sexta-feira, 11 de novembro de 2022

IMPLANTAÇÃO DO METAVERSO NO MARKETING DIGITAL

 

Danilo Matos

Impulsionados por marcas e grandes empresas. E o que marketing digital?

Profissionais da área de Marketing falam sobre o impacto do Metaverso nas relações de consumo e avaliam como será implantado no marketing digital.

O aceleramento do consumo causado pela pandemia evidenciou um movimento que até então era popular apenas no mundo dos games. O termo metaverso ganhou destaque quando em meados de 2021, Mark Zuckerberg, o CEO do Facebook, modificou o nome da sua empresa para Meta Platforms, essa movimentação deu vazão para o termo que surgiu há pelo menos 30 anos, em uma obra literária de ficção científica.

O metaverso é definido por um espaço virtual compartilhado, uma tecnologia capaz de inserir pessoas e coisas reais em um universo virtual. Além da tecnologia de realidade virtual, outras tecnologias descentralizadas como criptomoedas e NFTs também contribuem para a construção desse ciberespaço.

O Head de Marketing da Sphynx, Danilo Matos explica que hoje temos inúmeros tipos de metaverso, como o metaverso descentralizado, que foi criado para o funcionar dentro de um blockchain, ou seja, tudo ali dentro ou é um NFT ou tem criptomoedas ou tem tokens funcionando ali dentro.

“O metaverso que eu acredito que demorará mais para funcionar e se popularizar é justamente esse, porque ele depende do onboarding de blockchain.Se a pessoa quiser participar do The SandBox por exemplo, ela obrigatoriamente precisa abrir uma carteira e infelizmente atualmente esse onboarding não é tão fácil quanto a gente pensa”.

Para além da abertura de carteira no metaverso, Danilo conta que existem processos burocráticos para se explorar o universo virtual da Web3.

NFT para endomarketing

O movimento de ativos digitais e do ciberespaço, empresas de todos os tipos e segmentos têm encontrado formas de se inserir, mesmo que de forma gradual e pontual.

O Head conta que empresas têm cada vez mais aumentado a sua abertura e intenção em se conectar com o metaverso. Danilo explica que recentemente entregou um projeto de NFT para uma empresa do ramo hospitalar.

” A ideia da empresa era comemorar o sucesso de implementação de um aplicativo, junto ao seu time de marketing e TI, distribuindo NFTs aos membros participantes do projeto, a empresa não só presenteou seus colaboradores com o NFTs, mas também uma trilha de conteúdo sobre web3, criptomoedas, sobre carteira”, avalia.

Marketing digital no Metaverso

Como dito anteriormente, o metaverso hoje orbita o mundo dos games e de marcas e personalidades que pontualmente se mostram abertos a essa tecnologia. Para o Marketing Digital existem oportunidades a médio prazo, com o foco no desenvolvimento interfaces de realidade virtual para criação de ambientes totalmente digitais e imersivos.

A integração entre real e virtual se dá através de dispositivos tão familiares quanto os óculos que usamos no dia a dia, porém capazes de processar informações sob a forma de sons, imagens e texto projetando-os no espaço físico.

Para o CEO da TRIWI consultoria em Marketing Digital Ricardo Martins, as empresas de marketing digital podem despontar nesse primeiro momento para testarem o melhor formato que faça sentido aos seus clientes e aos objetivos da empresa, criando um paralelo entre mundo real e virtual.

“Acredito que quando o metaverso estiver estabelecido, o marketing digital pode aproveitar oportunidades de anúncios de outdoor em redes de display, por exemplo, assim como a possibilidade de segmentar público nos anúncios de forma unificada” Finaliza.

Com inúmeras possibilidades o metaverso é a grande aposta de empresas de tecnologia e comunicação, com a capacidade de ser formatado nos próximos anos, as empresas especulam e se movimentam em busca do seu lugar no ciberespaço.

Sobre a TRIWI

A TRIWI é uma agência de Marketing Digital e Assessoria de Imprensa especializada em B2B. Com atuação focada em Agronegócio, Indústria, Tecnologia e Serviços.

Fundada em 2018, a TRIWI iniciou as atividades para atender uma demanda do mercado, com soluções práticas, individualizadas e personalizadas, visando atender as reais necessidades de seus clientes, com planejamento estratégico, geração de negócios e auxílio das inovações digitais.

A importância do bom site da Valeon para o seu negócio

Moysés Peruhype Carlech

Antigamente, quando um cliente precisava de um serviço, buscava contatos de empresas na Lista Telefônica, um catálogo que era entregue anualmente ou comprado em bancas de jornais que listava os negócios por áreas de atuação, ordem alfabética e região de atuação.

De certa forma, todos os concorrentes tinham as mesmas chances de serem encontrados pelos clientes, mas existiam algumas estratégias para que os nomes viessem listados primeiro, como criar nomes fantasia com as primeiras letras do alfabeto.

As listas telefônicas ficaram no passado, e, na atualidade, quando um cliente deseja procurar uma solução para sua demanda, dentre outros recursos, ele pesquisa por informações na internet.

O site da Valeon é essencial para que sua empresa seja encontrada pelos seus clientes e ter informações sobre a empresa e seus produtos 24 horas por dia.  Criamos uma marca forte, persuasiva e, principalmente, com identidade para ser reconhecida na internet. 

Investimos nas redes sociais procurando interagir com o nosso público através do Facebook, Google, Mozilla e Instagram. Dessa forma, os motivos pelos quais as redes sociais ajudam a sua empresa são inúmeros devido a possibilidade de interação constante e facilitado como o público-alvo e também a garantia de posicionamento no segmento de marketplaces do mercado, o que faz com que o nosso cliente sempre acha o produto ou a empresa procurada.

A Plataforma Comercial site Marketplace da Startup Valeon está apta a resolver os problemas e as dificuldades das empresas e dos consumidores que andavam de há muito tempo tentando resolver, sem sucesso, e o surgimento da Valeon possibilitou a solução desse problema de na região do Vale do Aço não ter um Marketplace que Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos e o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

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Moysés Peruhype Carlech

Existem várias empresas especializadas no mercado para desenvolver, gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é uma consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do mercado para auxiliar a sua empresa na geração de resultados satisfatórios para o seu negócio.

Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.

Por que você deve contratar uma empresa para cuidar da sua Publicidade?

Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa especializada para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que possui profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e isto resulta em mais vendas.

Quando você deve contratar a Startup Valeon para cuidar da sua Publicidade online?

A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas considerações importantes:

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

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Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

NOTÍCIAS DO BRASIL NA IMPRENSA ALEMÃ

 

dw.com 

Jornais da Alemanha consideram vitória de Lula boa notícia tanto para a proteção climática como para a democracia. Críticas à falha de Bolsonaro em reconhecer derrota, e ao mito de que ele foi bom para a economia.

AME1793. RÍO DE JANEIRO (BRASIL), 06/07/2022.- El expresidente y candidato a la Presidencia de Brasil Luiz Inácio Lula da Silva participa en una reunión con representantes de la Samba para participar en un debate sobre el sector cultural, hoy, en la cancha de la escuela de samba Unidos da Tijuca, en Río de Janeiro (Brasil). El dirigente de la izquierda brasileña Luiz Inácio Lula da Silva mantiene una distancia de 14 puntos porcentuales frente al presidente Jair Bolsonaro en una encuesta sobre intenciones de voto con vistas a los comicios del 2 de octubre divulgada este miércoles. EFE/ André Coelho

O Brasil na imprensa alemã (09/11)© Andre Penner/AP Photo/picture alliance

Die Zeit – Floresta e eleição (03/11)

A vitória de Lula é boa para a Amazônia e, portanto, para o mundo. Mas ele também pode curar seu país?

O fato de Lula da Silva, esse velho obstinado da esquerda latino-americana, ter vencido as eleições brasileiras fez grande parte do mundo suspirar aliviada. Esta eleição também preocupava muito o mundo. Pois a vitória de Lula era, sem dúvida, a última chance para a Amazônia, cuja preservação é tão crucial para o clima e a biodiversidade.

O presidente atual, Jair Bolsonaro, havia explicitamente deixado a maior floresta tropical do planeta à mercê da destruição por madeireiros, mineradoras e fazendeiros saqueadores; enquanto Lula assumiu um compromisso sério com a proteção da floresta já na noite da eleição, que pode até chegar ao reflorestamento parcial. Ele também quer exigir fundos internacionais maciços e apoio técnico para isso. É por este motivo que no último minuto se fez convidar para a conferência do clima no Egito.

