domingo, 28 de maio de 2023

VOCÊ LEITOR É A NOSSA PERSONAGEM MAIS IMPORTANTE

 

Precisava falar…

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo


Nem Lula, nem Bolsonaro, nem Deltan, nem Alexandre de Moraes. Nem uma subcelebridade qualquer. O personagem mais importante da crônica é você, leitor.| Foto: Pixabay

Não é Lula nem Bolsonaro. Não é Deltan Dallagnol nem Alexandre de Moraes. Os outros ministros do STF? Faz-me rir. Esse outro aí em que você está pensando? Que nada! O personagem mais importante da crônica jornalística, na verdade o único que me interessa de verdade, é o leitor. É você. Afinal, nada do que eles fazem ou decidem ou roubam ou corrompem faz sentido se não for pela sua reação. Pela forma como tudo isso afeta a sua vida e a vida daqueles que você ama.

É em você (sim, você!) que penso todos os dias, antes de publicar o texto que o imagino lendo no café da amanhã. Ou no meio do trabalho. Ou na hora do almoço. Diante do celular ou do computador. Sozinho ou cercado por pessoas que, com alguma sorte, em dado momento perguntarão: “Do que é que você tá rindo?”. Eu o imagino chegando ao final do texto alguns miligramas mais leve. Eu o imagino.

Para mim, o leitor (isto é, você) não é um público-alvo abstratíssimo, desses criados pelo departamento de marketing. Para mim, você é um amigo. Saiba disso. Saiba também que, num tempo onde abundam (ui!) relações utilitaristas e cínicas, eu quero seu bem. Não me interessa, pois, ofendê-lo nem reduzi-lo a um ilustre desconhecido que neste exato momento decifra a minha escrita. Não o tenho por instrumento de autoglorificação. Não. Para mim, você é um ser humano de carne e osso e alma. Sobretudo alma.

Você

Você que às vezes me salva – e nem sabe. Você que confere um  sentido maior a este espaço que, de outra forma, seria apenas um trabalho burocrático e robótico. Ou então apenas mais um panfleto gritando “absurdo!”, “inadmissível”, “precisamos fazer alguma coisa sobre isso!” e outras platitudes tão histéricas quanto inócuas. Você que se sabe falho, mas se esforça. Você que precisa que a vida o acaricie de vez em quando. Você que se pergunta, que não entende, que continua se perguntando. Você que busca desesperadamente a redenção. Você que está correndo para medir a glicose depois de ler este texto piegas. Você que está dando de ombros. Você que está se perguntando “por que é que esse cara tá escrevendo isso?”.

Escrevo isso sem qualquer motivação oculta. Sei que parece inacreditável, mas estou sendo absolutamente franco com você, leitor. Meu coração está aqui, ó. Faça o que quiser com ele. Escrevo isso para que você entenda que não sou seu adversário ou inimigo. Que me sinto irmanado nesse nosso cotidiano de indignação e dúvidas. Que me preocupo também com os rumos do país, embora tenha a tendência a menosprezar minha importância num debate público no qual minha palavra é só um sussurro. Bem escrito, vá lá, mas ainda assim um sussurro.

Também escrevo para pedir desculpas por, aqui e ali, não corresponder às suas expectativas. Sei que você, leitor, muitas vezes só quer ver espelhadas nessas linhas uma opinião já formada. Só quer um argumento que confirme: você tem razão. Só quer ouvir ecos da sua voz. Só quer rir aquela risada distante de quem contempla a mentira se esforçando para passar por verdade. E às vezes isso realmente acontece. De uma forma que só posso considerar divina. Mas às vezes eu fracasso em minha tentativa de alimentar uma pulguinha virtuosa aí atrás da sua orelha. Daí o pedido de desculpas.

Por fim, escrevo isso para agradecer a oportunidade de fazer uma diferençazinha bem inhazinha mesmo na sua vida. Da mesma forma que você faz na minha. Escrever pode ser um ato mesquinho, egoísta e autocongratulatório, mas ler não. Ler é sempre um ato de generosidade. Ainda mais nesse nosso tempo de ensimesmamento, né? E, num mundo onde todos têm a oportunidade de dar sua opinião, sem que para isso precisem se preocupar com argumentos, com a forma ou com as consequências de suas palavras, saiba que ter sua companhia aqui neste espaço é um privilégio que não me escapa. Obrigado.

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CIDADANIA INCOMPLETA FAZ O POVO FICAR NA INANIÇÃO E IGNORÂNCIA

 

Enquanto a sociedade não abandonar as esperanças no Estado paternalista e não desprivatizar o Estado patrimonialista, a Nação continuará a agonizar na inanição e na ignorância

Por Notas & Informações – Jornal Estadão

“O homem é o problema da sociedade brasileira: sem salário, analfabeto, sem saúde, sem casa, portanto, sem cidadania. A Constituição luta contra os bolsões de miséria que envergonham o País”, disse o presidente da Assembleia Constituinte, Ulysses Guimarães, ao promulgar a nova “Constituição Cidadã”.

Mais de três décadas depois, que vergonha! O Brasil é uma das nações mais desiguais do mundo. Uma das mais violentas também. O País voltou ao mapa da fome. Os jovens que chegam a completar o ensino médio mal sabem escrever ou realizar operações aritméticas elementares. Metade da população não tem esgoto.

A vergonha cala tanto mais fundo ante as potencialidades congênitas de um País preservado de catástrofes naturais, farto em recursos alimentares e energéticos, sem histórico de guerras ou conflitos civis, povoado por imigrantes de todo o mundo que compartilham de uma cultura plural e tolerante. Somem-se a isso as oportunidades da economia verde e as necessidades geopolíticas da Europa e EUA de realocarem negócios em países geográfica e culturalmente próximos.

O abismo entre a utopia inclusivista da Constituição e uma realidade socioeconômica brutalmente desigual e estagnada espelha o abismo entre as elites políticas e econômicas extrativistas e uma massa de excluídos desnutridos e iletrados. A Carta confere um vasto catálogo de direitos. Mas como reivindicá-los quando mal se consegue vencer a luta cotidiana pela sobrevivência?

O abismo social é causa e consequência de uma cidadania totalmente incompleta. Antes, da renitente perversão da cidadania por uma cultura classificada pelo historiador José Murilo de Carvalho como “estadania”. A cidadania, escreve Carvalho no artigo Cidadania, estadania e apatia, publicado em junho de 2001 no Jornal do Brasil, é “a integração das pessoas no governo via participação política, na sociedade, via garantia de direitos individuais, e no patrimônio coletivo, via justiça social”. Nosso Estado, porém, “não é um poder público garantidor dos direitos de todos, mas uma presa de grupos econômicos e cidadãos que com ele tecem uma complexa rede clientelista de distribuição particularista de bens públicos”.

