sábado, 9 de setembro de 2023

CARROS CHINÊS INUNDAM O MERCADO DE TODO O MUNDO

Carros a gasolina são exportados por preços menores porque mercado interno chinês está consumindo mais veículos elétricos

Por Keith Bradsher – Jornal Estadão

THE NEW YORK TIMES – Num momento em que muitas exportações da China estão diminuindo e seus consumidores estão gastando menos, o país está inundando o mundo com carros.

A demanda no exterior por veículos baratos fabricados na China – principalmente modelos movidos a gasolina, que os consumidores chineses agora evitam em favor de carros elétricos – é tão grande que o maior obstáculo para vender mais carros no exterior é a falta de navios especializados para transportá-los.

Montadoras chinesas têm dominado o mercado na Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, transportando carros por trem.

As empresas também conquistaram grandes parcelas de mercados no sudeste asiático, na Austrália, na América do Sul e no México. Com tarifas da era Trump ainda limitando as vendas para os Estados Unidos, as montadoras chinesas estão se preparando para uma grande expansão na Europa – assim que tiverem navios suficientes.

Estaleiros ao longo do rio Yangtzé estão construindo uma frota de navios de transporte de carros que funcionam como enormes estacionamentos flutuantes, capazes de transportar 5.000 ou mais carros por vez.

O estaleiro Jinling, em Yizheng, uma cidade próxima a Nanquim, “está ocupado o tempo todo, com turnos noturnos todos os dias”, disse Feng Wanyou, um soldador de navios, durante um intervalo para o almoço.

As exportações totais de bens chineses, desde móveis até eletrônicos de consumo, caíram 5,5% nos primeiros oito meses deste ano. Mas a indústria automobilística da China quadruplicou as exportações em apenas três anos, ultrapassando o Japão como líder mundial. Neste ano, as exportações de carros aumentaram 86% até julho.

A propensão das famílias chinesas a gastar – com carros novos e quase tudo o mais – diminuiu à medida que os preços dos imóveis caíram. A confiança do consumidor mostrou poucos sinais de recuperação mesmo após o levantamento das rígidas políticas de “covid zero”, que duraram quase três anos.

Quando as famílias chinesas compram carros, cada vez mais escolhem veículos elétricos de fabricantes locais, que lideram a produção global desse tipo de carro. O resultado é um enorme excesso de modelos a gasolina que os consumidores chineses não querem mais, mas que ainda vendem no exterior.

Estaleiro Jinling, em Yizheng, está operando em todos os turnos, segundo funcionário
Estaleiro Jinling, em Yizheng, está operando em todos os turnos, segundo funcionário Foto: The New York Times

As montadoras chinesas têm hoje uma capacidade não utilizada para produzir cerca de 15 milhões de carros a gasolina por ano. Elas responderam a isso, neste ano, enviando mais de 4 milhões de carros para mercados estrangeiros, a preços baixos.

“Por que elas se voltaram para as exportações? Porque elas precisam. O que vão fazer? Fechar uma fábrica?” disse Bill Russo, ex-CEO da Chrysler China e hoje CEO da Automobility, uma consultoria em Xangai.

Em todo o mundo, montadoras chinesas estão conquistando participação de mercado. O aço e a eletrônica usados em carros são baratos na China, o que dá às montadoras do país uma vantagem. Governos locais também concedem às empresas terras praticamente gratuitas, empréstimos a juros quase zero e outros subsídios.

Após anos de ganhos de qualidade e melhorias tecnológicas, os carros chineses, mesmo os com motores a combustão fora de moda, estão chamando a atenção em eventos do setor, como o Salão do Automóvel de Munique.

Na Austrália, montadoras chinesas superaram os rivais sul-coreanos em vendas e estão se aproximando dos concorrentes japoneses.

A China também expandiu rapidamente as exportações para o México e o Reino Unido e está começando a aumentar os envios para a Bélgica e a Espanha, que têm importantes portos de desembarque de carros que servem de porta de entrada para outros países da União Europeia.

A falta de navios, no entanto, tem impedido a China de exportar ainda mais.

“Estão construindo carros muito mais rápido do que estão construindo navios”, disse Michael Dunne, ex-presidente da General Motors na Indonésia.

Isso deve começar a mudar.

Montadoras chinesas como BYD e Chery, ao lado de empresas de transporte de carros europeias e de Cingapura, já fizeram quase todos os pedidos pendentes em todo o mundo para 170 navios de transporte de veículos.

Antes do boom de exportações de carros da China, apenas quatro eram encomendados por ano, de acordo com Daniel Nash, chefe de transportadores de veículos da VesselsValue, uma empresa de dados de transporte marítimo em Londres.

Estaleiros ao longo do rio Yangtzé, com milhares de trabalhadores, martelam e fazem barulho desde o amanhecer até bem tarde da noite.

A agitação é visível no estaleiro Jinling, onde os trabalhadores estão quase terminando dois navios de transporte de carros para a Eastern Pacific Shipping, de Cingapura.

Li Cha, um soldador, disse trabalhar em turnos de 12 horas com um intervalo de duas horas ao meio-dia para ir de bicicleta para casa almoçar. Holofotes iluminam o estaleiro à noite para que as equipes possam realizar tarefas especialmente urgentes, como a instalação de sistemas elétricos.

O incentivo para construir mais navios é evidente. O custo diário para um fabricante de automóveis alugar um navio de transporte de carros subiu para US$ 105 mil, ante US$ 16 mil há dois anos, segundo Nash.

A BYD está gastando cerca de US$ 100 milhões em cada um dos seis maiores transportadores de carros já construídos. A maioria dos navios está programada para ser concluída nos próximos três anos.

A Europa está se tornando o principal alvo para as montadoras chinesas. Elas usam marcas como Volvo e MG, adquiridas há muitos anos, para ganhar maior aceitação no continente.

