Opinião Por Pedro Henrique Alves, especial para a Gazeta do Povo
Felipe D’Ávila, candidato do Partido Novo à presidência nas eleições de 2022| Foto: EFE/Fernando Bizerra
O
Partido Novo é um dos maiores perdedores desta eleição, não pelo número
de cadeiras pura e simplesmente, mas porque analisou de forma
completamente errada o momento político do país e apostou numa isenção
atrapalhada como discurso oficial. Desde quando Amoedo se tornou inimigo
confesso de Bolsonaro, em meados de 2019, aceitando colocar em dúvida
seu liberalismo em troca de aceitação progressista, até a nova liderança
do partido, que resolveu apostar em Felipe D’Ávila como candidato
próprio, houve inúmeros erros de leitura política da atualidade
brasileira pelo referido partido.
Só para contextualizarmos o leitor, o Novo elegeu oito deputados
federais em 2018, a maior bancada do partido liberal, e esperava
aumentar significativamente esse quadro neste ano, fiando-se na ideia de
que as pautas liberais do governo legaria sobras abundantes de
simpatizantes para seus candidatos; que a onda popular do neoliberalismo
brasileiro traria simpatizantes puritanos aos seus portos. Errou feio.
Perdeu cinco cadeiras e praticamente sumiu dos estados da federação, uma
perda de 63% com relação ao pleito de 2018. Grande parte dos liberais
entenderam que, ainda que o presidente não seja um liberal de berço
esplêndido, puro sangue, ainda que seus discursos, muitas vezes, sejam
patéticos e destemperados, ter apostado em D’Ávila em nome de uma
independência abobada, enquanto a esquerda se unia para eleger Lula,
definitivamente não poderia ser uma escolha inteligente — sob nenhuma
perspectiva.
Mas preciso ser sincero, o Partido Novo tem algo que eu realmente
admiro com veemência: a independência política e a coragem de criticar
até mesmo aqueles mais alinhados a eles próprios. Poucas virtudes me
agradam tanto quanto a independência. Foi com tal espírito, por exemplo,
que os líderes do partido retiraram da liderança Amoedo e toda turma
que o sustentava — não raro, sob críticas duras e públicas dos próprios
parlamentares da sigla. Mas a autonomia crítica não deve ser uma crença
fideísta, e entre as poucas virtudes que me agradam mais que a
independência está a inteligência política.
Analisar racionalmente as consequências e as situações políticas
imediatas é um exercício político necessário para os que atuam nesse
meio, ignorar o fato que se apresenta para ficar com a virgindade
ideológica é religião, não política. Ou seja, no ímpeto de serem
independentes, muitos do Novo se tornaram radicais de um puritanismo
partidário. A impressão popular de que somente Bolsonaro teria força
política para combater Lula, e Lula para combater Bolsonaro, se fez fato
no resultado do primeiro turno.
Os 0,47% de votos de D’Ávila são vergonhosos para as pretensões do
partido, ainda mais para os estrategistas da sigla. Sem dúvida, o
partido saiu enfraquecido não só politicamente, mas também moralmente.
Isso porque não há glória em ser independente numa ilha autoconstruída,
assim como não há vislumbre de vitória e honra em 0,47% de votos em um
sistema eleitoral de maioria simples.
Ninguém ficou realmente espantado com a votação pífia de D’Ávila.
Quem, nas vésperas da votação, sinceramente esperava algo diferente? A
realidade polarizada do país, para o bem ou para o mal, não pede licença
para existir, apenas se mostra como ela é. Tentar dobrar a realidade
sob um discurso intransigente de terceira via sempre foi utopia pura
sorvida de um só gole por Tabet, Ciro e D’Ávila. A postura do Novo de se
afastar do presidente Bolsonaro por conta dos seus discursos
atabalhoados, em troca de uma independência completamente insustentável e
politicamente inócua, apesar de não ser condenável, de longe não foi
politicamente inteligente – nem para o partido, nem para seus
candidatos.
A atual agenda liberal do governo é com certeza o que mais se
aproximou de um real liberalismo nacional desde o Segundo Império. Ora,
ao final, o ministério da economia do governo nacional tinha à sua
frente um clássico liberal de Chicago, uma equipe formada por
integrantes genuinamente liberais e até libertários que iam da Escola
Austríaca aos simpatizantes do Novo. As pautas liberais e agendas
reformistas do governo sempre foram claras e atuantes; pode-se reclamar
da forma e dos métodos, mas não da clareza ideológica e das incursões
pró-mercado que Bolsonaro e sua equipe emplacaram nos últimos anos.
Maquiavel mostrou, em ‘O Príncipe’, que a política é feita
majoritariamente na inteligência do player em antecipar acontecimentos e
analisar corretamente possibilidades. Aquele que é capaz de supor
acertadamente as movimentações sociais e políticas com maior
antecedência estará melhor preparado para julgar a fortuna que
disputará.
A política propõe cenários pragmáticos nos quais a independência pode
rapidamente se tornar sinal de fraqueza, não rara a abnegação de
princípios se torna teimosia egocêntrica, levando o casto valoroso a
destruir a ideia cultuada porque não quer imaginar que mãos impuras
possam tocar e dividir seu baú de valores. Saber regular seus princípios
ao “o que se tem para hoje” é a genialidade dos grandes desse meio.
Se Thatcher tivesse aguardado os reais conservadores apoiá-la, não
teria saído dos subúrbios políticos de seu partido; se Reagan aguardasse
que os liberais americanos dessem a mão para ele, teria sido mais
sensato voltar para suas atuações em Hollywood. Para um puritano liberal
ou conservador, nunca haverá um candidato à altura de sua espera, a não
ser ele próprio ou alguém de sua casta.
A atual necessidade do pacto liberal-conservador é evidente até para
os mais ingênuos dos liberais, e não falo que é evidente agora, é
evidente pelo menos desde quando Lula se apresentou como candidato da
esquerda. Com certeza a falta dessa leitura política foi o grande revés
do partido Novo. Bolsonaro e Lula não estão no mesmo pacote moral, o que
muitos afiliados da sigla liberal frisaram constantemente em suas
campanhas, trata-se de uma mentira factual levada a cabo por muitos com
uma espécie de religiosismo político próprio.
Os erros e excessos de Bolsonaro não chegam nem perto da postura,
projetos e consequências de um Lula no poder; se colocados em
perspectiva, torna-se risível fazer tal comparação. No entanto, Felipe
D’Ávila, após a votação do dia 2, já sinalizou mais uma vez neutralidade
entre Lula e Bolsonaro, e o partido resolveu não apoiar formalmente a
candidatura do presidente à reeleição, porém liberou sua bancada para
apoiar quem eles queiram. Por outra via, Romeu Zema, Marcel van Hattem e
Paulo Ganime, além de outros deputados estaduais e vereadores da sigla,
já sinalizaram apoio a Bolsonaro.
O silêncio reiterado de muitos líderes liberais só reforça ainda mais
o amadorismo que até agora pautou as decisões do partido Novo, tornando
a sigla um partido quase irrelevante no Legislativo nacional pelos
próximos quatro anos. Como liberal que sou, amaria ver um presidente com
tais valores governar a nação, falo isso com total sinceridade. Mas os
pés no chão e o pragmatismo da sensatez me impedem de alimentar de
ilusões. A realidade que agora toca a campainha de nossos lares é apenas
uma: Ou Lula, ou Bolsonaro.
E não, caros liberais, neste momento, não há como ficar “neutro”, tal
“independência” não passa de fraqueza moral, afinal, não decidir –
nessa situação – já é uma forma de decisão. Como a história ratifica,
nos momentos difíceis, os neutros costumam cair no ostracismo político,
no esquecimento, na pequenez.
Quem hoje se lembra com orgulho do pacifista Neville Chamberlain, que
tentou dialogar com Hitler e quase derrubou a Europa toda com sua
“neutralidade” gourmet? Quantos hoje admiram e aplaudem a memória de
Richard Nixon por ter adulado e aprovado Mao Tsé Tung em troca de uma
diplomacia tola?
A isenção sofisticada desses liberais e a neutralidade pseudovirtuosa
da Faria Lima, em tempos de bruma autoritária, onde o socialismo deixou
de ser uma ameaça para se tornar iminente, são muito bizarras de serem
contempladas. Já dizia Ayn Rand: “Você pode ignorar a realidade, mas não
pode ignorar as consequências de ignorar a realidade”. Você pode não
votar em Bolsonaro, mas não poderá ignorar as consequências de um Lula
eleito.
Dia 15 de setembro foi comemorado o Dia do Cliente. Diferente do
consumidor, que não baseia sua decisão de compra com nenhum vínculo
anterior, o cliente busca pelas marcas com as quais já teve uma
experiência positiva e foi bem atendido.
A frase “o cliente tem sempre razão” foi modernizada para: “o cliente está no centro das tomadas de decisões”.
Rodrigo Maruxo, diretor da MRX Consultoria especializada em
estratégias de ecommerce, explica que a visão de customer centricity é,
basicamente, colocar o consumidor final como centro em suas tomadas de
decisão.
