sábado, 4 de novembro de 2023

CONTRABANDO É O FRUTO DA PROIBIÇÃO DO LIVRE COMÉRCIO

História por admin3  • IstoÉ Dinheiro

Estão dadas as condições ideais para o Brasil enfrentar um dos crimes que mais afetam nosso desenvolvimento: o contrabando. Dados do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) mostram que, em 2022, o País perdeu R$ 410 bilhões entre evasão fiscal e prejuízos em 14 setores da indústria com o mercado ilegal. E a lógica para tamanha eficiência desse tipo de crime passa pelo mau uso do sistema tributário. A disparidade de tributos entre Brasil e Paraguai, por exemplo, é um dos atrativos para a atividade ilegal, por isso o fluxo entre os países é tão grande.

O cigarro falso, item mais apreendido pela Receita Federal, representa bem essa disparidade. Por aqui os impostos ficam entre 70% e 90%, no país vizinho a taxa média é de 13%.

Especialistas apontam que a vantagem econômica faz o crime crescer. É nesse contexto que entra na pauta da Reforma Tributária o mercado ilícito. Além da substituição de cinco impostos pelo modelo de IVA dual, a PEC 45/2019 prevê um Imposto Seletivo.

De acordo com o texto, ele incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente ­— o rol de produtos e as alíquotas ainda estão indefinidos, dependendo de uma lei complementar. A intenção dos congressistas é subir o preço dos produtos para diminuir o consumo.

Mas essa lógica, segundo especialistas, já se provou falha. Em agosto, durante seminário em Brasília, o senador Efraim Filho, relator do Grupo de Trabalho da reforma no Senado, se manifestou contra aumento de carga via Imposto Seletivo.

“Qual é o problema que tá posto? Se você majorar, quanto maior a diferença maior o atrativo pra contrabandear”, disse. “O grande problema é que você concorre contra quem sonega, contra quem não paga nada. E quanto mais essa margem aumenta, mais atrativo é comprar o ilegal.”

Outro agravante na questão é que, segundo o Ipec, consultoria especializada no mercado consumidor brasileiroo crime organizado domina 41% do comércio ilegal de cigarros.

13%é o imposto médio pago no cigarro no Paraguai. No brasil a alíquota varia entre 70% e 90% 

57%é a fatia do comércio ilegal de cigarros no mercado brasileiro até 2019,em 2015 a participação era de 39%

Preço x consumo

Pery Shikida, professor da Unioeste, em parceria com Mário Margarido e Daniel Komesu, acompanhou a evolução desse segmento no estudo Elasticidades no Mercado Brasileiro de Cigarros. Segundo Shikida, o aumento de impostos, no período estudado, provocou diminuição de arrecadação.

“O imposto mais caro para cigarros foi responsável pela queda de 1,39% ao ano”, afirmou. “Apesar da maior incidência de tributos sobre os cigarros, que subiu 67% no período de janeiro de 2012 a setembro de 2021, a arrecadação registrou uma tendência de queda ano a ano a partir de 2014.”

Paralelamente houve “aumento da participação do mercado ilícito do produto no País, que cresceu, em média, 8,79% ao ano”A lógica, de acordo com Shikida, é simples: aumento de preço não inibe consumo. Isso porque o consumidor tem à disposição o ilegal: mais barato e acessível. O que acontece, portanto, é uma migração.

Senador afirma que precisa haver redução de impostos nos itens originais para que os produtos falsos não tenham ainda mais vantagens econômicas© Fornecido por IstoÉ Dinheiro

Nos últimos 11 anos, os dados mostram que foram mais de R$ 94 bilhões de perdas em evasão fiscal. A participação do comércio ilegal de cigarros passou de 39% (em 2015) para 57% (2019).

O presidente do Fórum Nacional de Combate à Pirataria e à Ilegalidade, Edson Vismona, corrobora as conclusões de Shikida.

“O modelo tributário é uma ferramenta capaz de enfraquecer o contrabando, desde que não onere ainda mais os produtos brasileiros.”Edson Vismona, do Fórum Nacional de Combate à Pirataria e à Ilegalidade

Ele diz que a mercadoria fabricada no Brasil e o produto importado legalmente não podem ter aumento de impostos. “Se aumentar, o contrabando se favorece imediatamente. O ilegal ganha competitividade e será muito mais favorável à sua venda.”

Segundo Vismona, é inegável que a luta passa pelo combate à oferta e demanda do cigarro ilícito, “e a oferta é enfrentada através da repressão, ao impedir a circulação de produtos ilegais”.

E acrescenta que o contrabando é dominado pelo crime organizado e milícias“Por isso, não é inteligente que o combate seja feito unicamente pela repressão. Para diminuir a atratividade dos produtos ilegais a questão tributária é imprescindível.” No mundo moderno isso significa quebrar o crime sendo mais inteligente que ele.

O post Como a Reforma Tributária pode combater o contrabando apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

 

QUEIMADAS NA AMAZÔNIA AUMENTAM E O GOVERNO DIZ QUE NÃO

 

História por Giovana Girardi  • Agência Pública

Os erros e acertos do governo ante à escalada de fogo e fumaça na Amazônia© Fornecido por Agência Pública

Na semana passada comentei neste espaço sobre como a extrema direita estava se valendo das notícias de seca e queimadas na Amazônia para alimentar um discurso anti-Lula e anti-Marina Silva com um tanto de desinformação e muita leitura enviesada dos fatos.

Mas na tentativa de traçar a big picture dos acontecimentos na Amazônia nos últimos anos, traçando a cadeia de responsabilidades, talvez tenha me faltado retratar com mais precisão o cenário caótico que de fato se instalou na região neste último mês. E três fatores me alertaram para isso logo cedo nesta quarta-feira (1), o que me impeliu a voltar ao tema aqui. 

O primeiro foi um vídeo postado pela jornalista Eliane Brum, que há muitos anos escolheu viver em Altamira (PA) e de lá reportar a partir do que ela chama de Centro do Mundo – sim, a Amazônia. 

Com o semblante abatido e apavorado, ela começou: “Eu preciso dividir com vocês que eu não aguento mais acordar todo dia, todo dia, todo dia com cheiro de fumaça, testemunhando a floresta queimar, com o céu encoberto. Faz muito tempo que a gente não vê o azul do céu”. Na sequência, comparou o que está acontecendo com um holocausto. “Macacos, araras, cobras estão queimando em dor excruciante, morrendo pela mão de criminosos.” 