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Trabalhadores em estaleiro onde estão sendo construídos dois navios para transportar carros
Trabalhadores em estaleiro onde estão sendo construídos dois navios para transportar carros Foto: The New York Times

A estatal Shanghai Automotive Industry Corp., que adquiriu a lendária marca MG da Inglaterra em 2007, está exportando carros baratos da China não apenas para a Inglaterra, mas também para a Austrália. A MG ressurgiu na Austrália este ano como uma das marcas de carros mais vendidas do país.

A joint venture da General Motors com a SAIC começou a enviar carros subcompactos Chevrolet Aveo para o México, com vendas previstas para junho, a partir de US$ 16,3 mil.

Um grande mercado, porém, não aparece entre os principais destinos das exportações de carros chineses: os Estados Unidos. Quase nenhum carro chinês está indo para lá agora, e poucos são esperados.

Quando a administração Trump impôs tarifas sobre importações da China em 2018 e 2019, o primeiro lote incluiu taxas de 25% para carros movidos a gasolina e elétricos, bem como para motores a gasolina e baterias de carros elétricos.

Não apenas as tarifas ainda estão em vigor, mas também foram emitidas sob legislação que concede ampla discricionariedade ao representante de comércio dos Estados Unidos, atualmente Katherine Tai, para aumentá-las, se necessário.

 

EMENDAS PARLAMENTARES RECEBEM FATIA DESPROPORCIONAL DO ORÇAMENTO

Na proposta do Executivo, as emendas receberam fatia desproporcional do Orçamento. Não cabe aumentá-las mais, o que, além do efeito fiscal, desfiguraria a função do Legislativo

Por Notas & Informações – Jornal Estadão

Enviado pelo governo ao Congresso, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) reservou R$ 37,6 bilhões para emendas parlamentares em 2024. A quantia se refere a emendas impositivas, que o Executivo tem a obrigação de pagar. Essa verba representa 2% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União e cresceu R$ 2 bilhões de um ano para o outro.

Reportagem do Estadão mostrou, no entanto, que os deputados e senadores não ficaram satisfeitos com o montante previsto no Orçamento. Querem, ao menos, mais R$ 20 bilhões, um valor que não tem nada de aleatório. Representa justamente a soma que era paga, até o ano passado, em emendas de relator, a base do orçamento secreto.

Revelado por este jornal, o esquema funcionou entre 2020 e 2022, quando o governo Bolsonaro abdicou do controle do Orçamento para construir uma base de apoio no Legislativo. O dinheiro era controlado pela cúpula do Congresso, que a distribuía livremente, por critérios nada transparentes, sem vinculação a políticas públicas e sem informar a autoria da indicação.

Formalmente, essas indicações eram do relator do Orçamento. Na prática, somente os presidentes da Câmara e do Senado sabiam quem recebia a emenda, quanto recebia, quando recebia e, sobretudo, por que recebia. Afinal, um deputado que soubesse que seu voto, em termos monetários, valia menos que o de um colega poderia retaliar o governo na apreciação de outra proposta. A falta de transparência era crucial para o funcionamento dessa estrutura.

Justamente por esse motivo, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade do orçamento secreto. Considerou que o esquema desrespeitava a transparência que deve reger o uso dos recursos financeiros do Estado e era incompatível com a publicidade e a impessoalidade, princípios constitucionais que devem pautar os atos do poder público, também os do Congresso.

O julgamento do STF se deu em dezembro do ano passado, com o Orçamento proposto por Bolsonaro já aprovado. Sabendo que não contava com uma base de apoio firme no Legislativo, o governo recém-eleito optou por evitar um desgaste político antes mesmo da posse. Remanejou, portanto, a verba do orçamento secreto para outros tipos de emendas parlamentares nas quais é possível identificar o autor, e conseguiu maioria para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição.

Neste ano, o governo Lula elaborou um Orçamento que expressa a promessa de zerar o déficit no ano que vem. Para chegar a esse resultado, o Executivo conta com medidas que ainda dependem do aval do Congresso para se converterem em receitas. Com a aprovação dessas propostas, a meta de déficit zero já é improvável; sem elas, no entanto, torna-se materialmente impossível.

Não há, portanto, nenhuma folga para aumentar o valor das emendas parlamentares para além dos R$ 37,6 bilhões já reservados. Considerando apenas as emendas individuais, cada deputado poderá indicar R$ 38 milhões para suas bases; e cada senador, R$ 66 milhões. O montante independe da posição política de cada parlamentar, e mesmo quem faz oposição ao governo tem direito a recebê-lo.

A elaboração do Orçamento é prerrogativa do governo, o que não impede que deputados e senadores façam ajustes no momento de apreciá-lo. Nenhum dos Três Poderes é absoluto. Como se sabe, recompensar parlamentares pelo apoio a votações relevantes para o Executivo é parte do jogo democrático, desde que (i) os valores sejam razoáveis, (ii) as indicações tenham autoria e destino transparentes e (iii) atendam a políticas públicas consistentes.

A relação entre Executivo e Legislativo pode e deve ser aprimorada, incluindo o pagamento de emendas. Para isso, o Congresso deve ser responsável. As emendas parlamentares já abocanharam uma fatia muito grande do Orçamento-Geral da União. Se politicamente é difícil diminuir o valor proposto pelo Executivo, tampouco há qualquer folga fiscal para aumentá-lo. Além disso, quem deseja executar o Orçamento deve se candidatar ao Executivo, não ao Legislativo.

 

INOVAÇÃO DEVE SER UMA ATIVIDADE SISTEMÁTICA E ORGANIZADA QUE PODE SER ENSINADA E APRENDIDA

 

Fernando Seabra

Peter Drucker identificou sete fontes de inovação na obra “Inovação e Espírito Empreendedor”. Aprenda com cases associados a cada uma delas

O pai da administração moderna e meu professor, Peter Drucker, vê a inovação não como um mero acaso ou um lampejo de genialidade, mas como uma atividade sistemática e organizada. Para ele, inovar é algo que pode ser ensinado e aprendido, assim como qualquer outra habilidade ou disciplina empresarial. Em vez de ser um evento esporádico, a inovação deve ser uma prática contínua, incorporada à cultura e à estratégia de uma organização.

