domingo, 17 de setembro de 2023

EM CUBA LULA CRITICA EMBARGO DOS EUA A CUBA

 

História por MARIANNA HOLANDA • Folha de S. Paulo

HAVANA, CUBA (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, neste sábado (17), em Havana, que o embargo econômico americano contra Cuba é “ilegal” e condenou a inclusão da ilha caribenha na lista dos Estados Unidos de nações patrocinadoras do terrorismo.

“Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral. Rechaçamos a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo.”

A declaração foi feita durante discurso na cúpula do G77 + China, em Havana. Trata-se de uma coalizão de países em desenvolvimento considerada pela diplomacia brasileira um espaço para coordenar posições sobre a reforma no sistema internacional de governança política e econômica.

O chefe do Executivo, que foi o primeiro líder a discursar no encontro, passará cerca de 24 horas na capital cubana. Ele parte para Nova York no final deste sábado.

O governo Lula afirma que as sanções são uma forma de sufocamento do regime cubano. Em fevereiro passado, antes de uma reunião com o presidente dos EUA, Joe Biden, Lula disse que o bloqueio não faz sentido e prometeu abordar o tema com o americano.

As sanções afetam também o Brasil financeiramente. Discussões internas do governo brasileiro apontam que o embargo precisa ser abrandado para haver pagamento da dívida que a ilha tem com Brasília no valor de US$ 538 milhões (R$ 2,6 bilhões).

A retirada de Cuba da relação de países que financiam o terrorismo é tida como um “fator determinante” pelo governo brasileiro, afirma um técnico em um documento interno obtido pela Folha de S.Paulo que relata uma reunião preparatória entre integrantes de órgãos do Executivo e de bancos públicos para tratar da dívida cubana.

Cuba foi recolocada na lista americana em 2021 em decisão tomada pelo ex-presidente Donald Trump. E a ilha foi mantida na lista dos países que “não colaboram completamente” na luta contra o terrorismo pelo atual presidente dos EUA, Joe Biden. O ato impõe ainda mais dificuldades comerciais ao país caribenho, para além do embargo aplicado desde a Guerra Fria.

Diplomatas brasileiros dizem que esse tipo de política contribui para o sufocamento de Cuba.

No mesmo discurso deste sábado, Lula ressaltou outra bandeira da diplomacia brasileira: a de que as discussões sobre enfrentamento às mudanças climáticas, inclusive temas de financiamento, precisam levar em conta o princípio de que existem responsabilidades diferentes entre países ricos e em desenvolvimento.

“Vamos promover a industrialização sustentável, investindo em energias renováveis, na socio-bio-economia e na agricultura de baixo carbono”, declarou.

“Faremos isso sem esquecer que não temos a mesma dívida histórica dos países ricos pelo aquecimento global. O princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas permanece válido. É por isso que o financiamento climático tem de ser assegurado a todos os países em desenvolvimento, segundo suas necessidades e prioridades”.

O chefe do Executivo disse ainda que, até a COP30, que será realizada em Belém, “será necessário insistir na implementação dos compromissos nunca cumpridos pelos países desenvolvidos”.

Após o evento, no hotel em que está hospedado, Lula ressaltou a importância do grupo G77 e não comentou sobre a bilateral que terá com o líder do regime cubano, Miguel Díaz-Canel. “G77 é um grupo muito importante, praticamente começou a briga pela questão de política comercial mais justa no mundo”, afirmou.

“Essa discussão de ciência, tecnologia e inovação é muito importante. Eu acho que tudo isso está produzindo uma mudança no comportamento geopolítico dos governantes. O mundo mudou. A oposição mudou, e os governos têm de mudar”, disse a jornalistas.

Ainda neste sábado, o mandatário terá ainda uma reunião bilateral com o diretor-geral da FAO (Organização da ONU para Alimentação e Agricultura). Depois, viaja aos EUA, onde participará da Assembleia-Geral da ONU.

Lula está acompanhado da primeira-dama, Janja, e dos ministros Nísia Trindade (Saúde), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação). Celso Amorim, assessor especial da Presidência, também integra a comitiva.

A ministra Nísia assinou na cúpula, com seu homólogo cubano, José Ángel Portal Miranda, um protocolo de cooperação com foco no fortalecimento do complexo industrial da saúde no Brasil. A intenção é a produção de medicamentos e vacinas para doenças crônicas para atender o PNI (Programa Nacional de Imunização) e as necessidades de Cuba.

APOSENTADOS DO INSS À ESPERA DO 14º SALÁRIO

História por Redação • Catraca Livre

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) volta atendimento presencial nas agências.© Agência Brasil

Créditos: Agência Brasil/Valter Campanato

O 13º salário é um benefício dos trabalhadores formais no País e representa um alívio nas finanças no fim do ano. Para os pensionistas e aposentados do INSS, um salário a mais pode virar realidade. Trata-se do 14º salário do INSS, que é uma proposta apresentada em 2020, mas desde 2022 está avançando nas discussões na Câmara dos Deputados

Fruto do Projeto de Lei  4367/20, de autoria do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), a ideia inicial era que o 14º salário do INSS fosse implementado já em 2020 e 2021 para compensar os efeitos da crise provocada pela pandemia do coronavírus.

