HAVANA, CUBA (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) disse, neste sábado (17), em Havana, que o embargo econômico
americano contra Cuba é “ilegal” e condenou a inclusão da ilha caribenha
na lista dos Estados Unidos de nações patrocinadoras do terrorismo.
“Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até
hoje é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer
medida coercitiva de caráter unilateral. Rechaçamos a inclusão de Cuba
na lista de Estados patrocinadores do terrorismo.”
A declaração foi feita durante discurso na cúpula do G77 + China, em
Havana. Trata-se de uma coalizão de países em desenvolvimento
considerada pela diplomacia brasileira um espaço para coordenar posições
sobre a reforma no sistema internacional de governança política e
econômica.
O chefe do Executivo, que foi o primeiro líder a discursar no
encontro, passará cerca de 24 horas na capital cubana. Ele parte para
Nova York no final deste sábado.
O governo Lula afirma que as sanções são uma forma de sufocamento do
regime cubano. Em fevereiro passado, antes de uma reunião com o
presidente dos EUA, Joe Biden, Lula disse que o bloqueio não faz sentido
e prometeu abordar o tema com o americano.
As sanções afetam também o Brasil financeiramente. Discussões
internas do governo brasileiro apontam que o embargo precisa ser
abrandado para haver pagamento da dívida que a ilha tem com Brasília no
valor de US$ 538 milhões (R$ 2,6 bilhões).
A retirada de Cuba da relação de países que financiam o terrorismo é
tida como um “fator determinante” pelo governo brasileiro, afirma um
técnico em um documento interno obtido pela Folha de S.Paulo que relata
uma reunião preparatória entre integrantes de órgãos do Executivo e de
bancos públicos para tratar da dívida cubana.
Cuba foi recolocada na lista americana em 2021 em decisão tomada pelo
ex-presidente Donald Trump. E a ilha foi mantida na lista dos países
que “não colaboram completamente” na luta contra o terrorismo pelo atual
presidente dos EUA, Joe Biden. O ato impõe ainda mais dificuldades
comerciais ao país caribenho, para além do embargo aplicado desde a
Guerra Fria.
Diplomatas brasileiros dizem que esse tipo de política contribui para o sufocamento de Cuba.
No mesmo discurso deste sábado, Lula ressaltou outra bandeira da
diplomacia brasileira: a de que as discussões sobre enfrentamento às
mudanças climáticas, inclusive temas de financiamento, precisam levar em
conta o princípio de que existem responsabilidades diferentes entre
países ricos e em desenvolvimento.
“Vamos promover a industrialização sustentável, investindo em
energias renováveis, na socio-bio-economia e na agricultura de baixo
carbono”, declarou.
“Faremos isso sem esquecer que não temos a mesma dívida histórica dos
países ricos pelo aquecimento global. O princípio das responsabilidades
comuns, mas diferenciadas permanece válido. É por isso que o
financiamento climático tem de ser assegurado a todos os países em
desenvolvimento, segundo suas necessidades e prioridades”.
O chefe do Executivo disse ainda que, até a COP30, que será realizada
em Belém, “será necessário insistir na implementação dos compromissos
nunca cumpridos pelos países desenvolvidos”.
Após o evento, no hotel em que está hospedado, Lula ressaltou a
importância do grupo G77 e não comentou sobre a bilateral que terá com o
líder do regime cubano, Miguel Díaz-Canel. “G77 é um grupo muito
importante, praticamente começou a briga pela questão de política
comercial mais justa no mundo”, afirmou.
“Essa discussão de ciência, tecnologia e inovação é muito importante.
Eu acho que tudo isso está produzindo uma mudança no comportamento
geopolítico dos governantes. O mundo mudou. A oposição mudou, e os
governos têm de mudar”, disse a jornalistas.
Ainda neste sábado, o mandatário terá ainda uma reunião bilateral com
o diretor-geral da FAO (Organização da ONU para Alimentação e
Agricultura). Depois, viaja aos EUA, onde participará da
Assembleia-Geral da ONU.
Lula está acompanhado da primeira-dama, Janja, e dos ministros Nísia
Trindade (Saúde), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Paulo Teixeira
(Desenvolvimento Agrário) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e
Inovação). Celso Amorim, assessor especial da Presidência, também
integra a comitiva.
A ministra Nísia assinou na cúpula, com seu homólogo cubano, José
Ángel Portal Miranda, um protocolo de cooperação com foco no
fortalecimento do complexo industrial da saúde no Brasil. A intenção é a
produção de medicamentos e vacinas para doenças crônicas para atender o
PNI (Programa Nacional de Imunização) e as necessidades de Cuba.
O 13º salário é um benefício dos trabalhadores formais no País e
representa um alívio nas finanças no fim do ano. Para os pensionistas e
aposentados do INSS, um salário a mais pode virar realidade. Trata-se do 14º salário do INSS, que é uma proposta apresentada em 2020, mas desde 2022 está avançando nas discussões na Câmara dos Deputados
Fruto do Projeto de Lei 4367/20, de autoria do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), a ideia inicial era que o 14º salário do INSS fosse implementado já em 2020 e 2021 para compensar os efeitos da crise provocada pela pandemia do coronavírus.
