Alvo do fogo amigo do PT e da desconfiança
dos investidores, ministro da Fazenda termina 1º semestre com checklist
do cronograma econômico praticamente entregue
Por Adriana Fernandes – Jornal Estadão
BRASÍLIA – As imagens de Fernando Haddad tocando ao violão a música
“Blackbird”, dos Beatles mostram um ministro da Fazenda descontraído e,
porque não dizer, aliviado. A letra da música diz: “você estava só
esperando por esse momento para se erguer”.
Alvo do fogo amigo do PT nos primeiros meses do governo Lula e da
desconfiança dos investidores do mercado, Haddad terminou o primeiro
semestre com o checklist do cronograma de medidas desenhado por sua
equipe praticamente entregue: primeiro pacote de medidas de ajuste,
reoneração dos combustíveis, definição da meta de inflação, agora
contínua, em 3%, indicação dos novos diretores para o Banco Central,
redução dos juros a caminho, projetos do novo arcabouço fiscal e das
mudanças do Carf – o tribunal administrativo para julgar recursos dos
contribuintes contra decisões da Receita – encaminhados.
O próprio ministro fez o diagnóstico, durante entrevista ao podcast “O Assunto”, da jornalista Natuza Nery da GloboNews, que a fritura diminuiu. “O fogo diminuiu. Eu estou me sentindo menos na frigideira do que eu estava três meses atrás”,
reconheceu numa fala sincera e pouco usual para ministros da Fazenda,
que não gostam de ser revelar em público na mira de ataques.
Haddad se sentiu até mesmo confortável para dizer que “dá a real” ao
presidente. “Dou a real, sempre. As audiências mais difíceis são as que
têm decisões difíceis a serem tomadas com repercussões não desejáveis”,
disse.
Mas, por trás de todo esse “frufru” em torno da imagem de Haddad
tocando violão numa cadeira de ministro, a principal e mais importante
fala de Haddad na entrevista foi o que ele disse sobre a proposta
reforma do Imposto de Renda.
Para entrar em vigor em 2024, essas medidas precisão estar aprovadas
até o final do ano. É que a legislação do Imposto de Renda tem uma regra
que diz que, para aumentar imposto, o início da vigência só pode
acontecer no ano seguinte, para os contribuintes se prepararem.
Haddad deu esse sinal combinado com o presidente da Câmara, Arthur
Lira (PP-AL). É ai que o embate econômico vai pegar. O Congresso não
quer saber de aumento de carga tributária e o ministro precisa botar
dinheiro no cofre do Tesouro para cumprir a meta de zerar o déficit das
contas públicas em 2024.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O comandante do Exército, general Tomás
Paiva, liderou uma comitiva brasileira para a Alemanha para tentar
retomar a importação de uma peça usada para a fabricação do blindado
Guarani principal veículo militar produzido no Brasil.
Desde fevereiro, a Alemanha tem embargado o envio de uma caixa de
transmissão usada na fabricação do blindado. A razão seria um contrato
para compra de 28 unidades do veículo militar firmado entre o Brasil e
as Filipinas, país que sofre sanções alemãs por violação aos direitos
humanos.
O veto, porém, acabou afetando toda a fabricação do blindado Guarani pela Iveco, em Sete Lagoas (MG).
Para não paralisar a produção, uma empresa brasileira foi contratada
em março para entregar caixa de transmissão semelhante. A peça foi
apelidada de “genérica” entre generais ouvidos pela reportagem, e não se
sabe ao certo o impacto que a mudança na fabricação pode causar ao
desempenho do blindado.
O assunto foi tratado entre Tomás e o embaixador do Brasil em Berlim,
Roberto Jaguaribe, na primeira reunião que o comandante do Exército
teve em solo alemão, na semana passada.
A Força informou que a viagem tinha como objetivo “estreitar os laços
entre a Força Terrestre do Brasil e sua contraparte alemã e explorar,
em conjunto com a nação amiga, oportunidades presentes e futuras de
projetos e de desenvolvimento de soluções voltadas para a Defesa”.
Tomás encontrou ainda o inspetor do Exército alemão, general Alfons
Mais, e visitou o Centro de Simulação de Combate, em Gardelegen. A Força
brasileira quer usar o espaço como referência para aperfeiçoar os
campos de instrução no Brasil, mas os projetos esbarram em questões
orçamentárias.
O blindado Guarani começou a ser produzido pelo Brasil há uma década.
Nos últimos anos, passou a ser o principal veículo militar a ser
negociado com outros países, apesar de as exportações ainda estarem
aquém do esperado pelo Exército.
O veículo possui seis rodas, leva até 11 militares e pode ser
pilotado tanto sobre a terra quanto sobre a água. Ele é resistente a
tiros de fuzil e explosões de granada, chega a 110 km/h e pode ser
equipado com metralhadoras e canhões.
A Ucrânia chegou a solicitar ao Brasil, em 27 de abril, autorização
para importar até 450 blindados Guarani, para serem usados para
transporte e ambulância na guerra.
“Solicitamos vossa autorização para que sejam negociados os referidos
veículos, que serão comprados por meio de fundos especiais de países
amigos que compreendem e compartilham nossa necessidade imediata e dor”,
escreveu o adido de Defesa da Ucrânia, coronel Volodimir Savtchenko, em
ofício ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
O governo Lula (PT) negou a solicitação.
O veto da Alemanha à exportação dos blindados brasileiros às
Filipinas foi visto, inicialmente, como uma retaliação ao Palácio do
Planalto. O embargo havia sido anunciado dias após o presidente negar a
venda de munição de tanques para Berlim. O destino final das cargas era a
Ucrânia, para uso na guerra contra a Rússia.
As munições faziam parte de um pacote de ajuda da Alemanha para a
Ucrânia. O país europeu compraria R$ 25 milhões em munições para os
tanques Leopard-1, blindados usados por ucranianos e brasileiros.
A negativa do Brasil deveu-se à posição de neutralidade que o governo Lula decidiu adotar diante do conflito no leste europeu.