Além disso, Drucker acredita que a inovação não é um luxo ou uma opção. Em um mundo empresarial em constante evolução, onde as necessidades e desejos dos consumidores mudam e novas tecnologias emergem regularmente, inovar é essencial. Durante meu MBA, Drucker disse algo que todos deveríamos levar em consideração: precisamos lançar nossos produtos hoje e começar a matá-los amanhã. Essa é a maneira pela qual as empresas se adaptam, crescem e, em última análise, sobrevivem. E foi naquele exato momento que me deparei pela primeira vez com o conteúdo de inovação contínua. Sem isto as empresas correm o risco de se tornarem obsoletas, superadas por concorrentes mais ágeis e adaptáveis.

Importante também é a visão de Drucker de que a inovação não é exclusiva de grandes corporações ou setores de alta tecnologia. Qualquer empresa, grande ou pequena, em qualquer setor, pode e deve inovar. Seja melhorando um processo interno, introduzindo um novo produto ou redefinindo completamente seu modelo de negócios, a inovação é acessível e necessária para todos.

As Sete Fontes de Inovação

Drucker identificou sete fontes de inovação em sua obra “Inovação e Espírito Empreendedor” (“Innovation and Entrepreneurship”). Estas são áreas onde as oportunidades para inovação podem surgir. Aqui estão elas:

Inesperado – O sucesso e o fracasso inesperados: Quando algo não sai como planejado, seja um sucesso inesperado ou um fracasso, pode haver uma oportunidade para inovação.

Incongruências: Quando há uma discrepância entre o que é e o que deveria ser, pode haver uma porta para inovação. Isso pode ser uma incongruência no processo, no mercado ou no produto.

Necessidades do processo: Quando um processo pode ser melhorado ou há uma necessidade não atendida no processo, há uma oportunidade para inovação.

Mudanças na estrutura da indústria ou do mercado: Quando há mudanças significativas em uma indústria ou mercado, como novas regulamentações ou novas tecnologias, pode haver lugar para inovação.

Demografia: Mudanças demográficas, como modificações na população, idade, composição familiar, etc., podem criar novas necessidades e oportunidades para inovação.

Mudanças na percepção, humor e significado: Como as pessoas percebem o mundo ao seu redor, seus valores e seus comportamentos podem mudar ao longo do tempo. Essas alterações podem criar espaço para novos produtos, serviços ou negócios.

Novos conhecimentos: Novas ideias, tecnologias, ou combinações de conhecimento existente podem levar a inovações. Isso pode incluir avanços científicos, tecnológicos ou mesmo novas abordagens para resolver problemas antigos.

Drucker enfatizou que a inovação não é apenas sobre tecnologia ou invenções, mas sobre a aplicação de ideias para criar valor. Ele também destacou a importância de olhar para fora da própria organização e indústria para identificar possibilidades de inovação.

Exemplos de cases de sucesso com base em cada uma das sete fontes de inovação

Inesperado – O sucesso e o fracasso inesperados:

● Netflix: Originalmente, a Netflix era um serviço de aluguel de DVDs pelo correio. No entanto, eles perceberam um sucesso inesperado com seu modelo de assinatura e streaming, o que os levou a se transformar na gigante do streaming que são hoje.

Incongruências:

● Dyson: James Dyson percebeu uma incongruência entre o desempenho esperado e o real dos aspiradores de pó tradicionais. Isso o levou a desenvolver o aspirador de pó sem saco, que não perde sucção à medida que se enche.

Necessidades do processo:

● Toyota: A empresa desenvolveu o Sistema Toyota de Produção, também conhecido como Lean Manufacturing. Eles identificaram ineficiências nos processos de fabricação tradicionais e inovaram para criar um sistema mais eficiente e menos dispendioso.

Mudanças na estrutura da indústria ou do mercado:

● Uber: aproveitou as mudanças na indústria de táxis e a crescente ubiquidade dos smartphones para criar um novo modelo de negócios baseado em compartilhamento de caronas.

Demografia:

● Gerber: A empresa de alimentos para bebês surgiu em resposta às necessidades demográficas de famílias com bebês e à demanda por alimentos convenientes e nutritivos para essa faixa etária.

Mudanças na percepção, humor e significado:

● Beyond Meat: Com uma crescente conscientização sobre questões ambientais, saúde e direitos dos animais, muitos consumidores estão buscando alternativas à carne. A Beyond Meat inovou ao criar produtos à base de plantas que imitam o sabor e a textura da carne.

Novos conhecimentos:

● CRISPR Therapeutics: Utilizando o novo conhecimento sobre a tecnologia de edição de genes CRISPR, esta empresa está na vanguarda da inovação em terapias genéticas para tratar doenças.

Estes são apenas exemplos e, em muitos casos, as empresas podem se encaixar em várias categorias ao mesmo tempo. A chave é reconhecer que as oportunidades de inovação podem surgir de muitas fontes diferentes.

A abordagem de Peter Drucker à inovação destaca sua natureza intrínseca e essencial no cenário empresarial contemporâneo. Ao desmistificar a inovação, removendo-a do reino do acaso e posicionando-a como uma atividade ensinável e aprendível, Drucker oferece uma perspectiva revolucionária sobre como as empresas e empreendedores podem se manter à frente em um ambiente em constante mudança.

Suas sete fontes de inovação, ilustradas por exemplos práticos de empresas reconhecidas, fornecem um roteiro para organizações e empreendedores que buscam identificar e capitalizar oportunidades, independentemente de seu tamanho ou setor. No cerne de sua filosofia está a ideia de que a inovação não é meramente a invenção de novas tecnologias, mas a aplicação estratégica de ideias para gerar valor real.

Em um mundo onde a adaptabilidade é crucial, a visão de Drucker serve como um farol, guiando empresas e empreendedores na jornada contínua de reinvenção e crescimento.

Sobre o Fernando Seabra:

Investidor anjo, Advisor no Batalha das Startups, Mentor do Planeta Startup, Avaliador Shark Tank Brasil, Diretor de Inovação da ACSP – Associação Comercial de São Paulo, Influenciador da SAP Brasil, Professor em diversos MBAs na área de Inovação e Empreendedorismo e Criador da Metodologia Pitch Canvas.