Desde setembro temos visto o quadro de seca e estiagem se agravando na região. Começou com imagens de peixes e mais de uma centena de botos mortos pelo aumento da temperatura das águas. Na sequência os rios chegaram a seus níveis mais baixos, vimos populações isoladas, sem água para beber na maior bacia hidrográfica do mundo. Então começaram as queimadas.

Ao ver o vídeo de Brum, entrei na página do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) onde ficam concentrados os dados de monitoramento das queimadas no Brasil. Já era sabido, desde mais ou menos metade do mês, que outubro bateria recordes de focos no Amazonas. Hoje foi possível ver o balanço dos 31 dias. E de fato tivemos um cenário aterrador.

O bioma Amazônia como um todo registrou em outubro 22.061 focos de queimadas, o maior valor para o mês desde 2008 e 58% superior ao ocorrido no mesmo mês de 2022. No Amazonas, onde a estiagem começou, foi de longe o pior outubro dos registros do Inpe (iniciados em 1998), com o recorde de 3.858 focos – 60% acima do pior outubro até então, que era de 2009. 

O problema já se estende por outros estados. O Pará teve o segundo pior outubro da série histórica, com 11.378 focos, só um pouco atrás do que foi registrado em outubro de 2008, com 11.568 focos.

No dia 13 de outubro, quando o cenário estava se revelando crítico, o governo reagiu e dobrou o número de brigadistas no Amazonas. Nesta terça-feira (31), o presidente Lula fez uma postagem citando essa ação. 

“Na Amazônia, o governo federal reduziu o desmatamento em 49,5% em 2023, no comparativo com o mesmo período do ano passado, mudando a tendência depois de anos de descaso com o meio ambiente na gestão anterior. Durante as queimadas que deixaram o Norte sob a fumaça, os brigadistas do Ibama e do ICMBio tem reforçado o combate aos incêndios feitos pelos estados, reduzindo os focos em 78% na terceira semana de trabalho. O @mmeioambiente voltou a trabalhar em defesa do meio ambiente e da vida”, escreveu na conta oficial no X/Twitter.

Nada incorreto nos dados que ele destacou, mas a terceira coisa que me chamou atenção nesta quarta-feira foi um outro post reagindo a esse comentário de Lula. “A little too late [um pouco tarde demais], presidente. Ao mudar o nome do MMA pra incluir as mudanças do clima, as ações preventivas ao fogo deveriam ter tomado protagonismo imediato. Combater fogo é paliativo. Urge a criação de um grupo técnico-científico sobre os incêndios na Amazônia”, escreveu Érika Berenguer, ecóloga que já citei outras vezes por aqui. 

Especialista em fogo, ela está há semanas na região de Santarém, no Pará, sua área de estudo, sentindo na pele o que está acontecendo por lá. O desabafo era quase pessoal, assim como o de Brum. Berenguer me contou estar com febre, tossindo, “quase com pneumonia”, como ela descreveu. 

Se no Amazonas o problema de fato se concentrou mais no começo do mês, com uma desaceleração da quantidade de focos na segunda metade, no Pará foi ao contrário. Em apenas quatro dias, entre 25 e 28 de outubro, o Inpe registrou 3.848 focos – 33% do que foi detectado no mês inteiro. É o que tanto a pesquisadora quanto a jornalista estavam testemunhando.

Já disse aqui outras vezes, mas não custa repetir. Há uma conjunção de fatores em curso na Amazônia que contribuem com esse quadro. Talvez o mais forte deles torne quase impossível de evitar todo o resto, que é a estiagem extrema resultante de um El Niño intenso combinado com as mudanças climáticas. A floresta está mais seca, logo mais suscetível a queimar. Mas ainda assim o fogo não é espontâneo. Depende de alguém riscar o fósforo. 

E fogo, na Amazônia, costuma ocorrer por dois motivos principais: como etapa final do processo de desmatamento (para acabar de limpar o terreno) e para manejar pastagem. Nos dois casos, há o risco, quando o clima está muito seco, de as chamas se espalharem para a mata em pé. Aí se dá o incêndio florestal. A mortalidade de árvores em anos como este aumenta, o que degrada a floresta remanescente. Ou seja, mesmo o que não foi desmatado fica mais fraco, diminuindo a capacidade de prestar os serviços ecológicos, como chuva e a absorção de gás carbônico da atmosfera.

O governo Lula teve uma atuação realmente digna de nota neste ano ao derrubar as taxas de desmatamento. Em nove meses (de janeiro a setembro), os alertas de corte da floresta caíram quase à metade, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do sistema Deter, do Inpe. 

Mas havia muita madeira ainda derrubada de anos anteriores esperando para ser queimada. Para sorte da Amazônia, como já disse Berenguer, nos anos anteriores, sob Jair Bolsonaro, o período de seca não foi intenso, pelo contrário. Havia uma La Niña em curso (o oposto do El Niño), e a Amazônia estava mais úmida.

Já se sabia que este ano seria diferente, que havia muita matéria orgânica acumulada. Evitar que mais tora estivesse no chão para ser queimada foi um ganho enorme. Mas pode ter faltado agir mais cedo para evitar o princípio das queimadas. Para considerar políticas que evitem a degradação também da floresta que resta.

O país tem um compromisso, junto ao Acordo de Paris, de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Hoje e historicamente, o desmatamento da Amazônia foi a principal fonte de emissão do Brasil. Diante do aumento da perda da floresta nos anos Bolsonaro, ficamos mais longe das nossas metas até 2025. 

Nesta semana, pesquisadores que fazem o Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), ligado ao Observatório do Clima, calcularam que o Brasil só vai conseguir cumprir sua meta se acelerar a redução do desmatamento aos mesmos níveis que ocorreram no Brasil entre 2008 e 2012 – o período de mais intenso controle já aplicado na Amazônia. Em 2012 a taxa de desmatamento chegou ao menor nível da história.

Só que as queimadas podem prejudicar todo esse esforço. Em um artigo publicado em meados deste mês na revista Nature Ecology and Evolution, 18 pesquisadores do Brasil e do exterior alertaram que a degradação da floresta provocada pelos incêndios que estão ocorrendo pode acelerar um processo, já em curso, em que a Amazônia passe a emitir mais gás carbônico do que absorve hoje. 