O Planalto e o Itamaraty mantêm relações com Moscou e condenam tanto a
invasão quanto o regime de sanções imposto pelo Ocidente aos russos.
O embargo, porém, faz parte de uma decisão de Berlim de impedir
pressionar o governo filipino a adotar nova postura diante de casos de
violações dos direitos humanos. Como sanção, a Alemanha decidiu vetar o
fornecimento de material de defesa o que envolve até itens de
fabricação alemã utilizados em equipamentos produzidos em outros países.
Caso semelhante ocorreu com a Embraer. Em 2020, a empresa brasileira
fechou um contrato com a Filipinas para a venda de seis aeronaves A-29
Super Tucano, que têm peças alemãs.
A Alemanha vetou a venda dos aviões com seus componentes para as
Filipinas à época, e a Embraer buscou outras soluções para entregar as
aeronaves dentro do prazo estipulado pelo contrato.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um especialista espanhol usou as
informações públicas sobre a implosão do Titan, submarino que levava
turistas para ver os destroços do Titanic, para reconstruir o que pode
ter acontecido no dia 28 de junho, domingo em que o veículo desapareceu
105 minutos depois de começar a descida, na costa nordeste do Canadá.
Segundo José Luis Martín, engenheiro que trabalhou em um submarino
turístico, os dados divulgados indicam que em uma profundidade de cerca
de 1.700 metros, uma falha elétrica afetou os mecanismos que davam
estabilidade ao Titan fator chave para esse tipo de veículo.
Sem a propulsão que o mantinha na posição correta, o submarino pendeu
na direção em que a tripulação estava e caiu verticalmente, “como uma
pedra”, no oceano durante 48 a 71 segundos. Nessas circunstâncias, o
piloto não teria conseguido acionar a alavanca de segurança que,
segundo o engenheiro, não era adequada. O relatório foi produzido a
pedido da revista espanhola Nius.
Foram 900 metros de queda que sujeitaram o veículo a um aumento
súbito de pressão. “O casco sofreu uma contração instantânea que não foi
acompanhada pelo material da janela, que era de outra natureza, e ao
não haver semelhança de deformação, se produziu uma microfissura que
permitiu a entrada de água a tal pressão que gerou uma implosão
instantânea”, disse Martín à publicação.
A OceanGate, empresa que criou o submarino e operava a expedição para
ver os destroços do navio que afundou em 1912, foi alertada sobre a
insegurança de seu maquinário, mas discordou das críticas. Por se tratar
de uma inovação, justificou a companhia, o empreendimento não atenderia
aos padrões atuais de certificação.
O presidente da empresa, Stockton Rush, estava a bordo do veículo que
sofreu uma “implosão catastrófica”, segundo a Guarda Costeira dos EUA,
matando ele e outros quatro passageiros. As outras vítimas são o
bilionário britânico Hamish Harding, 58, presidente-executivo da empresa
Action Aviation, o empresário paquistanês Shahzada Dawood, 48,
vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman Dawood, 19, e
o francês Paul-Henri Nargeolet, 77, mergulhador especialista no
Titanic.
O submersível Titan era dirigido por um controle semelhante ao de
videogames, e seu interior era apertado e simples. Rush chegou a dizer à
emissora americana CBS que o veículo não exigia muita habilidade para
condução. O submersível tinha apenas um botão, que mudava de vermelho
para verde quando era acionado, e vice-versa.
O desaparecimento desencadeou uma operação de resgate que contou com
veículos, equipamentos e pessoal de diversos países, levando à
repercussão em todos os principais veículos de imprensa do mundo. Os
destroços foram encontrados no dia 22 de junho, quatro dias depois do
desaparecimento.
A Guarda Costeira americana abriu uma investigação sobre o caso, assim como a canadense.
Dados levantados pelos veículos de mídia russos Mediazona e Meduza em parceria com Dmitry Kobak, pesquisador de dados da Universidade de Tübingen, na Alemanha, estimam que pelo menos 47.000 soldados russos com menos de 50 anos morreram na guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
O levantamento foi realizado por meio de informações do Rosstat (Serviço
Federal de Estatísticas Estaduais) e do RND (Registro Nacional de
Sucessões) da Rússia abertas ao público. As informações foram publicadas
nesta 2ª feira (10.jul.2023).
“Para sermos absolutamente precisos, podemos afirmar com 95% de
probabilidade que o verdadeiro número de baixas está entre 40.000 e
55.000. Esta estimativa não leva em conta as perdas nos territórios de Donetsk e Luhansk”, diz o relatório.
Segundo a Mediazona, o veículo junto com a BBC News Russian e uma equipe de voluntários faz uma contabilização de mortes de soldados desde maio de 2022. “Coletamos
dados de redes sociais, reportagens da imprensa local, fotografias de
cemitérios e memoriais. Em 30 de junho de 2023, a contagem era de 26.800
nomes”, afirmou.
Para chegar à estimativa, os pesquisadores pegaram os dados de seu
levantamento e os compararam com o número total de mortes registrado
pelo Rosstat e com os processos de inventário abertos no Registro
Nacional de Sucessões russo.
Os processos de inventário são um procedimento jurídico realizado
quando uma pessoa morre para que haja a partilha de bens a herdeiros.
Leia mais sobre a metodologia adotada aqui.
O resultado de 47.000 é muito maior que os dados divulgados pelo
Ministério da Defesa da Rússia. A última atualização do governo russo se
deu em setembro do ano passado e contabilizava somente 5.937 mortes.
Já relatório divulgado pelo Ministério da Defesa da Ucrânia em 7 de julho relatou a morte de mais de 232 mil russos desde o início da guerra.
O sistema tributário brasileiro está em vias de ser modificado no
país e, com isso, o investidor quer saber como fica a herança após a
Reforma Tributária
Vale destacar que o governo quer simplificar o sistema tributário
brasileiro a partir da extinção de cinco impostos vigentes, e isso se dá
após 35 anos de tentativas sem sucesso em levar a pauta adiante.