Uma das consequências é a excessiva valorização do Poder Executivo, o encanto do líder messiânico, sebastianista, o grande dispensador de empregos e favores. Outra é a visão privatista dos interesses coletivos. “Não há uma construção social do político”, escreve Carvalho. “Quando a virtude privada estabelece contato com o Estado, gera o aborto do fisiologismo e do clientelismo, quando a virtude do Estado se comunica com a sociedade, gera o aborto do paternalismo e do corporativismo.”

No mercado prevalecem os oligopólios e a falta de competição. As grandes corporações exigem do Estado subsídios e barreiras protecionistas. Os sindicatos exigem a calcificação de leis trabalhistas que tornam as contratações proibitivas. O resultado é um déficit geral de produtividade e inovação.

A contraface do Estado paternalista, o Estado patrimonialista, é o grande promotor de privilégios e impunidade. “Sobre a sociedade, acima das classes, o aparelhamento político – uma camada social comunitária embora nem sempre articulada, amorfa muitas vezes – impera, rege e governa, em nome próprio, num círculo impermeável de comando”, resumiu Raymundo Faoro no livro Os Donos do Poder (1958).

A espiral viciosa se perpetua. A estagnação econômica acentua a frustração. A ira popular se volta não só contra os incumbentes políticos, mas contra a própria política. Inflama-se a esperança em salvacionistas autoritários. E assim os donos do poder concentram mais poder.

Um círculo virtuoso depende de educação para garantir igualdade de oportunidades; segurança jurídica para garantir isonomia; meritocracia e produtividade para garantir competitividade, prosperidade e mobilidade social. Mas a ativação desse ciclo depende da capacidade de romper o vício de origem da cultura política brasileira. Enquanto a sociedade civil não encontrar modos de desprivatizar o Estado e democratizar o poder, a “Constituição Cidadã” seguirá brilhando no céu das ideias utópicas, enquanto na terra agreste da realidade a Nação agoniza na inanição e na ignorância.

LIVROS RECOMENDADOS PELO BILL GATES

 

Bill Gates, cofundador da Microsoft e um dos homens mais filantropos do mundo, revelou os cinco livros que ele adorou ler

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“Minha lista está bem eclética”, afirma Gates, hoje eleito o quarto homem mais ricos do mundo, segundo a Forbes. “Se você está procurando por um presente infalível para seus amigos e familiares, não há como errar em um desses”, aconselha.

O primeiro livro indicado por Gates é “Menina da Montanha”, de Tara Westover. A obra fala sobre uma experiência real da autora, que passou a frequentar a escola ou ir ao médico depois que ela saiu de casa aos 17 anos.

“Ela é uma escritora tão boa que me fez refletir sobre minha própria vida enquanto lia sobre sua infância difícil. Melinda (esposa de Gates) e eu amamos este livro de memórias de uma jovem cuja sede de aprendizado era tão forte que ela acabou virando doutora pela Universidade de Cambridge”, afirma o cofundador da Microsoft.

O segundo da lista é “Army of None” (Exército de Ninguém, em uma tradução livre), de Paul Scharre. Na obra, o especialista do Pentágono explora o que significaria dar às máquinas autoridade sobre a decisão final da vida ou da morte.

“É um tema imensamente complicado, mas Scharre oferece explicações claras e apresenta os prós e contras da guerra conduzida por máquinas”, opina Gates.

Outra obra indicada pelo cofundador da Microsoft é “Bad Blood: Fraude Bilionária no Vale do Silício”, de John Carreyrou. Nela, o jornalista investigou a ascensão e queda da Theranos, a startup do setor de saúde criada por Elizabeth Holmes que enganou empreendedores e investidores nos Estados Unidos. “A história é ainda mais louca do que eu esperava, e me vi incapaz de largar tudo assim que comecei”, diz Gates.

MEDITAÇÃO

O quarto livro da lista é “21 lições para o século 21”, escrito por Yuval Noah Harari. Na obra, o historiador explora as grandes questões do presente e o que podemos fazer para melhorá-lo, abordando o desafio de manter o foco coletivo e individual em face a mudanças frequentes e desconcertantes.

“Eu sou um grande fã de tudo que Harari escreveu, e seu mais recente não é uma exceção”, afirma Gates. “Se 2018 deixou você impressionado com o estado do mundo, 21 lições oferece uma estrutura útil para processar as notícias e pensar sobre os desafios que enfrentamos”.

O último livro indicado pelo cofundador da Microsoft é “The Headspace Guide to Meditation and Mindfulness (O Guia Headspace para Meditação e Consciência Plena, em tradução livre)”, de Andy Puddicombe. Na obra, o ex-monge budista procura ensina as pessoas a separar 10 minutos do dia para fazer a diferença no mundo.

“Tenho certeza de que eu, com 25 anos de idade, zombaria dessa indicação”, diz Gates. “O livro começa com a jornada pessoal de Puddicombe, de um estudante universitário a um monge budista, e depois se torna um explicador divertido sobre como meditar. Se você está pensando em obter a atenção plena, essa é a introdução perfeita”, afirma.

PITCH DA VALEON – RESUMO

Saudações da Valeon

Sou Moysés Peruhype Carlech CEO da Startup Valeon

Nossa Empresa: WML COMERCIAL DE INFORMÁTICA E ELETRÔNICOS LTDA.

A Startup Valeon é uma empresa desenvolvedora de soluções de Tecnologia da Informação com foco em divulgação empresarial e o nosso principal produto é a nossa Plataforma Comercial cujo site é um Marketplace.

Além do visual atrativo, bom Mídia Kit, participação do site em todas redes sociais, aplicativo Android “valeon” e métricas diárias e mensais, temos usado cada vez a tecnologia a nosso favor para nos aproximarmos das empresas, antecipar tendências e inovar sempre. Precisamos sempre estarmos em evolução para fazermos a diferença e estarmos sempre um passo à frente.

1 – IDEIA DO SITE

Iniciamos a nossa Startup Valeon durante um curso de Aceleração no SEBRAE-       MG e a partir daí estamos trabalhando com uma ideia de projeto diferente, repetitivo e escalável e no início em condições extremas de incerteza.

O nosso produto que é uma Plataforma Comercial Marketplace site Valeon, foi pensada para atender os interesses dos clientes e para satisfazer uma necessidade específica deles para gerar negócios com as seguintes vantagens:

  • Gera maior visibilidade da sua marca;
  • É um investimento de baixo custo com alta capacidade de retorno;
  • Maior chance de conquistar novos clientes;
  • Aumenta a eficiência da sua equipe de marketing;
  • Serve como portfólio para todos os seus produtos e serviços;
  • Quando combinado com SEO atrai mais clientes;
  • É uma forma de seus clientes te encontrarem online.
  • Venda de produtos e serviços 24h por dia

2 – POTENCIAL INOVADOR

Temos um layout bonito, desenho Think moderno e um Product Fit bem aceito e adequado ao mercado consumidor, com objetivos claros e alinhados com uma carga de inovação e estratégias para conquistar o mercado.

