segunda-feira, 3 de abril de 2023

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL É ALIADA DA DIVERSIDADE

 

Daniele Avelino – StartSe

O tema de Inteligência Artificial não é de hoje que é discutido e comentado. E no último mês este assunto voltou a ficar em evidência com o ChatGPT, onde muitos usaram a ferramenta para entender o funcionamento dela. Confesso para vocês que eu fiz uma busca pelos conteúdos que as pessoas trouxeram sobre o tema, e encontrei uma infinidade delas para diversas áreas, mas quero contar para vocês como foi a minha experiência em utilizar a ferramenta com o foco em perguntas para Diversidade e Inclusão. Uma das questões que trouxe para a IA responder foi:

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL É ALIADA DA DIVERSIDADE?

E a resposta foi: “A Inteligência Artificial pode ser uma aliada da diversidade se for desenvolvida com os valores de diversidade, equidade e inclusão em mente e se for utilizada de maneira consciente e responsável.”

Ou seja, pode ajudar a reduzir os preconceitos e a discriminação que ocorrem em muitos setores da sociedade, como no mercado de trabalho, por exemplo, onde a discriminação pode ocorrer durante o processo de contratação ou promoção. Por meio da análise de grandes quantidades de dados, a tecnologia pode identificar padrões de discriminação e ajudar a desenvolver políticas para combatê-los.

QUAL É O PAPEL DA IA NO RH?

Utilizamos a IA para facilitar as nossas vidas, para diversos processos dentro das organizações e principalmente dentro do RH. Já utilizamos diariamente nos processos seletivos através de ATS, o próprio Recruiter do LinkedIn, aliás sabiam que a Startse tem no aplicativo ferramentas de IA disponíveis para serem utilizadas? Acredito que valem a pena vocês conferirem e testarem. Vejam aqui!

Além disso, a inteligência artificial pode ajudar a garantir que as informações e recursos sejam acessíveis a todos, independentemente de suas origens ou capacidades. Por exemplo, as tecnologias de reconhecimento de voz e de linguagem natural podem ajudar pessoas com deficiências visuais ou auditivas a acessar informações e serviços de maneira fácil e eficiente.

Fiquei surpresa em saber que a tecnologia reconhece que a Acessibilidade é parte importante do processo e questionei o porquê ela considerar isso importante e a resposta foi: “Não possuo emoções, nem opiniões pessoais, posso fornecer algumas razões pelas quais muitas pessoas consideram a acessibilidade importante, seguem algumas delas:

Igualdade de oportunidades

Inclusão social

Respeito aos direitos humanos

 Além disso, a acessibilidade é um benefício para toda a sociedade, pois não é apenas Pessoas com Deficiência que se beneficiam, é toda uma sociedade ao qual as pessoas estão inseridas.

Mas a ferramenta nos lembrou que: “A IA pode ser programada com preconceitos ou reforçar desigualdades existentes se não for desenvolvida com cuidado. É importante que as equipes de desenvolvimento sejam diversas e inclua pessoas de diferentes origens, experiências e perspectivas para garantir que a tecnologia seja desenvolvida de forma justa e inclusiva.”

Isso significa que pode ser uma aliada da diversidade se for usada de maneira consciente e responsável, com valores de diversidade, equidade e inclusão em mente e se for desenvolvida por equipes diversificadas e inclusivas.

COMO LIDAR COM VIESES NA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL?

Quem alimenta a ferramenta é desconstruído dos seus vieses? A IA é construída por pessoas que coletam e processam os dados e consequentemente são pessoas enviesadas dentro de suas vivências. Como bem sabemos, seres humanos são sujeitos a falhas. Em todo o contexto e na sociedade que estamos inseridos, acredito que todos nós somos preconceituosos (racista, capacitista, homofóbico, misógino, entre outros), e com a tecnologia trazemos o mesmo contexto, afinal de contas, somo nós quem construímos ela.

QUEM CONSTRÓI A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL?

Segundo o Fórum Econômico Mundial, 8 em cada 10 profissionais que trabalham com a ferramenta são homens, o que contribui para que a ferramenta não seja diversa, mas entendemos também que a ferramenta ainda está em desenvolvimento. Porém, é necessário avaliar como as ferramentas que utilizam a IA trabalham, garantir que os sistemas sejam desenvolvidos sem vieses e que as ferramentas tragam variedades em todos os processos que elas atuam. Times diversos na construção da IA tendem a tomar melhores decisões. E se isso não ocorrer, é hora de buscarmos este time para que a ferramenta seja imparcial nos resultados que ela possa apresentar.

Home office, trabalho, carreira, computador (Foto de Marcus Aurelius no Pexels)

Questionei a ferramenta com mais uma pergunta:

COMO A IA PODE PROMOVER A INCLUSÃO PELOS ALGORITMOS?

E a resposta foi: “A IA pode promover a inclusão através de algoritmos que são projetados para serem justos e imparciais, além de serem sensíveis às necessidades e capacidades de diferentes grupos de pessoas. Segue alguns exemplos em como podemos promover a inclusão:

Redução de Vieses: os algoritmos podem ser projetados para reduzir vieses e a discriminação em dados e processos de tomadas de decisão. Isso pode ser feito através da remoção por meios de dados sensíveis, como raça, gênero e idade, ou pelo ajuste dos modelos de IA para corrigir vieses pré-existentes.

Personalização: A IA pode ser usada para personalizar serviços e produtos de acordo com as necessidades e preferências individuais. Por exemplo, algoritmos de recomendação podem ser adaptados para levar em conta as preferências de pessoas com deficiência ou outras necessidades especiais.

Acessibilidade: A IA pode ser usada para melhorar a acessibilidade de tecnologias e serviços para pessoas com deficiências. Por exemplo, as tecnologias de reconhecimento de voz pode ser usada para permitir que pessoas com deficiências visuais e/ou motoras controlem seus dispositivos eletrônicos.

Identificação de Necessidades: A IA pode ser usada para identificar necessidades não atendidas ou grupos de pessoas que estão sendo deixadas para trás. Por exemplo, a IA pode ser usada para identificar áreas onde há falta de serviços de saúde ou educação, ajudando a identificar onde os recursos devem ser direcionados.

Comunicação: A IA pode ser utilizada para facilitar a comunicação entre pessoas que falam idiomas diferentes ou têm dificuldades de comunicação. Por exemplo: a tradução automática pode ser usada para permitir que pessoas falem idiomas diferentes que se comuniquem em tempo real.”

Mas a Inteligência Artificial reforçou um ponto importante:

“A IA também pode perpetuar desigualdades e preconceitos se não for projetada com cuidado. É importante que os algoritmos sejam desenvolvidos com valores de diversidade, equidade e inclusão em mente e que sejam testados para garantir que não perpetuem desigualdades existentes.”

Diversidade e Inclusão é um caminho sem volta e precisamos garantir que todos os processos dentro do nosso dia a dia de trabalho, tragam a imparcialidade para garantir um resultado que promova igualdade, equidade e respeito pelas diferenças. Por mais atrativo que seja utilizar a ferramenta de Inteligência Artificial é importante lembrar que as empresas tem o compromisso real com a promoção da Diversidade e Inclusão através de liderança forte e programas abrangentes que combinem esforços humanos e tecnológicos.