Pelo menos tão ameaçada como a floresta tropical está a democracia. Mas o mundo democrático pode ter esperanças de obter de Lula um comportamento muito diferente: que ele encontre uma receita para desfazer o dano imposto à democracia brasileira nos últimos quatro anos.

[…]

Os exemplos mostram a velocidade com que um regime de ultradireita pode atualmente erodir uma democracia e suas instituições. Eles também mostram o quão sobre-humanas são as expectativas que pesam sobre Lula: que, com sua mistura de carisma e mentalidade representativa, apelos à reconciliação nacional e negociação paciente na velha tradição sindical, encontre um antídoto para o veneno da era Bolsonaro.

Se ele fracassar, Jair Bolsonaro ou seus imitadores voltarão em breve. Eles vão se vingar. Claro que também na floresta tropical.

Die Tageszeitung – Os vagos dois minutos de Bolsonaro (03/11)

Após 45 horas de silêncio, o presidente do Brasil derrotado nas urnas, Bolsonaro, diz que a transição de governo está prestes a começar. No entanto, ele não admite sua derrota diretamente.

O Brasil debate sobre um discurso de dois minutos. Passadas 45 horas desde sua derrota eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro compareceu diante da imprensa na tarde de terça-feira. Não parabenizou Luiz Inácio “Lula” da Silva pela vitória eleitoral, nem admitiu diretamente a derrota. No entanto, Bolsonaro se comprometeu com a Constituição e anunciou, por meio do chefe da Casa Civil, que a transferência do cargo seria iniciada.

Em seu perfil no Twitter, a Suprema Corte confirmou que, com o anúncio, o governo reconhecera os resultados das eleições. Segundo informações da imprensa, Bolsonaro teria dito em reunião com ministros da Corte: “Acabou”. Em 1º de janeiro, Lula, que foi eleito no domingo e governou o país de 2003 a 2011, toma posse na capital, Brasília.

[…]

O fato de Bolsonaro não estar buscando um grande rompimento também se deve à pressão externa. Vários aliados já reconheceram a eleição, e muitos no exterior também já contam com uma mudança de poder. O presidente dos EUA, Joe Biden, foi um dos primeiros a parabenizarem Lula no domingo.

Bolsonaro também poderia tentar abrir espaço para negociação – porque várias investigações estão em andamento contra o político de ultradireita, o que pode ser perigoso para ele, sem sua imunidade presidencial.

Wirtschaftswoche – Clima ao invés de motosserra (04/11)

O novo presidente do Brasil, Lula, quer reposicionar seu país como pioneiro em proteção climática global. Em Berlim já existem planos concretos de cooperação. Mas o maior obstáculo aguarda Lula em seu próprio país.

Os protetores climáticos do governo alemão voltam a ter esperança. E essa esperança tem sua fonte a vários milhares de quilômetros de distância. Após as eleições presidenciais, o Brasil deve voltar a ser a força motriz, uma potência líder entre os países emergentes no que diz respeito à proteção climática – bem a tempo da cúpula mundial do clima, que começa neste fim de semana na estância balnear egípcia de Sharm el-Sheikh.

“Queremos apertar a mão do Brasil muito rapidamente”, diz o secretário de Estado Jochen Flasbarth, do Ministério do Desenvolvimento da Alemanha. O veterano alemão em cúpulas do clima, que já negociou no encontro várias vezes em nome da Alemanha, já tem um projeto muito específico em mente: o Fundo Amazônia para a preservação da floresta tropical, que Noruega e Alemanha congelaram há três anos. Agora, milhões devem fluir novamente, mesmo que Flasbarth ainda não queira se comprometer com quantias exatas.

[…]

A vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva agrada aos amigos da proteção climática em Berlim e em outros lugares. Lula também tem Marina Silva, sua ex-ministra do Meio Ambiente, de volta a seu lado. E mesmo que o ícone do movimento ambientalista enfrente dificuldades, porque os conservadores ainda têm muito poder no sistema político: no exterior, muitos contam com um recomeço depois da derrota nas urnas do atual presidente Jair Bolsonaro.

Frankfurter Allgemeine Zeitung – Esperança para o Brasil ( 07/11)

É bom que Lula tenha ganhado a eleição. Mas ele enfrenta tarefas difíceis.

Tem sido uma boa semana desde que o Brasil elegeu um novo presidente. Muitos dizem que os brasileiros tiveram que escolher entre a peste e a cólera. De um lado, o atual presidente populista de direita Jair Bolsonaro; do outro, o esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva, ex-líder sindical e presidente do Brasil de 2003 até o fim de 2010.

Lula venceu a eleição, embora por pouco, com 50,9% dos votos. Que os brasileiros o tenham escolhido, é uma boa notícia para o Brasil e para o mundo. Porque a suposição de que Lula e Bolsonaro são ambos igualmente ruins não é correta.

Há uma diferença fundamental de qualidade entre os candidatos que nunca deve ser esquecida, apesar de todos os pontos pessoais fortes e fracos: Lula seguiu as regras democráticas durante toda a sua vida. Ele se resignou às derrotas eleitorais: antes de se tornar chefe de Estado pela primeira vez em 2003, perdeu três eleições presidenciais consecutivas. Ele resistiu à tentação de buscar um terceiro mandato ilegítimo em 2011 (a Constituição do Brasil só permite dois mandatos consecutivos) – mesmo tendo quase 90% de aprovação popular na época.

[…]

Mesmo assim, persiste entre os empresários brasileiros o mito de que Bolsonaro fez bem à economia do país. É verdade que ele conseguiu fazer algumas privatizações e pelo menos iniciou uma reforma previdenciária. Mas na verdade Bolsonaro causou danos duradouros ao seu país. Na pandemia, recusou a compra antecipada de vacinas, apesar de seu governo ter recebido tal oferta. Resultado: em quase nenhum outro país do mundo morreram tantos pelo coronavírus como no Brasil.

Bolsonaro assustou investidores internacionais com sua retórica agressiva e não se importou com o livre comércio. E gastou muito dinheiro em caros presentes eleitorais para salvar sua presidência nos últimos metros da corrida. Uma abordagem inteiramente baseada no modelo da esquerda, que Bolsonaro tanto gosta de criticar.

LULA ADERE AO ORÇAMENTO SECRETO E ANTES ERA CONTRA

 rasil e Mundo Orçamento Secreto

O que está por trás do recuo de Lula na promessa de acabar com o orçamento secreto

Byvaleon

Nov 10, 2022

Cálculo Político
Por
Wesley Oliveira
Brasília


Alckmin, Lira e Lula em encontro nesta quarta-feira: governo eleito não deve abrir discussão sobre o orçamento secreto com o Congresso atual.| Foto: Reprodução/Instagram

Apesar das críticas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha ao “orçamento secreto”, líderes petistas dizem que a promessa de acabar com as emendas de relator não está no radar do governo de transição. Aliados de Lula avaliam que, neste momento, não será produtivo um embate com o Congresso Nacional diante da necessidade de aprovar medidas como a proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa furar o teto de gastos para garantir o pagamento de R$ 600 para o Auxílio Brasil no ano que vem.

“A PEC tem caráter específico. Não tratará de RP-9 [sigla técnica do orçamento secreto] e de emendas do gênero”, explicou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS). A expectativa é de que o PT apresente o texto da PEC ainda nesta semana. Lula se reuniu com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta quarta-feira (9). A PEC deve começar a tramitar pelo Senado.

De acordo com integrantes da bancada petista, a discussão sobre o fim orçamento secreto será construída pelo futuro governo com a nova legislatura do Congresso a partir do ano que vem. Para esses membros, um embate com os parlamentares da atual legislatura poderia travar o avanço de pautas de interesse do governo de transição na Câmara e no Senado.

Orçamento secreto é o nome pelo qual ficaram popularmente conhecidas as chamadas emendas de relator, que são controladas pelo parlamentar escolhido pelo Congresso para elaborar o parecer da Lei Orçamentária Anual (LOA). Todos os deputados e senadores podem sugerir ao relator qual deve ser a destinação desses recursos. Contudo, não existe uma regra específica para a aplicação dessas emendas. Não há, por exemplo, uma distribuição igualitária das verbas e, na maioria das vezes, não é possível saber o nome do parlamentar que registrou o pedido, tampouco o destino desses recursos.