Diferimos dos outros marketplaces pela inclusão de outros atrativos que não sejam só os produtos e promoções, utilizamos os seguintes artifícios para atrair os consumidores como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no shopping, ofertas de produtos de Lojas, Veículos e Supermercados, Notícias locais do Brasil e do Mundo, Rádios,  Músicas e Gossip.

3 – ESTÁGIOS DE VALIDAÇÃO DA IDEIA

A Startup Valeon já passou pelos três estágios a saber:

1º Estágio – A própria ideia do negócio

2º Estágio – Teste de Solução da proposta

3º Estágio – Teste do Produto que é o site da Valeon que passou por vários processos durante os dois anos de sua existência, com muitos ajustes e modificações, reorganização interna por várias vezes do layout e esses momentos de dificuldades nos levou a fases de grande aprendizado e juntamos todos os ingredientes para nos levar para um futuro promissor.

4 – POTENCIAL DE MERCADO

Fizemos um estudo profundo do Mercado do Vale do Aço para melhor posicionar a nossa marca Valeon junto às empresas e consumidores.

Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área, sites de diretório e sites de mídia social e o nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.

Consultando o nosso Mídia Kit verificamos que a região do Vale do Aço possui 27 Municípios e os 4 Municípios mais importantes têm 806 km² e uma população de +500 mil habitantes. – (Figuras)

O Potencial do Mercado Consumidor do Vale do aço é estimado em R$ 13 Bilhões.

O Potencial de Mercado no seu eixo logístico é aproximadamente 50% do Potencial de Negócios do País (R$ 13,093 bilhões) – (Figuras).

5 – ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO

A Startup Valeon passou pelos estágios de desenvolvimento, introdução e se encontra no estágio de crescimento.

A mídia, as empresas e os consumidores já têm conhecimento da existência do site e o número de acessos tem aumentado consideravelmente e estamos chegando próximo de 70.000 visitantes.

Estratégias para o crescimento da nossa empresa:

  1. Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
  2. Equilíbrio financeiro e rentabilidade. Capital de giro, controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade são termos que devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o objetivo de crescer.
  3. Desenvolvimento de um planejamento estratégico. Planejar-se estrategicamente é como definir com antecedência um roteiro de viagem ao destino final.
  4. Investimento em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
  5. Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.

6 – KNOW-HOW DOS EMPREENDEDORES

Temos a plena consciência que o nosso Know-How está relacionado com inovação, habilidade e eficiência na execução de modificações e atualizações do site e no atendimento aos clientes.

Somos muito Profissionais, temos Experiência para resolver as necessidades dos nossos clientes, temos Gestão Estratégica, temos o conhecimento e soluções estratégicas para as constantes mudanças do mercado e aproveitamento de Oportunidades do Mercado para o lançamento da Plataforma Comercial Valeon.

7 – EQUIPE DE TRABALHO

Moysés Peruhype Carlech – Engº. Mecânico e Professor

André Henrique Freitas Andrade – Programador e Web Designe

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

sábado, 27 de maio de 2023

GOVERNO SERÁ OBRIGADO A REESTRUTURAR OS MINISTÉRIOS

 


Congresso deve manter esvaziamento das pastas ambiental e indígena do governo Lula
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília

AME1715. SAO PAULO (BRASIL), 25/05/2023.- El presidente de Brasil Luiz Inácio Lula da Silva participa en el evento ‘Industria Fuerte, País Fuerte’, organizado por la Federación de Industrias del Estado de São Paulo, en el marco del Día de la Industria, hoy en la ciudad de São Paulo (Brasil). EFE/Isaac Fontana


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva| Foto: EFE/ Isaac Fontana

Apesar da sinalização dos articuladores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de tentar reverter os esvaziamentos dos Ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, a expectativa é de que o Congresso Nacional imponha novas derrotas ao governo. O texto da Medida Provisória que trata da reestruturação da Esplanada dos Ministérios deve ser votada na próxima semana pelos plenários da Câmara e do Senado.

Lula realizou nesta sexta-feira (26) uma reunião ministerial no intuito de tentar minimizar a crise provocada pelas mudanças nas pastas comandadas por Marina Silva (Meio Ambiente) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas). O governo virou alvo de críticas depois que o petista passou a ser acusado de ter deixado a pauta ambiental em segundo plano para atender interesses de partidos do Centrão.

Além das duas ministras, a reunião no Planalto teve a presença dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta. Os líderes do governo Randolfe Rodrigues (Congresso), Jaques Wagner (Senado) e José Guimarães (Câmara) também estiveram presentes.

“O conceito original dos pontos que foram mexidos e que, em nossa opinião, está desalinhado com as políticas que precisam ser implementadas, que nós possamos retomar. Portanto, o conceito original daqueles pontos que foram modificados, e a votação se deu apenas do âmbito da comissão, e nós continuaremos trabalhando para que esses pontos [sejam revertidos]”, disse Lula.

As derrotas das pastas do Meio Ambiente e dos Povos Originários ocorreram durante a votação na comissão mista que analisa a MP. Apesar de o relatório promover mudanças substanciais nas pastas comandadas por Marina Silva e Sônia Guajajara, a liderança do governo não orientou voto contra o texto.

A justificativa dos aliados do governo para essa postura durante a votação no colegiado foi de que o Executivo tinha pressa na tramitação, já que a MP perderá sua validade no dia 1º de junho. De acordo com integrantes do Planalto, a reunião de Lula teve como objetivo amenizar a crise dos últimos dias e prestigiar as duas ministras.

Além disso, o presidente indicou que o esvaziamento das pastas se deu diante da correlação de forças dentro do Congresso Nacional.  A avaliação dos governistas é de que o Executivo ainda não consolidou a sua base de apoio dentro do Legislativo.

Eles alegam ainda que o governo precisou ceder, pois temia que uma resistência por parte do Planalto faria com que a MP não fosse votada e perdesse a validade. Com isso, o governo ficaria com a mesma estrutura da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Planalto vai tentar negociar com o Congresso recomposição da MP 
Entre outros pontos, o relatório aprovado pela comissão mista que analisa a MP da reestruturação da Esplanada retirou da pasta de Marina as funções do Cadastro Ambiental Rural (CAR), responsável por controlar terras privadas e conflitos em áreas de preservação. A expectativa do Planalto, no entanto, é de que seja possível reverter esse ponto antes da deliberação em plenário. A previsão é de que a votação ocorra até a próxima terça-feira (30).