Desta forma, quando for efetivamente implementada, saem de cena o
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração
Social (PIS), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
(Cofins), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e
Imposto sobre Serviços (ISS). Vale destacar que os três primeiros são
federais, enquanto o ICMS é estadual e o ISS, municipal.
No lugar destes, devem entrar gradualmente dois Impostos sobre Valor
Agregado (IVAs) a partir de 2026: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS),
gerido pelos estados e municípios, e a Contribuição sobre Bens e
Serviços (CBS), coordenada pela União.
Além disso, a proposta pretende simplificar, também, o sistema
tributário por meio da redução do número de alíquotas e especificidades
ou exceções presentes nos impostos atuais.
Mas, como como fica a herança após a Reforma Tributária?
Em relação às heranças, o novo relatório isentou do Imposto de
Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) as transmissões para entidades
sem fins lucrativos com finalidade de relevância pública e social,
inclusive as organizações assistenciais e beneficentes de entidades
religiosas e institutos científicos e tecnológicos. Uma lei complementar
definirá as condições para essas isenções.
Mesmo que, nesse primeiro momento, o foco principal esteja na
tributação sobre o consumo, há um trecho que trata também da cobrança
sobre renda e patrimônio — o que inclui a taxação de heranças – e
viabiliza:
a tributação progressiva sobre heranças e doações, com alíquota podendo chegar a 8%, mas a decisão fica a cargo do estado;
a cobrança do imposto no domicílio onde a pessoa faleceu – a medida
tem o objetivo de impedir que os herdeiros busquem regiões com
tributações menores para elaborar o inventário.;
a permissão para maior cobrança sobre heranças no exterior;
e a inclusão de isenção do imposto sobre doações a instituições sem fins lucrativos.
Cabe destacar que quem recebe uma herança acaba sendo
responsabilizado pelo recolhimento dos impostos. E isso vale tanto para
doação quanto em decorrência de causa mortis. Nesse caso, o principal
imposto que rege as heranças é o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e
Doação (ITCMD).
Na prática, este é de competência estadual e incide sobre a transferência de qualquer bem ou direito proveniente de herança.
Como se dá o cálculo?
Em se tratando do cálculo, a base deste é o valor venal dos bens ou
direitos transmitidos, ou seja, o valor pelo qual o bem seria negociado à
vista, em condições normais de mercado. Independentemente do grau de
parentesco entre o doador e o beneficiário, a alíquota do ITCMD varia em
cada estado, geralmente ficando entre 4% e 8%.
O herdeiro deve ter em mente que o pagamento do ITCMD é um requisito
para a conclusão do inventário e deve ser quitado antes da partilha e da
transferência dos bens. Normalmente, o prazo para pagamento é de 30 a
60 dias a partir da abertura do inventário.
Quais as situações de isenção?
Quando o assunto é isenção, os possíveis herdeiros ficam ligados
acerca do assunto. De fato, existem situações de isenção do Imposto
sobre Transmissão Causa Mortis e Doação e regras específicas
relacionadas ao Imposto de Renda (IR).
Acontece que bens de pequeno valor, como pequenas propriedades rurais
e urbanas, podem ser isentos de tributação, conforme previsto em lei.
Além disso, alguns estados preveem isenções para transferências entre
parentes próximos, como cônjuges, filhos ou netos.
No que diz respeito ao Imposto de Renda, heranças e doações são
isentas. Entretanto, se um imóvel herdado for vendido, o ganho de
capital na venda estará sujeito à tributação pelo IR e deverá ser
declarado no ano subsequente à venda.
E se o contribuinte falecer?
Se o contribuinte falecer, será necessário apresentar a Declaração
Final de Espólio para a declaração do IR. Essa declaração deve ser feita
pelo inventariante dentro do prazo aplicável à Declaração de Ajuste Anu
Dá para diminuir a carga tributária?
Para quem deseja diminuir a carga tributária, a resposta é sim, pois com algumas estratégias bem específicas isso é possível.
Pode-se, por exemplo, realizar doações em parcelas abaixo do limite
de isenção e em anos diferentes. Vale contar com orientação de um
profissional jurídico para evitar problemas com o Fisco.
Também é possível antecipar a herança por meio de doações em vida,
pois em alguns estados, a alíquota de ITCMD para doações pode ser menor
do que para transmissões causa mortis. No entanto, nesse caso, pode
haver a incidência do Imposto de Renda sobre o Ganho de Capital (IRGC).
As noites em que dormimos mais do que acordamos podem se tornar tão preciosas quanto indescritíveis.
Como você dormiu na noite passada? Você dormiu prodigamente,
temperatura e temperamento alinhados, acordando com o sol? Ou foi uma
daquelas noites de mar tempestuoso, sonhos indistinguíveis das
preocupações da vida desperta, cobertores emaranhados, olhos no relógio?
O sono é misterioso, embora tentemos fortemente torná-lo menos
misterioso. Usamos metáforas para descrevê-lo, diários para rastreá-lo,
produtos farmacêuticos para manipulá-lo. Passei uma boa década tentando
encontrar o travesseiro perfeito.
À medida que envelhecemos, nossas necessidades de sono mudam . As
forças que trabalham contra nossas sete a nove horas imperturbáveis se
multiplicam. Aos 20 anos, decidi que, se quisesse levar uma vida plena e
emocionante, teria de me sentir confortável indo para o trabalho
exausta. Isso parecia, na época, um modelo viável. Eu não pensava muito
sobre dormir. Pensei na vida desperta, em como tirar dela o máximo
possível, com apenas breves paradas para reabastecer. Eu ficava acordado
até tarde, mal dormia, acordava com o alarme algumas horas depois.
“Por definição, se você está usando um despertador para acordar,
então você está cronicamente privado de sono”, disse a Dra. Indira
Gurubhagavatula, especialista em sono da Penn Medicine, a Dani Blum do
The Times. Se você estiver dormindo o suficiente, acordará naturalmente
quando estiver descansado.
