Lula acha que o País não vai bem porque o
‘financeirismo’ prevaleceu sobre o desenvolvimentismo. Errado: o Brasil
vai mal pois o desenvolvimentismo nunca foi realmente derrotado
Por Notas & Informações – Jornal Estadão
Na primeira reunião do recauchutado Conselho Nacional de
Desenvolvimento Industrial (CNDI), o presidente Lula da Silva disse que
“ficou uma briga de séculos: quem era desenvolvimentista e quem era
financeirista (sic) – os financeiristas (sic)
ganharam, e o Brasil perdeu”. Segundo ele, “está na hora de o
desenvolvimentismo ganhar para que a gente volte a gerar oportunidades
para 203 milhões de habitantes”.
Seja lá o que Lula entenda por “financeirismo”, o
“desenvolvimentismo” é bem conhecido. Ele se baseia na premissa de que a
indústria tem um papel diferenciado em relação a outros setores, o que
justifica uma parafernália de intervenções “estratégicas” do Estado na
economia para favorecê-la, como barreiras protecionistas, créditos
subsidiados, desvalorização da taxa de câmbio ou redução forçada dos
juros. “Intervenção” equivale a “distorção” do mercado, mas é uma
distorção “do bem”.
A ideia do Estado indutor antecede em muito à industrialização do
País. Na verdade, antecede ao próprio País: ela vem desde o Estado
patrimonialista português e foi transplantada para o Império. O
“nacional-desenvolvimentismo” foi a regra desde a ditadura Vargas até a
ditadura militar.
No início da redemocratização, o Brasil era uma economia fechada, com
forte desequilíbrio fiscal, que se traduziu na hiperinflação. O hiato
veio com o governo FHC, que investiu no equilíbrio fiscal, na abertura
econômica, nas privatizações e nas agências reguladoras. Em seu primeiro
mandato, Lula se comprometeu com essa agenda. Então, a crise financeira
de 2007 serviu de pretexto para restaurar as velhas estratégias
intervencionistas, multiplicadas exponencialmente na gestão Dilma
Rousseff. O Brasil perdeu fragorosamente. Não só a participação da
indústria na economia seguiu em queda livre, como o desequilíbrio fiscal
– maquiado à base de “pedaladas” – escalou. No biênio 2015-16, foram
pelo ralo quase 7% do PIB, deixando um rastro de mais de 14 milhões de
desempregados.
Como sempre, essas políticas foram implementadas sem qualquer cálculo
de seus custos e benefícios nem metas de desempenho. O pensamento
mágico – lapidarmente expresso na fórmula dilmista “gasto é vida” – é
que basta jogar dinheiro em certos setores da indústria, sempre
“estratégicos”, para que o crescimento milagrosamente aconteça. Não
surpreende que o discurso desenvolvimentista seja tão favorecido por
grupos de interesse que clamam ao Estado por proteção. Na prática, isso
cria uma cultura de tolerância com a ineficiência e poupa os
beneficiados de investir na produtividade para enfrentar a competição.
A associação histórica do dirigismo estatal com o autoritarismo
populista, mais do que mera coincidência, é fruto de afinidades
eletivas. Ambos se reforçam mutuamente. Como já disse neste jornal o
cientista político Sérgio Fausto, “a ideologia nacional-estatista é
empregada para justificar a apropriação do Estado por grupos políticos
determinados, o manejo discricionário das políticas e das instituições
públicas e a asfixia da sociedade civil e das instituições” (ver A miséria do nacional-estatismo, 30/6/2013).
Não por acaso, em artigo, também publicado neste jornal, em que
apresentou sua nova política industrial, Lula disse que o CNDI daria
“missões” à indústria (ver Neoindustrializção para o Brasil que queremos,
25/5/23). Tampouco é obra do acaso que o artigo não diga praticamente
nada sobre o papel da defasagem do capital humano e do “custo Brasil” na
defasagem crônica da produtividade do trabalhador e da indústria
brasileiros. A solução populista é sempre jogar dinheiro fácil na
demanda, e nunca o caminho difícil da qualificação da oferta.
Em 1989, o então candidato tucano à Presidência, Mário Covas,
defendeu que o Brasil precisava de “um choque de capitalismo, um choque
de livre iniciativa, sujeita a riscos e não apenas a prêmios”. O que se
viu foi um breve espasmo. Agora, Lula deixa claro que evitará esse
choque a todo custo. O Brasil pode esperar por uma nova rodada de
distribuição de prêmios a grupos de interesse corporativistas,
clientelistas e patrimonialistas. As oportunidades para os 203 milhões
de habitantes ficarão, como é a regra no país dos desenvolvimentismos,
para as calendas.
Programa que ajudará endividados inicia com desnegativação de dívidas
de até R$ 100 reais e renegociação de dívidas bancárias. A próxima
etapa será em setembro com adesão de devedores da Faixa 1.
Começa na próxima segunda-feira (17/7), o programa Desenrola Brasil,
do governo federal, que possibilitará a renegociação de dívidas e tem o
potencial de beneficiar até 70 milhões de pessoas. O programa será
executado em três etapas. As duas primeiras iniciam nesta próxima
segunda: desnegativação de dívidas de até R$ 100 reais e renegociação de
dívidas bancárias podendo beneficiar mais de 30 milhões de pessoas. A
terceira etapa ocorrerá em setembro com adesão de devedores com renda de
até dois salários mínimos ou que estejam inscritos no CadÚnico –
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – e com dívidas
financeiras e não financeiras cujos valores de negativação não
ultrapassem o valor de R$ 5.000,00.
Confira a Portaria nº 733, de 13 de julho de 2023 que estabelece requisitos, condições e procedimentos para adesão ao Desenrola
Nesse primeiro momento, o Desenrola Brasil contemplará pessoas
físicas que têm dívidas bancárias de até R$ 100,00, que serão
desnegativadas pelos bancos. Com isso cairão as restrições da situação
de negativada e a pessoa poderá, por exemplo, se não tiver outras
dívidas negativadas, voltar a pegar crédito ou fazer contrato de
aluguel. Com essa operação, o governo federal considera que pode
beneficiar cerca de 1,5 milhão de pessoas.
Outro grupo beneficiado nessa fase é o de pessoas físicas com renda
de até R$ 20.000,00 e dívidas em banco sem limite de valor – a Faixa 2.
Para essa categoria, os bancos oferecerão a possibilidade de
renegociação de dívidas diretamente com os clientes, por meio de seus
próprios canais.