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sexta-feira, 8 de setembro de 2023

ANA MOZER TIRADA DO CARGO DE MINISTRA POR LULA LAMENTA A DECISÃO

História por Bruno Accorsi • Jornal Estadão

Após lamentar a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em tirá-la do cargo de ministra dos Esportes, na quarta-feira, Ana Moser voltou a se manifestar sobre o assunto nesta quinta, com uma publicação no X, rede social antes conhecida como Twitter. No breve texto, a ex-jogadora de vôlei de 55 anos reforçou sua frustração por ter ficado tão pouco tempo no cargo e disse que continuará lutando pela valorização do esporte no País.

“Para mim, o potencial social, educacional e comunitário do esporte ainda está para ser reconhecido e valorizado, especialmente pelos gestores públicos. Por isso a luta continua. Agradeço aos que estiveram comigo percorrendo este caminho curto e árduo”, escreveu a medalhista olímpica, que, desde que se aposentou das quadras, se dedica ao ativismo social voltado ao esporte.

Antes de atuar como ministra, Ana Moser foi líder da ONG Atletas pelo Brasil, ao lado do ex-jogador de futebol Raí, e teve experiências ligadas à política, como integrar o Conselho Nacional do Esporte, e de dirigir o Centro Olímpico do Parque do Ibirapuera, parte da estrutura da Secretaria de Esportes de São Paulo. “Construí minha vida inteira para chegar aqui. Como mulher, lutei para conquistar espaços e no Ministério do Esporte, trabalhei para transformar a realidade do esporte brasileiro”.

A agora ex-ministra perdeu seu cargo por causa de um acordo costurado por Lula junto ao Centrão. O presidente concretizou uma reforma ministerial que envolveu a demissão de Ana Moser e a entrega da pasta para André Fufuca (PP-MA), em um momento no qual o ministério tem a expectativa de receber uma grande injeção financeira com o avanço da regulamentação das apostas esportivas.

Ana Moser foi nomeada ministra dos Esportes desde o começo do mandato do presidente Lula, mas foi tirada do cargo devido a acordos políticos. Foto:© Fornecido por Estadão

O remanejamento foi lamentado por atletas e ex-atletas, que já vinham se manifestando antes da oficialização da demissão de Ana Moser para tentar impedir o movimento, caso de Raí e Hortência, que encabeçaram o movimento “Ana Moser Fica” com uma hashtag nas redes. Depois do anúncio de que ela estava fora do governo, novas manifestações foram realizadas.

A ex-nadadora Joanna Maranhão, presidente do Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil, disse que “não será a eleitora que irá aplaudir os erros do governo” e defendeu Ana Moser como “a pessoa certa para propor uma política pública de esporte de Estado, e não de um governo”. Já Carol Solberg, jogadora de vôlei de praia, disse entender que “o esporte foi mais uma vez usado como moeda de troca” e afirmou que o argumento da governabilidade “não pode justificar tudo”.

Lula já ignorou Ana Moser durante mandato

Apoiadora do presidente Lula desde a campanha eleitoral, Ana Moser acabou ignorada pelo governo no anúncio da reforma ministerial. Ela foi demitida nesta quarta-feira do Ministério do Esporte para o governo dar assento ao deputado federal André Fufuca (PP-MA), do Centrão, correligionário do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Aliados da ministra demissionária ficaram revoltados com a postura do governo, que não citou Ana Moser na nota oficial que confirmou a reforma ministerial. “Não agradeceram pelo trabalho. Lamentável. A ministra não merecia”, comentou à Coluna uma das pessoas mais próximas da ministra demissionária.

Em julho, ao confirmar a substituição de Daniela Carneiro por Celso Sabino no Ministério do Turismo, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou em nota que a então ministra havia feito um “excelente trabalho pela recuperação do Turismo no Brasil”. Dizia ainda que o presidente agradecera pela “disposição dela de permanecer contribuindo com o governo no Congresso”. O mesmo tratamento não foi dispensado a Ana Moser.

 

LULA DEMITE UMA MULHER E RELOCA UM DO CENTRÃO PARA OCUPAR A VAGA DO MINISTÉRIO

 

História por MARIANNA HOLANDA, RENATO MACHADO, MATHEUS TEIXEIRA, JULIA CHAIB E JOÃO GABRIEL • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A reforma ministerial anunciada por Lula (PT) na noite desta quarta-feira (6) motivou críticas diretas e indiretas de aliados e levou ministros a saírem a campo para tentar minimizar as reclamações pelo fato de o presidente ter demitido mais uma mulher e realocado um apoiador de primeira hora para acomodar partidos do centrão que estiveram com Jair Bolsonaro (PL).

O “climão” pôde ser notado no desfile de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, que contou com a presença de vários ministros.

O saldo das trocas para tentar atrair Republicanos e PP preservou o PT, partido do presidente, e teve a ministra Ana Moser (Esporte) demitida e substituída por um homem.

Com isso, Lula perde o recorde de mulheres no primeiro escalão, tão alardeado durante a transição de governo. No começo, eram 11 em 37 pastas. Agora, são 9 em 38. O maior patamar até então era o de Dilma Rousseff (PT), que teve 10 em 37 ministérios.

Além disso, Márcio França (PSB), titular de Portos e Aeroportos, foi deslocado para o novo Ministério das Micro e Pequenas Empresas. Ele resistia à ideia por achar a nova pasta muito pequena. Defendeu turbinar o ministério, o que o Planalto acabou acatando.

O PSB, porém, manifesta nos bastidores o discurso de insatisfação e de que está sendo prejudicado apesar de ter sido aliado de primeira hora.

André Fufuca (PP-MA) assumirá o Ministério do Esporte e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), o de Portos e Aeroportos.

Há a expectativa de que o PP também receba o comando da Caixa Econômica Federal. Essa troca deve ser oficializada num segundo momento. A atual presidente da Caixa, Rita Serrano, foi indicada por quadros do PT.