De acordo com o ministro Alexandre Padilha, as mudanças propostas pelo relator não vão inviabilizar o trabalho do governo Lula nas pautas ambiental e indígena.

“O relatório não acaba com nenhum ministério, não acaba com nenhum órgão e não tira de o governo a possibilidade de poder implementar a sua agenda política. Nós vamos continuar conversando no Congresso e com o relator para buscar, até a votação no plenário, os aprimoramentos que consideramos necessários”, defendeu o titular das Relações Institucionais.

Lula estuda gestão compartilhada entre ministérios esvaziados
Parte do governo, no entanto, já dá como irreversível outras mudanças na pasta de Marina, tais como a transferência da Agência Nacional de Águas (ANA) para o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. A pasta é comandada por Waldez Góes, indicado pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP).

Além disso, a pasta do Meio Ambiente perdeu o controle sobre o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa), o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir) e o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh). Essas funções foram transferidas para o Ministério das Cidades, do ministro Jader Barbalho Filho, do MDB.

Outro ponto considerado pelo governo como irreversível diz respeito ao Ministério dos Povos Indígenas, da ministra Sônia Guajajara, que perdeu as atribuições sobre as demarcações de novas terras indígenas. Essas funções foram transferidas para o guarda-chuva do Ministério da Justiça, comandado por Flávio Dino.

Apesar disso, Lula estuda propor uma gestão compartilhada entre os ministérios para compensar as perdas das duas ministras. A avaliação interna é de que essa alternativa seria uma forma de o Planalto “mitigar” os efeitos do relatório de Bulhões ao mesmo tempo que mantém as mudanças propostas pelo Congresso.

Lula quer mudar pauta do governo após o desgaste com os ambientalistas 

Além de um aceno para Marina Silva e Sônia Guajajara, a reunião de Lula desta sexta teve como objetivo traçar estratégias para mudar a pauta com uma agenda positiva sobre o governo na próxima semana.

“Todos os presentes [na reunião] saíram com a convicção do compromisso do presidente Lula com a agenda da sustentabilidade, da proteção ambiental e da proteção dos povos indígenas. A sustentabilidade faz parte do conjunto do governo do presidente Lula”, minimizou Padilha.

Diante disso, a expectativa do governo é tentar repercutir entre o eleitorado o corte de impostos para carros populares de até R$ 120 mil. A medida foi anunciada por Lula e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, nesta quinta-feira (25). Os petistas, no entanto, admitem que a repercussão ficou abaixo da esperada diante da crise provocada pelo esvaziamento das pastas ambiental e indígena.

Em outra frente, Lula espera lançar ainda na semana que vem o “Desenrola”, programa que prevê a renegociação de dívidas. A expectativa do governo é de que a medida alcance, principalmente, eleitores da classe média.

Todas as empresas que aderirem ao programa “Desenrola” terão que dar algum desconto para os devedores. O fundo garantidor é R$ 10 bilhões para ajudar a renegociar R$ 50 bilhões de dívidas de 37 milhões de pessoas físicas, com dívidas bancárias e não bancárias. Os descontos serão maiores para quem recebe até dois salários mínimos.


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TRÊS MAIORES CALAMIDADES HUMANITÁRIAS DO BRASIL

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Imagem ilustrativa.| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

Entre as maiores calamidades humanitárias do Brasil, há três que ocupam as primeiras posições: o baixo produto por habitante, a pobreza (nela incluída a miséria) e a desigualdade de renda. Invariavelmente, é em nome do combate a esses males que governantes, políticos, amantes da estatização e ideólogos de esquerda pedem mais Estado, mais impostos, mais leis e mais interferência do governo na vida das pessoas, empresas e instituições em geral. As premissas de quase todas as propostas de leis, políticas e programas são sempre essas, ou seja, combater os males, fazer o bem e melhorar a vida da população. O problema é que normalmente os políticos e governantes buscam apreço e apoio para suas teses brandindo os objetivos desejados, sem entrarem no mérito e no valor funcional das medidas que propõem. E quem paga a conta é a população.

Um exemplo dessa realidade é o crescimento do setor estatal, a expansão da burocracia governamental, o aumento do número de funcionários públicos, o aumento das intervenções sobre pessoas naturais e pessoas jurídicas, a imposição de mais e mais leis e regras de convívio social. É óbvio que, para sustentar a máquina pública e todas suas ações, a sociedade é onerada com cada vez mais impostos.

O discurso dos políticos sempre parece bom; as medidas, não raro, vão na direção oposta.

Atualmente, está em pleno andamento a discussão sobre a reforma tributária, várias propostas vêm sendo debatidas e há pelo menos três propostas de emenda constitucional em primeiro plano no Congresso Nacional – a PEC 45/2019, a PEC 110/2019 e a PEC 46/2022 –, e nenhuma delas significa redução da carga tributária como porcentual do Produto Interno Bruto (PIB). Pelo contrário: pelas projeções iniciais, a arrecadação tributária efetivamente a ingressar nos cofres públicos após a reforma deverá aumentar como fração do PIB brasileiro.

A respeito do crescimento do setor estatal e da máquina pública em todos os níveis, há um dado que revela o quanto isso pode acontecer como medidas anunciadas para melhorar a vida da população, cujo efeito se prova o inverso. Esse dado é a existência de 5.570 municípios, dos quais 3.770 têm menos de 20 mil habitantes, 2.451 têm menos de 10 mil habitantes, e 1.250 têm menos de 5 mil habitantes. Basta imaginar cada município com sua estrutura de prefeitura, Câmara de Vereadores e toda a burocracia circundante para concluir o quanto essa máquina custa para a população, lembrando que a criação descontrolada de municípios foi feita em nome da solução dos problemas no local mais próximo da população. O discurso sempre parece bom; as medidas, não raro, vão na direção oposta.

Ao drama da ineficiência se juntam dois outros males graves: o enorme grau de corrupção e desvio de dinheiro público, e o elevado custo salarial e administrativo da máquina governamental,

Outro exemplo interessante de política feita em nome da ajuda aos pobres, mas que foi desastrosa em termos de resultado, ocorreu quando o presidente José Sarney lançou o Programa Nacional do Leite para Crianças Carentes (PNLCC), em agosto de 1986. Na época, nenhum político teve a coragem de criticar o programa ou pedir explicação sobre sua eficiência – afinal, quem poderia ser contra o governo fornecer leite para crianças carentes? O programa foi implantado e se tornou uma espécie de símbolo social com o qual o governo e o presidente Sarney se apresentavam à sociedade.

