segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

PRIMEIRO ATO DE LULA FOI REVOGAR ATOS DE BOLSONARO

 rasil e Mundo Revogaço de Lula

Primeiro ato de Lula

Byvaleon

Jan 2, 2023


Lula revoga decretos e edita MPS que mexem com Bolsa Família, armas e combustíveis
Por
Gazeta do Povo


Lula editou decretos e assinou medidas provisórias que cumprem parte de suas promessas eleitorais| Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou neste domingo (1), logo após tomar posse, uma série de medidas provisórias, decretos e despachos que inauguram oficialmente o seu governo. Por meio da edição de MPs, o presidente viabilizou o pagamento de R$ 600 para as famílias beneficiárias do Bolsa Família. Trata-se da primeira medida de enfrentamento à fome e à miséria no Brasil. Lula também prorrogou, por mais 60 dias, a isenção de tributos federais nos combustíveis.

Outra MP reestrutura a Presidência da República e organiza os 37 ministérios que compõem o governo, segundo a nova gestão, sem a criação de cargos públicos. Os órgãos compartilharão estruturas administrativas, como recursos humanos e contratos, por exemplo, permitindo que as pastas se concentrem na elaboração e implementação de políticas públicas.

Controle de armas
O presidente Lula assinou decreto que dá início ao processo de reestruturação da política de controle de armas no país. O decreto reduz o acesso às armas e munições e suspende o registro de novas armas de uso restrito de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs). Também suspende as autorizações de novos clubes de tiro até a edição de nova regulamentação.

O decreto condiciona a autorização de porte de arma à comprovação da necessidade – atualmente, bastava uma simples declaração. E determina o recadastramento no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal, em 60 dias, de todas as armas adquiridas a partir da edição do Decreto n° 9.785, de 2019.

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Entre as restrições estabelecidas pelo decreto assinado por Lula estão a proibição do transporte de arma municiada, a prática de tiro desportivo por menores de 18 anos e a redução de seis para três na quantidade de armas para o cidadão comum, entre outras. Pelo decreto, o presidente determinou a criação de um grupo de trabalho que terá 60 dias para apresentar uma proposta de nova regulamentação do Estatuto do Desarmamento.

Fundo Amazônia e fortalecimento do Ibama

O presidente da República assinou decreto que reestabelece o combate ao desmatamento na Amazônia, no Cerrado e em todos os biomas brasileiros, recuperando o protagonismo do Ibama. Dessa maneira, Lula marca a retomada do compromisso brasileiro com a agenda climática global.

Por meio de despacho, o presidente determinou ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima que apresente, em 45 dias, uma proposta de nova regulamentação para o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Em outro decreto assinado neste domingo, Lula reestabelece o Fundo Amazônia e viabiliza a utilização de R$ 3,3 bilhões em doações internacionais para combater o crime ambiental na Amazônia.

Também por meio de decreto, o presidente revoga medida do governo anterior que incentivava o garimpo ilegal na Amazônia, em terras indígenas e em áreas de proteção ambiental.

Sigilos de Bolsonaro serão revistos
Com a edição de dois decretos, o presidente Lula revoga normas impeditivas, criadas pelo governo Bolsonaro, como o decreto que impedia o acesso à educação inclusiva de crianças, jovens e adultos com deficiência e o decreto que criou barreiras para a participação social na discussão e elaboração de políticas públicas.

O presidente também assinou um despacho determinando que a Controladoria-Geral da União reavalie, no prazo de 30 dias, as inúmeras decisões do ex-presidente que impuseram sigilo indevido sobre documentos e informações da Administração Pública.

Lula também determinou aos ministros que encaminhem propostas para retirar do processo de desestatização empresas públicas como Petrobras, Correios e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), entre outras.

Em homenagem à memória de Diogo Santana, ativista pelos movimentos sociais, o presidente determinou que a Secretaria Geral elabore uma proposta de recriação do Pró-Catadores, programa que fomenta e incentiva as atividades desenvolvidas pelos catadores de materiais recicláveis no país.

Veja todos os atos assinados por Lula no primeiro dia de governo
Medida provisória (MP) que modifica a estrutura do governo e os ministérios;
MP que garante R$ 600 de Bolsa Família para os mais pobres;
MP que prorroga a desoneração dos combustíveis por mais 60 dias;
Decreto que inicia o processo de reestruturação da política de controle de armas no país;
Decreto que restabelece o combate ao desmatamento na Amazônia;
Decreto que restabelece o Fundo Amazônia e viabiliza R$ 3 bilhões de doações internacionais para combater crimes ambientais;
Revogação de decreto que incentivava garimpo ilegal na Amazônia;
Decreto que extingue segregação de pessoas com deficiência na educação;
Decreto que remove impedimentos à participação social na construção de políticas públicas;
Despacho que determina que a CGU reavalie em 30 dias as decisões que impuseram sigilo indevido sobre informações da administração pública;
Despacho que determina a ministros encaminhem proposta para retirar de programas de desestatização empresas públicas como Petrobras, Correios e EBC;
Despacho que determina que ministro de estado elabore propostas de recriação do Pro-Catadores;
Despacho para que Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas proponha, em 45 dias, nova regulamentação para o Conama.


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MINISTÉRIOS DE LULA FAZEM GASTAR 2,5 BILHÕES ANUAIS

 

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Vista aérea da Esplanada dos Ministérios em Brasília-DF. Foto: Ana Volpe/Agência Senado


Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF).| Foto: Ana Volpe/Agência Senado

É aguardada para esta segunda-feira (2) uma medida provisória para que o preço dos combustíveis não suba. Trata-se de uma medida que prorroga por mais dois meses a isenção de impostos federais da gasolina e por tempo indeterminado a isenção sobre diesel e gás de cozinha. Gás de cozinha por causa dos seus efeitos na população mais pobre e o diesel, idem, pois se aumentar o preço do transporte, aumenta o frete e aumenta o preço de tudo que é transportado.

Também devem sair decretos negando o acesso às armas, acesso este que garantiu tranquilidade ao campo por algum tempo, e decretos reorganizando o Poder Executivo. Trata-se de fazer 37 ministérios. Havia 22 e agora serão 37. É muito mais despesa. Isso é um problema sério, pois com mais despesa para sustentar o próprio estado, que o consumidor paga em imposto embutido, fica difícil conter a inflação, a alta de juros e o endividamento público. Essa é a reorganização do Poder Executivo.

Unasul
Ele falou também em revitalizar a Unasul, que é uma reunião de nações latino-americanas de tendência de esquerda que foi criada por Hugo Chávez, aqui em Brasília, em 2008. Tinha doze países, mas a maioria já caiu fora, ficaram só quatro. Agora, Lula quer reorganizar, certamente agradando muito a Venezuela. Não sei o que vai ser lá da Operação Acolhida, que acolhe refugiados daquele país.

Ele falou que não tem ânimo de revanche, mas foi ameaçador em muitas coisas. Ele disse por exemplo que “quem errou responderá por seus erros”. O Lula disse isso. Vocês podem olhar para o passado, para a Lava Jato, e se surpreender com ele dizendo isso. Acrescentou que será com “direito amplo de defesa dentro do devido processo legal”. Ora, isso é previsto pela lei. Não é o presidente que garante direito de defesa e devido processo legal. É a lei brasileira.  Depois ele disse que foi um “mandato do fascismo” e que tem que haver “democracia para sempre”. Aí a gente fica se perguntando o que ele vai chamar de democracia. A República Democrática Alemã, por exemplo, era o governo comunista lá da Alemanha Oriental.

Faixa presidencial
Bom, entregaram a faixa do presidente diante de uma Praça dos Três Poderes absolutamente vermelha. Foi uma catadora de lixo, foram pessoas que fizeram vigília enquanto o Lula estava cumprindo pena, preso em Curitiba. Representantes do povo mais pobre. Ele fez questão de receber deles já que o Bolsonaro foi para Orlando. Muita gente está tentando entender isso. Como é que ele faz uma despedida, pega um avião e vai para os Estados Unidos antes de terminar o mandato. Na hora em que ele deixou o espaço aéreo brasileiro assumiu o vice, Hamilton Mourão, que ainda fez uma fala na televisão contendo críticas ao presidente Bolsonaro. Não citou nomes, mas é óbvio o que se vê ali.