Seria certamente o pior dos mundos, como alerta há alguns anos a pesquisadora Luciana Gatti. Lula e companhia vão precisar fazer bem mais para salvar a Amazônia e ajudar o planeta a se salvar do aquecimento global.

O GOVERNO ATUAL NÃO SE INTERESSA PELO INGRESSO DO BRASIL NA OCDE

 

História por Paulo Silva Pinto  • Poder360

Ministros europeus de relações exteriores discutiram na 5ª feira (2.nov.2023) em reunião em Berlim o esfriamento por parte do governo brasileiro no processo de adesão à OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).

A reunião teve como tema central a guerra entre Israel e o Hamas. Os ministros também discutiram a aceleração da entrada de vários países na União Europeia.

O ministro das Relações Exteriores da Áustria, Alexander Schallenberg, decidiu incluir informalmente na reunião com os ministros europeus a discussão sobre o esfriamento do processo de adesão do Brasil à OCDE.

A informação que Schallenberg levou aos ministros foi baseada em reportagem que o Poder360 publicou na 3ª feira (31.out) sobre o Brasil ter deixado de pagar € 5,1 milhões (R$ 27 milhões na cotação atual) para o processo de entrada na instituição.

Outro sinal da falta de interesse do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em aderir é que o grupo interministerial sobre a cooperação com a OCDE só se reuniu uma vez em 2023, em 2 de outubro.

O processo de entrada do Brasil na OCDE começou oficialmente em outubro de 2022, no governo de Jair Bolsonaro (PL). Economistas disseram que o governo de Lula tem restrições ideológicas para entrar na OCDE e que isso atrasa o desenvolvimento do Brasil.

A discussão dos ministros sobre o esfriamento do processo de adesão do Brasil à OCDE foi informal, portanto não houve registro na ata da reunião. Não havia representante da diplomacia brasileira porque era um encontro só de europeus.

Diplomatas europeus disseram que o atraso de pagamentos do Brasil a instituições multilaterais é algo frequente. Mas, no caso da OCDE, o que chama a atenção é que o governo brasileiro fez outro pagamento em 2023, de € 1,3 milhão, para participação em comitês e para estudos. O que está em atraso é a taxa para aderir à instituição.

A avaliação de diplomatas europeus é que a Indonésia poderá entrar para a OCDE antes do Brasil, embora as negociações para a adesão estejam em patamar anterior, sem início oficial do processo ainda.

POLÍTICOS E O GOVERNO QUEREM MILITARES FORA DAS ELEIÇÕES

História por THIAGO RESENDE E CATIA SEABRA  • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Em reunião com o ministro José Múcio (Defesa), o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) disse que estuda proibir militares da ativa no comando de ministérios a partir de 2025 e barrar que se candidatem já na eleição de 2024.

Kajuru é relator da PEC (proposta de emenda à Constituição) que impede que militares da ativa ocupem cargos políticos. A expectativa é que o texto seja votado no Senado até o fim deste mês e depois siga para a Câmara.

No entanto, as propostas em avaliação pelo relator ainda serão debatidas com mais membros do governo. Integrantes do Palácio do Planalto e da articulação política resistem a alterações na PEC.

Por isso, Kajuru quer se reunir com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) no início da próxima semana. O senador diz que não pretende assumir uma posição de enfrentamento e apresentar um relatório que desagrade o governo.

Ministros de Lula (PT) demoraram cinco meses para concluir o desenho da PEC, que foi apresentada pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

Inicialmente o governo iria propor regras para proibir que militares da ativa das Forças Armadas disputassem eleições ou ocupassem cargos no primeiro escalão do Executivo -nesse segundo item o objetivo era evitar casos como o do governo de Jair Bolsonaro (PL), que colocou militares da ativa em funções estratégicas do Executivo.

Essa versão preliminar foi costurada num acordo sobre o tema com os comandantes Tomás Paiva (Exército), Marcos Olsen (Marinha) e Marcelo Damasceno (Aeronáutica).

Mas a ala política do governo defendeu que a PEC fosse enviada ao Congresso de forma desidratada. A proposta então ficou sem a proibição a militares da ativa nas cadeiras de ministros de Estado.

O relator, porém, quer buscar uma conciliação com o governo e propor que essa medida tenha validade a partir de 2025. Além disso, ele avalia que os militares da ativa também fiquem impedidos de ocupar cargos de secretário-executivo das pastas.

Se um militar aceitasse o convite para ser ministro ou secretário-executivo, teria de ir para a reserva.

Kajuru afirmou que não pretende estender a medida para barrar militares da ativa em cargos de primeiro escalão em governos estaduais. “Isso não chegou a ser estudado pelo governo [federal]. Então não tenho intenção de fazer”, disse.

Contudo, a ideia mais polêmica em estudo pelo relator deverá ser antecipar o efeito da PEC para as eleições de 2024.

Especialistas avaliam que isso poderia ser questionado juridicamente porque a Constituição também prevê que as regras eleitorais precisam ser modificadas pelo menos um ano antes do pleito. Portanto, esse prazo já expirou para as eleições municipais do próximo ano.

“Vou pedir uma análise para a assessoria técnica para que não haja dúvidas e para evitar que isso seja questionado”, explicou o senador.

Wagner, ao apresentar a PEC, incluiu um dispositivo que deixa claro que a proibição para militares da ativa concorram aos cargos políticos não valeria para 2024.

Para o advogado especializado em direito eleitoral Helio Silveira, militares que queiram ser candidatos no próximo ano podem questionar a medida planejada pelo relator.

“O espírito do artigo 16 da Constituição Federal foi evitar que houvesse mudanças bruscas no sistema eleitoral um ano do processo começar, evitar aquelas alterações casuísticas que podem causar dano. Por se tratar de uma PEC, [a proposta envolvendo militares] seria debatido se estaria atingida pela determinação do artigo 16 ou não”, explicou Silveira.

A reunião com Padilha também deverá contar com a presença de Wagner e do líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA). O PSD tem a maior bancada na Casa, e Otto foi um dos articuladores para que o governo desidratasse a PEC -retirando a parte que continha a proibição para militares na ativa assumirem cargos de ministros.