“Ao apresentar este projeto de lei optei pela concessão de duas
parcelas do abono anual, uma para o ano de 2020 e outra para o ano de
2021. Não se pode esquecer que temos mais de 30 milhões de pessoas que
recebem benefícios previdenciários e estes recursos são o esteio
financeiro que estrutura a vida de suas famílias, situação que se
intensificou ainda mais com a perda de postos de trabalhos e renda de
milhões de familiares destes aposentados”, afirmou o parlamentar, em sua
justificativa para o projeto.
O Projeto de Lei 4367/20 prevê o pagamento em dobro do abono anual
estabelecido em lei. Isso significa dois pagamentos de 13º, limitado ao
valor de dois salários mínimos (R$ 2.640 nos valores atualizados)
Como está a análise da proposta?
Embora a proposta tenha tido avanços, atualmente ainda vai passar por
apreciação conclusiva das comissões de Trabalho, de Administração e
Serviço Público e de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.
Sendo aprovado na Câmara e no Senado Federal, o projeto seguirá para
sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo que isto aconteça
ainda este ano, o que é pouco provável, o 14º salário do INSS pode ser
uma realidade somente em 2024.
Recentemente, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, refutou a
possibilidade de ter esse recurso em 2023. “Já o 14º é mais difícil
porque é um peso muito alto. Não posso agarrar os céus com as mãos.
Tenho uma realidade muito difícil. Não podemos fazer tudo ao mesmo tempo
porque senão o governo não aguenta”, afirmou Lupi ao Jornal O Globo.
Talvez você esteja acompanhando a dança das cadeiras ministeriais no
Governo Federal, mas se não estiver, não tem problema, é por isso que
estamos aqui. Recentemente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu aumentar o número de Ministérios (de 37 para 38) em uma manobra política para acomodar o tal do “centrão” no governo.
Em um vai e vêm, finalmente, na semana passada, ele aprovou a chamada
“reforma ministerial” e tomou medidas que buscaram agradar o Congresso Nacional mas
que, ao mesmo tempo, desagradaram membros do próprio governo com a
demissão da ministra do Esporte, Ana Moser, sem agradecê-la em carta de
anúncio e aprovação da reforma.
Vem com a gente, não é difícil de entender: para um presidente
conseguir governar da melhor forma, ele precisa de apoio dos deputados e
senadores que comandam o Senado e a Câmara dos Deputados, ou seja, ele
precisa de maioria no Congresso Nacional.
Para que isso aconteça, é muito comum um presidente, mesmo depois de
eleito, oferecer cargos do chamado “primeiro escalão” (como os
Ministérios) para políticos de partidos opositores ou simpatizantes para
aumentar o seu apoio nessas casas.
Vide as mudanças atuais: Lula decidiu desmembrar o Ministério da
Indústria e Comércio, criando o Ministério das Micro e Pequenas
Empresas, e ofereceu a chefia dessa pasta para Márcio França, atual Ministro de Portos e Aeroportos.
Esse Ministério, por sua vez, passa a ser chefiado por Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), que é atualmente um deputado em exercício. Por fim, Lula decidiu demitir a ministra do Esporte Ana Moser e substituí-la por André Fufuca, líder do PP na Câmara dos Deputados.
O ponto importante dessa mudança toda é que o PP e o Republicanos são
partidos do chamado “centrão”, isto é, grupo de partidos com
posicionamento político no centro e centro-direita e que apoiavam
amplamente o governo anterior, de Jair Bolsonaro. A
ideia é, justamente, ampliar a influência política do Lula no Congresso e
conseguir maior apoio na aprovação de projetos a nível federal.
Tá, mas o que faz um ministério?
Se essa dúvida persiste por aí, calma, tem mais coisa para entender
ainda. Um ministério é um órgão do Executivo, isto é, eles fazem parte
do Governo Federal. Cada ministério é criado com o objetivo de apoiar o
Presidente da República no exercício do cargo, trabalhando no
planejamento e na execução das políticas do governo.
É por isso que, sempre que há uma troca de presidente, há também uma
troca de ministérios. Alguns deixam de existir, outros são mantidos…
Tudo depende de qual o foco e os objetivos do presidente para o seu
mandato de 4 anos.
Pensa assim: é impossível e impraticável um presidente coordenar
sozinho todas as áreas de um país (como saúde, educação, economia, meio
ambiente…). Entram aí os ministros, que são os seus “especialistas” para
cada área e têm os seus próprios subordinados para coordenarem mais de
perto aquela área política, econômica ou social do país.
As sedes dos ministérios ficam em Brasília, na Esplanada dos
Ministérios, e cada pasta supervisiona os órgãos relacionados à sua área
de atuação e ainda garantem a execução de leis e decretos dessa área.
Ao Ministério da Cultura, por exemplo, fica reservado o papel de
executar políticas públicas de incentivo ao desenvolvimento cultural do
país, além da preservação da história cultural brasileira e das nossas
culturas locais.