Por ironia, a condenação mais veemente do programa do leite ficou por conta de uma declaração dada por Anibal Teixeira, autor da sugestão para criar a Secretaria Especial de Ação Comunitária (Seac), criada por Sarney com a missão de gerenciar os programas comunitários do governo e da qual o próprio deputado Teixeira veio a ser seu titular. De acordo com ele, para cada litro de leite que o governo federal distribuía, a burocracia operacional e administrativa consumia quatro litros.

Duas das causas da miséria e da desigualdade de renda na América Latina são governos ineficientes em termos gerenciais e corruptos em termos morais.

Na época, aquele ministro do governo dava a dimensão da ineficiência que havia tomado conta da administração pública no Brasil. E esse era apenas um dos defeitos congênitos do governo, isto é, a enorme ineficiência gerencial e o elevado custo das ações governamentais – coisa que não é exclusividade do Brasil, sendo a essência da própria noção de governo no mundo todo, com alguma variação de um país para outro.

Se as mazelas do setor estatal se resumissem à ineficiência e ao elevado custo financeiro das ações feitas com dinheiro da sociedade, o problema seria sério, porém substancialmente menor do que é na realidade atual. Ocorre que ao drama da ineficiência se juntam dois outros males graves: o enorme grau de corrupção e desvio de dinheiro público, e o elevado custo salarial e administrativo da máquina governamental, cujos integrantes recebem remuneração média superior às funções equivalentes no setor privado.

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Arcabouço fiscal ficou aquém do necessário
A necessidade de definir prioridades


O desafio de superar a pobreza
Em quase todos os países atrasados, a soma de ineficiência mais corrupção no âmbito do setor estatal responde por grande parte da pobreza e da miséria que atacam as camadas mais vulneráveis da população. O próprio Banco Mundial revela em seus estudos que duas das causas da miséria e da desigualdade de renda na América Latina são governos ineficientes em termos gerenciais e corruptos em termos morais, e que expressiva parcela da arrecadação tributária se perde nos escaninhos financeiros somente por esses dois flagelos. A bem da verdade, a corrupção no setor público não sobrevive sozinha, mas conta com a adesão de agentes privados com os quais o governo mantém negócios, contratos e fornecimento de materiais, serviços e obras.

Uma das principais necessidades na conscientização política da população é o conhecimento sobre o inchaço da máquina estatal, a ineficiência governamental e a corrupção com dinheiro público, e sobre seus efeitos na geração de pobreza, miséria e desigualdade de renda. E aí volta o velho problema do baixo nível educacional em todos seus níveis. A tarefa de melhoria educacional é árdua e longa, mas é preciso começar.


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NA CPI DO MST DEPUTADOS GOVERNISTAS ATACAM A OPOSIÇÃO

 

Na Câmara
Deputados da oposição são alvo de ofensiva governista na CPI do MST
Por
Aline Rechmann – Gazeta do Povo


Relator da CPI do MST, Ricardo Salles, apresentou plano de trabalho das investigações. Advogados que apoiam o MST querem pacto de civilidade na comissão| Foto: Douglas Gomes/ Republicanos

Em meio à estratégia da base governista, deputados de oposição têm sido alvo de críticas e acusações nas reuniões da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os principais alvos dessa ofensiva são os deputados Tentente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) e Ricardo Salles (PL-SP), presidente e relator da CPI do MST, respectivamente. Além deles, o deputado delegado Éder Mauro (PL-PA) também é um dos mais mencionados.

Deputados aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utilizam investigações contra os parlamentares de oposição para confrontar o comando da comissão e para postergar e criticar o andamento dos trabalhos. A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), por exemplo, tem usado recursos regimentais para reforçar seu posicionamento contrário à condução de Zucco e Salles.

Já a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), por exemplo, relacionou Salles com grilagem, madeireiros e garimpo ilegal. “O relator desta Comissão é acusado de fraudar mapas. Ele tem relação com o garimpo ilegal”, afirmou a parlamentar fluminense. Talíria se referiu a um processo em que ele foi acusado pelo Ministério Público de fraudar o Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê, quando foi secretário estadual de São Paulo. Após as acusações, Salles disse que irá entrar com representação no Conselho de Ética contra Talíria.

Contra Zucco, presidente da CPI, os deputados Valmir Assunção (PT-BA) e Sâmia Bonfim apontaram uma investigação a ser realizada pela Polícia Federal e que foi autorizada na última semana pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação diz respeito a publicações feitas entre outubro e novembro nas redes sociais.

De acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, onde as investigações iniciaram, o então deputado estadual teria motivado manifestações e atos antidemocráticos contra o resultado das eleições nas publicações. O caso foi remetido ao STF após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) entender que, como Zucco foi eleito deputado federal, ele tem foro privilegiado.

Zucco afirmou, no entanto, que essa é uma “resposta política” diante de seu trabalho à frente da CPI do MST. Em nota, o presidente da CPI do MST disse que se trata de “tentativa de ‘requentar’ pauta já há muito esclarecida”. “Documentos e vídeos de domínio público da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul demonstram que não há qualquer indício de envolvimento com quaisquer atos atentatórios à democracia”, disse.

“Estou tranquilo em relação à investigação e certo de que a Polícia Federal verificará que nenhum crime houve, assim como já observado pela autoridade policial do Rio Grande do Sul. Informo que minha assessoria jurídica se encontra à disposição da justiça para colaborar e esclarecer quaisquer pontos que se mostrem necessários”, completou Zucco, em nota enviada à imprensa.

Além deles, o deputado Éder Mauro também tem sido alvo de acusações ao afirmar frequentemente que o MST é composto por “marginais”. “Se está apurando exatamente situações de um grupo que não é movimento social, mas um movimento de marginais que invadem, que quebram, que põem fogo em sedes de fazendas, que matam animais”, disse o deputado paraense durante a CPI.

Para rebater as afirmações, Talíria se referiu a Mauro como “torturador”. “Sr. presidente, eu não quero ser interrompida por torturador”, disse a deputada do PSOL. Ela se referia a um caso envolvendo o então delegado Éder Mauro, ocorrido em 2008, mas em que o deputado foi absolvido, em 2016, no julgamento no Supremo. De acordo com a ação, o delegado teria permitido que agentes sob sua liderança cometessem excessos. O STS, no entanto, considerou, de forma unânime, que faltavam provas para comprovar a omissão do acusado em relação a conduta dos policiais.

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A ofensiva da base governista também refletiu na apresentação de requerimentos na CPI do MST. Aproximadamente 100 foram protocolados por membros da comissão. Quase 70 deles são de parlamentares do PCdoB, do PSOL e do PT. Na maior parte, deputados da esquerda – que defendem o MST – pretendem realizar audiências públicas para ouvir pessoas ligadas ao movimento, mas também miram o reforço das narrativas contra o comando da CPI.

