segunda-feira, 9 de outubro de 2023

ATÉ QUE PONTO A LIDERANÇA DEVE FICAR ENVOLVIDA COM OS SEUS FUNCIONÁRIOS

Fábio Câmara, fundador e CEO da FCamara, compartilha aprendizados na gestão de uma das maiores empresas de tecnologia e inovação do país

Até que ponto a liderança deve estar envolvida com seus profissionais? Esse é um debate que tem chamado a atenção de grande gestores, pois todos buscam a harmonia no ambiente corporativo e uma equipe trabalhando em prol do mesmo objetivo. No entanto, existe um limite tênue entre um clima sociável e outro amigável demais — é o que defende Fábio Câmara, fundador e CEO da FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios.

Câmara conta que as dificuldades em adquirir e reter bons talentos o levou a uma virada de chave que mudou a sua forma de gerir os negócios. Há alguns anos, na época da criação de sua empresa, havia uma baixa de profissionais qualificados na área de TI, tornando hostil o ambiente entre organizações, que passaram a abordar os profissionais -umas das outras. Com isso, os gestores começaram a oferecer benefícios diversos e salários mais altos aos seus próprios profissionais, criando vínculos sólidos o suficiente para convencê-los a não “trocar de barco” quando fossem procurados por head hunters.

“Em um primeiro momento, eu apostei no viés da personalidade. Minha estratégia era ficar o mais próximo possível dos profissionais, de modo a desenvolver neles um sentimento de fidelização a mim e à nossa empresa. Foi assim que eu me tornei amigo de muitas pessoas do meu time, apostando nessa relação como elemento fundamental para manter na companhia os talentos mais promissores”, conta o CEO.

Fábio defende que a estratégia pode até funcionar no início, mas não se sustenta por muito tempo. Ele destaca que, mesmo driblando as vantagens financeiras oferecidas pelas concorrentes, percebeu que isso criava vícios perigosos para a organização. À medida que tratava os profissionais com pessoalidade, ele observou que os colegas acabavam mergulhando numa zona de conforto por confiar que a relação bastaria para mantê-los no cargo.

“Em um workshop voltado para liderança e gestão de negócios, um dos facilitadores propôs a seguinte reflexão: escrever os nomes dos principais líderes da minha empresa e dizer quais eram suas atividades. Automaticamente, dois gestores do time me vieram à mente. Para minha surpresa, porém, eu não consegui responder qual era a função exata deles na FCamara. Ambos faziam de tudo um pouco — e quem faz de tudo um pouco provavelmente não faz nada de muito valioso”, conta.

Para Câmara, ficou claro que o vínculo por pessoalidade quase sempre vai evoluir para a perda da função esperada dentro da companhia.

O CEO destacou três dicas fundamentais – e nada convencionais – que podem ajudar líderes a tratarem situações parecidas. Elas fazem parte do seu livro Mentor Empreendedor, publicação que fala sobre gestão, negócios, carreira e empreendedorismo, com temáticas que permeiam o universo corporativo de forma prática. Confira:

Certo afastamento entre chefe e equipe pode ser necessário

Mesmo que as pessoas tenham um olhar de reprovação, muitas vezes o distanciamento é o melhor a se fazer. “No meu caso, paguei um preço alto, fui chamado de antissocial. Muita gente não entendia a migração comportamental do líder-amigo para o empreendedor-objetivo. Por mais que me doesse por dentro, solitariamente eu sofri a mudança, mas me mantive fiel a ela. Percebi que esse tipo de aproximação não precisa cruzar a fronteira da pessoalidade. Ao sentir o suporte e a confiança por parte da gestão, cada indivíduo recebe uma dose extra de autonomia e crescimento intelectual como consequência, fortalecendo o vínculo sem atravessar limites importantes”, continua Fábio.

Invista no desenvolvimento de todos os níveis da companhia

De estagiário aos gestores e sócios, todo mundo pode se beneficiar com um processo de orientação contínua sobre como ser um profissional melhor. Esse tipo de prática não é muito comum na maioria das empresas, especialmente entre os cargos mais altos. Mesmo assim, a reciclagem pode fazer os líderes ponderarem sobre seus comportamentos e a eficácia de sua persona corporativa, promovendo a busca por melhorias.

Saiba diferenciar o empreendedor do empresário

Apesar de parecerem sinônimos, o empreendedor é movido pela iniciativa operativa, pela vontade de construir. Sua principal característica é acreditar naquilo que quase ninguém crê, pois ele atua para transformar suas visões e sonhos em um projeto ou solução concreta.

Já o empresário é o administrador das muitas exigências do mundo corporativo. Sendo assim, não basta ser o melhor operador e o melhor vendedor das soluções da sua empresa ou de um projeto de negócio, é preciso dominar diversas exigências do mercado e aplicá-las no dia a dia com as pessoas envolvidas em seu universo.

Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso

Junior Borneli, co-fundador do StartSe

Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)

Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor

Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe. Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).

É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas, conhecendo culturas diferentes.

Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator entre fracasso e sucesso.

Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo. “Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.

De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi possível para o melhor resultado”, avisa.

Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o empreendedor.

Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso é a superação”, destaca Junior Borneli.

Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes, receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”, afirma.

É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria fica pelo caminho”, diz.

É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.

O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.

Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará valer a pena!,” destaca o empreendedor.

DERROTA TAMBÉM ENSINA

Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá, tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos Estados Unidos”, afirma Junior.

No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.

Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e suportáveis”, salienta.

Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão. Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e siga firme em frente”, afirma.

É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm coragem e disposição para fazer”, completa.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                  

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

 

domingo, 8 de outubro de 2023

ISRAEL REVIDA O SURPREENDENTE ATAQUE DO HAMAS

 

História por Jeremy Bowen – Editor internacional da BBC News Brasil

Israel lançou uma onda de ataques aéreos contra Gaza após ataque palestino ao seu território© Getty Images

Israel foi pega de surpresa pela operação mais ambiciosa que o Hamas já lançou a partir de Gaza.

A magnitude do que vem acontecendo é sem precedentes. O Hamas violou a cerca que separa Gaza de Israel em vários lugares no ataque transfronteiriço mais sério que Israel enfrentou em mais de uma geração.

Isso aconteceu um dia após o 50º aniversário do ataque surpresa do Egito e da Síria em 1973, que deu início a uma grande guerra no Oriente Médio. O significado da data não terá escapado aos líderes do Hamas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirma que seu país está em guerra e fará os inimigos pagarem um preço alto.

Vídeos e fotos de israelenses mortos, civis e soldados, estão por toda parte nas redes sociais.

Outros vídeos de homens armados do Hamas levando soldados e civis como reféns em Gaza enfureceram e alarmaram os israelenses.

Dentro de horas, Israel estava respondendo com ataques aéreos em Gaza, matando muitos palestinos. Seus generais estarão planejando uma operação terrestre em seguida.

presença de reféns israelenses lá torna tudo ainda mais complicado do que incursões anteriores.

Há meses, estava claro que havia um risco crescente de uma explosão entre grupos armados palestinos e Israel. Como e onde isso aconteceu foi uma total surpresa, fora da ala armada do Hamas.

Israelenses e palestinos têm se concentrado na Cisjordânia, o território entre Jerusalém e a fronteira jordaniana que Israel ocupa desde 1967, onde tem havido confrontos e violência quase contínuos ao longo do ano.

Palestinos armados, especialmente aqueles que operam nas cidades da Cisjordânia de Jenin e Nablus, têm atacado soldados israelenses e colonos judeus.