Na sociedade que estamos inseridos, somos preconceituosos em desconstrução, pelo menos é o que acredito e desejo acreditar. Que em um futuro breve, a gente possa ver a IA sendo mais diversa e inclusiva.

*Este artigo foi construído em parceria com o CHATGPT.

ValeOn UMA STARTUP INOVADORA

A Startup ValeOn um marketplace que tem um site que é uma  Plataforma Comercial e também uma nova empresa da região do Vale do Aço que tem um forte relacionamento com a tecnologia.

Nossa Startup caracteriza por ser um negócio com ideias muito inovadoras e grande disposição para inovar e satisfazer as necessidades do mercado.

Nos destacamos nas formas de atendimento, na precificação ou até no modo como o serviço é entregue, a nossa startup busca fugir do que o mercado já oferece para se destacar ainda mais.

Muitos acreditam que desenvolver um projeto de inovação demanda uma ideia 100% nova no mercado. É preciso desmistificar esse conceito, pois a inovação pode ser reconhecida em outros aspectos importantes como a concepção ou melhoria de um produto, a agregação de novas funcionalidades ou características a um produto já existente, ou até mesmo, um processo que implique em melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade ao negócio.

inovação é a palavra-chave da nossa startup. Nossa empresa busca oferecer soluções criativas para demandas que sempre existiram, mas não eram aproveitadas pelo mercado.

Nossa startup procura resolver problemas e oferecer serviços inovadores no mercado.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

domingo, 2 de abril de 2023

VÁRIAS CATEGORIAS DA ELITE NÃO SE ENQUADRAM NA DERRUBADA DE DIREITO À PRISÃO ESPECIAL

 

“Sala de Estado maior”
Após decisão do STF
Por
Erich Thomas Mafra – Gazeta do Povo


Fachada da OAB, em Brasília.| Foto: Divulgação

Após o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubar ontem o direito à prisão especial, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) emitiu um comunicado reforçando que a advocacia não se enquadra na decisão do órgão.

“A condição não é um privilégio ao advogado, mas sim uma garantia de que não haverá perseguição em eventual investigação apenas por sua atividade profissional”, explica o presidente da OAB, Beto Simonetti.

O artigo 7º da Lei 8.906/94, popularmente conhecida como Estatuto da Advocacia, dispõe de um inciso afirmando que o advogado não pode ser “preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, e, na sua falta, em prisão domiciliar.”

Essa determinação prevista pelo Estatuto, inclusive, foi julgada e reconhecida pelo próprio STF em 2006 — o que traz maior segurança para o comunicado publicado pela OAB neste sábado.

Para Ricardo Breier, presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia, as prerrogativas da classe, como a prisão especial, são termos inegociáveis. “Assim como é assegurado à magistratura e ao Ministério Público, por exemplo, em razão de função, a advocacia tem o mesmo direito definido em lei. Aplica-se aqui o princípio da isonomia”.

Quem ainda têm direito à prisão especial?
Mesmo com a queda do direito para os diplomados no ensino superior, ainda restam dez categorias que têm o privilégio garantido pelo artigo 295 do Código de Processo Penal. São elas:

Ministros de Estado
Governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia
Membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados
Cidadãos inscritos no “Livro de Mérito”
Oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios
Magistrados
Ministros de confissão religiosa
Ministros do Tribunal de Contas
Cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função
Delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos

Fora os cidadãos que se enquadram nos itens acima, membros do Ministério Público, professores e jornalistas, assim como os advogados, também têm leis próprias que garantem o direito à prisão especial.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/apos-decisao-do-stf-oab-diz-que-advogados-seguem-com-direito-a-prisao-especial/
Copyright © 2023, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

COMENTÁRIO:

Você acha que eles tomam decisões contra eles próprios? Decisões desse tipo só prejudicam sempre os pequenos, os pobres, aqueles que não têm nenhuma proteção da lei. Sempre foi assim e continuará sendo.

CRESCIMENTO SUSTENTADO EXIGE SACRIFÍCIOS DE CONTENÇÃO DE DESPESAS QUE O GOVERNO ATUALNÃO QUER

 

Política econômica
Lula aposta em populismo e atalhos que condenam país a “voos de galinha” na economia

Por
Vandré Kramer – Gazeta do Povo

Brasília (DF), 17/03/2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a 1ª Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética – CNPE.


| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A aposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em soluções imediatistas e atalhos para resolver questões complexas na economia foi um dos marcos dos três primeiros meses de governo. Uma prática que tende a manter o país nos níveis medíocres de crescimento das últimas quatro décadas, quando o país se acostumou a “voos de galinha”, em que breves surtos de expansão mais forte são seguidos de longas temporadas de quase estagnação ou mesmo recessão.

Fernando Veloso, pesquisador sênior em economia aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), diz que essa tem sido a tônica do crescimento brasileiro, à exceção de um pequeno período nos anos 2000.

Para este ano, as projeções do boletim Focus, do Banco Central, sinalizam para uma alta de apenas 0,9% do PIB. Embora mais otimista, até a projeção da equipe econômica é de baixo crescimento: 1,6%. Para os técnicos do Ministério da Fazenda, o ano de maior expansão deste mandato será 2025, com PIB avançando cerca de 2,8%.

Essas perspectivas só aumentam a tentação por medidas populistas para acelerar o PIB a qualquer custo. Lula se elegeu prometendo mais crescimento e, quando o IBGE divulgou aumento de 2,9% no PIB do de 2022, disse que “a economia não cresceu nada”.

Se a busca pelo crescimento econômico sustentado fosse uma corrida, o Brasil estaria lá atrás. Desde 1980, o país cresceu ao ritmo de 2,3% ao ano, perdendo participação no PIB mundial, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). De lá para cá, a economia global avançou ao ritmo médio de 3,4% ao ano. O Brasil é apenas o 92.º colocado no ranking de 135 países para os quais há dados completos desse período.

Crescimento sustentado, diz Veloso, exige sacrifícios presentes em troca de ganhos no futuro. “Aumentos permanentes de produtividade também dependem de um ambiente de negócios que facilite a expansão das empresas mais eficientes, o que pressupõe um grau adequado de competição. Também é fundamental assegurar estabilidade macroeconômica e previsibilidade regulatória, para que indivíduos e empresas tenham um ambiente propício para a tomada de decisões de investimento”, diz o economista.

Na contramão dessa necessidade, o governo petista opta por uma visão de curto prazo, frequentemente populista, como atestam medidas adotadas ou estudadas pelo governo desde o início do ano. São medidas que, quando aplicadas, tendem a gerar distorções, privilégios e impactos contrários aos esperados. Entre os exemplos estão:

a redução “na marra” da taxa de crédito consignado dos aposentados e pensionistas do INSS;
a ideia de suspender o saque-aniversário do FGTS para supostamente “proteger” o trabalhador;
o plano de retomar a política de juros subsidiados no BNDES; e
o programa de venda de passagens aéreas a R$ 200.

Essa lógica imediatista busca capturar votos ou apoio para o governo, diz Cláudio Shikida, professor do Ibmec-MG. O resultado é que potenciais benefícios são distribuídos no curto prazo e o ônus em geral só aparece em prazos mais longos, muitas vezes repassado para futuros governantes. “Há uma lógica de cooptação das instituições por parte de pequenos grupos”, afirma.