“Por mais óbvio que pareça, não colocar a necessidade do cliente no
centro das suas decisões pode demandar muitos ajustes futuros no seu
projeto. Por isso, é fundamental observar todos os pontos de contato com
cliente, como: televendas; representantes comerciais; site
institucional; o próprio e-commerce da empresa; e o autosserviço. Quando
pensamos em cutomer centricity é importante ter em mente que seu
projeto responda a seguinte questão “como meus clientes desejam ser
atendidos em cada um destes canais? Afinal, ao aplicar o modelo D2C
(Direct to Consumer), não se trata apenas sobre como você quer atender o
mercado com seu produto e/ou serviço. Mas também se trata,
principalmente, sobre como o cliente deseja ser atendido para a
experiência do cliente ser mais promissora e positiva. Além disso,
haverá maior aderência da base consumidora, curvas de aprendizado
reduzidos e chances de sucesso potencializadas”, explica Rodrigo Maruxo,
sócio-fundador da MRX Consultoria.
É preciso focar o planejamento estratégico no cliente. Desde o
primeiro contato com o consumidor em potencial, passando pelas diversas
etapas da jornada de venda, até mesmo no pós-venda, é preciso focar no
cliente. “Isso porque, toda estratégia de customer centricity são
pensadas de uma forma que o cliente se sinta à vontade com a sua empresa
do primeiro ao último momento. É importante fazer um estudo detalhado
sobre o comportamento do potencial cliente, observando coisas como:
preferências, desejos, objetivos e dificuldades”, complementa Maruxo.
E pensar no customer centricity como foco da estratégia é importante
não apenas para melhorar ações presentes, mas também a projeção de ações
futuras da empresa. Afinal, é o cliente que dita o que será consumido,
se o resultado vai ser lucrativo.
Cinco dicas para começar a pensar estratégias com foco em customer centricity?
1 – Mudança de pensamento – Para criar uma cultura
que, de fato, valorize o cliente, é preciso que a empresa comece a ter
seu pensamento nesse foco. Dessa forma, nas reuniões, nos planejamentos,
nas ações etc o cliente deve ganhar destaque e ser tratado como parte
fundamental.
2 – Conheça e entenda seu cliente – Para que
estratégias de customer centricity sejam bem-sucedidas é primordial que
sua empresa conheça a fundo seus potenciais consumidores. Tudo isso é
possível por meio de pesquisas e também com a ajuda de CRM (Customer
Relationship Managemente ou em tradução: Gestão de Relacionamento com o
Cliente).
3 – Saiba utilizar os canais de relacionamento –
Hoje em dia, os canais de atendimento são os mais variados possíveis,
são muitas opções. No entanto, além de usar esses canais, é preciso
saber usá-los e fazer com que todos tenham um padrão, o mesmo tom, a
mesma qualidade de atendimento.
4 – Acompanhe o desempenho da sua estratégia – De
nada adianta fazer todo um planejamento de customer centricity se sua
equipe não acompanha os resultados, o desempenho do trabalho. É
fundamental que tudo isso seja visto de perto.
5 – Utilize os feedbacks da melhor forma – Os
feedbacks, junto com o acompanhamento do desempenho da sua estratégia,
são fundamentais para que estratégias futuras sejam cada vez mais
assertivas com o seu consumidor ideal.
Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda,
empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de
reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.
São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os
negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.
Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento
das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de
consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas
possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os
negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e
se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade,
personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e
serviços.
Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do
comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios
passa pelo digital.
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região capaz de alavancar as suas vendas.
Investing.com – O resultado do primeiro turno da eleição presidencial
foi surpreendente. Se a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva foi confirmada, de acordo com as pesquisas, não se pode dizer o
mesmo para a performance do atual presidente e candidato à reeleição
Jair Bolsonaro (PL).
Lula teve 48,2% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro conquistou
43,4%, 4 pontos percentuais acima do compilado médio dos institutos de
pesquisas. Foi o placar mais apertado de primeiro turno desde a eleição
de 1989.
Contribuíram para o ótimo desempenho do presidente a votação melhor
do que esperada em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. “A eleição
está aberta”, diz Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente
Corretora.
Segundo pesquisa da Warren Insights, 54,8% dos investidores avaliam o
resultado do pleito como melhor do que o esperado, enquanto 30,8% em
linha e 14,4% como pior do que o esperado.
O que pode decidir a eleição?
Na avaliação do Goldman Sachs (NYSE:GS), em relatório assinado pelo
economista Alberto Ramos, a expectativa é de uma disputa muito
polarizada e competitiva. “Esperamos que as próximas pesquisas venham
com uma diferença entre Lula e Bolsonaro abaixo de 8 a 10 pontos
percentuais em relação a levantamentos antes do primeiro turno”, avalia o
economista.
O relatório elenca fatores que podem ser decisivos para a vitória de um dos candidatos, entre os quais são:
Campanha eficiente e focalizada;
Conexão com eleitores;
Diálogo com os 20,9% dos eleitores que se abstiveram no primeiro turno;
Pedido de voto corpo a corpo no dia da eleição.
Ramos também sugere aos investidores monitorar declarações de apoio
público formal ou informal dos principais candidatos derrotados a Lula
ou Bolsonaro. “Pesquisas sugerem que a maioria dos eleitores de Ciro
Gomes (PDT) estão inclinados a votar em Lula, embora a maioria dos
apoiadores de Ciro já tenha migrado para Lula no primeiro turno”,
projeta Ramos.
“Enquanto os apoiadores de Simone Tebet deve ser divididos [entre Lula e Bolsonaro]”, completa.
As hipóteses para explicar os votos de Bolsonaro que as pesquisas não previram
BBC News
A votação acima do previsto pelos institutos de pesquisas do
presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros candidatos associados ao
bolsonarismo gerou surpresa e debates.
Na véspera do primeiro turno, as pesquisas Datafolha e Ipec mostravam
uma vantagem de cerca de 14 pontos percentuais de Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) sobre Bolsonaro.
O Datafolha estimou em 36% o número de votos válidos de Bolsonaro, e o
Ipec, em 37%, o que daria, em uma conta simples, em torno de 42 milhões
dos 118,2 milhões de votos válidos computados no último domingo (2/10)
pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Mas o atual presidente teve, na realidade, 51 milhões de votos
válidos, ou seja, 43,2%, acima da margem de erro das pesquisas, de dois
pontos percentuais.
No rescaldo do primeiro turno, especialistas levantam hipóteses que –
isoladamente ou em conjunto – podem ajudar a explicar as discrepâncias.
Ao mesmo tempo, representantes dos institutos de pesquisa dizem que
as sondagens captam o momento e não são uma previsão de futuro.
Censo defasado
Retrato mais fiel da composição da população brasileira, o Censo está
desatualizado: os dados consolidados mais recentes são de 2010. A
coleta de dados atualizados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística) deveria ter acontecido em 2020, mas foi adiada duas
vezes – por conta da pandemia e por falta de verbas – e só começou em
agosto de 2022.
E qual o impacto eleitoral disso? É que os institutos conduzem suas
pesquisas de opinião com base em amostras de recortes da população – de
renda, idade, classe social ou religião, por exemplo.
Se essas amostras estatísticas forem embasadas em conjuntos
populacionais desatualizados, isso pode impactar o resultado das
pesquisas eleitorais, segundo estatísticos.
Os institutos de pesquisa, é claro, têm ciência das limitações
impostas pelo Censo e usam dados adicionais para calibrar suas
amostragens – como os da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (Pnad)
ou do Tribunal Superior Eleitoral.
Mesmo assim, analistas veem a possibilidade de certos grupos
teoricamente mais alinhados a Bolsonaro estarem subestimados. Os
evangélicos, por exemplo, eram 22% no Censo de 2010, mas pesquisas do
Datafolha já sinalizavam que esse público havia subido para 31% da
população em 2019.
Mobilização entre evangélicos
A campanha entre o eleitorado evangélico na reta final, por sinal,
pode ter feito diferença em favor de Bolsonaro, avaliou a brasilianista
Amy Erica Smith, da Universidade Estadual de Iowa.
“É possível que a campanha dentro das igrejas ou nas redes sociais
direcionada aos fiéis evangélicos tenha tido um papel relevante nos
resultados”, disse à BBC News Brasil a professora, que é autora do livro Religion and Brazilian Democracy: Mobilizing the People of God (Religião e Democracia Brasileira: Mobilizando o Povo de Deus, em tradução literal).
Ela agregou que é comum que nos dias que antecedem o pleito ou no
próprio domingo de votação, líderes religiosos defendam candidatos em
sermões ou redes sociais.
“Com isso, pode haver mudanças de última hora em favor do candidato
apoiado pelas igrejas”, disse. “Alguns chamam isso de clientelismo, mas
não é bem por aí, porque não há necessariamente compra de votos. O que
acontece é que muitas pessoas ainda estão indecisas e acabam tomando a
decisão no último dia, influenciadas pelas igrejas”.
Outra possibilidade para esse grupo não ter sido plenamente captado
pelos institutos de opinião é que “Bolsonaro em vários momentos pregou
certa desconfiança em relação às pesquisas. Isso pode ter feito com que
alguns de seus eleitores não respondessem aos questionários e
pesquisadores”, avalia Smith.