Agora, na meia-idade, estou determinado a contar com um alarme apenas
quando estou pegando um voo cedo. A hora de dormir é sagrada e violá-la
requer uma apresentação em PowerPoint que descreva os riscos, as
recompensas e o retorno do investimento. Estou sempre fazendo cálculos
agora, falando sobre o sono como se fosse moeda, sentindo sempre uma
escassez, ávido por mais. “Os cobradores de dívidas de sono estão
chegando”, escreveu Oliver Whang no The Times no ano passado. “Eles
querem que você saiba que não existe perdão, apenas uma mudança na
expectativa de como e quando você vai retribuir.”
Ultimamente, tenho perguntado às pessoas como elas dormem. Suas
respostas são complicadas. Embora saibamos que precisamos praticar uma
boa higiene do sono para sermos saudáveis e eficazes, ainda detecto um
toque perverso de orgulho quando as pessoas me dizem que não dormem
bem, como se fossem as nobres sentinelas da sociedade, acordadas a noite
toda examinando a escuridão em busca de predadores. Os que dizem dormir
bem são um pouco tímidos, como se seu descanso tranquilo revelasse uma
mente muito mimada, uma vida muito simples. Uma pessoa disse sobre o
sono na idade adulta: “Eu simplesmente amo dormir mais agora do que
nunca. Isso faz sentido?”
Eu sabia exatamente o que eles queriam dizer. Quanto mais velho fico,
mais grato fico pelo sono que consigo. Anseio pela limpeza durante a
noite, o “ retirar o lixo ” que ocorre no cérebro enquanto o corpo está
fora. Uma soneca rápida funciona como reiniciar um computador; meu
sistema está descontrolado, então eu desmaio e, em seguida, acordo um
curto período de tempo, sem dados desnecessários. Anseio pelo que Walt
Whitman chamou de “voo livre para o sem palavras, / Longe dos livros,
longe da arte, o dia apagado, a lição concluída”.
Ricardo Martins – Especialista em Marketing Digital e CEO da TRIWI
Estudo levantado recentemente mostra como a manuteção de um blog
ativo é imprescindível paras a empresas. Os dados mostram que o acesso a
blogs chega a 77% dos usuários.
Pesquisa comprova a importância do blog ativo para empresas: o acesso aos blogs aumentou em mais de 70% nos últimos anos.
Para empresas é fundamental a manutenção de blog como estratégia de
comunicação e fortalecimento de marca, afirma especialista. Nesse caso a
Empresa pode utilizar o site Valeon para a sua divulgação na internet.
Nos dias de hoje, as empresas que desejam aumentar sua visibilidade e
fortalecer sua marca precisam estar presentes no ambiente digital. Uma
das estratégias mais eficazes para alcançar esses objetivos é investir
em um blog ativo. Ricardo Martins, especialista em Marketing Digital e
CEO da TRIWI, destaca a importância dessa estratégia e apresenta dados
atualizados sobre o acesso aos blogs.
“Um blog ativo é fundamental para a estratégia de marketing digital
de uma empresa. Ele permite que a empresa compartilhe conteúdo relevante
com seu público-alvo, demonstre sua expertise no assunto e fortaleça
sua marca. Além disso, um blog pode ser uma ótima ferramenta para gerar
leads e aumentar as vendas”, afirma Ricardo.
De acordo com dados recentes, o acesso aos blogs vem aumentando
consideravelmente nos últimos anos. Segundo uma pesquisa da Hubspot, 53%
dos profissionais de marketing afirmam que o blog é a sua principal
estratégia de inbound marketing, e 77% das pessoas que utilizam a
internet lêem blogs regularmente.
Ainda sobre a pesquisa, os três principais setores que acessam blogs com frequência são:
Tecnologia: 87% dos entrevistados do setor de tecnologia afirmam que
leem blogs regularmente para obter informações sobre tendências e
melhores práticas.
Negócios e serviços profissionais: 79% dos entrevistados do setor de
negócios e serviços profissionais afirmam que leem blogs regularmente
para obter informações sobre liderança, gerenciamento e
empreendedorismo.
Saúde: 77% dos entrevistados do setor de saúde afirmam que leem blogs
regularmente para obter informações sobre saúde, bem-estar e medicina.
No entanto, é importante ressaltar que o acesso aos blogs é bastante
difundido e abrange diversas áreas, como educação, marketing, moda,
esportes, entre outros.
“A pesquisa da Hubspot mostra que o blog é uma das estratégias de
marketing digital mais eficazes para gerar leads e atrair clientes. Isso
se deve ao fato de que os blogs permitem que as empresas criem um
relacionamento de confiança com seu público-alvo, oferecendo conteúdo
relevante e útil. Além disso, o CEO complementa apontando que todo
conteúdo precisa se adaptar ao novo tipo de consumo. Sites e blogs unem
diversas tecnologias e servem como agregadores destes conteúdos. Fora
que é um canal direto de comunicação com o público sem um intermediário,
como as redes sociais são. Destaca Martins.
Outro grande benefício que o especialista ressalta é que o blog pode
ser uma ferramenta poderosa para o SEO (Search Engine Optimization), ou
seja, a otimização para os mecanismos de busca. “Os blogs permitem que
as empresas criem conteúdo rico em palavras-chave relacionadas ao seu
negócio, o que ajuda a melhorar o posicionamento nos resultados de busca
do Google e atrair mais tráfego orgânico para o site”, explica.
Para garantir a efetividade do blog como estratégia de marketing
digital, é importante que as empresas sigam algumas boas práticas. “O
conteúdo do blog deve ser relevante e útil para o público-alvo,
abordando temas que sejam de interesse dos potenciais clientes. Além
disso, é importante que o blog seja atualizado com frequência, para
manter o interesse do público e melhorar o posicionamento nos resultados
de busca”, destaca Martins.
Outra boa prática é utilizar chamadas para ação (CTAs) em cada post
do blog, convidando o leitor a realizar alguma ação, como assinar a
newsletter, baixar um material gratuito ou entrar em contato com a
empresa. “As CTAs são fundamentais para transformar os visitantes do
blog em leads e aumentar as chances de conversão em vendas”, ressalta o
especialista.