Na mesma linha, Veloso, do Ibre/FGV, diz que o imediatismo leva o governo a gastar muito em benefícios que são focados em uma minoria. Segundo ele, as medidas planejadas pelo novo governo refletem rês práticas típicas do populismo:

a tendência de simplificar problemas complexos, que exigem coordenação;
a busca por benefícios rápidos; e
a procura por benefícios visíveis e concentrados, cujo custo é distribuído entre toda a sociedade.
Para o economista, há uma tendência geral no Brasil a esse comportamento. Ele lembra que, apenas entre 2021 e 2022, três emendas à Constituição violaram as regras fiscais: a PEC dos Precatórios, a PEC Kamikaze e a PEC Fura-Teto, que o governo eleito chamava de PEC da Transição.

Somente esta última permitiu gastos adicionais de quase R$ 170 bilhões neste ano, parte para programas sociais do governo e parte para atender demandas de parlamentares, depois que as emendas de relator foram declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O resultado apareceu sob a forma de aumento do risco fiscal e de taxas de juros mais altas. Os juros das NTN-B, título público indexado à inflação, vem aumentando desde 2021. As taxas dos títulos com vencimento em agosto de 2026 passaram de 2,18% em janeiro de 2021 para 5,66% neste mês segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

VEJA TAMBÉM:
Benefício a montadoras custa R$ 5 bilhões por ano e não desenvolve regiões, diz auditoria
Agro aponta efeito colateral de novo imposto: alimentos básicos até 21% mais caros
Quatro estados brasileiros têm menos desemprego que a média de países ricos
Canetada no juro do consignado empurrou aposentados para linhas mais caras
A canetada do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) na redução dos juros sobre o consignado para beneficiários do INSS é um exemplo de medida populista que gerou efeitos negativos – neste caso, imediatos.

Por considerarem as novas taxas inviáveis, bancos privados e até públicos, como Caixa e BB, suspenderam a oferta dessa modalidade de crédito, empurrando aposentados e pensionistas, muitos em situação vulnerável, para linhas de crédito mais caras.

O governo foi obrigado a voltar atrás. Depois de derrubar o teto do juro do consignado de 2,14% para 1,70% ao mês, o CNPS fixou um novo teto, de 1,97% ao mês, na última terça-feira (28).

Acabar com o saque-aniversário do FGTS eliminaria linha de crédito barata
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, sugeriu acabar com a modalidade de saque-aniversário do FGTS, ou seja, a retirada anual de recursos do fundo por parte dos trabalhadores. Segundo ele, esse resgate desvirtua a função do FGTS de ser uma garantia aos trabalhadores em caso de demissão ou para ajudar a comprar um imóvel.

“É um dinheiro que rende pouco nas mãos do governo”, lembra Cláudio Shikida, professor do Ibmec-MG. A remuneração equivale à TR, hoje zerada, mais 3% ao ano. Enquanto isso, uma aplicação no Tesouro Direto, por exemplo, pode render juros mais próximos da taxa Selic, hoje em 13,75% ao ano.

O saque-aniversário também serve como garantia de empréstimos – e as taxas dessa modalidade estão entre as menores do mercado. Instituições financeiras cobram a partir de 1,49% ao mês. Enquanto isso, a taxa média de um empréstimo pessoal, que não exige garantias, estava em 5,34% em fevereiro, segundo o Banco Central.

Ou seja, o mesmo governo que quer baixar os juros a todo custo – seja pressionando o BC a reduzir a taxa básica ou promovendo canetadas no teto do consignado – pode levar ao fim de uma das modalidades de crédito mais baratas do mercado.

A decisão final deverá ser do Congresso. O governo prometeu, no início de março, que encaminharia uma proposta solicitando a extinção, oferecendo alternativas.

Uma das possibilidades estudadas pelo governo é usar esses recursos para financiar o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Segundo Shikida, com isso os recursos seriam transferidos do fundo dos trabalhadores para grupos específicos, como empreiteiras e construtoras.

Estudo do banco Inter aponta que R$ 28 bilhões em recursos do FGTS que antes estavam retidos foram parar nas mãos dos trabalhadores em 2022. “O crescimento na adesão mostra que o trabalhador identificou esses benefícios e, ao mesmo tempo, o impacto no fundo não foi significativo”, destaca relatório assinado pela economista-chefe, Rafaela Vitória.

Volta de juros subsidiados no BNDES pode elevar custo dos outros empréstimos
Outra ideia do governo para baixar juros “na marra” é mudar a Taxa de Longo Prazo (TLP), usada como referência nos empréstimos do BNDES.

O histórico mostra que, ao forçar mais crédito direcionado (caso do BNDES), que é mais barato para alguns, o governo acaba elevando o custo do dinheiro para os demais – isto é, a maioria das empresas e consumidores.

Isso ocorre porque quanto maior a parcela dos empréstimos direcionados no crédito total, menor é o alcance da taxa Selic, usada pelo BC para controlar a inflação e que atua principalmente sobre o crédito livre. Assim, o BC acaba mantendo a Selic num nível mais elevado do que seria necessário, encarecendo o crédito para quem não tem acesso às linhas do BNDES.

A participação do crédito direcionado no total do saldo das operações de crédito perdeu força desde o governo Temer, quando foi instituída a TLP. Em dezembro de 2015, correspondia a 50,4% do total. Em fevereiro, de acordo com o BC, correspondiam a 40,9%.

Os riscos são grandes. O alerta foi dado pelo BC na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 21 e 22 de março, que enfatizou que a possível adoção de políticas parafiscais expansionistas, como a liberação de crédito direcionado por parte de bancos públicos, tem o potencial de elevar a taxa neutra de juro e reduzir o alcance da política monetária.

Passagens de R$ 200 para servidores e aposentados pode elevar preço para os demais
Outra medida em estudo é a proposta de venda de passagens aéreas a R$ 200 para pessoas que não viajaram nos últimos dois anos. A medida beneficiaria principalmente aposentados e servidores públicos e seria viabilizada por uma espécie de empréstimo consignado do BB e da Caixa.

O valor proposto pelo Ministério dos Portos e Aeroportos equivale a menos de um terço da tarifa média praticada pelas três maiores empresas do país no ano passado, que juntas detêm 99,6% do mercado. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o valor médio foi de R$ 650,82, 39% mais do que em 2021.

Os estudos para implantação da medida estão nas mãos da Secretaria da Aviação Civil (SAC) e devem contar com a participação de companhias aéreas e de entidades de classe como a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

O risco desse tipo de medida é conhecido e pode ser observado na expansão indiscriminada do “meio ingresso”. Quando o preço é reduzido para determinados grupos, tende a ser compensado por um aumento no preço “normal”, cobrado dos demais.

Mercado recebeu arcabouço fiscal com alívio, mas há dúvidas sobre viabilidade
Em meio ao populismo e à busca por atalhos na economia, uma das maiores preocupações do mercado financeiro e de especialistas em contas públicas era sobre o arcabouço fiscal desenhado pelo governo.

Depois de Lula ordenar o adiamento da apresentação da proposta, no que foi interpretado como uma pressão por regras mais frouxas, o arcabouço foi finalmente apresentado na quinta-feira (30).

