segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

LULA FALA EM TRÉGUA E AO MESMO TEMPO ATACA OS ADVERSÁRIOS

 

História por Notas & Informações  • Jornal Estadão

A campanha “O Brasil é um só povo”, lançada em rede nacional no dia 10/12, poderia ser um exemplo de que, finalmente, o governo do presidente Lula da Silva compreendeu a natureza das divisões instaladas no País – e suas feridas não cicatrizadas na população. Afinal, a superação desse conflito foi uma das promessas de campanha de Lula, aquele que, uma vez eleito, fez da expressão “união e reconstrução” o slogan de seu governo. Mas seria demais esperar que esse fosse mesmo um compromisso sério de Lula e do PT, que desde sempre estimularam a divisão dos brasileiros, numa odiosa luta de classes. A campanha institucional lançada agora, na verdade, tem objetivos muito específicos, nenhum relacionado à pacificação nacional e todos condizentes com os interesses eleitorais do lulopetismo.

Segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom), o objetivo da campanha é transmitir mensagens “de paz” e “reconstrução de laços”, além de reforçar relações familiares e de amizade. O foco evidente é reduzir os efeitos da polarização e da radicalização que tanto mal causaram ao ambiente democrático brasileiro – uma anomalia que saiu dos debates políticos e partidários para as rodas de conversa, os grupos de WhatsApp e os jantares familiares, influenciando as decisões dos cidadãos em todos os níveis de relacionamento.

As intenções da campanha, portanto, são louváveis. O problema está nos detalhes – que, como se sabe, é onde mora o diabo. O evento que o ministro da Secom, Paulo Pimenta, escolheu para anunciar a campanha foi, pasmem, a Conferência Eleitoral do PT, reunião destinada a discutir a estratégia de comunicação do partido para as eleições no ano que vem. Deduz-se que o ministro Pimenta entende que a campanha oficial do governo se insere na estratégia do partido do presidente Lula, numa deplorável confusão de interesses. Para que não houvesse dúvida, Pimenta declarou, na ocasião, que a tarefa do partido é atrair “quem não votou no Lula” e, para isso, é necessário “diminuir o ambiente de intolerância”. Ou seja, “pacificar” o Brasil deixou de ser um objetivo cívico para se tornar mote eleitoral petista: o País deve se unir, sim, mas em torno de Lula.

Ademais, não parece haver interesse nenhum da nomenklatura petista em arrefecer de fato os ânimos. O próprio Lula da Silva, no já citado evento do partido, deu o tom: “Vai ser outra vez Lula e Bolsonaro disputando as eleições nos municípios. Nós sabemos que (vocês) não podem aceitar provocações, não podem ficar com medo, não podem enfiar o rabo no meio das pernas. Quando um cachorro late para a gente, a gente late também”.

Por fim, mas não menos relevante, a campanha oficial do governo atende a outro interesse crucial do lulopetismo, que é a necessidade de aproximação com os evangélicos, fatia da população que tem se inclinado à direita nos últimos tempos e que, em larga medida, se alinhou ao bolsonarismo, sobretudo quando se trata de temas como aborto, drogas e família. Não à toa, as peças da campanha são embaladas por músicas entoadas por um cantor gospel e por personagens dando “glórias a Deus” por programas sociais do governo federal. Por puro e simples preconceito, talvez por sua origem católica, o PT, a bem da verdade, nunca se interessou pelo diálogo efetivo com o mundo evangélico. Agora, de olho em 2024, inspirado pelo temor da derrota e estimulado pela conveniência, o governo recorre à propaganda para tentar conquistar parte desse eleitorado.

A campanha “O Brasil é um só povo” é, portanto, menos uma carta de intenções em favor da união dos brasileiros, da construção de pontes e da promoção do entendimento, e muito mais um repositório de mensagens a serem usadas com intenções meramente eleitorais. A campanha não pretende explorar a comunicação para melhorar o debate, estimular diálogos e efetivamente pacificar o País. No máximo, quer unificá-lo em favor de Lula e do PT.

ISRAEL DESCOBRE TUNEL EM GAZA PARA TRANSPORTE DE COMBATENTES DO HAMAS

 

História por Por Amir Cohen  • Reuters

FRONTEIRA GAZA-ISRAEL (Reuters) – As forças israelenses que lutam contra o Hamas disseram que descobriram um túnel anormalmente grande de concreto e fortalecido com uma estrutura de ferro, projetado para transportar carros cheios de combatentes militantes de Gaza até a fronteira.

Demolir ou desativar centenas de quilômetros de passagens subterrâneas e bunkers está entre os objetivos da ofensiva lançada por Israel depois que homens armados do Hamas iniciaram uma onda de assassinatos e sequestros em suas cidades do sul e bases militares em 7 de outubro.

Entre os locais que o Hamas invadiu naquele ataque estava a passagem de fronteira de Erez, entre Gaza e Israel. A apenas 100 metros ao sul do posto de controle, escondido numa duna de areia, os militares mostraram aos repórteres o ponto de saída do que disseram ser um projeto emblemático do Hamas.

O túnel descia diagonalmente até 50 metros de profundidade, onde se expandia para relativamente espaçosos 3 metros de altura e largura, com acessórios elétricos.

O principal porta-voz militar, contra-almirante Daniel Hagari, estimou a extensão total do túnel em 4 km – o suficiente para chegar ao norte da Cidade de Gaza, outrora o coração do governo do Hamas e agora uma zona de combate devastada.

Foi “o maior túnel que encontramos em Gaza… destinado a atingir a passagem (Erez)”, disse Hagari, sem especificar se foi usado pelo Hamas no ataque de 7 de outubro.

“Milhões de dólares foram investidos neste túnel. Demorou anos para construi-lo… Veículos podem passar por ele.”