O exército israelense realizou dezenas de incursões. Colonos armados tomaram a lei em suas próprias mãos, com represálias contra vilarejos palestinos.

Nacionalistas religiosos extremistas dentro do governo de direita de Israel repetiram sua alegação de que os territórios ocupados, em sua totalidade, são terras judias.

Ninguém esperava que o Hamas concebesse e planejasse meticulosamente uma operação tão complexa e coordenada a partir de Gaza.

O braço armado do Hamas, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, seguram uma bandeira palestina enquanto destroem um tanque das forças israelenses em Gaza© Getty Images

Já começaram as recriminações em Israel sobre o fracasso de seus serviços de inteligência em antever o que estava por vir. Os israelenses esperam que uma extensa rede de informantes, agentes e vigilância de alta tecnologia faça o seu trabalho.

No final das contas, a inteligência israelense foi pega de surpresa pela operação do Hamas, que ocorreu quando os israelenses estavam relaxando ou rezando durante o fim de semana de um feriado religioso.

O Hamas afirmou que agiu devido às ameaças às mesquitas de Jerusalém. Na semana passada, alguns judeus rezaram dentro do complexo da Mesquita de Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado para os muçulmanos, após Meca e Medina, na Arábia Saudita.

O mesmo local também é venerado pelos judeus, pois foi o local do antigo Templo Judaico bíblico. A oração de judeus religiosos no que eles chamam de Monte do Templo pode não parecer muito, mas é proibida por Israel, pois os palestinos consideram isso altamente provocativo.

Mesmo assim, pelos padrões de Jerusalém, sempre uma caixa de fósforos de conflitos nacionais e religiosos, não estava excepcionalmente tenso.

A complexidade da operação do Hamas mostra que ela foi planejada ao longo de meses. Não foi uma resposta apressada aos eventos em Jerusalém nas últimas semanas.

As razões pelas quais o Hamas e Israel estão mais uma vez em guerra são muito mais profundas. O conflito entre israelenses e palestinos tem se intensificado mesmo quando está longe das manchetes das organizações de notícias internacionais.

Mesmo assim, tem sido amplamente ignorado por países que ainda oficialmente pedem a paz por meio de uma solução de dois estados, o que significaria a coexistência de um Estado Palestino independente ao lado de Israel.

Por um tempo, durante o processo de paz de Oslo dos anos 90, a perspectiva de dois estados era uma esperança real. Agora, é um slogan vazio.

O conflito entre palestinos e israelenses não tem sido uma prioridade para a administração do presidente Joe Biden em Washington DC. Eles têm tentado encontrar uma maneira de oferecer garantias de segurança à Arábia Saudita em troca de uma reaproximação com Israel.

A última tentativa americana de relançar um processo de paz fracassou há uma década, durante a administração do presidente Barack Obama.

No cerne dos problemas está o conflito centenário, intratável e não resolvido entre árabes e judeus pelo controle da terra entre o Mar Mediterrâneo e o rio Jordão. Esses eventos rapidamente escalados provam mais uma vez que o conflito não pode simplesmente ser gerenciado. Quando é deixado para ferver, a violência e o derramamento de sangue são garantidos.

NORDESTE É BENEFICIADO COM INCENTIVOS FISCAIS

 

História por RANIER BRAGON E JOÃO GABRIEL • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Congresso Nacional está na fase final de tramitação para aprovar a prorrogação até 2028 de incentivos fiscais concedidos a empresas que atuam nas áreas da Sudam (Região Norte) e Sudene (Nordeste), além de incluir a Sudeco (Centro-Oeste).

As desonerações de impostos a projetos das regiões Norte e Nordeste para 2023 foram estimadas em R$ 14,5 bilhões.

Apesar de haver outro projeto sobre o tema que inclui a necessidade de contrapartidas socioambientais às empresas beneficiadas, o texto já aprovado pela Câmara e pelo Senado, pendente apenas de uma última análise, não traz nenhuma exigência.

O atual programa de incentivos vence em 31 de dezembro.

A Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, que engloba ainda alguns municípios de Minas Gerais e Espírito Santo), a Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) e a Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste) são autarquias federais que têm o objetivo de promover o crescimento das regiões de abrangência.

Para Alessandra Cardoso, assessora política do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), os programas causam prejuízo aos cofre públicos “sem avaliação crível de efetividade”.

“Renová-los novamente, em um cenário fiscal crítico e sem qualquer critério ambiental e social, seria uma prova absurda da falta de compromisso com a transformação econômica e ecológica que tanto se fala no discurso. Estender os mesmos incentivos para a região Centro-Oeste é uma medida ainda mais irresponsável”, afirma.

Um estudo do instituto mostra que Sudam e Sudene, que abarcam a região da Amazônia Legal, tem servido para beneficiar principalmente atividades com grande potencial de impacto negativo sobre o ambiente.

No total, dos R$ 42,3 bilhões em isenção distribuídos, R$ 22 bilhões (54%) foram direcionados para mineração, energia e petróleo.

O levantamento aponta que, de 2010 a 2022, entre as cinco atividades econômicas mais contempladas com projetos aprovados pela Sudam estão a infraestrutura (onde entram projetos de energia e gás), minerais e químicos (que inclui a produção de petróleo e seus derivados).

Os incentivos fiscais para o Nordeste e a Amazônia têm origem nos anos 1960. A Constituição de 1988 estabelece no seu artigo 151 a permissão de “concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do país”.

Em 2001, na gestão do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), foi editada a medida provisória 2.199-14, que concedia até 2013 redução de 75% do Imposto de Renda calculado com base no lucro da exploração e uso de 30% do Imposto de Renda devido para reinvestimento pelas empresas.

Esses incentivos sofreram prorrogações pelo Congresso desde então, sendo a última na transição entre os governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), no final de 2018, quando estabeleceu-se o prazo-limite atual, 31 de dezembro de 2023.

O projeto de lei 4.416/2021, que prorroga os benefícios a 2028, foi aprovado pela Câmara em agosto. Ele é de autoria do deputado Júlio Cesar (PSD-PI).

No Senado, o texto foi aprovado em cerca de um mês. O senador Beto Faro (PT-PA) apresentou emenda (e também projeto) estabelecendo que as empresas beneficiadas desenvolvam atividades compatíveis “com o enfrentamento da pobreza e da concentração fundiária, a transição para a economia de baixo carbono, a valorização da biodiversidade” e em consonância aos compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo do Clima de Paris.

A emenda, porém, foi rejeitada pelo relator, o senador Otto Alencar (PSD-BA). O projeto apresentado já recebeu parecer favorável, mas ainda aguarda votação em comissão.

O relator, no entanto, acatou proposta da bancada ruralista e incluiu a Sudeco na lista de beneficiários. Por causa dessa emenda, o texto teve que voltar para nova análise dos deputados.

No último dia 26, o deputado Júlio Cesar apresentou requerimento de tramitação da proposta em regime de urgência. O pedido foi assinado por líderes dos dois principais blocos partidários da Casa, Doutor Luizinho (PP-RJ) e Antonio Brito (PSD-BA).

Após a aprovação pela Câmara, o projeto seguirá para sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 2019, Bolsonaro sancionou a prorrogação até 2023, mas vetou a inclusão da Sudeco, também aprovada naquela época pelo Congresso.