Embora preveja superávits primários a partir de 2025 e uma trajetória relativamente estável da dívida pública nos próximos anos, o que fez o mercado receber a proposta com algum alívio, o plano depende de uma forte expansão nas receitas do governo, que por sua vez exigirá, mais do que o mero crescimento econômico, a colaboração do Congresso – na revisão de renúncias fiscais, por exemplo.

Além disso, a regra abre margem para crescimento da despesa pública mesmo em momentos de queda na arrecadação, o que pioraria a situação das finanças federais.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/lula-aposta-em-populismo-e-atalhos-que-condenam-pais-a-voos-de-galinha-na-economia/
Copyright © 2023, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

A AMEAÇA DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO VEM DESDE A CRIAÇÃO DA REPÚBLICA

Primeira República
Limitar a liberdade de pensamento não é novidade no Brasil: conheça o “decreto-rolha”

Por
Tiago Cordeiro – Gazeta do Povo


Retrato do Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, militar, (Alagoas, 1827 – Rio de Janeiro, 1892). Primeiro Presidente da República, assumiu o cargo provisoriamente em 15 de novembro de 1889.| Foto: Arquivo

É bem possível que você não tenha aprendido nas aulas de história, mas a Proclamação da República não foi exatamente um mar de rosas. Embora tenha acontecido sem necessidade de conflitos armados, acabou com o clima de liberdade de expressão que até então vigorava no Império. Vamos contar isso melhor mais adiante, mas antes é preciso fazer uma breve recapitulação. Com a República proclamada, o novo governo provisório, que prestou juramento na Câmara Municipal do Rio de Janeiro na tarde de 16 de novembro de 1889, precisava tomar uma série de decisões práticas. O primeiro decreto, de número 1, assinado pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, já havia sido publicado antes mesmo da posse oficial.

Escrito no dia 15, determinava que as províncias se tornavam estados, com direito a aprovar constituições próprias. O país, aliás, passava a ser constituído como os Estados Unidos do Brasil. A decisão era coerente com uma demanda dos defensores da instauração da República, que atuavam desde a década de 1860: distribuir o poder ao longo do território nacional.

Na sequência, no dia 19 de novembro, o Decreto 6 definia que os cidadãos habilitados para participar das eleições seriam todo cidadão brasileiro que soubesse ler e escrever, independentemente da renda – desta forma, substituía o critério econômico utilizado pelo Império pela seleção a partir da educação.

Os decretos se seguiram, assim como as mudanças na forma, incluindo a nova bandeira do país, claramente inspirada nas faixas e nas estrelas do modelo dos Estados Unidos, e a decisão de expulsar o imperador Dom Pedro II e sua família – nenhum parente do imperador poderia voltar ao país antes de 1920.

Uma das ordens, em especial, representou a volta à censura da imprensa, pela primeira vez desde o reinado de Dom Pedro I, seis décadas antes. Foi publicada num momento em que ainda não havia uma nova Constituição para regulamentar qualquer decisão tomada pelo governo que continuava se declarando provisório.

“Noções falsas e subversivas”
O decreto 85-A, de 23 de dezembro de 1889, foi publicado quando a nova república tinha apenas 38 dias de exigência. Rapidamente recebeu o apelido de “decreto-rolha”. Permitia ao governo perseguir a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão de pensamento, inclusive por cartas ou telegramas. Previa penas militares para conteúdos considerados críticos ao novo regime – isso num momento em que o Brasil ainda previa a pena de morte. O texto (ajustado à grafia atual) é claro:

“Os indivíduos que conspirarem contra a República e o seu Governo; que aconselharem ou promoverem, por palavras, escritos ou atos, a revolta civil ou a indisciplina militar; que tentarem suborno ou aliciação de qualquer gênero sobre soldados ou oficiais, contra os seus deveres para com os superiores ou forma republicana; que divulgarem nas fileiras do Exército e Armada noções falsas e subversivas tendentes a indispô-los contra a República; que usarem da embriaguez para insubordinar os ânimos dos soldados: serão julgados militarmente por uma comissão militar nomeada pelo Ministro da Guerra, e punidos com as penas militares de sedição”.

O decreto criava, portanto, um tribunal de exceção, formado exclusivamente por militares e com poder de julgar em corte marcial quaisquer cidadãos que discordassem do regime, sob o comando do Ministro da Guerra – o primeiro foi Benjamin Constant, que acabaria se afastando do cargo por divergências com Deodoro. Como é comum em ditaduras, a lei se apoiava em ameaças inexistentes, ou menos expressivas do que seus autores fazem parecer. Era a primeira vez, desde 1825, que cidadãos brasileiros podiam ser submetidos a tribunais militares.

“Houve, de fato, focos de resistência em alguns pontos do país, mas eram casos isolados que não serviam de base à formação de um partido restaurador”, relata o verbete do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o marechal Deodoro. “Eram poucos os chefes monarquistas que não haviam aderido à República. Ainda assim, a hipótese de reação monarquista deu ensejo a uma série de medidas preventivas que acentuaram a face ditatorial do governo provisório”.

Para executar o decreto, prossegue o texto, “organizou-se a Comissão Mista Militar de Sindicâncias, que agiu com severidade e aplicou pesadas penas, inclusive a de morte, em geral comutadas por outras mais leves. A imprensa foi duramente atingida pelo “decreto-rolha”. A Tribuna Liberal, monarquista, foi impedida de circular, enquanto outros jornais, ameaçados, restringiram drasticamente o noticiário político”.

Ataque à imprensa

O decreto representou, de fato, um golpe profundo à imprensa, acostumada ao longo de décadas a ironizar e contestar o imperador Dom Pedro II – ao longo dos 49 anos em que governou, o monarca jamais solicitou ou autorizou nenhum ato de censura ou de perseguição a adversários políticos ou críticos, que inclusive costumavam pegar pesado.

O texto reforçado por um novo decreto, o Decreto 295, de 29 de março de 1890, em que o presidente, que havia criado e concedido para si mesmo o posto militar de general seis estrelas, se apresentava como “Generalíssimo Manoel Deodoro da Fonseca, Chefe do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, constituído pelo Exército e Armada, em nome da Nação”. O texto ampliava o alcance da censura, que poderia ser aplicada até mesmo a cidadãos brasileiros vivendo no exterior.

Sem especificar, mais uma vez, a que crimes se referia, argumentava que o governo não poderia permanecer indiferente “em presença da ação pertinaz e criminosa dos que intentam por todos os meios criar a anarquia e promover a desordem”. Mas estabelecia o conceito de responsabilidade solidária, que transformava o jornal, o dono da tipografia ou o editor do impresso em cúmplice.

Como resultado, a censura à imprensa continuou ameaçando os autores de críticas ao longo dos primeiros anos da República, um período turbulento, marcado por um golpe de estado impetrado pelo próprio Deodoro, pela tentativa de seu sucessor, o Marechal Floriano Peixoto, de instituir uma ditadura, e por rebeliões de peso, da Revolta da Armada, de 1893, ao cerco a Canudos, no final do século 19.

“Durante os sucessivos estados de sítio vividos pela nação, abatiam-se sobre a imprensa dois tipos de expectativa. De um lado, esperava-se a violência da censura sobre os jornais; de outro, a rotina da prisão e desterro dos jornalistas que violassem as ordens legais estabelecidas”, descreve o jornalista José Inácio de Melo Souza no livro O Estado contra os meios de comunicação.

