Liz Truss, primeira-ministra da Grã-Bretanha, durante uma
entrevista coletiva sobre a economia do Reino Unido em Downing Street,
em Londres, Grã-Bretanha, 14 de outubro de 2022.| Foto: EFE/EPA/Carlos
Jasso
As propostas de campanha da primeira-ministra britânica,
Liz Truss, giravam em torno do “mini-orçamento”, com o menor Estado e os
menores impostos possíveis. O plano econômico desenhado por Truss e o
antigo ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, e apresentado no final de
setembro, no entanto, foi anulado devido à crise que se agravou no país.
Agora, tanto Truss quanto o Partido Conservador estão fragilizados.
Uma pesquisa do YouGov, feita entre os dias 14 e 17 de outubro,
mostra que a primeira-ministra tem reprovação de 80% entre os britânicos
(um aumento de quase 15 pontos em uma semana). A taxa de aprovação, que
era de 22% quando ela foi eleita, caiu para 10%. A revista inglesa The
Economist comparou o poder de Truss com uma alface, dizendo que ambos
têm um prazo curto de validade.
Na segunda-feira (17), em entrevista à BBC, a premiê pediu desculpas
pelo plano econômico proposto por ela não ter funcionado. “Continuo
acreditando no crescimento e em uma economia baseada em impostos baixos
(…), mas fomos rápido demais”, explicou Truss, antes de reforçar que
segue no comando do país.
Essa certeza da premiê não se reflete no partido. Parte dos
conservadores até sugere a volta do ex-primeiro-ministro Boris Johnson,
apesar do controverso mandato que ele teve e que forçou sua renúncia. O
YouGov entrevistou parlamentares da legenda, e os dados mostram que só
dois a cada cinco (38%) defendem a permanência de Truss.
Entre os que dizem ter votado na primeira-ministra na eleição interna
do partido (57%), 39% afirmam desejar a renúncia dela, pouco mais de um
mês depois da eleição. No total, 55% querem a saída da premiê: é um
número expressivo para a base de sustentação de um governo que acabou de
começar.
Os riscos de uma renúncia Priscila Caneparo, professora de
relações internacionais do UniCuritiba e doutora em direito
internacional, lembrou que existe no Reino Unido o voto de desconfiança,
que permite que o primeiro-ministro seja destituído do Parlamento.
“Dentro dessa premissa, quem se fortalece é o Partido Trabalhista”,
opinou Caneparo.
Eleger outro comandante para o partido – e para o Reino Unido – pode
enfraquecer os conservadores e ainda colocá-los diante das eleições
gerais, o que possibilitaria a passagem de comando para os trabalhistas.
A oposição hoje é apontada como favorita em todas as pesquisas de
intenção de votos.
O parlamentar conservador Charles Walker afirmou em entrevista à BBC
que “se houvesse uma eleição geral amanhã, [os conservadores]
conseguiriam menos assentos do que o Partido Nacional Escocês [SNP, na
sigla em inglês]”.
Para evitar chegar a esse ponto, na terça-feira (18), a
primeira-ministra se reuniu com seu gabinete e participou de um encontro
com parte dos correligionários. De acordo com a imprensa britânica, os
parlamentares conservadores ouviram apelos de membros do governo para
adiar qualquer movimento para derrubar a líder antes que ela apresente
seu plano fiscal completo, no próximo dia 31.
Mudanças nas pautas conservadoras A proposta inicial de Liz Truss
era criar um grande corte de impostos, que beneficiaria até os mais
ricos. Para cobrir o buraco nas contas do governo, a ideia era pedir
empréstimos bilionários. O temor de um aumento na dívida pública
preocupou os investidores e fez a libra cair para o menor valor da
história frente ao dólar.
Depois dos investidores demonstrarem pessimismo em relação aos planos
econômicos de Truss, o governo britânico anunciou mudanças. Para
começar, na sexta-feira passada (14), a pasta das Finanças deixou de ser
chefiada pelo arquiteto do “mini-orçamento”, para a chegada de Jeremy
Hunt, ex-ministro da Saúde de David Cameron e Theresa May, considerado
“moderado”.
Assim que assumiu a função, o novo ministro anunciou o abandono da
redução prevista de 20% para 19% da primeira faixa de imposto sobre a
receita. Hunt também confirmou o aumento de 19% para 25% do imposto de
renda corporativo em abril de 2023.
O novo ministro das Finanças ainda sacrificou parte do enorme pacote
de ajuda de £ 100 bilhões (quase R$ 596 bilhões na conversão atual),
anunciado em 8 de setembro por Liz Truss, dois dias depois que ela
chegou a Downing Street.
Esse era um mecanismo destinado a limitar as contas de energia
doméstica a uma média de £ 2,5 mil (cerca de R$ 14,9 mil) por ano
durante os próximos dois anos e foi bem recebido pelo público,
especialmente devido à crise energética que assola a Europa.
O ex-presidente Lula (PT), o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) e o candidato Fernando Haddad (PT).| Foto: Reprodução/Facebook
Formalmente,
o Partido dos Trabalhadores ainda não apresentou o seu plano de
governo, incorrendo em prática flagrante de estelionato eleitoral. Mas,
embora o partido exija do eleitorado que lhe dê um cheque em branco,
isso não impede que, a despeito do risco de incorrer no delito kafkiano
de “desordem informacional”, os comentaristas políticos tentemos deduzir
esse plano a partir de um conjunto de informações prévias disponíveis.
Informações verdadeiras, ressalte-se, posto que eventualmente incômodas à
candidatura socialista e seus apparatchiks.
Dentre essas informações, temos, primeiro, algumas declarações
recentes de figuras de destaque no campo lulopetista. Na terça-feira
(dia 18), por exemplo, discursando num palanque em Presidente Prudente
(SP), o candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad reafirmou o
propósito de relativizar a propriedade privada, um antigo desejo do
partido socialista, consagrado, por exemplo, no famigerado 3.º Programa
Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), a carta bolivariana proposta pelo
então presidente Lula em decreto de dezembro de 2009. “A maior parte
das terras não cumpre a função social, e a lei diz que a terra tem de
cumprir função social”, disse Haddad. E, pretendendo poupar os camaradas
do MST e MTST do trabalho de ocupar terras e terrenos julgados (por
eles mesmos) “improdutivos”, arrematou: “Nem precisa ocupar, é só me
mandar uma carta dizendo onde é a terra que não cumpre a função social
que nós vamos lá e desapropriamos”.
Quanto à economia, embora não tenhamos sido apresentados aos
possíveis ministros do candidato socialista, já sabemos que a propalada
“aproximação ao centro” – ostentada no apoio de “neoliberais” como
Henrique Meirelles, Armínio Fraga, Pedro Malan, Pérsio Arida, e Edmar
Bacha – não passa de propaganda enganosa (que, a propósito, só engana
trouxa). Com efeito, a nova tentativa de “carta aos brasileiros” – que
já era fraudulenta em sua primeira versão – só durou até que,
ressentidos e ousados, os bolcheviques do partido começassem a cantar. O
primeiro passarinho vermelho foi o psolista Guilherme Boulos. Em
entrevista ao programa Roda Viva, o invasor profissional de propriedades
comentou sobre o papel figurativo de Geraldo Alckmin, candidato a
vice-presidente na chapa socialista. “O Alckmin foi posto como expressão
de uma frente democrática anti-Bolsonaro” – disse Boulos. “Em nenhum
momento as ideias liberais foram incorporadas ao plano de governo”.