Estima-se que essa renegociação de dívidas bancárias poderá
beneficiar mais de 30 milhões de pessoas. Os créditos presumidos que
poderão ser utilizados na renegociação dessas dívidas totalizam,
aproximadamente, R$ 50 bilhões. Esse benefício não terá a garantia do
Fundo Garantidor de Operações (FGO). Como estímulo às renegociações, o
governo oferece às instituições financeiras um incentivo regulatório
para que aumente a oferta de crédito.
Programa
O Desenrola Brasil é um programa emergencial elaborado pelo governo
federal, com a Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da
Fazenda, para combater a crise de inadimplência que se abateu sobre o
país com a pandemia e num cenário em que as taxas de juros mudaram
radicalmente de patamar.
Atualmente, o Brasil tem 70 milhões de negativados, potencial de
beneficiários que o Programa Desenrola espera atingir no total. O
objetivo da iniciativa é ajudar as pessoas que se endividaram nesse
contexto. Poderão ser renegociadas as dívidas negativadas nos bureaus de crédito de 2019 até 31/12/2022. A adesão ao programa por credores, beneficiários e bancos é totalmente voluntária.
Confira tambem a Portaria nº 634, de 27 de junho, que regulamentou o Programa Desenrola
Executivo tem recebido sugestões de aplicação de seu orçamento
Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Termina às 22h deste domingo (16) o prazo dado a todo e qualquer
cidadão para apresentar sugestões de políticas públicas e ações
governamentais a serem adotadas pelo governo federal. Por meio da plataforma digital Brasil Participativo,
é possível indicar quais políticas de governo devem ser priorizadas,
bem como apoiar propostas apresentadas por outras pessoas.
Até este sábado (15), mais de 1,28 milhão de pessoas colaboraram com a
iniciativa de consulta participativa instituída pelo Plano Plurianual
(PPA Participativo), o principal instrumento de planejamento
orçamentário de médio prazo do Executivo.
Na plataforma, é possível ao cidadão indicar quais programas
governamentais devem ser priorizados. Além disso, podem ser apresentadas
propostas para o uso do orçamento federal, bem como manifestar apoio a
propostas já apresentadas por outras pessoas. Isso pode ser feito
bastando apenas estar logado em uma conta Gov.br.
Em sua reta final, a plataforma contabiliza 7.677 propostas; mais de
1,35 milhão de votos e quase 3,7 milhões de acessos, em meio a 1.284.386
participantes.
Segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom), nos primeiros
seis meses de gestão, a iniciativa “promoveu um importante espaço de
diálogo e engajamento com a população, permitindo que a sociedade
colaborasse ativamente na elaboração de políticas públicas e na
orientação para a aplicação de recursos governamentais nos próximos
quatro anos (2024/2027)”.
Caravanas
O PPA Participativo teve também consultas presenciais, as chamadas Caravanas do PPA,
com jornadas já concluídas em todas as unidades federativas. O ciclo de
plenárias estaduais mobilizaram aproximadamente 35 mil pessoas nos 27
encontros.
A iniciativa de consulta popular foi citada em diversas oportunidades
pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. “Quem vai
escrever a história do Planejamento vai ser o povo brasileiro. Vamos
colocar no PPA o que o povo quer; e gastar onde o povo precisa. Digam o
que vocês querem para o Brasil”, discursou a ministra em maio, durante a
plenária de Fortaleza.
Edição: Marcelo Brandão
Você será direcionado(a) para o sistema Fala.BR, mas é com a EBC que
estará dialogando. O Fala.BR é uma plataforma de comunicação da
sociedade com a administração pública, por meio das Ouvidorias.
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ao cidadão. Por isso, não se esqueça de incluir na sua mensagem o link
do conteúdo alvo de sua manifestação.
Certa vez, fiz essa pergunta a um era engenheiro civil que eu
conhecia e que havia trabalhado em projetos americanos depois de estudar
na Europa. Sua resposta foi esclarecedora:
Na Alemanha, se as autoridades notarem um número significativo de
acidentes em uma determinada parte da rodovia, eles chamarão um
engenheiro para resolver o problema. Eles redesenham a curva, recuperam o
asfalto, o que for preciso.
Nos EUA, se as autoridades notarem um número significativo de
acidentes em uma determinada parte da rodovia, elas começarão a emitir
muitas multas de trânsito nesse trecho, e isso se tornará uma fonte
constante de receita para a cidade.
Essa resposta é um pouco patética, é claro, mas há alguma verdade
nisso: americanos e alemães têm atitudes diferentes. Isso inclui
atitudes diferentes sobre dirigir, mas também inclui atitudes diferentes
sobre design e engenharia. Os EUA têm uma cultura do Individualista
Robusto: fazemos a estrada como a fazemos e, como motorista, é sua
responsabilidade dirigir com segurança. A culpa é sua se ocorrer um
acidente. A Alemanha tem uma cultura na qual é responsabilidade do
engenheiro pensar cuidadosamente sobre o projeto, antecipar como as
coisas podem dar errado e criar um design que seja lógico, consistente e
que faça sentido no uso diário.
O Brasil também segue os procedimentos dos EEUA, pune o motorista com
multas pela culpa do acidente ou quando este excede a velocidade
determinada aleatoriamente na via através de Radares ao invés de
investigar as causas dos acidentes e procurar melhorar a via, também
instalam Radares onde não existem acidentes só para conseguir receita.
Autobahnen são as estradas alemãs que parecem verdadeiros tapetes.
Além disso, a sinalização é impecável, eficiente e a manutenção está
sempre em dia. Mas, por não ter nenhum limite de velocidade, na Autobahn
você também precisa seguir regras e leis.
O céu é o limite na Autobahn
Para começar, o que torna a Autobahn tão famosa é que alguns trechos
não existe limite de velocidade. Sendo assim, qualquer motorista pode
transitar acima dos 200km/h sem o perigo de receber uma multa por
excesso de velocidade. No entanto, existe uma velocidade recomendada,
que é de 130km/h. Além disso, próximo a locais onde trabalhos estão
sendo realizados, próximo dos perímetros urbanos ou em curvas
consideradas perigosas, existem sim certas restrições claramente
informadas por meio da sinalização local.