O Hamas não respondeu a um pedido da Reuters para comentar a informação israelense.

(Por Dan Williams)

GOVERNO VAI TIRAR DO MERCADO GELADEIRAS COM BAIXA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Jornal Estadão

Uma decisão do governo federal, publicada no início do mês, promete tirar do mercado geladeiras ineficientes que não se encaixam nos critérios de eficiência energética — ou seja, com baixo consumo de energia elétrica. A medida causou mal-estar entre os fabricantes locais, que já enfrentam uma queda no volume de produção dois anos seguidos. O setor deve fechar 2023 com o segundo menor volume produzido nos últimos dez anos.

Pelo cronograma do governo, a partir de 1.º de janeiro, não poderão ser produzidas e importadas geladeiras com nível de eficiência energética abaixo de 85,5%. Esse índice sobe para 90% em 2026. A decisão, tomada pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia (MME), acendeu o sinal de alerta para a indústria. A mudança de critério consta na Resolução n.º 2, de 23 de novembro de 2023, que foi publicada no Diário Oficial no dia 8 de dezembro.

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), esse aperto pode retirar 10% dos volumes de geladeiras já no próximo ano e 83% em 2026, quando o índice de eficiência sobe para 90%. A produção de refrigeradores deve fechar este ano em 4,9 milhões de unidades.

O MME disse, por meio de nota, que o processo de definição dos novos índices de eficiência energética para as geladeiras “foi amplamente discutido, inclusive com a participação da Eletros, que não logrou êxito em apresentar dados que fundamentassem suas afirmações nas mais diversas oportunidades, seja em consultas públicas ou nas reuniões realizadas entre o Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética do MME e representantes da associação”.

Indústria diz que perspectiva é que produtos de menor preço deixem de ser fabricados
Indústria diz que perspectiva é que produtos de menor preço deixem de ser fabricados Foto: JF Diorio/Estadão

O presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento, diz que “só vão ficar no mercado a partir de 2026 geladeiras com valor acima de R$ 4 mil e isso vai provocar um prejuízo gigante para a população das classes C, D e E”. Ele lembra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a dizer, em meados do ano, que era preciso baratear o refrigerador para que os mais pobres pudessem trocar a geladeira. Na época, Lula fez alusão à cerveja “que não estava mais gelando”.

O setor vinha negociando com o MME uma transição gradual dos indicadores de eficiência energética, diz o presidente da Eletros. A intenção era que a indústria pudesse fazer os investimentos nos projetos dos novos aparelhos e adaptar as linhas de suprimentos ao novo padrão de eficiência energética. “Mostramos os estudos e o que a gente propunha era que esses novos índices de eficiência passassem a valer em 2026 e 2030, de forma escalonada”, diz Nascimento.

No entanto, ele ressalta que o setor foi surpreendido com a publicação da resolução no Diário Oficial neste mês. “Se o governo mantiver essa posição, inevitavelmente vai ter demissão.” A reportagem procurou WhirlpoolElectrolux e Esmaltec, as principais indústrias do setor para saber os impactos da medida na produção, mas não obteve resposta.

Posição do governo

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, houve reuniões com a Eletros e o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, nas quais a associação reiterou suas preocupações com os prazos e os índices. No entanto, segundo o MME, a entidade “não apresentou novos dados que pudessem comprovar os impactos esperados pelas empresas”.

O ministério rebateu a informação da indústria de que, pelo menos a primeira fase de ajuste, que começa em 1.º de janeiro, retire produtos do mercado. “Todos os aparelhos atualmente fabricados e comercializados no País atendem ao índice de 85,5% definido para essa etapa”, diz a nota.

 José Jorge do Nascimento, presidente da Eletros, diz que foi surpreendido com uma 'decisão unilateral' do governo
José Jorge do Nascimento, presidente da Eletros, diz que foi surpreendido com uma ‘decisão unilateral’ do governo Foto: FELIPE RAU

Em relação ao risco de aumento de preços das geladeiras por conta das novas exigências, o ministério argumenta que “experiências internacionais demonstram que a evolução de vários mercados têm aumento efetivo de eficiência sem alta de preços, e, em alguns casos, há inclusive redução.

Baixa renda

Em relação ao ponto levantado pela indústria de que serão retiradas as geladeiras mais baratas do mercado e que isso afetaria a população de menor renda, o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), Bruno Hebert, ressalta que esse argumento não se sustenta do ponto de vista ambiental, energético nem econômico. “O drama da baixa renda é a conta de energia, e não adianta fazer um equipamento mais barato e ter uma conta de energia mais cara”, afirma.

Segundo o especialista, estudos mostram que o custo de aquisição de um equipamento elétrico é 4% do desembolso ao longo da vida útil do produto. A maior fatia, 96%, é o consumo de energia. “Com três a quatro anos, é possível pagar o valor total do refrigerador com a economia de energia”, observa.

Na opinião do presidente da Abesco, as indústrias que não se prepararam para esse momento de aumento da eficiência energética, que vem sendo discutido desde 2015, no âmbito do Acordo de Paris, vão ter de parar de fabricar esses produtos menos eficientes. A meta do País é melhorar em 10% a eficiência energética até 2030.

“Vemos a medida com bons olhos”, diz Hebert. Ele argumenta que a eficiência energética é o melhor caminho para o País, porque diminui investimentos com transmissão, distribuição. “Inclusive é o melhor caminho para a população de baixa renda.”

Momento crítico

Além das novas exigências de eficiência energética, o presidente da Eletros acrescenta o aumento da alíquota de importação sobre o aço, de 10,8% para 25%, pleiteado pelo setor siderúrgico, como fator de pressão. O aço responde pela metade do custo de produção da linha branca.

Nesse sentido, também está sendo observado pela indústria movimento semelhante no preço das resinas plásticas, matéria-prima de grande importância para a produção dos eletrodomésticos.