A equipe econômica de Paulo Guedes (Economia) era contra, na época, mas acabou concordando com a prorrogação para não se indispor com as bancadas do Norte e do Nordeste do Congresso em meio às negociações para a reforma da Previdência.

A Folha procurou o Ministério da Fazenda, que tem tratado do tema com congressistas, mas a pasta afirmou que não comenta projetos em tramitação.

Julio Cesar disse ser favorável à inclusão da Sudeco, afirmando que a rejeição dessa emenda do Senado criaria uma indisposição com a bancada ruralista.

Em seu parecer, ele afirma que, caso os incentivos sejam encerrados, “a capacidade de investimento das empresas instaladas no Norte e Nordeste reduzirá drasticamente”.

Otto Alencar escreveu no seu relatório que apoia a prorrogação porque “os indicadores econômicos e sociais das regiões Norte e Nordeste ainda são inferiores aos do restante do país”.

Sobre a Sudeco, ele disse ter incorporado a emenda ao projeto por questão de isonomia. A rejeição à emenda com exigências socioambientais ocorreu porque, “embora seu objetivo seja indiscutivelmente positivo”, ele afirmou que as contrapartidas teriam de ser mais claramente definidas.

Julio César disse à Folha que em nenhum momento da tramitação na Câmara foi sugerida a proposta de exigir contrapartidas socioambientais à concessão dos benefícios.

Os relatórios sobre o projeto no Congresso reproduzem dados da Sudene segundo os quais, de 2013 a 2020, foram mais de 2.900 projetos aprovados, com 1,2 milhão de empregos gerados em investimentos que somaram R$ 248 bilhões. A renúncia fiscal citada no período foram mais de 2.900 projetos aprovados, com 1,2 milhão de empregos gerados em investimentos que somaram R$ 248 bilhões. A renúncia fiscal citada no período foi de R$ 30 bilhões.

REFORMA ADMINISTRATIVA URGENTE PARA EVITAR OS PENDURICALHOS

História por IDIANA TOMAZELLI • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A aprovação da PEC (proposta de emenda à Constituição) do quinquênio, que concede um adicional remuneratório a juízes, procuradores e defensores, virou instrumento de barganha no Senado em troca do avanço no projeto que combate supersalários no serviço público.

A proposta que busca limitar os penduricalhos usados para burlar o teto remuneratório, hoje em R$ 41.650,92, tem o apoio do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é alvo de uma cobrança cada vez maior por uma reforma administrativa para rever gastos com o funcionalismo.

No entanto, o projeto está parado no Senado e até agora não foi pautado pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O texto aguarda designação de um relator desde agosto de 2021.

Segundo interlocutores, Pacheco tem sinalizado em conversas com parlamentares e membros do Executivo que, para avançar no projeto dos supersalários, é “fundamental” promover também uma “valorização da carreira” no Judiciário, no Ministério Público e na Defensoria.

A PEC do quinquênio seria a ferramenta para essa valorização. O texto resgata um benefício extinto em 2006 e prevê a concessão de um adicional de 5% do salário a cada cinco anos de serviço. A verba ficaria livre do teto remuneratório e seria concedida a quem já está na carreira e a quem já está aposentado.

O governo Lula é contra sua aprovação, pois a medida poderia gerar um efeito cascata sobre as demais carreiras e também sobre estados e municípios.

Além disso, é justamente o Judiciário um dos que mais contam hoje com penduricalhos para turbinar os salários. A aprovação da PEC acabaria anulando boa parte do efeito esperado com o combate aos supersalários na administração pública.

A PEC chegou a ser pautada no plenário do Senado no fim de 2022, mas teve a votação adiada por falta de consenso e por dúvidas quanto ao seu impacto financeiro. Hoje, ela está arquivada, mas pode voltar a tramitar mediante requerimento de algum senador.

Segundo interlocutores de Pacheco, o raciocínio é que, ao resolver o problema dos supersalários, o Judiciário ficará com espaço disponível em seu Orçamento, que poderia ser usado para promover a reestruturação da carreira.

No fim do ano passado, Pacheco também exercia a Presidência da Casa e defendeu a conjugação da medida com o projeto dos supersalários. “Mais do que um compromisso desta Presidência com o Poder Judiciário em relação a uma matéria de reestruturação de carreira, esse é um compromisso com a Justiça brasileira”, disse em 30 de novembro de 2022.

Segundo ele, a carreira requer “dedicação exclusivíssima”, e a recriação do quinquênio “evita uma distorção” ao permitir remuneração maior para quem está no fim da carreira.

“Nós não podemos, definitivamente, permitir que esta carreira seja aviltada, que ela seja menosprezada, que ela não seja atrativa para aqueles que estejam num banco de escola fazendo a faculdade de direito, como eu já fiz no passado”, afirmou o presidente do Senado na ocasião.

“Essa percepção nós temos que ter, e abolir o discurso fácil de que isso é simplesmente um privilégio, porque nós só estamos cortando os privilégios ao longo dos últimos anos em relação a magistrados, mas estamos deixando de reconhecer aquilo que é de direito deles”, acrescentou.

Ao longo deste ano, o governo Lula tem tentado dialogar com Pacheco sobre a possibilidade de pautar a proposta que combate os supersalários, mas sem deflagrar a retomada da PEC do quinquênio.

Segundo relatos colhidos pela Folha de S.Paulo, a ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação) tratou do tema com Pacheco em reunião realizada para conversar originalmente sobre a PEC que incorpora servidores dos ex-territórios federais aos quadros da União, em meados de setembro. A posição do presidente do Senado, porém, permaneceu a mesma, assim como a do governo.

A esperança do Executivo agora é que, com o envio dos demais projetos de lei que compõem a reforma administrativa do governo Lula, se crie uma mobilização que pressione o Senado a avançar na pauta no bojo dessa agenda. Os técnicos da Gestão têm feito reuniões semanais para discutir as propostas, e seu envio é aguardado para o fim do ano ou início de 2024.

O governo ainda está mapeando os possíveis impactos das propostas para as contas públicas. No entanto, números preliminares dão uma ideia de como a PEC pode anular os efeitos do projeto contra os supersalários.

Um estudo divulgado pelo CLP (Centro de Liderança Pública) afirma que a regulamentação do teto remuneratório do funcionalismo pode gerar uma economia de R$ 3,9 bilhões ao ano. A cifra considera os servidores da União, de estados e municípios que recebem verbas acima do limite.

Apenas no governo federal, a economia seria de R$ 0,9 bilhão ao ano. O governo estima que boa parte disso se concentre no Judiciário, no Legislativo e no MP, pois o chamado “abate teto” já é aplicado com mais rigor no Executivo.

Já a PEC do quinquênio pode gerar um custo adicional de R$ 4,5 bilhões para União, estados e municípios, segundo cálculos feitos por técnicos do governo no ano passado. Uma eventual extensão da benesse a todas as carreiras elevaria o gasto anual a R$ 10 bilhões nas três esferas.

O governo está refinando esses números e planeja fazer um mapeamento mais detalhado, por Poderes e carreiras.

Para isso, a Gestão conta com apoio da SPE (Secretaria de Política Econômica), ligada ao Ministério da Fazenda. A colaboração foi um dos frutos da reunião de Esther Dweck com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), realizada em 5 de setembro.

Após o encontro, feito em meio à pressão do presidente Arthur Lira (PP-AL) por uma reforma administrativa, Haddad defendeu a aprovação da proposta que limita os supersalários.