Tarcísio
O governador de São Paulo, que é o estado mais importante do país fez um discurso estadista e agradeceu ao Bolsonaro por tê-lo lançado na política. Foi um vencedor com treze milhões e quinhentos mil votos.

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LULA E O PT MERCEM OPOSIÇÃO DURA

 


Chegou a hora de dizer adeus a Bolsonaro. E fazer a oposição dura que Lula e o PT merecem

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo


Chegou a hora de dizer já vai?, tá cedo ainda, toma mais um cafezinho, Deus que ajude, desculpe qualquer coisa, etc.| Foto: Reprodução/ Twitter

Passei quatro anos defendendo pateticamente o caráter humano (e, portanto, falho) do agora ex-presidente Jair Bolsonaro. Aos que me diziam que ele era um monstro fascista e genocida, respondia que não, que era apenas um homem tentando fazer o seu melhor – e, aqui e ali, fracassando miseravelmente, como todos nós. Aos que me diziam que ele era o mito, o líder perfeito, o Presidentaço, respondia que não. Que era apenas um homem tentando fazer o seu melhor. E, aqui e ali, fracassando miseravelmente. Como todos nós.

Nesse tempo, não foram poucas as vezes em que tentei me colocar no lugar de Bolsonaro. Para tentar – tentar! – entender o que o levou a agir assim ou assado. Dessas muitas reflexões, concluí que (i) nem todo mundo é talhado para a vida pública e eu definitivamente não sou; (ii) se me dessem o poder ilusório da caneta presidencial, é bem possível que eu agisse como um tirano pior do que Alexandre de Moraes; e (iii) nossos melhores e maiores feitos serão sempre rejeitados ou diminuídos por quem de antemão nos odeia.

Mas confesso que os últimos sessenta dias abalaram essa minha semiconvicção de que Jair Bolsonaro é apenas um homem simples que, por vias tortas, ocupou o cargo máximo dessa confusão a que damos o nome de Brasil. Primeiro o silêncio pós-eleições, depois as fotos enigmáticas e a manutenção de um clima revolucionário, culminando com a ausência de um pronunciamento digno no Natal e, mais recentemente, o desprezo pelos “aquartelados capslock” e a viagem para Miami. Tudo isso me levou a crer que, embora aparentemente honesto e bem-intencionado, Bolsonaro foi um homem pequeno. Ou ao menos menor do que eu supunha.

Não pequeno em relação a Lula (que é minúsculo). Quem pressupõe em minhas palavras comparação com o ex-presidiário talvez o tenha como um referencial – o que não é o meu caso. Aliás, se neste texto constato tardiamente que Bolsonaro não esteve à altura da empreitada a que se propôs quando se candidatou à Presidência, isso diz mais sobre minhas (nossas?) expectativas do que sobre quem vestiu e vestirá a faixa.

Quando reconheço algo constrangido que Bolsonaro se revelou pequeno, estou pensando em tudo o que ele poderia ter sido se tivesse usado os poderes mundanos e constitucionais do seu cargo para promover as virtudes que estão ao alcance de todo mundo: prudência, justiça, temperança e coragem. Se tivesse almejado a excelência. Se bem que aqui cabe uma crítica rápida à tão endeusada democracia, que tende a favorecer líderes que exalam soberba e todos os vícios dela derivados.

Tudo ficará mais claro quando os ânimos se acalmarem e for chegada a hora (não agora) de avaliarmos os erros e acertos de Jair Bolsonaro à frente do Executivo. Livres da paixão política – essa sanguessuga do espírito – talvez consigamos avaliar melhor tanto a evidente má vontade da imprensa quanto os muitos movimentos equivocados no tal do xadrez 4D. Gosto de pensar que, com o devido distanciamento temporal, seremos capazes de, um dia, dar a Bolsonaro a dimensão pessoal e institucional que ele merece. E que não é nem a de um anão e nem a de um gigante.

Chegou a hora, porém, de dar adeus a Jair Bolsonaro. Que a esta altura (enquanto espumamos de raiva por vermos um ex-presidiário subir a rampa e enquanto você vocifera contra o autor deste texto) deve estar curtindo a privilegiada aposentadoria na Flórida. Chegou a hora de dizer já vai?, tá cedo ainda, toma mais um cafezinho, Deus que ajude, desculpe qualquer coisa, etc. Chegou a hora de dizer tchau, Bolsonaro.

Uma despedida rápida e discreta. Sem lágrimas nem acenos com o lencinho para o trem que desaparece na curva à esquerda. Afinal, a partir de amanhã um novo futuro político começa de fato. Um futuro nada auspicioso. Por isso, e também por causa de Jair Bolsonaro, agora nos caberá fazer oposição a Lula e a tudo o que ele e o PT representam. Pela terceira (e, espero, última) vez.

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MUDANÇAS NO PIX

 

A partir desta segunda-feira (2)
Passam a valer; saiba quais são elas
Por
Gazeta do Povo


| Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Uma série de mudanças no Pix começam a valer nesta segunda-feira (2). Eles foram feitas pelo Banco Central e tinham sido anunciadas no início de dezembro de 2022. Confira quais são elas:

1 – Fim do limite por transação: O Pix deixou de ter um limite por transação. Com isso, os limites de valor serão mantidos apenas por período: diurno (6h às 20h) ou noturno (20h às 6h). Com a mudança, o cliente poderá transferir todo o limite de um período (diurno ou noturno) em apenas uma transação Pix ou fazê-lo em diversas vezes, ficando a critério do correntista.

2 – Pix Saque e Pix Troco: O Banco Central elevou o limite para as retiradas de dinheiro por meio das modalidades Pix Saque e Pix Troco. O valor máximo passou de R$ 500 para R$ 3 mil durante o dia e de R$ 100 para R$ 1 mil no período noturno.

As regras para o cliente personalizar os limites do Pix não mudaram. Vale ressaltar que as as instituições financeiras terão de 24 a 48 horas para acatar a ampliação dos limites, mas deverão aceitar imediatamente os pedidos de redução.

3 – Período noturno: O cliente poderá escolher qual será o horário do período noturno, no qual o limite de transferência é mais baixo. Poderá permanecer como era, das 20h às 6h do dia seguinte, ou então passar a ser das 22h até as 6h do dia seguinte.

4 – Transferências para pessoas jurídicas: O limite para transferências a contas de pessoas jurídicas foi retirado pelo Banco Central e agora cada instituição financeira irá definir qual será o seu valor máximo.

5 – Compras: Outra mudança no Pix é que as operações do Pix para compras terão limites iguais ao da Transferência Eletrônica Disponível (TED). Anteriormente, eles eram vinculados aos limites dos cartões de débito.

6 – Aposentadorias e pensões: O Tesouro Nacional poderá pagar salários ao funcionalismo público, e também benefícios – como aposentadorias e pensões – por meio do Pix. Com a mudança, o pagamento poderá ser feito para a conta-salário associada ao Pix.

7 – Correspondentes bancários: O Banco Central também facilitará o recebimento de recursos por correspondentes bancários por meio do Pix. De acordo com a Agência Brasil, cada correspondente bancário poderá ter uma conta em seu nome para movimentação de valores relativos à prestação de serviços. Mas essa conta terá de ser usada apenas para receber recursos.

Fontes: Banco Central, Agência Brasil e Gazeta do Povo.
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COMPORTAMENTO FAZ DEMISSÃO NAS EMPRESAS

 

Ana Julia Guimarães – StartSe

Saiba como aprimorar suas atitudes comportamentais

Alguma vez você ficou irritado no trabalho, mas conseguiu beber um copo d’água, respirar e finalizar as suas tarefas normalmente? Se a resposta for sim, parabéns, você provou ter inteligência emocional.

De acordo com a psicologia, o termo refere-se à capacidade de identificar e lidar com as emoções e sentimentos pessoais e de outros indivíduos. Pessoas que conseguem ter o controle sobre as suas emoções têm (comprovadamente) mais autogestão sobre suas vidas.

Aliás… Você já ouviu a frase “as pessoas são contratadas por suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelo seu comportamento”? Então, é verdade. Uma pesquisa realizada pela revista Você S/A revela que 87% das demissões hoje em dia são por problemas comportamentais e apenas 13% por problemas técnicos.