“Ao apresentar este projeto de lei optei pela concessão de duas parcelas do abono anual, uma para o ano de 2020 e outra para o ano de 2021. Não se pode esquecer que temos mais de 30 milhões de pessoas que recebem benefícios previdenciários e estes recursos são o esteio financeiro que estrutura a vida de suas famílias, situação que se intensificou ainda mais com a perda de postos de trabalhos e renda de milhões de familiares destes aposentados”, afirmou o parlamentar, em sua justificativa para o projeto.

INSS dá a melhor notícia para brasileiros© Agência Brasil/Valter Campanato

Qual será o valor pago pelo Governo?

O Projeto de Lei 4367/20 prevê o pagamento em dobro do abono anual estabelecido em lei. Isso significa dois pagamentos de 13º, limitado ao valor de dois salários mínimos (R$ 2.640 nos valores atualizados)

Como está a análise da proposta?

Embora a proposta tenha tido avanços, atualmente ainda vai passar por apreciação conclusiva das comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público e de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

Sendo aprovado na Câmara e no Senado Federal, o projeto seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo que isto aconteça ainda este ano, o que é pouco provável, o 14º salário do INSS pode ser uma realidade somente em 2024.

Recentemente, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, refutou a possibilidade de ter esse recurso em 2023. “Já o 14º é mais difícil porque é um peso muito alto. Não posso agarrar os céus com as mãos. Tenho uma realidade muito difícil. Não podemos fazer tudo ao mesmo tempo porque senão o governo não aguenta”, afirmou Lupi ao Jornal O Globo.

 

MUITOS MINISTÉRIOS E QUAL É A FUNÇÃO DELES?

História por Maki de Mingo, especial para a CAPRICHO 

lula e novos ministros© Ricardo Stuckert/Divulgação

Talvez você esteja acompanhando a dança das cadeiras ministeriais no Governo Federal, mas se não estiver, não tem problema, é por isso que estamos aqui. Recentemente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu aumentar o número de Ministérios (de 37 para 38) em uma manobra política para acomodar o tal do “centrão” no governo. 

Em um vai e vêm, finalmente, na semana passada, ele aprovou a chamada “reforma ministerial” e tomou medidas que buscaram agradar o Congresso Nacional mas que, ao mesmo tempo, desagradaram membros do próprio governo com a demissão da ministra do Esporte, Ana Moser, sem agradecê-la em carta de anúncio e aprovação da reforma.

Vem com a gente, não é difícil de entender: para um presidente conseguir governar da melhor forma, ele precisa de apoio dos deputados e senadores que comandam o Senado e a Câmara dos Deputados, ou seja, ele precisa de maioria no Congresso Nacional. 

Para que isso aconteça, é muito comum um presidente, mesmo depois de eleito, oferecer cargos do chamado “primeiro escalão” (como os Ministérios) para políticos de partidos opositores ou simpatizantes para aumentar o seu apoio nessas casas. 

Vide as mudanças atuais: Lula decidiu desmembrar o Ministério da Indústria e Comércio, criando o Ministério das Micro e Pequenas Empresas, e ofereceu a chefia dessa pasta para Márcio França, atual Ministro de Portos e Aeroportos. 

Esse Ministério, por sua vez, passa a ser chefiado por Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), que é atualmente um deputado em exercício. Por fim, Lula decidiu demitir a ministra do Esporte Ana Moser e substituí-la por André Fufuca, líder do PP na Câmara dos Deputados. 

O ponto importante dessa mudança toda é que o PP e o Republicanos são partidos do chamado “centrão”, isto é, grupo de partidos com posicionamento político no centro e centro-direita e que apoiavam amplamente o governo anterior, de Jair Bolsonaro. A ideia é, justamente, ampliar a influência política do Lula no Congresso e conseguir maior apoio na aprovação de projetos a nível federal. 

Tá, mas o que faz um ministério? 

Se essa dúvida persiste por aí, calma, tem mais coisa para entender ainda. Um ministério é um órgão do Executivo, isto é, eles fazem parte do Governo Federal. Cada ministério é criado com o objetivo de apoiar o Presidente da República no exercício do cargo, trabalhando no planejamento e na execução das políticas do governo. 

É por isso que, sempre que há uma troca de presidente, há também uma troca de ministérios. Alguns deixam de existir, outros são mantidos… Tudo depende de qual o foco e os objetivos do presidente para o seu mandato de 4 anos.  

Pensa assim: é impossível e impraticável um presidente coordenar sozinho todas as áreas de um país (como saúde, educação, economia, meio ambiente…). Entram aí os ministros, que são os seus “especialistas” para cada área e têm os seus próprios subordinados para coordenarem mais de perto aquela área política, econômica ou social do país. 

As sedes dos ministérios ficam em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, e cada pasta supervisiona os órgãos relacionados à sua área de atuação e ainda garantem a execução de leis e decretos dessa área.