Mas, existem regras
Nas rodovias, a Alemanha não impõe limite de velocidade. Mesmo assim,
possui os mais baixos índices de acidentes de trânsito da Europa. De
fato, são as regras rígidas e a organização local que tornam isso
possível. Por exemplo, se for flagrado com o celular na mão ou se
estiver sob o mínimo efeito de drogas ou álcool, não espere
misericórdia. Pelo contrário, a multa pode chegar a €100. Além disso, te
custará um ponto na habilitação. Se houver um acidente, porém, a coisa
ficar pior. Nesse caso, a infração é mais grave e o motorista pode
perder a habilitação.
Menores ao volante na Autobahn
Na Alemanha, menores de idade podem dirigir com uma habilitação
provisória após os 17 anos. No entanto, devem estar sob a supervisão de
um motorista habilitado. Então, após os 18 anos, podem retirar a
carteira de habilitação permanente.
Precisando, é só chamar
Espalhados pelas Autobahnen estão telefones de emergência (Notrufsäulen).
Assim, qualquer motorista em apuros pode solicitar ajuda. Normalmente,
eles ficam a cerca de 2km de distância um do outro. Mas, pelo caminho,
você pode ver sinais que indicam quanto falta para alcançar o próximo.
Aliás, o serviço é tão eficiente que a cada 8 minutos, o centro de atendimento de emergência em Hamburgo recebe uma ligação.
Sorria! Você está sendo filmado
Outra curiosidade nas rodovias da Alemanha é que elas também são
monitoradas por câmeras. Então, se você estiver acima do limite de
velocidade em uma área restrita, vai receber uma foto personalizada. Por
isso, fique atento à sinalização.
Esteja alerta ao dirigir em uma Autobahn
Devido à alta velocidade, é importante que os motorista estejam
alertas a qualquer sinal de desaceleração. Além disso, assim como nas
rodovias do Brasil, ultrapassar pela direita, nem pensar. Aliás, outro
ponto em comum é que a faixa da esquerda é a mais rápida e você deve
deixá-la livre.
Abra caminho
Por outro lado, diferente do Brasil, se em uma situação de emergência
você não der caminho para ambulâncias ou viaturas, você pode ser
multado em até €200 e perder pontos na carteira.
De fato, seguir o bom senso é o primeiro passo para aproveitar a
liberdade na Autobahn sem correr riscos. E essa é uma das muitas
curiosidades sobre a Alemanha.
Empatia, Controle Emocional e Relacionamentos Interpessoais
João Luiz Simões Neto – Escritor
Em seu segundo livro, “Pensando Claramente – Uma Visão da Bondade”,
João Luiz Simões Neto fala sobre autoconhecimento, inteligência
emocional e fragilidade
Na atualidade, marcada por mudanças rápidas e desafios complexos, a
diversidade emerge como um fator essencial para a construção de seres
humanos capacitados em empatia, controle emocional e relacionamentos
interpessoais saudáveis. Reconhecendo a importância de abordar esse tema
crucial, destacamos como a diversidade contribui para o desenvolvimento
individual e coletivo.
Como João Luiz fala, “Inteligência emocional é uma abordagem
difundida originalmente por Daniel Goleman, trazendo à administração a
importância de as pessoas possuírem uma estrutura emocional adequada
para experienciarem conflitos e imprevisibilidades. Um alto grau de
inteligência emocional permite obter melhores resultados, mesmo que
outras características não sejam bem desenvolvidas ou não estejam à
altura do papel que se exige de determinada pessoa num determinado
momento”.
Assim é necessário seguir alguns pilares, como autoconhecimento
emocional (capacidade de reconhecer as próprias emoções, sentimentos e
motivadores quando ocorrem, assim como o seu efeito em outros); o
controle emocional (lidar com os próprios sentimentos, adequando-os a
cada situação vivida); a automotivação (dirigir as emoções a serviço de
um objetivo ou realização pessoa, propensão a perseguir metas com
energia e persistência); empatia (reconhecimento de emoções em outras
pessoas, tratando-as de acordo com sua reação emocional) e habilidade em
relacionamentos interpessoais (interação com outros indivíduos
utilizando competências sociais; habilidade em desenvolver altos níveis
de confiança e de construir redes de relacionamento).
Com essas habilidades bem desenvolvidas, o profissional terá uma alta
capacidade de lidar com problemas, de resistir a pressões
(resiliência), de desafiar e superar obstáculos e de adaptar-se a
mudanças. Essas características compõem o conceito de resiliência, que é
bastante valorizado atualmente nos profissionais em seu ambiente
empresarial. Nessa lista de predicados, o autoconhecimento se destaca
com veemência. Autoconhecimento significa saber como as pessoas
funcionam, o que mais as afeta e como as afeta, em quais situações isso
ocorre, como elas reagem, se bem ou mal. Autoconhecimento é o alicerce
em que os conceitos, pensamentos e atitudes de cada um serão
construídos. Bem desenvolvidos, permitem que cada pessoa consiga
identificar quais são seus pontos fracos e fortes, facilitando a
aprendizagem e o próprio crescimento.
Segundo João Luiz, “é muito importante dizer que o autoconhecimento
fortalece a nossa confiança e autoestima, permitindo que aceitemos ou
tenhamos maior capacidade de interagir com os outros, ajudando-nos a
construir relações mais fortes e saudáveis. Está provado, por meio de
estudos do comportamento humano, que o homem tem capacidade de analisar
seu semelhante até o limite da sua capacidade de autoanálise. Se,
portanto, expandimos esse limite, consequentemente expandiremos o nosso
conhecimento sobre o outro”.
O autoconhecimento permite que cada um compreenda melhor a maneira
como funciona, a qualidade e natureza das próprias ações e reações. Uma
avançada inteligência emocional possibilita que elas também compreendam
melhor a natureza do comportamento e atitudes das outras pessoas. Para
isso, é de fundamental importância a aceitação de que nem todos possuem
ou devem possuir um padrão comportamental idêntico e os mesmos valores.
“Somos diversos”, diz João Luiz Simões Neves. “E existe uma série de
metodologias e ferramentas de análise comportamental que nos ajuda a
entender e a identificar os diversos perfis pessoais existentes na
sociedade”, completa. Tanto as metodologias como os perfis são
exemplificados no livro “Pensando Claramente – Uma Visão da Bondade.
Sobre o Livro
Em “Pensando Claramente – Uma visão da bondade”, o autor mostra que
todos são constantemente bombardeados por informações que impactam seus
pensamentos e forma de interpretar os fatos. Surge, então, a pergunta:
existe critério que permita a todos a qualificar e normatizar qual das
possíveis leituras da realidade é a mais correta? Seria possível afastar
a todos das dissonâncias existentes nas relações humanas e seguir em
direção a uma convergência de pensamento e de ação?