Wagner estudou no Colégio Militar do Rio durante a infância e adolescência e cogitou à Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) para se tornar um oficial do Exército, não fosse o início da ditadura militar, em 1964.

O histórico com os militares o auxiliou enquanto esteve no Governo da Bahia, com pedidos por atuação das Forças Armadas em operações de GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Os predicados ainda o conduziram ao Ministério da Defesa no governo Dilma Rousseff (PT), em 2015.

Mesmo afastado de cargos que demandam relacionamento constante com as Forças Armadas, o senador ainda mantém contato com oficiais-generais e os auxilia em pleitos no Congresso Nacional.

Mesmo que a PEC avance rapidamente neste mês no Senado, ainda não tem prazo para que a Câmara aprove a proposta. Por ser uma alteração na Constituição, a tramitação é mais lenta. Além disso, em anos eleitorais, o Congresso costuma se esquivar de temas polêmicos.

 

O BRASIL É SEMPRE O MAIS ATRASADO EM INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

 

História por admin3  • IstoÉ Dinheiro

Com currículo diverso, que vai do processamento de dados ao marketing, Bárbara Toledo acaba de se tornar a nova diretora da Estratégia de Consumo & Varejo para a Intel América Latina. A executiva tem 20 anos na multinacional de tecnologia, cuja receita no terceiro trimestre foi de US$ 14,2 bilhões — analistas esperavam US$ 13,5 bilhões. Assumidamente apaixonada pela área de tech, em entrevista à DINHEIRO Bárbara falou sobre os principais motivos por trás da importância estratégica da região e, principalmente, sobre inteligência artificial (IA). De acordo com ela, a expansão de mercado é um de seus principais desafios no novo cargo. “Espero fazer com que a Intel tenha um olhar especial para a América Latina”.

Na sua avaliação, qual a importância estratégica do Brasil e da América Latina quando se trata de consumo?

É um mercado muito relevante. Se nós observarmos o volume de vendas de PCs, temos o Brasil ocupando a quarta posição [global]. Internamente, eu brinco com o pessoal e digo que há um certo conservadorismo. Há uma perspectiva de crescimento de um dígito para o ano que vem, mas acredito que vamos além. Ao mesmo tempo, um segmento que tem crescido bastante, que a Intel também tem investido na América Latina, trazendo inclusive campeonatos globais, é o mercado gamer. É um mercado em evolução e no qual acreditamos muito.

E quando o assunto é varejo?

A gente tem grandes varejistas. Lembro de uma conversa com o time global em que questionei se conheciam a maior influenciadora digital do mundo. Eles responderam ‘como assim?’. Mostrei a eles a Lu, do Magalu, em uma foto na Times Square. É uma superinovação em termos de comunicação, posicionamento do varejo local. Quando falamos do modelo de vendas, a gente tem o marketplace superdesenvolvido no Brasil. Falamos de grandes varejistas globais, como é o caso da Amazon, mas temos uma multinacional latino-americana que está transformando o modelo de vendas e revolucionando a questão logística em diferentes países, que é o Mercado Livre. Esses dois são ótimos exemplos sobre o potencial brasileiro e sobre a importância que damos para a construção de parcerias.

Atualmente, a Intel está focada em quais soluções? A IA é uma delas?

Quando se trata de soluções de software, inteligência artificial é um dos grandes assuntos. E o lema da Intel é que nós estamos democratizando a IA, disponibilizando nossas arquiteturas com antecedência para os desenvolvedores, para que eles possam tirar o melhor dos produtos que vão chegar ao mercado brasileiro no final de 2024, 2025, para que o sistema esteja pronto e possa entregar uma melhor experiência para o usuário.

Por falar em IA… o que está por vir?

Nós sempre falamos de CPU, que é a unidade central de processamento. Agora, em um único chip, você passa a ter três unidades diferentes. CPU, que todo mundo já conhece, a GPU, que é a unidade de processamento gráfica, e também a NPU, que é a unidade de processamento que vai garantir o que nós chamamos de TOPS, ou seja, o número de transações necessárias para garantir uma boa experiência em IA. Essa evolução tecnológica e essa capacidade oferecida pela Intel de embarcar com um único chip em diferentes sistemas vão garantir outro nível de experiência. Estamos falando de notebooks mais compactos, que vão usar menos energia e ter uma capacidade muito maior. É justamente nesse processo que estamos focados agora e é isso que vocês vão ouvir falar cada vez mais.

O brasileiro está pronto para o uso dessa tecnologia?

Eu acho que está caminhando. Dentro da lógica de varejo, eu posso mencionar dados de vendas de notebooks no Brasil. Mais de 80% são on-line. É um número bem maior que nos EUA. No marketing, nós trabalhamos com a intenção de melhorar a experiência do usuário.

A regulamentação da IA é uma das pautas no Congresso. Como o Marco Legal para IA pode impactar a Intel?

A Intel tem políticas muito importantes com relação à diversidade, sustentabilidade e quando nós dizemos que estamos democratizando a IA é no ponto de vista de disponibilizar a tecnologia para todos os desenvolvedores de software, facilitando a inovação. Nós sempre trabalhamos com plataforma aberta justamente para isso. Nosso pilar de diversidade, inclusão e responsabilidade social tem um papel muito forte para garantirmos que pessoas que estão escrevendo essas linhas de código sejam pessoas que representem a sociedade. A IA precisa ser treinada. E ela precisa ser treinada em cima da realidade. Então nós estamos participando dessas discussões e sempre trazemos o ponto da importância de ter uma visão aberta, democrática e diversa para que a IA seja ética e para que ela não tenha vieses que possam, de repente, nos direcionar a caminhos não desejáveis.

Quais os impactos da América Latina nas receitas da Intel? Quais os produtos mais consumidos?

Quando a gente fala do consumo na América Latina, a gente trabalha com sazonalidades que vão depender muito de governo, educação, saúde. Hoje eu diria que nossa receita ainda é majoritariamente focada em notebooks para o usuário final, seja ele corporativo, seja ele o consumidor final. Então é uma unidade de negócio relevante. Há muito tempo eu escuto aquela história de que o “PC morreu”, mas ninguém consegue matar o PC. Você sempre vai ter dispositivos complementares e provavelmente estaremos cada vez mais conectados. É o smartwatch, é o smartphone, é a smart TV. E o PC acaba sendo o centro de tudo isso.