Ao Ministério da Cultura, por exemplo, fica reservado o papel de executar políticas públicas de incentivo ao desenvolvimento cultural do país, além da preservação da história cultural brasileira e das nossas culturas locais.  

Para fechar, uma curiosidade: o Ministério da Justiça foi o primeiro ministério criado no Brasil. Ele surgiu quando o país ainda era uma colônia de Portugal, em 1643, quando o rei dom João 4º estabeleceu a então chamada Secretaria do Estado das Mercês. A pasta evoluiu, assim como as suas atribuições, e o nome atual se firmou não tem muito tempo, em 1967. Interessante, né?

 

CÂMARA DOS DEPUTADOS NÃO TEM LUGAR PARA TODOS OS DEPUTADOS SENTAREM

 

História por Daniel Weterman • Jornal Estadão

BRASÍLIA – Não há cadeiras suficientes para todos os deputados no plenário principal da Câmara. Por isso, é comum ver muitos em pé durante votações importantes. Além disso, os deputados de direita geralmente ficam do lado direito e os de esquerda se posicionam do lado esquerdo. Adivinha onde fica o Centrão?

O Brasil tem 513 deputados federais, que representam os 26 Estados e o Distrito Federal. No plenário principal da Câmara, porém, há 396 assentos. Na prática, se todos forem para o local ao mesmo tempo, alguns ficarão sem lugar para sentar.

Deputados de esquerda costumam ficar do lado esquerdo do plenário, enquanto parlamentares de direita ficam no lado direito. Líderes do Centrão gostam de estar no meio. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados© Fornecido por Estadão

Nem sempre foi assim. O número de 513 foi fixado na Constituição de 1988. Quando a sede do Congresso foi transferida do Rio de Janeiro para Brasília, em 1960, a Câmara tinha 326 deputados. E, naquela época, o plenário tinha 528 cadeiras. Ou seja, a Casa já teve mais assentos do que deputados, situação inversa à observada atualmente.

O que aconteceu ao longo dos anos: os próprios parlamentares pediram mais espaço para circular e discursar em pé, de acordo com a assessoria de imprensa da Câmara. Além disso, o prédio foi adequado com saídas de emergência e rotas de fuga, e cadeiras foram retiradas ao longo do tempo.

O local das votações e discursos, aliás, foi batizado de Plenário Ulysses Guimarães em 1992, em referência ao presidente da última Assembleia Constituinte. É onde também ocorrem as sessões conjuntas do Congresso Nacional, quando se reúnem deputados e senadores. Aí mesmo é que não cabe todo mundo, pois no total são 594 congressistas para 396 cadeiras.

Plenário da Câmara dos Deputados em 1960. Foto: Acervo da Câmara dos Deputados/Reprodução do livro “Congresso Nacional: A Construção do Espaço da Democracia” (Editora Câmara, 2021)© Fornecido por Estadão

No livro “Congresso Nacional: A Construção do Espaço da Democracia” (Editora Câmara, 2021), os arquitetos Elcio Gomes da Silva e Fábio Chamon Melo explicam que a Câmara já projetava no passado o aumento do número de parlamentares. Fora o prédio principal, a Câmara possui salas para reunião de comissões, auditórios e gabinetes distribuídos em quatro anexos.

“Diversas foram as mudanças após a inauguração do Palácio do Congresso, as quais refletiram e refletem as transformações sociais e políticas, entre elas o próprio aumento da população e a necessidade de acréscimo progressivo do número de representantes parlamentares, assim como uma maior quantidade de Unidades da Federação”, diz a publicação.

O posicionamento dos congressistas também chama atenção. Os parlamentares de esquerda costumam sentar do lado esquerdo, mesmo que não haja lugar marcado para cada um no local. Os deputados de direita, por sua vez, se reúnem do lado direito do plenário. Em dias de votações importantes, é comum ver os integrantes do Centrão no meio, em pé, negociando e fazendo discursos por ali mesmo.

No Senado é diferente. Os 81 senadores têm lugar marcado e identificado com placas. A disposição é feita de acordo com os Estados. E por ordem alfabética, começando pelo Acre e terminando por Tocantins. Os eleitores de cada Unidade da Federação elegem três senadores, independentemente do tamanho do Estado ou da população.

Plenário do Senado é organizado de acordo com Unidades da Federação, em ordem alfabética. Foto: Reprodução/Portal do Senado Federal© Fornecido por Estadão

Nas votações, no entanto, cada senador pode registrar sua presença na sessão ou seu voto em projetos de lei de qualquer assento. É só se identificar com a biometria, código individual e votar. O dispositivo de votação fica em uma gaveta em frente a cada cadeira. O discurso também pode ser feito de qualquer lugar.

No dia a dia do Senado, é comum ver os parlamentares “fugirem” de seus lugares para conversar com aliados políticos e não ficar ao lado dos colegas do mesmo Estado. O senador Sérgio Moro (União-PR), por exemplo, em regra senta ao lado da senadora Teresa Leitão (PT-PE), pois Pernambuco fica ao lado do Paraná. Os dois, porém, são de grupos antagônicos.