“Vou citar um exemplo: a lei dos supersalários, uma lei que já foi votada na Câmara, está no Senado e pode disciplinar uma coisa importante de pôr fim a determinados privilégios e significar uma economia robusta para o Estado brasileiro”, disse.

O governo vai criar um grupo de trabalho interministerial para fechar a proposta de reforma administrativa, que inclui não só este projeto, mas também outras mudanças na lei de cotas e no formato dos concursos. Já a PEC da reforma administrativa enviada pelo governo Jair Bolsonaro (PL) é rejeitada pela atual administração.

 

MUITA VERBA PARA OS CONGRESSISTAS E POUCA APLICAÇÃO PRÁTICA

História por MATEUS VARGAS, THIAGO RESENDE E RANIER BRAGON • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Os 594 congressistas assumiram nos últimos dez anos um poder inédito de manejo individual das verbas do Orçamento federal, mas os problemas na aplicação desse dinheiro se mantêm: falta de transparência, de critérios estruturantes, desperdício, obras malfeitas, favorecimento político e suspeitas de corrupção.

A estimativa para 2023 é de R$ 46,3 bilhões para as chamadas emendas parlamentares, o que representa quase 30% de tudo o que o governo federal tem para uso livre.

O valor soma a verba que foi rebatizada com o fim das emendas do relator, mas mantém critério político para distribuição.

Com isso, cada um dos 513 deputados federais tem o poder de direcionar ao menos R$ 32 milhões do orçamento para seus redutos eleitorais. Já os 81 senadores, R$ 59 milhões.

Esses valores –que representam o dobro ou o triplo do que tinham há dez anos, apesar de a inflação no período ser de cerca de 70%– são ainda maiores caso o parlamentar exerça alguma influência no Congresso ou sobre o governo.

Como a Folha e outros veículos de imprensa mostraram em diversas reportagens nos últimos anos, emendas estão no centro de suspeitas de corrupção com verba da saúde e para pavimentação, além de serem usadas para obras malfeitas e cuja aplicação deixa de lado critérios técnicos e estruturantes, para privilegiar interesses paroquiais e eleitoreiros.

Locais com escassez de água no sertão nordestino, por exemplo, foram deixados de lado na entrega de caixas d’água no ano passado, enquanto equipamentos estão estocados em redutos de líderes do Congresso.

Líder do centrão, o grupo que encabeça a pressão pela elevação do dinheiro federal para as emendas, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é um defensor público do mecanismo, sob o argumento de que os parlamentares são os maiores conhecedores das necessidades dos grotões. Ele diz que basta coibir eventuais irregularidades.

“Eu sempre defendi emenda parlamentar e continuarei defendendo, porque ninguém conhece mais o Brasil do que o parlamentar”, disse recentemente o presidente da Câmara, em entrevista à Folha.

A realidade, porém, é repleta de exemplos que vão no sentido contrário a essa afirmação.

Destino de bilhões em emendas, a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) acumula suspeitas de corrupção e registros de uso inadequado da verba federal.

A Folha percorreu recentemente cinco estados do Nordeste e flagrou distorções na entrega de caixas d’água em regiões secas, uma das funções da companhia. O dinheiro para a compra dos equipamentos foi drenado pelas emendas, mas há moradores esquecidos pelas indicações parlamentares.

Dados obtidos via Lei de Acesso à Informação mostram que 201 dos 228 municípios com prioridade alta ou muito alta (88%) não receberam nenhum equipamento.

No governo Bolsonaro, a companhia se afastou da vocação histórica de promover projetos de irrigação e passou a escoar verbas de emendas em obras de pavimentação e maquinários. Lula (PT) manteve o comando da Codevasf em troca de apoio no Congresso.

A Polícia Federal e órgãos de controle ainda apuram se verba da estatal foi desviada. Um dos inquéritos avalia se o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), foi beneficiado com o dinheiro de obras de pavimentação executadas por empresa suspeita de corrupção. Juscelino nega qualquer irregularidade.

No início do ano, o TCU (Tribunal de Contas da União) chegou a cobrar que a Codevasf trouxesse a público “casos de sucesso” em licitações de pavimentação da estatal.

A determinação constou em acórdão no qual os auditores do tribunal mostraram irregularidades em vários casos e situações em que a estatal colocou asfalto até em ruas que já estavam pavimentadas.

A CGU (Controladoria Geral da União) já havia flagrado um combo de irregularidades em alguns estados, incluindo asfalto que esfarela como farofa e forma crateras, além de maquiagem na prestação de contas e indícios de superfaturamento.

A Codevasf cresceu na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e expandiu seu foco e sua área de atuação –mas sem planejamento e com controle precário de gastos, distorções mantidas sob Lula.

Ao mesmo tempo, a estatal se transformou num dos principais instrumentos para escoar a verba recorde das emendas, distribuídas a deputados e senadores com base em critérios políticos, em especial do centrão.

Em 2021, por exemplo, a Folha foi à região de Petrolina (PE), local de destino de ao menos R$ 200 milhões em emendas para obras de pavimentação destinadas pelo então líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

A cidade era administrada por um de seus filhos, Miguel Coelho.

Na cidade, as obras ganharam apelido de farofa ou Sonrisal, em referência ao esfarelamento dos trechos pavimentados.

O pavimento usado derretia com o forte calor e grudava nos calçados dos moradores. Quando secava e se quebrava em pedaços, começava a esfarelar.

A cronologia do fortalecimento do Congresso no manejo do orçamento federal começa no governo Dilma Rousseff (PT), quando o grupo liderado pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha impôs derrotas em série ao governo.

Antes de 2015, a execução das emendas parlamentares era uma decisão política do governo, que poderia ignorar a destinação apresentada pelos congressistas.

Por meio da emenda constitucional 86, de 2015, estabeleceu-se a execução obrigatória das emendas individuais, o chamado orçamento impositivo, com algumas regras.

Foi sob Bolsonaro que os valores apresentaram a maior expansão.

Ele não só abriu mão de bilhões de reais para conseguir formar uma base parlamentar. Ele também deu uma autonomia completa para a cúpula do Congresso decidir para onde todo esse montante seria destinado –os ministros, muitas vezes, apenas recebiam a notificação da decisão do deputado ou senador.

O valor destinado às emendas se multiplicou. Passou de cerca de R$ 10 bilhões anuais para R$ 46 bilhões em 2020.

A cifra das emendas chegou a representar mais da metade da verba discricionária federal prevista, ou seja, dos recursos que não estão comprometidos com salários e outras obrigações e podem ser usados em obras e investimentos públicos.

Lula, durante a campanha eleitoral, criticou esse modelo de negociação com o Congresso e prometeu que os acordos não ficariam às escuras. Mas, quando assumiu a Presidência da República, manteve a falta de transparência e privilegia cidades de deputados e senadores mais poderosos.

Em 2022, o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou inconstitucional a emenda de relator. A verba foi rebatizada e transferida ao orçamento dos ministérios, mas o governo Lula driblou a decisão e manteve o uso político dos recursos –há R$ 9,8 bilhões reservados em 2023 para esse tipo de negociação.

Assessora política do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), Alessandra Cardoso afirma que o Legislativo não observa prioridades regionais e políticas públicas ao direcionar os recursos. “Isso distorce completamente a execução orçamentária do governo federal”, diz.

Para o próximo ano, o Congresso já discute um novo formato que continuará fortalecendo a cúpula das duas Casas e deverá reduzir ainda mais o poder de Lula sobre esses recursos.

