al-Mughrabi no Cairo e Shani e Fadi Shana em
Gaza, Henriette Chacar, Ari Rabinovitch e Frank Jack Daniel em
Jerusalém, Andrea Shalal, Jeff Mason e Eric Beech em Washington)