“Se o governo aceitar todas as medidas protecionistas aos insumos, o produto final vai ficar mais caro”, alerta o presidente da Eletros. Apesar da trajetória de queda da Selic, os juros fizeram um estrago nas vendas de eletrodomésticos da linha branca este ano. Pelo alto valor unitário, normalmente fogões, geladeiras e lavadoras são comprados a prazo.

Dados da Eletros mostram que 2023 termina com segundo menor volume de fogões, geladeiras e lavadoras produzidas dos últimos dez anos. São 12,9 milhões de unidades, um volume apenas 3,2% maior em relação a 2022, quando foram fabricados 12,5 milhões de eletrodomésticos. O ano passado foi o fundo poço para o setor. O pico do período ocorreu em 2012, com uma produção de 18,880 milhões de aparelhos. O resultado deste ano frustrou a expectativa, que era crescer entre 5% e 10% ante 2022.

 

O LIMÃO É A FRUTA MAIS SAUDÁVEL DO MUNDO POIS CONSEGUE ATENDER 100% DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS COM 100 CALORIAS

Catraca Livre

SICILY, ITALY:

Qual a fruta mais saudável do mundo?

Foi a partir dessa pergunta que um estudo realizado pela Universidade William Paterson, situada no estado de Nova Jersey, EUA, desvendou uma lista surpreendente dos alimentos considerados indispensáveis para quem busca um estilo de vida equilibrado e nutritivo.

Segundo os resultados obtidos na pesquisa, o limão, uma fruta tão familiar para todos, conquistou o título de ser a mais saudável ao conseguir atender a 100% das necessidades nutricionais com apenas 100 calorias.

Essa fruta cítrica não apenas traz inúmeros benefícios à saúde, mas também possui a vantagem de ser extremamente baixa em calorias.

O poder do limão

No Brasil, o limão, especialmente da variedade Tahiti, é um elemento comum na culinária, cuidados de higiene e até mesmo rotinas de beleza, sendo consumido em larga escala durante todo o ano.

A composição do limão é verdadeiramente rica em benefícios para a saúde humana. Repleto de vitamina C, um potente antioxidante natural, o limão ajuda a proteger o corpo contra os danos causados pelos radicais livres.

Além disso, a fruta possui propriedades antibacterianas e antivirais significativas, fortalecendo o sistema imunológico.

O ranking dos estudiosos levou em conta a proporção de vitaminas, fibras e outros componentes saudáveis em relação ao número de calorias.

Como aproveitar o limão no dia a dia

Na cozinha, ele pode servir para temperar saladas, carnes e outros pratos, bem como para criar molhos, massas e temperos caseiros. Além disso, o limão é ideal para preparar sucos, coquetéis e até mesmo a famosa caipirinha brasileira. Sua casca também pode ser usada para fazer chás e receitas doces, além de decorar pratos.

Em termos de higiene, o limão é usado para clarear superfícies, eliminar odores persistentes e até mesmo reduzir o sal em feijões cozidos. Além disso, ele ajuda na conservação de outras frutas.

Para preservar o limão adequadamente, basta armazená-lo em um local fresco ou na geladeira, certificando-se de lavá-lo bem antes do consumo. As raspas de limão podem ser congeladas para uso posterior em receitas.

No Brasil, além da variedade Tahiti, outras variedades de limão, como o cravo (ou caipira), o siciliano e o galego, também estão sendo cultivadas diariamente, oferecendo uma variedade de opções para os amantes dessa superfruta.

 

A HOSPEDAGEM DE SITE É UM PILAR FUNDAMENTAL DA ECONOMIA DIGITAL

Por Roberto Martins, Especialista em Tecnologia e CEO da Avantiv.

A hospedagem de sites, em ampla maioria é vista apenas como uma peça técnica dentro da internet, quando na verdade é um pilar fundamental da economia digital. Sua influência ultrapassa a simples disponibilidade de sites online, moldando profundamente o cenário dos negócios, a inovação tecnológica e as interações sociais no mundo contemporâneo.

No cerne da revolução digital, a hospedagem de sites serve como uma grande democratizadora do espaço comercial. Ela oferece a pequenas empresas e empreendedores a oportunidade de competir com gigantes estabelecidos, eliminando muitas das barreiras tradicionais de entrada no mercado. Ao possibilitar que até mesmo os menores negócios marquem sua presença online com custos relativamente baixos, a hospedagem de sites estimula uma diversidade sem precedentes no mercado global.

Esta acessibilidade não apenas nivela o campo de jogo comercial, mas também serve como um estímulo para a inovação. Com a barreira de entrada reduzida, mais pessoas são encorajadas a transformar suas ideias em realidade. Startups e pequenos negócios podem lançar seus sites rapidamente e começar a operar, dando vida a soluções inovadoras e disruptivas que podem ter permanecido inexploradas em um ambiente mais restritivo.

Além disso, a hospedagem de sites conduz à transformação dos modelos de negócios. Empresas que dependiam predominantemente de operações físicas estão agora migrando ou expandindo para o domínio online,  e nessa fase é importante considerar um bom servidor  de sites, indiferentemente de preço, já que ele será a engrenagem para o negócio, contar com uma hospedagem de sites no comércio eletrônico não apenas amplia seu alcance de mercado, mas também traz eficiências operacionais significativas, refletindo na lucratividade e na sustentabilidade dos negócios.

Entretanto, com estes benefícios vêm desafios notáveis, particularmente em termos de segurança e privacidade de dados. À medida que a atividade comercial se intensifica no mundo online, a proteção de informações sensíveis torna-se uma questão crítica. Provedores de hospedagem devem, portanto, investir continuamente em tecnologias de segurança avançadas para salvaguardar contra violações de dados e ataques cibernéticos, um imperativo não apenas para a confiança do consumidor, mas para a integridade da economia digital como um todo.