 

TSE RENOVA O ESTOQUE DE URNAS ELETRÔNICAS

 

História por PODER360 • Poder360

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) recebeu 53.304 novas urnas eletrônicas, neste ano, para as eleições municipais de 2024. A produção do modelo mais recente (UE2022) é feita pela Positivo Tecnologia, empresa vencedora da licitação realizada em 2021, com 326 funcionários se dividindo em 2 turnos para montar o equipamento, realizar atividades de controle de qualidade e planejar a logística de distribuição.

A Corte deve receber 219.998 equipamentos até março de 2024. Desse total, 246 foram recebidas em maio, 26.250 em agosto e outras 26.808 em setembro. A estimativa é de que, em outubro, mais 39.556 aparelhos sejam produzidos e remetidos aos TREs (tribunais regionais eleitorais) brasileiros.

A partir de outubro, a equipe de trabalhadores deve acelerar o ritmo e dar conta de todo o processo, que envolve a fabricação e montagem do aparelho. Nas eleições de 2024, 77% das urnas usadas serão dos modelos 2022 e 2020.

O motivo de tamanha mobilização é bastante nobre: renovar o parque de urnas que serão utilizadas pelo eleitorado no próximo pleito municipal. A UE2022 conta com as mesmas inovações tecnológicas implementadas na urna modelo 2020, que teve sua estreia nas Eleições Gerais de 2022.

Além de serem mais ergonômicas, as urnas 2020 e 2022 possuem um processador mais potente e são 18 vezes mais rápidas do que o modelo anterior, fabricado em 2015.

O objetivo é renovar o parque de urnas que serão utilizadas pelo eleitorado no próximo pleito municipal, marcado para outubro do ano que vem. A UE2022 conta com as mesmas inovações tecnológicas implementadas na urna modelo 2020, que teve sua estreia nas Eleições Gerais de 2022. Além de serem mais ergonômicas, as urnas 2020 e 2022 possuem um processador mais potente e são 18 vezes mais rápidas do que o modelo anterior, fabricado em 2015.

Mecanismos de criptografia foram aprimorados

Outro importante diferencial está no aprimoramento dos mecanismos de criptografia. O algoritmo criptográfico usado na UE2022 e UE2020 é o tipo E521 (ou EdDSA), considerado um dos mais apurados do mundo.

Ambas as versões têm perímetro criptográfico certificado pela ICP-Brasil (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira). Isso significa que, ao avaliar o programa embarcado e o código-fonte, um laboratório certificado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Pesos e Medidas) atestou o pleno atendimento aos requisitos estabelecidos pelo ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação), que define as regras da ICP-Brasil.

O coordenador de Tecnologia Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rafael Azevedo, salientou que a população irá ser beneficiada pela nova remessa de urnas. “Como 77% das urnas serão novas, dos modelos 2022 e 2020, a gente vai fazer uma eleição com um parque mais renovado, que tende a trazer mais estabilidade e conforto para o eleitor”, disse.

Como nasce uma urna eletrônica?

O 1º passo para a criação de uma nova urna eletrônica é a fabricação da placa-mãe e do leitor biométrico, que acontecem em uma empresa do grupo Positivo em Manaus (AM). As etapas seguintes ocorrem em Ilhéus (BA), onde o equipamento é efetivamente montado e testado.

O processo é iniciado na sala segura, um ambiente de acesso restrito no qual são preparadas as partes sensíveis do equipamento, como placa-mãe, leitor biométrico, terminal do mesário e impressora.

Na fase seguinte, chamada de integração, os módulos mais delicados são incorporados aos demais componentes físicos da urna. A montagem de uma urna eletrônica envolve 120 peças e demora aproximadamente 69 minutos. Em capacidade máxima, é possível produzir 2.100 urnas por dia e 50.000 por mês.

  • Testes funcionais analisam aplicabilidades do equipamento

Terminada a etapa de integração, o aparelho é ligado e começam os testes funcionais. A urna é ligada a 90 volts durante 6 horas seguidas para a execução de intervenções automáticas e manuais, que incluem a verificação do teclado, feita por um operador de meia em meia hora. Se o aparelho funcionar como é esperado, os equipamentos seguem para os testes finais, que repetem a sequência de análises anteriores.

O chefe da STUE/TSE (Seção de Tecnologia de Urnas Eletrônicas do TSE), Ivanildo Soares, disse que o processo é encadeado e depende da finalização dos estágios anteriores para ter andamento. “Essa urna não consegue passar por uma etapa posterior se a etapa anterior não tiver sido concluída com sucesso”, disse.

  • Servidores do TSE fazem auditoria na fábrica das urnas

Aprovadas nos testes funcionais e finais, as urnas recebem as tampas externas, são embaladas e identificadas conforme o lote de produção. Depois, ainda passam por uma auditoria realizada por servidores do Tribunal no galpão da empresa Positivo, na Bahia.

A fiscalização é feita de forma amostral. São examinadas 13 urnas de um lote de até 50 equipamentos. Caso esteja nos parâmetros estipulados, os aparelhos são encaminhados para os tribunais regionais eleitorais e, se houver alguma falha, voltam para o processo de produção. Resolvidos os problemas, os aparelhos são novamente submetidos à avaliação do TSE.

  • Urnas são certificadas quando chegam aos TREs

O único software que vem “de fábrica” nas urnas eletrônicas é o sistema de teste de produção, cujo único objetivo é justamente a aplicação dos testes funcionais e finais, que servem para verificar se a urna funciona e se atende a todos os requisitos previstos no edital.

Quando chegam aos TREs, as urnas são primeiramente certificadas com certificados digitais gerados na sala-cofre do TSE e, depois disso, estão prontas para receber os softwares desenvolvidos pela Justiça Eleitoral.

  • Término do ciclo de vida útil

As UE2022 substituirão as urnas eletrônicas modelo 2009, 2010 e 2011, que já chegaram ao término do ciclo de vida útil. Os equipamentos são projetados para serem usados durante 10 anos, ou seis eleições consecutivas. Após esse período, os aparelhos antigos são ecologicamente descartados. Cerca de 99% das peças físicas são recicladas e dão origem a novos produtos, como pufes e correias de sandálias, por exemplo.

Com informações do Tribunal Superior Eleitoral

ATAQUE A ISRAEL É TESTE DE FOGO PARA A DIPLOMACIA BRASILEIRA

Brasil está na presidência do Conselho de Segurança da ONU e convocou reunião de emergência para discutir a guerra em Israel

Por Roberto Uebel* – Jornal Estadão

Dentre as diversas escolas de pensamento de Relações Internacionais, uma delas, o construtivismo, fala sobre a virada linguística, isto é, a mudança do discurso dos agentes políticos face aos acontecimentos internacionais. Talvez este é o melhor conceito para explicar o contexto que agora impera para diplomacia brasileira na presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, haja vista os últimos eventos na Faixa de Gaza e em Israel.

Histórico defensor da existência de dois Estados, um palestino e outro israelense, como solução para um conflito igualmente histórico, o Brasil sempre se posicionou a partir de princípios pragmáticos e equidistantes em sua renomada diplomacia, salvo raras exceções, como nos governos de Jânio Quadros e Jair Bolsonaro, pontos fora da curva que foram corrigidos pelos seus sucessores.