Quanto à economia, já sabemos que a propalada “aproximação ao centro”
não passa de propaganda enganosa (que, a propósito, só engana trouxa)
O mesmo foi confessado por um espécime mais graúdo da fauna vermelha,
o ex-ministro (e ex-agente cubano de inteligência) José Dirceu. Em
entrevista ao canal Opera Mundi, disse um dos chefes do mensalão: “É
natural que a campanha vá para o centro. Agora, Lula não admitiu nomear
ministros nem assumir compromissos sobre manutenção do teto de gastos.
Pelo contrário. Nas entrelinhas dos discursos dele, está claro que
investimento em ciência, tecnologia, inovação e saúde não é gasto”.
Mas, afora essas e outras tantas declarações de radicalismo
explícito, há documentos registrados que servem de rascunho ou embrião
do programa socialista de governo – ou, antes, de poder. É o caso, por
exemplo, das Resoluções do Encontro Nacional de Direitos Humanos do PT,
aprovadas em dezembro de 2021, e validadas em redação final em fevereiro
deste ano. O documento abre com a arenga de sempre, baseada na falsa
associação entre esquerda e direitos humanos – como se, hoje, não
viessem justamente de regimes socialistas apoiados e patrocinados pelo
PT os casos mais escabrosos de violações de direitos humanos. Os
redatores condenam o “neoliberalismo”, o “golpe de 2016” (ou seja, o
impeachment de Dilma Rousseff) e a ascensão do “neofascismo”, ou seja,
do governo de Jair Bolsonaro, também caracterizado como uma “aliança
entre militares e milicianos”, supostamente anátema aos ditos “direitos
humanos”.
No texto, são apontados dois obstáculos essenciais ao exercício da
democracia e dos direitos humanos no Brasil: as Forças Armadas e as
polícias militares. De acordo com o programa informal de governo do PT,
ambas são um inimigo a ser vencido. “No que se refere às Forças Armadas,
sabemos bem que o governo Bolsonaro defende forças armadas que sejam
tutoras do poder civil, antagonistas da democracia e dos Direitos
Humanos e subordinadas ao Comando Sul dos Estados Unidos”, lê-se no
documento. “A atual cúpula das forças armadas é cúmplice desta conduta
do governo Bolsonaro. Não há como separar as FFAA da catástrofe que é o
governo Bolsonaro. Transformaram-se em peça fundamental desde o apoio ao
golpe contra a presidente Dilma, à prisão do Lula e construção da
candidatura do atual governante. Mais do que participar do governo,
avalizam e conduzem as diretrizes políticas e orientações
governamentais, aceitam o programa neoliberal de ajuste fiscal, que
envolve a eliminação de direitos e privatizações, a supremacia do
capital financeiro e submissão à hegemonia americana. As FFAA são uma
força importante de governo Bolsonaro, ocupando cargos, exercendo
funções chaves e definindo orientações. Os compromissos são mais
profundos do que aparentam, os vínculos nasceram na campanha, na
montagem do atual governo e na viabilização de suas políticas”. Como
solução, o partido defende mudanças estruturais na instituição, muitas
das quais realizadas por meio da convocação de uma Assembleia Nacional
Constituinte para a elaboração de uma nova Constituição.
“Já as Polícias Militares brasileiras são as que matam em escala
industrial” – continua o programa petista. “Não é possível falar-se em
democracia quando, na prática, a PM tem licença para matar. Há toda uma
sorte de violências e humilhações, praticadas no dia a dia dos centros
urbanos e especialmente das periferias, cujo alvo principal é o jovem
negro e pobre. Essa intimidação diária e constante é Terrorismo de
Estado”. Significativamente, aliás, o termo “terrorismo de Estado” para
qualificar a atuação das polícias militares é o mesmo que, em dezembro
de 2001, uma resolução do Foro de São Paulo – assinada, entre outros,
pelo PT – utilizou para descrever as ações do governo colombiano contra
os narcoterroristas das Farc. Depois de desfiar o rosário de estigmas
usualmente lançados por socialistas contra os policiais militares –
acusados de “racistas”, “genocidas”, “lacaios da elite” etc. –, o
partido propõe a solução inescapável: a desmilitarização (também
entendida como sindicalização).
Após o diagnóstico, o documento elabora uma lista de 20 pontos programáticos, que vale a pena reproduzir:
“1. O PT vai promover em 2022 Conferências Populares de Direitos
Humanos, em todos os estados do Brasil, como parte da mobilização social
e construção programática da campanha Lula;
Recriar, desde o primeiro dia de governo a democracia,
revogando todas medidas golpistas (decretos, portarias, etc.) e começar
o desmonte do Estado de exceção;
Convocar nos primeiros dias de
governo uma grande Conferência Nacional Popular de Direitos Humanos,
que vai desenhar as linhas mestras do Plano Nacional de DH 4, recriando e
reconstruindo toda arquitetura institucional das políticas de proteção,
defesa e promoção dos DH no Brasil;
Afora as tantas declarações de radicalismo explícito, há documentos
registrados que servem de rascunho ou embrião do programa socialista de
governo
Recriar os Ministérios das Mulheres, da Igualdade
Racial e dos Direitos Humanos, bem como a Secretaria Nacional de
Juventude, LGBTI e das Pessoas com Deficiência;
Instituir uma
política de reparação e punição. Memória, Verdade e Justiça. Processar e
punir os responsáveis pelo genocídio (Covid), criar uma política de
promoção da memória, da verdade, com a criação de uma justiça de
transição. Tribunal de Manaus para julgar Bolsonaro e seus cúmplices;
Implantar
políticas imediatas para acabar com o extermínio em massa de jovens
pretos, priorizando a redução dos homicídios – hoje são 45 mil pessoas
por ano;
Rever toda arquitetura da Segurança Pública.
Reorganizar e desmilitarizar as polícias. Retomar e ampliar as
diretrizes do Pronasci, colocar a pauta da segurança cidadã como
prioridade de todo governo Lula;
Cessar a guerra às drogas: regular, descriminalizar, redução de danos, educação e saúde.
Reverter o encarceramento em massa de pretos e pobres, a começar por desencarcerar milhares de presos provisórios;
Educação em Direitos Humanos. Estruturar um aparato
de educação e cultura de direitos humanos, com propaganda massiva de
valores democráticos, pluralistas, enfrentando o neofascismo
Criar
o Sistema Nacional de Direitos Humanos – com marco legal aprovado no
Congresso, estrutura federal, estadual e municipal – política federativa
–, recursos orçamentários, planos organizados
Desarmar o país,
campanha massiva anti-armas, rever toda legislação bolsonarista,
política radical de redução do número de armas circulando no país,
retomar Estatuto do Desarmamento.