A hospedagem de sites é muito mais do que um mero serviço técnico; ela é um facilitador essencial de um ecossistema digital dinâmico e um vetor crucial para o futuro econômico. Seu papel na economia digital não é apenas manter os sites acessíveis, mas também impulsionar a inovação, nivelar o campo de atuação para empresas de todos os tamanhos e garantir que a economia digital continue a prosperar de maneira segura e inclusiva. À medida que avançamos nesta era digital, é imperativo que reconheçamos e nutramos esse papel vital da hospedagem de sites.

Marketplaces em alta: o sucesso no mercado

Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP

Certas estratégias são cruciais para alavancar as vendas e isso começa com o primeiro contato

Marketplaces são uma tendência no e-commerce. Isso porque, os benefícios existem tanto para quem tem seu próprio ambiente, quanto para os sellers, os quais vendem nas plataformas de outros empreendedores. Entretanto, apesar dessa alta, é fundamental as organizações se prepararem da melhor forma para receberem seus grupos alvo, independentemente da época do ano. Isso inclui uma elaboração iniciada pelo atendimento.

O que são marketplaces e qual a sua realidade no mercado?

Esse conceito se remete a uma noção mais coletiva de vendas on-line. Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus artigos, dando ao cliente um leque de opções. Desse jeito, trata-se de uma rede cujos vendedores podem fazer suas ofertas dentro da mesma página. Ou seja, é como um shopping center virtual cujos visitantes têm acesso a vários estabelecimentos. Sites como Mercado Livre, Magalu, Americanas, Amazon e a Valeon são ótimos exemplos, inclusive, de acordo com o último relatório Webshoppers, 84% dos empreendedores brasileiros possuem canais ativos em ambientes como esses.

Conforme a ChannelAdvisor, na China, esse tipo de comércio já representa 90% do faturamento do varejo on-line e, nos EUA, 33%. Já no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o crescimento do setor em 2021 foi de 19%.

Principalmente em temporadas de forte atividade, como o Natal, Dia dos Namorados, das Mães e dos Pais, as movimentações tendem a ser significativas. O Dia do Consumidor, por exemplo, em 2022, chegou a um faturamento de R$ 722 milhões, com elevação de 22% em comparação a 2021, de acordo com dados da Neotrust. Contudo, para, de fato, chamar a atenção dos fregueses, apenas preços atrativos e propagandas não são o suficiente, é preciso oferecer uma experiência completa. “Para deixar uma marca positiva é necessário garantir um primeiro contato excelente, indo até o pós-venda. Os responsáveis por esse tipo de negócio tendem a pensar só no produto final entregue, mas toda interação importa”, explica Tiago Sanches, gerente comercial da Total IP.

Um destaque em meio à concorrência é fundamental

Ciente de como apenas qualidade final não é o suficiente, diversos quesitos tendem a ajudar uma empresa a se destacar em meio a tanta concorrência. Logo, diferentes fatores influenciam a posição ocupada nas buscas, seja preço, custo do frete, avaliações, etc. Além disso, é imprescindível identificar como chamar a atenção em detrimento de sellers ocupando o mesmo espaço. Nesse contexto, conhecimento nunca é demais para descobrir como planejar condições visando se sobressair.

Outra questão importante diz respeito aos parceiros mantidos por perto e a estrutura do negócio em geral. Para a quantidade de vendas alcançadas por um programa como esse, investir na atração de indivíduos para promover suas corporações lá dentro, diversificando e ampliando o portfólio torna tudo mais robusto. Além disso, deve haver uma atenção especial à otimização das operações.

Todavia, de nada adianta tomar cuidado com tudo isso e não promover uma boa gestão operacional. Dentre diversos benefícios, a transformação de um e-commerce em um marketplace proporciona ganho de escala das demandas. A partir desse ponto é crucial redobrar a cautela com estratégias adotadas no local omnichannel. Uma administração eficiente é o meio para a criação de modelos de vivência da persona para ela ter uma boa prática nessa aquisição. “Hoje em dia, uma pessoa transita por diferentes pontos de contato. É relevante, então, conseguir alcançar o preciso da melhor forma e naquele momento, assim, há grandes chances de fidelizar”, comenta o especialista.

Dicas para se sair bem no mercado

Antes de tudo é sempre interessante se colocar no lugar dos frequentadores, pois, somente conhecendo bem eles é viável proporcionar oportunidades e elementos favoráveis. Em circunstâncias assim, um bom levantamento de dados para analisar as dores e as necessidades é uma excelente alternativa, tendo em vista como, por meio dessas informações, é fácil identificar qual a busca e como agradar.

No entanto, o ditado é real e, de fato, a primeira impressão fica. Logo, a assistência inicial desse sujeito deve ser levada em consideração de forma primordial. Como anda o seu atendimento? Quais as abordagens utilizadas para lidar com esses interessados? Independentemente de qual seja, a Startup Valeon consegue auxiliar, incrementar e melhorar qualquer estratégia de forma inovadora.

A tecnologia de robôs tem sido cada vez mais utilizada em diversas esferas do cotidiano da população. No geral, essa indústria está em crescimento, de acordo com a VDMA (Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais), as vendas do setor aumentaram em 13% em 2022. Nos primeiros quatro meses, os pedidos recebidos foram elevados em 38%, também em relação ao ano anterior, na Alemanha.

Em todo o mundo, já existem mais de três milhões deles operando em fábricas e pelo menos US$ 13,2 bilhões foram gastos nos últimos anos em novas instalações utilizando esse tipo de modernização. Pelo menos 76% desses investimentos foram feitos por cinco países: China, Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul e Alemanha. As indústrias automotiva, elétrica, eletrônica e metálica se destacam nesse uso em seus parques industriais. Porém, no caso do apoio ao consumidor esse artifício também não poderia ficar de fora. Com a Startup Valeon isso é possível para todos os âmbitos. “Nós enxergamos essa assistência como parte do processo de conquista e a colocamos como um pilar principal para os nossos usuários.