O maior risco corrido pelo PT no primeiro escalão foi em relação ao Ministério do Desenvolvimento Social, chefiado por Wellington Dias.

O PP fez uma ofensiva para assumir a pasta e, em determinado momento, as conversas chegaram a envolver um possível fatiamento do ministério. Por esse cenário, o centrão poderia indicar o ministro, mas o Bolsa Família seria retirado da estrutura para permanecer sob a tutela de um petista.

O PT reagiu e o Planalto recuou. A avaliação foi a de que a pasta era muito central para o governo. Enquanto Dias sofria um processo de fritura, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, chegou a dizer que o Desenvolvimento Social era o “coração do governo”.

Há outros 11 petistas na Esplanada.

Apesar do rearranjo ministerial, ainda é incerto o grau de apoio que PP e Republicanos darão ao governo no Congresso.

O PP é presidido por um dos principais críticos a Lula no momento, o senador e ex-ministro de Bolsonaro Ciro Nogueira (PI).

Já o Republicanos reafirmou em nota nesta quinta-feira (7) o que seus dirigentes já vinham dizendo antes, que a indicação de Costa Filho é uma escolha “pessoal” de Lula e que o partido segue independente em relação ao governo.

Ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, o partido esteve fortemente vinculado a Bolsonaro e até hoje mantém em seus quadros, por exemplos, os senadores bolsonaristas Hamilton Mourão (RS), Damares Alves (DF) e Cleitinho (MG).

A sigla também abriga o governador e ex-ministro de Bolsonaro Tarcísio de Freitas, cotado para ser adversário de Lula na eleição de 2026.

Tendo sido realocado para dar abrigo ao Republicanos, o ministro Márcio França falou sobre isso após o desfile de 7 de Setembro, ocasião em que ficou relativamente distante de Lula e dos demais colegas de governo.

Ele disse que postagem que fez nas redes sociais –“Saúdo o @LulaOficial por trazer p/ o Gov @tarcisiogdf e seu partido p/ nos apoiar”– não era uma ironia, mas um chamado à responsabilidade do governador por agora seu partido ser da base do governo Lula.

Após ser demitida, Ana Moser citou publicamente sua “tristeza e consternação” pela perda do cargo, tendo recebido o apoio de atletas, de entidades esportivas e inclusive de Janja.

“Eu também não estou feliz”, escreveu a primeira-dama em rede social, ao comentar a publicação de um usuário que lamentava a saída de Ana Moser.

A agora ex-ministra não tinha ligações políticas. Ela é ex-jogadora de vôlei e medalhista olímpica. Além disso, tem um histórico de dedicação a projetos de gestão e a políticas públicas na área. Sua nomeação contou com apoio de ONGs, atletas e também de confederações esportivas.

Ela fez parte de um grupo de atletas que durante a campanha atuou pela eleição do petista. Na transição, participou do grupo de trabalho do tema.

Ministros de Lula buscaram minimizar as insatisfações com a tentativa de atração de Republicanos e PP, o que é essencial para Lula ter uma margem de apoio confortável no Congresso.

Alexandre Padilha (Relações Institucionais) disse nesta quinta que a reforma ministerial para abrir espaço no governo Lula ao centrão é uma forma de “valorização da política”.

Padilha minimizou a ausência de Lula na foto que oficializou a entrada de André Fufuca e Silvio Costa Filho no governo.

Ele e o ministro Paulo Pimenta (Comunicação Social) também negaram mal-estar com as trocas ministeriais e o fato de Ana Moser não ter sido mencionada na nota da Presidência que comunicou as mudanças.

Padilha também relativizou o fato de PP e Republicanos seguirem com discurso de que são independentes do governo apesar de terem assumido ministérios na Esplanada. Ele afirmou que as nomeações devem melhorar a relação com as bancadas das siglas na Câmara.

O ministro não comentou a participação ativa das legendas no governo Bolsonaro, cuja pregação golpista a atual gestão costuma ressaltar. Ele preferiu dizer que ambos os partidos criticaram os atos de vandalismo de 8 de janeiro por parte de bolsonaristas.

“Compromisso que tivemos é que aquilo que a bancada já vem garantindo de aprovação dos projetos fundamentais, permitindo retomar o crescimento econômico, a recriação de programa sociais e rechaçar o golpismo de 8 de janeiro continue”, disse.

Padilha também afirmou que Lula agradeceu pessoalmente a Ana Moser pela participação no governo, apesar de na nota oficial do governo que comunicou a troca não constar um tópico nesse sentido.

Disse, ainda, que a “grande manifestação de carinho, afeto e compromisso” é que o novo ministro, indicado pelo centrão, seguirá a política pública de esporte prometida por Lula na campanha e durante o começo do governo.

“O último período em que se tentou criminalizar ou desvalorizar a política levou à aventura golpista de 8 de janeiro. Então, esse desfecho valoriza a política”, completou.

Pimenta, por sua vez, evitou responder sobre eventual mal-estar criado com Ana Moser e Márcio França.

PROBLEMAS DE ATENDIMENTO E FILAS DO INSS

História por Washington Barbosa* • Jornal Estadão

Fila do INSS Foto: André Dusek/Estadão© Fornecido por Estadão

É de conhecimento geral o tamanho das filas de pedidos pendentes de análise pelo INSS, número que oscila entre 1.5 milhão e 2 milhões nos últimos anos. Entra governo e sai governo, entra ministro e sai ministro, entra presidente do INSS e sai presidente do INSS e a coisa não muda.

Até mesmo as promessas não mudaram, as bravatas mais comuns são: “vou reduzir as filas até o final do ano”; “não irei permitir que os segurados sofram”; “começaremos um mutirão que irá resolver isso e todos terão resposta em até 45 dias” ….

Ser feito de bobo tem limite!

Para não parecer que sou “engenheiro de obra pronta”, “que é fácil falar quando não se conhece a realidade dos fatos”; permita-me trazer um pequeno diagnóstico da situação.