Aliado de Lula, o relator do Orçamento no Congresso Nacional, senador Marcelo Castro (MDB-PI), afirmou que a discussão sobre o fim do mecanismo não está no radar. O emedebista vem costurando com o PT a construção do texto para a PEC fura-teto.

“Eu não vou propor isso [fim do orçamento secreto]. O presidente Lula já deu declarações de que é contrário. Ele deve tratar desse assunto quando assumir a presidência da República”, disse o senador.

Aliados de Lula vão esperar definição sobre o comando da Câmara e do Senado 
Durante a campanha, Lula chegou a comparar as emendas de relator ao escândalo de corrupção do mensalão, ocorrido em seu governo, no qual parlamentares de vários partidos receberam dinheiro de empresas para votar a favor de pautas do Executivo. “Fizeram um tremendo carnaval com o mensalão e, hoje, estão aprovando o orçamento secreto, que é a maior excrescência política orçamentária do país. O presidente não tem poder sobre o orçamento, é a Câmara dos Deputados que dirige o orçamento”, disse Lula na ocasião.

O mensalão foi um esquema ilegal baseado no pagamento de uma “mesada” mensal para parlamentares que votassem a favor de projetos do Executivo. O esquema foi denunciado pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB) e resultou na prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do ex-deputado e atual presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

As emendas de relator (RP9), por sua vez, foram criadas pelo Congresso em 2019. O modelo foi batizado de “orçamento secreto” e criou uma brecha para beneficiar determinados grupos de parlamentares na liberação de verbas do orçamento.

Agora, aliados de Lula indicam que o petista vai precisar aguardar as definições sobre o futuro da presidência da Câmara e do Senado para propor mudanças no orçamento secreto. Na Casa Alta, a expectativa é de que a bancada do PT apoie à reeleição de Rodrigo Pacheco, enquanto na Casa Baixa ainda não há uma definição sobre um eventual apoio ao nome de Arthur Lira, um dos principais defensores das emendas do relator.

“[O fim do orçamento secreto] é um tema bem mais amplo e envolve uma série de questões políticas e será tratado prioritariamente com os presidentes da Câmara e do Senado e depois, mais adiante, à medida que este debate evoluir, se precisar uma readequação orçamentária, ela será feita no momento oportuno”, completou o deputado Paulo Pimenta.


Governo vai tentar “carimbar” as emendas de relator no Orçamento de 2023 
Em outra frente, aliados do governo eleito estudam uma estratégia para “carimbar” o montante destinado para as emendas de relator previstas no projeto orçamentário para o ano que vem. Como Marcelo Castro será o relator do Orçamento, ele terá a prerrogativa de assinar a destinação das verbas do orçamento secreto durante todo o ano de 2023.

Ao todo, a LOA do próximo ano prevê um montante de R$ 19,397 bilhões para as emendas RP-9. Uma das alternativas estudadas pelo governo de transição é o de tentar costurar um acordo com os deputados e senadores para que eles façam indicações para determinadas áreas de interesse do futuro governo, como saúde e educação. A medida, segundo integrantes da base de Lula, visa garantir a manutenção de programas como Minha Casa Minha Vida, Farmácia Popular e o aumento acima da inflação para o salário mínimo.

Para viabilizar a proposta, o PT pretende discutir o tema com outros partidos que pretende atrair para a base de Lula, como o MDB, o PSD e o União Brasil. A costura vem sendo feita pela presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), que vai oferecer aos partidos participação nas discussões do governo de transição.

“Gostaríamos muito que o MDB participasse desse conselho político do governo de transição para a gente discutir as questões programáticas, o que vem pela frente, as dificuldades que podemos ter”, disse Gleisi nesta terça-feira (8), depois de um encontro com o presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi (SP). Nesta quarta, o partido indicou os senadores Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), e o ex-governador gaúcho Germano Rigotto para representar o MDB no gabinete de transição.

Lula aguarda julgamento do STF sobre o orçamento secreto 

Além de evitar um embate direto com o Congresso sobre o orçamento secreto, aliados de Lula indicam que o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade do mecanismo precisa ser aguardado. A presidente da Corte, ministra Rosa Weber, pode levar o processo para o plenário ainda neste ano.

A avaliação de integrantes da base petista é de que uma decisão contra o orçamento secreto via STF evitaria desgastes do governo eleito junto aos congressistas. Weber é a relatora do processo e, em novembro do ano passado, ela suspendeu o orçamento secreto com uma liminar.

No mês seguinte, a ministra flexibilizou a própria decisão e liberou o pagamento das emendas de relator, desde que houvesse transparência na distribuição dos recursos. A decisão foi confirmada pelo plenário do STF. Agora, o plenário precisa julgar o caso em definitivo.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/o-que-esta-por-tras-do-recuo-de-lula-sobre-acabar-com-orcamento-secreto/
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NOVO GOVERNO NÃO TEM UMA POLÍTICA ECONÔMICA DEFINIDA

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Fachada do Ministério da economia na Esplanada dos Ministérios


Fachada do Ministério da Economia, na Esplanada dos Ministérios.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Bras

A economia não é uma ciência exata, especialmente em sua vertente de política econômica, quanto às medidas de atuação do governo e as normas de regulação do mercado e intervenção no cotidiano operacional das pessoas, empresas e instituições. Ainda que haja inúmeras questões técnicas de natureza macroeconômica que já foram testadas nos últimos 300 anos e sobre as quais se conhecem causas e efeitos, há outras questões incursas nas opções de natureza política que podem ir em uma ou outra direção, com efeitos não exatos e todos válidos. Entre as questões técnicas beirando às ciências exatas está a relação entre o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) expresso em valores monetários e o volume de meios de pagamento em circulação. Se a expansão monetária for maior que o aumento do PIB por anos seguidos, inevitavelmente a inflação aparece, corroendo o poder de compra da moeda, empobrecendo os assalariados, desorganizando o sistema de preços e, ao fim, jogando a economia em recessão.

Sobre esse primeiro ponto – o controle do estoque de moeda circulante vis-a-vis o desempenho do PIB –, é essencial que Lula e sua equipe deixem claro como será comandada a área econômica, quem estará à frente da política monetária e as demais medidas que o governo pretende implantar. Se em 2018 o Brasil sabia desde o minuto seguinte à vitória de Jair Bolsonaro que a economia estaria a cargo do liberal Paulo Guedes, hoje o arco de possibilidades vai de economistas defensores da responsabilidade fiscal até o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, nome que já deixou o mercado financeiro alarmado nos últimos dias. As escolhas para a equipe de transição também não ajudam a prever o rumo futuro, pois, se por um lado ela tem dois “pais do real” (André Lara Resende e Pérsio Arida), por outro conta também com um ex-ministro gastador (Nelson Barbosa) e pode, ainda, ter Guido Mantega, a julgar por declarações do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.

O Brasil elegeu um candidato conhecido e uma política econômica desconhecida, cenário esse que contribui para criar um vácuo de dúvidas, incertezas e receios

Enquanto não realiza tais definições, o governo eleito contribui para aumentar as incertezas e, como consequência, induz a certa retração nos investimentos privados e pisada no freio dos negócios nacionais, sem os quais o PIB não cresce. Em um país que vem de duas crises graves – pandemia e seca prolongada –, tudo o que um presidente eleito não devia fazer é manter o país em suspense, no mínimo porque um PIB estagnado ou em crescimento lento produz o pior dos males sociais: o desemprego, que vem regredindo até o momento.

Se o próprio Lula não toma a iniciativa de eliminar as dúvidas, a sociedade em geral e os agentes de mercado em particular precisam redobrar a cobrança sobre o eleito para que diga logo qual é o plano de seu governo nessa questão. Vale lembrar que recentemente o Brasil aprovou legislação regulamentando o mandato da diretoria do Banco Central, de forma que a atual diretoria tem ainda dois anos de mandato. Como o atual presidente do banco, Roberto Campos Neto, desfruta da credibilidade do mercado e também no meio político, o normal seria estar claro para todos que ele e seus diretores seguem até o fim de seu mandato. O problema é que o Brasil não é um país habituado a seguir o normal e as leis vigentes, embora o então candidato Lula tivesse se pronunciado a favor da manutenção dos atuais dirigentes do Banco Central, conforme reza a lei.