Sabendo disso, cada vez mais, as empresas devem buscar por pessoas que, além de terem ou buscarem uma competência profissional, também saibam lidar com as adversidades do dia a dia com facilidade.

Os 50 pensamentos que vão fazer você conquistar o que quiser

4 livros que vão fazer você conquistar o que quiser

Soft skills: o que são e por que são tão importantes na carreira

Daniel Goleman, psicólogo, escritor e PhD da Universidade de Harvard, foi muito importante para a difusão do termo em seu seu livro  “O Cérebro e a Inteligência Emocional”, com mais de 5 milhões de cópias vendidas no mundo todo. Inclusive, caso se interesse, aqui temos o ebook completo.

Na obra, o autor basicamente descreve a inteligência emocional como a capacidade de uma pessoa de gerenciar seus sentimentos, de modo que eles sejam expressos de maneira apropriada e eficaz.

Além disso, ele demonstra como achar a chave para a empatia nas relações no ambiente de trabalho através dos seguintes domínios:

1- AUTOCONSCIÊNCIA

Capacidade de reconhecer os próprios sentimentos.

2- AUTOGESTÃO

Capacidade de lidar com as próprias emoções.

3- CONSCIÊNCIA SOCIAL

Capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros.

4- GERENCIAMENTO DE RELACIONAMENTOS

Conjunto de capacidades envolvidas na interação social.

COMO DESENVOLVER ESSA SOFT SKILL NA PRÁTICA?

Vamos te ajudar com 3 dicas! Confira:

1. ANALISE SEU PRÓPRIO COMPORTAMENTO

Pare de viver no automático e se pergunte: quem você é nas situações boas? E nas ruins? Se não saber responder de cara (o que é muito provável), coloque-se de fora, ou busque feedbacks de pessoas próximas a você.

Feito isso, analise se as suas atitudes impactaram o seu dia e as suas relações. Caso o efeito tenha sido positivo, você pode fazer um esforço consciente para agir daquela maneira com mais frequência; porém, se o impacto for negativo, você pode evitar determinada atitude.

Lembre-se: toda mudança exige esforços…. Mas depois que isso vira um hábito, você passa a se alimentar de resultados muito positivos.

2- DOMINE SUAS EMOÇÕES

Está no calor no momento? Conte 1, 2, 3 e respire fundo. Eu sei que agir sem pensar é natural do ser humano – que desde os seus primórdios, usa essa adrenalina como método de defesa; mas, é necessário entender que a impulsividade não é uma boa aliada nas nossas relações.

Como controlar isso? Além da prática da respiração, tenha bons hábitos, faça meditação e pratique exercícios físicos – eles são capazes de reduzir níveis de cortisol, controlar o fluxo de pensamentos e relaxar a mente.

3- TENHA AUTOCONFIANÇA

O que você tem feito por você? (Essa pergunta vale tanto no âmbito pessoal, quanto profissional). Se a sua resposta estiver repleta de competência, vontade e admiração, fica mais fácil.

Acreditar em si e ressaltar suas qualidades ou seus talentos são ações que funcionam como combustíveis para alavancar carreiras! Portanto, acredite no seu potencial e entenda que você tem a capacidade necessária para superar momentos de crise.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL É UMA DAS HABILIDADES MAIS DESEJADAS DO MERCADO, MAS NÃO É A ÚNICA…

Devido a pressão e as transformações, inteligência emocional e mais uma série de novas habilidades são exigidas dos executivos e profissionais o tempo inteiro.

Uma das maiores autoridades no assunto, Gary Bolles, expert do Vale do Silício em Futuro do Trabalho e Novas Habilidades, fez uma série de aulas fundamentais sobre o assunto – exclusivas para brasileiros. Essas aulas estão no módulo As Novas Habilidades Humanas, um dos 10 módulos do xBA. Um Programa Internacional em Gestão Exponencial eleito o programa executivo mais inovador do mundo.

Ele junto com 30 experts internacionais do Vale do Silício, vão te ensinar as habilidades mais desejadas por empresas norte-americanas e brasileiras:

Destrinchando temas desde novas tecnologias e estratégias de inovação, até equipes de alto desempenho, modelo de gestão de startups, ESG e sustentabilidade, novo marketing, mercados e modelos de negócio e muito mais. 

COMO DEVEM SER OS PARCEIROS NOS NEGÓCIOS

“Parceiros chegam de várias formas. Se juntam por diferentes motivos”.

Eu sei, é clichê, rss. E se a frase fosse minha eu acrescentaria: “O que eles tem em comum é o fato de acreditarem no que nós acreditamos”.

Parceria é a arte de administrar conflitos de interesses e conexões de interesses, visando resultados benéficos para ambas as empresas”.

É por isso que eu costumo comparar parceria com casamento. Quem é casado sabe que administrar conflitos é fundamental para ambos terem resultados nessa aliança.

Assim como no casamento, o parceiro não precisa ser igual a nós, mas tem que ter o nosso ‘jeitão’! Nas parcerias eu defendo que o parceiro precisa ter o DNA de inovação, a inquietude pra sair da zona de conforto e uma preocupação muito grande com o cliente, não apenas no discurso, mas na prática. É claro que no processo de análise do possível parceiro, nós avaliamos o potencial financeiro e de escala da aliança, a estrutura e o tamanho da empresa. Mas, tem um fator humano que não pode ser desconsiderado, já que empresas são, na sua essência, pessoas. É por isso, que normalmente, os parceiros   são empresas formadas por pessoas do bem, pessoas com propósito, que tem tanto o caráter quanto a lealdade de continuar de mãos dadas, mesmo nos momentos mais difíceis. É como um casamento mesmo!

É importante também que os parceiros tenham know how e competências complementares, que potencializem nossas fragilidades e deem mais peso aos nossos pontos fortes. E como eu acredito que o primeiro approach de uma boa parceria acontece no plano humano (onde existe emoção), e não no corporativo, eu gosto muito da histórica da parceria entre Steve Jobs Steve Wozniak. Os dois Steves tornaram-se amigos durante um emprego de verão em 1970. Woz estava ocupado construindo um computador e Jobs viu o potencial para vendê-lo. Em uma entrevista de 2006 ao Seattle Times, Woz, explicou:

“Eu só estava fazendo algo em que era muito bom, e a única coisa que eu era bom acabou por ser a coisa que ia mudar o mundo… Steve (Jobs) pensava muito além. Quando eu projetava coisas boas, às vezes ele dizia: ‘Nós podemos vender isso’. E nós vendíamos mesmo. Ele estava pensando em como criar uma empresa, mas talvez ele estivesse mesmo pensando: ‘Como eu posso mudar o mundo?’”.

Por que essa parceria deu certo? Habilidades e competências complementares.

As habilidades técnicas de Woz juntamente com a visão de Jobs fizeram dos dois a parceria perfeita nos negócios.

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domingo, 1 de janeiro de 2023

VICE-PRESIDENTE HAMILTON MOURÃO FEZ DISCURSO DE DESPEDIDA ONTEM

 

Em cadeia nacional de rádio e TV

História por CdB • Correio do Brasil

“Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social e de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta”, criticou Mourão.

Por Redação – de Brasília

Em cadeia nacional de rádio e TV, na noite deste sábado, o presidente em exercício Hamilton Mourão (Republicanos) despede-se do mandato com um breve discurso, no qual não poupou críticas ao mandatário Jair Bolsonaro (PL), que se evadiu na última sexta-feira para a Flórida (EUA).

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, não citou Bolsonaro, mas deixou seu recado aos extermistas que o seguem© Fornecido por Correio do Brasil

— Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social e de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta, para alguns por inação e para outros por fomentar um pretenso golpe — torpedeou.

Ao fim do pronunciamento, Mourão foi vaiado e xingado pelos bolsonaristas que restaram acampados à espera de um golpe de Estado, em frente do QG do Exército em Brasília.

Leia a íntegra do discurso de Mourão:

“Brasileiras e brasileiros, boa noite!