Crise institucional
Deodoro seria eleito, de forma indireta, presidente. Em 25 de fevereiro de 1891, recebeu dos parlamentares 129 votos, contra 97 de seu concorrente, Prudente de Morais. Acontece que as eleições para vice-presidente ocorreram em separado, e o marechal Floriano recebeu 153 votos, contra 57 de Eduardo Wandenkolk, vice de Deodoro.

A vitória de Deodoro foi recebida em silêncio, enquanto Floriano foi aclamado aos gritos. Isolado, em 3 de novembro de 1891 o presidente fecharia o Congresso. “Indignado com a aprovação de uma lei que permitiria o impeachment do presidente, Deodoro fechou o Congresso. No dia 23, o almirante Custódio de Melo ameaçou bombardear o Rio. Doente e de cama, Deodoro então decidiu renunciar em favor de Floriano”, relata o historiador Eduardo Bueno em seu livro ‘Brasil, uma história’.

“Teimoso, autoritário e sem experiência administrativa, Deodoro fizera um governo desastroso, especialmente porque a política financeira do ministro Rui Barbosa havia mergulhado o país no caos”, Bueno prossegue. “O fechamento do Congresso, a decretação do estado de sítio e o Decreto-Rolha candidatam Deodoro ao posto de primeiro ditador brasileiro. Como ditadores não renunciam, o título acabaria ficando com seu sucessor”.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/limitar-liberdade-pensamento-nao-e-novidade-brasil-conheca-decreto-rolha/
Copyright © 2023, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

 

ECONOMIA TINTUBEANTE AMEAÇA EMPREGOS

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Desemprego subiu para 8,6% no trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2023.| Foto: Marcelo Andrade / Gazeta do Povo / Arquivo

Nesta sexta-feira, o IBGE colocou em dia seu calendário de divulgação dos números do mercado de trabalho com os dados da Pnad Contínua relativos a fevereiro, e o resultado é a volta daquele descolamento verificado em outras ocasiões entre o Novo Caged e os números do desemprego. Enquanto o Ministério do Trabalho registrou a abertura de 241,7 mil vagas de emprego formal, o IBGE verificou novo aumento no desemprego: 8,6% no trimestre móvel encerrado em fevereiro, contra 8,4% no período de novembro de 2022 a janeiro deste ano. O Brasil tem, agora, 9,2 milhões de pessoas procurando trabalho, contra quase 9 milhões no trimestre móvel anterior.

Em comparação com os dados do Caged relativos aos dois primeiros meses de 2022, o país está gerando menos empregos formais. Existe a possibilidade de que estejamos lidando com uma base de comparação inflada: afinal, o começo do ano passado fez parte do período de retomada da economia após as restrições mais severas impostas por estados e municípios para conter a pandemia de Covid-19, em 2020 e 2021. Apesar do surgimento da variante ômicron, em janeiro de 2022, boa parte dos brasileiros já havia se vacinado e os negócios estavam se recuperando, reabrindo e contratando.

Lula e o ministro Luiz Marinho parecem continuar presos na ilusão de que um mero reaquecimento da economia, baseado em crédito fácil, bastará para resolver as deficiências do mercado de trabalho

Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, fez uma observação que vai ao encontro desta hipótese ao comentar os dados da Pnad Contínua. As “quedas significativas seguidas” no desemprego durante uma sequência de seis trimestres “foram muito influenciadas pela recuperação do trabalho no pós-pandemia”, diz ela. Por este prisma, “voltar a ter crescimento da desocupação nesse período [de início de ano] pode sinalizar o retorno à sazonalidade característica do mercado de trabalho”, já que, “se olharmos retrospectivamente, na série histórica da pesquisa, todos os trimestres móveis encerrados em fevereiro são marcados pela expansão da desocupação, com exceção de 2022”.

Isso não significa, no entanto, que não temos razões para preocupação. Mesmo se a elevação do desemprego em janeiro e fevereiro realmente corresponder a uma acomodação sazonal do mercado de trabalho, um movimento típico que ocorre nos primeiros meses de todo ano, outros fatores podem estar influenciando os números. Poucos dias atrás, comentando a Pnad Contínua de janeiro, a mesma Adriana Beringuy havia dito que não sabia “até que ponto o que está prevalecendo é um comportamento sazonal ou uma perda de força”. Ainda que o aspecto sazonal mereça consideração, existe a sensação de que há uma desaceleração forte da economia, isso se não estivermos prestes a viver uma retração. Além disso, a hostilidade do governo em relação ao empreendedor é evidente e, combinada com o atual patamar dos juros estabelecidos pelo Copom para combater uma inflação ainda alta e resiliente, contribui para uma redução no estímulo ao investimento que geraria emprego e renda.

VEJA TAMBÉM:
Desemprego em alta, após quase um ano de queda (editorial de 21 de março de 2023)
Arcabouço fiscal ainda deixa muitas incertezas (editorial de 30 de março de 2023)
O mercado de trabalho perde força e o PT busca o “culpado de sempre” (editorial de 13 de março de 2023)


Em outras palavras, o desemprego continua a ser uma ameaça muito forte e que exige políticas públicas de fomento às contratações. Lula e o ministro Luiz Marinho, no entanto, parecem continuar presos na ilusão de que um mero reaquecimento da economia, baseado em crédito fácil, bastará para resolver as deficiências do mercado de trabalho. Esta fórmula, no entanto, já foi testada no passado; os primeiros resultados positivos logo se mostraram insustentáveis, e foram completamente revertidos pela pior recessão da história do país, causada pela mesma política econômica irresponsável. Enquanto isso, problemas reais como a insegurança jurídica, uma legislação trabalhista ainda engessada e a tributação sobre a folha de pagamento seguem sem perspectiva de solução.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/a-ameaca-do-desemprego/
Copyright © 2023, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

COMO VOCÊ DEVE CHUPAR LARANJA E COMER AZEITONA

 

URGENTE!
Como chupar laranja e comer azeitona com caroço: uma questão de justiça

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo


A vida, decididamente, não merece ser desperdiçada em querelas de laranjas & azeitonas.| Foto: Acervo pessoal

Li uma, duas, dez vezes. Não pode ser. Mas é. Duas influenciadoras digitais, uma toda-séria Marina Herszkowicz Cimerman, professora de etiqueta, e uma zombeteira Fernanda Tubino, brigaram porque a Fer tirou sarro da Má. Mais dez mil reais para a conta da indústria do dano moral neste mundo de hipersensibilidades – e estamos conversados.

O detalhe é o que motivou a quizumba. Ao que consta, Marina ensinava a chupar laranja e comer azeitona com classe. Fernanda achou aquilo tudo muito elitista e ridículo e, por isso, agrediu e xingou a colega. Um jornalista, vendo no inusitado uma possibilidade de viralizar (direito dele), tascou-lhe a manchete imprecisa: “Duas influencers brigam na Justiça por curso que ensina a chupar laranja e comer azeitona com caroço”. Sucesso!

Eu, que escrevia o segundo verso de um soneto quando vi a picuinha transformada em notícia, joguei a pena, o papiro e o pote de tinta longe. E só não soltei um palavrão porque este é um jornal de família. A raiva, porém e graças a Deus, logo deu lugar à curiosidade. E lá fui eu, um senhor de 45 anos de idade, aprender com a @chezmarina o modo certo de chupar laranja e comer azeitona com caroço.