“As pessoas estão mais informadas em relação ao perigo das fake news
do que estavam em 2018, quando muitos foram pegos de surpresa. Mas
certamente esse tipo de desinformação com fundo religioso terá grande
impacto no resultado”, disse à BBC News Brasil, antes das eleições,
Magali Cunha, pesquisadora do Instituto de Estudos da Religião (Iser) e
editora-geral do Coletivo Bereia, especializado em checagem de notícias
falsas com teor religioso.
‘Voto envergonhado’
Um fenômeno ainda a ser plenamente compreendido nestas eleições é o do chamado “voto envergonhado” ou
“amedrontado” – ou seja, de eleitores que deixariam de expressar sua
preferência às sondagens eleitorais por “vergonha” ou “medo”.
Esse fenômeno se baseia em uma teoria de comunicação de massa
conhecida como “espiral do silêncio”, segundo a qual o indivíduo tende a
omitir sua opinião quando ela contraria a opinião dominante, por medo
de isolamento social.
Nos meses anteriores à votação, o cientista político Antonio
Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe (Instituto de
Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), levantou a hipótese de haver
voto envergonhado em Bolsonaro entre camadas do eleitorado em que Luiz
Inácio Lula da Silva se manteve majoritário, por exemplo nas camadas de
baixa renda e escolaridade.
Lavareda disse na ocasião que discrepâncias entre resultados de
pesquisas de intenção de voto presenciais (quando as pessoas podem se
sentir mais inibidas a falar diante de pessoas conhecidas) e por
telefone poderiam sugerir uma subnotificação de votos bolsonaristas.
O cientista político Felipe Nunes, do instituto de pesquisas Quaest,
disse que, na verdade, seus levantamentos haviam identificado o
contrário: um possível voto envergonhado em Lula, explicável pelo medo
de sofrer violência ou por ser associado aos escândalos de corrupção
atribuídos ao PT.
Outros institutos de pesquisa, como Ipec e Datafolha, disseram não
ter identificado evidências de subnotificação, mas já adiantavam que só
depois das eleições seria possível ter certeza se a “espiral do
silêncio” de fato aconteceria ou não.
Voto útil cirista?
Outro fator que vai ser debatido na campanha do segundo turno é o
destino dos votos dos candidatos atrás de Bolsonaro e Lula nas
pesquisas, em especial Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT).
A campanha de Ciro, em particular, desidratou na reta final do
primeiro turno. O candidato, que se apresentava como a principal
alternativa para a polarização no país, acabou com 3,5% dos votos
válidos (3 pontos percentuais a menos do que nas pesquisas), atrás de
Tebet, com 6,34%.
Houve muito esforço da militância petista para tentar migrar votos de
Ciro para Lula ainda no primeiro turno. Na avaliação de Felipe Nunes,
do Quaest, porém, tudo indica que Bolsonaro é quem se beneficiou dessa
desidratação cirista ainda no primeiro turno. “O voto útil que a gente
observou na reta final do (eleitor do) Ciro foi todo na direção de
Bolsonaro”, disse ele em entrevista ao UOL.
O outro lado dessa equação, porém, é que, caso esse movimento a favor
de Bolsonaro já tenha de fato acontecido, o saldo restante de votos em
Ciro provavelmente tem mais chances de migrar para Lula no segundo
turno, na avaliação de Nunes.
Mas, para o analista Bruno Carazza, autor de Dinheiro, Eleições e Poder: as engrenagens do sistema político brasileiro,
ainda é cedo para cravar para onde foram os votos de Ciro, uma vez que
Lula pode ter herdado parte desses votos no primeiro turno.
Engajamento em Estados antipetistas
Um dos destaques do primeiro turno foi a votação expressiva do
ex-ministro bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) a governador
em São Paulo. Ele estava em segundo lugar nas pesquisas de opinião, mas
acabou com mais votos válidos (42,3% a 35,7%) do que Fernando Haddad
(PT), com quem vai disputar o segundo turno.
Uma possibilidade é que Tarcísio tenha recebido voto útil de parte dos eleitores do atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB).
Mas seu desempenho sinaliza algo também para a disputa nacional: que
Bolsonaro e aliados se beneficiaram ainda mais do que o previsto do
sentimento antipetista em Estados onde Lula mantém alta rejeição, como
nos da região Sudeste, que abriga o maior colégio eleitoral do país.
Em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, Bolsonaro ganhou com
folga de Lula no primeiro turno – à frente por cerca de 7, 10 e 12
pontos percentuais, respectivamente.
Nessa região, Lula só venceu em Minas Gerais (por 5 pontos
percentuais), apesar de as pesquisas de opinião terem previsto uma
vantagem de Lula no Sudeste – o Datafolha previa vantagem de 8 pontos
percentuais do candidato petista na região.
De modo geral, o interior do país – tanto do Sudeste quanto do Sul e
do Centro-Oeste – tem sido negligenciado por acadêmicos, analistas e
imprensa, avalia Carazza.
Dessa forma, deixa-se de compreender um conjunto de valores e anseios
diferentes dos que predominam nos grandes centros urbanos, bem como
como de representá-los corretamente do ponto de vista estatístico,
aponta o analista.
“E o Bolsonaro se comunica muito bem nessa região, algo que ficou
explícito na votação (expressiva de aliados do presidente) para Câmara e
Senado”.
Na Câmara, por exemplo, o PL, partido de Bolsonaro, terá a maior bancada.
Alta abstenção
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontou que a abstenção no último
domingo foi de 20,9%, ou seja, 32 milhões de brasileiros aptos a votar
não compareceram às urnas.
É uma porcentagem parecida à de 2018 (de 20,3%), mas ainda assim a maior das últimas duas décadas em pleitos presidenciais.
Outro tema que tem despertado debates é quanto a se os institutos de
pesquisa estão conseguindo captar com precisão a opinião de determinados
públicos, como o conservador.
“Não é uma surpresa que teremos segundo turno, mas é uma surpresa que
será um segundo turno competitivo”, disse à BBC News Brasil o
brasilianista Brian Winter.
“Está claro que o Brasil, assim como os Estados Unidos, tem um
eleitor conservador que não aparece de forma adequada nas pesquisas.
Como na Itália, Suécia, Estados Unidos e Reino Unido, há uma população
conservadora muito energizada que a mídia e outros consistentemente
subestimam.”
Nos EUA, em 2020, lembra ele, as pesquisas eleitorais davam ao
democrata Joe Biden uma vantagem muito mais ampla sobre Donald Trump do
que mostrou o resultado nas urnas.
“Essa sensação de sentar em frente à TV, observar a divulgação de
resultados e ficar surpreso com o número de votos conservadores é um
déjà vu que passamos dez vezes ao longo dos últimos seis anos, desde a
eleição de Trump [em 2016]”, diz Winter.
Ele ressalta que os próprios conservadores podem ser mais reativos a
dar entrevistas aos institutos de pesquisa, porque muitos acham que o
sistema está contra eles.
Agora, é preciso entender o quanto esse fenômeno pode estar se
repetindo entre o público conservador no Brasil, avalia Bruno Carazza.
Felipe Nunes, do Quaest, rebateu as críticas às pesquisas de opinião.
“A gente passou a campanha inteira dizendo que pesquisa não é
prognóstico (do que vai acontecer), é diagnóstico, (mas) chega a
eleição, as pessoas esquecem disso e cobram das pesquisas algo que elas
são incapazes de fazer, que é adivinhar o que o eleitor vai fazer”,
disse ele em entrevista ao UOL nesta segunda-feira.
O papel da pesquisa, agregou ele, é “nos ajudar a entender os
movimentos que estão por vir”, disse ele, destacando que a votação de
Lula esteve dentro da margem de erro prevista pelas pesquisas e que a de
Bolsonaro pode ter se beneficiado de movimentos como o voto cirista.
Na semana anterior à votação, Luciana Chong, diretora do Datafolha,
disse também ao UOL que a serventia da pesquisa eleitoral é “trazer
várias fotografias” dos momentos que antecedem a eleição.
Com reportagem de Paula Adamo Idoeta, Luis Barrucho, Julia Braun e Thais Carrança, da BBC News Brasil em Londres e São Paulo
– Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-6311639
As duas casas do Congresso terão mais parlamentares conservadores na próxima legislatura.| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Um
Congresso mais conservador emergiu das urnas neste domingo (2). Na
Câmara, partidos que costumam apoiar o governo do presidente Jair
Bolsonaro – PL (99), União Brasil (59), PP (47), Republicanos (41), PSC
(6), Patriota (4), Novo (3) e PTB (1) – elegeram 260 deputados (50,6%
entre os 513) o que, em tese, garante maioria suficiente para aprovar
projetos de lei comuns.
Já no Senado, uma coalizão semelhante – composta por PL (14), União
(11), PP (6), Republicanos (3), PSC (1), e eventualmente ou em parte,
Podemos (6) e PSDB (4) – daria a um eventual novo governo Bolsonaro 45
votos (55,5%), também suficiente para aprovar propostas ordinárias e
abrir processos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF).