Lar para centenas de milhares de imigrantes, e seus descendentes, judeus, muçulmanos, israelenses e palestinos, o Brasil construiu ao longo das últimas décadas uma política externa defensora do entendimento mútuo e do diálogo como único caminho para a paz entre os dois povos. Lula, nas presidências anteriores, recebeu e visitou os chefes de Estado e governo de Israel, bem como as autoridades palestinas, e seus chanceleres visitaram, em múltiplas ocasiões, Tel Aviv, Jerusalém, Ramallah e inclusive Gaza, hoje centro dos conflitos.

Palestinos buscam nos escombros de prédio destruído por ataque israelense em resposta a ofensiva do Hamas.
Palestinos buscam nos escombros de prédio destruído por ataque israelense em resposta a ofensiva do Hamas. Foto: AP Photo/Fatima Shbair

Ao assumir a presidência temporária do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil afastou a agenda da Guerra na Ucrânia, tema delicado e controverso para o Itamaraty, e colocou como prioridade outras questões, como as migrações internacionais e as tensões políticas no Haiti. Não imaginava que uma semana depois seria provocado a tomar um posicionamento a partir da incursão de forças do Hamas – com apoio do governo palestino da Faixa de Gaza – contra Israel e do estado de guerra declarado pelo premier israelense, Binyamin Netanyahu, imediatamente após os primeiros foguetes caírem em seu país.

Este será o primeiro teste de fogo para a diplomacia brasileira sob o terceiro governo do presidente Lula, que neste momento busca construir pontes e retomar laços políticos e comerciais com seus antigos parceiros. Em que pese as agendas de Netanyahu, hoje considerado um líder autoritário e de extrema-direita, e Lula sejam dissonantes, Brasília se vê pressionada, assim como Washington e Bruxelas, a adotar um tom pró-diálogo, no qual ambos os lados deverão ceder, afinal, ninguém deseja uma nova zona de guerra e com o ingresso de potências externas, como Rússia e China, tampouco a presença de Irã, Turquia e Arábia Saudita em um conflito já potencializado neste sábado.

Restará observarmos se a mudança do discurso da diplomacia brasileira ocorrerá a tempo de evitar uma nova guerra, em um mundo cada vez mais realista. Se vencer este teste, o novo governo estará de fato credenciado para alçar voos maiores, inclusive o pleito de um assento definitivo no Conselho de Segurança e como mediador legítimo para outros conflitos, seja na Ucrânia, em Karabakh ou em qualquer outra parte do cada vez mais tensionado sistema internacional.

* Roberto Uebel é doutor em estudos estratégicos internacionais e professor de Relações Internacionais da ESPM.

 

ATAQUES DE JAVIER MILEI A LULA

 

Neste domingo (8), acontece o segundo dos dois debates eleitorais obrigatórios no país; Argentina vai às urnas no próximo dia 22 para definir novo presidente, governadores e congressistas

O candidato presidencial de La Libertad Avanza Javier Milei fala durante um debate presidencial em 01 de outubro de 2023 em Santiago del Estero, ArgentinaO candidato presidencial de La Libertad Avanza Javier Milei fala durante um debate presidencial em 01 de outubro de 2023 em Santiago del Estero, ArgentinaTomas Cuesta/Getty Images

Da CNN

Ouvir notíciaNo próximo dia 22, os argentinos vão às urnas para definir – além de governadores e congressistas – um novo presidente, e o candidato de extrema-direita Javier Milei aparece como um dos favoritos na disputa.

Neste domingo (8), na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires, os candidatos farão o segundo dos dois debates obrigatórios organizados pela Câmara Nacional Eleitoral da Argentina.

Veja também: O Grande Debate: Milei conquista eleitor argentino com ataques a Lula?

Milei conquista eleitor argentino com ataques a Lula? | O GRANDE DEBATEMilei conquista eleitor argentino com ataques a Lula? | O GRANDE DEBATE

Na maioria das pesquisas eleitorais, Milei lidera as intenções de voto com cerca de 35% e o ministro da Economia, Sergio Massa, aparece em segundo lugar, com aproximadamente 30%.

Para ganhar no primeiro turno, o candidato precisa obter 45% dos votos ou 40% com uma diferença de 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado. Se necessário, o segundo turno será em 19 de novembro.

O que Javier Milei já falou sobre Lula e o Brasil?

Em agosto, fontes do Itamaraty afirmaram à CNN ver com preocupação a possibilidade de vitória de Milei, e fontes do Palácio do Planalto afirmaram à CNN temer pelo futuro do Mercosul.

O economista e antigo comentarista político, que se apresenta como “anarcocapitalista” e antissistema, já demonstrou mais de uma vez que, se eleito, irá promover mudanças na relação entre Argentina e Brasil. Além disso, ele fez ataques públicos recorrentes contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na quarta-feira (4), Milei foi ao X (antigo Twitter) chamar Lula de “comunista nervoso” e o acusou de realizar ações diretas contra sua candidatura.

“A casta vermelha treme. Muitos comunistas nervosos e com ações diretas contra mim e meu espaço. A liberdade avança! Viva a liberdade, c******!”, escreveu Milei.

O argentino usou como base uma publicação do jornal O Estado de S. Paulo que afirmava que Lula teria influenciado a Corporação Andina de Fomento (CAF), também chamada de Banco de Desenvolvimento da América Latina, a emprestar US$ 1 bilhão à Argentina.

A iniciativa teria impacto positivo na atual gestão presidencial, do aliado de Lula, Alberto Fernández, e do candidato apoiado por ele, Sergio Massa, atual ministro da Economia argentino.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, negou interferência do presidente na tramitação. “Lula não me ligou”, disse Tebet à CNN. “Despachei com minha secretária de assuntos internacionais, que disse que os demais países votariam a favor”, completou.

Essa não é a primeira vez que Milei ataca Lula publicamente. Por exemplo, no mês passado, em entrevista à publicação inglesa The Economist, ele chamou o presidente brasileiro de “socialista com vocação totalitária”.

Veja também: Análise: As acusações de Milei a Lula por empréstimo à Argentina

Análise: As acusações de Milei a Lula por empréstimo à Argentina | WWAnálise: As acusações de Milei a Lula por empréstimo à Argentina | WW

Milei alegou que o governo Lula está “usurpando a liberdade de imprensa” e “perseguindo a oposição”: “É um regime que não está de acordo com as ideias de liberdade.”

Em outro momento, a Economist questiona o argentino como ele definiria Lula, uma vez que Milei não o vê como um presidente democrático.

“No caso do Lula é mais complicado… porque ele tem uma vocação totalitária muito mais marcada. Em outras palavras, ele não é apenas um socialista. Ele é alguém que tem vocação totalitária”, afirmou.

Ele demonstrou opinião oposta quando questionado sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Bolsonaro travou uma luta digna contra o socialismo. Depois, a urna não foi com ele, mas é uma pessoa que travou uma luta digna de reconhecimento”, disse Milei.

Relação com o Brasil e o Mercosul

Durante a entrevista à Economist, Milei demonstrou que poderia mudar a forma com que a Argentina se relaciona com a China e o Brasil.

Questionado sobre como seria sua relação com os chineses, Milei disse que não gosta de “lidar com comunistas porque esse não é um sistema que conduz à melhoria dos bens”.

“Nenhum sistema comunista conduz à liberdade. Na verdade, destrói-a, por isso, não posso ter relações com comunistas”, acrescentou.

Em seguida, respondendo sobre como seria sua relação com Lula, o candidato argentino declarou: “Olhe as aberrações que ele está cometendo em seu governo. Não posso apoiar tais assuntos.”