Neste livro, João Luiz Simões Neves mostra que sim. Embora todos
estejam sujeitos a muitas influências e podem escolher como reagir e
como se comportar frente às mais diversas situações. Para fazer a
escolha mais sábia, é preciso direcionar todas as decisões e cuidar da
maturidade de nossas emoções.
O autor explora a importância de qualificar nossos pensamentos a fim
de alcançar nossos sonhos e objetivos, apresentando exemplos práticos e
ferramentas que facilitarão o aprimoramento de sua capacidade de pensar
de forma clara e crítica.
Sobre o autor
João Luiz Simões Neves é economista formado pela Unicamp, com MBA
pela Business School São Paulo e Programa Executivo pela Universidade de
Toronto, possui especializações em análise de sistemas e marketing. Foi
diretor de empresas nacionais e multinacionais, com experiência
profissional no México e na África do Sul. É analista comportamental
especializado nas metodologias Disc e Motivadores da Success Insights e
autor dos livros “Conquistando Resultados Superiores” e “Pensando
Claramente: Uma Visão da Bondade”. Foi ainda vice-presidente da
Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e
Contabilidade.
Realizou projetos voltados à gestão e liderança em inúmeras empresas
de pequeno e grande porte e possui extensa experiência na implementação
de estruturas de governança em diversos tipos de organização, incluindo
empresas de controle familiar. Atualmente, é executivo da Global
Results, consultoria especializada em governança, gestão e gerenciamento
de projetos.
Desde as primeiras criações que impulsionaram a civilização até as
descobertas científicas modernas, essas invenções desempenharam papéis
essenciais no desenvolvimento humano
10 livros sobre as maiores inovações da humanidade
As 10 maiores inovações da humanidade são marcos cruciais que
moldaram o curso da história e revolucionaram nossa forma de viver,
comunicar e interagir com o mundo. Desde as primeiras criações que
impulsionaram a civilização até as descobertas científicas modernas,
essas invenções desempenharam papéis essenciais no desenvolvimento
humano.
ALGUNS IMPACTOS DAS MAIORES INOVAÇÕES DA HUMANIDADE
A roda, por exemplo, permitiu o transporte eficiente e a movimentação de cargas
O telefone revolucionou as comunicações, trazendo pessoas distantes uma para perto da outra
A escrita registrou conhecimentos e informações para as gerações futuras
MAS AFINAL, QUAIS SÃO AS 10 MAIORES INOVAÇÕES DA HUMANIDADE?
Eu separei um livro para cada uma delas. Confira!
5 livros que Elon Musk quer que você leia
10 inovações dos últimos 100 anos que mudaram a sua vida
As 13 inovações com maior impacto na história da humanidade
1- RODA
Livro: “The Wheel: Inventions and Reinventions” por Richard W. Bulliet
Contexto: a roda é uma das invenções mais importantes da história.
Ela permitiu o transporte e a movimentação de cargas de maneira mais
eficiente.
2- ESCRITA
Livro: “The History and Power of Writing” por Henri-Jean Martin
Contexto: a escrita foi fundamental para o desenvolvimento da
comunicação, registro de informações e conhecimentos para as gerações
futuras.
3- ELETRICIDADE
Livro: “The Age of Edison: Electric Light and the Invention of Modern America” por Ernest Freeberg
Contexto: a descoberta e o uso da eletricidade revolucionaram a forma
como vivemos e impulsionaram o progresso tecnológico em diversas áreas.
4- INTERNET
Livro: “The Innovators: How a Group of Hackers, Geniuses, and Geeks Created the Digital Revolution” por Walter Isaacson
Contexto: a internet conectou o mundo de uma maneira sem precedentes —
o que permitiu a troca instantânea de informações, comunicação e o
acesso a uma vasta quantidade de conhecimento.
5- TELEFONE
Livro: “The Telephone Gambit: Chasing Alexander Graham Bell’s Secret” por Seth Shulman
Contexto: o telefone, inventado por Alexander Graham Bell,
revolucionou as comunicações ao permitir a transmissão de voz à
distância.
Homem atendendo o telefone (Foto: Canva)
6- ANTIBIÓTICOS
Livro: “The Demon Under the Microscope: From Battlefield Hospitals to
Nazi Labs, One Doctor’s Heroic Search for the World’s First Miracle
Drug” por Thomas Hager
Contexto: os antibióticos salvaram inúmeras vidas ao combaterem
infecções causadas por bactérias, transformando a medicina e melhorando a
saúde pública.
7- AVIÃO
Livro: “The Wright Brothers” por David McCullough
Contexto: o avião, inventado pelos irmãos Wright, tornou possível o
voo humano e encurtou as distâncias, o que impulsionou a indústria da
aviação e o transporte aéreo.
8- VACINAÇÃO
Livro: “The Vaccine Race: Science, Politics, and the Human Costs of Defeating Disease” por Meredith Wadman
Contexto: a vacinação tem sido uma das intervenções médicas mais
eficazes. Ela previne doenças e salva milhões de vidas ao longo da
história.
9- ENERGIA NUCLEAR
Livro: “Nuclear Energy: What Everyone Needs to Know” por Charles D. Ferguson
Contexto: a energia nuclear é uma fonte de energia poderosa e
controversa, com aplicações que vão desde a geração de eletricidade até a
medicina e a pesquisa científica.
10- IMPRESSÃO
Livro: “The Gutenberg Revolution: How Printing Changed the Course of History” por John Man
Contexto: a invenção da prensa de impressão por Johannes Gutenberg
permitiu a produção em massa de livros, o que democratizou o acesso ao
conhecimento e facilitou a disseminação de ideias.
POR QUE IMPORTA?
Essas inovações tiveram um impacto econômico significativo. Elas
impulsionaram o crescimento de indústrias, criaram novas oportunidades
de emprego e estimularam o comércio global.
O que é marketplace e por que investir nessa plataforma
ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech
Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer
compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele
funciona na compra e venda de produtos.
Afinal, o que é marketplace?
O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.
Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto
específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar
as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de
comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir
outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.
Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de
marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e
segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar
produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento
unificado.
Os principais marketplaces do Brasil
A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto
No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a
plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações
digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.
Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas,
Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C,
estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas
dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.
Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma
Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais
Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através
de sua divulgação online.