Um segundo aspecto relevante para indicar o futuro da economia é a política fiscal, especialmente o que o governo pensa sobre o equilíbrio das contas públicas e o controle do déficit. Como ao longo da campanha Lula fez inúmeras declarações contra o teto de gastos, que limita a gastança do governo, há preocupações sobre o que realmente seu governo irá fazer, especialmente depois que começaram as negociações para a PEC da Transição. A boa gestão das contas do governo tem a ver no mínimo com duas questões essenciais para a saúde econômica do país: a inflação, pois déficits públicos crônicos são financiados por emissão de moeda ou aumento da dívida pública; e as taxas de juros, porque, se houver expansão monetária e inflação, o Banco Central eleva os juros para combatê-la ou, se o déficit for financiado por mais empréstimos tomados pelo governo, diminuem os fundos disponíveis para financiamento ao setor privado e, portanto, ocorre pressão altista sobre a taxa de juros.

O terceiro aspecto importante se refere ao fato de, caso o governo mantenha a gastança e despreze o teto de gastos, começarem ameaças para elevar impostos destinados a bancar o crescimento dos gastos públicos. A carga tributária efetivamente arrecadada pelo governo (municípios, estados e União) atingiu a marca dos 34%; logo a carga nominal é muito maior e já chegou ao limite técnico aceitável, acima do qual a tributação passa a atuar como inibidora do crescimento do PIB. Nesses três pontos, além de outros, não existe compromisso público firmado e explicado em detalhes pelo presidente nem por seus assessores conhecidos durante o período eleitoral. Lula foi eleito sem que a população soubesse qual é seu plano de governo, embora se conheçam suas ideias gerais e o que foram seus dois mandatos anteriores na Presidência, em grande parte dominados por corrupção sistêmica e constante.

O Brasil elegeu um candidato conhecido e uma política econômica desconhecida, cenário esse que contribui para criar um vácuo de dúvidas, incertezas e receios. Um cenário de incertezas e falta de definições em geral freia o ímpeto empreendedor e leva à suspensão, definitiva ou temporária, de investimentos. É hora de o governo eleito dizer a que veio e o que pretende fazer no amplo espectro da economia.


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O TREM DA ALEGRIA ESTÁ DE VOLTA

 

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Distribuição de cargos

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Alexandre Garcia

O vice-presidente eleito e coordenador da Transição, Geraldo Alckmin, apresentou em coletiva nomes que comporão os grupos técnicos da transição


O vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin, apresentou em coletiva nomes que comporão os grupos técnicos da transição| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O coordenador-geral da transição para o novo governo federal continua trabalhando em Brasília e anunciou os nomes de várias pessoas que vão participar desse período de transição. É o Geraldo Alckmin, que foi eleito vice-presidente de Lula. Cada vez que eu junto os dois nomes, eu lembro que em eleições lá atrás eu votei no Alckmin contra o Lula. Ele, que falou tanto do Lula, que “quer voltar à cena do crime”, e agora estão os dois juntos. São essas coisas que fazem o eleitor desacreditar da política, que ajudam a haver tanta abstenção: mais de 30 milhões de pessoas não foram votar, mais os votos brancos e nulos.

Geraldo Alckmin, que já foi governador de São Paulo, anunciou 31 prioridades. Quando alguém fala em 31 prioridades, é porque não tem nenhuma. Ou algo é a prioridade e o resto é secundário, ou não é. São 31 “prioridades”. Eu implico muito porque eu gosto da nossa língua, consagrada como oficial no artigo 13 da Constituição. E temos essa história de “melhor”, “segundo melhor”, “terceiro melhor”. Não, esperem: melhor é um só; os outros não são os melhores. Assim é com as prioridades. Sabem por que 31 prioridades? Porque isso vai significar 31 ministérios, mais os três que Lula já prometeu por fora. Teremos 34 ministérios, é o que tudo indica. Vamos pular de 22 para 34 depois de termos encolhido de 39 para 22. Cada ministério, como você sabe, tem um ministro, um secretário-geral, um chefe de gabinete, um secretário-executivo, secretário disso, secretário daquilo…

Mas por quê? Porque a comissão de transição tem representantes de uma dúzia de partidos políticos. Está aí o trem da alegria, a reprise, o déjà-vu, a distribuição de ministérios aos interessados. Vamos primeiro aos quatro coordenadores: Janja, Gleisi Hoffmann, o ex-deputado tucano Floriano Pesaro, que já trabalhou com Alckmin, e Aloizio Mercadante. Eu vejo Mercadante como o nome de peso aí nesses quatro. Depois, no conselho de transição eu encontro o Daniel Tourinho, que era o braço-direito do Fernando Collor e agora está lá na transição pelo Agir. E cada partido tem um representante: PSol, PCdoB, PV, Solidariedade, Rede, PDT, Avante, PSD, PSB, Pros e PT. Todo mundo vai ser acomodado no governo; só não tem lá Dilma e José Dirceu.


Novo Congresso terá lutadores pela volta da prisão em segunda instância
Como lembrou Deltan Dallagnol, José Dirceu foi condenado no mensalão, só cumpriu dois anos e depois foi perdoado. Depois pegou mais 27 anos de prisão na Lava Jato, mas o caso está na terceira instância e ele está em liberdade, pois só se pode prender depois da última instância, quando o hábito era prender depois que o tribunal revisor confirmasse a sentença do juiz singular da primeira instância. Mas houve um 6 a 5 no Supremo, que revogou a prisão em segunda instância. Dallagnol, eleito deputado, disse que vai trabalhar para a prisão em segunda instância voltar. Enquanto isso, a pessoa fica livre até que prescreva o crime. É uma questão complicada.

Câmara está de joelhos diante do STF, diz Van Hattem

Marcel van Hattem, do Novo, que foi reeleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul, foi à tribuna e fez um discurso dizendo que a Câmara, assim como o Senado, está de joelhos perante o Supremo. E que as pessoas que estão indo para a frente dos quartéis deviam ir para a frente da Câmara e do Senado, para exigir que recuperem seus poderes. Os deputados entregaram Daniel Silveira à prisão a despeito do que está escrito no artigo 53 da Constituição, que deputados e senadores são invioláveis por quaisquer palavras, opiniões e votos. Ele foi preso em um arroubo inconstitucional de outro poder que precisa voltar aos caminhos normais. Aliás, a OAB do Mato Grosso cobrou da OAB nacional uma posição. A OAB nacional tem por obrigação defender a Constituição e o devido processo legal, mas está silenciosa.


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LULA DIZ QUE DEFENDE O MEIO AMBIENTE

 

Política externa
Por
Giulia Fontes, especial para a Gazeta do Povo


Lula durante a campanha eleitoral em Manaus (AM): compromisso com o meio ambiente| Foto: Divulgação/PT

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja na próxima terça-feira (15) ao Egito, para participar da Cúpula do Clima da ONU, a COP27. Lula foi convidado pela Presidência do país e vai integrar a comitiva do Consórcio Amazônia Legal, que reúne estados da região.

A presença de Lula na COP27 antes mesmo de tomar posse demonstra a importância que a questão climática deve ganhar na política externa brasileira durante o futuro governo. O presidente eleito, porém, terá de equilibrar preocupações ambientais com demandas do agronegócio brasileiro.

Além disso, Lula pretende reeditar a política externa de seus dois primeiros mandatos, posicionando o Brasil como mediador de conflitos internacionais. Nessa questão, porém, o país deve enfrentar dois desafios principais: as disputas comerciais entre China e EUA e a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Meio ambiente é tema central da relação do Brasil com outros países
A questão ambiental foi mencionada pela Casa Branca em uma nota sobre a primeira conversa entre Lula e o presidente dos EUA, Joe Biden. O texto afirma que ambos trataram, em um telefonema, do “forte relacionamento” entre EUA e Brasil, e se comprometeram a continuar “atuando como parceiros” para enfrentar desafios comuns nas áreas de segurança alimentar, promoção da inclusão, migração, democracia e combate às mudanças climáticas. Biden pode enviar a vice-presidente Kamala Harris para acompanhar a posse de Lula, em janeiro.