São vários os motivos para a existência de tantos processos parados e pendentes de análise. Pode-se começar falando da atual facilidade de acesso à Autarquia Previdenciária. Quem se lembra das famosas filas na porta das agências do INSS? Havia até mesmo a “profissão” de “guardador de lugar na fila”. Na realidade, a fila era fruto de um descasamento entre a demanda de benefícios e a capacidade de atendimento do INSS. Qual foi a solução encontrada à época? Só recebiam os pedidos que teriam capacidade de analisar, daí, surgem as tais senhas e as tais filas. Assim fica fácil, não é?

Com a chegada do atendimento pela Central 135, as filas na porta das agências começaram a dissipar-se, pois as “senhas” eram distribuídas pela central, sem a exposição da multidão de pessoas à espera de atendimento. Aqui, ainda se controlava a demanda à capacidade de atendimento.

O próximo passo nessa história foi a implementação do programa Meu INSS, onde, na internet ou de seu aparelho de celular, todos podem acessar diretamente o INSS e entrar com o seu pedido de benefício. Agora, o problema não está mais debaixo do tapete, o Governo tem a real noção do tamanho do problema e de procurar soluções.

Se esse processo demorou anos para concretizar-se, por que o INSS não se preparou para isso?

O Executivo não se preparou para isso e agora a realidade bateu à sua porta. Não são movimentos espasmódicos e desarticulados que pipocam de vez em quando como: operação pente fino; mutirões de perícia e de análise de pedidos, e programas de incentivo à produtividade dos servidores, que resolverão o problema. A solução deve ter caráter permanente e estruturante. Cabe ao Poder Executivo encarar o problema de frente e tomar uma atitude.

Você, que não pode esperar, porque os boletos não têm ouvidos para desculpes, corre para o Poder Judiciário que, abarrotado com milhares e milhares de ações, transformou-se em verdadeiro balcão de atendimento das demandas previdenciárias. Demorou no INSS, corre para o Judiciário. Benefício foi cassado, corre para o Judiciário.

Isso não é competência do Judiciário, que não tem autoridade sobre os meios para solucionar o problema e acaba resolvendo situações pontuais, sem a visão do todo.

Washington Barbosa Foto: Divulgação© Fornecido por Estadão

E o Poder Legislativo? O que pode fazer?

Muitas vezes, o teu benefício foi negado porque a lei está atrasada e precisa de atualização. O servidor do INSS não pode, com base no que o Judiciário decide, contrariar a Lei. Cabe ao Parlamento dar andamento aos vários projetos de lei que estão parados em suas gavetas e que modernização a legislação previdenciária.

Outra responsabilidade do Legislativo é refletir no orçamento a necessidade de priorização do atendimento há milhões de brasileiros que mendigam por um pingo de dignidade e respeito. Sem dinheiro para investir, não se conseguirá resolver o problema da fila.

Essa é a realidade que os segurados e os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social se deparam todos os dias.

Mas enquanto tudo isso acontece, quem paga a conta daquela pessoa que está há meses sem receber, à espera da análise de um pedido de auxílio incapacidade permanente (antigo auxílio-doença)? E aquele, que precisa e tem o direito de aposentar-se após uma longa e dura vida de trabalho, que espera meses, as vezes anos, para ganhar a merecida retribuição por anos de contribuições?

É hora de arregaçar as mangas. Menos papo e mais ação!

*Washington Barbosa, especialista em Direito Previdenciário e mestre em Direito das Relações Sociais e Trabalhistas. Diretor da WB Cursos

 

INSTITUTO NÃO ACEITO CORRUPÇÃO QUE REVISÃO DA DECISÃO QUE ANULOU PROVAS DA LAVA JATO

História por Pedro Prata • Jornal Estadão

Instituto Não Aceito Corrupção quer que seja revista a decisão do ministro Dias Toffoli que anulou provas da Operação Lava Jato obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht. Para a entidade, o ato do ministro deve ser submetido à avaliação dos demais magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF).

A entidade diz que a empreiteira esteve representada por seus advogados e que a validade do acordo já foi homologada pelo STF. “A observância e respeito a um acordo homologado pelo STF é elementar para a preservação da segurança jurídica, pilar de nosso sistema e do próprio Estado Democrático de Direito”, diz nota pública.

Ministro Dias Toffoli fez duras críticas à Operação Lava Jato. Foto: Dida Sampaio/Estadão© Fornecido por Estadão

O instituto ainda critica o fato de Toffoli ter tomado sozinho uma decisão de tamanho impacto. “Conclamamos o STF a debater o tema, que demanda a apreciação da matéria em foco pela respectiva turma ou pelo plenário do STF, de forma técnica, e o repensar de seu regimento no sentido de preservação da colegialidade do Tribunal como regra.”

Também destaca que os procedimentos adotados pela força-tarefa em Curitiba estiveram sob o escrutínio da Corregedoria Geral do Ministério Público Federal e da Corregedoria Geral do Conselho Nacional do Ministério Público. Em ambos os casos, os procedimentos foram arquivados.

A entidade criticou o que considerou “linguagem extrema e exageradamente politizada”, apontando quebra da “técnica imparcial” do Supremo. Na decisão que anulou as provas, Toffoli chamou a prisão de Lula, em 2018, de um dos ‘maiores erros judiciários da história do País’ e se referiu à Lava Jato como “ovo da serpente” e “projeto de poder de determinados agentes públicos”.

Toffoli anulou as provas obtidas a partir do acordo de leniência – delação premiada de empresas – acertado entre a Odebrecht e o Ministério Público Federal porque considerou que teriam havido irregularidades realizadas pelos procuradores na condução do inquérito. Ele alega que os investigadores teriam feito negociações fora dos canais oficias para agilizar o fechamento do acordo. A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) vão recorrer da decisão.

Lula foi preso em abril de 2018 pelo ex-juiz Sérgio Moro, depois que ele foi condenado em segunda instância no caso do triplex do Guarujá. O presidente seria solto por uma revisão de entendimento do STF, no ano seguinte, que decidiu que alguém só poderia ser preso após esgotados todos os recursos do processo. Posteriormente o Supremo ainda anularia as condenações que pesavam contra Lula por entender que Moro não foi imparcial na condução do processo.