“No momento em que concluímos mais um ano pleno de atividades e de intensos engajamentos de toda a ordem, na condição de Presidente da República em exercício, julgo relevante trazer uma palavra de esperança, de estímulo e de apreço ao povo brasileiro, especialmente na ocasião em que o nosso governo conclui o período constitucional de gestão pública do País, iniciado em 1º de janeiro de 2019.

“Vislumbro que os acontecimentos políticos, econômicos e sociais que têm marcado a presente quadra da nossa História seguirão impactando a vida da gente brasileira nos próximos anos, tornando a caminhada ainda mais desafiadora, visto que o mundo ainda se ressente da pandemia da Covid-19 e a economia mundial sofre as consequências da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

“O Governo que ora termina, ao longo de quatro anos, fez entregas significativas na Economia, no avanço da digitalização da gestão pública, na regulamentação da tecnologia da informação, na privatização de estatais, tendo promovido uma eficaz e silenciosa reforma administrativa, não recompletando vagas disponibilizadas por aposentadoria, além da renovação de nosso modelo previdenciário e ainda potencializou o agronegócio e vários campos do conhecimento humano.

“Juntos, trabalhamos duramente contra a pandemia, auxiliando os mais necessitados, apoiando as empresas na manutenção dos salários de empregados e desonerando suas folhas de pagamento.

“Apoiamos governos estaduais e municipais com recursos, médicos e medicamentos, independentemente da posição política ou ideológica dos chefes do Executivo, permitindo que seus governos os direcionassem para as áreas onde aquela administração achasse conveniente.

“Trabalhamos e entregaremos ao próximo governo um país equilibrado, livre de práticas sistemáticas de corrupção, em ascensão econômica e com as contas públicas equilibradas, projetando o Brasil como uma das economias mais prósperas e com resultados mais significativos pós-pandemia, no concerto das nações.

“Tais iniciativas permitiram pleitear o ingresso do país na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, o que possibilitará a melhoria ao acesso a mercados e a novas parcerias. Cabe destacar que o OCDE tem como princípios básicos a Democracia e o Livre Mercado.

“Nem todas as empreitadas obtiveram o sucesso que almejávamos. Na área ambiental, por exemplo, tivemos percalços, embora tenhamos alcançado reduções importantes no desmatamento da Amazônia, a região ainda necessita de muito trabalho e de cuidados específicos, engajando as elites e as comunidades locais, cortejadas permanentemente pela sanha predatória oriunda dos tempos coloniais.

“Dirijo-me agora aos apoiadores de nosso governo, aqueles que credibilizaram nosso trabalho por meio do voto consignado às nossas propostas, sobretudo nas últimas eleições. Muito obrigado por seu voto! Desejo concitá-los a lutar pela preservação da democracia, dos nossos valores, do estado de direito e pela consolidação de uma economia liberal, forte, autônoma e pragmática e que nos últimos tempos foi tão vilipendiada e sabotada por representantes dos três poderes da República, pouco identificados com o desafio da promoção do bem comum.

“A falta de confiança de parcela significativa da sociedade nas principais instituições públicas decorre da abstenção intencional desses entes do fiel cumprimento dos imperativos constitucionais, gerando a equivocada canalização de aspirações e expectativas para outros atores públicos que, no regime vigente, carecem de lastro legal para o saneamento do desequilíbrio institucional em curso.

“Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social e de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta, para alguns por inação e para outros por fomentar um pretenso golpe.

“A alternância do poder em uma democracia é saudável e deve ser preservada. Aos eleitos, cumpre o dever de dar continuidade aos projetos iniciados e direcionar seus esforços para que, à luz de suas propostas, o País tenha assegurada uma democracia pujante e plural, em um ambiente seguro e socialmente justo.

“Aos que farão oposição ao governo que entra, cumprirá a missão de opor-se a desmandos, desvios de conduta e a toda e qualquer tentativa de abandono do perfil democrático e plural, duramente conquistado por todos os cidadãos. Buscando-se a redução das desigualdades por meio da educação isenta e eficaz, criando oportunidades iguais a todos os brasileiros.

“Destaco que a partir do dia 1º de janeiro de 2023 mudaremos de governo, mas não de regime! Manteremos nosso caráter democrático, com Poderes equilibrados e harmônicos, alternância política pelo sufrágio universal, pessoal, intransferível, secreto, buscando sempre maior transparência e confiabilidade.

“Tranquilizemo-nos! Retornemos à normalidade da vida, aos nossos afazeres e ao concerto de nossos lares, com fé e com a certeza de que nossos representantes eleitos farão dura oposição ao projeto progressista do governo de turno, sem, contudo, promover oposição ao Brasil. Estaremos atentos!

“Na condição de Presidente da República em exercício, finalizo estas palavras apresentando-lhes os meus melhores votos de um ano de 2023 pleno de saúde, felicidades e muitas realizações. Que o nosso amado Brasil continue sua caminhada na direção de seu destino-manifesto, tornando-se a mais próspera e bem-sucedida democracia liberal ao Sul do equador.

“Feliz ano novo, êxito pessoal e prosperidade para cada um de nós que formamos esta grande nação! Muito obrigado!

Boa noite!”

COM O NOVO GOVERNO NÃO TEREMOS MAIS PRIVATIZÕES E REFORMAS DO ESTADO

 

Novo governo

Por
Célio Yano – Gazeta do Povo
e

Por
Isabella Mayer de Moura – Gazeta do Povo


O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).| Foto: Sebastião Moreira/EFE.

Lula foi eleito presidente do Brasil com uma agenda focada em questões sociais. Promessas como acabar com a fome, “incluir o pobre no Orçamento e o rico no Imposto de Renda”, fazer com que o “povo volte a comer picanha” foram feitas pelo então candidato durante a campanha. O Bolsa Família de R$ 600 foi o carro-chefe das propostas do petista.

Para além da pauta social, Lula prometeu uma série de políticas já bem conhecidas de seus governos anteriores, como retorno de programas de infraestrutura e a retomada da reforma agrária, e a reversão de políticas adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), a exemplo das relativas à aquisição de armas de fogo.

Na economia, o petista prometeu uma participação maior do Estado como fomentador do crescimento econômico do país, além de sinalizar o abandono da atual política de controle de gastos do governo. Relembre, a seguir, 16 promessas feitas por Lula para o seu terceiro mandato.
Não concorrer à reeleição
Lula prometeu, durante a campanha, que não tentará a reeleição. Pouco antes do segundo turno, postou em suas redes sociais que seria “um presidente de um mandato só”, referindo-se à nova temporada no Palácio do Planalto, que ele já comandou por outros dois mandatos.

Uma afirmação com o mesmo conteúdo foi feita também durante o primeiro turno. Em um evento, Lula disse: “Todo mundo sabe que não é possível um cidadão com 81 anos querer a reeleição. Todo mundo sabe. A natureza é implacável”. Lula tem, hoje, 77 anos.

Fim do orçamento secreto
O presidente eleito prometeu acabar com as emendas de relator, batizadas de “orçamento secreto”, mas sequer terá que lidar isso com no seu governo. Em 19 de dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucionais as emendas de relator. A maioria dos ministros entendeu que elas não cumpriam os requisitos de isonomia, legalidade, moralidade, publicidade, impessoalidade e eficiência que devem ser aplicados aos gastos públicos.

Fim das privatizações
Lula se posicionou contra as privatizações de estatais. “Não vamos privatizar a Petrobras, os Correios, o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica. O Estado vai voltar a ser indutor da economia. E financiar o micro, pequeno e médio empreendedorismo”, disse Lula durante a campanha.

No caso dos Correios, há um projeto de privatização em tramitação, mas a proposta de venda acabou travada no Congresso e não há interesse do PT em dar seguimento ao projeto. Também não há intenção do novo governo em desestatizar a Dataprev, que gere a base de dados do INSS, e o Porto de Santos. O Ministério da Infraestrutura do governo Bolsonaro já havia feito estudos de viabilidade para a venda de ambas as empresas, mas a equipe de Lula não deve levar esses planos adiante. Marcio França (PSB), futuro ministro dos Portos e Aeroportos, confirmou que o governo Lula não vai prosseguir com a privatização do Porto de Santos.

Além disso, processos de venda de refinarias da Petrobras – iniciados na gestão Bolsonaro, mas sem fechamento de contratos – foram paralisados a pedido do governo de transição. As alienações já realizadas, porém, não devem ser revistas pelo novo governo. 