Vinícius Rodrigues Vieira, professor da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e da Fundação Getulio Vargas (FGV), afirma que o novo governo precisará reforçar a comunicação sobre ações do país em relação à preservação do meio ambiente, com o objetivo de conquistar mercados que estavam sendo negligenciados.

“Hoje o agronegócio brasileiro depende muito de mercados emergentes, onde a questão ambiental acaba sendo menos importante. Mas é imprescindível reforçar laços com o Ocidente. A Europa é muito demandante na questão agrícola [em relação a preocupações ambientais]. A gente não pode ficar dependendo só da China”, diz Vieira.

Dados do Ministério da Economia mostram que a China é o maior destino das exportações brasileiras. O país respondeu por 27,2% de tudo o que o Brasil vendeu para o exterior entre janeiro e outubro de 2022. Na sequência aparecem os EUA, com 11,1%, e a Argentina, com 4,69%.

O que o agronegócio tem a dizer sobre isso
A preocupação com o meio ambiente pode se transformar em restrições de mercado na União Europeia. Em setembro, o Parlamento Europeu aprovou um projeto que proíbe a entrada de commodities vinculadas ao desmatamento e à degradação de florestas no mercado europeu. Estão incluídos produtos como cacau, café, soja e madeira. As normas ainda precisam ser analisadas por outros órgãos do bloco.

Quando o texto foi aprovado, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro emitiu nota dizendo que transmitiu à Comissão Europeia “sua visão e suas preocupações sobre o tema”.

“Causa preocupação ao Brasil que o imperativo legítimo de proteção ao meio ambiente possa servir de pretexto para estabelecer legislação que imponha medidas restritivas ao comércio internacional de natureza unilateral, extraterritorial e discriminatória, em prejuízo sobretudo dos países em desenvolvimento”, completa o texto.

Em nota sobre o resultado das eleições, a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) se disse pronta para dialogar e cooperar com o governo eleito. Afirma, ainda, que a entidade espera do governo uma ação para “ampliar os destinos de nossas exportações e para proteger a produção nacional das barreiras ao comércio abertas ou disfarçadas de preocupações com a saúde e o meio ambiente”.

Também em nota, Fábio de Salles Meirelles, presidente do Sistema Faesp/Senar-SP, que reúne sindicatos rurais de São Paulo, diz esperar que o novo governo “continue realizando ações contínuas e um trabalho permanente pela prosperidade dos produtores rurais”.

“O respeito legítimo de ir e vir, o direito à propriedade privada, a garantia da segurança alimentar, o desenvolvimento sustentável, o protagonismo reconhecido em nosso país e no mundo, além da inovação tecnológica, não são mais pautas, mas realidades e avanços consolidados. Que sigamos sem sobressaltos”, completa o texto.

Plano para combater o desmatamento
Na terça-feira (8), durante a COP27, empresas do setor do agronegócio, incluindo a brasileira JBS, apresentaram um plano para eliminar o desmatamento de suas cadeias de fornecimento de soja, carne bovina e óleo de palma até 2025. O documento dá prioridade à Amazônia, ao Cerrado e ao Chaco, que fica no Paraguai.

O governo de Jair Bolsonaro foi criticado por ativistas ambientais por causa do enfraquecimento de órgãos ambientais e do aumento do desmatamento e das queimadas. No final de outubro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um órgão do governo federal, afirmou que, entre janeiro e outubro, 9,2 mil km² da Amazônia Legal haviam sido desmatados. O número é 20% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, e o maior desde 2015, quando o Inpe começou a medir o desmatamento em tempo real.

Após a eleição de Lula, a Noruega anunciou que irá retomar a ajuda financeira contra o desmatamento da Amazônia no Brasil, que ficou congelada desde 2019, após Bolsonaro assumir a Presidência. O ministro do Meio Ambiente norueguês, Espen Barth Eide, afirmou que 5 bilhões de coroas norueguesas (mais de R$ 2,5 bilhões) devem ser enviadas para financiar a preservação da floresta.

À rede de TV CNN, durante a COP27, a Alemanha também confirmou que irá liberar verbas para a preservação da Amazônia no Brasil. “Confiamos que o novo governo tomará conta e gastará esse dinheiro da melhor maneira possível”, afirmou Jochen Flasbarth, secretário de Estado do Ministério alemão para Cooperação e Desenvolvimento.

Lula deve adotar pragmatismo na guerra da Ucrânia e na disputa entre China e EUA
Na área de relações internacionais, o Brasil também deve retomar princípios que adotou nos dois primeiros mandatos de Lula para a política externa. Segundo Carlos Eduardo Vidigal, doutor em Relações Internacionais e professor do departamento de História da Universidade de Brasília (UnB), além de buscar diversificar os laços com outros países e estabelecer novas parcerias comerciais, o futuro governo deve defender a solução pacífica de conflitos.

De acordo com ele, porém, a conjuntura vai impor mais desafios a Lula no novo governo. Dois aspectos principais exigem atenção: a guerra entre Rússia e Ucrânia e a disputa entre China e EUA.

“No caso da guerra entre Rússia e Ucrânia, é claro que o discurso brasileiro será em favor da paz, da negociação, do entendimento. Mas Lula deve ser comedido nas críticas à Rússia, assim como Bolsonaro foi, por causa dos Brics [grupo de países emergentes que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] e da dependência do agronegócio brasileiro em relação aos fertilizantes russos”, diz Vidigal.

Em maio deste ano, em entrevista à revista Time, Lula afirmou que Putin “não deveria ter invadido a Ucrânia”. “Mas não é só o Putin que é culpado, são culpados os EUA e é culpada a União Europeia. Qual é a razão da invasão da Ucrânia? É a Otan? Os Estados Unidos e a Europa poderiam ter dito: ‘a Ucrânia não vai entrar na Otan’. Estaria resolvido o problema”, opinou.

Ao cumprimentar Lula pela vitória, Putin disse esperar que Brasil e Rússia assegurem “o desenvolvimento de uma cooperação construtiva em todas as áreas”. Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, também parabenizou o eleito. “Confio numa colaboração ativa com amigo da Ucrânia de longa data e no reforço da parceria estratégica para assegurar democracia, paz, segurança e prosperidade”, escreveu Zelensky.

Segundo Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais da ESPM, no caso da disputa entre China e EUA, a posição do Brasil deve ser pragmática e de não-alinhamento automático a nenhum dos dois países. “É preciso que o Brasil equilibre posições entre os dois, que são parceiros importantes. Isso deve ser a tônica e a tentativa do governo”, diz a professora.


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O ALEXANDRE QUE FOI BOM PARA O PAÍS

Papel das elites

Por
Bruna Frascolla – Gazeta do Povo


Busto de Alexandre de Gusmão no Senado Federal do Brasil| Foto: José Cruz/Agência Brasil

Na História, Alexandre é um nome de grande peso. Somos levados a pensar em Alexandre, o Grande, que atravessou a Ásia até chegar à Índia, dando origem a um grande intercâmbio cultural no Ocidente. Esse tipo de façanha só seria superado pelas Grandes Navegações, milênios depois.

E as Grandes Navegações têm o dedo de Portugal, a pátria que deu origem ao Brasil, da qual herdamos as línguas e, até o fim do século XIX, as instituições políticas. Na nossa história também há um grande Alexandre, o de Gusmão. É natural da vila de Santos, São Paulo, e irmão do notório padre voador, Bartolomeu de Gusmão.

Saiu ano passado, pela Record, a terceira edição de “Alexandre de Gusmão (1695-1753): o estadista que desenhou o mapa do Brasil”, do embaixador e professor aposentado Synesio Sampaio Goes Filho. É um livro curto, informativo e aprazível, que vale a pena ser lido por quem queira se inteirar da História do Brasil.

O que aprendemos na escola é que o Tratado de Tordesilhas (1494), que dividia o mundo ao meio e deixava Portugal só com uma pontinha da América do Sul, foi o tratado mais importante para o mapa brasileiro. Depois disso, toda a interiorização do território seria atribuída aos bandeirantes e a fraude de mapas. Isso não é verdade: a acompanharmos a bem fundamentada argumentação do autor, o tratado mais importante é o Tratado de Madri (1750); o Tratado de Tordesilhas não dividia o mundo ao meio, mas só o “Mar Oceano”, depois chamado de Oceano Atlântico; a ação dos bandeirantes e dos gaúchos foi importante, mas só ganhou respaldo graças ao novo princípio introduzido por Madri, o uti possidetis.