Dentre as audiências propostas pelos parlamentares da esquerda, está o nome do delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva. Ele foi o responsável por apresentar uma notícia-crime contra Salles, relator da CPI do MST. A denúncia foi feita enquanto ele estava à frente da pasta do Meio Ambiente no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Após a divulgação da denúncia, Salles renunciou ao cargo de ministro.

O requerimento, no entanto, não menciona qual seria a ligação do delegado com a temática da CPI. “A presença do Delegado Alexandre Saraiva será de grande valia por sua experiência e conhecimentos da região amazônica que enfrenta nos últimos anos a ascensão do crime organizado”, diz a justificativa para o convite ao delegado.

Plano de trabalho da CPI do MST prevê visitas em assentamentos e nos estados das invasões 

No plano de trabalho apresentado pelo relator ficou estabelecido que o colegiado atuará na apuração de denúncias, identificação de organizadores e financiadores das invasões de terras no Brasil. O documento também prevê que a CPI deve realizar audiências externas, também chamadas de diligências, para ir até os estados e municípios onde ocorreram invasões neste ano.

A Bahia está entre os estados que devem ser visitados. De acordo com dados da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), apenas essa unidade da federação registrou 17 invasões entre janeiro e abril de 2023. Esse é o maior número de invasões registradas em um único estado no período. No total, a CNA registrou 56 invasões em dez estados.

Além disso, Salles destacou que poderão ser feitas visitas técnicas e diligências em todos os estados onde existem assentamentos instalados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A CPI do MST buscará ainda a identificação de autoridades que estejam se omitindo ou prevaricando diante de suas obrigações legais relativas às invasões de terra no Brasil. No plano de trabalho, Salles previu também que os membros da CPI buscarão meios para fazer o ressarcimento pelos danos causados pelos atos de vandalismo promovidos durante as invasões, além de buscar a tipificação dos atos que possam ser enquadrados como crimes. O relator pontuou ainda que a CPI quer identificar propostas legislativas com temas relacionados que tramitam no Congresso.

Os deputados membros da CPI do MST também poderão fazer pedidos de quebra de sigilos bancário, fiscal e de dados, requerer documentos confidenciais de órgãos públicos e solicitar perícias, exames e vistorias, inclusive busca e apreensão.

Diante disso, a deputada Sâmia Bomfim apresentou questão de ordem para questionar o documento apresentado pelo relator. Para a parlamentar, o plano de trabalho apresentava, especialmente em seu título, escopo diferente do que foi apresentado no requerimento de instalação da CPI. O documento original tinha o seguinte título: “Comissão Parlamentar de Inquérito Destinada a Investigar a Invasão de Propriedade, Depredação de Patrimônio Público e Privado, e Crimes Correlatos – CPI”.

Diante disso, Salles atualizou o documento que foi publicado no portal da Câmara dos Deputados, no qual passou a constar somente “CPI MST”.

Grupo Prerrogativas nega formulação de dossiês e propõe “pacto de civilidade”

Apesar da ofensiva dos governistas, o advogado que lidera do Grupo Prerrogativas, Marco Aurélio Carvalho, buscou diálogo com Salles. Na conversa, Carvalho propôs um “pacto de civilidade” na condução dos trabalhos de investigação contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. O Grupo Prerrogativas – que reúne advogados, defensores públicos e outros da área do Direito que apoiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Partido dos Trabalhadores (PT) – ofereceu apoio para defender o MST durante a CPI.

“A ideia é tentar, de alguma forma, manter um padrão mínimo de dignidade, de institucionalidade. Vamos trabalhar para evitar essa espetacularização da CPI. Nós não queremos atuações circenses. Temos que focar no que é prioritário, que é o combate erradicação da fome, da miséria”, disse o advogado.

O grupo Prerrogativas também negou que esteja formulando dossiês contra deputados integrantes da CPI do MST. “Não estamos procurando fazer isso. Não é uma prática com a qual, inclusive, a gente concorda. E, ao que parece, embora tenha saído na imprensa, isso não é verdadeiro”, disse o líder do Grupo Prerrogativas.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/deputados-da-oposicao-sao-alvo-de-ofensiva-governista-na-cpi-do-mst/
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EMPLACAR AGENDA DE ESQUERDA NÃO VAI TERMINAR BEM PARA O GOVERNO

Por
Guilherme Macalossi – Gazeta do Povo


Presidente Lula minimizou aprovação de mudanças que esvaziam ministérios.| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Não há, por hora, o menor risco de Lula sofrer um processo de impeachment. Isso, entretanto, não significa que terá vida fácil no Congresso Nacional. Foi a escolha legítima das urnas. A maior parte da população votou em um presidente de esquerda e contrabalanceou isso elegendo também um Congresso Nacional conservador (não no sentido britânico, é claro). Por si, isso já seria suficiente para enfileirar desacertos, mas há também um contexto político infinitamente mais complexo daquele que o atual presidente encontrou quando assumiu seu primeiro mandato. Durante os 8 anos em que esteve no poder, Lula manejou a relação, inclusive pela cooptação descarada, mas, no Brasil de 2023, esse polo se inverteu. O protagonismo agora é do Parlamento, que, turbinado pelo orçamento secreto, acabou também se assenhorando do orçamento oficial.

Na última terça-feira (23), Arthur Lira manobrou para votar a regra fiscal antecipadamente. A aprovação veio com um resultado muito acima do necessário para tanto. Foram 372 votos favoráveis e 102 contrários. Apesar da comemoração e do alarido do lulopetismo, a palavra “vitória” só cabe aqui se considerarmos que sem o arcabouço, sobraria apenas ingovernabilidade.

Só a esquerda mais estridente não foi avisada que o governo não teria condições de tocar uma agenda francamente progressista.

Dado o comportamento dos partidos políticos, nada ali permitia presumir o surgimento de uma base parlamentar sólida e fiel. Muito antes pelo contrário. O resultado se deveu à mobilização do Centrão e de setores da Câmara que não são governistas (motivados também pela liberação R$ 1 bilhão em emendas na véspera da apreciação do projeto). Partidos como PP e Republicanos entregaram quase que a totalidade de seus votos, e o PL um terço do total. Na esquerda, o PSOL foi até mais oposicionista que o partido de Jair Bolsonaro. Votou integralmente contra, indo na mesma linha que o Novo. Era evidente que esse cenário não se repetiria com facilidade. A agenda fiscal, é fato, transita por setores políticos não necessariamente alinhados ou subalternos ao PT.