Reconstruir todas políticas
para as pessoas com deficiência, em todas áreas do governo, ir além do
“viver sem limites”, assegurar mais recursos e estrutura;
Recomeçar
a promoção de direitos das LGBTI; estruturar uma política nacional de
defesa e promoção dos direitos da população LGBTI, com verba federal,
marco legal, indução de ações, transversalidade; criar o Transcidadania
nacional;
Incluir a questão do envelhecimento no centro da
agenda, a começar enfrentando a violência contra os idosos; colocar de
pé uma política articulada de promoção dos direitos integrais, da saúde,
da assistência e de uma rede pública que vai garantir o bem-viver dessa
população
O golpe do “Lulinha Paz e Amor, segunda edição” está aí. Cai quem quer…
Nortear todas ações relacionadas às crianças e
adolescentes tendo a revalorização do ECA como fundamento. Romper com as
manipulações conservadores dessa pauta – criando e fortalecendo ações
que de fato protejam crianças e adolescentes de abusos sexuais, do
trabalho infantil, da violência, do abandono. Fortalecendo espaços de
participação social, como os Conselhos tutelares;
Fortalecer os programas de proteção dos defensores e defensoras de direitos humanos;
Reconhecer
a cidadania plena das pessoas migrantes, através de políticas públicas
de acolhida, integração económica, social e cultural, lutar pelo direito
ao voto e garantir espaços de participação, revogar o decreto de Temer
que regulamenta a Lei 13445 de 2017 e regulamentar o artigo 120 que
institui uma política nacional de migração ampla, participativa e
acolhedora.
Reconstruir a política de saúde mental que respeita
os direitos humanos, valorizar a rede de atenção psicossocial, retomar o
investimento nos CAPS; focar no SUS – voltar às diretrizes da reforma
psiquiátrica, nenhum financiamento às organizações privadas
autodenominadas “comunidades terapêuticas”;
Garantir dinheiro;
sem recursos não há políticas públicas; o orçamento para o conjunto das
políticas de promoção e defesa dos DH será enormemente ampliado”.
Enfim, como se diz popularmente: o golpe do “Lulinha Paz e Amor, segunda edição” está aí. Cai quem quer…
Plenário da Câmara dos Deputados: casa aprovou Marco dos Jogos Eletrônicos, que vai ao Senado.| Foto: Câmara dos Deputados
Na quarta-feira, dia 19, a Câmara dos Deputados aprovou o Marco Legal
dos Jogos Eletrônicos, que agora vai para o Senado. Uma bela notícia
para os jovens brasileiros, que são os principais motores desse novo
mercado. A nossa capacidade de desenvolver jogos eletrônicos vai ser
estimulada no nosso país; muitos brasileiros estão fazendo isso na
Califórnia, estão trabalhando para os Estados Unidos e não para o seu
próprio país.
Vejam só o que está no projeto: ele regula a fabricação e a
importação, comércio e desenvolvimento dos jogos e serviços; incentiva a
formação profissional; prevê impostos equiparados aos demais itens da
informática, com 50% a menos de IPI. Isso é importante porque estavam
cobrando imposto como se fosse outra coisa. Também incentiva a criação
de uma indústria nacional e incentiva a renda com a programação e
desenvolvimento dos jogos e afins, ou seja, tudo o que fica ligado à
diversão eletrônica, como os eventos, as competições, os incentivos à
pesquisa e inovação. Os jogos eletrônicos têm um público enorme e os
jovens têm encontrado uma fonte de renda, de trabalho. Que o Senado
trate isso com a devida importância que tem.
Transporte gratuito na eleição
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão do ministro Luís
Roberto Barroso, atendendo a um pedido da Rede – do senador Randolfe
Rodrigues – para permitir transporte público gratuito no dia da eleição.
Todos vocês sabem que isso é crime. Transportar eleitor no dia da
eleição sempre foi crime; só era permitido pela lei para transportar em
zona rural e em ônibus do município, do estado ou da União, ou seja,
veículo oficial, do governo. Mas o Supremo decidiu e agora pode tudo.
Supremo político Mas esperem aí: o Código Eleitoral, no artigo
302, diz que isso é crime e estabelece até prisão de quatro a seis anos
para quem der o transporte gratuito ou comida gratuita no dia da
eleição. É o que diz a lei. Se alguém quiser “dar um Google” no Código
Eleitoral, é a Lei 4.737/65.
O Supremo aboliu esse artigo 302 com quantos votos de deputados e de
senadores? Nenhum. A votação não foi no Congresso Nacional. O Poder
Judiciário se tornou Legislativo. Como assim? Foi o povo brasileiro que
transferiu esse poder? A Constituição diz que todo o poder emana do
povo. Aí, o povo dá um voto, que é uma procuração para um deputado e um
senador fazer leis em nome dele. O pessoal do Supremo não recebe voto
para isso. Estão lá nomeados para interpretar leis ou declarar leis
inconstitucionais.
Foi uma decisão sensata, já que foram 37 milhões de abstenções no
primeiro turno das eleições. Facilitou-se o transporte para ver se
diminui a abstenção no segundo turno. Sensato, mas e a lei? Dura lex,
onde é que fica? Às favas com a lei? Não, aí é desordem. Temos de pensar
sobre isso.
Há 10 anos, no dia 14 de outubro de 2012, o austríaco Felix
Baumgartner surpreendeu o mundo com um arrojado salto a partir da
estratosfera. O momento, acompanhado por mais de 8 milhões de pessoas
simultaneamente, rendeu três recordes mundiais e instaurou um novo marco
no streaming internacional, assim como na tecnologia aeroespacial. Para
celebrar o feito histórico, a Red Bull TV lança o documentário ‘Space
Jump’ com imagens inéditas e depoimentos especiais.
Salto da estratosfera e marco no streaming: Novo filme celebra feito histórico de atleta que superou velocidade do som (ar: a 20°C: 340 m/s)
Disponível pela Red Bull TV, “Space Jump: O legado da missão Red Bull
Stratos” celebra 10 anos do salto histórico de Felix Baumgartner
Momento resgistrado em novo documentário em que Felix Baumgartner faz
salto para entrar para história (Crédito: Red Bull Content Pool)
No dia 14 de outubro, há 10 anos, em uma missão chamada Red Bull
Stratos, milhões de pessoas em todo o mundo não desgrudaram os olhos das
mais variadas telas para torcer por Felix Baumgartner enquanto ele
subia até a beira do espaço, em uma pequena cápsula, e saltava para a
Terra mais rápido que a velocidade do som. O feito histórico, que
culminou em recordes mundiais e até revolucionou o streaming, é tema do
novo documentário “Space Jump: O legado da missão Red Bull Stratos”,
disponível pela Red Bull TV por meio do link
https://www.redbull.com/br-pt/films/space-jump-stratos , que comemora o
legado duradouro desta missão espacial com imagens e entrevistas
inéditas.
Pela primeira vez, fãs e especialistas do ramo, como um dos gigantes
do mundo da internet, cujos servidores quase quebraram com o número de
visualizações do salto, falam sobre suas perspectivas da missão, que
continua a moldar o planeta uma década depois. O projeto segue trazendo
insights importantes para programas aeroespaciais e tecnologia espacial,
ao mundo das configurações de broadcast, às atualizações nos recursos
de streaming e à inspiração humana, que continuará a ressoar por anos.
“O efeito que teve globalmente na educação e na próxima geração que
quer estudar engenharia aeroespacial ou de teste de voo foi enorme. Além
disso, a tecnologia e os dados que usamos no sistema de ‘suporte à
vida’, que projetamos na cápsula, nós usamos para alterar a configuração
de jatos de alta altitude como o U-2”, afirma Art Thompson,
diretor-técnico do projeto.