As negociações
Alexandre de Gusmão tinha fama de ser um grande conhecedor do Brasil. Assim, era o homem mais indicado para representar os interesses da Coroa portuguesa em suas negociações com a espanhola.

À época, o estado do Brasil exportava toneladas de ouro para Portugal e não tinha fronteiras definidas. Ademais, não havia um único estado português na América; existia também, à parte e sem comunicações, o estado do Maranhão e do Pará. As metas da Coroa portuguesa eram ter o controle da foz dos rios das Amazonas, ao norte, e Prata, ao sul. Por isso, queria manter a Colônia do Sacramento na foz do Prata, local que hoje pertence ao território uruguaio.

O escopo do Tratado de Tordesilhas não abrangia o Oceano Pacífico, recém-descoberto. Lá estavam as Ilhas Molucas, ricas em especiarias, que atraíam a atenção da Espanha. Alexandre de Gusmão sabia que a Colônia do Sacramento vivia sob assédio constante dos espanhóis e que não se integrara às cidades do litoral gaúcho. Ao mesmo tempo, sabia que as terras jesuíticas dos Sete Povos das Missões eram boas e férteis. Assim, propôs trocar a Colônia do Sacramento pelos Sete Povos das Missões e abrir mão da soberania sobre as Ilhas Molucas, atuais Filipinas.

No mais, Alexandre de Gusmão introduziu dois princípios: o uti possidetis e o das fronteiras naturais. Um está ligado ao outro. À época, a cartografia já era, em si mesmo, um trabalho dificílimo. Se fazer um mapa já era difícil, imagine-se o trabalho de demarcar uma longa fronteira na mata virgem usando a linha abstrata de algum meridiano ou paralelo. Impraticável. Assim, as fronteiras deveriam usar coisas fáceis de serem reconhecidas, tais como rios e montes.

Outro marco a ser usado era o dos povoados já existentes. Passaria a valer o princípio do direito romano uti possidetis, ita possieatis, ou “tal como possuís agora, que assim possuas no futuro”. Nada de desfazer vilas já existentes para concretizar futuros acordos. Nesse tópico, entrou aquela dose de malandragem cartográfica, tal como vimos na escola. O mapa oferecido por Alexandre de Gusmão colocava Cuiabá, o Vale do Javari, Belém do Pará, São Luís do Maranhão, Goiás, Vila Bela e o Pantanal muito mais a leste do que a realidade. O Brasil dobrou de tamanho e unificou seu território; mas, pelo mapa, parecia que tinha aumentado só um terço.

Madri prezava muito pela foz do Prata e pelas Ilhas Molucas; por isso, aceitou o acordo. O Centro-Oeste brasileiro fora ocupado pelos bandeirantes à procura de ouro, e a Amazônia por missionários portugueses à procura de catecúmenos. A foz do Prata era tão importante assim para os espanhóis porque era por essa via fluvial que se escoava a prata de Potosí, atual Bolívia. Das margens lusas vinham os contrabandistas. Por outro lado, Portugal escoava o ouro mineiro pelo Rio de Janeiro, que passara a ser capital do Brasil.

Um grande impacto do tratado foi transformar o Brasil numa massa terrestre contígua. O tratado depois foi desfeito por uma Espanha arrependida e engabelada, mas o seu desenho lembra bastante o do Brasil atual: com um grande naco da Amazônia, com o Pantanal e com um Rio Grande do Sul gordinho, sem Uruguai. Isso se deveu à eficácia da implementação do uti possidetis e das fronteiras naturais.


De onde saiu esse Alexandre?
Alexandre de Gusmão é natural de Santos, filho de um português com uma mameluca paulista de provável origem judaica (o assunto renderia pano pra manga quando seu irmão, o Padre Voador, se convertesse ao judaísmo). Em Santos não havia nada; só um porto e um punhado de mamelucos. Era um local pobre e bastante periférico no Reino. À época, a área mais chique e rica do Brasil ainda era a do açúcar, com baianos e pernambucanos vivendo à maneira de nobres feudais. O meio de se progredir na vida era por meio da Igreja; assim, Alexandre de Gusmão, junto com um punhado de irmãos, foi enviado para estudar no seminário da então Vila de Belém, hoje um distrito rural do município em que moro, Cachoeira, Bahia. Tal como o irmão, ele ganha aí o sobrenome “de Gusmão”, dado pelo padre – outro Alexandre de Gusmão – que era amigo da família, talvez parente, e os recebia no seminário. Lá, sua esperteza foi reconhecida como fora do normal, bem como seu temperamento desaforado. Ficou claro que não servia para padre. Por alguns séculos, os portugueses cultivariam a memória de Alexandre de Gusmão por causa de suas cartas desaforadas dirigidas às autoridades.

Foi enviado a Portugal, e lá caiu nas graças de D. Luís da Cunha, um importante diplomata português. Reconheceu nele um pupilo, levou-o consigo para missões importantes e não demorou para que D. João V também gostasse dele. Terminou sucedendo Luís da Cunha e virou Secretário do Rei, uma espécie de faz-tudo real, cheio de poder e responsabilidades. Com a morte do rei, ele foi sucedido por ninguém menos que Pombal, que o detestava. Possíveis consequências disso foram seu empenho em restaurar a maneira como o imposto era cobrado em Minas, bem como desfazer a permuta entre Sacramento e os Sete Povos. As alterações tributárias pombalinas acabaram com a paz em Minas, e o Rio Grande do Sul acabou ficando mais ou menos como está hoje a despeito disso.

Boas elites
O caso de Alexandre de Gusmão mostra bem que nascer pobre e sem berço, no Brasil, não era em si mesmo nenhuma catástrofe. Embora a esmagadora maioria da população fosse analfabeta, havia uma considerável oferta de alfabetização graças à Igreja. A ideia de que todo o mundo tem que ser alfabetizado é que é recente na história da humanidade. Surgiu com a Reforma, que colocava o conhecimento da Bíblia como necessário para ir ao céu. Os católicos achavam que a linguagem bíblica era uma metáfora para que até as velhinhas, simplórias, entendessem como ir para o céu. Elas não precisavam aprender a ler; bastava receberem instruções do padre. Já com a Reforma, criou-se essa demanda irreal de que cada um se tornasse teólogo em seu foro íntimo. É o mal moderno da uniformização. (Antes vimos como a uniformização atinge a conduta sexual feminina; antes todas tinham que ser boas esposas e ninguém podia ser freira ou prostituta; depois, todas têm de ser prostitutas.)

A Reforma acarretou a secularização do governo. Assim, não é de admirar que o projeto da educação, antes considerado pelos protestantes como um meio para alcançar a salvação, viesse a ser considerado um fim em si mesmo, em termos laicos. E de lá para cá só assistimos ao aumento da escolarização como um fim em si mesmo: da alfabetização passou-se ao ensino básico, do básico ao médio, do médio ao ensino superior. Ao cabo, os países ricos têm mais da metade de sua população adulta diplomada e devidamente ideologizada. Eduquemo-nos, sim. Mas sempre tenhamos em mente a pergunta: educação para quê? Para arrumar um bom emprego? Para ser mais competente para lidar com questões práticas? Muito bem. Só não se derive daí uma superioridade perante os ignorantes. Afinal, todos somos ignorantes em vários assuntos; e o ignorante reconhecido como tal com certeza tem um conhecimento prático que lhe dá o seu lugar no mundo. Não é indigno ser um camponês pobre e ignorante; não é digno ser um diplomado rico e “esclarecido” que trabalha conscientemente contra o próprio país.

Quando se considera a educação superior um fim em si mesmo e um direito de todos, acaba-se num igualitarismo que é contraditório com a própria noção de elite. Todo país tem que ter uma elite governante que preze pelos interesses nacionais. E o que eu posso dizer é que o país de analfabetos estava mais bem servido em matéria de Alexandre do que o atual, com as trocentas federais do ministro Haddad.


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GARANTA BOA EXPERIÊNCIA DE COMPRA NA BLACK FRIDAY

 

Juliana Pereira Cortes

Especialista em Direito do Consumidor do PG Advogados, Juliana Pereira Cortes, explica sobre como prevenir prejuízo financeiro e fraudes: “é preciso monitorar preços e avaliar empresas”. Confira todas as orientações

Chegou novembro e, com ele, a expectativa de ótimas oportunidades de venda, para os lojistas, e de compra, para os consumidores. A Black Friday ocorre no dia 25 e deve movimentar R$ 6,05 bilhões somente no comércio eletrônico, com o número de pedidos chegando a 8,3 milhões neste ano. A estimativa é da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), que ainda sinaliza as categorias mais aquecidas: telefonia, eletrônicos, informática, eletrodomésticos e eletroportáteis, moda, beleza e saúde.