No perfil da influenciadora, logo descobri que sou mesmo um bronco mal-educado que provavelmente enche demais a taça de vinho dos convidados. Também descobri que não sou phyno o bastante para comer lagosta e escargot do jeito certo – nem do errado. Por fim, descobri que é falta de educação, elegância e chiqueza usar o guardanapo como babador, um pecado que venho cometendo desde que comecei a trabalhar como sommelier de papinha Nestlé.

A publicação que prometia ensinar o jeito correto, belo & moral de chupar laranja eu não encontrei. Mas tudo bem, porque não queria mesmo correr o risco de descobrir que, mais uma vez, estou errado. Ou será que não estou? Vejamos.

@chezpolzô
Primeiro que chupar uma laranja é um ritual que começa bem antes, com a casca e a faca. Feliz daquele que consegue descascar uma laranja inteira sem quebrar a casca – deve estar em algum lugar da Bíblia. Mas se quebrar não tem problema. O importante é que a laranja esteja descascada e que você corte aquela tampinha na espessura exata de 6mm, de acordo com as regras do INMETRO.

Uma vez feito isso, o bronco aqui deixa a prataria de lado, sorve o suco adocicado da tampinha e mergulha no restante da laranja como se não houvesse amanhã. É, bem desse jeitinho aí que você está imaginando. Com o nariz inteiro na fruta, o suco escorrendo pela barba, os gominhos se acumulando nos vãos dos dentes e as sementes cuspidas como metralhadora. O quê? Vai me dizer agora que esse não é o jeito certo de chupar laranja?

Quanto à azeitona com caroço, também não encontrei a aula. Mas parece que a especialista em etiqueta dizia que o certo é comer com garfo e faca. Corta-se longitudinalmente, em fatias de cerca de 1mm de espessura. Leva-se à boca. Mastiga-se. Engole-se. Próxima azeitona! Os caroços devem ser deixados no prato de porcelana (de preferência da dinastia Ming). A não ser que você esteja com muita fome.

A exceção à regra, ensina @chezpolzô, é a azeitona que fica no fundo do dry martini. Nesse caso, o correto é consumir o drink (pronuncia-se “drinque”) até acumular grandes quantidades do fruto da oliveira. E daí, meu filho… Ah, depois do quinto ou sexto dry martini vale tudo. Até campeonato de quem consegue cuspir o caroço mais longe. Modalidade na qual, modéstia à parte, sou campeão intercontinental na categoria sub-óbito.

Dito isso, espero que não seja tarde para a Má e a Fer encontrarem uma forma de fazerem as pazes. E de perceberem que elas acabaram de acionar todo o poder de coerção do Estado para resolver uma discussão que é deliciosamente ridícula. Nem a seriedade de uma nem o humor da outra são dignos de guerra. A vida, decididamente, não merece ser desperdiçada em querelas de laranjas & azeitonas.

(Esta crônica é dedicada a Orlando Tosetto, meu amigo louco, mas manso. Vai lá. Pode dar uma laranja para ele que ele descasca. Acalma o menino).


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/polzonoff/como-chupar-laranja-e-comer-azeitona-com-caroco/
Copyright © 2023, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

A DEMOCRACIA NÃO É UMA IDEIA VAGA PARA ATENDER DESEJOS E INTERESSES PARTICULARES

 

Tornou-se comum qualificar como ‘antidemocrática’ qualquer medida da qual se discorda, mesmo se democraticamente aprovada; defender a democracia é defender a institucionalidade

Por Notas & Informações

Tem sido frequente o uso da noção de democracia para fins bem pouco democráticos. Trata-se de manipulação perigosa, que distorce noções fundamentais do Estado Democrático de Direito. A democracia não é uma ideia vaga, disponível para a utilização nas mais diversas finalidades, como cada um bem entender. O regime democrático tem uma configuração concreta, estabelecida na Constituição e na legislação vigente, que vai muito além dos desejos e interesses particulares de quem quer que seja. Defender a democracia é respeitar, acima das idiossincrasias pessoais e políticas, esse conjunto de normas e instituições que integram o regime democrático.

Recentemente, por exemplo, o presidente da Câmara acusou de antidemocráticas as comissões mistas para análise das medidas provisórias (MPs). Previstas na Constituição, elas asseguram o trabalho conjunto da Câmara e do Senado sobre esses atos do Executivo. São perfeitamente democráticas. Foram o modo concreto que o legislador constituinte estabeleceu para que as MPs sejam apreciadas, sem nenhuma distinção de precedência, pelas duas Casas legislativas.

No entanto, ao determinar que as emendas às MPs devem ser apresentadas na comissão mista, esse rito constitucional contraria os interesses do presidente da Câmara, que resiste à sua implementação. A história é escandalosa. Além de desobedecer à Constituição, Arthur Lira utiliza sua discordância pessoal como motivo para chamar tais comissões de antidemocráticas. Há um problema grave quando o presidente da Câmara recorre a esse tipo de confusão.

Mas Arthur Lira não está sozinho. O PT também costuma fazer uso distorcido do conceito de democracia. Quando a legenda não concorda com a solução aprovada democraticamente pelo Congresso, é comum que a desqualifique, tachando-a de antidemocrática. Esse uso manipulador do termo foi visto recentemente nas discussões sobre a independência do Banco Central, o novo marco do saneamento básico e a reforma trabalhista de 2017.

O regime democrático tem como parte essencial a existência de diversas opções legítimas. O papel dos representantes eleitos pelo voto da população é justamente decidir qual solução política escolher. Se houvesse somente um único caminho democrático entre as propostas possíveis, a rigor não haveria necessidade de Congresso. Por isso, é preciso advertir com veemência: não há nada de democrático em manifestar oposição à opção vencedora chamando-a de antidemocrática, simplesmente porque a votação contrariou seus interesses.

Esse erro foi muito visto no governo passado. Tome-se, como exemplo, o modo como o bolsonarismo lidou com a derrota no Congresso da PEC do Voto Impresso. Em vez de aceitarem o resultado do voto dos parlamentares, que rejeitaram a proposta, Jair Bolsonaro e seus seguidores tomaram caminho inverso, numa defesa cada vez mais explícita de que democracia seria exclusivamente a implementação de suas ideias. Se não fosse feito da forma como eles queriam, o sistema não seria democrático.

Mostrando que nada tem de inofensiva, tal atitude desembocou diretamente nas manifestações bolsonaristas em frente aos quartéis depois das eleições e nos atos do 8 de Janeiro. As mensagens e publicações dessa turma eram explícitas: democracia seria apenas a realização do que eles pensam e desejam.

Democracia é coisa séria. É pretensioso e perigoso usar a noção de democracia como forma de dar respaldo às ideias políticas próprias. Uma abordagem assim estaria mais próxima do autoritarismo – da imposição de determinada concepção política – do que do regime democrático. Não existe uma única solução democrática. A solução democrática será aquela escolhida pelos representantes da população, por meio das vias institucionais.

Para que se fortaleça, a democracia precisa estar alicerçada não em ideias fluidas, mas no respeito aos caminhos institucionais. Nesses tempos confusos, um pouco mais de respeito à República – efetivo respeito à lei, em todos os âmbitos – é o meio de defesa e proteção da democracia mais seguro e eficaz.