Martins ainda destaca que é importante acompanhar os resultados do
blog e ajustar a estratégia conforme necessário. “É fundamental
monitorar o desempenho do blog, analisando métricas como o número de
visitantes, tempo de permanência no site, taxa de conversão e origem do
tráfego. Com base nesses dados, a empresa pode ajustar a estratégia para
aumentar a efetividade do blog como ferramenta de marketing digital”,
explica.
Por fim, o especialista ressalta que o blog é uma estratégia de marketing digital que pode trazer resultados a longo prazo. “
A importância do bom site da Valeon para o seu negócio
Moysés Peruhype Carlech
Antigamente, quando um cliente precisava de um serviço, buscava
contatos de empresas na Lista Telefônica, um catálogo que era entregue
anualmente ou comprado em bancas de jornais que listava os negócios por
áreas de atuação, ordem alfabética e região de atuação.
De certa forma, todos os concorrentes tinham as mesmas chances de
serem encontrados pelos clientes, mas existiam algumas estratégias para
que os nomes viessem listados primeiro, como criar nomes fantasia com as
primeiras letras do alfabeto.
As listas telefônicas ficaram no passado, e, na atualidade, quando um
cliente deseja procurar uma solução para sua demanda, dentre outros
recursos, ele pesquisa por informações na internet.
O site da Valeon é essencial para que sua empresa seja encontrada
pelos seus clientes e ter informações sobre a empresa e seus produtos 24
horas por dia. Criamos uma marca forte, persuasiva e, principalmente,
com identidade para ser reconhecida na internet.
Investimos nas redes sociais procurando interagir com o nosso público
através do Facebook, Google, Mozilla e Instagram. Dessa forma, os
motivos pelos quais as redes sociais ajudam a sua empresa são inúmeros
devido a possibilidade de interação constante e facilitado como o
público-alvo e também a garantia de posicionamento no segmento de
marketplaces do mercado, o que faz com que o nosso cliente sempre acha o
produto ou a empresa procurada.
A Plataforma Comercial site Marketplace da Startup Valeon está apta a
resolver os problemas e as dificuldades das empresas e dos consumidores
que andavam de há muito tempo tentando resolver, sem sucesso, e o
surgimento da Valeon possibilitou a solução desse problema de na região
do Vale do Aço não ter um Marketplace que Justamente por reunir uma
vasta gama de produtos de diferentes segmentos e o marketplace Valeon
atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao
lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não
conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa
vitrine virtual. Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de
diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e
volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de
visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e
acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual.
Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das
plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping
center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais
diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também
possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a
uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com
diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do
faturamento no e-commerce brasileiro em 2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que
são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e
escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é
possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua
marca.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que
tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
CONTRATE A STARTUP VALEON PARA FAZER A DIVULGAÇÃO DA SUA EMPRESA NA INTERNET
Moysés Peruhype Carlech
Existem várias empresas especializadas no mercado para desenvolver,
gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é uma
consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do
mercado para auxiliar a sua empresa na geração de resultados
satisfatórios para o seu negócio.
Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.
Por que você deve contratar uma empresa para cuidar da sua Publicidade?
Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa especializada
para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que possui
profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem
potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e isto
resulta em mais vendas.
Quando você deve contratar a Startup Valeon para cuidar da sua Publicidade online?
A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu
projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas
considerações importantes:
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis
nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas
por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em
mídia digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é
claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco
dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é
mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda
mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar
uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em
uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança,
voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo
real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a
campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de
visualizações e de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o
material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é
possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver
se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio
publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não
permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio
digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que
ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a
empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o
seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela
esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma
permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão
interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não
estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar
potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos:
computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com
publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as
marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes
segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de
público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos
consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro
contato por meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes
queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência
pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente.
Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas
compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos
diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa
abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das
pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua
presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as
chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma,
proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das
plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping
center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais
diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também
possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a
uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com
diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do
faturamento no e-commerce brasileiro em 2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que
são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e
escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é
possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua
marca.
VOCÊ CONHECE A ValeOn?
A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO
TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em
torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace
que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço,
agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta
diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa
e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores
como:
História por ARTUR RODRIGUES, FLÁVIO FERREIRA, JOÃO PEDRO PITOMBO E SCHIRLEI ALVES – Folha de S. Paulo
SÃO PAULO, SP, E VALENÇA, BA (FOLHAPRESS) – A estatal federal
Codevasf tem privilegiado associações ligadas a parentes de políticos
com entrega de veículos e maquinário agrícola nos primeiros meses do
governo do presidente Lula (PT).
Entre os equipamentos está uma sonda perfuratriz avaliada em mais de
R$ 2 milhões. A compra das máquinas ocorre por meio de recursos das
chamadas emendas parlamentares. O deputado ou senador indica a entidade
privada a ser beneficiada, e a Codevasf cuida da compra e da entrega do
equipamento.
A Codevasf foi criada para cuidar de projetos de irrigação no
semiárido, mas o governo Jair Bolsonaro (PL) a transformou em uma
espécie de “loja de políticos”, pela qual congressistas usam emendas
para encomendar máquinas e obras de pavimentação e as direcionam para
seus redutos eleitorais.
O modelo segue o mesmo sob Lula, com o diferencial de que há maior
proporção de doações a entidades privadas e menor a prefeituras,
aumentando assim o risco de irregularidades.
Em Minas Gerais, por exemplo, o Consórcio Intermunicipal de
Desenvolvimento e Fomento das Bacias do Rio Jequitinhonha, Rio Pardo,
Rio Mucuri e Adjacências recebeu a doação mais cara feita pela Codevasf
no primeiro trimestre de 2023.
Trata-se de uma sonda perfuratriz acoplada a um caminhão, que serve para perfurar poços artesianos, no valor de R$ 2,4 milhões.