Obviamente, o tamanho do apoio em cada Casa pode variar, para mais ou
para menos, a depender da proposição que estiver em análise, dos
interesses de bancadas estaduais ou temáticas, e também da capacidade de
articulação da ala política do governo para negociar apoio e satisfazer
demandas por cargos, verbas e influência desses parlamentares.
Ao lado disso, partidos que se comportam de maneira mais independente
– às vezes a favor do governo, outras de forma contrária – alcançaram
tamanho médio. Somados, MDB (42), PSD (42), PSDB (13), Podemos (12),
Avante (7), Cidadania (5), Solidariedade (4) e Pros (3) perfazem 128
deputados (25% do total). No Senado, esses partidos – PSD (11), MDB
(10), Pros (1), Cidadania (1) – alcançaram peso semelhante, com 23
senadores (28%).
Assim como deputados do Centrão, vários deputados desse segundo grupo
podem votar com o governo, seja ele de Bolsonaro ou mesmo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Já a esquerda, no Congresso como um todo, saiu minoritária. Na
Câmara, PT (68), PDT (17), PSB (14), Psol (12), PCdoB (6), PV (6) e Rede
(2) somam 125 deputados (24%). No Senado, PT (9), PDT (3) e PSB (1) têm
juntos 13 representantes (16% do total).
Para entender como essa nova composição, mais à direita, afeta
Bolsonaro ou Lula, a Gazeta do Povo ouviu um analista político e quatro
políticos conservadores, sendo dois deputados federais reeleitos e dois
novatos na Câmara.
Para o professor de ciência política do Ibmec de Minas Gerais Adriano
Gianturco, a nova cara do Congresso indica um movimento maior à direita
na sociedade – segundo ele, de crescimento orgânico de baixo para cima,
e que ultrapassa o chamado “bolsonarismo”, de apoio irrestrito e
personalista ao atual presidente –, e que está amadurecendo. Isso
favorece um apoio maior no Legislativo à agenda de Bolsonaro, num
eventual segundo mandato, mas não dispensa a articulação com o Centrão.
“Se o vitorioso for Bolsonaro, vai ser mais fácil governar, do que
com o Congresso atual. Poderia até ter quórum para abrir um impeachment
de ministro do STF. Não terá maioria, terá que compor com o Centrão. Se
for Lula, vai ser mais difícil para ele. É possível que seu novo governo
se assemelhe mais à gestão Dilma que seus dois primeiros mandatos.
Claro que Lula é mais esperto que Dilma. Já governou duas vezes e sabe
fazer política melhor. Mas os números não estão ao lado dele. Pode
ocorrer um ‘ganhou, mas não levou’”, diz o professor.
O que conservadores esperam de um novo governo Bolsonaro Uma das
maiores aliadas de Bolsonaro na Câmara e reeleita com a maior votação no
Distrito Federal, a deputada federal Bia Kicis diz que, com um
Congresso mais à direita, Bolsonaro poderá até mesmo alcançar 300 votos
na Casa. As prioridades do novo governo, segundo ela, devem ser
“reformas que impactam diretamente na vida das pessoas: liberdade
econômica, desburocratização, redução da carga tributária, reforma
tributária, valorização da família, da mulher, segurança pública e
legítima defesa.”
Independentemente do governo, ela diz que a bancada conservadora deve
focar em reforma política e reforma do Judiciário, o que inclui mudar a
forma de composição e manutenção dos ministros do STF – há várias
propostas em discussão nessa área, que incluem aumentar o número de
ministros, o que poderia dar maioria de indicados por Bolsonaro na
Corte, a redução da idade de aposentadoria compulsória ou mesmo fixação
de mandatos.
O avanço da agenda reformista, em caso de reeleição de Bolsonaro, é
também defendido pelo deputado Pastor Marco Feliciano (PL-SP), outro
aliado histórico do presidente e reeleito. “Acredito que o presidente
Jair Bolsonaro irá focar esforços nas reformas tributária e
administrativas que estão pendentes”, disse. Em relação às prioridades
dos conservadores no próprio Legislativo, ele destaca temas que
interessam à bancada evangélica, a qual integra. “Lutaremos para manter a
liberdade de culto, independência da Igreja perante o Estado, e aprovar
no Congresso projetos sociais que visem recuperar drogados para o
convívio, como já vem sendo feita pelas comunidades terapêuticas
mantidas por entidades religiosas a baixo custo.”
Eleito deputado federal, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo
Salles (PL-SP) diz que, num segundo mandato de Bolsonaro, a prioridade
número um no Congresso deve ser aprovação das reformas administrativa e
tributária. “E fazer isso logo no primeiro semestre, que são quando as
coisas se viabilizam. Depois vai ficando cada vez mais difícil. São duas
reformas que precisam ser feitas imediatamente.”
“Por outro lado, o Congresso deve se mobilizar, com essa frente
conservadora que tem uma visão mais liberal na economia, para fazer o
máximo de privatizações possível. O Brasil não aguenta mais estatais, e
isso inclui Petrobras, Correios, toda as estatais, sem exceção,
inclusive bancos públicos. Eu sou favorável que a gente faça
privatização de absolutamente tudo.”
Questionado sobre uma eventual oposição do Centrão a uma agenda muito
liberal, Salles diz que caberá ao governo montar uma equipe de
articulação política habilidosa. “Pressupõe que o governo tenha nos
órgãos ligados a isso, que são a Secretaria de Governo e a Casa Civil
pessoas que tenham justamente essa habilidade, esse conhecimento da
máquina pública e do ambiente do Congresso. Enfim, pessoas que sejam
afeitas ao setor político”. Para Gianturco, a chance de aprovação das
reformas depende da conjuntura econômica. “Depende mais de questões
pragmáticas que ideológicas. Se a economia andar bem, será mais fácil,
se economia andar mal, fica mais complicado.”
Que papel um Congresso mais conservador teria num eventual governo Lula Kicis,
Feliciano e Salles estão confiantes que Bolsonaro vai ganhar de Lula no
segundo turno. Mas, e se o petista vencer e passar a chefiar o
Executivo, qual será o papel da bancada conservadora? Para Bia Kicis,
será de “resistência e contenção de danos”.
É o que também prevê Feliciano. “Cerrar fileiras para impedir que
sejam propostas mudanças nas pautas dos costumes, que sejam conflitantes
com nossos valores judaico-cristãos, a favor da família tradicional,
contra a famigerada ideologia de gênero, contra a descriminalização das
drogas, contra a legalização do aborto fora do que já é previsto em
lei”.
Salles diz que o grupo conservador que agora chegará à Câmara é mais
maduro que aquele eleito pela primeira vez em 2018, no embalo da vitória
de Bolsonaro. Segundo ele, os deputados eleitos de direita têm mais
“consistência” no conteúdo, são mais preparados para debater e
confrontar ideias ruins que venham de um eventual governo Lula.
“Você tem mais condições de demonstrar – mesmo que seja para um grupo
fisiológico de centro que complemente o apoio à esquerda – que aquelas
matérias são indesejáveis ou inviáveis, no todo ou em parte. Nem tudo é
para rechaçar completamente, tem que considerar que há temas que
comportam aprimoramento. Esse é um papel do grupo que foi eleito agora.”
Ele também considera que a nova direita na Câmara tem capacidade de
mobilizar a opinião pública. “Manter a sociedade atenta, informada,
mobilizada, em prol das boas políticas públicas é de fundamental
importância para barrar um governo de esquerda, que vai propor coisa
ruim”, diz Salles.
Eleito o deputado federal mais votado do país nestas eleições, com
1,49 milhão de votos, o vereador Nikolas Ferreira (PL-MG) concorda com o
ex-ministro. “Agora tem mais vozes para poder ecoar no nosso país o
conservadorismo, muito mais soldados para enfrentar o avanço da
esquerda, com as pautas de aborto, legalização das drogas, ideologia de
gênero”.
Ele prevê que, mesmo com Bolsonaro eleito, a esquerda tentará avançar
nessas pautas e que cabe à bancada conservadora impedir. “Eu tenho
certeza que a esquerda vai tentar ressuscitar algo nos mesmos moldes do
PLC 122, com relação ao ativismo LGBT no Plano Nacional de Educação, no
material escolar. Vão tentar impedir de qualquer jeito o homeschooling.
Acredito que conservadores não somente propõem bons projetos, mas também
travam os péssimos.”
Quanto ao ativismo judicial do STF, Salles e Nikolas demonstram
cautela. Para o ex-ministro do Meio Ambiente, o perfil mais maduro dos
parlamentares conservadores fará com que eles defendam melhor suas
prerrogativas – como a imunidade parlamentar. “Tem pessoas mais
preparadas, com mais bagagem, traz mais senioridade. Isso traz
consequentemente mais poder de atuação para defender as prerrogativas
parlamentares, em ambas as casas”.
Já Nikolas entende que não é possível mudar o Judiciário no curto
prazo. “A gente tem que ir na origem, de onde são formados os ministros,
ou seja, universidade. Então, não é uma corrida de 100 metros, é uma
maratona. A gente tem que levantar novos juristas, pessoas que vão
ocupar esse espaço. Mas, no âmbito do Congresso Nacional, a gente tem
que jogar nas quatro linhas da Constituição. E confesso: é realmente
difícil o que a Câmara pode fazer em relação aos mandos e desmandos do
STF. Essa missão aí, eu acredito que esteja agora nas mãos do Senado.”