OS MELHORES LEITES CONDENSADOS DO MERCADO

 

Foto: FELIPE RAU

Publicidade

Por Chris Campos

Júri especializado avaliou oito marcas de leite condensado vendidas nas redes de supermercado, confira o ranking de avaliação do ingrediente principal do nosso brigadeiro

Leite condensado é paixão nacional. São poucos os que resistem ao apelo do creme adocicado, originalmente comercializado em latas, ingrediente principal do brigadeiro nosso de toda festa. O produto nasceu para suprir a necessidade de manter o leite fresco armazenado dignamente em um tempo sem geladeiras para refrigerar a bebida. Resumidamente, a invenção do francês Nicolas Appert, em 1820, consistia em remover parte da água do leite e adicionar açúcar para conservar o produto por mais tempo em recipientes fechados hermeticamente.

Paladar testou oito marcas de leite condensado à venda nas redes de supermercado
Paladar testou oito marcas de leite condensado à venda nas redes de supermercado Foto: FELIPE RAU

O doce mais querido do Brasil

No Livro do Brigadeiro (Panda Books), de Juliana Motter, uma das juradas do nosso teste, o papel do leite condensado é definido da seguinte maneira: “Antes de se tornar guloseima, o leite condensado era alimento sério: foi leite longa vida – o primeiro da história. Era um leite concentrado já adoçado (para ser diluído em água), criado para suprir a escassez do leite fresco durante alguns períodos da história”. Assim, o leite condensado foi para a guerra (a primeira foi a Guerra de Secessão nos EUA, entre 1861 e 1865) como importante fonte de alimentação dos soldados. No Brasil, chegou a ser vendido em farmácias como suplemento alimentar na dieta de crianças e adultos.

Os jurados fizeram o teste às cegas, primeiro conferindo a performance do leite condensado no preparo do brigadeiro, depois o produto puro
Os jurados fizeram o teste às cegas, primeiro conferindo a performance do leite condensado no preparo do brigadeiro, depois o produto puro Foto: FELIPE RAU

Ideia brilhante

Até que alguém teve a brilhante ideia de usar o ingrediente para fazer o doce mais disputado nos aniversários, a sobremesa improvisada mais desejada do Brasil. Por isso, neste teste Paladar, convidamos cinco confeiteiros para testar oito marcas de leite condensado do mercado fazendo brigadeiro. A performance do produto na panela, durante o preparo; o rendimento do doce e as características consideradas ideais para a receita, foram alguns dos critérios de avaliação – além de sabor e textura do produto puro, direto da embalagem.

Os jurado avaliaram critérios como sabor, performance do produto durante o preparo e depois de pronto
Os jurado avaliaram critérios como sabor, performance do produto durante o preparo e depois de pronto Foto: FELIPE RAU

Foi um teste realizado às cegas. Os jurados recebiam uma panela com o leite condensado e preparavam uma receita base para o doce: 395g de leite condensado + 40g de cacau 50% em pó + 20g de manteiga. Eles repetiram a mesma receita, preparada em 10 minutos, para cada uma das marcas testadas. O doce foi colocado em pratos até esfriar. Só então o teste de sabor foi iniciado. Primeiro avaliando as performance do leite condensado no brigadeiro. Depois avaliando o sabor de cada um dos produtos em sua versão original. 

O time de jurados

Na foto, a partir da esquerda: Bertrand Busquet, Rodrigo Ribeiro, Lu Bonometti, Rodrigo Aoki e Juliana Motter
Na foto, a partir da esquerda: Bertrand Busquet, Rodrigo Ribeiro, Lu Bonometti, Rodrigo Aoki e Juliana Motter Foto: FELIPE RAU

Cinco confeiteiros (as) participaram da avaliação: Lu Bonometti, da @casabonometti; Bertrand Busquet @bertrandbusquet, chef diretor da Chocolate Academy; Juliana Motter, da @mariabrigadeirooficial, Rodrigo Ribeiro, professor de confeitaria, e Rafael Aoki @rafael_aokii, do Quincho @quincho.sp, restaurante na Vila Madalena que foi cenário do nosso teste do leite condensado. Abaixo, você confere o ranking dos três primeiros lugares. E também um resumo do que os jurados acharam de cada um dos produtos avaliados.

OS MELHORES DO MERCADO

PRIMEIRO LUGAR – ITAMBÉ

SEGUNDO LUGAR – ITALAC

TERCEIRO LUGAR – QUALITÁ

AS 8 MARCAS NA AVALIAÇÃO DOS JURADOS

AURORA

(R$ 8,79/ caixinha de 395g) – O leite condensado semidesnatado teve o sabor puro avaliado como muito doce e um pouco arenoso. Rendeu um brigadeiro de boa textura.

CAMPOS DO JORDÃO

(R$ 6,63/ caixinha de 395g) – O leite condensado semidesnatado foi mal durante o preparo do brigadeiro. Chegou a levantar fervura, como se fosse leite. O resultado foi um doce mole demais, mesmo depois do tempo de cozimento. Não deu ponto de enrolar o doce. No teste de sabor do produto puro foi avaliado como líquido demais, de sabor ruim e extremamente doce.

CARREFOUR

(R$ 7,69/ caixinha de 395g) – O leite condensado integral, na opinião dos jurados, grudou muito na panela e foi o que rendeu menos na receita do brigadeiro. A textura do brigadeiro pronto foi definida como “puxa”, parecida com a do chiclete. O sabor do produto puro foi definido como equilibrado de açúcar, com leve residual arenoso no paladar.

ITALAC

(R$ 8,90/ caixinha de 395g) – O leite condensado semidesnatado que ficou em segundo lugar no teste Paladar praticamente não deixou vestígios no fundo da panela do brigadeiro. Textura perfeita e sabor equilibrado no produto consumido puro. O brigadeiro rendeu bastante e ficou no ponto certo para enrolar.

ITAMBÉ

(R$ 9,72, lata de 395g) – O nosso campeão da vez é feito com leite integral. O brigadeiro preparado com o produto foi definido pelos jurados como macio, de textura sedosa e aparência brilhante. O sabor do leite condensado puro lembrou o do leite em pó. Alguns dos jurados relacionaram o sabor do leite condensado a uma boa memória afetiva, um sabor de infância.

LEITE MOÇA

(R$ 7,68/ lata de 395g) – O leite condensado integral foi o que mais rendeu na receita. Textura muito agradável e com performance considerada muito boa. Rendeu um brigadeiro bom para enrolar e muito saboroso.

PIRACANJUBA

Continua após a publicidade

(R$ 8,11/ caixinha de 395g) – Um leite condensado semidesnatado que performou adequadamente na panela durante o preparo do brigadeiro. O doce resultante, porém, foi definido como de textura um pouco talhada e o sabor do produto puro não tão gostoso em comparação aos demais produtos avaliados.

QUALITÁ

(R$ 7,29/ caixinha de 395g) – O leite condensado integral teve uma boa performance na panela durante o preparo do brigadeiro e o produto final teve a textura avaliada como muito boa. O ponto do doce também ficou perfeito para enrolar.