Sérgio Moro: “A corrupção nos governos do PT foi real”. Foto: Hélvio Romero/Estadão© Fornecido por Estadão

Agora senador pelo Paraná, Sérgio Moro (Podemos) reagiu à decisão de Toffoli negando irregularidades na Operação Lava Jato e disse que “a corrupção nos governos do PT foi real” e que “criminosos confessaram e mais de seis bilhões de reais foram recuperados para a Petrobras”. Já Deltan Dallagnol, que comandava a equipe de procuradores, falou que a decisão do ministro “faz a corrupção compensar”.

A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou a criação de uma força-tarefa para “apurar desvios de agentes públicos e promover a reparação de danos causados” pela Operação Lava Jato. Em paralelo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, falou que vai pedir instauração de inquérito na Polícia Federal para responsabilizar penalmente os agentes públicos. O procurador-geral da República, Augusto Aras, falou que a operação “deixou um legado maldito”.

 

META PODE COBRAR PARA QUE OS USUÁRIOS DO INSTRAGRAM E FACEBOOK TENHAM REDES SOCIAIS SEM ANÚNCIOS

Meta pode transformar a internet ao cobrar para que usuários tenham redes sociais sem anúncios

Por Pedro Doria – Jornal Estadão

Meta ainda não anunciou oficialmente, mas os usuários europeus de Facebook e Instagram devem ganhar a possibilidade de uma assinatura dessas redes sociais. Os assinantes ganham, em troca, pleno acesso a todos os serviços sem nenhuma publicidade. Será preciso esperar para ver o impacto — quantas pessoas terão interesse, se o negócio parecerá promissor para levar ao resto do mundo, ou mesmo quanto as redes se transformam quando deixam de ser gratuitas e passam a ser pagas. Muita gente aposta que pode ser revolucionário. Transformador. Que pode ser bom para todo mundo.

Há um aforismo corrente no Vale do Silício: se recebeu de graça, o produto é você. Quando a internet era bastante jovem, ali por princípios dos anos 2000, havia um debate imenso a respeito de que modelo de negócio sustentaria tantas empresas. A onda levou todos para um mecanismo no qual se construíam audiências na casa das dezenas e centenas de milhões, depois bilhões, e a partir daí se apresentava propaganda automatizada para todo mundo. É o mundo em que vivemos.

Na internet, o produto não é a busca, não é a caixa de comentários ou o vídeo que alguém produziu. O que está sendo vendido nesses negócios é o olhar capturado pela busca, pela mensagem, pela distração. O produto vendido nos negócios digitais somos nós.

Se o produto fosse a busca, o comentário ou o filme, aí seria por isso que se pagaria. É o que a assinatura que a Meta planeja criar faz. A lógica do negócio se inverte.

Como seriam as redes sociais se fossem, realmente, sociais e não antissociais?

Lógicas de negócio são poderosas. Porque se decidiu vender nossa atenção para anunciantes de todos os tamanhos, foi preciso construir plataformas capazes de capturar atenção. Por isso, os algoritmos que regulam os sistemas são configurados para que tornemos e voltemos e, sempre nervosos, deslizemos o dedo pelas telas em busca daquela microinjeção de ânimo. Este algoritmo privilegia o sensacional, o que dá raiva, o que mobiliza emocionalmente. Nos engaja em brigas com familiares e vizinhos, divide países.

Produto como as plataformas de streaming que vendem assinaturas oferecem uma sorte muito distinta de emoções. Engajam pela surpresa, pelo prazer coletivo de descobrir uma série e debater sobre ela. Promovem encontros, não desencontros. Então como seriam as redes sociais se, ao invés de venderem nossa atenção para anunciantes, vendessem a nós prazeres na forma de encontros. Se fossem, realmente, sociais e não antissociais?

Meta é a companhia-mãe do Facebook, Instagram e WhatsApp
Meta é a companhia-mãe do Facebook, Instagram e WhatsApp Foto: Dado Ruvic/Reuters – 2/11-2021

A Meta não confirma os planos de uma assinatura europeia. A notícia foi dada pelo New York Times, que a confirmou com quatro pessoas distintas diretamente envolvidas com os debates internos. A companhia, quando perguntada, tampouco negou a notícia. Para eles, faz todo sentido fazer o teste.

Será tarde demais? Ou um crescente número de pessoas dispostas a pagar poderia, aos poucos, mudar como as redes funcionam? O teste, parece, vai começar muito em breve.

 

CAFÉ DE FEZES DE JACU É O MAIS VALORIZADO NO MERCADO

 

O sistema digestivo do pássaro selvagem é o principal aliado na produção de um dos cafés mais caros do mundo

Por AFP – Jornal Estadão

Café brasileiro que custa mais de R$ 1.100 mil vem de fezes de jacu
Pássaro Jacu – Imagem ilustrativa

Antes considerado uma praga nas plantações de café do sudeste do Brasil, o pássaro selvagem jacu – e seu prodigioso sistema digestivo – tornou-se o principal aliado na produção de um dos cafés mais caros do mundo.

O jacu – jacuaçu – parece um faisão e tem paladar fino: “Geralmente ele escolhe as melhores frutas, as mais maduras”, explica Agnael Costa, de 23 anos, à AFP, enquanto coleta delicadamente os valiosos excrementos entre duas árvores.

Na fazenda Camocim, situada em um vale bucólico da comunidade de Domingos Martins, no Espírito Santo, os pés de café crescem em meio a uma floresta exuberante.

“Foi esse sistema agroflorestal que criou as condições necessárias para existir esse café exótico aqui”, explica o proprietário Henrique Sloper, adepto da agricultura biodinâmica, sem produtos químicos.

O produto é vendido por 1.118 reais o quilo no Brasil, e ainda mais caro no exterior, em lojas de luxo como a britânica Harrods.