ACM Neto (União Brasil) em debate da Tv Globo.| Foto: Reprodução/TV Globo
Quando
o assunto é o Nordeste, a direita de hoje parece os comunistas
d’antanho. Certa feita um professor de filosofia de meia idade me contou
o desgosto que era apurar as urnas da Bahia em sua juventude: estava
tudo muito bem na capital, com o MDB lá na frente, até começarem a
chegar as urnas do interior. Tudo ARENA. Para o nordestino da capital,
“o interior” soa mais ou menos como “o Nordeste”: lá é que pode pôr tudo
a perder, por causa do povo ignorante.
Ao menos o nordestino litorâneo tinha na ponta da língua a razão da
discrepância entre o voto do interior e o da capital: os coronéis. Só
agora é que a esquerda local resolveu que ser um camponês bêbado do
interior dá muita consciência social. E o que é pior: a direita urbana
do Sudeste acreditou. É como se pé rapado do interior tivesse ideologia,
e não votasse em quem o coronel manda. Abrir as redes sociais, hoje,
deu uma tremenda vergonha alheia.
Vou deixar de lado os outros estados em que há coisas interessantes
acontecendo – tais como a queda do clã Ferreira Gomes no Ceará, a briga
de primos em Pernambuco e a candidatura bolsonarista impugnada em
Sergipe – e focar no meu estado, que por acaso é o mais populoso do
Nordeste.
Racha nos coronéis ocorrido no petismo
Como eu já expliquei em detalhe aqui, a Bahia é governista. Durante o
regime militar, a Bahia votava na ARENA. É tão governista, mas tão
governista, que não tem nenhum equivalente de Arraes; aqui, a disputa
pelo poder estadual se dava entre o arenista ACM e o arenista Roberto
Santos, reitor da UFBA, ambos médicos de formação.
ACM, casado com a filha de um coronel do cacau, acabou ganhando a
disputa. Nasceu assim o carlismo. Na Nova República, o carlismo vicejou
com base numa tríade: a aliança capilarizada com os coronéis interior
adentro, uma nova escola de propaganda e as obras públicas. Todas as
eleições estaduais da Bahia na Nova República foram decididas em
primeiro turno, exceto a de 1994, quando o primeiro sucessor de ACM fez
quase 50% no primeiro turno. Em 2002, ano da eleição de Lula, o
candidato carlista ganhou no primeiro turno, derrotando Jaques Wagner. O
esquerdismo era uma afetação urbana; os grotões eram carlistas.
No entanto, a concertação entre empreiteiras e marketing, a partir de
2002, foi imitada em plano nacional. Marketing baiano e empreiteiras
baianas deram o tom do cenário nacional. Assim, em 2006, pela primeira
vez, o PT ganhou a eleição para o governo na Bahia. E não só ganhou,
como levou de primeiro turno. Isso só podia significar uma coisa: algo
se alterou na rede de coronéis. De fato, nomes tradicionais do carlismo
migraram para a base aliada do PT. O mais famoso deles é Otto Alencar
(PSD), que já foi governador carlista da Bahia no ano de 2002,
completando o mandato do também carlista César Borges. Desde então, a
Bahia se dividia entre o interior petista e os centros urbanos (Salvador
e Feira de Santana) carlistas.
Forças incertas em 2022 Se tudo corresse como previsto pelos
institutos de pesquisa, Otto Alencar provavelmente teria se candidatado
ao governo do estado. Ele era cotado para ser o sucessor de Rui Costa,
mas se recusou e preferiu concorrer à reeleição no senado na chapa do
PT. O vice-governador de Rui Costa, João Leão, ia concorrer ao Senado
como aliado de ACM Neto, mas desistiu e pôs o filho Cacá no lugar. Ao
meu ver, essa movimentação se deu em função da incerteza do cenário
nacional. Se Lula fosse certo, Otto seria governador e João Leão (o
cacique do PP local) continuaria na base do petismo. ACM Neto é o nome
adequado para um cenário de incertezas. O PT colocou um ilustre
desconhecido para concorrer – o tal do Jerônimo – e por isso o candidato
não tem nada a perder.
De fato, pela primeira vez o petismo vai ao segundo turno numa
eleição estadual da Bahia. O ilustre desconhecido ficou com quase 50%;
depois, veio ACM Neto, pouco mais de 40%, e por fim, dentre os
candidatos significativos, veio João Roma, com quase 10% dos votos. Otto
teve 55% dos votos. Ele só não é governador porque não quer. João Roma é
outro coronel ex-carlista, mas de geração mais nova. Ele rompeu com ACM
Neto e aderiu a Bolsonaro. Assim, num cálculo rude, dá 50% para o PT
(puxado por Otto), 40% para ACM e 10% para Bolsonaro. Está dividido e
imprevisível. Continua certo, porém, que o coronelismo vai bem,
obrigado. O deputado federal mais votado foi Otto Filho, filho de Otto
Alencar. Foram eleitos com boa votação o filho de Angelo Coronel (um
coronel aliado de Otto, também ex-carlista) e a mulher de João Roma.
Centros urbanos
Na Bahia, Salvador e Feira de Santana costumam votar contra a Bahia
rural. Ainda assim, Lula venceu em ambos os municípios. A oposição dos
núcleos urbanos ao interior rural se manteve somente no âmbito estadual:
em ambos os municípios, ACM Neto ganharia no primeiro turno. Resta
concluir que os centros urbanos votaram Lula e ACM, do mesmo jeito que
em 2002. 2002 também era um ano de incertezas, e a Bahia soube colocar o
carlismo como um colchão entre a velha ordem tucana (que não dava bola
para o Nordeste) e o petismo em ascensão (com sua fome de poder mirando o
Nordeste).
Fui votar numa seção que concentra a elite antiga da cidade. Os
carrões dos eleitores traziam plotagens de políticos no fundo. Nenhuma
de Lula, nenhuma de Bolsonaro. As plotagens traziam ACM, de João Leão e
de Otto Alencar.
Isso só pode significar uma coisa: Bolsonaro não está fazendo
política direito no Nordeste. O Nordeste é como o Centrão. Ninguém o
acha bonito, mas todo político de grande porte tem que se virar com ele.
Não adianta bancar o incorruptível, o limpinho, e perder as eleições
depois. O que os coronéis sempre pedem é uma obra para chamar de sua
perante o eleitorado. Com obras, as regiões ganham infraestrutura e
empregos provisórios, e o coronel, sendo considerado o “puxador” dos
investimentos, ganha votos. Não há ideologia nisso e o eleitor não está
nem aí para o que dizem os jornais.
Poderia ser pior para Bolsonaro
O Nordeste não liga para a opinião pública. Na época da ditadura,
isso era bom. Os comunistas podiam espernear à vontade na imprensa, que o
Nordeste não estava nem aí. Na Nova República, a imprensa tucana
esperneava contra Lula, e o Nordeste não estava nem aí. Certo ele, já
que FHC deixou, talvez, a maioria da população do Nordeste sem energia
elétrica, situação que viria a mudar só com o Luz para Todos de Lula.
Agora, sob Bolsonaro, a imprensa vive dizendo que Bolsonaro é o demônio.
É óbvio que o Nordeste não passou a ouvir a beautiful people de uma
hora pra outra. O problema é arranjo político.
Poderia ser pior. A capital de São Paulo deu maioria lulista, e seu
deputado federal mais votado foi Boulos. Quais as chances de reverter os
votos do eleitor urbano afetado, que escolhe sub-intelectual do PSOL?
Por outro lado, um acordo com coronéis tem o potencial de mudar os rumos
da eleição silenciosamente – do mesmo jeito que foi silenciosa a súbita
mudança na Bahia em 2006.
ACM Neto terá de procurar ex-aliados para garantir a vitória contra o
ilustre desconhecido do PT – seja junto a Roma, seja junto aos atuais
aliados do PT local. Otto Alencar está com a faca e o queijo na mão.
Pode derrubar o PT no plano estadual e, por que não, no federal. Nesse
cenário, estaria encerrado o racha entre os coronéis baianos iniciado no
petismo.
Defesa da vida desde a concepção está entre as ideias tidas por “extremistas” por formadores de opinião.| Foto:
“Não seria interessante, a essa altura, tentar entender quem vota
diferente?”, tuitou a jornalista Maria Beltrão, na noite deste domingo,
quando a apuração do primeiro turno ainda não tinha sido concluída, mas
já estava evidente que o presidente Jair Bolsonaro havia recebido uma
votação bem superior àquela que as pesquisas de intenção de voto lhe
concediam. Este é um convite que precisa ser aceito urgentemente por
muitos brasileiros que cobrem um arco bastante amplo, que vai dos
apoiadores de Bolsonaro que partiram para a desqualificação dos
eleitores do Nordeste (onde o ex-presidente Lula venceu por ampla
margem) até jornalistas e formadores de opinião que nem sempre conseguem
enxergar motivos bastante legítimos e razoáveis para que dezenas de
milhões de brasileiros tenham optado por Bolsonaro.