Considerando o fato de que mulheres representam menos de 20% dos cargos de tecnologia, como você avalia a importância da diversidade, e não apenas de gênero, para a área?

A diversidade é essencial. Um dos exemplos disso é que um dos líderes de vendas de celulares na África tem como grande diferencial ter desenvolvido localmente um recurso próprio para selfies de pessoas de pele negra. Esse simples detalhe trouxe uma explosão de oportunidades no continente inteiro. É um exemplo que, por si só, explica a importância da diversidade. Nós somos diversos, possuímos características diferentes. E muitas vezes, a diversidade é uma oportunidade de negócio. Além disso, quando você exclui parte da população é essa parte que deixa de gerar PIB.

Quais seus objetivos no novo cargo?

Falando de forma até pessoal, um dos meus principais objetivos é fazer com que a Intel tenha um olhar especial para a América Latina. É uma região de muitas oportunidades. Então, um dos meus grandes objetivos é fazer com que o time global enxergue essa oportunidade para a gente cada vez mais viabilizar investimentos. Acho que esse é o crucial. Em segundo lugar, a gente não faz nada sozinho. Então, aumentar as parcerias, seja com os varejistas ou com o ecossistema dos fabricantes de computador, com os desenvolvedores de software, para que a gente possa ter inovação acontecendo aqui no Brasil.

E quando se trata de desafio?

O principal é expansão de mercado. Eu tenho dedicado muito tempo para entender os outros mercados e traçar paralelos. O Brasil, por exemplo, depende muito da fabricação local por causa da taxação. Isso não acontece no restante da América Latina. Então, esse gap diminuiu, mas a gente ainda vê a inovação chegar mais rápido nos outros países do contexto Latam do que aqui.

O post “Inovação chega mais rápido a outros países da AL do que ao Brasil”, diz Bárbara Toledo, da Intel América Latina apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL É MAIS INTELIGENTE QUE O SER HUMANO?

 

História por Vitor Augusto Conceição, Taylor Lyles  • IGN Brasil

“You can do a job if you want a job… but the AI will do everything.”© Fornecido por IGN Brasil

Numa previsão ousada sobre o uso da inteligência artificial, o empresário do ramo da tecnologia Elon Musk prevê um futuro onde a IA tornará obsoleta a necessidade de trabalhar.

Como parte da Cúpula de Segurança de IA inaugural, Musk sentou-se com o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, para discutir inteligência artificial. Sunak perguntou a Musk a sua opinião sobre a IA e como esta impactaria os mercados de trabalho, ao que Musk respondeu que a IA seria mais inteligente do que o ser humano mais inteligente e seria capaz de fazer tudo.

“Bem, acho que estamos vendo aqui a força mais perturbadora da história, onde pela primeira vez, terá algo mais inteligente do que o ser humano mais inteligente”, respondeu Musk. “… quero dizer, é difícil dizer exatamente qual é esse momento, mas chegará um ponto em que nenhum emprego será necessário. Você pode ter um emprego se quiser ter um emprego… mas a IA será capaz de fazer tudo.”

Musk sugeriu que a IA pode ser uma faca de dois gumes, observando que tornar os empregos obsoletos seria um “problema do gênio mágico”. Musk tem falado abertamente sobre a necessidade de regulamentar a IA e foi um dos vários executivos de tecnologia e pesquisadores de IA a assinar uma carta aberta pedindo a suspensão do desenvolvimento da IA ​​no início deste ano.

No entanto, Musk, proprietário do X/Twitter, tal como outras empresas e investidores tecnológicos, investiu dinheiro em empresas de IA e implementou a tecnologia nas suas empresas, como a fabricante de automóveis Tesla. Musk também possui uma empresa iniciante centrada em IA, a xAI, que ele anunciou que lançará seu modelo de IA no sábado, 4 de novembro..

Embora a IA já exista há algum tempo, 2023 assistiu a um boom na sua utilização, à medida que muitas empresas procuravam capitalizar a inteligência artificial de alguma forma. Um exemplo notável inclui o uso de chatbots de IA como Bard e ChatGPT.

Embora a IA possa ser usada para beneficiar vidas, a IA também tem os seus problemas, pois algumas empresas utilizam a IA para escrever artigos que contêm informações factualmente incorretas e/ou plágio. Isto nem inclui as ameaças adicionais que representa para vários setores, incluindo entretenimento e jogos.

Com a ameaça que a IA representa para o mercado de trabalho, os sindicatos estão a começar a insistir na colocação de protecções nos seus novos contratos, como o novo contrato que o Writer’s Guild of America ratificou em Setembro, o que impediria que o material gerado pela IA fosse considerado como material de origem.

As agências governamentais ainda não regulamentaram a IA, embora tenham sido tomadas medidas para evitar deixar o seu desenvolvimento sem controlo. No início desta semana, o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma ordem executiva para reger o desenvolvimento e o uso de inteligência artificial sob um novo conjunto de padrões da indústria.

*Texto traduzido por Vitor Augusto Conceição

SAI DA BOLHA CORPORATIVA E CRESÇA PROFISSIONALMENTE

 

Autor: Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria

Em ambientes corporativos, especialmente de grandes empresas, é comum que os profissionais se vejam cercados por sistemas robustos, hierarquias definidas e uma cultura organizacional bem estabelecida. Estes são aspectos que conferem estabilidade e direção. No entanto, é nesta mesma estabilidade que reside o perigo da complacência, da limitação de perspectivas e da formação de “bolhas”.

A “bolha” corporativa refere-se a esse universo isolado, no qual as percepções e crenças de uma pessoa são majoritariamente influenciadas pelo ambiente da empresa, correndo o risco de se tornarem míopes ao mundo exterior. Essa miopia é especialmente perigosa pois, ao ficar restrito a esse círculo fechado de ideias e práticas, o profissional corre o risco de estagnar em sua carreira.

Os perigos de viver na bolha corporativa

● Falta de inovação: estar constantemente cercado pelas mesmas ideias e abordagens leva à estagnação. Sem exposição a novas perspectivas, a inovação é prejudicada;

● Complacência: a familiaridade com as práticas estabelecidas pode levar à resistência a mudanças e à aversão ao risco, impedindo o crescimento;

● Perda de relevância: o mundo externo, especialmente no campo empresarial, está em constante evolução. Não se atualizar e expandir horizontes pode tornar o profissional obsoleto.