Também devem ser mantidas sob controle do governo federal as empresas EBC, Nuclep, PPSA e Conab.

Mudança na política de preços e dividendos da Petrobras 
O petista também indicou que pretende acabar com a política de preços internacionais da Petrobras. “Não teremos o preço da gasolina dolarizado”, disse Lula em várias ocasiões da campanha, referindo-se ao atrelamento do preço dos combustíveis fósseis no Brasil aos preços do barril de petróleo no mercado internacional. 

A equipe de transição do petista também estuda mudar a política de dividendos da Petrobras, diminuindo o percentual de lucro que é repassado para os acionistas da empresa. O objetivo seria usar parte desse dinheiro para investimentos com foco na ampliação da capacidade de refino da companhia.

Simplificação da tributação e isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil

O PT promete tratar a reforma tributária como uma prioridade na economia. “Vamos fazer os muito ricos pagarem imposto de renda, utilizando os recursos arrecadados para investir de maneira inteligente em programas e projetos com alta capacidade de induzir o crescimento, promover a igualdade e gerar ganhos de produtividade”, diz o programa de governo de Lula apresentado ao TSE.

O petista também defendeu, durante a campanha, a tributação sobre lucros e dividendos e a taxação de grandes fortunas, mas entende que o tema enfrenta resistência no Congresso.

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reafirmou que a reforma tributária será prioridade do novo governo e disse que, para isso, deve aproveitar a tramitação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 45/2019 que já trata do tema. Bernard Appy, autor intelectual da PEC, será secretário especial para a reforma tributária. A proposta de Appy propõe a unificação do IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins em um único, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

“Há duas PECs sobre reforma tributária tramitando. Vou conversar com o Appy, que formulou a proposta que mais avançou (PEC 45/2019). Vamos mexer nela para aprovar. Ela precisa ser negociada. Vou manifestar opiniões sobre mudanças específicas que eu faria. Quero conversar com o Appy sobre esses pontos, para facilitar a aprovação do texto”, afirmou Haddad ao site Metropoles.

Até o momento, sabe-se que a intenção do novo governo é fazer a reforma em duas fases: reduzir a tributação sobre o consumo e simplificar a tributação federal com a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) Nacional, aproveitando as discussões que já estão ocorrendo no Congresso em torno deste tema com a PEC 45; e mudar a tributação de renda e de patrimônio.

Neste segundo aspecto, Lula prometeu isentar do Imposto de Renda pessoas com salário de até R$ 5 mil por mês – atualmente, a isenção vale para quem ganha até R$ 1.903,98.

Bolsa Família de R$ 600
Durante a campanha, Lula disse que vai manter o valor de R$ 600 pagos atualmente aos beneficiários do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família. Além desse valor, o candidato do PT prometeu um adicional de R$ 150 por crianças de até seis anos para as famílias beneficiadas pelo programa.

Lula deve cumprir essa promessa assim que assumir, já que o PT negociou com o Congresso a abertura de um espaço de quase R$ 170 bilhões no Orçamento de 2023, além do limite do teto de gastos. A emenda foi promulgada em 21 de dezembro. Com isso o pagamento de R$ 600 e o adicional de R$ 150 estão garantidos a partir de janeiro.

Aumento real do salário mínimo
A discussão sobre o reajuste do valor do salário mínimo foi uma das pautas que dominou a agenda dos dois candidatos nos últimos dias da campanha do segundo turno. Lula, que em seu governo deu ganho real ao mínimo, se comprometeu a retomar a política de concessão de reajustes acima da inflação. Esta é outra promessa que foi atendida via PEC fura-teto, com a articulação do governo de transição.

O Orçamento de 2023, aprovado em 22 de dezembro pelo Congresso, já prevê um salário mínimo de R$ 1.320. Os R$ 18 a mais do que a proposta enviada ao Congresso pelo governo de Jair Bolsonaro representam um aumento real de 2,7% e um custo adicional aos cofres públicos de R$ 6,8 bilhões.

A volta do PAC e do Minha Casa Minha Vida
Lula prometeu resgatar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para retomar obras de infraestrutura que estão paradas em todo o país. “O PAC foi construído com empresários, com governadores e com prefeitos. É o que eu pretendo retomar a partir do dia 1.º de janeiro se a gente ganhar as eleições”, disse Lula. O petista indica ainda que pretende retomar o programa Minha Casa Minha Vida, de subsídio à compra de imóvel por famílias de baixa renda.

Negociação de dívidas
Uma das principais promessas do PT durante a campanha foi o “Desenrola Brasil”, um programa de renegociação de dívidas para famílias que recebem até três salários mínimos.

Eles propuseram a criação de um fundo garantidor da União de R$ 7 bilhões para renegociar dívidas de 68 milhões de pessoas. “Esse fundo é um garantidor em última instância. A empresa vai dar o deságio, esse recurso não será repassado para pessoa física e será em último caso para a empresa se aquela repactuação não for honrada”, disse Aloizio Mercadante, coordenador do programa de governo de Lula, durante a campanha. O programa, porém, foi pouco mencionado durante o governo de transição.

Revogação do teto de gastos
Lula também tem como base de suas propostas a revogação do teto de gastos a partir de 2023. Um primeiro passo já foi dado, também com a aprovação da PEC fura-teto, que previu a substituição da regra por um novo arcabouço fiscal que precisa ser aprovado até agosto do próximo ano.

Nem Lula e nem Haddad indicaram qual âncora fiscal pretendem adotar, mas o presidente eleito prometeu construir, juntamente com o Congresso Nacional, uma proposta alternativa mantendo a responsabilidade fiscal. Além disso, Lula indicou que a regra fiscal precisa ser factível e que privilegie investimentos.

Fortalecimento da Farmácia Popular e volta do Mais Médicos
O PT promete fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e retomar políticas como o programa Mais Médicos – mas, desta vez, sem restabelecer a parceria com a ditadura cubana. Também fazem parte das promessas o fortalecimento do programa Farmácia Popular e a reconstrução e fomento ao que o partido chama de “complexo econômico e industrial da saúde”.

O plano de governo do PT também diz: “É urgente dar condições ao SUS para retomar o atendimento às demandas que foram represadas durante a pandemia, atender as pessoas com sequelas da covid-19 e retomar o reconhecido programa nacional de vacinação”.

Fortalecimento do Prouni e Fies

Lula prometeu o fortalecimento da educação básica, da creche à pós-graduação, coordenando ações articuladas e sistêmicas entre a União, estados, Distrito Federal e municípios, retomando metas do Plano Nacional de Educação. O plano de governo, no entanto, não apresenta propostas detalhadas de como pretende superar o “grave déficit de aprendizagem”. Lula também disse que seu governo vai fortalecer o Prouni e o Fies, com objetivo de ampliar o acesso ao ensino superior.

Regulação da mídia
Lula defende a regulação da mídia, mas vem tentando dizer que isso não seria uma forma de tentar censurar críticas ao governo se ele for eleito. Durante entrevista ao podcast Flow, afirmou que é preciso “chamar a sociedade para discutir” a regulação da mídia, mas disse ser “inimigo da censura”. “

Tem canal de televisão que só fala asneira, grosseria, só ofende. Tem que ter uma regulamentação, a última regulamentação de mídia eletrônica foi em 1962. A gente pode fazer como a legislação inglesa, a americana; ninguém quer uma regulamentação como em Cuba”, disse. Uma proposta que deve vir do PT é a regulação de plataformas digitais, como Facebook e Youtube, com foco na restrição de conteúdos considerados inverídicos.

A “volta” do estatuto do desarmamento
Lula promete “retomar o Estatuto de Desarmamento”, tornando mais difícil a posse de armas para cidadãos. A revogação de decretos do presidente Jair Bolsonaro, que flexibilizaram a quantidade e o tipo de armas que podem ser compradas por civis, deve ser uma das primeiras ações do novo governo na área de Justiça e Segurança Pública.

O novo governo também estuda a implantação de um programa de compra de armas que, após a revogação do decreto, se tornariam ilegais. 