Como escolher o marketplace ideal para sua loja
Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja,
definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é
fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de
decidir onde incluir sua marca:
Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão
sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que
determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor
atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais
anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará
uma comissão maior.
Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.
Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial
identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.
Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.
Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que
já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para
competir com os ofertados por elas.
Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.
Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus
resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas
promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na
entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento
ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar
naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se
de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e
pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já
cadastradas.
Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.
Vantagens do marketplace
A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.
Para o consumidor
Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;
Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.
Para o lojista
Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;
Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de
vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário
pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na
abertura de uma loja física ou online.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Para o Marketplace
Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;
Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que
reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo
para fidelizar clientes.
Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e
proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal
procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos
ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que
realizamos.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (App)
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O adiamento de dívidas judiciais da
União, aprovado em 2021 por meio da PEC (proposta de emenda à
Constituição) dos Precatórios, pode gerar uma bomba fiscal de até R$
199,9 bilhões a ser paga em 2027, alerta o Tesouro Nacional.
O baque sobre as contas é tão grande que o próprio órgão assume que
“haverá excepcionalização futura dessa despesa do limite de gastos a
partir de 2027”. Na prática, o Tesouro sugere excluir os precatórios do
novo arcabouço fiscal, o que demandaria a aprovação de uma nova emenda à
Constituição.
Sem alterações, o problema aparecerá já em 2026, ano eleitoral,
quando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tiver de apresentar
sua proposta de Orçamento para o ano seguinte, indicando como essa
fatura será paga.
“Caso não haja mudança nas regras atuais, o pagamento desse passivo
deverá novamente se submeter ao limite de despesas, comprimindo o espaço
para a execução das despesas discricionárias”, afirma o Tesouro no
Relatório de Projeções Fiscais do 1º semestre de 2023.
Aprovada em 2021, a PEC dos Precatórios foi a saída costurada pelo
governo de Jair Bolsonaro (PL) para conseguir honrar benefícios
previdenciários, irrigar emendas parlamentares e ampliar os gastos
sociais em 2022, ano eleitoral, sem esbarrar nas travas do teto de
gastos regra fiscal que limita o crescimento das despesas à inflação e
que foi alterada sucessivas vezes na administração passada.
Uma das medidas centrais da proposta era o parcelamento dos
precatórios, viabilizado por meio da criação de um limite anual para o
pagamento desses débitos, válido até 2026. O valor excedente seria
postergado para o ano seguinte, criando uma espécie de fila desses
títulos.
À época da proposta, o então ministro Paulo Guedes (Economia) disse
que o governo precisava se defender do “meteoro” de R$ 89 bilhões em
precatórios previstos para 2022, o que ameaçava a continuidade de
políticas públicas. A fatura dessas dívidas quase dobrou em relação a
2021.
Já especialistas de fora do governo foram taxativos ao classificar a
iniciativa de “PEC do Calote”, dado que os valores devidos são
incontroversos, ou seja, ao governo federal cabe apenas pagá-los
conforme determinado pelas autoridades judiciárias.
Em 2022, primeiro ano de vigência da regra, o governo adiou R$ 21,9
bilhões em dívidas judiciais não pagas, e as estimativas do Tesouro
indicam o risco de isso se tornar uma bola de neve.
A aposta do governo para evitar esse desfecho era o chamado encontro
de contas, no qual os credores da União poderiam usar os precatórios
como uma espécie de moeda de troca para abater dívidas tributárias ou
fazer lances em leilões de concessão ou privatização.
As modalidades de acordo foram previstas na emenda constitucional,
mas não decolaram em meio à insegurança jurídica alegada pelo governo
Lula para aceitar esses créditos. O uso dos precatórios em concessões,
por exemplo, foi suspenso pela AGU (Advocacia-Geral da União), que
recomendou aos órgãos da administração pública federal aguardar a
pacificação do tema.
Sem sinais concretos de avanço nas negociações, a estimativa do
Tesouro sobre o tamanho do esqueleto dos precatórios desconsidera as
opções de redução do passivo, como encontro de contas ou acordos de
pagamento antecipado com desconto de 40%.
Trata-se de uma demonstração de cautela ou até ceticismo quanto à
possibilidade de esses instrumentos ajudarem a resolver o problema. O
relatório anterior do órgão assumia que, entre 2023 e 2026, 18% desse
estoque seria pago por acordo com descontos e 23% seriam usados para
quitação de débitos ou outorgas.
Nas projeções do Tesouro, a regularização do passivo mediante o
pagamento aos credores deve provocar um impacto significativo nas
contas. A fatura equivale a 1,4% do PIB (Produto Interno Bruto).
Mesmo com uma trajetória fiscal mais benigna, em que o ministro
Fernando Haddad (Fazenda) seja bem-sucedido em seu plano para
impulsionar a arrecadação, a quitação dos precatórios deve provocar um
déficit de 1,1% do PIB em 2027. Em um cenário mais pessimista, sem
receitas extras, o rombo poderia chegar a 2% do PIB.
Uma possibilidade seria usar eventual excedente em relação às metas
fiscais dos próximos anos para abater parte do passivo, mas isso depende
de um bom desempenho das receitas do governo.
Iniciativas do tipo são de curto prazo e ultrapassadas; foco do governo deveria ser plano robusto de reindustrialização
Por Adriana Fernandes
O presidente Lula cobrou
dos seus ministros da área econômica uma “aberturazinha” para a criação
de um programa de incentivos para baratear o custo dos eletrodomésticos da linha branca, como geladeira e máquina de lavar roupa. Um dia depois, desconversou: disse que era uma insinuação.
A primeira fala era claramente uma tentativa de fazer um aceno ao setor de varejo,
que está irritadíssimo com a decisão do governo de isentar a cobrança
do Imposto de Importação para as compras de até US$ 50 (R$ 238) em
plataformas de vendas de e-commerce estrangeiras, como a Shein,
Aliexpress e Shopee.
A concessão da isenção teve a digital do presidente e não era uma
medida de interesse da equipe do ministro Fernando Haddad, que busca o
aumento da arrecadação. Os varejistas nacionais ficaram indignados com o
tratamento tributário diferenciado, que os coloca em desvantagem. Eles
ameaçam com demissões e podem recorrer à Justiça.
Agora, o caso dos eletrodomésticos é um mais um dos episódios do
“vale a pena ver de novo” do governo Lula de programas ruins. Os
governos Lula e Dilma Rousseff fizeram esse tipo de programa não só com
carros e o fôlego é sempre de curto prazo. Dilma lançou o Minha Casa
Melhor, um programa de crédito para mobiliar a casa.