A votação de um candidato – qualquer candidato – é composta por um
misto de adesão e rejeição. É assim com Lula, pois há os que
compartilham de suas ideias e os que guardam uma boa memória de seu
governo, mas também há os que votaram no petista mesmo discordando dele,
recorrendo ao “voto útil” para derrotar Jair Bolsonaro logo no primeiro
turno, pois consideraram mais importante impedir o atual presidente de
permanecer no poder. E, se é assim com o ex-presidente, também o é para
quem vota em Bolsonaro.
Onde está o “extremismo” em se defender, por exemplo, o direito à
vida desde a concepção, considerando que é preciso proteger tanto a mãe
quanto a criança por nascer?
Muitos eleitores que não consideram Bolsonaro a escolha ideal votaram
nele guiados principalmente por sua rejeição ao que o petismo
representa, por exemplo, em termos de corrupção, de ameaça à democracia
ou de política econômica. E temos de perguntar: é realmente tão
inaceitável assim que um eleitor não queira de volta no Palácio do
Planalto os protagonistas do mensalão e do petrolão, os maiores
escândalos de corrupção da história do país? Que um eleitor considere
inaceitável o apoio explícito que o petismo deu e continua dando a
ditaduras latino-americanas como a cubana, a venezuelana e a
nicaraguense? Que o eleitor, tendo ainda na memória recente a recessão
de 2015-16, não queira de volta os responsáveis pela política econômica
que gerou a crise?
Setores da opinião pública manifestam revolta com os eventuais
arroubos antidemocráticos de Bolsonaro, com sua defesa da ditadura
militar brasileira, com o “orçamento secreto” e as “rachadinhas”, com os
ataques a jornalistas, e estão no seu direito. Mesmo assim, não há como
negar a corrupção petista, fartamente documentada na Lava Jato (ainda
que as provas tenham se tornado inúteis para uso em um tribunal); nem
que a gestão econômica petista trouxe resultados desastrosos; nem que o
petismo faz acenos costumeiros a ditaduras de esquerda. Revoltar-se
contra tudo isso a ponto de votar no candidato com mais chances de
derrotar o petismo é tão legítimo quanto o voto em Lula motivado pela
indignação com a forma como Bolsonaro vem governando. Este primeiro
passo é fundamental no esforço de “entender quem vota diferente”.
Mas tal esforço não se resume a compreender mecanismos de
rejeição; ele também precisa se estender à questão da chamada “pauta de
costumes”, decisiva para muitos dos eleitores de Bolsonaro. Parte
substancial dos formadores de opinião, por exemplo, defende o direito ao
aborto, entendido como expressão da autonomia da mulher. Mas é tão
absurdo assim que uma pessoa julgue ambas as vidas, da mãe e do bebê,
dignas de igual proteção e merecedoras de todos os esforços para sua
preservação? Que alguém considere que um ser humano indefeso e inocente
tem o direito à vida, independentemente de tudo o mais, inclusive das
condições em que foi gerado? É certo que não; o discurso pró-vida é algo
perfeitamente razoável e defensável em uma sociedade democrática.
Da mesma forma, muitos consideram que o necessário e justo combate à
discriminação contra a população LGBT passa pelo reconhecimento das
uniões afetivas como equivalentes ao casamento, como ordenou o Conselho
Nacional de Justiça na sequência de uma decisão do Supremo Tribunal
Federal. Mas há inúmeros brasileiros que, rejeitando frontalmente
qualquer tipo de violência ou preconceito homofóbico, julguem que o
matrimônio entre homem e mulher, por suas características especiais e
por considerações de cunho ético-filosófico ou antropológico, mereça uma
proteção especial da parte do Estado. Também esta é uma posição
legítima e razoável, que merece carta de cidadania e respeito na arena
pública. O mesmo pode ser dito de várias outras plataformas, como por
exemplo a “tolerância zero” com as drogas, que tanto mal fizeram e fazem
a inúmeras famílias, enquanto outros defendem a legalização do seu
consumo.
Quando rótulos, prefixos e superlativos são usados com o objetivo de
estigmatizar pessoas e excluir da arena pública alguma ou todas as
propostas de cunho dito “conservador”, na verdade o verdadeiro
extremista é quem abusa da desqualificação
Fato é que candidaturas como a de Jair Bolsonaro ofereceram tudo isso
aos eleitores, e não foram poucos os que abraçaram o candidato de 2018 e
o presidente de 2022 devido a estas plataformas. No entanto, por mais
razoáveis que elas sejam, vêm merecendo de parte dos formadores de
opinião e dos meios de comunicação a desabonadora classificação de
“extremistas”, como se vê no uso frequente de expressões como
“extrema-direita” ou “ultraconservadorismo”. Tal comportamento, no
entanto, exige de imediato a questão: onde estaria o “extremismo”?
Tratar dessa forma discursos que ao longo da história, em diferentes
épocas e contextos, sempre foram entendidos como perfeitamente
razoáveis, igualando-os, por exemplo, a doutrinas totalitárias ou que
desumanizam os demais e negam-lhes dignidade, é errar completamente o
tom. Quando rótulos, prefixos e superlativos são usados com o objetivo
de estigmatizar pessoas e excluir da arena pública alguma ou todas as
propostas de cunho dito “conservador”, na verdade o verdadeiro
extremista é quem abusa da desqualificação.
“Entender quem vota diferente” é um mantra essencial se quisermos
reconstruir pontes em um país dividido. Erra quem julga que o Brasil é
feito de uma metade de cruéis comunistas, erra quem julga que o país tem
uma metade de cruéis fascistas e extremistas de direita. E erra ainda
mais quem quer banir, por força da desqualificação moral e de rótulos
como o de “extremistas”, discursos razoáveis do debate público apenas
por discordar deles. Não se pretende que os formadores de opinião
concordem com ideias ditas conservadoras (embora isso, se ocorresse,
seria muito positivo); basta apenas que reconheçam a razoabilidade
dessas plataformas, que nada têm de “extremistas”. A incapacidade de
conviver respeitosamente com ideias das quais se discorde, mas que são
totalmente razoáveis, é sintoma preocupante de imaturidade e déficit
democrático. Quem não for capaz de superar este tipo de preconceito
jamais será capaz de “entender quem vota diferente”.
O governador de Minas, Romeu Zema, e o presidente Bolsonaro:
mineiro conseguiu reeleição no primeiro turno e deve apoiar Bolsonaro.|
Foto: Divulgação/Palácio do Planalto
Tem gente fazendo contas aleatórias, misturando banana com Coca-Cola,
tomate com picolé, para dizer que houve um absurdo nas urnas, já que
Bolsonaro teve menos votos que o senador Fulano, que o governador Fulano
e que o deputado Fulano. Mas não é assim. Não se pode misturar; é
preciso ver ou os votos dos candidatos a senador, ou dos candidatos a
governador que apoiam Bolsonaro. Por exemplo, no meu estado natal, o Rio
Grande do Sul, somei os candidatos Onyx Lorenzoni (que vai para o
segundo turno), Luís Carlos Heinze e Argenta, e Bolsonaro recebeu mais
votos que os três juntos. Aí, sim, podemos comparar.
Agora, se fizermos essa comparação em Minas, aparece uma diferença
muito grande. Se pegarmos os votos de Romeu Zema, que é anti-Lula – ou
seja, ninguém que gosta de Lula vai votar em Zema –, e somarmos com os
votos de Carlos Viana, que é do PL, partido de Bolsonaro, que foi
apoiado pelo presidente, vai dar 7,877 milhões de votos. Então, quase 8
milhões de mineiros votaram ou em Zema, porque é anti-Lula; ou em Carlos
Viana, porque era o candidato de Bolsonaro. Mas esse não é o mesmo
número dos mineiros que votaram em Bolsonaro. Houve 2,638 milhões de
eleitores em Minas que votaram em Zema ou Viana, mas não votaram em
Bolsonaro, que teve 5,239 milhões de votos em Minas. Lula teve 5,802
milhões e ganhou por 600 mil votos.
A outra diferença grande Lula tirou na Bahia: dos 6 milhões de
vantagem do petista, 63% ele tirou na Bahia, onde teve 3,826 milhões de
votos a mais que Bolsonaro. E não venham me dizer que Bolsonaro recebeu
menos votos na Bahia, não! Em comparação com 2018, ele aumentou sua
votação em um ponto porcentual. Isso aconteceu em todo o Nordeste, com
exceção da Paraíba, onde ele foi menos votado agora que quatro anos
atrás. Em Pernambuco foi quase um empate, mas o presidente ainda teve
mais votos em 2022 que em 2018. Onde se votou menos em Bolsonaro, então?
Ah, surpresa: Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Chile dá exemplo de que se abster de votar é abrir mão do poder Estou
contando isso porque vem aí o segundo turno, que é uma nova eleição.