Apesar das boas expectativas, a especialista em Direito do Consumidor do PG Advogados, Juliana Pereira Cortes, aponta que é preciso ficar alerta para não cair em golpes e ter prejuízo financeiro. “As principais decepções da Black Friday são as falsas ofertas ou a maquiagem de preços. Para evitar problemas desse tipo é preciso monitorar os preços”, explica.

De acordo com a advogada há sites idôneos, onde o consumidor pode comparar os valores dos produtos em várias lojas e ainda ter acesso a uma ferramenta de histórico de preço, com a variação do valor cobrado nos últimos seis meses. “Faça esse planejamento, imprima ou salve todos os documentos que demonstrem a oferta, como anúncios. Essa ação pode ajudar em casos de dano material, valor abusivo ou não entrega de produtos, por exemplo”, destaca.

Outro cuidado importante é com os golpes. A cada ano, esse tipo de crime aumenta, assim como os riscos de consumidores sofreram grandes perdas financeiras e até mesmo clonagem de dados. Juliana alerta para links suspeitos, enviados em grupos de conversas ou por mensagem privada, com ofertas mirabolantes ou com valores muito abaixo do mercado. “Para se proteger, jamais forneça códigos de segurança ou senhas por mensagens ou ligações para estranhos, evite comprar de sites desconhecidos ou por redes sociais de empresas que só aparecem nessas datas, sem histórico de publicações e interatividade com clientes”, pondera.

O risco do superendividamento

“A sensação de oportunidade que a data sugere estimula o consumismo, ou seja, muitas pessoas compram itens sem a real necessidade, mas apenas pela promoção. Elas não analisam sua situação financeira e podem entrar no endividamento ou até no superendividamento, com a ideia de aproveitar a oportunidade”, alerta a especialista do PG Advogados.

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que, em setembro deste ano, o total de lares brasileiros com dívidas a vencer chegou a 79,3%, o terceiro aumento consecutivo em 2022.

Conhecer os direitos garantem boa experiência de compra

O consumidor tem ao seu lado o Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece diretrizes aplicáveis tanto para compras de lojas físicas como para on-line. Conhecer a legislação é a garantia de uma relação de consumo saudável e segura para todos. “Ela garante diversos mecanismos de proteção e de equilíbrio, trazendo harmonia para a relação entre consumidor e fornecedor”, defende a advogada especialista em Direito do Consumidor do PG Advogados. Ela destaca os principais direitos que devem estar na mente dos consumidores nesse período. Confira:

Direito à informação

Segundo a especialista, o primeiro ponto de destaque é o acesso à informação do preço para pagamento à vista, que deve estar afixado no produto e, no caso de e-commerce, junto com a imagem do produto ou na descrição do serviço oferecido, de forma clara, visível, ostensiva e em língua portuguesa.

“No caso de preço promocional, o estabelecimento deve informar na etiqueta do produto ou da imagem ‘o DE/POR’. Com isso, o consumidor terá acesso à informação correta de quanto o produto estava custando e qual o desconto oferecido para, de fato, saber se o desconto é real”.

Limite de oferta

Quando a oferta for limitada a uma quantidade específica de produtos por cliente, a informação deve estar clara e próxima a ele, para que o consumidor não seja levado a erro. Caso contrário, o vendedor terá que garantir a venda.

Troca e devolução

O consumidor tem direito à garantia do produto. Para os não duráveis, o prazo é de 30 dias e, para bens duráveis, de 90 dias. Isso significa que, se o produto apresentar algum vício nesse período, o consumidor deve entrar em contato com o fornecedor para que este seja analisado e, posteriormente, reparado.

Somente nas compras on-line, o artigo 49 do CDC garante o direito de arrependimento, ou seja, após o recebimento do produto o cliente pode desistir da compra no prazo máximo de sete dias. Basta entrar em contato com a empresa e solicitar o cancelamento. Para isso é importante salvar o protocolo e/ou o e-mail enviado. A empresa deverá mandar um código de postagem para devolução do produto e realizar o estorno de todo valor pago, inclusive do frete.

Recebimento de produto errado

Neste período de grande volume de vendas, é possível que o cliente do e-commerce receba um produto diferente do que foi adquirido. Se isso acontecer, ele poderá exigir o cumprimento da oferta e da entrega do item.

Dicas para aproveitar a Black Friday sem dores de cabeça

Verifique os preços cobrados antes do dia da Black Friday, por meio dos sites das empresas ou lojas físicas que participarão do evento. Desta forma, evita-se o risco de cair em promoções fraudulentas;

Printe ou tire foto dos preços dos produtos desejados – semana por semana – até o dia das ofertas. Isso é bastante recomendável;

Atente-se para as políticas de troca e devolução, que podem ser alteradas pelas lojas;

Analise atentamente as letras de rodapé e eventuais condições diferentes de entrega que a loja possa aplicar nesse período;

Examine a mercadoria e só assine o documento de comprovação de recebimento após confirmação das condições do produto (qualquer irregularidade deve ser justificada e a empresa responsável deve resolver o problema);

Pesquise nos órgãos de defesa do consumidor, no site do Procon, na plataforma consumidor.gov.br e no Google eventuais referências sobre a empresa e o site onde pretende comprar;

Verifique a confiabilidade da loja, antes da compra e veja se o site contém razão social, CNPJ, endereço físico e canais de contato da fornecedora, pois, caso ocorra algum problema, localizar a empresa será fundamental para a solução;

Dê prioridade, sempre que possível, para pagamentos por meio do cartão de crédito, pois se for um golpe, a chance de o consumidor reaver os valores é maior do que se o pagamento tiver sido feito por meio de boleto, dinheiro ou PIX;

Salve os e-mails trocados com o fornecedor, que servirão como comprovantes para o caso de trocas ou do não recebimento do produto;

Atente-se para o fato de que os produtos importados adquiridos no Brasil seguem as mesmas regras dos nacionais, desde que sejam de estabelecimentos legalizados;

Não realize compras on-line em cybercafés ou computadores públicos, pois eles podem não estar adequadamente protegidos.

Por que você está ignorando a ferramenta de vendas mais poderosa do mundo?

Guilherme Dias – Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG)

Eu vejo todos os dias o anunciante separando seus R$ 10.000,00 pra fazer uma campanha no rádio, R$ 3.000,00 para sair em uma revista local, pelo menos R$ 9.000,00 para fazer uns 3 pontos de mídia exterior, mas na hora de tirar o escorpião do bolso pra comprar mídia online, qualquer “milão” é “caro demais”.

Eu sinceramente não sei de onde veio este mito de que fazer anúncios na internet merece menos atenção financeira do que outros meios. A lógica deveria ser justamente a inversa.

Nenhum outro tipo de mídia retém tanta atenção do público comprador como na internet.

O Brasil é o terceiro país do mundo onde as pessoas mais ficam conectadas, passando mais de 10 horas por dia online (DEZ HORAS POR DIA!).

Ficamos atrás apenas de África do Sul e Filipinas.

Qual outra mídia prende a atenção das pessoas por DEZ HORAS?

Qual outra mídia pode colocar sua marca literalmente na mão do seu cliente ideal?

Qual outra mídia pode colocar sua marca na mão do seu cliente no EXATO momento que ele está propenso a fazer uma compra?

Qual outra mídia pode rastrear, seguir o seu cliente de acordo com os hábitos de consumo dele?

Qual outra mídia pode segmentar um anúncio de acordo com os interesses, medos, desejos, ações, intenções…

Qual outra mídia pode oferecer um contato com seu cliente ideal 24 horas por dia, 7 dias por semana?

Absolutamente nenhuma além da internet.

E agora, me conta…qual o motivo da internet receber menos investimento comparado à mídia tradicional?

Marketing Digital é barato, mas não é de graça.

Vamos fazer uma conta de padaria:

Quanto custa imprimir 1.000 flyers (folhetos) e distribuir no sinal?