Na época, reportagem do Estadão revelou que a Caixa
ignorou análises feitas pela sua própria área técnica ao bancar o
programa que já nasceu deficitário. Na prática, o banco público estava
subsidiando um programa de governo, o que é vedado pela Lei de
Responsabilidade Fiscal — a não ser que o subsídio seja explícito e pago
com recursos orçamentários.
Além do atraso desse tipo de política, que não deveria nem estar
sendo cogitada, a simples menção do presidente em fazer o programa já
interfere no mercado e pode travar vendas.
Discutir incentivo para um setor específico no meio da batalha da
reforma tributária no Congresso, quando o governo quer barrar a pressão
por mais exceções, não é um bom sinal.
O que o governo precisa é apresentar logo um plano robusto de
reindustrialização do País. Gastar energia e dinheiro dos contribuintes
com esses programas ultrapassados não ajuda nesse caminho.
Nem um minuto a mais deveria ser desperdiçado com esse tipo de
programa de curto prazo e velho. Quase sete meses depois do início do
mandato Lula 3, o governo ainda continua devendo as medidas para
impulsionar a chamada neoindustrialização, como Lula e o vice-presidente
Geraldo Alckmin pregaram em artigo publicado no Estadão há dois meses. O tempo está correndo.
Milhares de civis ucranianos estão sendo
detidos em toda a Rússia e nos territórios ucranianos que Moscou ocupa,
em lugares que vão desde novas alas em prisões russas até porões úmidos
Por Lori Hinnant, Hanna Arhirova e Vasilisa Stepanenko – Jornal Estadão
AP – Os civis ucranianos acordaram muito antes do amanhecer no frio
intenso, fizeram fila para o único banheiro e foram carregados sob a
mira de uma arma. Eles passaram as próximas 12 horas ou mais cavando
trincheiras nas linhas de frente para os soldados russos.
Perto dali, na região ucraniana ocupada de Zaporizhzhia, outros civis
ucranianos cavaram valas comuns no solo congelado para outros
prisioneiros que não sobreviveram. Um homem que se recusou a cavar foi
baleado no local.
Milhares de civis ucranianos estão sendo detidos em toda a Rússia e
nos territórios ucranianos que Moscou ocupa, em lugares que vão desde
novas alas em prisões russas até porões úmidos. A maioria não tem status
sob a lei russa.
E a Rússia está planejando manter possivelmente milhares mais. Um
documento do governo russo obtido pela Associated Press datado de
janeiro delineou planos para criar 25 novas colônias prisionais e seis
outros centros de detenção na Ucrânia ocupada até 2026.
Além disso, o presidente russo, Vladimir Putin,
assinou um decreto em maio permitindo que a Rússia envie pessoas de
territórios que estão sob lei marcial, que inclui todo o território
ucraniano que está ocupado pelos russos, para aqueles sem, como a
Rússia. Isso facilita a deportação de ucranianos que resistem à ocupação
russa, o que aconteceu em vários casos documentados pela AP.
Muitos civis são presos por supostas transgressões tão pequenas
quanto falar ucraniano ou simplesmente ser um jovem em uma região
ocupada, e muitas vezes são detidos sem acusações. Outros são acusados
de terrorismo ou de atividades contrárias a “operação militar especial”.
Centenas são usadas para trabalho escravo pelos militares da Rússia,
para cavar trincheiras e outras fortificações, bem como valas comuns.
A tortura faz parte da rotina, incluindo choques elétricos repetidos,
espancamentos e sufocamento simulado. Muitos ex-prisioneiros disseram à
AP que testemunharam mortes. Um relatório das Nações Unidas do final de
junho documentou 77 execuções sumárias de civis cativos e a morte de um
homem devido à tortura.
A Rússia não reconhece a detenção de civis, muito menos suas razões
para fazê-lo. Mas os prisioneiros servem como futura moeda de troca em
troca de soldados russos, e a ONU disse que há evidências de civis sendo usados como escudos humanos perto das linhas de frente.
A AP conversou com dezenas de pessoas, incluindo 20 ex-detentos,
ex-prisioneiros de guerra, famílias de mais de uma dúzia de civis
detidos, dois funcionários da inteligência ucraniana e um negociador do
governo. Seus relatos, bem como imagens de satélite, mídias sociais,
documentos do governo e cópias de cartas entregues pela Cruz Vermelha, confirmam um sistema russo de detenção e abuso de civis em ampla escala que viola diretamente as Convenções de Genebra.
Prisioneiros invisíveis
O novo prédio no complexo da Colônia Prisional nº 2 tem pelo menos
dois andares de altura, separado da prisão principal por uma parede
grossa.
Esta instalação na região de Rostov, no leste da Rússia, aumentou
desde o início da guerra em fevereiro de 2022, de acordo com imagens de
satélite analisadas pela AP. Ele poderia facilmente abrigar as centenas
de civis ucranianos que supostamente estão detidos lá, de acordo com
ex-prisioneiros, famílias dos desaparecidos, ativistas de direitos
humanos e advogados russos.
O prédio em Rostov é um dos pelo menos 40 centros de detenção na Rússia e na Belarus,
além dos 63 improvisados em território ucraniano ocupado onde civis
ucranianos são mantidos, de acordo com um mapa da AP construído com
dados de ex-prisioneiros e organizações de direitos humanos.
A natureza obscura do sistema torna difícil saber exatamente quantos
civis estão detidos. O governo da Ucrânia conseguiu confirmar detalhes
legais de pouco mais de 1.000 acusados.
Pelo menos 4.000 civis estão detidos na Rússia e pelo menos o mesmo
número está espalhado pelos territórios ocupados, de acordo com Vladimir
Osechkin, um ativista de direitos humanos russo que está exilado de
Moscou. Osechkin mostrou à AP um documento do governo russo de 2022
dizendo que 119 pessoas “opostas à operação militar especial” na Ucrânia
foram transferidas de avião para a principal colônia prisional na
região russa de Voronezh. Muitos ucranianos posteriormente libertados
pela Rússia também descreveram transferências de aviões.
Artem Baranov, um guarda de segurança, e Yevhen Pryshliak, que
trabalhava em uma usina de asfalto local com seu pai, eram amigos há
mais de uma década. O relacionamento deles foi consolidado quando ambos
compraram cachorros durante a pandemia de coronavírus, de acordo com a
esposa de Baranov, Ilona Slyva. Suas caminhadas noturnas continuaram
mesmo depois que a Rússia tomou sua cidade natal, Nova Kakhovka.