COLOCAÇÃO DE FACETAS PREMIUM EXIGEM CUIDADOS DAS GENGIVAS

 

Cirurgiã dentista alerta para as promessas de “facetas premium em curto prazo”

Talita Dantas – Doutora em Reabilitação oral

Doutora em Reabilitação oral, Talita Dantas, explica que o problema dessas promessas que tomam conta das redes sociais é a negligência no cuidado das gengivas antes de iniciar o tratamento

“Mudo o seu sorriso em quatro horas” é uma das promessas feitas por profissionais atualmente nas redes sociais para vender as facetas de resina, uma opção de tratamento estético dos dentes anterior à febre das lentes de contato dental que tomaram conta do mercado nos últimos anos. A principal diferença entre elas, além do material, é justamente o processo artesanal da faceta de resina, confeccionada no consultório, ao contrário das lentes que são feitas em laboratório.

Justamente por exigir habilidades técnicas do profissional é que a cirurgiã dentista e doutora em Reabilitação Oral, Talita Dantas, alerta para as promessas de tratamento rápido. “Estamos vivendo o momento das resinas premium, de tratamentos feitos em três ou quatro horas e o paciente precisa ficar muito atento a esse e vários outros detalhes. Porque não podemos construir prédio sobre terreno em areia movediça. Então, antes colocar facetas de resina, precisamos entender o que está por baixo. Além disso, resina não pode ter contato com umidade, não podem ter excesso na gengiva e é preciso higienização adequada. Isso o paciente não vê nas redes sociais, mas a gente vê lá no consultório quando precisa remover tudo para refazer do zero”, explica Talita.

Segundo ela, o que aparece nas redes sociais são dentes extremamente brancos, até com a promessa falsa de película protetora e com gengivas totalmente inflamadas porque não houve cuidado técnico na hora de executar. “Quatro horas talvez seja um período adequado para fazer algumas facetas, mas não conseguimos nesse tempo conversar com o paciente para saber seus desejos, fazer um planejamento detalhado, moldar as facetas e dar o acabamento ideal. Costumo dizer que resina não aceita desaforo, é um trabalho minucioso, então o paciente precisa ficar atento com o que está sendo negligenciado para ter esse tratamento rápido”, diz.

Principais diferenças entre facetas de resina e lente de contato de porcelana

Material e técnica de execução: as lentes de contato dental são feitas de porcelana e as facetas podem ser porcelana ou resina composta (polímero). As facetas de resina são feitas no consultório, diretamente na boca do paciente, muitas vezes sem preparo do dente, enquanto as de porcelana necessitam de um laboratório e do preparo dental.

Procedimentos mais ou menos invasivos: as lentes de resina são procedimentos menos invasivos porque como não exige moldagem para enviar ao laboratório, não é preciso desgaste para adequar o dente para receber uma peça. Porém, cada caso é um caso e ausência de preparo e desgaste não significa sucesso, nem reversibilidade.

Estabilidade e cobertura de cor: as peças de porcelana têm estabilidade de cor e são basicamente inertes à ação de corantes ou ácidos, sem sofrer pigmentação ou alteração. Já as resinas – por mais bem-acabadas, executadas e polidas -, são polímeros e estão sujeitos à ação da alimentação, corantes e ácidos, podendo ter cor e formato alterados.

Manutenção: assim como qualquer pessoa precisa ir ao dentista a cada seis meses, ambos os tratamentos exigem frequência de manutenção. É preciso lembrar que são próteses na boca e é preciso evitar comer unha, morder tampinha de caneta, comer osso de galinha, nada disso é recomendável (mesmos cuidados que é preciso ter com os dentes).

Custo e tempo de produção: tendo o laboratório como intermediário, o custo e tempo de produção da lente de porcelana se elevam por causa das etapas de preparo, moldagem e depois cimentação. No caso da resina, a possibilidade é executar em poucas sessões, dependendo da quantidade de dentes. “No entanto, transformar em disputa de quem faz em menos tempo é um prejuízo para o paciente”, alerta Talita.

Qual delas é melhor?

Segundo a especialista, depende das queixas, do perfil e da intenção do paciente. “Quem é esse paciente? Ele é jovem sem nenhuma restauração nos dentes? Ou ele é uma pessoa mais velha que já teve várias intervenções? São dentes que precisam de desgaste ou não? A perspectiva é por um procedimento que nunca mais vai precisar trocar ou que dá para reparar facilmente se fraturar? Tudo isso precisa ser levado em conta. Teremos pacientes sem indicação para lente de porcelana – como os pacientes muito jovens e que não queremos fazer nada muito invasivo – e teremos o paciente sem indicação para lente de resina, que tem muitas restaurações profundas ou dentes extremamente escurecidos e que não tem muita higienização”, finaliza.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon tem crescido exponencialmente, até o momento, tivemos 130.000 visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

sábado, 1 de abril de 2023

QUEREM REGULAMENTAR NOVAMENTE OS SITES DE APOSTAS

 

Artigo
Por
Sergio Cavalheiro – Gazeta do Povo


| Foto: Unsplash

A regulamentação dos sites de apostas esportivas no Brasil tem sido um tema bastante discutido nos últimos anos. Em 2018 foi aprovada a Lei 13.756/2018, que legalizou as apostas esportivas no país e permitiu a exploração desse mercado por empresas que cumpram as exigências legais. Desde então, várias empresas estrangeiras têm investido no mercado de apostas esportivas no Brasil, oferecendo aos usuários uma ampla variedade de opções de apostas em diversos eventos esportivos ao redor do mundo. Essas empresas devem obter uma licença de operação junto à SECAP e cumprir diversas exigências legais para operar no país.

Uma das principais exigências legais é a proteção dos dados dos usuários. As empresas devem garantir a privacidade e a segurança das informações dos usuários, evitando o compartilhamento indevido de dados e protegendo-os contra possíveis ataques de hackers. Além disso, elas devem garantir a transparência das operações e o combate à lavagem de dinheiro. Outra exigência importante é a prevenção ao jogo de menores por idade. As empresas devem adotar medidas para verificar a idade dos usuários e impedir o acesso de menores de 18 anos às apostas. Além disso, as companhias devem fornecer informações claras e acessíveis sobre os riscos e incentivar o jogo responsável.

VEJA TAMBÉM:
As três frentes da regulação de jogos de sorte e apostas no Brasil
Os prejuízos da falta de regulamentação das apostas esportivas
Afinal, e-sports são práticas esportiva ou entretenimento?


Apesar da regulamentação, ainda existem desafios a serem enfrentados no mercado de apostas esportivas no Brasil. Um deles é a concorrência desleal de empresas que não cumprem as exigências legais e operam de forma ilegal. Outro desafio é a falta de uma legislação mais clara e abrangente que permita a expansão do mercado de jogos de azar no país.

No entanto, a regulamentação dos sites de apostas esportivas no Brasil é um passo importante para a legalização do mercado de jogos de azar no país e para o combate ao jogo ilegal. Com a regulamentação, espera-se que o mercado de apostas esportivas possa crescer de forma sustentável, gerando empregos e renda, preservando os direitos dos usuários e auxiliando no combate à lavagem de dinheiro e outros crimes relacionados ao jogo.

Sergio Cavalheiro é fundador e sócio do escritório Carvalho e Cavalheiro.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/regulamentacao-dos-sites-de-apostas-esportivas-no-brasil/
Copyright © 2023, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...