“Nas primeiras duas semanas, vimos mais de 100 milhões de reproduções
do evento. E agora, dez anos depois, vemos quase um bilhão de
visualizações de conteúdo do Red Bull Stratos. É incrível ver que o
interesse no assunto se mantém ao longo do tempo”, comenta Tim Katz,
diretor do Youtube e Head de novas parcerias e esportes.
Salto quase ‘quebrou’ o Youtube e revolucionou esporte mundial e tecnologia
Com mais de 5 anos de desenvolvimento, a equipe responsável pelo
projeto alterou a forma como se pensa a sustentação da vida no espaço –
os trajes espaciais agora oferecem melhor mobilidade e existem novos
protocolos para proteger a vida dos aviadores expostos a grandes
altitudes. Além disso, pessoas do mundo todo ficaram paralisadas com o
feito, que foi transmitido ao vivo em 77 canais de TV, além de milhões
de streams.
A configuração de transmissão, implementada em parte por Jacqueline
Voss, da Riedel Communications, foi a primeira configuração de estúdio
de transmissão remota e móvel do mundo. Oferecendo múltiplas
visualizações de câmeras, todas controladas a distância, e a cápsula
atuando como um estúdio de TV, a experiência do espectador foi inédita e
o conceito ainda é utilizado hoje em grandes eventos esportivos como
America’s Cup, SailGP, entre outros.
“Éramos um grupo muito ambicioso, com uma grande ideia que
transformamos em realidade. E depois de muitos anos de trabalho duro,
fomos bem sucedidos. Eu realmente acho que deixamos um legado, todos
nós, porque todo mundo desempenhou um papel importante para transformar o
Red Bull Stratos em uma missão de sucesso. E depois de dez anos, é hora
de comemorar”, analisa Felix Baumgartner, piloto da missão.
O Red Bull Stratos provou que um ser humano pode quebrar a velocidade
do som em queda livre, com Felix Baumgartner estabelecendo três
recordes mundiais oficiais: Velocidade Vertical Máxima (1.357,6 kmh,
843,6 mph/Mach 1,25), Saída mais alta (salto) Altitude (38.969,4. m,
127.852,4 pés) e Distância Vertical de Queda Livre (36.402,6m, 119.431,1
pés).
Sobre Red Bull Stratos
O Red Bull Stratos teve como objetivo ultrapassar os limites humanos e
avançar nas descobertas científicas em benefício da humanidade. A
missão bem-sucedida quebrou recordes mundiais e forneceu valiosos dados
científicos para futuros pioneiros. Em 14 de outubro de 2012, Felix
Baumgartner partiu de Roswell, no Novo México, e subiu à estratosfera em
um balão de hélio, de onde saltou e se tornou a primeira pessoa a
quebrar a velocidade do som em queda livre. A façanha foi resultado de
anos de trabalho de uma equipe de especialistas, que continuam a
compartilhar suas descobertas de pesquisa com a comunidade científica.
Sobre Felix Baumgartner
Felix Baumgartner será para sempre conhecido como o homem que caiu do
espaço, quando, em 14 de outubro de 2012, saltou de uma cápsula a quase
40km acima do deserto do Novo México, e o mundo prendeu a respiração.
Depois de sair de sua cápsula, especialmente construída para o salto,
Felix mergulhou a uma velocidade máxima de 1.357,6 quilômetros por hora e
quebrou três recordes mundiais no processo: a maior queda livre, o
maior voo de balão tripulado e o primeiro homem a viajar mais rápido que
a velocidade do som em queda livre. No entanto, Felix tem muito mais a
mostrar do que essa conquista estratosférica. A carreira do austríaco
teve muitos momentos memoráveis como paraquedista, BASE jumper, piloto
de carros de corrida e como piloto de helicóptero comercial e
acrobático.
No 28º andar do Farol Santander,
um dos ícones do centro de São Paulo, você pode experimentar o chamado
“caviar brasileiro”. Trata-se do “aperitivo de içá”, que nada mais é do
que uma formiga tanajura fritinha na farinha de mandioca com cebolinha. A
iguaria, preparada pelo chef Deivid Marques, é parte do cardápio do Boteco 28 – Bar da Cidade.
Farofa de Içá. Foto: Divulgação
“Monteiro Lobato chamava
a içá de caviar brasileiro. A farofa de içá era alardeada e vendida na
rua pelas quituteiras, bem no largo do Rosário, onde hoje é a praça
Antonio Prado, aqui em frente ao Farol Santander”, disse Cássio Pardini,
um dos sócios do Boteco 28. “O prato acompanhou os paulistas até meados
de 1900 quando parou de ser consumido pelos moradores que não queriam
mais ser chamados de ‘comedores de formiga’, explicou.
O chef Deivid Marques explica o preparo do “caviar”: “A farofa de içá
é feita com a parte inferior do abdômen da tanajura, que tem 30% de
gordura e 15% de proteína. Aqui no Boteco preparamos com o óleo de alho,
fazemos essa cocção, depois torramos a farofa e fazemos um conjunto das
duas para finalizar. Por ser um aperitivo, querendo ou não todo mundo
tem receio de comer formiga, quando o público experimenta fica
surpreendido. Ela fica muito mais gostosa com a cachaça Mato Dentro que
dá um frescor na boca”.
Entenda como o conhecimento em empreender pode ajudar a sua carreira – mesmo que você não vá começar um negócio próprio.
Nem só de criar um negócio do zero vive o empreendedor. Sabia que dá
para aplicar o empreendedorismo na sua carreira, mesmo como profissional
carteira-assinada de uma empresa?
Quando alguém reúne as características da mentalidade empreendedora,
apesar de não ter a própria empresa, está aplicando o empreendedorismo à
sua carreira.
O empreendedorismo como opção de carreira, ou como alguns gostam de
chamar, o sentimento de dono – é o ato de encarar a sua própria carreira
como um empreendimento.
Assim, quem tem o sentimento de dono é capaz de enxergar novas
oportunidades de gerar resultados para a empresa, tirar projetos do
papel, ter visão de futuro, entre outros comportamentos típicos de quem é
empreendedor.
Afinal, a grande maioria dos empreendedores que hoje são CEOs ou
executivos C-level começou com a simples vontade de mudar, transformar
ou melhorar alguma coisa no mundo.
Um estudo da Universidade de Deakin na Austrália mostra que os
profissionais do futuro serão capazes de combinar habilidades técnicas
como interpretar dados e criar algoritmos e ao mesmo tempo desenvolver
adaptabilidade, resiliência e outras capacidades empreendedoras.
No futuro onde as profissões que conhecemos hoje sequer vão existir,
estas habilidades farão total diferença na carreira profissional das
pessoas e serão responsáveis por mantê-las competitivas no mercado de
trabalho.
HABILIDADES EMPREENDEDORAS VALORIZADAS NO MERCADO DE TRABALHO
Trabalhar de forma independente, com menos supervisão de gerentes e
com foco em resultado e produtividade são habilidades empreendedoras
valorizadas em todas as empresas.
Originalidade e fluência de ideias, estratégias de aprendizado ativo,
capacidade de definir objetivos, curiosidade, saber ouvir feedbacks e
aplicar conhecimento de maneira pró-ativa também são características
empreendedoras muito importantes para profissionais no futuro.