Ciro e Tebet não têm condições de pegar um balaio cheio de votos deles e
transferir tudo para Lula ou para Bolsonaro; eles não mandam nos seus
eleitores. Os dois que vão para o segundo turno é que vão ter de
conquistar os eleitores dos outros candidatos. Mas, sobretudo, vão ter
de conquistar, chamar para votar, os que não foram votar, que equivalem à
população do Peru; ou nove vezes a população do Uruguai; ou quatro
vezes a população do Paraguai; ou a soma da população de Portugal,
Suécia e Grécia: 32,7 milhões de brasileiros eleitores não cumpriram sua
obrigação de votar. E certamente Lula e Bolsonaro vão atrás deles
depois de terem sido ambos enganados pelas pesquisas.
Bolsonaro saiu ganhando, porque as pesquisas só o estimularam. Acho
que Lula saiu perdendo porque as pesquisas o fizeram relaxar, achando
que não precisava nem sair para a rua porque já tinha ganho. De nove
institutos de pesquisa, sete afirmaram que Lula venceria no primeiro
turno, e mais uma vez enganaram o eleitor, enganaram até os candidatos.
Tenho 62 anos desde o primeiro voto, 25 eleições, e nunca vi tanta
pesquisa. É uma bola de cristal todos os dias para tentar antecipar o
resultado das urnas. Qual é o objetivo disso?
O futuro: Senado abre processo de impeachment contra ministros do
STF enquanto Câmara atua em causas conservadoras.| Foto: Reprodução
Ontem
recebi dezenas de milhares (sem exagero! sem exagero? com exagero) de
mensagens de pessoas perguntando onde estava minha crônica pós-eleições.
Ei-la. Mas, antes, deixe-me contar o que me aconteceu no domingo, no
exato minuto e segundo em que Lula ultrapassou Bolsonaro na apuração do
TSE. Ou talvez tenha sido bem depois, mas é que assim fica mais legal.
Entrei no Uber e fui logo perguntando o que o motorista achou do
resultado das eleições. Ele disse que tinha achado ótimo, excelente,
extraordinário, magnífico. “Você acha tudo isso porque acredita numa
vitória do Lula ou do Bolsonaro no segundo turno?”, perguntei. Ele
respondeu que nem uma coisa nem outra. “Por isso!”, disse. De repente o
Palio (acho que era um Palio) caindo aos pedaços foi envolto em raios de
um tom azulado e, por algum motivo, em meio às faíscas eu consegui
ouvir Huey Lewis cantando “The Power of Love”.
“Pronto, chegamos”, disse o motorista. Por lógica, concluí que tinha
dormido e sonhado que era o Marty McFly. Prestes a completar 45 anos de
idade?! Que patético, eu sei. Saí do carro ansioso para chegar em casa,
tomar um banho e me jogar na cama. Mas além de patético reconheço que
sou filho do meu tempo e me confesso viciado em informações. Por isso,
ainda na calçada tirei o celular do bolso e.
E o que vi no aparelhinho foi maravilhoso. Ou, para usar as palavras
do motorista, ótimo, excelente, extraordinário e magnífico. No site da
Gazeta do Povo, acabo de ver que o Senado brasileiro, com a presença do
General Mourão, Tereza Cristina, Damares Alves, Marcos Pontes e até
Sérgio Moro, acabou de autorizar a abertura de um processo de
impeachment contra um ministro do Supremo Tribunal Federal. Eu disse
“um”? Minto. Só não são nove os processos porque um dos ministros,
antevendo a aposentadoria compulsória, abdicou espertamente do trono,
digo, cargo.
E tem mais: plantado ali na calçada, com os olhos fixos no celular,
descobri (ainda no site da Gazeta do Povo, claro) que a base
conservadora na Câmara, em acordo com o centro, decidiu legislar e
votará nos próximos dias uma PEC ou um PL ou uma MP – sei lá que raios
de instrumento é esse! – impedindo o Supremo Tribunal Federal de
legislar e considerando nulas decisões como a que equiparou a homofobia
ao crime de racismo. Ah, já contei que uma articulação surpreendente de
Deltan Dallagnol conseguiu aprovar a PEC da Segunda Instância? Pois.
Lá de longe e bem baixinho já ouço a voz claudicante de alguém que
franze a testa e arqueia a sobrancelha para me perguntar se posso provar
que estive mesmo em 2023. Posso e não posso. Digo, as viagens no tempo
da Uber TM™ são totalmente seguras e confiáveis, mas, aqui em 2023,
ainda não são auditáveis. Você vai ter que confiar em mim.
Sim, sei que você está louco para que eu diga quem preside o Brasil
aqui em 2023. Mas, neste caso vou ficar devendo. Porque bem na hora em
que estava prestes a descobrir quem era o presidente do Brasil, senti a
mão do motorista no meu ombro. “Seus cinco minutos no futuro acabaram!”,
disse. Sem que eu tivesse tempo de reagir, com um movimento brusco ele
tirou o celular das minhas mãos e, se aproveitando da minha debilidade,
me jogou dentro do carro.
Vi raios azulados em volta do Pálio. Pelo menos acho que era um
Pálio. Não entendo nada de carros. De novo ouvi “The Power of Love”.
Novamente me senti um patético adolescente calvo, barrigudo e de All
Star. E uma vez mais me descobri diante do portão de casa e com a
sensação de ter dormido. Me despedi do motorista sem falar nada para não
parecer maluco. Tomei um banho, me joguei na cama e comecei a fazer
anotações para uma primeira crônica pós-eleições. Esta.
Embora os negócios digitais estejam crescendo cada vez mais rápido,
muitos empreendedores ainda se perguntam como atrair clientes para a
loja virtual. Isso faz todo sentido, uma vez que, para que vendas sejam
realizadas, é necessário que clientes cheguem à loja para conferir os
seus produtos.
No entanto, essa é uma tarefa que, graças a determinados fatores,
como a concorrência elevada e a falta de capacitação dos empresários,
pode se tornar bastante complexa. Felizmente, algumas práticas, como a
produção de conteúdo e o uso de estratégias de SEO, podem torná-la muito
mais simples.
Levando esse fato em consideração, decidimos preparar este conteúdo
para ajudar você a ter sucesso em seu e-commerce. Leia o artigo e saiba
como atrair clientes para a sua loja virtual!
Por que ter uma loja virtual?
Mais importante do que fazer é saber por que algo é feito. Por esse
motivo, antes de compreender como atrair clientes para loja virtual, é
importante entender a realidade desse mercado e o seu potencial de
crescimento e de geração de lucro para os seus administradores.
A loja virtual tem vários benefícios em relação à loja tradicional,
já que o alcance ultrapassa as barreiras físicas. Em apenas um clique, o
empreendedor pode atingir consumidores em todo o Brasil — dependendo da
logística, inclusive, ele também poderá ofertar mercadorias para o
exterior.
Além disso, um e-commerce tem menos gastos que um ponto físico, já
que não acarreta pagamentos de aluguel, de água e de luz; gastos com
móveis e vitrines; despesas com limpeza e outros. O investimento no
servidor e em uma empresa para cuidar do e-commerce é bem menor e mais
atrativo do que os valores demandados citados anteriormente.
Aconselhamos investir na Plataforma Comercial Site Marketplace da
Valeon.
Ademais, muitas pessoas não têm tempo de ir a uma loja conferir os
produtos e pesquisar os preços, uma realidade que faz com que elas
acabem se voltando para a internet. Uma vez que, por meio de um
smartphone simples, qualquer um pode verificar valores e fazer compras,
esse modelo de negócios tem crescido muito, de modo que, ao abrir uma
loja virtual, o dono de uma loja física pode alcançar um público mais
significativo, como dito.
É importante ressaltar que também existem aqueles que usam a internet
apenas para a pesquisa de preços e de produtos, mas que preferem fazer
as compras em lojas físicas. Ainda assim, as lojas virtuais geram
vantagens, pois se tornam um meio de divulgação desses estabelecimentos.
Como atrair clientes para a sua loja virtual?
Apesar de todas as vantagens entregues pelos negócios digitais, eles
exigem a atenção de seus donos. Os empresários precisam compreender a
realidade do mercado e criar soluções capazes de atendê-la.
Separamos algumas dicas para ajudar você nessa tarefa. Continue a
leitura e descubra sete práticas para atrair clientes para a loja
virtual!
1. Dedique tempo ao seu negócio
O sucesso de um negócio está diretamente atrelado à sua estratégia de
gestão. Por esse motivo, é necessário que os proprietários de uma loja
virtual invistam o tempo necessário em sua administração. Sem esse
cuidado, os empresários simplesmente não serão capazes de se dedicar a
tarefas importantes, como a divulgação da marca e o atendimento ao
cliente.
Também é fundamental ressaltar que, sem monitorar de perto os
resultados da loja virtual e os indicadores apontados pela plataforma em
que ela está alocada, não será possível observar informações
relevantes, como os padrões de compra de seus clientes. Por esses
motivos, podemos dizer que dar à loja virtual a atenção de que ela
precisa é um dos fatores mais importantes para o seu crescimento. A
Valeon realiza todos esses procedimento.
Como atrair clientes
2. Aumente o número de acessos da sua loja virtual
Assim como ocorre em uma loja física, fazer com que mais pessoas
cheguem a uma loja virtual não garante que o número de vendas aumentará.
No entanto, um tráfego maior cria condições para que isso ocorra de uma
maneira mais simples.