Diante de sua posição ideológica, o candidato foi questionado se ele não avançaria em acordos de livre comércio pelo Mercosul por conta do envolvimento do Brasil.

Milei disse que, em sua visão, “livre comércio não inclui o Estado”. “É uma decisão privada, então você pode fazer comércio com quem você quiser”, continuou.

Veja também: Ataque a Lula é estratégia eleitoral de Javier Milei?

Ataque a Lula é estratégia eleitoral de Javier Milei? | CNN ARENAAtaque a Lula é estratégia eleitoral de Javier Milei? | CNN ARENA

“O livre comércio não inclui a interferência do governo nas decisões privadas. Aquilo em que terei influência é na geopolítica, na estratégia em termos de geopolítica”, acrescentou.

Em resposta sobre o que pensa do Mercosul, Milei afirmou que o bloco econômico “é um fracasso comercial que não ultrapassou a categoria de uma união aduaneira que só gera desvios comerciais e danos para todos aqueles que vivem na região”.

“Estou alinhado com [o presidente uruguaio Luis] Lacalle Pou, na medida em que acredito que o Mercosul é um fracasso. Não serviu ao povo, serviu apenas para negócios entre políticos e empresários”, continuou.

Questionado se, caso eleito, tentaria retirar a Argentina do Mercosul, respondeu: “Parece que o Mercosul não funciona e vou a favor de uma agenda de abertura unilateral. Uma vez concluídas as reformas associadas a esta abertura unilateral, não acredito que o governo administre o comércio.”

Sobre o acordo em negociação entre Mercosul e União Europeia, o candidato argentino disse que “a Argentina seguiria seu próprio caminho”.

Especialistas consultados pela CNN afirmam que a possibilidade de Javier Milei ser eleito presidente da Argentina é um risco real à estrutura do Mercosul. Mas indicam que uma “reforma” do bloco é mais provável que a saída do vizinho.

CNN entrou em contato com o Palácio do Planalto e aguarda retorno.

Publicado por Léo Lopes, da CNN

O QUE NOS RESERVA O FUTURO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

 

Diogo Luchiari Fructuoso, Sócio e Chief Marketing Officer da Macfor

Há muito tempo, as histórias de máquinas inteligentes e autônomas povoaram nossas imaginações, da literatura à sétima arte. Hoje, a realidade está se aproximando mais do que nunca desses contos futuristas. Conforme a inteligência artificial (IA) avança a passos largos, é natural que surjam debates sobre o que nos reserva o futuro. São preocupações válidas.

Essa crescente presença em nossas vidas é inegável. Desde a Siri nos ajudando a encontrar restaurantes próximos até algoritmos recomendando filmes na Netflix, a IA está se tornando uma parte cada vez mais integrada do nosso cotidiano. Porém, com a expansão dessa tecnologia, também surgem dúvidas e incertezas.

O enigma da compreensão

A raiz do problema reside na incompreensibilidade. Esta “mente alienígena” que habita nossos dispositivos e sistemas toma decisões que escapam à nossa compreensão. Os seres humanos se confiam uns aos outros porque compartilhamos um terreno comum de experiências e entendemos o que nos motiva.

No entanto, a IA, apesar de sua origem humana, não segue esse padrão. É uma entidade alimentada por algoritmos complexos e trilhões de parâmetros, tomando decisões com base em modelos internos estáticos moldados por dados brutos. Não pode ponderar ética nem se adaptar às expectativas humanas.

Há quem tema que a IA, um dia, possa superar a inteligência humana, e essa preocupação não é trivial. Uma pesquisa recente revelou que 45% dos britânicos acreditam que os robôs poderão desenvolver níveis de inteligência superiores aos dos humanos no futuro. Até mesmo os gigantes da tecnologia e organizações como a OpenAI emitiram alertas sobre a necessidade de regulamentação dessa tecnologia.

Isso, inclusive, é justificável pelo campo da Inteligência Artificial que também está avançando rapidamente em direção à chamada “superinteligência”. Isso se refere a um estágio em que ela não apenas iguala, mas ultrapassa a inteligência humana em todos os aspectos. Essa perspectiva levanta perguntas profundas sobre como a sociedade lida com uma entidade que pode tomar decisões e realizar tarefas com um nível de eficiência e precisão que desafia a compreensão humana.

Um exemplo notável desse impacto é sua aplicação na medicina. A IA já está sendo usada para auxiliar no diagnóstico médico, identificando doenças como o câncer com uma precisão impressionante. No entanto, esse avanço também traz à tona considerações éticas sobre privacidade e segurança de dados de pacientes.

O perigo da exploração dos traços humanos

Mas será que o verdadeiro risco reside na própria IA, ou naqueles que a controlam? Aqui, quero destacar a visão de alguns especialistas de que o verdadeiro perigo não reside nela em si. A inteligência humana, com sua complexidade e capacidade de adaptação, trouxe-nos ao topo da hierarquia natural, mas também carrega consigo traços como ganância, direito e arrogância. O perigo real está em permitir que indivíduos com agendas ocultas assumam o controle.

A boa notícia é que tanto governos, quanto líderes da indústria de IA estão começando a reconhecer esses riscos. Reuniões entre primeiros-ministros e CEOs de empresas de tecnologia para discutir a regulamentação da IA estão se tornando cada vez mais comuns. A preocupação com a segurança nacional, desinformação e ameaças existenciais está levando a uma abordagem mais cautelosa em relação ao desenvolvimento da Inteligência Artificial. Isso é uma indicação de que, pelo menos no Reino Unido, o governo está prestando atenção e reconhecendo a “ameaça existencial”.

Nossos pesquisadores estão diligentemente trabalhando na inserção de ética na IA, mas este é um terreno onde as respostas não surgem facilmente. À medida que a IA assume um papel cada vez mais central em sistemas críticos, como redes elétricas e militares, a necessidade de confiabilidade se torna uma questão de vida ou morte.

O cenário nacional não fica para trás, o Brasil também está contribuindo para essa revolução tecnológica. O programador e empresário Antonio Henrique desenvolveu a Inteligen, uma ferramenta gratuita idealizada para ajudar os empreendedores brasileiros, viabilizando a obtenção de inteligência de mercado por meio da análise de métricas e indicadores econômicos. O uso da IA tem colaborado com processos das empresas, permitindo análises fundamentadas e baseadas em dados concretos.

Quanto ao meu ponto de vista, acredito que o impacto da IA no futuro da humanidade dependerá de como navegamos por esses desafios e garantimos que as tecnologias de IA sejam desenvolvidas e implantadas de uma maneira que maximize os benefícios enquanto minimiza os riscos.

Eu sou um entusiasta da tecnologia e reconheço os benefícios incríveis que a inteligência artificial pode trazer para a sociedade. Desde a automação de tarefas rotineiras até avanços médicos revolucionários, a IA tem o potencial de melhorar nossas vidas de maneiras que antes só podíamos imaginar.

No entanto, não podemos permitir que o entusiasmo nos cegue para os riscos significativos que essa revolução traz consigo. A superinteligência artificial é um território desconhecido, e devemos abordá-la com a máxima cautela. A história nos ensinou que avanços tecnológicos sem supervisão adequada podem levar a consequências devastadoras.