Ainda na segurança pública, o petista pretende fazer acordos com países vizinhos para o combate ao tráfico de drogas. Ele também disse que pretende recriar o Ministério da Segurança Pública, atualmente vinculado ao Ministério da Justiça, em um segundo momento de seu governo, além de criar um Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).

Desmatamento zero

Lula se comprometeu a promover a transição ecológica das cidades com investimentos em transporte público, habitação, saneamento básico e equipamentos sociais. Além disso, o petista diz que uma das prioridades será a liberação de recursos do Fundo Amazônia de forma rápida. O plano de governo do PT prevê ainda o combate ao crime ambiental, com a promessa de desmatamento zero.

“Retomada” da reforma agrária
Este não foi um assunto muito abordado durante a campanha de Lula para não criar atritos com o agronegócio, mas uma “retomada da reforma agrária” está nas diretrizes de governo que o petista apresentou à Justiça Eleitoral quando se candidatou.

“Nós temos que começar a perguntar quanto nos custou não fazer as coisas nesse país. Quanto custou não alfabetizar o povo na década de 30 ou 40? Quanto custou a esse país não fazer a reforma agrária quando já tinha sido feita no mundo inteiro?”, publicou Lula em suas redes sociais em agosto.

A intenção do PT é voltar a incorporar terras ao Programa Nacional da Reforma Agrária, que, segundo a sigla, foi desmontado pelo governo Bolsonaro, que apostou na titulação de terras. “Tem muitas terras públicas, pequenas áreas próximas às grandes cidades, que podem servir para a reforma agrária sem criar conflito com o agronegócio”, disse o fim de novembro o deputado Pedro Uczai (PT-SC), coordenador do núcleo de Desenvolvimento Agrário do governo de transição de Lula.


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LULA E ALCKMIN TOMAM POSSE NOS CARGOS HOJE


Desfile, shows, juramento: como será a cerimônia de posse de Lula e Alckmin
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e o futuro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, durante anúncio de novos ministros que comporão o governo.


O presidente eleito Lula e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin tomam posse neste domingo, 1º de janeiro de 2023| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Doze anos depois de ter deixado o cargo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) toma posse neste domingo, 1º de janeiro, como presidente da República para exercer um terceiro mandato de quatro anos. A cerimônia deve ser marcada por um roteiro institucional e com “poucas alterações”, segundo integrantes da transição. Um grande esquema foi armado para garantir a segurança de 700 jornalistas brasileiros e estrangeiros, 120 representantes de governos estrangeiros, 2 mil convidados, e um público externo estimado entre 150 mil e 300 mil pessoas.

“Todo mundo está convidado para o ato da posse. Por favor, domingo estejam aí, que não vai ter barulho. Não fique preocupado com barulho. Quem ganhou tem o direito de fazer uma grande festa popular aqui em Brasília”, afirmou Lula na última quinta-feira (29). O evento começa pela manhã com apresentações musicais em dois palcos instalados na Esplanada dos Ministérios.

A programação da posse de Lula está marcada para começar às 13h30, com a chegada de autoridades e representantes ao Congresso Nacional. Às 14h30 está prevista a saída da Catedral Metropolitana de Brasília do cortejo que levará Lula e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) em carro aberto pela Esplanada dos Ministérios rumo ao prédio do Congresso.

Historicamente, o desfile do presidente eleito é feito no tradicional Rolls-Royce, pertencente à Presidência da República. No entanto, Lula vem sendo aconselhado pela equipe de segurança a usar um veículo blindado depois que um homem foi preso acusado de tentar explodir uma bomba próximo ao aeroporto de Brasília.

De acordo com integrantes da transição, todo o esquema de segurança passou por revisões e a definição sobre o desfile em carro aberto só vai ocorrer no dia da posse. Além da segurança, questões climáticas podem afetar o cronograma definido até o momento.

O Rolls-Royce, que leva os presidentes eleitos para a cerimônia de posse em Brasília, tem 66 anos e foi usado pela primeira vez em 1953, por Getúlio Vargas durante as comemorações do Dia do Trabalho, em 1º de maio daquele ano. O primeiro evento de posse com participação do carro foi com Juscelino Kubitschek, em 1956, ainda no Rio de Janeiro. De lá pra cá, o veículo já levou Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT), Dilma Rousseff (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

No Congresso Nacional, Lula, Alckmin e suas respectivas esposas devem ser recebidos pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). De acordo com o cronograma previsto pela transição, esse desfile deve demorar cerca de 10 a 15 minutos.

PT e movimentos sociais vão ajudar na segurança da posse de Lula 

A organização do evento tem mantido diversas informações sobre sigilo por questão de segurança. Além da prisão do suspeito de acionar uma bomba, o esquema de segurança passou por revisões nos últimos dias depois que manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal e atearam fogo em quatro ônibus na capital federal. Na última quinta-feira (29) a PF prendeu 11 suspeitos de participação por esses atos de vandalismo.

Apesar disso, integrantes do governo garantem que o planejamento de segurança prevê diversos cenários e que o evento irá ocorrer normalmente. “Extremistas não impedirão a festa da posse de Lula. Não há o que temer em relação à posse. Ela vai acontecer normalmente, porque há um planejamento para isso”, afirmou o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

O esquema de segurança para a região da Esplanada será o mesmo utilizado durante as últimas manifestações do Sete de Setembro e do segundo turno das eleições. As equipes de segurança do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Polícia Militar do Distrito Federal pretendem manter a região isolada e com acesso controlado até o dia da posse. O cronograma prevê ainda o uso de detectores de metal, esquadrão antibombas, agentes à paisana, snipers e barreiras antidrones.

Nesta semana, Dino se reuniu com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para pedir a ampliação do número de agentes da Polícia Militar durante o evento. De acordo com o emedebista, toda a força policial da capital será utilizada para garantir a segurança da posse presidencial. Além da Polícia Militar, integrantes da Polícia Civil do DF e do Corpo de Bombeiros também serão escalados.

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“Toda a polícia militar do Distrito Federal estará mobilizada. Teremos 100% do efetivo nas ruas. Além disso, teremos agentes da PCDF [Polícia Civil] também no apoio, infiltrados durante todo o movimento, principalmente pelos últimos acontecimentos. Vai dar tudo certo”, indicou Ibaneis Rocha.

A Polícia Federal, a Força Nacional de Segurança e a Polícia Rodoviária Federal também farão a segurança do evento.

Além disso, diretórios do PT e lideranças dos movimentos sociais e sindicatos têm feito reuniões com o objetivo de criar uma “força” paralela que garanta a segurança do evento.

Juramento de Lula será feito em cerimônia do Congresso Nacional 
Pontualmente às 15 horas será aberta a sessão solene da posse no Congresso Nacional, com a execução do hino nacional, feito o juramento de respeito à Constituição e a leitura e assinatura do termo de posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos. Em seguida haverá pronunciamentos de Lula e do presidente do Congresso Nacional. Essa parte da cerimônia deve durar cerca de uma hora.

A solenidade tem previsão constitucional e o rito está descrito no Regimento Comum do Congresso. Entre as atribuições da Secretaria Legislativa do Congresso Nacional (SLCN), está a elaboração do encaminhamento da sessão, a produção do termo de posse e a organização da Mesa.

A sessão da posse é presidida pelo presidente do Congresso, cargo ocupado atualmente pelo senador Rodrigo Pacheco. A Mesa também deve ser composta pelo presidente da República e vice eleitos, pelo presidente da Câmara, pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, pelo primeiro secretário e outras autoridades. Após prestar o compromisso constitucional previsto no artigo 78, o presidente eleito é declarado empossado pelo presidente da Mesa.

Na sequência, Lula e Alckmin irão estrear o terceiro volume do Livro Histórico de Posse Presidencial. Os livros guardam os termos de posse desde o início da República — o primeiro foi assinado em 1891 pelo Marechal Deodoro da Fonseca. O segundo, aberto para a assinatura de Café Filho, em 1954, registraria, em 2003 e 2007, as assinaturas de Lula e seu vice José Alencar. Atualmente, os livros estão guardados no Arquivo do Senado Federal, e podem ser acessados on-line.