Observando as habilidades exigidas nos anúncios de emprego, essa
mesma pesquisa australiana mostra que “a proporção de empregos que
exigem pensamento crítico aumentou 158%, enquanto a busca por
profissionais com habilidades de criatividade cresceu 65% e as
habilidades de apresentação teve um salto de 25%.
Não é coincidência que estas habilidades também estejam presentes no dia a dia do empreendedor.
Inclusive, muitos especialistas acreditam que, como as capacidades
das máquinas se expandem, no futuro, os jovens precisarão de menos
educação em ciência, tecnologia, engenharia e matemática e poderão ter
mais tempo para focar em habilidades como design thinking,
empreendedorismo e criatividade para se prepararem para carreiras
empreendedoras.
Veja mais exemplos de habilidades empreendedoras que podem ser aplicadas às empresas:
• Autoconfiança
• Autonomia
• Automotivação
• Auto gerenciamento
• Comunicação
• Criatividade
• Entusiasmo pelo aprendizado
• Pensamento crítico
• Resolução de problemas
• Alinhamento com um propósito
• Alfabetização digital
• Alfabetização financeira
COMO APLICAR O EMPREENDEDORISMO NA SUA CARREIRA?
Tenha comprometimento e sentimento de dono. Responsabilizar-se por
fazer os projetos andarem, ter interesse pelas coisas que acontecem na
empresa e estar alinhado com os objetivos da empresa são os primeiros
passos para quem quer desenvolver o sentimento de dono.
Resolva problemas. Sabe aquela famosa frase: “não é do meu
departamento?” isso não existe para quem quer aplicar o empreendedorismo
à sua carreira. No dia a dia, resolver problemas deve ser tão natural
quanto fazer reuniões ou dar feedback.
Faça as coisas da forma mais eficiente possível. Preocupar-se em
tomar decisões que vão gerar resultados melhores, evitar retrabalho e ir
além, encontrando soluções mais eficazes, são outras formas de pensar
como um empreendedor.
Crie sempre novas oportunidades de negócio. Desenvolver a habilidade
de se comunicar e de criar novos relacionamentos e estar atento às
necessidades do mercado e as demandas de consumidores vai te ajudar a
criar oportunidades de negócio incríveis para a empresa onde você
trabalha.
PORQUE ESTUDAR EMPREENDEDORISMO
Estudar empreendedorismo é fundamental tanto para quem vai criar o
próprio negócio do zero, quanto para quem quer olhar a carreira
profissional de forma mais estratégica.
Com as ferramentas certas, cursos online sobre empreendedorismo,
mentorias e boas fontes de informação, é possível lançar produtos e
serviços inovadores no mercado e obter sucesso como empreendedor, mesmo
para quem ainda está começando.
Ter vontade e coragem é muito importante, mas infelizmente não é suficiente para ser um empreendedor bem-sucedido.
Sem estudar o empreendedorismo, seus fatores de sucesso (e de fracasso) – dificilmente você chegará a algum lugar.
A falta de conhecimento, além de limitar a tomada de decisão em momentos-chave, pode se tornar a causa da morte de uma empresa.
Segundo o IBGE, a taxa de empresas que sobrevivem no mercado tem
diminuído ano a ano. Já o Sebrae mostra que, de cada 4 empresas abertas,
1 fecha antes de completar 2 anos de existência no mercado.
Por isso, vale a pena diminuir os riscos e aprofundar seu próprio
conhecimento sobre modelos de negócio e as principais tendências de
mercado.
Pense assim: se o seu concorrente vai abrir um negócio igual ao seu,
mas tem zero interesse em estudar empreendedorismo, automaticamente você
já está um passo à frente dele.
TEMAS COMUNS DE ESTUDO PARA EMPREENDEDORES
Novas Tecnologias: Cloud Computing, Compliance, Biotech, Inteligência Artificial, Big Data, Internet of Things;
Futuro das indústrias: Agro e Food Tech, Learning & Education Tech, Commerce & Retail Tech, Insurance & Fintech;
Novas habilidades: capacidade analítica, como inspirar e engajar pessoas, visão de futuro.
Nova gestão: trabalhar com dados, novas práticas de gestão, como surpreender clientes, tendências de consumo.
FALTA DE CONHECIMENTO É PRINCIPAL CAUSA DE MORTE DAS EMPRESAS
Segundo uma pesquisa do Sebrae, as causas de morte das empresas
estão, na maioria das vezes, relacionadas à falta de experiência, mas
sobretudo, ao déficit de conhecimento dos empreendedores.
Ao abrir a própria empresa, parte dos empreendedores, por exemplo,
não levanta informações importantes sobre o mercado e mais da metade não
realiza o planejamento de itens básicos antes do início das atividades
da empresa.
PORQUE A NOVA ECONOMIA TORNA AS MUDANÇAS NOS NEGÓCIOS MUITO MAIS RÁPIDA
Entender como montar um plano de negócio, como validar uma ideia e
como construir um MVP (Mínimo Produto Viável) vai te ajudar muito na sua
carreira empreendedora, porém este é apenas o começo.
Isso porque o processo de se requalificar e manter-se atualizado com
tendências de mercado, métodos eficientes de gestão e de aprender novas
formas de empreendedorismo é contínuo.
Uma vez que a tecnologia evolui de forma exponencial e se torna mais
acessível, melhor e mais barata e novos hábitos de consumo são criados,
muitas oportunidades de empreendedorismo surgem, ao mesmo tempo que os
velhos modelos de negócio perdem totalmente o sentido de existir.
A nova economia fará com que startups e empresas mais eficientes e
valorosas ganhem mais espaço no mercado em um intervalo de tempo cada
vez mais curto.
PARA ENCONTRAR SEU PROPÓSITO E TRABALHAR COM O QUE VOCÊ AMA
Quando se estuda empreendedorismo se aprende a descobrir novos
talentos em você mesmo e principalmente a entender o seu propósito e o
que você ama fazer.
Empreender também quer dizer que você se identifica com algo (uma
causa) e que está disposto a desenvolver novas soluções e ações com foco
em resolver um problema.
Além disso, estudar empreendedorismo pode ser uma ótima forma de
exercitar o autoconhecimento e colocar em prática projetos que você
nunca teve a chance de realizar.
Você aprende a calcular riscos que serão importantes para alcançar
produtos e serviços inovadores, aprende mais sobre si mesmo, seus
limites, a se automotivar e a criar estratégias para alcançar seus
objetivos.
PORQUE ENSINAR EMPREENDEDORISMO NA ESCOLA
A falta de aptidão para empreender e o déficit de conhecimento e das
habilidades empreendedoras poderia ser resolvido caso o empreendedorismo
fosse ensinado na escola.
Mas mesmo para aqueles que não pretendem ser empreendedores, aprender empreendedorismo é bastante útil.
Assim como o português, a matemática, a história ou as ciências, o
empreendedorismo contribui para formar pessoas para entender as demandas
da própria sociedade.
Com uma disciplina focada no empreendedorismo, os alunos estariam
aptos a estimular mais a imaginação e a aplicar a criatividade para
criar soluções de valor (princípio da inovação).
Assim teríamos jovens mais críticos, criativos, adaptativos, comunicativos, comprometidos, capazes de resolver problemas.