Livrando-se da bolha: passos para expandir seus horizontes

● Aprenda fora da caixa: a educação não termina após a graduação ou pós-graduação. Procure por instituições, como a nossa, que oferecem cursos e treinamentos voltados para o desenvolvimento contínuo;

● Conecte-se além dos muros corporativos: networking não se restringe aos colegas de trabalho. Tenha contato com pessoas de outras empresas, setores e até mesmo indústrias. Eles podem oferecer insights valiosos que desafiem suas crenças atuais;

● Desafie o status quo: questione práticas estabelecidas e proponha novas soluções. Isso não apenas o destacará como um pensador inovador, mas também incentivará uma cultura de melhoria contínua;

● Participe de conferências e workshops: estes são espaços valiosos para aprender sobre as tendências emergentes do setor e conhecer profissionais que podem oferecer perspectivas diferentes;

● Dedique tempo para a reflexão: reserve um tempo regularmente para refletir sobre sua carreira, seus objetivos e o que você pode fazer para alcançá-los. Evite ser passivo em seu desenvolvimento de carreira.

Os riscos de permanecer na bolha

Se, mesmo ciente dos perigos da bolha corporativa, o profissional optar por permanecer nela, ele pode enfrentar:

● Estagnação na carreira: a inovação e a adaptabilidade são altamente valorizadas no mundo corporativo. Sem elas, a progressão na carreira pode ser lenta ou até mesmo inexistente;

● Isolamento: o mundo corporativo é interconectado. Os profissionais que não se conectam além de sua bolha podem encontrar-se isolados, perdendo oportunidades valiosas;

● Desalinhamento com as tendências do setor: em um ambiente de negócios em constante mudança, não estar atualizado pode resultar em práticas e abordagens obsoletas.

As grandes empresas são apenas uma parte do vasto ecossistema empresarial. Assim como nos mercados financeiros, onde diversificar investimentos é uma estratégia sábia, diversificar as fontes de aprendizado, conexões e experiências é crucial para o desenvolvimento de carreira.

A jornada além da bolha exige esforço, mas é um investimento que certamente rende dividendos na forma de uma carreira enriquecedora, relevante e bem-sucedida.

Virgilio Marques dos Santos é um dos fundadores da FM2S, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

20 coisas que eu gostaria de saber aos 20 anos (mas tive que aprender sozinho)

Karen Nimmo – Psicóloga

“Espírito primeiro. Porque isso é o mais importante. Não é o quão bem você pode executar ou quanto dinheiro você pode ganhar. Mas se você não é o ser humano que deveria ser, você não está fazendo isso corretamente.” — Gladys Knight.

Uma jovem cliente que estava terminando sua terapia tinha um pedido final.

Ela queria alguns conselhos genéricos de vida: que tal 20 coisas para 2020? ela disse, lançando um desafio.

Eu não tive que pensar sobre isso por muito tempo. Quanto mais velho você fica, mais você vê, mais você erra, mais você tem a dizer.

MAS…

Quanto mais medo você tem de dizer isso, porque sabe que não existe uma estratégia de tamanho único para a vida – que cada um de nós precisa seguir seu próprio caminho.

Ainda assim, eu estava pronto para o desafio. Aqui estão algumas coisas para ponderar.

20 coisas que eu gostaria de ter sabido nos meus vinte anos

1. Bons amigos valem ouro.

Ao longo da vida, apenas algumas pessoas realmente “pegarão” você. E alguns deles também não ficarão por aqui. Portanto, cuide de quem o faz. Mas também vale a pena saber que a amizade (e o amor) se desenvolve em lugares surpreendentes, em todas as idades e fases. Fique aberto a isso.

2. Ninguém se importa com o que você faz da sua vida.

Bem, alguns fazem um pouco – espero que isso inclua seus pais. Mas a maioria das pessoas está muito ocupada trilhando seus próprios caminhos para se preocupar com o que você está fazendo no seu. No final, até seus pais só querem que você seja feliz e autossuficiente. Aponte para isso.

3. A paixão por hambúrgueres com queijo e batatas fritas tem consequências.

Apenas dizendo.

4. A vida não dura para sempre.

Certa vez, tive um colega de apartamento cujo resumo da experiência humana era o seguinte: “você nasce, vive um pouco e depois morre”. Achei que ele era um Bisonho; Acontece que ele estava certo. Espero que você tenha um longo intervalo entre o começo e o fim. Mas nenhum de nós sabe o que está por vir. Use bem o seu tempo.

5. Nem o planeta.

Você não pode salvar tudo sozinho, mas pode fazer a sua parte.

6. A vida às vezes é entediante – precisa ser.

Tente viver em altas rotações 24 horas por dia, 7 dias por semana, e você saberá o que quero dizer. Tempo de inatividade, manchas planas, tédio – como você quiser chamar – é necessário para recuperar e recarregar, pensar e criar – e fazer mudanças.

O tédio crônico é um problema, portanto, se você se encontrar lá, faça tudo o que puder para mudá-lo.

7. Sua saúde mental é um trabalho em andamento.

Humores e emoções não são consistentes. É mais difícil do que você pensa ficar em um bom espaço mentalmente. Haverá altos e baixos, dias bons e ruins, então você precisa aprender ferramentas e estratégias para lidar com ambos. E você precisa continuar usando-os.

8. Assim como sua saúde física.

Os corpos também não se cuidam. Eles brincam, ficam doentes, precisam de remédios, exames de saúde e manutenção regular. Quanto mais velho você fica, mais alto “use-o ou perca-o” soa em seus ouvidos. Quanto mais cedo você prestar atenção nisso, melhor.

9. Mentiras são corredores rápidos.

Uma vez ouvi dizer: uma mentira pode dar meia volta ao mundo antes mesmo de a verdade calçar seus sapatos de salto alto. É verdade. As mentiras se espalham rapidamente – e machucam. Pense nisso por um tempo.

10. Você precisa usar tanto as mãos quanto a cabeça.

Passar muito tempo em sua cabeça o deixará louco – e fará de você um insone. Fazer coisas é a melhor maneira de combatê-lo – tira você da cabeça e o leva para o corpo. Isso é bom pra você.