O plenário do Senado não foi batizado com o nome de um parlamentar, diferentemente do que aconteceu na Câmara. Muitos acham e até chamam o local de “Plenário Rui Barbosa”. Existe até um busto do ex-senador no local. Mas, oficialmente, é apenas chamado de “Plenário do Senado Federal”.

PENAS APLICADAS AOS MANIFESTANTES DO DIA 8/1 SÃO EXTREMAMENTE ALTAS E POLÍTICAS

História por PODER360 

O presidente do PCO (Partido da Causa Operária), Rui Costa Pimenta, chamou de “totalmente absurdo” o julgamento dos primeiros casos de extremistas presentes no 8 de janeiro no STF (Supremo Tribunal Federal). Para Pimenta, não houve tentativa de golpe de Estado por parte dos acusados, apenas o que ele chamou de “ato político”.

Para ele, “invadir prédio público não é golpe de Estado e nem terrorismo, a não ser que invada com uma força poderosa armada”. O presidente do PCO relembrou a trajetória como um militante da esquerda para afirmar que já participou diversas vezes de ações que invadiram prédios públicos e não foram tomadas as medidas nas proporções que se vê agora.

“Se você faz uma manifestação desarmado, não é um golpe de Estado, mas um ato político. Pode ser um ato com objetivos muito ruins, mas, se formos defender atos políticos apenas com objetivos com os quais a gente concorda, não tem ato político”, disse o político em live do partido.

Na avaliação de Pimenta, existe uma diferença entre querer dar um golpe e efetivar o golpe. “Não podemos igualar as duas coisas”, disse.

Os 4 primeiros réus condenados pelo STF foram julgados pelas práticas de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. Por isso, Pimenta disse que parte dos acusados são julgados injustamente pelo que o grupo fez e não por atos individuais.

“De acordo com o que a gente tá vendo no STF, você pode estar em um jogo de futebol com a camiseta do seu time, e, se um outro cidadão com a mesma camisa do seu time dá uma paulada em alguém, você pode pegar 17 anos de cadeia. Apesar de você não ter nada a ver com o peixe”, afirmou.

Quem é Rui Costa Pimenta

Rui Costa Pimenta foi candidato à Presidência da República em 3 oportunidades. Em 2002, o político recebeu 38.619 votos (0,05% dos válidos). Em 2010, Pimenta teve 0,01% dos votos válidos, equivalente a 12.277. Já em 2010, o candidato recebeu 12.324 votos (0,01%).

O presidente do PCO teve a candidatura barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2006 por erro na prestação de contas na campanha presidencial das eleições de 2002. Na época, ele chegou a usar seu tempo nas propagandas eleitorais para criticar o órgão.

Em 2 de junho de 2022, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a abertura de inquérito contra o PCO por publicações da sigla na internet. Também mandou bloquear os perfis da legenda nas redes sociais e determinou depoimento de Rui Costa Pimenta. A investigação aberta pelo ministro é baseada no inquérito das fake news, que apura disseminação de notícias falsas contra a Corte

Moraes também deu 24 horas para que as empresas de redes sociais bloqueassem os perfis e canais do PCO.

A decisão veio depois de publicação no X (ex-Twitter), em que o partido chamou o ministro de “skinhead de toga” e disse que ele estava em “sanha por ditadura”. O PCO também pediu a “dissolução do STF”.

 

O CAMINHO DO EMPREENDEDORISMO É REPLETO DE DESAFIOS E OPORTUNIDADES

Por Cristiane Soethe Zimmermann, jornalista e sócia da Presse Comunicação

5 Obstáculos no Empreendedorismo Digital e Como Vencê-los

Há 15 anos, com a minha sócia Fernanda Momm, me lancei ao desafio do empreendedorismo. Antes disso, eu já somava alguma experiência em veículos de TV, rádio, jornal e revista, mas, principalmente, na minha grande paixão, que veio a ser o foco do meu negócio: a comunicação corporativa.

O caminho do empreendedorismo é, sem dúvida, repleto de desafios e oportunidades. Ao longo desse tempo, aprendi inúmeras lições valiosas que moldaram minha jornada.

Foram erros e acertos que me trouxeram até aqui e, quem sabe, compartilhar alguns deles pode ser útil para o percurso de quem também nutre a vontade de ter um negócio próprio.

Encontre sua paixão

Uma das maiores lições que aprendi é a importância de encontrar e perseguir sua paixão. Quando você se dedica a algo que ama, encontra a motivação necessária para superar obstáculos e perseverar em momentos difíceis.

Aprenda com seus erros

Os erros são inevitáveis no mundo dos negócios, mas é crucial aprender com eles. Cada desafio enfrentado, cada falha cometida, contém uma lição valiosa. Encare os erros como oportunidades de aprendizado, aprimore seus processos e busque constantemente a melhoria.

Construa uma rede de relacionamentos sólida

O empreendedorismo pode ser solitário, mas não precisa ser. Todos nós dependemos de parcerias e relacionamentos sólidos. Construir uma rede de contatos e uma equipe comprometida e confiável é essencial para o sucesso.