De inimigo a aliado

Mas o jacu, espécie de plumagem preta e garganta escarlate, nativa de outras regiões da América do Sul, nem sempre foi bem-vindo na propriedade Camocim. No início, era visto como uma praga que ameaçava as colheitas e causava problemas.

Foi ao conhecer o café “Kopi Luwak” na Indonésia, feito com excrementos de civeta (mamífero asiático semelhante a um mangusto), que Henrique Sloper teve a ideia de transformar o jacu de inimigo a aliado.

Enquanto a reputação do “Kopi Luwak” – também vendido a preço de ouro – é prejudicada por denúncias de maus-tratos a civetas em cativeiro, o jacu brasileiro cresce em liberdade.

“É 100% natural. O jacu está dentro do habitat natural dele mesmo”, a floresta atlântica do litoral brasileiro, diz o supervisor de produção, Rogério Lemke.

“É uma região muito protegida (…) e não usamos químico, produtos transgênicos, nada” na plantação de café, acrescenta.

Os excrementos do jacu lembram a aparência de um pé de moleque, com grãos de café incrustados em uma pasta enegrecida.

Depois de colhidas, as fezes são colocadas para secar em uma estufa. Em seguida, os grãos de café são classificados e descascados cuidadosamente, antes de serem colocados em uma câmara fria.

São retirados de lá apenas mediante solicitação do cliente, para evitar desperdícios.

“Em função do trabalho que a gente tem para fazer esse produto, ele é naturalmente caro. Não tem como fazer um café de jacu com custo baixo… É um produto escasso e a produção é incerta, porque depende do apetite do jacu”, afirma Henrique Sloper.

O café extraído dos excrementos destas aves representa menos de 2% da produção da fazenda.

“Serve não só como selecionador, como também alarme de colheita. Onde ele come, o café está maduro”, explica.

Luxo e sustentabilidade

“Os pássaros têm um transito intestinal extremamente curto. Praticamente entrou, e depois de alguns segundos já está saindo. Então não existe propriamente qualquer tipo de processo bioquímico, não dá tempo”, explica o analista de café, Ensei Neto.

É muito mais lento em civetas ou elefantes, cujos excrementos também são usados para produzir esse tipo de café na Tailândia.

“Basicamente, o que você tem como diferencial, que o pássaro promove, é essa seleção dos grãos maduros. Ele não adiciona nada a mais. Mas a história é boa”, diz Neto.

Os grãos bem maduros conferem ao café “notas doces, com boa acidez”.

“É um café delicioso e a história por trás da sua produção é muito original. É uma experiência nova para nós”, diz a turista Poliana Cristiana Prego, de 37 anos, que veio até a fazenda provar o café do jacu.

“Nossos clientes são os amantes de produtos exóticos, mas também aqueles que valorizam a ideia de desenvolvimento sustentável”, afirma Henrique Sloper.

Para ele, “o futuro do café vai vir do Brasil”. Maior produtor mundial, o gigante sul-americano começa a melhorar “a parte do branding, do marketing do café. É mostrar para o mundo que realmente temos condições de fazer o que ninguém tem”.

ENEM DOS CONCURSOS DO SERVIÇO PÚBLICO SERÁ UMA SELEÇÃO ÚNICA REALIZADA EM TODO O PAÍS

Governo planeja preencher cerca de 8 mil vagas ministérios e outros órgãos do serviço público federalA maioria das vagas será destinada a Brasília, onde ficam as sedes dos órgãos públicos federaisA maioria das vagas será destinada a Brasília, onde ficam as sedes dos órgãos públicos federaisFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Da CNN* Brasil

O governo federal deve realizar em fevereiro do ano que vem o chamado “Enem dos concursos públicos“, um processo unificado para seleção de novos servidores.

O Executivo planeja preencher cerca de 8 mil vagas em diversos ministérios e outros órgãos do serviço público.

No modelo de seleção atual, cada órgão faz seu próprio processo e realiza as provas separadamente.

Já o “Enem dos concursos” prevê uma seleção única, que será realizada simultaneamente em 179 cidades de todo o país.

Confira o cronograma e como vai funcionar

  • Ministérios e órgãos interessados em participar do concurso unificado terão até o dia 29 de setembro para fazer a adesão, que é voluntária;
  • Publicação do edital está prevista para o dia 20 de dezembro;
  • Aplicação da prova está prevista para 25 de fevereiro de 2024;
  • Resultados gerais da primeira fase devem ser divulgados até abril de 2024;
  • Cursos de formação devem começar entre junho e julho de 2024;
  • Início dos processos de alocação e ambientação dos servidores está previsto para julho e agosto de 2024.

No momento da inscrição, os candidatos deverão optar por um dos blocos das áreas de atuação governamental disponíveis. Depois, deverão indicar seu cargo ou carreira por ordem de preferência entre as vagas no bloco de sua escolha.

A primeira etapa do concurso unificado será realizada em um único dia, dividida em dois momentos: primeiro será aplicada uma prova objetiva, com conteúdo comum a todos os candidatos. Depois, no mesmo dia, serão aplicadas provas dissertativas e com conteúdos específicos e de acordo com cada bloco temático.

Além das provas, cada órgão poderá colocar no edital suas exigências em relação à titulação acadêmica e experiência profissional.

Entenda a proposta

A iniciativa parte do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. A pasta, comanda por Esther Dweck, se inspirou no modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O objetivo, segundo o governo, é ampliar e democratizar o acesso da população brasileira às vagas do serviço público federal, além de aumentar a diversidade sociodemográfica e territorial dos servidores públicos.

“Quanto mais o perfil do servidor estiver alinhado com o da população, melhor para o governo. Quanto mais a burocracia for representativa do coletivo da nação, as políticas públicas também serão mais representativas”, explica o secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso Jr.

A descentralização da realização das provas não tem relação com a lotação dos servidores, contudo. A maioria das vagas será destinada a Brasília, onde ficam as sedes dos órgãos públicos federais.

 

VÁRIOS RECADOS SOBRE O CONTROLE DAS BIG TECHS

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