Para fechar, uma curiosidade: o Ministério da Justiça foi o primeiro
ministério criado no Brasil. Ele surgiu quando o país ainda era uma
colônia de Portugal, em 1643, quando o rei dom João 4º estabeleceu a
então chamada Secretaria do Estado das Mercês. A pasta evoluiu, assim
como as suas atribuições, e o nome atual se firmou não tem muito tempo,
em 1967. Interessante, né?
BRASÍLIA – Não há cadeiras suficientes para todos os deputados no plenário principal da Câmara.
Por isso, é comum ver muitos em pé durante votações importantes. Além
disso, os deputados de direita geralmente ficam do lado direito e os de
esquerda se posicionam do lado esquerdo. Adivinha onde fica o Centrão?
O Brasil tem 513 deputados federais, que representam os 26 Estados e o Distrito Federal. No plenário principal da Câmara, porém, há 396 assentos. Na prática, se todos forem para o local ao mesmo tempo, alguns ficarão sem lugar para sentar.
Nem sempre foi assim. O número de 513 foi fixado na Constituição de 1988. Quando a sede do Congresso foi transferida do Rio de Janeiro para Brasília,
em 1960, a Câmara tinha 326 deputados. E, naquela época, o plenário
tinha 528 cadeiras. Ou seja, a Casa já teve mais assentos do que
deputados, situação inversa à observada atualmente.
O que aconteceu ao longo dos anos: os próprios parlamentares pediram
mais espaço para circular e discursar em pé, de acordo com a assessoria
de imprensa da Câmara. Além disso, o prédio foi adequado com saídas de
emergência e rotas de fuga, e cadeiras foram retiradas ao longo do
tempo.
O local das votações e discursos, aliás, foi batizado de Plenário
Ulysses Guimarães em 1992, em referência ao presidente da última Assembleia Constituinte. É onde também ocorrem as sessões conjuntas do Congresso Nacional, quando
se reúnem deputados e senadores. Aí mesmo é que não cabe todo mundo,
pois no total são 594 congressistas para 396 cadeiras.
No livro “Congresso Nacional: A Construção do Espaço da Democracia”
(Editora Câmara, 2021), os arquitetos Elcio Gomes da Silva e Fábio
Chamon Melo explicam que a Câmara já projetava no passado o aumento do
número de parlamentares. Fora o prédio principal, a Câmara possui salas
para reunião de comissões, auditórios e gabinetes distribuídos em quatro
anexos.
“Diversas foram as mudanças após a inauguração do Palácio do
Congresso, as quais refletiram e refletem as transformações sociais e
políticas, entre elas o próprio aumento da população e a necessidade de
acréscimo progressivo do número de representantes parlamentares, assim
como uma maior quantidade de Unidades da Federação”, diz a publicação.
O posicionamento dos congressistas também chama atenção. Os
parlamentares de esquerda costumam sentar do lado esquerdo, mesmo que
não haja lugar marcado para cada um no local. Os deputados de direita,
por sua vez, se reúnem do lado direito do plenário. Em dias de votações
importantes, é comum ver os integrantes do Centrão no meio, em pé,
negociando e fazendo discursos por ali mesmo.
No Senado é diferente. Os
81 senadores têm lugar marcado e identificado com placas. A disposição é
feita de acordo com os Estados. E por ordem alfabética, começando pelo Acre e terminando por Tocantins. Os eleitores de cada Unidade da Federação elegem três senadores, independentemente do tamanho do Estado ou da população.
Nas votações, no entanto, cada senador pode registrar sua presença na
sessão ou seu voto em projetos de lei de qualquer assento. É só se
identificar com a biometria, código individual e votar. O dispositivo de
votação fica em uma gaveta em frente a cada cadeira. O discurso também
pode ser feito de qualquer lugar.
No dia a dia do Senado, é comum ver os parlamentares “fugirem” de
seus lugares para conversar com aliados políticos e não ficar ao lado
dos colegas do mesmo Estado. O senador Sérgio Moro (União-PR), por exemplo, em regra senta ao lado da senadora Teresa Leitão (PT-PE), pois Pernambuco fica ao lado do Paraná. Os dois, porém, são de grupos antagônicos.
O plenário do Senado não foi batizado com o nome de um parlamentar,
diferentemente do que aconteceu na Câmara. Muitos acham e até chamam o
local de “Plenário Rui Barbosa”. Existe até um busto do ex-senador no
local. Mas, oficialmente, é apenas chamado de “Plenário do Senado
Federal”.
O presidente do PCO (Partido da Causa Operária), Rui Costa Pimenta, chamou de “totalmente absurdo” o julgamento dos primeiros casos de extremistas presentes no 8 de janeiro no STF (Supremo
Tribunal Federal). Para Pimenta, não houve tentativa de golpe de Estado
por parte dos acusados, apenas o que ele chamou de “ato político”.
Para ele, “invadir prédio público não é golpe de Estado e nem terrorismo, a não ser que invada com uma força poderosa armada”.
O presidente do PCO relembrou a trajetória como um militante da
esquerda para afirmar que já participou diversas vezes de ações que
invadiram prédios públicos e não foram tomadas as medidas nas proporções
que se vê agora.