A grande questão é: como atrair clientes para loja virtual? A
produção de conteúdo e o marketing relacionado a ela podem ser boas
soluções. Isso porque, ao fornecer informações relevantes para o
público, o negócio acaba se tornando uma referência, o que é um grande
diferencial na hora da compra.
Nesse contexto, é possível optar por fechar parcerias com sites e
blogs já consagrados ou por investir em seus próprios canais de
comunicação. Na verdade, uma combinação das duas opções tende a ser uma
solução mais completa.
Os sócios do negócio podem, por exemplo, criar um blog e produzir
artigos com os temas mais pesquisados por seus clientes em potencial.
Além disso, é viável fechar parcerias com outros para atrair acessos
para a sua plataforma, que, por meio de um funil de vendas bem
elaborado, podem levar muitos clientes a comprarem os produtos vendidos
no e-commerce.
3. Invista em SEO
Assim como uma loja física precisa de um ponto para ser localizada,
as lojas virtuais dependem de uma boa localização nos motores de busca,
como o Google, para que os clientes a encontrem e comprem os seus
produtos. Nesse contexto, as estratégias de SEO podem ser consideradas
indispensáveis. Isso porque se a loja não apresentar os requisitos que
os buscadores utilizam parar ranquear os sites, será mais difícil
encontrá-la. A Startup Valeon está bem situada no Google.
Embora contar com um especialista em SEO seja a solução mais
adequada, nada impede que você estude por conta própria e entenda as
regras que deve seguir para a produção de conteúdo. Conforme o negócio
cresce, porém, recorrer a um especialista tende a ser uma opção mais
eficiente para a empresa.
4. Use links patrocinados
Embora surgir nas buscas orgânicas seja o ideal para uma loja
virtual, esse objetivo não é alcançado imediatamente, pois as
estratégias de SEO apresentam resultados no médio e no longo prazo.
Felizmente, existem outros meios de aparecer em primeiro lugar nas
pesquisas feitas nos motores de busca, como o tráfego pago. Basicamente,
essa estratégia exige que seja feito um investimento na promoção de
seus recursos, o que pode ser realizado por meio do Google AdWords.
A grande vantagem dessa tática é que ela é imediata. Mas, assim como
ocorre com o SEO, para que o tráfego pago entregue os resultados que são
esperados, ele precisa ser planejado adequadamente. Portanto, contar
com especialistas nessa área é a melhor alternativa!
5. Esteja presente nas redes sociais
Não é uma novidade que as pessoas estão cada vez mais conectadas às
redes sociais. Por meio dessas plataformas, os seus usuários podem se
comunicar, fazer novas amizades e trocar opiniões, o que significa que
elas têm o potencial de otimizar as vendas de qualquer negócio,
obviamente incluindo as lojas virtuais.
É importante ressaltar, porém, que não existe mágica. Para crescerem
em uma rede social, como o Facebook, as lojas precisam pesquisar o seu
público, entender os seus interesses e, assim, produzir conteúdos
alinhados às suas necessidades.
Além disso, uma vez que os usuários dessas redes costumam ter acesso a
inúmeras informações durante o dia, os perfis das lojas virtuais
precisam fazer postagens com certa frequência. Ao tomar esses cuidados,
as redes sociais, como o Instagram, tendem a se tornar importantes
motores de vendas.
Como atrair clientes
6. Conte com os influenciadores
Hoje em dia, é praticamente impossível separar as lojas virtuais do
uso das redes sociais, como ficou claro acima. Afinal, como visto, essas
redes são ferramentas indispensáveis de comunicação e de marketing.
A grande questão é que impulsionar o crescimento de um perfil nas
plataformas, como o Instagram e o Facebook, pode levar algum tempo.
Nesse contexto, por que não contar com perfis que já são conhecidos
nessas redes e têm grande credibilidade?
Contratando um influenciador digital para falar da sua loja e
divulgar os seus perfis, é possível aumentar o tráfego e o número de
seguidores nas mídias da empresa mais rapidamente, melhorando também as
suas vendas. Para que essa estratégia seja bem-sucedida, porém, é
necessário que esses influenciadores contratados estejam alinhados à
marca da loja e que sejam seguidos pelo seu público-alvo.
7. Pense em sorteios criativos
Outra estratégia interessante para uma pessoa que deseja saber como
atrair clientes para a loja virtual são os sorteios feitos nas redes
sociais. Basicamente, essa tática consiste na prática de sortear um
item, como um produto da loja, para um grupo de pessoas que seguem o
perfil. Como os organizadores do sorteio definem as regras, eles também
podem estabelecer que, para participarem, os seguidores precisam marcar
amigos na postagem em que houve a divulgação.
Os influenciadores também podem ser usados nessa estratégia. Afinal,
quando postado por eles, o sorteio tende a alcançar um número maior de
pessoas, levando mais seguidores para o seu perfil. É válido ressaltar,
entretanto, que todo esse processo precisa ser feito de um modo claro e
honesto. Se a loja cometer alguma irregularidade, o efeito pode ser o
oposto e a sua marca será gravemente prejudicada. Por isso, é necessário
que essa estratégia seja executada com o devido cuidado.
Quais as vantagens de ter uma loja virtual?
Agora que você sabe como atrair clientes para loja virtual, é
interessante entender melhor as vantagens desse modelo de negócios. Veja
a seguir!
Investimento inicial baixo
Não é exatamente uma novidade que abrir uma loja física é caro.
Afinal, além de todo o investimento em estoques, o empresário ainda
precisa arcar com os custos de um aluguel e com os encargos trabalhistas
dos colaboradores. Já em uma loja virtual, não existe aluguel. No
máximo, será preciso lidar com os custos de hospedagem ou com a
contratação de uma boa plataforma.
Além disso, nesse modelo de negócio, boa parte das tarefas pode ser
automatizada, o que reduz drasticamente os custos com contratações.
Dependendo do tipo de operação da loja, esses custos podem até ser
zerados. Levando esse fato em consideração, é fácil perceber por que o
investimento inicial para a abertura de uma loja virtual é bem menor.
Mais acessibilidade
Para fazer compras em uma loja virtual, o cliente não precisa sair de
casa. Embora essa característica aparente ser uma simples comodidade,
no momento em que vivemos atualmente, em que a Covid-19 tornou o
isolamento social necessário, ela se tornou fundamental.
Em um cenário em que as pessoas estão cada vez mais habituadas a
fazerem as suas aquisições sem precisar ir a uma loja física, as compras
on-line representam uma tendência que deve continuar crescendo, mesmo
com a liberação de reabertura dos estabelecimentos.
Possibilidade de fazer um planejamento inteligente
Por meio de dados estratégicos, uma empresa é capaz de otimizar a sua
tática de marketing e de criar produtos e serviços mais alinhados à
demanda de seus clientes. Neste contexto, é válido ressaltar que os
donos de uma loja virtual podem apurar informações valiosas de um modo
mais simples.
Afinal, as plataformas que viabilizam a operação desse negócio podem
identificar determinados fatores, como o tempo que o usuário passa na
loja, os itens mais vistos e, até mesmo, os produtos mais comprados. Ao
fazer uso desses dados, é possível verificar as mercadorias nas quais os
seus clientes mais têm interesse e descobrir as épocas do ano em que
determinados produtos são mais adquiridos.
Como foi possível perceber, as lojas virtuais surgiram como uma
solução para os empreendedores que desejam começar um negócio de sucesso
sem a necessidade de fazer grandes investimentos iniciais.
Além disso, elas também podem ajudar os donos de lojas físicas já
estabelecidas no alcance de um número maior de clientes, já que permitem
a concretização de vendas para todo o Brasil. Como todos os negócios,
porém, exigem uma gestão eficiente, de modo que o suporte de
especialistas é capaz de otimizar o seu crescimento.
Portanto, utilize a loja virtual da Plataforma Comercial Startup
Valeon que possibilita você empresário ter uma página exclusiva para a
sua empresa onde você pode Inserir seus anúncios em um marketplace como o
da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do
e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de
comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do
Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus
produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como
um todo.
Existem várias empresas especializadas no mercado para desenvolver,
gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é uma
consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do
mercado para auxiliar a sua empresa na geração de resultados
satisfatórios para o seu negócio.
Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.
Por que você deve contratar uma empresa para cuidar da sua Publicidade?
Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa especializada
para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que possui
profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem
potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e isto
resulta em mais vendas.
Quando você deve contratar a Startup Valeon para cuidar da sua Publicidade online?
A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu
projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas
considerações importantes:
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e
a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos
smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia
digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é
claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco
dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é
mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda
mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar
uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em
uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança,
voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo
o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é
colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e
de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o
material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é
possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver
se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio
publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não
permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio
digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que
ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a
empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o
seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela
esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma
permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão
interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não
estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar
potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos:
computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso
proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores
que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por
meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes
queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência
pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente.
Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas
compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos
diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa
abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das
pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua
presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as
chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma,
proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce,
os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles
funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os
consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo
ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas
encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus
produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa
que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em
2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas
vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver
seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do
nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a
visibilidade da sua marca.
VOCÊ CONHECE A ValeOn?
A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO
TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.