O padrinho político do equipamento doado ao consórcio de municípios
foi o deputado federal Igor Timo (Podemos-MG). Quem recebeu a doação foi
o seu tio e prefeito de Virgem da Lapa, Diógenes Timo Silva
(Podemos-MG).
Na entrega do equipamento, em 23 de janeiro, o tio também ocupava o
cargo de presidente do consórcio contemplado. Em vídeos publicados em
suas redes sociais, o deputado afirma que foi o responsável por destinar
a perfuratriz junto ao ex-senador e agora ministro de Minas e Energia,
Alexandre Silveira.
“Essa aquisição é mais uma conquista do nosso mandato em trabalho
conjunto com o senador Alexandre Silveira, para mitigar um problema
crônico da região, a seca que há anos vem castigando nosso povo para ter
acesso à água potável”, escreveu o deputado.
Nas redes sociais, o deputado Igor Timo fez ainda um elogio à gestão
do seu tio por estar “fazendo um trabalho brilhante na gestão
municipal”.
O gabinete do prefeito de Virgem da Lapa afirmou à Folha que Timo não
é mais presidente do consórcio desde maio e que a cidade também não é
mais consorciada.
Já o deputado Igor Timo afirmou, em nota, que consórcios se tornaram
ferramenta importante por levarem dignidade às comunidades. “O fato de
um membro em questão integrar o consórcio foi uma coincidência, pois o
mesmo já exercia o pleito municipal dois anos antes de o parlamentar ter
pretensões políticas.”
Entidades beneficiadas são próximas a líderes do centrão.
Em Santaluz, município de 37 mil habitantes do sertão baiano, por
exemplo, a Codevasf doou um caminhão para a Associação de Moradores da
Fazenda Lagoa Nova por meio de emenda do deputado federal Elmar
Nascimento (União Brasil), padrinho político do presidente da estatal.
A associação é presidida por Keise Suzart, filha do vereador Mário
Sérgio Suzart, atual presidente da Câmara Municipal de Santaluz e um dos
principais aliados de Elmar na cidade.
Keise afirmou que o caminhão “está sendo bem utilizado” no transporte
de equipamentos agrícolas e caixas-d’água para as comunidades rurais da
região.
Ela afirma que a doação do equipamento não teve intermediação do pai e diz não ver conflitos.
Governo Lula libera mais de R$ 2 bilhões em emendas parlamentares em um dia
“Desde nova me preocupo com o povo, acredito no associativismo e no
cooperativismo. Não vejo conflito em receber benefício para ajudar as
pessoas. […] Meu pai é um político correto e que dedica seu mandato para
ajudar as comunidades.”
As máquinas e veículos entregues acabam pesando no jogo político
local, seja beneficiando grupos ligados à situação ou à oposição nas
cidades.
Na Bahia, a Colônia de Pescadores e Aquicultores Z-15, em Valença,
ganhou uma retroescavadeira. Em sua sede, as paredes são ornadas com
fotografias do deputado federal Raimundo Costa (Podemos-BA), autor da
emenda responsável pela doação.
Ele tem uma relação de simbiose com a colônia: foi presidente da
entidade, cargo que o alçou a uma cadeira na Câmara Municipal de Valença
em 1988. Foi reeleito por cinco mandatos consecutivos com o apoio dos
pescadores até chegar a deputado federal em 2018.
A colônia é atualmente comandada por Maria das Graças Santos, aliada
de Costa que esteve na sede da Codevasf em Juazeiro para buscar a
retroescavadeira e publicou um vídeo agradecendo ao deputado pela
emenda.
A entidade também possui forte influência do vereador Ryan Costa,
filho de Raimundo. Ele não tem cargo formal na colônia, mas diz que atua
como gestor de projetos e é o responsável pela gestão das máquinas
doadas pela Codevasf, que incluem um caminhão-caçamba.
Ryan nega uso político das máquinas, embora, na prática, elas fortaleçam a oposição na cidade.
O vereador critica a gestão do prefeito Jairo Baptista (PP), diz que
há inoperância da prefeitura na execução de projetos de pesca e que a
colônia tem suprido essa lacuna. “Não é disputa política, é uma disputa
de fazer política pública.”
Em Pernambuco, na cidade de Brejão, a máquina acabou nas mãos de
pessoas próximas ao grupo político no poder. Ali, a Associação de
Agropecuaristas de Sítio Mamoeiro recebeu da Codevasf uma caminhonete
Mitsubishi L200 avaliada em R$ 235 mil.
A entidade é presidida por João Marcone Florentino de Barros, irmão
do vice-prefeito de Brejão (PE), Saulo Florentino de Barros (MDB).
À Folha João Marcone afirmou que o veículo é usado em tratativas da
associação. Ele diz que não houve intermediação do irmão no pedido, mas
que ele e associados o fizeram diretamente ao deputado federal Fernando
Rodolfo (PL).
O deputado afirmou que a entidade presta serviços relevantes e que a doação segue preceitos legais.
“Não vejo, portanto, conflito de interesses, afinal as emendas
parlamentares são recursos garantidos aos deputados e senadores para
destinarem aos seus estados, com livre escolha, atendido o interesse
público”, afirmou, em nota.
Criada há cerca de dois anos, a entidade Unidade Beneficente e
Agropastoril dos Agricultores da Fazenda Lagoa do Barro, em Santa Maria
da Boa Vista (PE), é formalmente presidida pela mãe do vereador Gildo
Gás (PSB), e recebeu uma retroescavadeira em fevereiro.
A máquina foi financiada com emenda do deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), aliado do vereador.
Procurado, Gildo Gás disse que sua mãe já deixou a direção da
entidade e negou que a entrega da máquina tenha configurado um
favorecimento a parente. Segundo o vereador, o equipamento está sendo
usado conforme o interesse social das comunidades.
O deputado Augusto Coutinho afirmou que não sabia que a entidade era
presidida pela mãe de seu aliado e que destinou a emenda para atender às
necessidades da população de Santa Maria da Boa Vista.
OUTRO LADO
Empresa diz que doações são feitas após análise técnica
A Codevasf afirmou que as doações “servem ao interesse social” e são
precedidas por análises de adequação técnica, conformidade legal e
conveniência socioeconômica.