Busque conexões com profissionais da área, estabeleça parcerias estratégicas e desenvolva relacionamentos duradouros com clientes. Faça parte de redes de empreendedores e compartilhe experiências com outros empresários. Aprender com as experiências de outras pessoas pode abrir portas e fornecer suporte emocional durante os momentos desafiadores.

Seja aberto e adaptável às mudanças do mercado

O mundo, não só da comunicação corporativa, está em constante evolução. Para se destacar, é necessário ser ágil e adaptável às mudanças do mercado. Esteja atualizado com as tendências emergentes, abrace a inovação e esteja disposto a explorar novas tecnologias. A agilidade e a capacidade de adaptação são fundamentais para se destacar em um mercado competitivo.

Valorize o equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Ao embarcar na jornada empreendedora, é fácil se deixar consumir pelo trabalho e negligenciar outras áreas da vida. Aprenda a estabelecer limites e priorizar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Isso não apenas ajudará a evitar o esgotamento, mas também contribuirá para um desempenho mais eficaz no trabalho.

Não tenha medo de correr riscos calculados

O sucesso, muitas vezes, requer coragem para correr riscos. É importante identificar oportunidades promissoras e estar disposto a sair da zona de conforto. No entanto, lembre-se de que a análise cuidadosa e a avaliação de riscos são fundamentais para tomar decisões embasadas.

Cultive a resiliência

O empreendedorismo é uma montanha-russa de altos e baixos. A resiliência é uma qualidade indispensável para superar os desafios. Aprenda a se adaptar rapidamente às mudanças, a lidar com a pressão e a persistir mesmo diante das adversidades.

Invista em capacitação e desenvolvimento profissional

Em qualquer área de atuação, é fundamental investir na capacitação e desenvolvimento profissional. Ao empreender, é necessário adquirir novas habilidades, como gestão de pessoas, técnicas de venda, administração, entre outras. Participe de cursos, workshops e eventos da área e incentive sua equipe a fazer o mesmo.

Não ignore o feedback dos clientes

As observações dos clientes constituem uma valiosa oportunidade de aprimorar seus produtos ou serviços. É importante ouvir atentamente as necessidades e expectativas dos clientes e utilizar esse feedback para realizar melhorias. Muitas vezes, é necessário deixar o ego de lado e dar um passo atrás, aproveitando essas informações como oportunidade de crescimento.

Cada desafio superado e cada vitória alcançada moldaram a minha história de empreendedorismo. Penso que coragem, entusiasmo e resiliência foram fatores determinantes para continuar nos momentos mais desafiadores.

Além disso, é preciso levar em consideração que uma sociedade é um casamento: para o sucesso do negócio é indispensável ter um sócio compatível na visão e na ética de trabalho, que traga complementaridade de habilidades, equilíbrio na tomada de decisões, apoio emocional e motivação.

O empreendedorismo é uma aventura e cada passo é uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional. É necessário ter persistência e adaptabilidade. Mas, com dedicação e planejamento, empreender pode se tornar uma jornada gratificante.

Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso

Junior Borneli, co-fundador do StartSe

Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)

Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor

Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe. Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).

É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas, conhecendo culturas diferentes.

Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator entre fracasso e sucesso.

Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo. “Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.

De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi possível para o melhor resultado”, avisa.

Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o empreendedor.

Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso é a superação”, destaca Junior Borneli.

Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes, receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”, afirma.

É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria fica pelo caminho”, diz.

É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.

O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.

Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará valer a pena!,” destaca o empreendedor.

DERROTA TAMBÉM ENSINA

Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá, tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos Estados Unidos”, afirma Junior.

No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.

Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e suportáveis”, salienta.

Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão. Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e siga firme em frente”, afirma.

É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm coragem e disposição para fazer”, completa.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                  

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

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sábado, 16 de setembro de 2023

PRIVILÉGIOS NÃO TORNAM A REFORMA TRIBUTÁRIA TRANSPARENTE E JUSTA

 

História por admin3 • IstoÉ Dinheiro

Depois de 30 anos de espera e postergações de uma reforma tributária capaz de alinhar o Brasil às principais economias, não podemos perder a oportunidade de concretizar de modo correto e justo esse processo tão importante para nossa competitividade, estímulo aos investimentos produtivos, crescimento mais expressivo do PIB e geração de empregos. Para isso, porém, a Proposta de Emenda Constitucional — PEC 45/2019, aprovada na Câmara dos Deputados, não pode agregar privilégios para quaisquer segmentos ou regiões.

Assim, é preocupante a informação de que o Senado, no qual a matéria agora tramita, deverá reintroduzir na proposta o Artigo 19, votado em separado e retirado pelos deputados federais, que prorrogava até 2032 os benefícios fiscais para indústrias do Norte e do Nordeste. Além disso, a nova redação aventada deverá estabelecer mais uma exceção, não prevista no texto original: os estímulos seriam específicos para a rubrica de “novas tecnologias”.