Dessa maneira, a firma oferece serviços baseados na aprimoração desse suporte para as companhias parceiras, seja com os tão comentados robôs, responsáveis por atender chamadas e responder mensagens automaticamente, ou com outras ferramentas. Ao todo, há uma flexibilidade sem igual para atender a todo tipo de instituição, com humanos, chat, voz, redes sociais e WhatsApp, o propósito é aumentar os resultados e promover atualização constante.

O que é marketplace e por que investir nessa plataforma

ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech

Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele funciona na compra e venda de produtos.

Afinal, o que é marketplace?

O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.

Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.

Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento unificado.

Os principais marketplaces do Brasil

A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto

No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.

Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas, Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C, estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.

Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através de sua divulgação online.

Como escolher o marketplace ideal para sua loja

Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja, definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de decidir onde incluir sua marca:

Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará uma comissão maior.

Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.

Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.

Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.

Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para competir com os ofertados por elas.

Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.

Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já cadastradas.

Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.

Vantagens do marketplace

A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.

Para o consumidor

Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;

Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.

Para o lojista

Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;

Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na abertura de uma loja física ou online.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Para o Marketplace

Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;

Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo para fidelizar clientes.

Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que realizamos.

 

domingo, 17 de dezembro de 2023

MOTIVOS PELOS QUAIS A REFORMA TRIBUTÁRIA É JUSTA

 

História por Fábio Corrêa  • DW Brasil

Enquanto setor de serviços alega que reforma vai aumentar impostos, especialistas contestam, argumentando que a criação de um tributo único afeta uma pequena parcela dos negócios, atingindo os mais ricos.

Provided by Deutsche Welle© Lukas Schulze/dpa/picture alliance

O objetivo central da proposta de reforma tributária – cujo texto-base foi aprovado em dois turnos na Câmara dos Deputados em dois turnos – é a redução das distorções do sistema brasileiro e da chamada regressividade nos impostos, principalmente no consumo. Atualmente, o país tem cinco tributos que incidem durante toda a cadeia produtiva, gerando custos por vezes invisíveis que sobrecarregam principalmente a parcela mais pobre do país.

Para tentar corrigir esse problema, propõe-se a criação de um tributo único sobre consumo, nos moldes do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), adotado por todos os países membros da União Europeia. No texto em discussão no Congresso, o IVA seria dividido em dois, criando a Contribuição Sobre Bens e Serviços – que unifica PIS, Cofins e IPI, atualmente cobrados pela União – e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – unificando o ICMS, dos estados, e o ISS, dos municípios.

A previsão é de que os tributos que vão compor o IVA dual tenham uma alíquota única, que ainda não está definida – mas que deve ficar entre 25% e 27,5%, de acordo com o governo federal, com algumas exceções.

De acordo com a proposta aprovada nesta sexta-feira 15 setores serão beneficiados, com uma alíquota reduzida, que ficará em 40% do IVA. Entre eles estão os serviços de educação, saúde, medicamentos, transporte coletivo, produtos e insumos agrícolas e produções artísticas e culturais. Na versão que passou no Senado, foi incluído também o incentivo de 30% para profissionais liberais, como médicos, advogados e engenheiros – o que deverá ser definido via lei complementar.

Outro ponto é a isenção para produtos da cesta básica, que será feito tanto com uma alíquota zero, para uma cesta básica nacional, quanto com um cashback para o consumidor em uma cesta básica ‘estendida’, que terá uma gama maior de produtos.

Haverá também mudança do local de cobrança, com os impostos sobre bens e serviços sendo cobrados no local de consumo. Hoje, a arrecadação é feita no local de origem. Essa medida deverá combater a guerra fiscal entre unidades da Federação.

As mudanças nos impostos brasileiros serão feitas de forma escalonada. Entre 2029 e 2078, será feita a transição federativa, para que a cobrança passe do município e estado onde o produto e o serviço são produzidos até o local onde são consumidos. Já a substituição dos tributos pelo IBS e o CBS vai ocorrer entre 2026 e 2032.

Outra mudança prevista na reforma é a criação de um imposto seletivo, também chamado de imposto do pecado, que visa tributar bens e serviços que sejam prejudiciais, como é o caso de cigarros, bebidas alcoólicas e com adição de açúcar.

Críticas do setor de comércio e serviços

A alíquota única do IVA dual, no entanto, gerou críticas principalmente por parte do setor de comércio e serviços, que representa cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Um estudo divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por exemplo, afirma que, com as mudanças previstas nas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 45 e 110, ambas de 2019, o setor sofreria um aumento que poderia chegar a quase 200% na carga tributária.

De acordo com a CNC, isso implicaria no aumento dos preços ao consumidor e até mesmo na empregabilidade das empresas de comércio e serviços, que é responsável por 37% da força de trabalho no país.

No entanto, especialistas em contas públicas consultados pela DW divergem dessas estimativas. Segundo o advogado tributarista e economista Eduardo Fleury, que é consultor do Banco Mundial, a reforma tributária visa não aumentar a carga, ao mesmo tempo que não diminui a arrecadação do governo.

Serviços afetam os mais ricos

“Temos que entender que o sistema brasileiro é uma metralhadora giratória. Ela acerta em muitas coisas, não tem padrão claro. Há um monte de exceções”, explica Fleury, que lembra que há desníveis de alíquotas em subsetores dos serviços que oneram principalmente os mais pobres, como nas telecomunicações, com carga tributária de aproximadamente 36%.

“Quem consome serviços é a população de renda mais alta. As classes mais baixas consomem basicamente internet e transporte, já que a saúde e a educação são pelo Estado”, acrescenta, citando a última Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE, de 2017/2018.