Por isso, além de agregar muito valor à carreira desses jovens antes
mesmo de ingressarem em uma universidade, a habilidade de empreender faz
parte do futuro do trabalho.
PORQUE O EMPREENDEDORISMO DE PALCO IRÁ TE DESTRUIR
Como o empreendedorismo cresceu muito nos últimos anos e é
considerada uma atividade em alta, ele também acaba ficando na mira dos
oportunistas.
Fórmulas que prometem sucesso, fama e dinheiro instantâneos,
discursos inflamados e ultra motivados para fazer qualquer um se tornar o
Jeff Bezos… Estas são algumas ‘iscas’ que podem fazer o
empreendedorismo de palco te destruir.
É importante prestar atenção ao que você lê nas redes sociais, ouve
nos eventos de empreendedorismo ou assiste no YouTube. Aconteça o que
acontecer, lembre-se das seguintes premissas:
EMPREENDER NÃO É UMA SAÍDA PARA TODOS OS PROBLEMAS
Se você está descontente com a empresa onde trabalha e vê no
empreendedorismo uma saída para se livrar do chefe chato, temos uma má
notícia para você: empreender não vai resolver todos os seus problemas.
Não faça do empreendedorismo uma terapia de autoajuda. O
empreendedorismo é 90% ralação, noites sem dormir e suor e os outros 10%
são coragem, foco e determinação. O que vai resolver o seu problema é
ter um objetivo claro de onde você quer chegar e correr atrás para
cumprir esse objetivo.
EMPREENDER NÃO É UMA FORMA DE FICAR MAIS RICO
Ser empreendedor não vai te deixar mais rico de uma hora para outra.
Muitas empresas demoram vários anos para começar a gerar lucro.
Até mesmo as que estão avaliadas em bilhões de dólares no mercado,
como é o caso do Uber e WeWork, por exemplo, ainda patinam para saírem
do zero a zero.
Sem um planejamento financeiro estruturado antes mesmo de começar o
seu negócio, sua startup pode ir de sonho a pesadelo em pouquíssimo
tempo.
Não é a toa que, em 2017, as empreendedoras e CEOs Mara Zepeda,
Aniyia Williams, Astrid Scholz e Jennifer Brandel levantaram a discussão
“zebras x unicórnios”.
De um lado estão as empresas unicórnios que estão nos holofotes da
mídia, do outro, empresas ‘zebras’ que buscam ser financeiramente
viáveis e têm foco na rentabilidade.
PARA SER EMPREENDEDOR NÃO BASTA TER FORÇA DE VONTADE
O empreendedorismo de palco prega que para ser empreendedor basta força de vontade para criar uma empresa bilionária.
Trata-se de uma meia verdade. Apesar de a força de vontade ser um
elemento importante e bastante presente na mentalidade dos
empreendedores, a maioria dos resultados só aparece se houver muito
estudo, planejamento e tentativa e erro envolvido.
Afinal tomar decisões importantes que podem mudar totalmente o
destino de uma empresa ou criar formas de otimizar gastos e aumentar a
rentabilidade nunca dependerá apenas de sorte.
Por isso é preciso tomar cuidado e separar o trigo do joio. Preste
atenção e faça sempre as seguintes perguntas para você mesmo quando
estiver diante de um conselho:
• Este conselho é uma estratégia realmente útil para o meu negócio?
• Este conselho faz sentido para o meu ramo específico de empresa?
• Este conselho tem base em estatísticas, estudos de caso
ou outras formas práticas que podem mensurar o sucesso de uma
determinada ação?
• Quem está compartilhando este conselho? Ele já foi empreendedor ou tem experiência com gestão de empresas?
• Como estão as empresas que esta pessoa ajudou a gerenciar?
• Existe alguma probabilidade desta pessoa querer te vender algum serviço/produto que ela mesma comercializa?
• Este conselho usa palavras como ‘fácil’, ‘rápido’ ou ‘barato?’
• Este conselho usa argumentos agressivos para te convencer a fazer alguma coisa?
No empreendedorismo, como em qualquer outra atividade, o resultado só
acontece depois de muito esforço, estudo e dedicação. Ao invés de
milagre ou fórmulas prontas que levam ao sucesso, existe muito trabalho,
testes que dão errado e noites sem dormir para fazer com que dê certo.
Para cada empresa unicórnio existe uma zebra cavando formas de fazer
mais com menos, estudando modelos de negócio que deram certo, fazendo
contas, monitorando a operação da empresa diariamente e olhando para o
futuro para estarem sempre um passo à frente.
ValeOn UMA STARTUP INOVADORA
A Startup ValeOn um marketplace que tem um site que é uma Plataforma
Comercial e também uma nova empresa da região do Vale do Aço que tem um
forte relacionamento com a tecnologia.
Nossa Startup caracteriza por ser um negócio com ideias muito
inovadoras e grande disposição para inovar e satisfazer as necessidades
do mercado.
Nos destacamos nas formas de atendimento, na precificação ou até no
modo como o serviço é entregue, a nossa startup busca fugir do que o
mercado já oferece para se destacar ainda mais.
Muitos acreditam que desenvolver um projeto de inovação demanda uma
ideia 100% nova no mercado. É preciso desmistificar esse conceito, pois a
inovação pode ser reconhecida em outros aspectos importantes como a
concepção ou melhoria de um produto, a agregação de novas
funcionalidades ou características a um produto já existente, ou até
mesmo, um processo que implique em melhorias incrementais e efetivo
ganho de qualidade ou produtividade ao negócio.
A inovação é a palavra-chave da nossa startup. Nossa empresa busca
oferecer soluções criativas para demandas que sempre existiram, mas não
eram aproveitadas pelo mercado.
Nossa startup procura resolver problemas e oferecer serviços inovadores no mercado.
Estamos lutando com as empresas para MUDAREM DE MENTALIDADE referente
à forma de fazer publicidade à moda antiga, rádio, tv, jornais, etc.,
quando hoje em dia, todos estão ligados online através dos seus
celulares e consultando as mídias sociais a todo momento.
Somos PROFISSIONAIS ao extremo o nosso objetivo é oferecer serviços
de Tecnologia da Informação com agilidade, comprometimento e baixo
custo, agregando valor e inovação ao negócio de nossos clientes e
respeitando a sociedade e o meio ambiente.
Temos EXPERIÊNCIA suficiente para resolver as necessidades dos nossos
clientes de forma simples e direta tendo como base a alta tecnologia
dos nossos serviços e graças à nossa equipe técnica altamente
especializada.
A criação da startup ValeOn adveio de uma situação de GESTÃO
ESTRATÉGICA apropriada para atender a todos os nichos de mercado da
região e especialmente os pequenos empresários que não conseguem entrar
no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.
Temos CONHECIMENTO do que estamos fazendo e viemos com o propósito de
solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas da região
de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos
constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos
serviços e estamos desenvolvendo soluções estratégicas conectadas à
constante evolução do mercado.