“Se você faz uma manifestação desarmado, não é um golpe de
Estado, mas um ato político. Pode ser um ato com objetivos muito ruins,
mas, se formos defender atos políticos apenas com objetivos com os quais
a gente concorda, não tem ato político”, disse o político em live do partido.
Na avaliação de Pimenta, existe uma diferença entre querer dar um golpe e efetivar o golpe. “Não podemos igualar as duas coisas”, disse.
Os 4 primeiros réus condenados pelo STF foram julgados pelas práticas
de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático
de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave
ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio
tombado. Por isso, Pimenta disse que parte dos acusados são julgados
injustamente pelo que o grupo fez e não por atos individuais.
“De acordo com o que a gente tá vendo no STF, você pode estar em
um jogo de futebol com a camiseta do seu time, e, se um outro cidadão
com a mesma camisa do seu time dá uma paulada em alguém, você pode pegar
17 anos de cadeia. Apesar de você não ter nada a ver com o peixe”, afirmou.
Quem é Rui Costa Pimenta
Rui Costa Pimenta foi candidato à Presidência da República em 3
oportunidades. Em 2002, o político recebeu 38.619 votos (0,05% dos
válidos). Em 2010, Pimenta teve 0,01% dos votos válidos, equivalente a
12.277. Já em 2010, o candidato recebeu 12.324 votos (0,01%).
O presidente do PCO teve a candidatura barrada pelo TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) em 2006 por erro na prestação de contas na campanha
presidencial das eleições de 2002. Na época, ele chegou a usar seu
tempo nas propagandas eleitorais para criticar o órgão.
Em 2 de junho de 2022, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou
a abertura de inquérito contra o PCO por publicações da sigla na
internet. Também mandou bloquear os perfis da legenda nas redes sociais e
determinou depoimento de Rui Costa Pimenta. A investigação aberta pelo
ministro é baseada no inquérito das fake news, que apura disseminação de notícias falsas contra a Corte
A decisão veio depois de publicação no X (ex-Twitter), em que o partido chamou o ministro de “skinhead de toga” e disse que ele estava em “sanha por ditadura”. O PCO também pediu a “dissolução do STF”.
Por Cristiane Soethe Zimmermann, jornalista e sócia da Presse Comunicação
Há 15 anos, com a minha sócia Fernanda Momm, me lancei ao desafio do
empreendedorismo. Antes disso, eu já somava alguma experiência em
veículos de TV, rádio, jornal e revista, mas, principalmente, na minha
grande paixão, que veio a ser o foco do meu negócio: a comunicação
corporativa.
O caminho do empreendedorismo é, sem dúvida, repleto de desafios e
oportunidades. Ao longo desse tempo, aprendi inúmeras lições valiosas
que moldaram minha jornada.
Foram erros e acertos que me trouxeram até aqui e, quem sabe,
compartilhar alguns deles pode ser útil para o percurso de quem também
nutre a vontade de ter um negócio próprio.
Encontre sua paixão
Uma das maiores lições que aprendi é a importância de encontrar e
perseguir sua paixão. Quando você se dedica a algo que ama, encontra a
motivação necessária para superar obstáculos e perseverar em momentos
difíceis.
Aprenda com seus erros
Os erros são inevitáveis no mundo dos negócios, mas é crucial
aprender com eles. Cada desafio enfrentado, cada falha cometida, contém
uma lição valiosa. Encare os erros como oportunidades de aprendizado,
aprimore seus processos e busque constantemente a melhoria.
Construa uma rede de relacionamentos sólida
O empreendedorismo pode ser solitário, mas não precisa ser. Todos nós
dependemos de parcerias e relacionamentos sólidos. Construir uma rede
de contatos e uma equipe comprometida e confiável é essencial para o
sucesso.
Busque conexões com profissionais da área, estabeleça parcerias
estratégicas e desenvolva relacionamentos duradouros com clientes. Faça
parte de redes de empreendedores e compartilhe experiências com outros
empresários. Aprender com as experiências de outras pessoas pode abrir
portas e fornecer suporte emocional durante os momentos desafiadores.
Seja aberto e adaptável às mudanças do mercado
O mundo, não só da comunicação corporativa, está em constante
evolução. Para se destacar, é necessário ser ágil e adaptável às
mudanças do mercado. Esteja atualizado com as tendências emergentes,
abrace a inovação e esteja disposto a explorar novas tecnologias. A
agilidade e a capacidade de adaptação são fundamentais para se destacar
em um mercado competitivo.
Valorize o equilíbrio entre vida pessoal e profissional
Ao embarcar na jornada empreendedora, é fácil se deixar consumir pelo
trabalho e negligenciar outras áreas da vida. Aprenda a estabelecer
limites e priorizar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Isso
não apenas ajudará a evitar o esgotamento, mas também contribuirá para
um desempenho mais eficaz no trabalho.