Eis que, já no dia seguinte da aprovação do arcabouço, veio a tempestade. A Medida Provisória 1154/23, que reestrutura as funções dos Ministérios acabou sendo moldada para atender o interesse da força política majoritária na Câmara. A versão do relator, deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), alterou o que Lula havia elaborado, desidratando o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério dos Povos Indígenas, gerando protestos da militância esquerdista e inconformidade em Marina Silva e Sônia Guajajara, as titulares das respectivas pastas.

A realidade se impõe, e ela não é simpática ao PT, ainda que seja o partido a ocupar o poder.

Conjuntamente a isso, durante a noite, quando da votação da urgência do Marco Temporal das Demarcações Indígenas, o governo liberou as bancadas da dita base para que votassem como bem entendessem (até porque não teria como exigir um posicionamento que não fosse favorável). A postura foi tomada pelas esquerdas como uma traição ao discurso ambiental e representativo dos povos originários, que Lula usou durante a campanha eleitoral para fustigar Jair Bolsonaro e capitalizar sua imagem no exterior.

As figuras de Marina Silva e Sônia Guajajara podem até render elogios em círculos de entidades internacionais, mas não votos dentro no Congresso de Arthur Lira. E Lula, como bom pragmático, sabe disso muito bem. A aprovação do Marco Temporal era de interesse dos deputados que defendem o agronegócio, o grosso do centro político de comanda os rumos da Câmara e que, é necessário dizer, exercem influência no naco de governo que não está na órbita do lulopetismo.

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Lula não desfruta mais dos índices de aprovação de outrora. Foi eleito com margem estreita e numa dinâmica institucional em que deputados e senadores já não se permitem controlar pelo Executivo, nem aceitam que temas já apreciados no Congresso sejam revistos. E a derrubada dos decretos presidenciais que alteravam o marco do saneamento são uma sinalização evidente disso.

O Planalto está limitado pela circunstância, e a esquerda pela falta de capilaridade política. Num encontro da Fiesp, realizado na quinta (25), Lula tratou os reveses da semana com naturalidade, dizendo que fazem parte do jogo democrático. E são. Mas essa declaração não deixa de ser também a confissão de uma resignação crescente. A realidade se impõe, e ela não é simpática ao PT, ainda que seja o partido a ocupar o poder. Só a esquerda mais estridente não foi avisada que o governo não teria condições de tocar uma agenda francamente progressista. Se o fizesse, Lula nem completaria o mandato.


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A IMPLACÁVEL PERSEGUIÇÃO AOS QUE COMBATERAM A CORRUPÇÃO

 

Por
Deltan Dallagnol


O ex-juiz da Lava Jato, senador Sergio Moro.| Foto: Agencia Senado

Enquanto corruptos confessos vivem livres e impunes, os agentes da lei que enfrentaram os abusos dos poderosos são implacavelmente perseguidos pelo sistema. Em abril de 2021, o ministro Barroso alertou: no Brasil, os poderosos não querem apenas impunidade, eles querem vingança para que ninguém mais ouse combater a sua corrupção no futuro.

O Brasil não será o país que queremos enquanto nos curvarmos ao arbítrio dessa perseguição, que se intensifica no contexto de um governo no qual Lula declarou querer vingança contra quem combateu sua corrupção.

Várias situações são melhor compreendidas à luz desse contexto anunciado de vingança sistêmica ou lulista, ainda que não seja possível individualmente comprovar a má-fé de pessoas ou decisões específicas.

No Brasil, os poderosos não querem apenas impunidade, eles querem vingança para que ninguém mais ouse combater a sua corrupção no futuro

É preciso ainda reconhecer que as acusações, condenações e decisões desfavoráveis contra os agentes da lei seguem um mesmo padrão, o de serem emitidas em instâncias mais permeáveis a influências políticas. Vejamos algumas dessas situações.

  1. Sergio Moro foi acusado criminalmente perante o Supremo Tribunal Federal por ter feito uma piadinha de festa junina. Na brincadeira junina em que pessoas são presas e são liberadas mediante pagamento, ele cometeu um crime hediondo: disse que o dinheiro que entregava para libertar alguém era para comprar um habeas corpus do ministro Gilmar Mendes. Até um estagiário de segundo ano de Direito sabe que a gozação, a intenção de fazer uma brincadeira, o “animus jocandi” como é chamado em jurisdiquês, afasta a ocorrência desse tipo de crime.

Enquanto Sergio Moro é submetido a uma acusação injusta que coloca seu mandato em risco, Sergio Cabral, condenado a centenas de anos, mas que vive livre, lançará seu novo podcast, o “rolê pelo Rio”, em que mostrará a curtição da vida noturna e bares cariocas. Vai aproveitar a vida, enquanto os outros sofrem com seus crimes, como a Marcele, cujo pai morreu por falta de equipamentos e medicamentos no Hospital Pedro Ernesto. Mais de trezentos milhões de reais que poderiam salvar essa e muitas outras vidas tinham sido desviados pelo ex-governador.

  1. Há pouco tempo, o juiz federal Marcelo Bretas, que fez um trabalho exemplar nos casos de combate à corrupção, foi afastado da Lava Jato do Rio de Janeiro pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sem que tenham vindo a público razões que apontassem irregularidades que justificassem o seu afastamento.
  2. De modo similar, mas talvez ainda mais grave, procuradores da Lava Jato do Rio de Janeiro foram condenados pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por terem feito uma entrevista coletiva apresentando uma denúncia pública, mas que havia sido colocada em sigilo no sistema, por equívoco, por um assessor. Em seguida, o juiz levantou o sigilo. O caso não merecia sequer condenação, mas os procuradores foram condenados e um deles, o coordenador da força-tarefa, à pena de demissão, que foi convertida em suspensão.
  3. Esses Conselhos, o CNJ e o CNMP, são órgãos cujos integrantes passam pela aprovação de seus nomes no Senado e têm vários de seus membros indicados politicamente. Há uma grande pressão política que vem do Senado, Câmara e governo nesses julgamentos, como pude acompanhar nos meus casos que tramitaram no CNMP.

Fui, aliás, condenado no CNMP por quebra de decoro por ter feito críticas respeitosas, embora firmes, a decisões do STF e a Renan Calheiros. Obtive decisões judiciais favoráveis, na primeira instância, para suspender esses processos e condenações, mas então o STF mudou o entendimento estabelecido há longa data, para determinar que os questionamentos não deveriam mais ser feitos perante a Justiça da primeira instância, mas apenas perante o STF, onde não tive a mesma sorte.