O especialista tributário também cita um estudo do Banco Mundial sobre os mesmos dados da POF, que divide a população em dez faixas de renda. De acordo com o levantamento, em 2019 a carga tributária brasileira que incidia sobre o décimo mais pobre era de cerca de 21%; enquanto o décimo mais rico pagava 12%. Ainda segundo Fleury, com a reforma, nove das dez faixas de renda pagariam parcelas menores de impostos em comparação com o sistema atual – apenas os 10% mais ricos teriam aumento de carga tributária.

Em outro estudo, com base em dados da Receita Federal de 2019, Fleury também demonstrou que, dos 70% do PIB relativos ao setor de serviços, apenas 13,7% do total da economia brasileira correspondia a vendas de fim de cadeia, ou seja, ao consumidor final. De resto, a administração pública ficaria com 17,4% do PIB; os serviços financeiros com 7,2%; e os serviços de meio de cadeia, que vendem para outras empresas e seriam beneficiados pela reforma, com 13,2%, por exemplo.

“Dos 13,7% de serviços de fim de cadeia, quando se pega os CNPJs, cerca de 89% deles são de empresas enquadradas no Simples Nacional”, diz ele, lembrando que, na reforma, não há propostas de alteração do tratamento especial dado por esses empreendedores que faturam até R$ 4,8 milhões por ano.

Sobreposição de tributos

Para os setores de serviços de meio de cadeia, a previsão da reforma tributária é que sejam aproveitados créditos, para que não haja sobreposição de impostos e desequilíbrio nos custos, como ocorre hoje. Conforme explica Murilo Viana, especialista em contas públicas e consultor-sênior da Go Associados, hoje uma empresa de TI que presta serviços para outra empresa, por exemplo, pode arcar com o pagamento do Imposto sobre Serviços (ISS), que não gera crédito tributário algum para o contratante do serviço, ocasionando cumulatividade e distorções.

Viana acrescenta que, com a reforma, o novo tributo pago sobre o valor adicionado será aproveitado. Comprar objetos de escritório para uma empresa ou mesmo o gasto de energia dela vão gerar créditos no IVA dual, o que atualmente não ocorre plenamente.

“Porém, o setor de serviços voltado ao atendimento ao consumidor não vai aproveitar isso, porque o elo dele é o atendimento final, então tende a suportar uma carga maior”, completa, lembrando que, embora novas redações das PECs já tentem amenizar o efeito negativo sobre o Simples Nacional, as empresas optantes por esse regime ainda assim podem sofrer algum aumento de carga, uma vez que os insumos adquiridos terão alíquota majorada com o IBS.

Um estudo da Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse) indica que, com um IVA de 25%, a carga tributária média de 128 subsetores passaria do atual número entre 21% e 26% para algo em torno dos 50%.

Custo invisível e desigualdade

Os cálculos do setor terciário sobre o aumento da carga tributária, no entanto, não são consenso. Professora catedrática de direito tributário da Universidade de Leeds e pesquisadora associada à Oxford, a portuguesa Rita de La Feria ressalta que é impossível saber realmente qual o volume de impostos que estão embutidos num produto ou num serviço prestado.

“Na prática, muitos dos serviços têm impostos embutidos nas compras que fazem, cadeiras, computadores, softwares e o que seja”, diz a jurista. Ela sublinha que o argumento de que a reforma tributária causará aumento de preços, ou seja, inflação, é inconsistente – justamente porque são utilizados pelos mais ricos. “A maior parte do consumo das pessoas de baixa renda é em produtos. Supondo que seja verdade que o serviço é menos tributado no Brasil, isso é uma regressividade enorme. Assim, tributar serviços da mesma forma que bens seria aumentar a progressividade do imposto.”

Segundo La Feria, a reforma tributária como está desenhada será tão positiva para a economia brasileira que acabará por beneficiar os setores de serviços. “Mesmo que eles estejam assustados, achando que é um aumento da tributação de valor real. Mas sinceramente acho que uma reforma tributária que desenvolva o Brasil e alavanque o desenvolvimento econômico vai ajudar a todos.”

Autor: Fábio Corrêa

ISENÇÃO DE TAXA DE COMPRAS ATÉ 50 DÓLARES CONTINUA

 

História por Lavínia Kaucz  • 18h

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou ação contra o Programa Remessa Conforme, que zerou a alíquota do Imposto de Importação sobre compras internacionais de até US$ 50. A ministra entendeu que as autoras da ação, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), não têm legitimidade para questionar a norma no Supremo.

“As normas impugnadas afetam empresas de comércio eletrônico que desenvolvem diversas atividades econômicas, não apenas atividades ligadas aos representados das autoras desta ação, vinculados a produção de calçados e couro em geral”, afirmou a ministra no despacho. Dessa forma, a ação não será levada ao plenário da Corte.

Galpão para compras online na China Foto: Mark Schiefelbein/AP Photo© Fornecido por Estadão

Cármen ressalta, ainda, que uma eventual ofensa do programa da Receita Federal à normas constitucionais seria “reflexa” e que a ação não demonstra descumprimento direto da Constituição.

As entidades argumentaram que a Fazenda não tem competência para alterar a alíquota do imposto e que a medida fere a isonomia tributária. Afirmaram, ainda, que a exceção prevista para as remessas internacionais entre pessoas físicas que não excedam US$ 50 tem gerado “ostensiva e generalizada fraude tributária”.