Não tenha medo de correr riscos calculados
O sucesso, muitas vezes, requer coragem para correr riscos. É
importante identificar oportunidades promissoras e estar disposto a sair
da zona de conforto. No entanto, lembre-se de que a análise cuidadosa e
a avaliação de riscos são fundamentais para tomar decisões embasadas.
Cultive a resiliência
O empreendedorismo é uma montanha-russa de altos e baixos. A
resiliência é uma qualidade indispensável para superar os desafios.
Aprenda a se adaptar rapidamente às mudanças, a lidar com a pressão e a
persistir mesmo diante das adversidades.
Invista em capacitação e desenvolvimento profissional
Em qualquer área de atuação, é fundamental investir na capacitação e
desenvolvimento profissional. Ao empreender, é necessário adquirir novas
habilidades, como gestão de pessoas, técnicas de venda, administração,
entre outras. Participe de cursos, workshops e eventos da área e
incentive sua equipe a fazer o mesmo.
Não ignore o feedback dos clientes
As observações dos clientes constituem uma valiosa oportunidade de
aprimorar seus produtos ou serviços. É importante ouvir atentamente as
necessidades e expectativas dos clientes e utilizar esse feedback para
realizar melhorias. Muitas vezes, é necessário deixar o ego de lado e
dar um passo atrás, aproveitando essas informações como oportunidade de
crescimento.
Cada desafio superado e cada vitória alcançada moldaram a minha
história de empreendedorismo. Penso que coragem, entusiasmo e
resiliência foram fatores determinantes para continuar nos momentos mais
desafiadores.
Além disso, é preciso levar em consideração que uma sociedade é um
casamento: para o sucesso do negócio é indispensável ter um sócio
compatível na visão e na ética de trabalho, que traga complementaridade
de habilidades, equilíbrio na tomada de decisões, apoio emocional e
motivação.
O empreendedorismo é uma aventura e cada passo é uma oportunidade de
crescimento pessoal e profissional. É necessário ter persistência e
adaptabilidade. Mas, com dedicação e planejamento, empreender pode se
tornar uma jornada gratificante.
Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso
Junior Borneli, co-fundador do StartSe
Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)
Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor
Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe.
Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar
lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).
É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E
como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma
espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira
outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas,
conhecendo culturas diferentes.
Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do
Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não
duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a
diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator
entre fracasso e sucesso.
Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo.
“Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e
manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é
fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das
pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.
De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o
foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo
ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi
possível para o melhor resultado”, avisa.
Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as
coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma
situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde
você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das
coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o
empreendedor.
Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica
importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes
adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso
é a superação”, destaca Junior Borneli.
Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no
primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito
comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes,
receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”,
afirma.
É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será
fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior
parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado
expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria
fica pelo caminho”, diz.
É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá
que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a
sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a
trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky
Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto
aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.
O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham
glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com
super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa
espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à
tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.
Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são
persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará
valer a pena!,” destaca o empreendedor.
DERROTA TAMBÉM ENSINA
Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá,
tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos
ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova
tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos
Estados Unidos”, afirma Junior.
No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e
aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já
falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou
capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.
Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para
não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e
entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e
suportáveis”, salienta.
Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos
traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo
dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são
fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao
orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão.
Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e
siga firme em frente”, afirma.
É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você
não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se
você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm
coragem e disposição para fazer”, completa.
O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?
Moysés Peruhype Carlech
Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”,
sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de
resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial
da Startup Valeon.
Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer
pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as
minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais
uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?
Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a
sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você
comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online
com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu
WhatsApp?
Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para
ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja
e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.
A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao
mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para
sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em
Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para
enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de
isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos
hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar
pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade,
durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar
por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que
tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa
barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio
também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.
É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda
do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim
um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu
processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e
eficiente. Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e
aumentar o engajamento dos seus clientes.
Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu
certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. –
Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um
grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe
você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o
próximo nível de transformação.
O que funcionava antes não necessariamente funcionará no
futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas
como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos
consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas
tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo
aquilo que é ineficiente.
Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de
pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos
justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer
e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde
queremos estar.
Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a
absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que
você já sabe.
Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo
por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na
internet.
Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a
sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar
você para o próximo nível.
Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.
Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.
Depois de 30 anos de espera e postergações de uma reforma tributária
capaz de alinhar o Brasil às principais economias, não podemos perder a
oportunidade de concretizar de modo correto e justo esse processo tão
importante para nossa competitividade, estímulo aos investimentos
produtivos, crescimento mais expressivo do PIB e geração de empregos. Para
isso, porém, a Proposta de Emenda Constitucional — PEC 45/2019,
aprovada na Câmara dos Deputados, não pode agregar privilégios para
quaisquer segmentos ou regiões.
Assim, é preocupante a informação de que o Senado, no qual a matéria
agora tramita, deverá reintroduzir na proposta o Artigo 19, votado em
separado e retirado pelos deputados federais, que prorrogava até 2032 os
benefícios fiscais para indústrias do Norte e do Nordeste. Além disso, a
nova redação aventada deverá estabelecer mais uma exceção, não prevista
no texto original: os estímulos seriam específicos para a rubrica de
“novas tecnologias”.