11. A maioria das pessoas está fazendo o melhor que pode. Mas alguns não são.

Verdadeiramente, a maioria das pessoas está se esforçando com o que tem. A maioria das pessoas quer ser um ser humano bom, gentil e que contribui. Algumas pessoas são idiotas, e mesmo que tenham uma razão válida para isso, você precisa ficar longe delas.

12. Poder regular tudo é tudo.

Comida, álcool, substâncias, pornografia/sexo, humores, emoções, reações – ter propriedade sobre isso é possuir sua própria vida. NB: Não espere muito em breve, leva tempo e prática.

13. Tentar fazer os outros felizes é perda de tempo.

Você não pode. Você pode apoiá-los e estar lá para eles, mas criar uma vida boa é o trabalho deles. Assim como criar o seu é seu.

14. Ficar sozinho é legal. Estar sozinho é difícil.

Estar sozinho, para experimentar, pensar e sonhar, sustentará e até fortalecerá sua saúde mental. Mas sentir-se isolado o levará para o outro lado. Faça o possível para se manter conectado – com as pessoas, com os vizinhos, com os animais de estimação, com o caixa do supermercado. E se você não está sozinho, fique de olho nos que estão. Uma palavra gentil faz uma grande diferença.

15. O arrependimento é bom; pendurar no passado é ruim.

Ter arrependimentos mostra que você está ciente dos erros que cometeu, das maneiras não tão boas como tratou os outros ou a si mesmo. Apegar-se a coisas que você não pode mudar irá destruí-lo, então treine seus olhos na estrada à sua frente.

16. O luto é uma merda.

As pessoas que você ama e se preocupam estarão perdidas para você, e você terá que encontrar maneiras de lidar com isso. Leva muito mais tempo do que você pensa, às vezes para sempre. Mas você precisa saber que pode viver uma vida boa, até ótima, ao lado dela.

17. As pessoas são criaturas de hábitos E incrivelmente imprevisíveis. Incluindo você.

Abandone suas elevadas expectativas em relação às pessoas. Até de si mesmo.

18. Você vai se machucar — mas não precisa se agarrar a isso.

Mágoa, rejeição e dor fazem parte do trato humano. Mas continue aprendendo a deixar ir, ou pelo menos afrouxar seu controle sobre isso.

19. Coisas ruins acontecem com pessoas boas.

Sim, eles fazem. E grandes coisas acontecem para significar pessoas. Vai saber.

20. A diversão também está em toda parte – mas às vezes está escondida.

Para citar os atemporais Desiderata de Max Ehrmann: “Apesar de toda a sua farsa, labuta e sonhos desfeitos, ainda é um mundo lindo.”

Nem sempre parece assim, eu sei. Às vezes parece que a beleza foi sugada dele. Mas há muita coisa boa no mundo. Faça da sua missão continuar procurando por ele.

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sexta-feira, 3 de novembro de 2023

PACHECO CANCELA ATOS DO SENADO QUE BENEFICIARIAM O GOVERNO

História por Redação  • Jornal Estadão

BRASÍLIA – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ordenou o cancelamento de todos os atos da Mesa Diretora da última quarta-feira, 1º, o que suspendeu a publicação dos nomes indicados pelo Palácio do Planalto para assumir vagas no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e em embaixadas.

Procurado, Pacheco não comentou.

A decisão de Pacheco impactou as indicações de Daniela Teixeira ao STJ, de Rodrigo Gabsch à embaixada do Kuwait e de Carlos Luiz Dantas Perez à embaixada da República Dominicana. As informações são do Jornal Nacional.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Foto: WILTON JUNIOR© Fornecido por Estadão

A suspensão foi ordenada pelo presidente do Senado sob suspeitas de favorecimento de Daniela Teixeira. A mesa diretora do Senado havia enviado apenas o nome da advogada para ser publicado no Diário Oficial da União (DOU), o que a beneficiaria ao assumir o cargo de ministra do STJ.

Por ser nomeada antes, ela teria o “critério de antiguidade”, o que a garantiria preferência ao escolher as turmas do STJ e em uma eventual indicação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O caso agora está sob investigação, pois Pacheco assinou ao mesmo tempo o despacho autorizando a publicação no DOU de todos os três indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o STJ: Daniela Teixeira, Afrânio Vilela e Teodoro Santos. A hipótese até o momento é de que tenha ocorrido um erro no sistema do Senado, mas, de acordo com o G1, também há a possibilidade de aliados de Daniela terem articulado a antecipação para beneficiá-la. A expectativa é que Pacheco envie novamente todos as indicações na próxima segunda-feira, 6.

Pacheco avisou a Casa Civil da Presidência que houve um “erro de origem”. A partir da informação, o governo Lula anulou a publicação da edição extra do DOU que contaria com a nomeação de Daniela.

 

O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO NÃO PODE DITAR REGRAS COMO AS PESSOAS DEVEM VIVER

História por Notas & Informações  • Jornal Estadão

A aprovação pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados de um projeto de lei (PL) que proíbe o casamento homoafetivo suscitou grande – e natural – indignação. Para piorar, foi uma vitória folgada: 12 votos contra 5. Ainda há dúvidas sobre a viabilidade da proposta. Tudo indica que, mais do que uma lei com esse teor, o objetivo é gerar barulho e engajamento nas redes sociais. É possível, portanto, que o projeto seja apenas mais uma das disfuncionalidades da política contemporânea. Em vez de enfrentar problemas reais, ela é usada para suscitar divisões na sociedade.

No entanto, mesmo que não seja aprovado no plenário da Câmara, o projeto de lei proibindo o casamento homoafetivo é representativo de uma mentalidade que vem se tornando habitual em diversos grupos ideologicamente motivados. Trata-se da pretensão de usar o Estado – por meio do Legislativo ou do Judiciário – para impor à coletividade ideias e convicções pessoais sobre a vida, o mundo e a sociedade.

Nesse anseio, observa-se uma grande confusão sobre o Estado e a própria democracia. As eleições e o sistema representativo não são mecanismos para que as concepções morais, religiosas ou culturais da maioria da população sejam impostas a toda a sociedade. Da mesma forma, o controle de constitucionalidade do Supremo Tribunal Federal (STF) não é um mecanismo para que as concepções morais, religiosas ou culturais de uma maioria sejam impostas a toda a sociedade.