Tomando-se como exemplo o setor automobilístico, cabe lembrar que a Política Automotiva para o Desenvolvimento Regional (PADR), objeto das leis 9.440/1997 e 9.826/1999, já estabelecia regimes tributários diferenciados para as indústrias do setor do Norte, Nordeste e Centro-Oeste em relação ao Sul e Sudeste, resultando em diferencial de preços de até 21%, nas mesmas especificações técnicas e faixas de valores. Tal assimetria resulta da soma de 11% do IPI, constante na própria PADR, e 10% de ICMS, concedidos de modo complementar pelos governos estaduais.

Com a retirada do Artigo 19 da PEC 45 na Câmara dos Deputados, esses benefícios fiscais ficam restritos à Zona Franca de Manaus, em respeito a um dispositivo constitucional específico. O texto aprovado determina que os incentivos e regimes diferenciados sejam adotados de maneira uniforme em todo o território nacional. A contrapartida é a instituição do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, com o repasse de recursos da União para os estados e o Distrito Federal, destinados ao fomento das atividades produtivas com potencial de geração de emprego e renda.

É importante entender que os incentivos federais da PADR têm vigência até 2025, antes, portanto, do início da transição ao novo modelo tributário instituído pela PEC 45, que ocorrerá entre 2027 e 2032. Assim, seria danoso prorrogar os benefícios para além desse período, pois, além da persistência das assimetrias, seria complexo conciliar as duas agendas, prejudicando-se o cronograma de implantação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), previsto na emenda constitucional. Mais temerária ainda seria a hipótese de tornar esses estímulos perenes.

Os incentivos tributários para a instalação de montadoras e fornecedores de autopeças no Norte, Nordeste e Centro-Oeste baseiam-se no mecanismo de concessão de crédito presumido do IPI para compensação com o montante a ser recolhido. Esses benefícios deveriam originalmente ter sido extintos em 2010, mas, depois de três prorrogações, expirarão somente em 2025. Segundo Relatório de Auditoria realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a PADR, entregue em março de 2023, esse programa não tem produzido resultados positivos. É interessante observar o seguinte trecho do documento do TCU: “(…) a análise de resultados da PADR (…) revelou que as políticas, embora custem mais de R$ 5 bilhões por ano para os pagadores de impostos e já tenham consumido mais de R$ 50 bilhões desde 2010, entregam pouco de desenvolvimento regional aos territórios por ela beneficiados, pois foi verificado que, quando comparados aos territórios contrafactuais (que não receberam os benefícios das PADR), aqueles beneficiados não apresentaram perfil superior de desenvolvimento econômico”. Um dos fatores apontados pelo órgão que explicam o baixo impacto do programa é que não ocorreu a esperada aglomeração industrial no entorno das fábricas contempladas.

É inadmissível, portanto, que os contribuintes e o Estado continuem subsidiando políticas públicas ineficazes e discriminatórias, à custa de mais impostos e de recursos que poderiam ser aplicados em saúde, educação, habitação e outras prioridades, incluindo iniciativas para o desenvolvimento regional. A seriedade e o êxito da tão esperada reforma tributária devem começar pela extinção de todos os privilégios, com um olhar mais amplo para os interesses e o bem de todos os brasileiros.

*Rafael Cervone, engenheiro e empresário, é o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).

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CRIMEIA É UMA REGIÃO CRUCIAL PARA A GUERRA NA UCRÂNIA

 

História por Roman Goncharenko • DW Brasil

Kiev tem intensificado seus ataques contra a península anexada por Moscou, bombardeando posições militares russas com drones e mísseis de cruzeiro. Por que a região é considerada crucial para a guerra?

Fumaça sobre a Crimeia após um ataque a Sebastopol em 13 de setembro passado© IMAGO/ITAR-TASS

Pela segunda vez consecutiva, as tropas ucranianas atacaram posições militares russas na península anexada da Crimeia na manhã desta quinta-feira (14/09). Segundo a mídia ucraniana, o alvo era um sistema antiaéreo S-300 ou o ainda mais moderno S-400 próximo à cidade de Yevpatoria.

Seria o segundo sistema desse tipo atacado na Crimeia em apenas algumas semanas. Desta vez, os militares russos relataram apenas um ataque de drone supostamente repelido, sem detalhes.

Na noite anterior, a Ucrânia relatou um ataque espetacular em Sebastopol, a principal base da Frota do Mar Negro. Segundo relatos de Kiev, vários mísseis de cruzeiro atingiram um navio de guerra e um submarino. Ambos estão gravemente danificados, mas Ministério da Defesa da Rússia anunciou que seriam reparados.

Ucrânia destrói ponte de Kerch

Há semanas os militares ucranianos têm aumentado os ataques à Crimeia, os mais intensos e onerosos para o lado russo, até agora. Depois de ser anexada ilegalmente em 2014, nos anos seguintes a península,foi transformada pela Rússia numa fortaleza militar, com diversas bases da Marinha e da Força Aérea.

Pouco antes do início da invasão russa, em fevereiro de 2022, o Ministério da Defesa da Ucrânia estimou o número de tropas russas na Crimeia em 32 mil homens. Dizem também que armas nucleares estão estacionadas no lugar

A Ucrânia atacou massivamente a península pela primeira vez em agosto de 2022. Naquela época, um aeroporto militar perto de Saki foi atingido e alguns aviões de combate foram destruídos.