A estatal afirmou que as doações são feitas a pessoas jurídicas e não
a seus membros. “Os requisitos formais exigidos para a doação dizem
respeito à personalidade jurídica das associações beneficiadas. Assim, o
fato de que seus representantes ou membros eventualmente possuam
filiação partidária ou integrem sociedade empresarial não caracteriza
impedimento legal à doação de bens às associações”, diz a empresa.
A companhia ainda afirma fazer análise dos resultados alcançados e
“não mede esforços para assegurar o emprego adequado dos bens”.
A reportagem foi produzida em parceria com o Google a partir de
coleções de documentos publicadas na ferramenta Pinpoint, acesse aqui.
Presidente da Petrobras receberá, no Brasil, o secretário-geral da Opep nos próximos dias
O convite foi feito pelo próprio Jean Paul
Patres, que afirma ter ‘novidades’ a serem anunciadas durante o encontro
ainda sem data anunciada
Por Denise Luna – Jornal Estadão
RIO – O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, convidou o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Haitan Al Ghais, para visitar o Brasil. Natural do Kuwait, Ghais morou seis anos no Brasil, em razão do trabalho do pai, e fala português.
“Convidei Haitan Al Ghais a vir ao Brasil em uma data e para uma
agenda que sugerimos nos próximos dias. Ele aceitou, e teremos novidades
interessantes em breve. Tivemos boas conversas em Viena, e continuamos
em contato. Pontos de vista bem convergentes”, disse Prates em uma rede
social neste domingo, 9.
Prates destacou a mensagem enviada pelo secretário da Opep ao grupo das sete maiores economias mundiais (G7) sobre
a transição energética. “Vale a leitura para entender como a principal
entidade setorial está reconhecendo e se preparando para realizar a
transição energética”, disse Prates na rede social.
O presidente da Petrobras tem afirmado que a transição energética
para as petroleiras é mais que uma transição, “é uma verdadeira
metamorfose energética. Ou seja, se transformar em outra coisa, sem
parar de caminhar”, explicou.
Em artigo dirigido ao G7, Ghais afirma que “pode não haver uma
solução única para um futuro de energia sustentável, mas a colaboração e
a ação inclusiva serão essenciais para alcançar uma transição justa e
permanente”.
O secretário da Opep lembra que a demanda global de energia vai crescer 23% até 2045,
segundo o World Oil Outlook 2022, e atender a esse aumento com
segurança energética, acesso global e redução de emissões vai exigir
todas as energias, investimento e colaboração.
“Somente para a indústria do petróleo, que responderá por quase 29%
das necessidades de energia do mundo até 2045, os requisitos globais de investimento totalizam US$ 12,1 trilhões de agora até lá. Isso equivale a mais de US$ 500 bilhões por ano”, diz Ghais no artigo.
Ele ressalta que os níveis anuais recentes de investimentos ficaram
significativamente abaixo desse valor, devido à desaceleração do setor, à
pandemia e ao crescente foco em questões ambientais, sociais e de
governança.
No artigo, Ghais argumenta que não está havendo investimento
suficiente em todos os tipos de energia, principalmente se se levar em
conta que existem 700 milhões de pessoas que ainda não têm acesso à eletricidade e 2,4 bilhões usam sistemas ineficientes e poluentes.
“O foco geral precisa estar na redução de emissões e no uso de todos
os combustíveis em todo o mundo. Nesse sentido, não existe uma solução
única para um futuro energético sustentável. O que é o caminho certo
para um pode não ser o caminho certo para outro”, afirma.
Emissões mínimas
Ghais finaliza o artigo, dizendo que aguarda com expectativa a realização da 28ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP28),
em novembro, nos Emirados Árabes, país membro da Opep, onde será
realizado o primeiro balanço geral desde o Acordo de Paris (COP 21).Ele
destaca a declaração feita pelo presidente da COP28, Sultan Ahmed Al
Jaber, de que é preciso “energia máxima, emissões mínimas”.
“Esta é uma lição importante para os líderes do G7 quando se reunirem
em Hiroshima, pois planejamos uma transição energética ordenada,
impulsionada pelos desafios de segurança energética, acessibilidade e
sustentabilidade”, explica. “Como observei em várias ocasiões, esperamos
que o futuro veja investimentos e financiamento na transição energética
com foco em uma abordagem de todos os povos, todos os combustíveis e
todas as tecnologias”, conclui Ghais.
Dívida gigantesca da China cresce de forma acelerada. Que efeitos isso pode ter no mundo?
Conhecido por emprestar dinheiro a países
em desenvolvimento, país asiático enfrenta possibilidade de efeito
dominó com calote interno de governos locais
Por Keith Bradsher – Jornal Estadão
The New York Times – A China,
que emprestou quase US$ 1 trilhão para cerca de 150 países em
desenvolvimento, tem relutado em cancelar grandes dívidas devidas por
países que lutam para equilibrar suas contas. Isso se deve, em parte, ao
fato de que a China está enfrentando uma bomba de dívidas em casa:
trilhões de dólares devidos por governos locais – seus afiliados
financeiros, em grande parte fora da contabilidade – e incorporadoras
imobiliárias.
Uma das principais questões para a Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, durante visita a Pequim na semana passada,
é se ela pode convencer a China a cooperar mais para enfrentar uma
crise de dívida em evolução que afeta os países de baixa renda. Mas o
sistema bancário controlado pelo Estado chinês está cauteloso em aceitar
perdas em empréstimos estrangeiros, quando enfrenta perdas muito
maiores em empréstimos dentro da China.
Qual é o tamanho da dívida da China?
É difícil saber exatamente, porque os dados oficiais são escassos. Pesquisadores do JPMorgan Chase calcularam
no mês passado que a dívida total dentro da China (incluindo famílias,
empresas e o governo) havia atingido 282% do produto interno bruto (PIB)
anual do país. Isso se compara a uma média de 256% nas economias
desenvolvidas em todo o mundo e 257% nos Estados Unidos.