A ESCOLHA DE FLÁVIO DINO PARA O STF NÃO VAI ACRESCENTAR NADA

 

Corte fez trabalho de destruição das leis, da moral e dos direitos humanos com o inquérito sem fim contra ‘atos antidemocráticos’

O novo ministro Flavio Dino tem diante de si, possivelmente, a tarefa mais difícil da sua vida: fazer o Supremo Tribunal Federal ficar pior do que já é. Não é impossível, dentro do entendimento geral de que tudo que existe dentro do universo sempre pode piorar – e credenciais para enfrentar esse desafio o ministro certamente tem. Foi governador do Maranhão durante oito anos seguidos, e deixou o seu Estado como o mais miserável do país – as dez cidades com o pior IDH do Brasil ficam ali. Está entre os mais atrasados do Nordeste em quase tudo: educação, saúde, água encanada, esgoto. É o pior ministro, em termos de resultados, do governo Lula – coisa que não é fácil para ninguém. Foi nulo, especialmente, na obrigação de combater o crime e dar mais segurança aos cidadãos. É um campeão da ideia de que liberdade é assunto a ser tratado pela Polícia Federal.

Flávio Dino assumirá a vaga deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal
Flávio Dino assumirá a vaga deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal  Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

Ainda assim, vai ser duro. Quem conseguiria fazer no STF um trabalho de destruição das leis, da moral e dos direitos humanos mais perverso que o inquérito sem fim contra os “atos antidemocráticos”? Há réus primários presos há quase um ano sem culpa formada, sem julgamento e sem direito pleno à defesa legal. Advogados têm de mandar suas peças de sustentação oral por vídeo – sem ter a menor ideia se alguém vai ver ou ouvir o que gravaram. Nesse inquérito podem entrar todos e quaisquer crimes cometidos no Brasil, no mundo e no sistema solar; há de tudo ali, de bloqueio da conta bancária de uma garota de 15 anos, suspeita de “lavar dinheiro” para ajudar o pai exilado, a um bate-boca envolvendo o ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma. O inquérito do “fim do mundo” transformou o mais alto tribunal de justiça da República numa delegacia de polícia que apreende celulares, revista automóveis e executa ordens ilegais. É o DOPS da “democracia”.

O ministro Gilmar Mendes chamou os senadores de “pigmeus morais”, por terem tomado uma decisão que ele não gostou. O que Flavio Dino pode dizer de pior? O ministro Moraes, que já tinha criado o assombroso “flagrante perpétuo”, acaba de criar o foro privilegiado para a primeira-dama. Ela se queixou da invasão de seu perfil no antigo Twitter, coisa que talvez valesse um B.O. na delegacia do bairro. Moraes, de imediato, chamou o caso para o Supremo, tocou a Polícia Federal em cima dos suspeitos – e tudo o que conseguiram foi a humilhação pública de deter um menor de idade na periferia mais pobre de Brasília.

O problema do STF não é Flavio Dino. É o próprio STF. Como observou o Estadão em editorial, quem estava em julgamento na sabatina do Senado não era Dino. Era a Corte constitucional.

ALIADOS E UCRÂNIA PRECISAM SE PREPARAR PARA UMA LONGA GUERRA SE QUEREM A PAZ

O triunfo da Ucrânia seria justo, mas é inalcançável. Concessões resultariam em injustiça. Para uma paz duradoura, a Ucrânia e seus aliados precisam se preparar para uma guerra longa

As esperanças em um avanço substancial da Ucrânia evaporaram. A contraofensiva lançada em junho recuperou 0,25% do território ocupado pela Rússia, bem abaixo da meta mínima. Enquanto o segundo ano de combate entra em seu ocaso sob o frio e a umidade invernal, o front de 1.000 km está engessado. As tropas estão exaustas; e as munições, exauridas. A economia ucraniana já encolheu um terço. Os aliados ocidentais dão mostras de fadiga e distração pela guerra no Oriente Médio.

Não que a ofensiva tenha sido um erro. Poderia ter dado certo. Mas também poderia não dar certo, e, por várias razões, não deu. Legal, política e moralmente os objetivos de Kiev – restauração de sua integridade territorial e compensações pela agressão – seguem inatacáveis. Mas são inalcançáveis a curto e, possivelmente, a médio prazo. Nutrir esperanças em uma “vitória a qualquer custo” e investir numa estratégia de acordo com elas traria poucos ganhos, possivelmente nenhum, e poria muito a perder, possivelmente tudo.

Quem quer a paz a qualquer custo vê uma oportunidade. Segundo o jornal alemão Bild, o chanceler Olaf Scholz estaria planejando com o presidente americano, Joe Biden, pressionar a Ucrânia a aceitar um cessar-fogo e sentar à mesa de negociações, dando-lhe armas suficientes para sobreviver, mas não para vencer. Os pacifistas radicais gostariam que o problema simplesmente desaparecesse, com a Ucrânia trocando “terras por paz”. Os moderados afirmam que a Ucrânia não precisaria renunciar aos seus objetivos, mas poderia persegui-los por vias diplomáticas, sustentando um cessar-fogo pelo tempo que fosse necessário.

Ainda assim, faltaria “combinar com os russos”. O presidente Vladimir Putin não dá sinais de que deseja negociar. Há poucos dias disse que a guerra não acabará enquanto seus objetivos não forem alcançados: neutralidade, “desmilitarização” e “desnazificação” da Ucrânia. A estratégia é erodir o moral ucraniano e ocidental, explorando suas divisões enquanto aguarda que uma vitória de Donald Trump nos EUA desempate o jogo a seu favor. Mas, mesmo que ele fechasse algum acordo, seria confiável? Um cessar-fogo só lhe daria a oportunidade de se rearmar e voltar à ofensiva. E, mesmo que os ucranianos fizessem todas as concessões, alguém duvida que ele veria nisso um sinal de fraqueza e um convite a dobrar a aposta?

Assim, se o anseio dos “falcões” é irrealista, o das “pombas” também é. Um triunfo da Ucrânia seria justo, mas não está ao alcance. Nas condições atuais, a paz seria injusta, e, mesmo que esteja ao alcance, o que não é certo, seria só um hiato antes de mais guerra e injustiças. De um modo ou de outro, uma paz duradoura e, sobretudo, justa está distante. Se quiserem se aproximar dela, a Ucrânia e seus aliados precisam se preparar para uma guerra longa.