Dessa forma estamos APROVEITANDO AS OPORTUNIDADES que o mercado nos
oferece onde o seu negócio estará disponível através de uma vitrine
aberta na principal avenida do mundo chamada Plataforma Comercial ValeOn
24 horas por dia e 7 dias da semana.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)
BRASÍLIA (Reuters) – Pessoas ficam “falando de picanha e cerveja” e
não têm noção do que houve com o Brasil no passado, com dados negativos
de educação e crescimento, disse nesta quarta-feira o ministro da
Economia, Paulo Guedes, sem mencionar diretamente o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, argumentando que “tem gente sonhando em voltar com
a mediocridade”.
“Ficam aí falando agora de picanha e cerveja, não têm noção do que
aconteceu, último lugar no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de
Estudantes), crescimento zero”, disse ele palestra no Fórum Nacional de
Logística e Infraestrutura Portuária.
“De repente a gente chega, começa a mudar a direção, cai um meteoro
na nossa cabeça, a gente atravessa e estamos saindo do lado de lá com
uma dinâmica de crescimento próprio garantida, e tem gente sonhando com
voltar à mediocridade anterior.”
Lula (PT), que concorre com o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas
eleições presidenciais, tem afirmado em sua campanha que um eventual
governo petista retomará o poder de compra da população, argumentando
que o brasileiro voltará a ter recursos para comprar cerveja e picanha.
No fórum, o ministro também afirmou que o Brasil precisa extrair
rapidamente seu petróleo, enquanto o insumo tem valor, para investir em
saúde e educação, enquanto avança na transição para a energia verde.
Segundo ele, isso não pode ser feito em um país “refém” de estatais
monopolistas e verticalizadas.
Guedes disse ainda que servidores públicos deram extraordinária
contribuição ao não receberem reajustes de remuneração durante a
pandemia de Covid-19, ressaltando que os aumentos salariais serão
retomados “já já”.
O ministro disse ser verdade que o investimento público no Brasil
caiu a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mas ponderou que o país
recuperou sua dinâmica de crescimento com uma mudança de eixo econômico
para o investimento privado, que soma 19% do PIB.
Em relação à reforma tributária, o ministro disse que o Senado deve
aprovar a reestruturação nas regras do Imposto de Renda ainda neste ano
–o texto já foi aprovado pela Câmara. Ele argumentou que a tributação de
dividendos contida na medida seria usada para financiar o valor mais
alto do programa Auxílio Brasil a partir de 2023.
Facada sofrida por Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018 é
tema de documentário censurado da Brasil Paralelo.| Foto: YouTube /
Reprodução.
Quem ainda nutria algum tipo de dúvida sobre o ânimo censor que move
os ministros do Tribunal Superior Eleitoral nestas eleições passará a
ter apenas certezas ao ler a mais recente decisão de Benedito Gonçalves,
atendendo parcialmente a pedido da coligação do ex-presidente,
ex-presidiário e ex-condenado Lula. O integrante do Tribunal Superior
Eleitoral entrou em um dos poucos territórios ainda por desbravar no
campo dos ataques à liberdade de expressão neste pleito de 2022: o da
censura prévia. A vítima é a produtora de conteúdo Brasil Paralelo e seu
documentário Quem mandou matar Jair Bolsonaro?, que tinha estreia
prevista para os próximos dias. Até então, todas as decisões de censura
oriundas da corte eleitoral visavam conteúdos que já haviam sido
publicados; a censura prévia, no entanto, ressuscita os tempos sombrios
da ditadura militar.
O pedido de investigação feito pelos advogados de Lula já era uma
peça de índole praticamente totalitária, a julgar pela quantidade e
variedade dos pedidos feitos ao ministro Gonçalves. A coligação
solicitava a quebra de sigilo bancário, telefônico e telemático de 11
pessoas; a suspensão de 113 perfis e canais no Twitter, TikTok,
Facebook, Instagram, YouTube, Telegram e Gettr – incluindo alguns deles
pertencentes a parlamentares; a retirada do ar do site da revista Oeste e
de mais quatro sites; a proibição de qualquer impulsionamento de
conteúdo da Brasil Paralelo que seja tido como favorável a Jair
Bolsonaro e prejudicial a Lula; a censura prévia ao documentário Quem
mandou matar Jair Bolsonaro?; e a censura a outro documentário da Brasil
Paralelo já publicado no YouTube, Quem mandou matar Celso Daniel? Que a
equipe jurídica de Lula realmente pretendesse tudo isso é bastante
plausível, dado o amor do petismo pela mordaça; mas apresentar uma
enorme lista de pedidos também serve como estratégia, pois o PT sabe
que, se conseguisse apenas uma fração dessas medidas, como acabou
ocorrendo, já faria um estrago considerável sem deixar tão escancarado o
papel do TSE como linha auxiliar da campanha de Lula.
A adoção da censura prévia nesta reta final de campanha é a
comprovação de que o TSE considera não haver freio nenhum à sua atuação
E com base em quê o petismo pretendia essa perseguição sem
precedentes? A leitura da peça redigida pelos advogados de Lula é
bastante didática neste sentido. Aprende-se ali, por exemplo, que
pessoas com afinidades político-ideológicas não deveriam poder
compartilhar os conteúdos e publicações umas das outras. Da mesma forma,
ficamos sabendo que uma empresa não deveria poder usar as receitas que
conquista com a oferta de produtos que agradam seu consumidor para
impulsionar nas mídias sociais os conteúdos que cria; nem poderia usar
esse dinheiro para defender aquilo em que acredita; e muito menos
poderia escolher quais de seus produtos oferecerá ao público de forma
diversa do seu modelo de negócio habitual. Se algo assim ocorre,
especialmente quando se trata de criticar Lula, o “democrata”, o
“moderado”, a “alma mais honesta do país”, as únicas explicações
possíveis seriam abuso de poder e a constituição de uma rede sórdida de
campanha política – algo, talvez, semelhante aos antigos MAVs petistas
ou ao mais recente “mensalinho do Twitter”…
Pois Benedito Gonçalves comprou todo ou quase todo esse discurso,
ainda que não tenha decretado nenhuma quebra de sigilo, nem ordenado a
suspensão dos perfis em mídias sociais. Mas, na prática, ele assumiu o
papel de administrador – “interventor” talvez seja uma descrição melhor –
da Brasil Paralelo, determinando como um ente privado não pode tornar
público o seu conteúdo ou usar o seu dinheiro. Dinheiro, aliás, que o
ministro do TSE resolveu confiscar ao determinar a desmonetização da
Brasil Paralelo e outros três canais do YouTube, revertendo os valores
para uma conta judicial – curiosamente, uma das pouquíssimas medidas que
a equipe de advogados de Lula não pediu, tendo sido tomada de ofício
por Gonçalves, em mais uma demonstração de que os tribunais superiores
hoje se veem acima de qualquer princípio jurídico, inclusive o de que a
Justiça só age quando provocada.