Em outubro, há quase um ano, a ponte de Kerch foi explodida pela primeira vez . Desde então, a construção, que é a mais importante rota para o abastecimento das tropas russas, tem sido repetidamente atacada, mais recentemente por drones marítimos.

Base da Frota do Mar Negro

Porque a Crimeia é tão importante para ambos os lados? Para além da importância simbólica ressaltada repetidamente pelo presidente russo, Vladimir Putin, a península é principalmente importante do ponto de vista militar.

Ponte de Kerch parcialmente destruída após detonações em outubro de 2022© AFP/Getty Images

A Frota do Mar Negro ali estacionada está atacando cidades ucranianas com mísseis de cruzeiro Kalibr – que alcançam desde o interior do país até a fronteira da UE. O mesmo se aplica às aeronaves estacionadas na Crimeia com os seus mísseis.

A Crimeia também desempenha um papel central no abastecimento das tropas russas no sul da Ucrânia. Afinal, o bloqueio naval dos portos ucranianos seria difícil para a Rússia implementar sem a Crimeia.

Imediatamente após a invasão, a Rússia conseguiu ocupar áreas maiores da Crimeia e garantir uma ligação terrestre com o continente russo. O exército ucraniano tem tentado cortar esta ligação com a sua contraofensiva desde o início do verão no Hemisfério Norte.

Entre outras coisas, os militares estão atacando todas as pontes que ligam a Crimeia ao continente. As armas de precisão ocidentais são utilizadas principalmente para este fim, incluindo mísseis de cruzeiro britânicos e franceses.

Retomar a Crimeia e depois negociar?

O comandante-chefe do Exército da Ucrânia, general Valeriy Zalushnyj, descreveu a Crimeia como um “fator-chave” na guerra contra a Rússia.

A retomada da península enfraqueceria significativamente a Rússia, mas não garantiria um fim militar para a guerra. Saluzhny alertou que a Rússia poderia continuar com os disparos a partir de seu próprio território mesmo depois de perder a Crimeia.

Mesmo assim, o presidente Volodimir Zelenski ainda espera conseguir um avanço significativo na área. Ele disse que a guerra começou na Crimeia e terminaria ali.

A melhor opção para Kiev seria avançar para a Crimeia e depois negociar a retirada russa. Neste momento, porém, é difícil imaginar a Rússia concordando com isto.

Autor: Roman Goncharenko

GOVERNO VAI ACABAR COM A ISENÇÃO DE IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO PARA CARROS ELÉTRICOS

História por Por Bernardo Caram • Reuters

Carro elétrico EL6, da montadora chinesa NIO, em loja em Berlim© Thomson Reuters

Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) – A isenção de Imposto de Importação para veículos elétricos será extinta pelo governo em medida a ser anunciada “em breve” e subirá gradualmente ao longo de três anos até atingir uma alíquota de 35%, disse à Reuters o secretário de Desenvolvimento Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Uallace Moreira, destacando a necessidade de estimular a produção local de carros com tecnologia verde.

O momento para entrada em vigor da iniciativa — que é defendida por montadoras instaladas no Brasil e sofre resistência de fabricantes chineses que vendem ao país — ainda está em debate e dependerá de definição do vice-presidente e ministro da pasta, Geraldo Alckmin, disse o secretário.

“O que a gente pode fazer para estimular a produção local? É dificultar um pouco ou encarecer a importação”, afirmou o secretário em entrevista à Reuters na manhã desta sexta-feira, argumentando que diversos países vêm adotando políticas protecionistas nessa área.

“Todas as montadoras já estão fazendo investimento, então temos que defender a produção local, estamos fazendo o que o mundo está fazendo”, acrescentou.

A redução tarifária foi implementada durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff e não havia prazo de validade definido. Hoje, as alíquotas são de 0% para veículos importados elétricos e de até 4% para híbridos, enquanto carros com motor movido a combustão pagam 35%.

O tema envolve uma disputa entre fabricantes chinesas — parte delas com projetos para instalar fábricas no país nos próximos anos — e montadoras já consolidadas no Brasil.

Enquanto o presidente da Anfavea, Márcio Leite, afirmou na semana passada que defende a elevação da tarifa citando uma “invasão de produtos asiáticos”, a montadora chinesa BYD criticou a possibilidade de edição da medida.

Moreira disse que a elevação da tarifa será feita de maneira gradual, de modo a não gerar um choque no mercado, e está alinhada com o plano do governo de ampliar investimentos privados no Brasil em tecnologia verde.

O secretário ainda argumentou que o incentivo tributário sobre as importações beneficia quase integralmente famílias de alta renda, já que os veículos com esse perfil têm valores elevados e, em boa parte, se enquadram em categoria de luxo.

NOVO ROTA 2030

Em área correlata, o secretário afirmou que o governo editará em até 15 dias medida provisória para lançar a segunda fase do programa Rota 2030, destinado a aumentar a eficiência do setor automotivo.