Este é um dilema de confiança que nos coloca à beira de um ponto crítico. É imperativo resolver problemas de aplicabilidade e alinhamento da IA antes que alcancemos esse ponto, onde a intervenção humana se torna virtualmente impossível. Nesse cenário, não restará outra opção senão confiar completamente na máquina.

A Inteligência Artificial é uma ferramenta poderosa que pode ser usada para melhorar nossas vidas de inúmeras maneiras. Ao abraçar um diálogo aberto e regulamentações cuidadosas, podemos aproveitar esse potencial enquanto protegemos o futuro da nossa espécie. O momento de agir é agora.

Descubra o Marketplace Valeon do Vale do Aço: Um Hub de Empresas, Notícias e Diversão para Empreendedores

Moysés Peruhype Carlech – ChatGPT

O Vale do Aço é uma região próspera e empreendedora, conhecida por sua indústria siderúrgica e seu ambiente de negócios dinâmico. Agora imagine ter um único local onde você pode encontrar todas as informações e recursos necessários para ter sucesso nesse ambiente competitivo. Bem-vindo ao Marketplace Valeon do Vale do Aço – um hub online que engloba empresas, notícias, diversão e empreendedorismo, oferecendo uma plataforma única para empresários e gerando leads valiosos.

Um ecossistema empresarial abrangente:

O Marketplace Valeon do Vale do Aço reúne empresas locais de diversos setores em um só lugar. Com uma interface intuitiva, os usuários podem facilmente encontrar e se conectar com fornecedores, parceiros comerciais e clientes potenciais na região. A plataforma oferece uma ampla gama de categorias de negócios, desde indústrias tradicionais até empresas inovadoras, garantindo que todos os empreendedores encontrem as oportunidades certas para expandir seus negócios.

Notícias e insights atualizados:

Além de ser um diretório empresarial, o Marketplace Valeon do Vale do Aço também oferece um fluxo contínuo de notícias e insights relevantes para os empresários da região. Através de parcerias com veículos de comunicação locais e especialistas em negócios, a plataforma mantém os usuários informados sobre as últimas tendências, oportunidades de mercado, mudanças regulatórias e eventos relevantes. Essas informações valiosas ajudam os empresários a tomar decisões informadas e a se manterem à frente da concorrência.

Diversão e engajamento:

Sabemos que a vida empresarial não é só trabalho. O Marketplace Valeon do Vale do Aço também oferece uma seção de entretenimento e lazer, onde os usuários podem descobrir eventos locais, pontos turísticos, restaurantes e muito mais. Essa abordagem holística permite que os empresários equilibrem o trabalho e a diversão, criando uma comunidade unida e fortalecendo os laços na região.

Foco no empreendedorismo:

O Marketplace Valeon do Vale do Aço é uma plataforma que nutre o espírito empreendedor. Além de fornecer informações e recursos valiosos, também oferece orientação e suporte para os empresários que desejam iniciar seus próprios negócios. Com seções dedicadas a tutoriais, estudos de caso inspiradores e conselhos de especialistas, o marketplace incentiva e capacita os empreendedores a alcançarem seus objetivos.

Geração de leads para os empresários:

Uma das maiores vantagens do Marketplace Valeon do Vale do Aço é a capacidade de gerar leads qualificados para os empresários. Com um público-alvo altamente segmentado, a plataforma oferece a oportunidade de se conectar diretamente com potenciais clientes interessados nos produtos e serviços oferecidos pelas empresas cadastradas. Isso significa que os empresários podem aumentar sua visibilidade, expandir sua base de clientes e impulsionar suas vendas de forma eficiente.

Conclusão:

O Vale do Aço é uma região cheia de oportunidades e empreendedorismo, e o Marketplace Valeon do Vale do Aço se torna um recurso indispensável para os empresários locais. Ao oferecer um ecossistema empresarial abrangente, notícias atualizadas, diversão, suporte ao empreendedorismo e a geração de leads qualificados, o Marketplace Valeon se destaca como uma ferramenta poderosa para impulsionar os negócios na região. Não perca a chance de fazer parte dessa comunidade dinâmica e descubra o poder do Marketplace Valeon do Vale do Aço para o seu sucesso empresarial.

A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a atenção para as seguintes questões:

• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.

• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas

para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.

• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.

• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.

• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação, vendas, etc.

• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:

a) Digitalização dos Lojistas;

b) Apoio aos lojistas;

c) Captura e gestão de dados;

d) Arquitetura de experiências;

e) Contribuição maior da área Mall e mídia;

f) Evolução do tenant mix;

g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;

h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;

i) Convergência do varejo físico e online;

j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;

k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;

l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;

m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.

Vantagens competitivas da Startup Valeon:

• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.

• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do Aço para os nossos serviços.

• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.

• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.

• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.

• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Proposta:

Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.

Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços, telefone, WhatsApp, etc.

O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/)  tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

sábado, 7 de outubro de 2023

O IEPREV ENTENDE QUE MODULAR A DECISÃO DE VIDA TODA É ANISTIAR O INSS

 

História por admin3 • IstoÉ Dinheiro

O Instituto de Estudos Previdenciários acionou o Supremo Tribunal Federal nesta quinta, 5, pedindo a não modulação do julgamento em que a Corte máxima garantiu Revisão da Vida Toda – direito de aposentados e pensionistas de optarem pela regra previdenciária que lhes for mais favorável. A entidade é representada pelo ministro aposentado do STF, Carlos Ayres Britto.

Junto dos advogados João Badari, Saul Tourinho e Murilo Aith, Aires Britto defende a impossibilidade de estabelecer uma espécie de marco para incidência da decisão do STF sobre o direito dos segurados a Revisão da Vida Toda. Atualmente, a discussão esta suspensa em razão de um pedido de vista – mais tem para análise – feito pelo ministro Cristiano Zanin.

O Instituto de Estudos Previdenciários argumenta ao STF que a intenção do INSS – que recorreu da decisão dada pelo Tribunal em dezembro do ano passado – é ‘modificar inteiramente’ o entendimento firmado pelos ministros. O instituto pede que a decisão seja aplicada apenas para o futuro, vedando o pagamento de valores anteriores a 13 de abril, quando o Supremo publicou o acórdão do julgamento.

Nessa linha, o IEPREV sustenta que modular a decisão sobre a Revisão de Vida Toda ‘seria anistiar o INSS do pagamento em retribuição às contribuições vertidas, por conta do cálculo prejudicial e ilegalmente realizado’.

Não há data para que o STF retome a discussão sobre a modulação da Revisão da Vida Toda. Zanin tem até meados de novembro para liberar o caso para julgamento e então caberá ao presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, recolocar o tema em pauta.

Até o momento, foram apresentados dois votos sobre a modulação: o do relator, Alexandre de Moraes, e o da ministra aposentada Rosa Weber, que antecipou o voto antes de deixar a Corte máxima, no final de setembro.

O voto de Alexandre impôs uma derrota ao INSS. O ministro defendeu que a Corte acolha parcialmente recurso da Previdência e module os efeitos do julgamento quanto a dois pontos: benefícios já extintos e benefícios já pagos por ordem da Justiça.

A ministra Rosa Weber, de outro lado, sugeriu um corte anterior para a revisão dos benefícios – a data do julgamento em que o STJ validou a Revisão da Vida Toda, em dezembro de 2019. Segundo a ministra, o Supremo apenas confirmou a decisão da outra Corte, mantendo o entendimento por ela fixado.

O post Revisão da Vida Toda: INSS não deve ser anistiado pelo STF, diz Ayres Britto apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

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