Quanto à censura prévia, Gonçalves insulta a inteligência do
eleitor e a Constituição ao dizer que “a semana de adiamento não
caracteriza censura” e que se trata apenas de “inibição do desequilíbrio
que potencialmente adviria do lançamento na derradeira semana de
campanha”. Como o ministro chega à conclusão de que Quem mandou matar
Jair Bolsonaro? causaria “desequilíbrio”? Não se sabe, pois ele
certamente não viu a peça que censurou, o que não o impediu de escrever,
na decisão, que o formato de documentário seria apenas uma “roupagem”
para dar “exponencial alcance” a “tema reiteradamente explorado pelo
candidato [Bolsonaro] em sua campanha”. Os censores da ditadura ao menos
assistiam àquilo que impediam de ir ao ar…
Sob o manto da “defesa da democracia” e da “proteção da isonomia”, a
Justiça Eleitoral tem adotado medidas claramente autocráticas e que
desequilibram totalmente a balança em benefício de um dos lados. A
adoção da censura prévia nesta reta final de campanha é a comprovação de
que o TSE considera não haver freio nenhum à sua atuação. Vivemos
tempos difíceis e anormais, em que o direito à crítica, ao trabalho
jornalístico e à exposição de fatos está submetido à vontade de alguns
poucos que, embriagados pelo poder que detêm, abandonaram seu papel de
coibir o abuso real para perseguir abusos imaginários, tornando-se eles
mesmos o reflexo fiel daquilo que alegam estar combatendo.
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, em conversa
presidente do TSE, Alexandre de Moraes, em 31 de agosto de 2022| Foto:
Alejandro Zambrana/Secom/TSE
O Ministério da Defesa informou que
não fez auditoria no sistema eletrônico de votação brasileiro durante o
primeiro turno das eleições 2022. Segundo a pasta, de acordo com o que
foi estabelecido pela Resolução n° 23.673/21, do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), técnicos do órgão atuaram na fiscalização do sistema a
convite do próprio tribunal.
A afirmação consta em uma nota enviada à Gazeta do Povo pela
assessoria da Defesa na noite de terça-feira (18), após ser questionada
sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE. Ele
determinou que o ministério apresente, no prazo de 48 horas, cópias dos
documentos da auditoria que os militares eventualmente tivessem feito
sobre as urnas. A decisão foi publicada na edição desta terça-feira (18)
do Diário da Justiça Eletrônico, mas traz a data de 11 de outubro.
Na mesma nota enviada à reportagem, o ministério disse que as Forças
Armadas seguem rigorosamente a resolução do TSE, e que a atuação é
pautada pela legalidade e pela colaboração com a Justiça Eleitoral.
“O Ministério da Defesa informa que a equipe de técnicos das Forças
Armadas atua, a convite do Tribunal Superior Eleitoral, na fiscalização
do sistema eletrônico de votação, conforme definido na Resolução n°
23.673/21, do TSE. À luz dessa norma, cabe às entidades fiscalizadoras a
fiscalização e não a auditoria do sistema. Ressalta-se que a equipe das
Forças Armadas segue, rigorosamente, a referida resolução e a atuação é
pautada pela legalidade, pela elevada capacidade técnica e pela
colaboração com a Justiça Eleitoral”, afirmou o Ministério da Defesa.
Decisão de Moraes A decisão foi dada por Moraes após o Diretório
Nacional da Rede Sustentabilidade apresentar uma representação eleitoral
contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Na
ação, o partido citou uma live, de 05 de maio deste ano, em que o
presidente teria insinuado que pretendia contratar uma auditoria privada
para fiscalizar o processo eleitoral de 2022.
Moraes também salientou na decisão publicada nesta terça (18) que “as
notícias de realização de auditoria das urnas pelas Forças Armadas,
mediante entrega de relatório ao candidato à reeleição, parecem
demonstrar a intenção de satisfazer a vontade eleitoral manifestada pelo
pelo Chefe do Executivo, podendo caracterizar, em tese, desvio de
finalidade e abuso de poder”.
Diante disso, além do prazo já citado dado ao Ministério da Defesa,
Moraes também determinou que o presidente Jair Bolsonaro apresente a sua
defesa em cinco dias.
A questão relacionada às Forças Armadas deve ser esclarecida com o
envio das informações por parte do Ministério da Defesa – de que não
houve auditoria por parte dos militares – à Justiça Eleitoral.
Segundo informações do Uol, houve uma reunião entre Moraes e o
ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, na noite
de terça-feira (18). Segundo o veículo, não houve entrega de documentos e
a conversa teria sido sobre o trabalho de fiscalização no segundo turno
do pleito.
Auditoria do PL O Partido Liberal (PL), legenda à qual Bolsonaro é
filiado, contratou uma auditoria sobre a segurança do sistema de
votação, apuração e totalização dos votos pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). Os resultados foram divulgados em 28 de setembro. O
partido disse ter encontrado, entre outros pontos, um “quadro de atraso”
na implantação de medidas “mínimas necessárias” na segurança da
informação; risco de invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais,
“com grave impacto nos resultados das eleições de outubro”; e um “poder
absoluto” de alguns técnicos da Corte para “manipular resultados da
eleição, sem deixar qualquer rastro”.
A divulgação do documento causou reação na Justiça Eleitoral. Em nota
oficial, o TSE afirmou que as conclusões da auditoria do PL “são falsas
e mentirosas”. À época, Moraes também determinou a apuração de
responsabilidade criminal de seus idealizadores – “uma vez que é
apócrifo”, disse o tribunal –, bem como uma investigação contra o PL por
suposto desvio de finalidade no uso de verba do fundo partidário.
Ex-ministro Henrique Meirelles se com Lula em ato com ex-presidenciáveis.| Foto: Ricardo Stuckert/PT
O ex-ministro e ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles
afirmou que a condução da economia em um eventual no governo de Luiz
Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência da República pelo PT,
ainda é incerta. Na visão dele, Lula é favorito para vencer a eleição em
30 de outubro, mas o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem chance de
vencer o pleito.
As afirmações de Meirelles foram divulgadas pela consultoria
norte-americana Eurasia na terça-feira (18) aos seus assinantes. Não se
sabe, porém, quando as declarações foram dadas pelo ex-ministro. O site
Poder360 teve acesso ao documento da consultoria e publicou as
informações na noite de terça.
Meirelles declarou apoio a Lula. Ele foi presidente do Banco Central
nos dois mandatos do petista e também foi ministro da Fazenda no governo
do ex-presidente Michel Temer (MDB).
De acordo com a análise feita por Meirelles, existem três modelos
econômicos que foram adotados pelos governos de Lula e da ex-presidente
Dilma Rousseff (PT) e ainda não é possível saber qual deles será adotada
por ele, no caso de vencer o segundo turno em 30 de outubro.
O primeiro modelo foi adotado no primeiro governo de Lula, no qual
atuou na geração de empregos e redução da pobreza, mas permaneceu atento
à responsabilidade fiscal, de acordo com a avaliação pelo ex-presidente
do Banco Central. Já o segundo foi menos preocupado com as contas
públicas e mais voltado às demandas políticas. O terceiro modelo foi o
do governo Dilma e que levou o país à recessão.
“O plano [de Lula em 2022] foi preparado levando em conta uma visão
similar à do 3º governo do PT, a administração de Dilma Rousseff,
especialmente porque quem desenvolveu esse programa foi um grupo de
economistas que acreditam fortemente no papel do Estado e de empresas
estatais com indutores do desenvolvimento”, afirmou Meirelles, segundo o
Poder 360.
Mesmo assim, ele reforçou que ainda não é possível saber qual é o
caminho que será adotado se Lula for eleito e espera que o primeiro
modelo seja seguido novamente. Segundo Meirelles, apesar da prevalência
de ideias estatizantes, há diferentes correntes econômicas na campanha
petista e também existe a possibilidade de discussão de propostas
divergentes.