Entrega da faixa presidencial no Palácio do Planalto 
Após a sessão no Congresso Nacional, Lula seguirá para o Palácio do Planalto, por volta das 16h20, onde deve subir a rampa e fazer um discurso no Parlatório para o público presente na Esplanada dos Ministérios. O local é onde, tradicionalmente, ocorre a passagem da faixa presidencial. Neste ano, no entanto, não haverá a participação do presidente Jair Bolsonaro, que se negou a participar e viajou para os Estados Unidos na última sexta-feira (30), antes mesmo do fim do seu mandato.

Sem Bolsonaro, a tarefa caberia oficialmente ao presidente em exercício Hamilton Mourão (Republicanos), mas este também já rejeitou a possibilidade de participar do ato. A líderes petistas, o presidente da Câmara, Arthur Lira, tem sinalizado que, se necessário, ele próprio poderia passar a faixa. O presidente da Câmara é o terceiro na linha sucessória do Planalto, depois de Bolsonaro e de Mourão.

Por enquanto, não há confirmação de como a faixa será passada. Uma ala do PT defende que representantes do povo façam esse gesto, colocando o artefato que simboliza a democracia em Lula.

Organizadora do evento, a futura primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, pretende subir a rampa do Planalto ao lado de Lula e com a cadela Resistência. O animal foi adotado por Janja durante o período em que Lula esteve preso em Curitiba.

A ideia, segundo Janja, é que o gesto simbolize a “resistência” do petista nos 580 dias que ficou preso em Curitiba por ordem da Justiça. Antes de ser levada para a casa pela futura primeira-dama, o animal vivia junto a militantes na “Vigília Lula Livre”, acampamento montado em um terreno ao lado da sede da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula ficou detido.

Rito da posse de Lula inclui coquetel com chefes de Estado

Após a troca de faixa, Lula seguirá para o Itamaraty, onde irá confraternizar com os chefes de Estado que confirmaram presença na posse. Ao todo, estão confirmadas 65 delegações de chefes e vices-chefes de Estado, de Governo e de Poder, além de ministros de negócios estrangeiros e enviados especiais. O evento contará ainda com a presença de representantes de organismos internacionais.

“A presença de 30 chefes de Estado e chefes de Governo demonstra a importância que esses países estão dando para a posse do presidente Lula e a volta do Brasil ao cenário internacional como um parceiro relevante. Países de todos os continentes estarão presentes”, disse o embaixador Fernando Igreja, responsável pelos trâmites relativos à posse, ressaltando a importância da confirmação da presença de quase todos os países da América do Sul, além de representantes da América Central, da África e do Oriente Médio.

Os 19 chefes de Estado confirmados são: o rei da Espanha e os presidentes da Alemanha, Angola, Argentina, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Guiné Bissau, Honduras, Paraguai, Peru, Portugal, Suriname, Timor Leste, Togo e Uruguai. Representando o presidente do México, virá a primeira-dama, Beatriz Gutiérrez Müller. Confirmaram a presença os vices-presidentes da China, de Cuba, de El Salvador e do Panamá.

Os chefes de Governo confirmados são da República de Guiné, Mali, Marrocos e São Vicente e Granadinas. Também confirmaram presença vices-primeiros ministros do Azerbaijão e da Ucrânia. Entre os chefes de Poder, virão ao Brasil presidentes do Conselho da Federação (Rússia), da Assembleia Nacional Popular (Argélia), Assembleia Consultiva Islâmica (Irã), Senado e Assembleia Nacional (República Dominicana), Assembleia da República (Moçambique), do Senado da Jamaica e da Guiné Equatorial, e do Parlamento Nacional (Sérvia).

Igreja registra ainda a vinda de 11 chanceleres (Turquia, Costa Rica, Palestina, Guatemala, Gabão, Zimbábue, Haiti, Nicarágua, África do Sul, Camarões e Arábia Saudita) e 16 enviados especiais, entre eles, União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido, Japão, França e Organização das Nações Unidas.

Entre os organismos internacionais, estarão no país o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o secretário-geral da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Ilan Goldfajn, e a secretária-geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica.

Ainda de acordo com Igreja, os Estados Unidos ainda não confirmaram quem representará o país na cerimônia. Entre aliados de Lula, há a expectativa de que o país seja representado pela vice-presidente Kamala Harris ou o secretário de Estado, Antony Blinken.

Portaria libera entrada de Maduro no Brasil para a posse de Lula

Faltando menos de 48 horas para a posse de Lula, o governo de transição conseguiu junto ao governo do presidente Jair Bolsonaro a revogação da medida que impedia a entrada do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, no Brasil. Publicada nesta sexta-feira (30), a portaria interministerial revoga outra decisão de agosto de 2019 que proibia a entrada do venezuelano e de outras autoridades do país caribenho no Brasil.

A proibição, assinada pelo então ministro da Justiça Sergio Moro, estabelecia o “regramento para efetivação de impedimento de ingresso no país de altos funcionários do regime venezuelano, que, por seus atos, contrariam princípios e objetivos da Constituição Federal, atentando contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos”. A norma estava baseada no entendimento do governo Bolsonaro de não reconhecer o governo de Maduro.

Com a volta de Lula ao Palácio do Planalto, o Brasil pretende reconhecer o ditador Nicolás Maduro como presidente da Venezuela. Desde 2019, Bolsonaro passou a reconhecer o autointitulado Juan Guaidó como presidente da Venezuela. Ele era à época presidente da Assembleia Nacional e opositor do chavismo e, em 23 de janeiro daquele ano, se autointitulou presidente da Venezuela com o apoio de países como Estados Unidos, Paraguai, Equador e Colômbia, além da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Futuro ministro das Relações Exteriores, o embaixador Carlos Vieira afirmou que Lula determinou que o Brasil restabeleça relações com o governo de Maduro. Contudo, isso só será possível após Lula tomar posse em 1º de janeiro. “Vamos enviar encarregado de negócios para reabrir a embaixada. Posteriormente vamos enviar um embaixador para Caracas”, disse Vieira.

Com a revogação da portaria, a expectativa é de que Nicolás Maduro possa embarcar para o Brasil e acompanhar a cerimônia de posse de Lula no próximo domingo.

Organizadores da posse de Lula esperam 300 mil pessoas na Esplanada 
Além do rito institucional, os integrantes da transição organizam para a posse de Lula uma série de shows de artistas que se apresentarão em um palco montado na Esplanada dos Ministérios. A expectativa é de que o festival conte com a presença de 300 mil pessoas. Batizada de Festival do Futuro, a apresentação começará por volta das 10 horas do domingo e seguirá até 3 horas da segunda-feira (2).

Os shows musicais estão previstos para começar após o evento no Planalto. Eles serão distribuídos em dois palcos, que levam os nomes das cantoras Elza Soares e Gal Costa. As duas artistas brasileiras faleceram neste ano. Mais de 20 artistas irão se apresentar, entre eles Pablo Vittar, Ludmilla, Gilberto Gil, Duda Beat, Zelia Ducan, Martinho da Vila e outros.

Para bancar o evento, o PT lançou uma campanha de arrecadação de recursos online com valores entre R$ 13 e R$ 1.064. Segundo o partido, o valor arrecadado vai ajudar no transporte e logística do grande público, no alojamento e acolhimento, na montagem da estrutura dos shows e atrações do Festival do Futuro e no reforço da segurança.


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PAPA BENTO XVI DEIXA UM LEGADO DE VIDA PARA TODOS NÓS

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Bento XVI, quando ainda exercia o pontificado, em viagem a Cuba em março de 2012.| Foto: EFE/Alejandro Ernesto

Na manhã deste sábado, dia 31 (madrugada no horário brasileiro), o Vaticano confirmou o falecimento do papa emérito Bento XVI, aos 95 anos, e cujo estado de saúde havia se agravado repentinamente nos últimos dias. Os católicos perdem um líder que esteve no centro da vida eclesial por quase três décadas e meia, somando-se seu pontificado e o período à frente da Congregação para a Doutrina da Fé, no papado de João Paulo II; e o mundo perde um dos maiores intelectuais de seu tempo, cujas reflexões devem servir de guia não só para os que compartilham da fé católica, mas para “todos os homens de boa vontade”, como tantos papas costumam direcionar alguns de seus documentos.