O que distingue a China da maioria dos outros países é o quão rápido
essa dívida se acumulou em relação ao tamanho de sua economia. Em
comparação, nos Estados Unidos ou até mesmo no muito endividado Japão,
a dívida aumentou menos precipitadamente. O forte aumento da dívida da
China, mais que dobrando em relação ao tamanho de sua economia desde a
crise financeira global de 15 anos atrás, torna mais difícil
gerenciá-la.
O empréstimo da China aos países em desenvolvimento é pequeno em
relação à sua dívida doméstica, representando menos de 6% da produção
econômica anual da China. Mas esses empréstimos são particularmente
sensíveis politicamente. Apesar da forte censura, surgem periodicamente
queixas nas redes sociais chinesas de que os bancos deveriam ter
emprestado o dinheiro a famílias e regiões pobres em casa, não no
exterior. Aceitar grandes perdas nestes empréstimos seria muito
impopular na China.
Como a China entrou em um buraco de dívida tão profundo?
Começou com o setor imobiliário, que sofre com o número elevado de
construções, a queda dos preços e os potenciais compradores em
dificuldades. Nos últimos dois anos, várias dezenas de incorporadoras
que tomaram dinheiro emprestado de investidores estrangeiros deram
calote nessas dívidas, incluindo mais duas nos últimos dias. As
incorporadoras têm lutado para continuar pagando dívidas muito maiores
aos bancos dentro da China.
Agravando o problema, há o empréstimo dos governos locais. Na última
década, muitas cidades e províncias criaram unidades de financiamento
especiais que foram pouco reguladas e tomaram muito dinheiro emprestado.
Os funcionários usaram o dinheiro para cobrir despesas diárias,
incluindo os juros de outros empréstimos, bem como a construção de
estradas, pontes, parques públicos e outras infraestruturas.
Os problemas de dívida do setor imobiliário e do governo se
sobrepõem. Por muitos anos, a principal fonte de receita para as
localidades veio da venda para incorporadoras de arrendamentos de longo
prazo para terrenos estatais. Como muitas incorporadoras do setor
privado ficaram sem dinheiro para dar lances por terra, essa receita
caiu. As afiliadas de financiamento locais têm, em vez disso, feito os
pesados empréstimos para comprar a terra que tais incorporadoras já não
podem mais pagar, a preços altos. À medida que o mercado imobiliário
continua a enfraquecer, muitas dessas afiliadas de financiamento estão
com problemas.
Essa dívida se acumulou. A Fitch Ratings, agência de classificação de
crédito, estima que os governos locais têm dívidas equivalentes a cerca
de 30% da produção econômica anual da China. Suas unidades de
financiamento afiliadas devem uma dívida equivalente a mais 40% a 50% do
PIB nacional – embora possa haver alguma contagem dupla, já que os
governos locais tomam empréstimos e depois transferem a dívida para suas
unidades de financiamento, disse a Fitch.
Por que isso importa?
Para qualquer governo ou empresa, o endividamento pode fazer sentido
economicamente se o dinheiro for usado de forma produtiva e eficiente.
Mas os devedores que exageram em dívidas que não geram retornos
suficientes podem entrar em apuros e ter dificuldades para pagar seus
credores. É o que aconteceu na China. À medida que sua economia
desacelera, um número crescente de governos locais e suas unidades de
financiamento não conseguem continuar pagando juros sobre suas dívidas. O
efeito dominó significa que muitas localidades ficam sem dinheiro para
pagar pelos serviços públicos, saúde ou pensões.
Os problemas de dívida também dificultam para os bancos na China
aceitarem perdas em seus empréstimos para países de baixa renda. No
entanto, muitos desses países, como Sri Lanka, Paquistão e Suriname,
agora enfrentam consideráveis dificuldades econômicas.
Quase dois terços das economias em desenvolvimento do mundo dependem das exportações de commodities. O Banco Mundial previu em abril que os preços das commodities serão 21% mais baixos este ano do que no ano passado.
Em 2010, apenas 5% do portfólio de empréstimos externos da China
apoiava devedores em dificuldades financeiras. Hoje, essa cifra está em
60%, disse Bradley Parks, diretor executivo da AidData na William &
Mary, uma universidade em Williamsburg, Virgínia.
Os maiores perdedores acabarão sendo as pessoas comuns do mundo
em desenvolvimento para as quais são negados serviços públicos básicos,
porque seus governos estão sobrecarregados com dívidas insustentáveis
Bradley Parks, diretor executivo da AidData na William & Mary
A China é, de longe, a maior credora soberana dos países em
desenvolvimento, embora fundos de hedge ocidentais também tenham
comprado muitos títulos desses países. Os títulos tendem a ter taxas de
juros fixas. Mas os bancos chineses tendem a emprestar dólares a taxas
de juros ajustáveis que estão vinculadas às taxas do Ocidente. Como o Federal Reserve tem
aumentado as taxas de forma acentuada desde março de 2022, os países em
desenvolvimento enfrentam pagamentos de dívida crescentes para a China.
Se pouco for feito para reduzir a dívida, muitos dos governos mais
pobres do mundo continuarão a gastar pesadamente no pagamento da dívida,
dinheiro que poderia ser usado para escolas, clínicas e outros
serviços. “Os maiores perdedores acabarão sendo as pessoas comuns do
mundo em desenvolvimento para as quais são negados serviços públicos
básicos, porque seus governos estão sobrecarregados com dívidas
insustentáveis”, disse Parks.
Qual é a solução?
A sobrecarga da dívida doméstica da China desafia as soluções
rápidas. O país precisa se afastar gradualmente dos projetos de
construção do governo financiados por dívidas e dos pesados gastos com
segurança nacional, em direção a uma economia baseada mais no consumo e
nos serviços.
Constituições poderosas em Pequim e nas capitais provinciais chinesas
protegem as atuais prioridades econômicas. Yellen está tentando
aprender mais sobre os planos econômicos da China, mas pode fazer pouco
para influenciá-los. / TRADUÇÃO DE GUILHERME GUERRA