Papel couchè brilho 90g 4×4 cores, em gráfica de internet (qualidade bem meia boca), com frete sai em torno de R$ 250,00.

Para a distribuição, você não vai encontrar quem faça por menos de R$ 70 a diária.

Você não tem a garantia de entrega. Já ví muito “panfleteiro” jogando metade do material no bueiro, ou entregando 2 de uma vez só em cada carro. Mas vamos tirar essa margem da conta.

Estamos falando de R$ 320 para 1 mil impactos.

Hoje estava otimizando uma campanha de Instagram, da minha conta pessoal, e o meu CPM (custo por mil impressões) estava girando em torno de R$ 5,51.

Ou seja cerca de 1,72% do valor de uma ação de rua com flyer.

Essa lógica pode ser aplicada a qualquer meio de comunicação tradicional, seja rádio, tv, outdoor, busdoor…

E a conta também deve ser levada em consideração além dos anúncios de Google, LinekedIN, Facebook, Instagram e TikTok.

Banners em portais e publieditoriais, este último ainda pouco explorado por pequenos e médios anunciantes, também apresentam números disparados na frente do marketing tradicional.

Então, quando você se perguntar se está tendo ou não resultados com mídia online, pense nessa continha.

Marketing digital, em comparação, é barato sim, mas será que você deveria deixar a menor faixa de verba do seu orçamento de marketing para o meio de vendas MAIS PODEROSO QUE EXISTE?

Deixo a reflexão.

Preferências de Publicidade e Propaganda

Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago

Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais veículos de propaganda você tem preferência?

Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.

Vantagens da Propaganda no Rádio Offline

Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.

É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio funciona bem demais!

De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim, concretizar suas vendas.

Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline

Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no rádio. Frequentemente, os rádios também são usados ​​como ruído de fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,

A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

O QUE PODE E O QUE NÃO PODE FAZER NO CATAR DURANTE A COPA DO MUNDO

 

O que pode ou não fazer: veja guia para quem vai ao Catar durante a Copa do Mundo

Agência O Globo

O que pode ou não fazer: veja guia para quem vai ao Catar durante a Copa do Mundo

Parte das instruções são regras, que devem obrigatoriamente ser repetidas, mas há outras recomendações, que são opcionais aos visitantes

Apenas pessoas com ingressos para os jogos poderão entrar no Catar a partir de 1º de novembro, acompanhadas de no máximo três convidados. (Divulgação/Divulgação)

Apenas pessoas com ingressos para os jogos poderão entrar no Catar a partir de 1º de novembro, acompanhadas de no máximo três convidados. (Divulgação/Divulgação)

Álcool, sexualidade, véu… Uma série de regras e recomendações devem ser observadas por aqueles que pretender ir ao Catar durante a Copa do Mundo, que ocorre de 20 de novembro a 18 de dezembro. Contudo, vale destacar que, segundo os próprios organizadores, algumas delas podem ser modificadas até lá, principalmente as consideradas mais restritivas.

Chegada ao Catar

Devido ao número reduzido de acomodações, apenas pessoas com ingressos para os jogos poderão entrar no Catar a partir de 1º de novembro, acompanhadas de no máximo três convidados.

Após a obtenção dos seus bilhetes e alojamento reservado na plataforma oficial da organização ou por outros meios (caso permaneçam mais de 24 horas), os espectadores devem registar-se online para obter um cartão Hayya, que funciona como visto, bilhete de entrada nos jogos e que permite acesso gratuito ao transporte público e serviços de saúde de emergência em hospitais públicos.

Uso de álcool, drogas e medicamentos

O consumo de álcool é legal para não-muçulmanos com mais de 21 anos, mas estritamente regulamentado. É proibido transportá-lo na bagagem, mesmo comprada no “duty free”. Os moradores podem fazer compras em uma loja dedicada que não está aberta aos visitantes. Os espectadores poderão beber na maioria dos hotéis internacionais, onde uma cerveja ou um copo de vinho pode custar cerca de 12 euros (R$ 62) e um cocktail mais de 15 (R$ 77).

Várias barracas de cerveja abrirão ao redor dos estádios três horas antes do início da partida, fechando meia hora antes do início do jogo. Eles reabrirão por uma hora após o término da partida. Na principal “fan-zone” da FIFA, o consumo de álcool só será possível após as 18h30, horário local. Nas outras “fan-zones”, as regras variam.

As drogas também são ilegais. “Espere uma penalidade severa (prisão, multa, deportação) por posse de pequenas quantias”, disse a embaixada do Reino Unido. A embaixada dos Estados Unidos também recomenda verificar a legalidade dos tratamentos médicos, “estimulantes e analgésicos particularmente fortes” e viajar com receitas.

Recomenda-se também não importar carne de porco ou produtos que possam ser “percebidos como pornografia” (vídeos, brinquedos sexuais).

Vestimentas e comportamento

O véu não é obrigatório para as mulheres. No entanto, todos são convidados a se vestir “modestamente” em público, cobrindo ombros e joelhos. Em edifícios oficiais, esta regra se aplica. Em locais geralmente frequentados por expatriados, essa regra dificilmente é respeitada. Levando em conta as temperaturas (entre 15 e 30 graus) e o uso de ar condicionado nos estádios, recomenda-se o uso de roupas adequadas ao calor.

O sexo fora do casamento é proibido, e a embaixada dos EUA recomenda que as mulheres grávidas carreguem uma certidão de casamento caso precisem de tratamento médico. As mulheres grávidas solteiras que são vítimas de agressão sexual são aconselhadas a entrar em contato com a embaixada antes de entrar em contato com as autoridades do Catar.

Um centro consular estará aberto ao público de 1º de novembro a 25 de dezembro, das 10h às 22h, no bairro West Bay, fora da estação DECC do metrô.

Apesar das leis que criminalizam as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo, o site do cartão Hayya garante que não há “restrições” que proíbam “amigos solteiros de sexo diferente ou casais (incluindo LGTBQ+) de ficarem no mesmo quarto”.

“A vida privada no Catar é altamente respeitada”, diz a embaixada do Reino Unido. No entanto, alerta, assim como a organização, que demonstrações de afeto em público, independentemente de gênero ou orientação sexual, “podem ser consideradas ofensivas”.

“Atividades como manifestações, aglomerações de grandes grupos, proselitismo religioso ou defesa do ateísmo e discursos críticos contra o governo do Catar ou do Islã também podem ser processadas criminalmente”, alerta a embaixada norte-americana.

A FIFA repete que as bandeiras do arco-íris são bem-vindas nos estádios, mas as autoridades do Catar pedem cautela fora deles.

Transporte

O Catar, onde “são esperados engarrafamentos”, recomenda aos visitantes que priorizem o transporte público, gratuito para portadores do cartão Hayya.

O metrô (que conecta cinco dos oito estádios) estará aberto das 6h às 3h todos os dias, exceto sexta-feira, quando abre às 9h. O tráfego de ônibus será intenso para conectar estádios, aeroportos, algumas acomodações e as principais “fan-zones”.

Táxis e VTC (ônibus articulados) também estarão disponíveis. Em uma das principais vias expressas de Doha, uma pista será dedicada exclusivamente a ônibus, táxis, veículos médicos e oficiais. Quem pegar essa via sem autorização corre o risco de ser multado em 500 riais catarenses (cerca de R$ 723).

Medidas ligadas à Covid-19

A vacinação não é obrigatória, mas os visitantes com mais de 6 anos devem apresentar no aeroporto um resultado negativo inferior a 48 horas no momento da partida se for um teste de PCR e inferior a 24 horas se for um teste de antígeno.

Depois disso, não será mais necessário realizar mais testes, exceto em caso de sintomas ou no dia seguinte ao contato com um positivo. Os visitantes não imunizados também serão obrigados a usar máscara por 10 dias.

As pessoas que testarem positivo devem se auto-isolar por cinco dias e depois usar uma máscara por mais cinco dias.

A máscara só será obrigatória para todos nos estabelecimentos de saúde, enquanto nos estádios e transportes apenas são recomendadas.

Os visitantes maiores de 18 anos precisarão se registrar antes da partida no aplicativo de rastreamento Ehteraz. Será obrigatório o acesso a locais públicos cobertos, como metrô e shopping centers, mas não em estádios.

O conjunto de hospitais, centros médicos, clínicas e farmácias públicas ou privadas estará acessível aos visitantes.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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