Tudo indica que, ao menos num futuro próximo, a Ucrânia precisará alterar a sua estratégia, de ofensiva para defensiva. Isso passa por manter a guerra de atrito no front, impor o máximo de perdas aos russos e eventualmente explorar possibilidades de recuperar territórios. Mas a prioridade é blindar os 80% de território sob seu controle. Para isso precisará de defesas aéreas, caças F-16 para debilitar a supremacia aérea da Rússia e mísseis de longo alcance para empurrar suas unidades de suporte.

Isso reduziria o número de baixas das forças da Ucrânia, diminuiria o risco de que suas fábricas e infraestruturas sejam destruídas, criaria condições para repatriar ucranianos refugiados e ampliaria a margem para um fluxo de exportações seguras no Mar Negro. Com mais produção e comércio, a Ucrânia reduziria a dependência dos auxílios ocidentais. A União Europeia precisa acenar concretamente à integração da Ucrânia, exigindo como contrapartida reformas para reduzir a corrupção e fortalecer suas instituições democráticas e liberais. Se a Ucrânia conseguir reciclar suas forças, fortalecer sua economia e sanear sua política, poderá mais adiante estar numa posição para vencer ou, ao menos, entrar com uma mão forte em eventuais negociações.

 

POSSIBILIDADE DE UM NOVO CESSAR FOGO ENTRE ISRAEL E O HAMAS

 

História por Por Nidal al-Mughrabi e Ibrahim Abu Mustafa  • Reuters

Ataque israelense em Rafah 16/12/2023 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa© Thomson Reuters

Por Nidal al-Mughrabi e Ibrahim Abu Mustafa

CAIRO/GAZA (Reuters) – O chefe da agência de espionagem israelense Mossad encontrou-se na sexta-feira com o primeiro-ministro do Catar na Europa, de acordo com uma fonte com conhecimento do assunto, enquanto as atenções se voltavam para uma possível nova trégua em Gaza e um acordo sobre prisioneiros e reféns.

Israel bombardeou alvos na Faixa de Gaza neste sábado, mas duas fontes de segurança egípcias disseram que autoridades israelenses estão aparentemente mais propensas a trabalhar por um cessar-fogo e uma troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses mantidos pelo Hamas.

O encontro entre David Barnea e o primeiro-ministro catari, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, foi aparentemente o primeiro entre importantes autoridades de Israel e Catar — que tem agido como mediador — desde o colapso da trégua de sete dias ocorrida no fim de novembro.

Em outro sinal de possível avanço, a imprensa israelense informou que o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, vai reunir o seu gabinete e realizar um pronunciamento na TV neste sábado. A assessoria do premiê não confirmou tal fato.

Os combates se intensificaram nas últimas duas semanas, com o colapso da trégua que permitiu que dezenas de reféns israelenses na Faixa de Gaza fossem soltos, em troca de prisioneiros palestinos em Israel.

Forças israelenses bombardearam neste sábado alvos na Faixa de Gaza, incluindo um edifício lotado da YMCA (Associação Cristã de Moços), com dezenas de palestinos possivelmente mortos ou feridos, apesar dos pedidos reiterados dos EUA para que a ofensiva seja arrefecida e que os alvos sejam os líderes do Hamas.

Em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, autoridades de saúde palestinas afirmaram que o Hospital Nasser recebeu 20 palestinos mortos em ataques durante a noite, além de dezenas de feridos, incluindo mulheres e crianças.

Os militares israelenses disseram que estão “agindo para desmantelar as capacidades militares e administrativas do Hamas”.

A agência de notícias oficial WAFA afirmou que pelo menos três dúzias de pessoas foram mortas em bombardeios em três casas no campo de refugiados de Jabalia, algo que as autoridades de saúde não puderam confirmar.

Moradores da Faixa de Gaza reportaram intensos conflitos durante a noite. “A Faixa de Gaza se tornou uma bola de fogo na madrugada. Pudemos ouvir explosões e tiros ecoando em todas as direções”, afirmou Ahmed, de 45 anos, um eletricista que tem seis filhos e estava em um abrigo no centro do enclave.

Mohammad, de 40 anos, morador de Khan Younis que se mudou para Rafah após recomendação de Israel, disse à Reuters por telefone: “Queremos um cessar-fogo total, o fim da guerra e não uma pausa humanitária”.

O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, pediu a Israel que diminua a intensidade de sua campanha na Faixa de Gaza e faça a transição para operações com foco nos líderes do Hamas, disseram autoridades norte-americanas. Mas Israel tem enfatizado que a guerra segue até que o país erradique totalmente o Hamas.

Israel, que diz ter recuperado os corpos de três reféns mortos pelo Hamas, acredita que cerca de 20 dos mais de 130 reféns na Faixa de Gaza estejam mortos.

Durante um ataque surpresa além da fronteira em 7 de outubro, militantes do Hamas invadiram cidades israelenses, matando 1.200 pessoas e capturando 240 reféns. A ofensiva de Israel em resposta já causou a morte de quase 19 mil pessoas, de acordo com autoridades de saúde da Faixa de Gaza, com outras milhares possivelmente sob escombros.

Em sinais de ramificações do conflito, os Houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, afirmaram que atacaram o resort israelense de Eilat, no Mar Vermelho, com uma série de drones.

(Reportagem de Nidal al-Mughrabi no Cairo e Shani e Fadi Shana em Gaza, Henriette Chacar, Ari Rabinovitch e Frank Jack Daniel em Jerusalém, Andrea Shalal, Jeff Mason e Eric Beech em Washington)

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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