Tomando-se como exemplo o setor automobilístico, cabe lembrar que a
Política Automotiva para o Desenvolvimento Regional (PADR), objeto das
leis 9.440/1997 e 9.826/1999, já estabelecia regimes tributários
diferenciados para as indústrias do setor do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste em relação ao Sul e Sudeste, resultando em diferencial de
preços de até 21%, nas mesmas especificações técnicas e faixas de
valores. Tal assimetria resulta da soma de 11% do IPI, constante na
própria PADR, e 10% de ICMS, concedidos de modo complementar pelos
governos estaduais.
Com a retirada do Artigo 19 da PEC 45 na Câmara dos Deputados, esses
benefícios fiscais ficam restritos à Zona Franca de Manaus, em respeito a
um dispositivo constitucional específico. O texto aprovado determina
que os incentivos e regimes diferenciados sejam adotados de maneira
uniforme em todo o território nacional. A contrapartida é a instituição
do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, com o repasse de recursos
da União para os estados e o Distrito Federal, destinados ao fomento
das atividades produtivas com potencial de geração de emprego e renda.
É importante entender que os incentivos federais da PADR têm vigência
até 2025, antes, portanto, do início da transição ao novo modelo
tributário instituído pela PEC 45, que ocorrerá entre 2027 e 2032.
Assim, seria danoso prorrogar os benefícios para além desse período,
pois, além da persistência das assimetrias, seria complexo conciliar as
duas agendas, prejudicando-se o cronograma de implantação do Imposto
sobre Bens e Serviços (IBS), previsto na emenda constitucional. Mais
temerária ainda seria a hipótese de tornar esses estímulos perenes.
Os incentivos tributários para a instalação de montadoras e
fornecedores de autopeças no Norte, Nordeste e Centro-Oeste baseiam-se
no mecanismo de concessão de crédito presumido do IPI para compensação
com o montante a ser recolhido. Esses benefícios deveriam originalmente
ter sido extintos em 2010, mas, depois de três prorrogações, expirarão
somente em 2025. Segundo Relatório de Auditoria realizado pelo
Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU)
sobre a PADR, entregue em março de 2023, esse programa não tem
produzido resultados positivos. É interessante observar o seguinte
trecho do documento do TCU: “(…) a análise de resultados da PADR (…)
revelou que as políticas, embora custem mais de R$ 5 bilhões por ano
para os pagadores de impostos e já tenham consumido mais de R$ 50
bilhões desde 2010, entregam pouco de desenvolvimento regional aos
territórios por ela beneficiados, pois foi verificado que, quando
comparados aos territórios contrafactuais (que não receberam os
benefícios das PADR), aqueles beneficiados não apresentaram perfil
superior de desenvolvimento econômico”. Um dos fatores apontados pelo
órgão que explicam o baixo impacto do programa é que não ocorreu a
esperada aglomeração industrial no entorno das fábricas contempladas.
É inadmissível, portanto, que os contribuintes e o Estado
continuem subsidiando políticas públicas ineficazes e discriminatórias, à
custa de mais impostos e de recursos que poderiam ser aplicados em
saúde, educação, habitação e outras prioridades, incluindo iniciativas
para o desenvolvimento regional. A seriedade e o êxito da tão
esperada reforma tributária devem começar pela extinção de todos os
privilégios, com um olhar mais amplo para os interesses e o bem de todos
os brasileiros.
*Rafael Cervone, engenheiro e empresário, é o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).
Kiev tem intensificado seus ataques contra a península
anexada por Moscou, bombardeando posições militares russas com drones e
mísseis de cruzeiro. Por que a região é considerada crucial para a
guerra?
Pela segunda vez consecutiva, as tropas ucranianas atacaram posições
militares russas na península anexada da Crimeia na manhã desta
quinta-feira (14/09). Segundo a mídia ucraniana, o alvo era um sistema
antiaéreo S-300 ou o ainda mais moderno S-400 próximo à cidade de
Yevpatoria.
Seria o segundo sistema desse tipo atacado na Crimeia em apenas
algumas semanas. Desta vez, os militares russos relataram apenas um
ataque de drone supostamente repelido, sem detalhes.
Na noite anterior, a Ucrânia relatou um ataque espetacular em Sebastopol, a principal base da Frota do Mar Negro.
Segundo relatos de Kiev, vários mísseis de cruzeiro atingiram um navio
de guerra e um submarino. Ambos estão gravemente danificados, mas
Ministério da Defesa da Rússia anunciou que seriam reparados.
Ucrânia destrói ponte de Kerch
Há semanas os militares ucranianos têm aumentado os ataques à
Crimeia, os mais intensos e onerosos para o lado russo, até agora.
Depois de ser anexada ilegalmente em 2014,
nos anos seguintes a península,foi transformada pela Rússia numa
fortaleza militar, com diversas bases da Marinha e da Força Aérea.
Pouco antes do início da invasão russa, em fevereiro de 2022, o
Ministério da Defesa da Ucrânia estimou o número de tropas russas na
Crimeia em 32 mil homens. Dizem também que armas nucleares estão
estacionadas no lugar
A Ucrânia atacou massivamente a península pela primeira vez em agosto
de 2022. Naquela época, um aeroporto militar perto de Saki foi atingido
e alguns aviões de combate foram destruídos.