A caminhada deles ocorreu tarde da noite de 15 de agosto, e Pryshliak
decidiu ficar no apartamento de Baranov em vez de correr o risco de ser
pego quebrando o toque de recolher russo. Mais tarde, os vizinhos
contaram à família que 15 soldados russos armados invadiram, saquearam o
apartamento e prenderam os homens.
Por um mês, eles ficaram na prisão local, com condições relaxadas o
suficiente para que Slyva pudesse falar com Pryshliak através da cerca.
Baranov, ele disse a ela, não poderia sair.
Um mês se passou e as famílias souberam que os homens haviam sido
transferidos para uma nova prisão em Sebastopol, na Crimeia. Então a
trilha ficou escura.
Mais quatro meses se passaram. Então recebeu um telefonema da família
de um homem que eles nunca conheceram, mas logo conheceriam bem: Pavlo
Zaporozhets.
Zaporozhets, um ucraniano da região ocupada de Kherson acusado de
terrorismo internacional, dividia uma cela em Rostov com Baranov. Desde
que ele enfrentou acusações, ele tinha um advogado.
Baranov escreveu que foi acusado de espionagem. Ele foi detido em
agosto e a Rússia anexou ilegalmente as regiões apenas em outubro.
“Quando ele foi detido, ele estava em seu próprio território
nacional”, disse ela. “Eles pensaram e pensaram e inventaram um processo
criminal contra ele por espionagem.”
As Convenções de Genebra proíbem a detenção arbitrária ou a
deportação forçada de civis e afirmam que os detidos devem ter permissão
para se comunicar com seus entes queridos, obter aconselhamento
jurídico e contestar as acusações contra eles. Mas primeiro eles devem
ser encontrados.
Escravos nas trincheiras
Centenas de civis acabam em um lugar possivelmente ainda mais perigoso que as prisões: as trincheiras da Ucrânia ocupada.
Lá, eles são forçados a construir trincheiras para soldados russos,
de acordo com várias pessoas que conseguiram deixar a custódia russa.
Entre eles estava Olena Yahupova, uma administradora civil de 50 anos
detida em outubro de 2022 na região de Zaporizhzhia, possivelmente por
ser casada com um soldado ucraniano.
De acordo com a lei humanitária internacional, Olena Yahupova é uma
civil – definição para qualquer pessoa que não seja membro ativo ou
voluntário das forças armadas. Violações documentadas da lei constituem
um crime de guerra e, se generalizadas e sistemáticas, “também podem
constituir um crime contra a humanidade”.
Eles foram atrás de Yahupova na casa dela em outubro. Em seguida,
exigiram que ela revelasse informações sobre o marido, tapando o rosto
com um saco plástico, batendo na cabeça dela com uma garrafa d’água
cheia e apertando um cabo em volta do pescoço.
Eles também a arrastaram para fora da cela e a levaram de carro pela cidade para identificar moradores pró-ucranianos.
Três meses depois, sem explicação, Yahupova foi novamente puxada para
fora de sua cela. Desta vez, ela foi levada a um posto de controle
deserto, onde outra equipe de notícias russa esperava. Ela recebeu
ordens de dar as mãos a dois homens e caminhar cerca de 5 metros em
direção à Ucrânia.
Os três ucranianos foram gravados diversas vezes para mostrar que a
Rússia estava libertando os civis ucranianos sob sua custódia.
Exceto que, no final da última tomada, soldados russos os colocaram
em um caminhão e os levaram até uma trincheira próxima. Um colocou pás
em suas mãos.
E assim Yahupova acabou cavando trincheiras até meados de março com
mais de uma dúzia de civis ucranianos, incluindo empresários, um
estudante, um professor e trabalhadores de serviços públicos. Ela podia
ver outros ucranianos à distância, com guardas armados parados sobre
eles. A maioria usava uniformes e botas militares russos e vivia com
medo de que a artilharia ucraniana os confundisse com o inimigo.
Quando Yahupova voltou para casa depois de mais de cinco meses, tudo
havia sido roubado. Seu amado cachorro havia sido baleado. Sua cabeça
doía, sua visão estava embaçada e seus filhos – há muito fora dos
territórios ocupados – insistiram para que ela fosse embora.
Ela viajou milhares de quilômetros pela Rússia para voltar a linha de
frente na Ucrânia, onde se reuniu com o marido servindo nas forças
ucranianas. Anteriormente casados em uma cerimônia civil, os dois se
casaram desta vez na igreja.
Agora segura em território ucraniano, Yahupova quer testemunhar
contra a Rússia. Ela ainda toca reflexivamente a parte de trás da
cabeça, onde a garrafa a atingiu repetidamente.
“Eles roubaram não só de mim, roubaram de metade do país”, disse ela.
“Consegui sobreviver a isso”, disse ela, depois de um dia na sala de
aula com seus alunos. “Há tantos casos em que as pessoas não voltam.”/AP
Júri especializado avaliou 13 marcas de cerveja puro malte vendidas nas redes de supermercado, confira o ranking
Por Redação Paladar – Jornal Estadão
Todo brasileiro se acha um pouco sommelier de cerveja, não é mesmo?
Cada um tem a sua favorita da vida ou, ao menos, a queridinha de uma
temporada de verão. Se há alguns anos contavam-se nos dedos das mãos as
marcas disponíveis nas prateleiras, hoje temos cerveja de sobra para
escolher. De procedência, tipo, cor e teor alcóolico variados.
De acordo com o SINDICERV (Sindicato Nacional da Indústria da
Cerveja), o Brasil ocupa o terceiro lugar na lista dos maiores
fabricantes de cerveja do mundo, com a marca de 15,4 bilhões de litros
produzidos anualmente com base em cálculos realizados em 2022. Os dois
primeiros lugares ficam com a China e com os EUA.
PURO MALTE
No teste de Paladar, foram escolhidas 13 marcas de cerveja puro malte
vendidas nas redes de supermercado. Na definição do sommelier de
cervejas Guto Procópio, um dos jurados convidados por Paladar para esta
degustação, uma cerveja com o “selo” de puro malte no rótulo é aquela
que leva malte de cevada em sua composição. Trata-se de uma cerveja que
não substitui o malte de cevada por outro tipo de açúcar, como o açúcar
cervejeiro, o arroz ou o milho. “Isso define qualidade?”, questiona
Guto. “Não, ela pode ser uma puro malte ruim ou boa, mas sempre
esperamos mais intensidade em uma bebida com essa denominação”.