Resumir a trajetória de Bento XVI à frente da Igreja Católica como “o papa que renunciou” é uma simplificação enorme e que não lhe faz justiça. Sim, a renúncia de 2013, inédita em muitos séculos, foi um ato de enorme coragem, humildade e desprendimento da parte de alguém que julgou não ter mais as condições de exercer a função para a qual tinha sido escolhido oito anos antes. Mas seu pontificado, embora curto para os padrões atuais – nos últimos 100 anos, apenas João XXIII e João Paulo I governaram a Igreja por menos tempo que Bento XVI –, foi repleto de contribuições para a teologia católica, como o aprofundamento da correta compreensão que se deve dar ao Concílio Vaticano II (do qual ele participou como perito) ou do verdadeiro sentido da liturgia católica. Dedicou-se com afinco a mostrar que a fé era algo perfeitamente razoável no mundo moderno. Acima de tudo, para os católicos a mensagem de seu pontificado foi a de que o cristianismo não era a mera adesão intelectual a um corpo de ideias, mas o encontro pessoal e a amizade com Jesus Cristo.

Sim, existem verdades objetivas e o homem é capaz de atingi-las por meio da razão

O que mais nos interessa aqui, no entanto, é um tema central do pensamento de Joseph Ratzinger e que transcende completamente os limites do catolicismo: o do respeito pela verdade. O cardeal que não se furtou a participar de debates célebres, por exemplo com os filósofos Jürgen Habermas e Paolo Flores d’Arcais (ambos publicados no Brasil), no início dos anos 2000, via com muita preocupação como se espalhavam pelo mundo os ares de uma pós-modernidade que negava o papel essencial da verdade. Todo o empenho intelectual se transformava em simples “batalhas de discursos” igualmente válidos, em que as ideias se impunham menos pela sua capacidade de explicar a realidade que pela persuasão ou mesmo pela força – o que se aplicava também à religião, e era a isso que Bento XVI se referia no tão incompreendido discurso de Ratisbona, em que suas palavras foram distorcidas e causaram furor no mundo islâmico.

Quando, na célebre homilia da missa que abria o conclave de 2005, Ratzinger denunciou um “relativismo que nada reconhece como definitivo e que deixa como última medida apenas o próprio eu e as suas vontades”, e que era visto como “a única atitude à altura dos tempos hodiernos”, ele chamava a atenção para o grande engano de um mundo que recusava a existência de verdades e padrões morais objetivos; um mundo em que, nas palavras imortais do personagem Ivan Karamazov, de Dostoievski, “tudo é permitido” – não só permitido, como até mesmo elogiado.

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O futuro da liberdade no Ocidente (editorial de 3 de dezembro de 2017)


O jovem Ratzinger fora testemunha em primeira mão de como essa mentalidade se concretizara nos horrores do nazismo, assim como seu predecessor João Paulo II o havia sido do comunismo na Polônia, mas não é preciso que um sistema totalitário se implante para que fiquem evidentes os males do relativismo: o esgarçamento do tecido social, o florescimento do individualismo e do hedonismo, e a intolerância com qualquer crença em princípios universais e com a manifestação nessa crença. Este é o momento em que o castelo de cartas do relativismo desmorona e sua incoerência intrínseca fica evidente: o relativista diz que a verdade absoluta não existe e tudo é questão de pontos de vista, que devem ser igualmente respeitados – mas esse ponto de vista é imposto justamente como se fosse verdade absoluta, enquanto o ponto de vista segundo o qual existem verdades absolutas não recebe respeito algum e é denunciado como “fundamentalismo”, afirmava o cardeal Ratzinger.

Sim, existem verdades objetivas e o homem é capaz de atingi-las por meio da razão. Ao tornar-se arcebispo, em 1977, Joseph Ratzinger escolhera a expressão latina “cooperatores veritatis” (“colaboradores da verdade”) em seu lema episcopal, e levou a cabo com maestria a função autoatribuída. Sua mensagem precisa ecoar com mais força neste mundo que encara a desejável pluralidade de ideias como um fim em si mesmo, e não como o ponto de partida a partir do qual a razão humana se empenhará com todas as suas forças para separar o joio do trigo. O legado do intelectual Bento XVI merece e precisa ser levado adiante mesmo por quem não compartilha da mesma fé do religioso Bento XVI.


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A ESQUERDA QUER QUE TODOS SEJAM IGUALMENTE POBRES

 

Artigo
Por
Ben Shapiro – Gazeta do Povo
the Daily Signal


A esquerda quer que os seres humanos sacrifiquem o bem-estar e a prosperidade em nome do culto da igualdade, o que significa mais miséria para todos| Foto: Pixabay

Nesta semana, o The New York Times publicou uma longa reportagem sobre as deficiências do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) do Reino Unido. Há muito estimado como uma joia da coroa da política governamental de esquerda, o NHS tem sido afligido por enormes deficiências de recursos, exigindo racionamento de infraestruturas e cuidados críticos. Atualmente, os cidadãos têm esperado até 12 horas por ambulâncias.

“É uma situação limite que, segundo especialistas, revela um colapso do pacto entre os britânicos e seu reverenciado Serviço Nacional de Saúde, de acordo com o qual o governo forneceria serviços de saúde responsáveis e eficientes, em sua maioria gratuitos, em todos os níveis de renda”, afirmou o jornal.

Só pode haver uma desculpa para esse fracasso retumbante em servir à prosperidade de seus cidadãos: a fantasia da igualdade. Este, de fato, é o toque de trombeta da esquerda: que os seres humanos sacrifiquem o bem-estar e a prosperidade em nome do culto da distribuição igualitária de recursos.

É o que diz Klaus Schwab, chefe do Fórum Econômico Mundial, em seu livro ‘The Great Narrative’: devemos deixar de lado medidores econômicos como o produto interno bruto em favor de “o que mais importa: ação climática, sustentabilidade, inclusão, cooperação global, saúde e bem-estar”. Na verdade, diz Schwab, “poderemos até descobrir que conseguiremos viver em tal cenário de maneira bastante feliz!”

O objetivo final seria acabar com “a desigualdade e a injustiça que a sustenta”, consagrando a “prestação universal de assistência social”, o que exigiria que os governos “reescrevam algumas das regras do jogo e aumentem permanentemente seus papéis”.

Já aqui nos Estados Unidos, Jamelle Bouie, colunista do The New York Times, diz o mesmo quando argumenta a favor da nacionalização governamental de toda a riqueza e da sucessiva redistribuição dessa riqueza per capita… a cada geração. Isso equivaleria a uma ruptura completa dos direitos de propriedade – e isso, por sua vez, significaria o fim da inovação, uma vez que as sociedades que dispensam os direitos de propriedade e as margens de lucro regridem à estagnação e, então, ao colapso econômico. Mas pelo menos teremos alcançado o objetivo de Bouie: igualdade!

De fato, os membros da esquerda política estão constantemente pedindo aos cidadãos que simplesmente reenquadrem por completo suas perspectivas sobre a prosperidade. Jerusalem Demsas, escrevendo no The Atlantic, pede aos norte-americanos que repensem se vale a pena buscar a casa própria, explicando: “Pressionar mais e mais pessoas para terem casa própria na verdade prejudica nossa habilidade de melhorar as condições de moradia para todos”.

Em vez de todos aspirarem a comprar casas e alguns terem sucesso, Demsas pede “investimento público em moradias de qualidade para aluguel”, bem como “políticas de estabilização de aluguel” por parte do governo. Nada disso tornará mais fácil para qualquer um ter uma casa própria, mas tornará todos mais iguais em sua locação patrocinada pelo governo.

Toda a agenda econômica do presidente Joe Biden é construída em torno da noção de mediocridade econômica enraizada em uma autoproclamada justiça superior. Paul Waldman, do The Washington Post, postulou nesta semana que Biden havia lançado uma “revolução da política econômica” baseada na luta contra a “desigualdade”. Isso exigiria “uma intervenção mais ativa do governo na economia”.

E todos aprenderemos a amar tal intervenção, porque será feita em nome de um valor maior: a igualdade. Não igualdade de direitos, mas igualdade de resultados; não igualdade de valor, mas igualdade de recursos. O problema com essa filosofia é que ela remove o incentivo para tudo o que gera prosperidade: trabalho, criatividade, resiliência, responsabilidade. E remover esse incentivo significa mais miséria para todos.

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