Tudo isso parece óbvio em um Estado Democrático de Direito, que não vem ditar como as pessoas devem viver ou como devem educar seus filhos, por exemplo. O Estado não é um fiscal da moral e dos bons costumes, tampouco uma espécie de grande guia sobre o bem e a virtude. Seu dever é prover um ethos de paz e de liberdade. E é daí que decorre a legitimidade do Estado para determinar alguns limites aplicáveis a todos os cidadãos. Por exemplo, os limites da lei penal.

Parece haver, no entanto, grupos políticos completamente indiferentes ao âmbito próprio de atuação do Estado. Cada um deseja fazer com que suas ideias pessoais sejam encampadas pelo poder público. Isso é nítido na pretensão de proibir o casamento homoafetivo. Convictos de que a relação matrimonial deve se dar entre um homem e uma mulher, determinados grupos sociais querem que a lei estabeleça uma espécie de monopólio de sua específica concepção de casamento para toda a população. Trata-se de uma interferência da esfera privada sobre o âmbito público, como meio de interferir na esfera privada dos demais cidadãos.

Nos casos de motivação ou influência religiosa, essa tentativa de interferência é facilmente identificada e denunciada, uma vez que ela viola abertamente o caráter laico do Estado, que deve atuar por razões públicas, e não por argumentos religiosos. No entanto, a laicidade do poder estatal pode também ser desrespeitada por interferências baseadas em concepções culturais ou filosóficas não generalizáveis a toda a população. Por exemplo, o STF não pode basear suas decisões em determinada ideia de moral, seja ela religiosa ou ateia.

Eis, por assim dizer, o outro lado do problema. Se nos últimos anos grupos religiosos têm tentado usar o Congresso para impor suas concepções de mundo a todos os demais, um fenômeno similar, apenas com sinais trocados, é visto no Judiciário, com grupos progressistas tentando impor suas pautas, isto é, sua visão de mundo, a toda a população, por meio de decisões do STF. Dois exemplos recentes: a ação pedindo que a Corte determine quando começa a vida apta a ser protegida pela lei penal e a ação postulando um novo marco legal para as drogas.

A pauta de costumes não está apenas no Legislativo. Também o Judiciário é chamado cada vez mais para se pronunciar sobre costumes, para dizer o que é certo e virtuoso. Tanto um caso como o outro são incompatíveis com a liberdade própria de um Estado Democrático de Direito, que deve respeitar os âmbitos social e individual.

 

ACIONISTAS MINORITÁRIOS RECLAMAM DA POLÍTICA DE DIVIDENDOS DA PETROBRAS

 

História por admin3  • IstoÉ Dinheiro

Os conselheiros minoritários da Petrobras viram “exagero” e instrumento para “procrastinar” dividendos, na reserva de remuneração de capital que foi aprovada por 7 votos a 4 no colegiado da estatal em 20 de outubro. É o que mostra a ata da reunião, divulgada na noite de ontem, 1º.

Contrário à medida, o conselheiro Marcelo Mesquita, registra a ata, disse que a reserva vai servir à procrastinação da remuneração a acionistas e defendeu que a companhia distribua todo o recurso que exceder investimentos. Ele repetiu o argumento de que o modus operandi, em vigor nos últimos anos, é benéfico ao País, em função da parcela dos dividendos percebida pela União, que permite completar o Orçamento da União, investir em equipamentos públicos e pagar a dívida pública.

Completam a lista de votos contrários os minoritários Marcelo Gasparino, Juca Abdalla e Francisco Petros. Conforme registrado em ata, Gasparino afirmou que o limite proposto para a reserva é “exagerado”, sendo igual ao limite do capital social da companhia, em torno de R$ 250 bilhões. Segundo registrado em ata, Gasparino disse que a proposta é “duplamente negativa”, por ir do zero ao máximo permitido pela legislação e, também, por liberar à estatal reter recursos passíveis de distribuição.

Ele falou ainda sobre o tema em suas redes sociais e junto à imprensa, o que aumentou a repercussão da medida e levou entidades como a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a ingressarem com denúncia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para apuração de possível prática de indução de mercado. No dia em que a reserva foi divulgada, em 24 de outubro, os papéis da companhia caíram 6,5%, com perda de R$ 32 bilhões em valor de mercado.

Defesa

Em contraponto, os gerentes executivos de governança, Braulio Gomes de Mello, e de Contabilidade, Carlos Henrique Vieira, defenderam a nova reserva sob o argumento de que ela vai garantir regularidade ao fluxo de dividendos, com maior flexibilidade aos pagamentos e redução da exposição a resultados positivos ou negativos extraordinários, espécie de colchão à política de proventos da estatal.

Foi dito ainda que parte do lucro das grandes petroleiras, as “majors” foi retido em 2022, à exceção da BP, e que existe reserva de equalização de dividendos nas maiores empresas listadas na B3, com oito das 10 maiores companhias prevendo o instrumento em estatuto.

Ampliação negada

Em paralelo, como já disse publicamente, a conselheira representante dos empregados da Petrobras no Conselho, Rosângela Buzanelli, chegou a propor que a nova reserva pudesse ser utilizada, também, para investimentos e pagamento da dívida da empresa, o que foi rechaçado pelo colegiado e pelo jurídico da Petrobras. Ainda assim, Buzanelli votou pela aprovação da reserva, indo em linha aos seis conselheiros indicados pela União, entre os quais o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

A possibilidade de desvirtuar a reserva de dividendos para fins de investimento é justamente o maior temor dos investidores e razão pela qual as ações despencaram com o anúncio.

Sabedores disso, os gerentes negaram essa possibilidade, sob o argumento de que a Lei das SA (6.404/1976) já prevê reserva para investimento, com parcela do lucro líquido excessivo prevista em orçamento aprovado em Assembleia Geral, o que é “historicamente” usado pela Petrobrás.

Além disso, evocaram precedente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que impede a criação de reservas estatutárias para finalidades já atendidas por instrumento similar.

O post Minoritários da Petrobras veem ‘exagero e procrastinação’ de dividendos em reserva apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

DEMOCRACIA RELATIVA DE LULA E MADURO CADA UM AO SEU MODO

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