Em outubro, há quase um ano, a ponte de Kerchfoi explodida pela primeira vez .
Desde então, a construção, que é a mais importante rota para o
abastecimento das tropas russas, tem sido repetidamente atacada, mais
recentemente por drones marítimos.
Base da Frota do Mar Negro
Porque a Crimeia é tão importante para ambos os lados? Para além da
importância simbólica ressaltada repetidamente pelo presidente russo,
Vladimir Putin, a península é principalmente importante do ponto de
vista militar.
A Frota do Mar Negro ali estacionada está atacando cidades ucranianas
com mísseis de cruzeiro Kalibr – que alcançam desde o interior do país
até a fronteira da UE. O mesmo se aplica às aeronaves estacionadas na
Crimeia com os seus mísseis.
A Crimeia também desempenha um papel central no abastecimento das
tropas russas no sul da Ucrânia. Afinal, o bloqueio naval dos portos
ucranianos seria difícil para a Rússia implementar sem a Crimeia.
Imediatamente após a invasão, a Rússia conseguiu ocupar áreas maiores
da Crimeia e garantir uma ligação terrestre com o continente russo. O
exército ucraniano tem tentado cortar esta ligação com a sua
contraofensiva desde o início do verão no Hemisfério Norte.
Entre outras coisas, os militares estão atacando todas as pontes que
ligam a Crimeia ao continente. As armas de precisão ocidentais são
utilizadas principalmente para este fim, incluindo mísseis de cruzeiro
britânicos e franceses.
Retomar a Crimeia e depois negociar?
O comandante-chefe do Exército da Ucrânia, general Valeriy Zalushnyj,
descreveu a Crimeia como um “fator-chave” na guerra contra a Rússia.
A retomada da península enfraqueceria significativamente a Rússia,
mas não garantiria um fim militar para a guerra. Saluzhny alertou que a
Rússia poderia continuar com os disparos a partir de seu próprio
território mesmo depois de perder a Crimeia.
Mesmo assim, o presidente Volodimir Zelenski ainda espera conseguir
um avanço significativo na área. Ele disse que a guerra começou na
Crimeia e terminaria ali.
A melhor opção para Kiev seria avançar para a Crimeia e depois
negociar a retirada russa. Neste momento, porém, é difícil imaginar a
Rússia concordando com isto.
BRASÍLIA (Reuters) – A isenção de Imposto de Importação para veículos
elétricos será extinta pelo governo em medida a ser anunciada “em
breve” e subirá gradualmente ao longo de três anos até atingir uma
alíquota de 35%, disse à Reuters o secretário de Desenvolvimento
Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços (MDIC), Uallace Moreira, destacando a necessidade de estimular a
produção local de carros com tecnologia verde.
O momento para entrada em vigor da iniciativa — que é defendida por
montadoras instaladas no Brasil e sofre resistência de fabricantes
chineses que vendem ao país — ainda está em debate e dependerá de
definição do vice-presidente e ministro da pasta, Geraldo Alckmin, disse
o secretário.
“O que a gente pode fazer para estimular a produção local? É
dificultar um pouco ou encarecer a importação”, afirmou o secretário em
entrevista à Reuters na manhã desta sexta-feira, argumentando que
diversos países vêm adotando políticas protecionistas nessa área.
“Todas as montadoras já estão fazendo investimento, então temos que
defender a produção local, estamos fazendo o que o mundo está fazendo”,
acrescentou.
A redução tarifária foi implementada durante a gestão da
ex-presidente Dilma Rousseff e não havia prazo de validade definido.
Hoje, as alíquotas são de 0% para veículos importados elétricos e de até
4% para híbridos, enquanto carros com motor movido a combustão pagam
35%.
O tema envolve uma disputa entre fabricantes chinesas — parte delas
com projetos para instalar fábricas no país nos próximos anos — e
montadoras já consolidadas no Brasil.
Enquanto o presidente da Anfavea, Márcio Leite, afirmou na semana
passada que defende a elevação da tarifa citando uma “invasão de
produtos asiáticos”, a montadora chinesa BYD criticou a possibilidade de
edição da medida.
Moreira disse que a elevação da tarifa será feita de maneira gradual,
de modo a não gerar um choque no mercado, e está alinhada com o plano
do governo de ampliar investimentos privados no Brasil em tecnologia
verde.
O secretário ainda argumentou que o incentivo tributário sobre as
importações beneficia quase integralmente famílias de alta renda, já que
os veículos com esse perfil têm valores elevados e, em boa parte, se
enquadram em categoria de luxo.
NOVO ROTA 2030
Em área correlata, o secretário afirmou que o governo editará em até
15 dias medida provisória para lançar a segunda fase do programa Rota
2030, destinado a aumentar a eficiência do setor automotivo.
A iniciativa passará a se chamar Programa de Mobilidade Verde e terá
escopo mais amplo, não se restringindo apenas ao setor automotivo.