QUEM É QUEM?
Todo teste de Paladar começa com a escolha dos experts que irão
avaliar alimentos, bebidas ou equipamentos de uso culinário. Para
avaliar 13 das marcas mais populares de cerveja puro malte do mercado,
convidamos um time de cinco sommeliers de cerveja: Edu Passarelli,
professor do Instituto da Cerveja Brasil e dono do Escarcéu Bar; Bia
Amorim, editora da @farofamagazine; Junior Bottura, mestre cervejeiro,
fundador da @cervejaavos; Guto Procópio, sócio da @cervejariavaia e do
@letsbeer, locação escolhida para este teste de Paladar, e Julia Leme,
consultora de hospitalidade e gestão de restaurantes e bares.
Reunimos os cinco em uma tarde de segunda-feira para provar e avaliar às cegas cada uma das marcas (o vídeo dos bastidores da degustação já está no nosso canal no YouTube).
O teste foi realizado marca por marca. Ou seja, cada jurado
experimentava, em pequenas doses, uma marca de cerveja por vez. A bebida
chegava gelada à mesa e depois era reservada para ser provada em
temperatura ambiente, o que evidencia eventuais “defeitos” da cerveja.
TESTE DE RESISTÊNCIA
“As marcas de cerveja testadas foram feitas para serem consumidas
muito geladas”, explica Edu Passareli. “Quando a prova é feita com a
bebida em temperatura ambiente, temos indicativos mais claros das
características de cada uma delas”.
A sommelier Bia Amorim explicou durante o teste que os jurados
procuram os defeitos para que o consumidor, posteriormente, só encontre
coisa boa no mercado. O mestre cervejeiro Junior Bottura completa
dizendo que a data de validade do produto também é fator de qualidade
que vale ser levado em conta: quanto mais nova a cerveja, melhor.
Foram avaliadas características como cor, estabilidade de espuma,
brilho, aroma e, claro, sabor. Os jurados davam notas de 0 a 10 para
cada categoria avaliada. A nota média das cervejas avaliadas ficou entre
6,44, a cerveja menos desejada da avaliação, e 8,96, média da cerveja
eleita como a melhor pelo time de jurados.
AS MELHORES CERVEJAS PURO MALTE DO MERCADO
PRIMEIRO LUGAR – SPATEN
SEGUNDO LUGAR – AMSTEL
TERCEIRO LUGAR – IMPÉRIO
AS 13 MARCAS NA AVALIAÇÃO DOS JURADOS
AMSTEL (R$ 3,72, 350ml) – A segunda colocada no ranking foi avaliada
como uma bebida com notas aparentes de malte e nota floral de lúpulo bem
presente. Uma cerveja com leve oxidação, sabor equilibrado que remete a
pão. Amargor presente, delicado e muito agradável.
BOHEMIA (R$ 3,29, 350ml) – Uma bebida de baixo amargor. Aroma
agradável e levemente floral, indicando a presença do lúpulo. Uma
cerveja equilibrada, com leve oxidação e final doce.
BRAHMA (R$ 3,36/ 350ml)- Uma bebida com defeitos perceptíveis no
aroma, com sinais de oxidação e sabor desagradável. Na boca, sabor tem
amargor prolongado.
CERPA PRIME (R$ 5,79, 350ml) – No quesito sabor, a cerveja foi
avaliada como doce e sem grandes defeitos. Presença de malte bem
marcante, lembrando casca de pão. A coloração foi avaliada como dourada e
bastante translúcida. Faltou lúpulo para ficar perfeita. Espuma branca
com boa retenção
EISENBAHN (R$ 5,21/ 350ml)- Cerveja levemente frutada, de amargor
agradável. Aroma que remete a biscoito. Sabor levemente metalizado,
oxidação presente, final seco e agradável. A presença do malte é
evidente na bebida. Uma cerveja boa, mas não excelente.
HEINEKEN (R$ 5,00/ 350ml) – Para o nosso time de jurados, a cerveja
apresentou leve oxidação, baixo teor alcoólico e final adstringente. Uma
bebida visualmente quase perfeita. Sabor de malte muito suave e amargor
prolongado e indesejado no retrogosto.
IMPERIO (R$ 2,70/ 269ml) – A terceira colocada no ranking apresenta,
na opinião dos jurados, aroma de lúpulo e malte adequados. Aroma
agradável, que remete a fermento de pão e biscoito cream-cracker. Uma
bebida leve e equilibrada. Uma leve acidez que deixa a cerveja mais
fácil de beber. Final limpo.
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ITAIPAVA (R$ 3,25/ 350ml)- Cerveja muito leve e bem carbonatada. Leve
aroma de manteiga. Na boca, sensação de cereal tostado agradável, falta
um pouco de amargor, mas ele é presente.
ORIGINAL (R$ 3,75/ 350ml)- Os jurados identificaram um aroma leve de
grãos, sabor muito leve e pouco atraente. Uma cerveja leve, com final
limpo e agradável. Na boca, apresenta bastante oxidação. Alguns ainda
identificaram a falta de um amargor desejável.
PETRA (R$ 3,19, 350ml) – A bebida foi avaliada como bastante leve,
com um leve toque de maçã, proveniente da fermentação. Retrogosto quase
doce, aroma que lembra maçã verde. Para os jurados, faltou amargor e
sabor de malte. Espuma com alta formatação, mas baixa retenção.
STELLA ARTOIS (R$ 4,38/ 350ml)- Cerveja de amargor agradável e bem
balanceada. Alguns jurados identificaram aroma desagradável, porém
volátil. Sabor leve, para ser consumida bem gelada.
SPATEN (R$ 4,65/ 355ml) – A campeã entre as cervejas avaliadas pelos
jurados convidados por Paladar apresentou sensação agradável de
biscoito. Uma bebida leve, fácil de beber, com boa estabilidade de
espuma; amargor baixo, mas aparente. Uma cerveja mais fresca do que o
esperado para um produto comercial. Equilibrada, com notas de cereais e
levemente frutada. Ótima formatação e retenção.
SKOL (R$ 3,23/ 350ml) – Os jurados avaliaram a cerveja como bastante
oxidada no paladar. Falta frescor, cor deixa a desejar. Baixa sensação
de amargor aparente. Apesar de bastante translúcida e clara, uma bebida
suave demais, vazia.