  1. Outra mudança brusca de entendimento que chamou a atenção aconteceu no caso em que a Justiça Eleitoral de São Paulo julgou o domicílio eleitoral do ex-juiz federal Sergio Moro. Um dos julgadores chegou a reconhecer que o entendimento do tribunal sempre foi no sentido oposto, mas era o caso de mudá-lo, em decisão que desfavoreceu Moro.
  2. O Superior Tribunal de Justiça também surpreendeu na condenação para que eu indenizasse Lula pela famosa entrevista coletiva do Power Point. Eu já havia sido absolvido na primeira e na segunda instância, que são compostas por juízes técnicos e concursados. Independentemente de você achar que a indenização é ou não é justa, houve dois problemas graves na decisão.

Primeiro, o STJ tem um entendimento consolidado de que não poderia, no recurso, reexaminar fatos e provas, como fez. Além disso, a decisão violou uma posição vinculante do STF no sentido de que esse tipo de ação indenizatória jamais poderia ter sido proposta contra o agente público como pessoa física, e sim contra a União. Assim, de forma incoerente com o entendimento dos próprios tribunais superiores, fui condenado.

  1. Contudo, o pior ainda viria no ano eleitoral. O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, alvo de delação na Lava Jato e candidato à vaga de ministro do STF no governo Lula, conduziu em tempo recorde um procedimento que me condenou a devolver diárias e passagens pagas para outros procuradores que viviam em outros Estados, mas vinham trabalhar semanalmente em Curitiba.

O ministro afirmou que as diárias eram legais, mas alegou que eram antieconômicas, sem apresentar um cálculo fundamentado disso. Além disso, eu não recebi as diárias, não pedi e não opinei sobre elas – ou seja, não tinham nada a ver comigo. Ainda assim, contra todos os pareceres da área técnica e do Ministério Público, fui condenado inclusive por ato de improbidade, o que tinha potencial para me deixar inelegível.

Em seguida, o próprio Ministério Público afirmou que não havia qualquer improbidade e a Justiça Federal suspendeu a decisão do TCU, apontando haver abundantes e manifestas ilegalidades na atuação do TCU, além de indícios de quebra de impessoalidade, ou seja, perseguição política.

No meio do caminho, o ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça, que teve o filho acusado na Lava Jato, suspendeu a decisão do juiz de primeira instância, permitindo que o processo do TCU prosseguisse. Obtive outra decisão da Justiça, que evitou a inelegibilidade e, logo, o STJ retomará o julgamento do caso para determinar se o procedimento do TCU deve seguir ou não.

  1. Na última semana, o Tribunal Superior Eleitoral, contrariando decisão da instância inferior e os pareceres do Ministério Público, cassou meu mandato sem amparo na lei, segundo reconhecido por renomados juristas e a maior parte da opinião pública reconheceu.

A decisão violou o firme entendimento de que regras de inelegibilidade, que restringem direitos fundamentais, não podem ser expandidas via interpretação por intérpretes e julgadores. E foi exatamente o que fizeram: criaram uma hipótese de inelegibilidade inexistente e me cassaram.

Não deve passar despercebido que a decisão aconteceu no contexto de disputa por indicações para vagas de ministros do próprio TSE e do STF, feitas por Lula. A decisão foi conduzida pelo voto de um relator que notoriamente é candidato a uma vaga de ministro do STF, que tem proximidade com Lula e, mais, segundo a imprensa divulgou, foi mencionado em delação na Lava Jato.

Essas histórias todas seguem um padrão, que é o inverso do padrão do caso Lula. Os agentes da lei são absolvidos em instâncias técnicas, por juízes concursados, e condenados em instâncias em que há permeabilidade e ingerência política. Já com Lula ocorreu o contrário: foi condenado pelas instâncias técnicas do Judiciário, mas descondenado na última instância, mais suscetível a ventos políticos.

Quando a Odebrecht fez seu acordo de leniência, implicou um grande número de pessoas poderosas: 415 políticos de 26 partidos, englobando quase um terço dos senadores e ministros e quase metade dos governadores.

Havia tanta gente poderosa que um advogado desenvolveu uma teoria de suspeição institucional: como poderiam as instâncias superiores e órgãos sujeitos a influência política julgar a Odebrecht e os delatores, quando recheadas de gente delatada ou de seus indicados, amigos ou aliados?

A teoria, que já fazia sentido, tem uma aplicação mais ainda embasada no caso dos agentes da lei, que investigaram, processaram e condenaram um número ainda maior de poderosos e, agora, enfrentam implacável perseguição.

Hoje vivemos um momento de perigo de perda de fé das pessoas na democracia e na justiça, o que é também alimentado pela percepção de que o Brasil tem donos do poder que se julgam intocáveis, e que, quando são tocados, abusam do poder e viram o jogo. Não teremos justiça enquanto quem a busca for oprimido. O Brasil não vai mudar enquanto nos curvarmos ao arbítrio.


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CHURRASCO DE LULA SEM CELULARES

Por Vera Rosa – Jornal Estadão

Presidente reúne ministros e líderes do governo para momento de descontração após semana de tensões e turbulências políticas

BRASÍLIA – Depois de uma semana marcada por turbulências políticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveu um churrasco, na noite desta sexta-feira, 26, com ministros e líderes do governo, no Palácio da Alvorada. Os telefones celulares ficaram do lado de fora, mas, nas rodinhas de conversa, o assunto era a relação com o Congresso.

Dos 37 ministros, nove compareceram. Quando receberam o convite, muitos já estavam longe de Brasília. Marina Silva (Meio Ambiente) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas) não passaram pelo Alvorada. Nove horas após participar de uma reunião com Lula, no Palácio do Planalto, Marina afirmou que encerrava a semana com espírito feliz. Disse não ter ido ao churrasco porque já tinha uma confraternização marcada antes, na casa do novo presidente do ICMbio, Mauro Pires.

Ministros chegam para churrasco promovido por Lula no Palácio da Alvorada
Ministros chegam para churrasco promovido por Lula no Palácio da Alvorada Foto: WILTON JUNIOR

Embora os percalços no Congresso não pudessem deixar de fazer parte das conversas, principalmente após uma comissão de deputados e senadores ter feito mudanças na configuração dos ministérios, Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, muitas vezes desviavam do tema. Argumentavam que a hora era de descontração e de jogar conversa fora. Mesmo com todos os reveses enfrentados pelo Planalto nesta semana, ministros presentes também comemoraram a aprovação da nova âncora fiscal pela Câmara.

Com picanha à vontade no Alvorada, houve quem cobrasse ali que o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, gaúcho de Santa Maria, preparasse o próximo churrasco, para manter a tradição.

Além de Pimenta, estiveram presentes à confraternização os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Flávio Dino (Justiça), Anielle Franco (Igualdade Racial), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura), Luiz Marinho (Trabalho) e Margareth Menezes (Cultura). Os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) também compareceram.

 

GOVER NO LULA NÃO CONCORDA COM AS REDES SOCIAIS LIVRES DE CENSURA

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