Segundo Moreira, serão contemplados não apenas caminhões, ônibus,
motocicletas e bicicletas, mas também novas tecnologias como os veículos
elétricos de decolagem e pouso vertical (eVTOLs), em desenvolvimento
pela Embraer.
“Todas essas rotas tecnológicas serão contempladas, desde que
promovam uma mobilidade verde”, afirmou, argumentando que o Rota 2030
deu bons resultados, mas precisa avançar.
O novo programa vai prever mecanismo classificado por Moreira como
“tributação verde”, que vai escalonar a cobrança de Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) a depender da eficiência energética dos
modelos dos veículos, a reciclabilidade dos produtos e a densidade
produtiva local.
O novo sistema será mais refinado que o atual, que tem distorções,
segundo o secretário, como o fato de um carro de potência 1.0 desfrutar
do mesmo benefício tributário de um veículo 1.0 turbo, que emite mais
poluentes.
Também haverá uma atualização na forma de estímulo aos projetos de
eficiência energética, que será feita com base em créditos tributários
de PIS/Cofins e IPI, sistema considerado mais eficiente pelo governo do
que a concessão direta de desconto nos tributos.
Para 2024, os incentivos fiscais destinados ao programa devem somar
2,8 bilhões de reais, conforme previsto no projeto de Orçamento.
DEPRECIAÇÃO ACELERADA
O secretário também afirmou que o governo pretende lançar até o
início de outubro seu programa de depreciação super acelerada para a
indústria.
O modelo permite que empresas deduzam de imediato da base de cálculo
de tributos os investimentos em máquinas e equipamentos. Desse modo, é
antecipado o direito a uso de um benefício que normalmente seria
usufruído ao longo dos anos.
De acordo com Moreira, o Executivo ainda discute se a antecipação do
benefício será concentrada em 2024 ou em um prazo de dois anos.
O governo também não bateu o martelo sobre quais setores da indústria
poderão usar o sistema, o que faz o potencial custo do programa variar
entre 2 bilhões e 17 bilhões de reais.
No cenário mais amplo, o benefício alcançaria os setores de indústria
de transformação, utilidades, construção, transportes e
telecomunicações. Outras simulações consideram a retirada de parte
desses setores.
Entre os critérios colocados na mesa está a possibilidade de não
incluir no benefício setores que já são contemplados por benefícios
fiscais vultosos ou que não teriam tanta dependência do novo incentivo.
Apesar de se tratar de uma antecipação de fluxo, e não um novo
benefício fiscal, o impacto da depreciação acelerada precisa ser
incluído no Orçamento, o que não foi feito até o momento e ainda depende
de negociação, de acordo com o secretário.
Na entrevista, Moreira disse ainda que não está em discussão, no
momento, proposta sobre redução de IPI de itens da linha branca, ideia
que chegou a ser aventada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e
que despertou pressão por parte das empresas do setor.
A área onde funcionava, até abril deste ano, o Aeroporto Carlos Prates,
na região Noroeste de Belo Horizonte, será entregue, definitivamente, à
prefeitura até o fim de setembro. O governo federal articula, junto à
PBH, uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à capital
mineira para anunciar a cessão do espaço – que será destinado para a construção de um novo bairro.
Em uma entrevista exclusiva à Itatiaia, na sede da
Prefeitura de Belo Horizonte, o ministro das Relações Institucionais,
Alexandre Padilha, diz que as tratativas estão nos “detalhes finais”.
“Esse foi um pleito do prefeito no começo do governo Lula, levamos ao
presidente, que abraçou a ideia desde o começo. Estou fazendo essa
visita para fecharmos os detalhes finais”, confirmou o ministro.
Ainda de acordo com Padilha, Lula deve vir a Belo Horizonte para o anúncio oficial.
“Lula quer vir ainda em setembro para fazer o anúncio definitivo para
cessão desse espaço e construirmos habitação, tanto popular, como para a
classe média, e transformar aquele espaço de habitação, com casa,
espaço livre, mobilidade urbana e melhorar a circulação das pessoas na
região”, afirmou.
“Belo Horizonte tem uma carência de moradia popular muito grande e
estamos com um projeto no antigo aeroporto para construir 4.500
unidades. Temos mais um pleito do Minha Casa, Minha Vida, de mais 3 mil
unidades. Isso não é de um dia para o outro, mas são quase 7.500
unidades, o que daria um alívio muito grande”, espera o prefeito Fuad
Noman.
Próximos passos
Hoje, o terreno do aeroporto Carlos Prates pertence à Secretaria de
Patrimônio da União, que deve fazer a entrega definitiva da posse do
terreno para a Prefeitura de Belo Horizonte. Após essa doação, o
município poderá dar início à construção do novo bairro. O projeto
inicial prevê, além da construção de moradias, uma Unidade de Pronto
Atendimento (UPA), escolas, parques, área de esportes e lazer e outros
equipamentos.
A primeira etapa, ainda de acordo com a prefeitura será a reforma da
infraestrutura do Parque Maria do Socorro Moreira e, em seguida, a
implantação dos equipamentos públicos.