A iniciativa passará a se chamar Programa de Mobilidade Verde e terá escopo mais amplo, não se restringindo apenas ao setor automotivo. Segundo Moreira, serão contemplados não apenas caminhões, ônibus, motocicletas e bicicletas, mas também novas tecnologias como os veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (eVTOLs), em desenvolvimento pela Embraer.

“Todas essas rotas tecnológicas serão contempladas, desde que promovam uma mobilidade verde”, afirmou, argumentando que o Rota 2030 deu bons resultados, mas precisa avançar.

O novo programa vai prever mecanismo classificado por Moreira como “tributação verde”, que vai escalonar a cobrança de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a depender da eficiência energética dos modelos dos veículos, a reciclabilidade dos produtos e a densidade produtiva local.

O novo sistema será mais refinado que o atual, que tem distorções, segundo o secretário, como o fato de um carro de potência 1.0 desfrutar do mesmo benefício tributário de um veículo 1.0 turbo, que emite mais poluentes.

Também haverá uma atualização na forma de estímulo aos projetos de eficiência energética, que será feita com base em créditos tributários de PIS/Cofins e IPI, sistema considerado mais eficiente pelo governo do que a concessão direta de desconto nos tributos.

Para 2024, os incentivos fiscais destinados ao programa devem somar 2,8 bilhões de reais, conforme previsto no projeto de Orçamento.

DEPRECIAÇÃO ACELERADA

O secretário também afirmou que o governo pretende lançar até o início de outubro seu programa de depreciação super acelerada para a indústria.

O modelo permite que empresas deduzam de imediato da base de cálculo de tributos os investimentos em máquinas e equipamentos. Desse modo, é antecipado o direito a uso de um benefício que normalmente seria usufruído ao longo dos anos.

De acordo com Moreira, o Executivo ainda discute se a antecipação do benefício será concentrada em 2024 ou em um prazo de dois anos.

O governo também não bateu o martelo sobre quais setores da indústria poderão usar o sistema, o que faz o potencial custo do programa variar entre 2 bilhões e 17 bilhões de reais.

No cenário mais amplo, o benefício alcançaria os setores de indústria de transformação, utilidades, construção, transportes e telecomunicações. Outras simulações consideram a retirada de parte desses setores.

Entre os critérios colocados na mesa está a possibilidade de não incluir no benefício setores que já são contemplados por benefícios fiscais vultosos ou que não teriam tanta dependência do novo incentivo.

Apesar de se tratar de uma antecipação de fluxo, e não um novo benefício fiscal, o impacto da depreciação acelerada precisa ser incluído no Orçamento, o que não foi feito até o momento e ainda depende de negociação, de acordo com o secretário.

Na entrevista, Moreira disse ainda que não está em discussão, no momento, proposta sobre redução de IPI de itens da linha branca, ideia que chegou a ser aventada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que despertou pressão por parte das empresas do setor.

 

GOVER FEDERAL DOA TERRENO DO AEROPORTO CARLOS PRATES EM BH PARA CONSTRUÇÃO DE CASAS POPULARES

 

História por Redação Itatiaia 

A área onde funcionava, até abril deste ano, o Aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte, será entregue, definitivamente, à prefeitura até o fim de setembro. O governo federal articula, junto à PBH, uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à capital mineira para anunciar a cessão do espaço – que será destinado para a construção de um novo bairro.

Em uma entrevista exclusiva à Itatiaia, na sede da Prefeitura de Belo Horizonte, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, diz que as tratativas estão nos “detalhes finais”.

“Esse foi um pleito do prefeito no começo do governo Lula, levamos ao presidente, que abraçou a ideia desde o começo. Estou fazendo essa visita para fecharmos os detalhes finais”, confirmou o ministro.

Ainda de acordo com Padilha, Lula deve vir a Belo Horizonte para o anúncio oficial.

“Lula quer vir ainda em setembro para fazer o anúncio definitivo para cessão desse espaço e construirmos habitação, tanto popular, como para a classe média, e transformar aquele espaço de habitação, com casa, espaço livre, mobilidade urbana e melhorar a circulação das pessoas na região”, afirmou.

projeto elaborado pela Prefeitura de Belo Horizonte contempla a construção de até 7.500 moradias na região, mas Padilha não quis se comprometer com um prazo para o início das entregas das unidades.

“Belo Horizonte tem uma carência de moradia popular muito grande e estamos com um projeto no antigo aeroporto para construir 4.500 unidades. Temos mais um pleito do Minha Casa, Minha Vida, de mais 3 mil unidades. Isso não é de um dia para o outro, mas são quase 7.500 unidades, o que daria um alívio muito grande”, espera o prefeito Fuad Noman.

Próximos passos

Hoje, o terreno do aeroporto Carlos Prates pertence à Secretaria de Patrimônio da União, que deve fazer a entrega definitiva da posse do terreno para a Prefeitura de Belo Horizonte. Após essa doação, o município poderá dar início à construção do novo bairro. O projeto inicial prevê, além da construção de moradias, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), escolas, parques, área de esportes e lazer e outros equipamentos.

A primeira etapa, ainda de acordo com a prefeitura será a reforma da infraestrutura do Parque Maria do Socorro Moreira e, em seguida, a implantação dos equipamentos públicos.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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