sábado, 17 de setembro de 2022

LULA INSULTOU BRASILEIROS QUE COMPARECERAM NAS MANIFESTAÇÕES DE 7 DE SETEMBRO

 


  1. ESTADÃO
  2. POLÍTICA

J.R. Guzzo – Jornal Estadão

Petista trata eleitores que não estão do mesmo lado como inimigos ao associar manifestações do 7 de Setembro à Ku Klux Klan

São Bernardo do Campo SP 15 11 2020-O ex presidente Luis Inacio Lula da Silva votou em ABC hoje pela manhã. foto Ricardo Stuckert

ex-presidente Lula, que promete todos os dias “devolver” a paz, a concórdia e a alegria ao Brasil, disse que as imensas manifestações de massa em favor do presidente Jair Bolsonaro no 7 de Setembro, com mais de 1 milhão de pessoas nas ruas de todo o País, foram uma “reunião da Ku Klux Klan”, a infame sociedade secreta americana que se transformou em símbolo do racismo mundial. Isso mesmo: todo aquele mar de gente, de todas as condições sociais e etnias, que cobriu as cidades brasileiras de verde e amarelo, se resumiu a um encontro de desajustados racistas. É possivelmente o pior insulto jamais feito ao povo brasileiro por um político. Havia uma multidão na rua, manifestando em paz e em ordem suas preferências políticas – um direito que é assegurado a todos os cidadãos pela Constituição Federal do Brasil. Mas, para Lula, eram todos bandidos.

Manifestantes durante desfile cívico-militar no 7 de Setembro em Brasília em comemoração do bicentenário da Independência
Manifestantes durante desfile cívico-militar no 7 de Setembro em Brasília em comemoração do bicentenário da Independência Foto: Wilton Junior/Estadão

É esse, exatamente, o julgamento público que Lula faz dos brasileiros que não concordam com ele – são marginais, gente indesejável que comete o crime coletivo de sair à rua para exibir as taras políticas do seu racismo e outras deformidades. É esse o amor que ele prega em sua campanha eleitoral – e essa a compreensão que tem pelos milhões de brasileiros que não querem votar nele. Lula afirma, o tempo todo, que o seu adversário nas eleições presidenciais provoca a “divisão” do povo, prega o ódio e não respeita opiniões contrárias. E ele? Chamar os manifestantes do 7 de Setembro de fanáticos da Ku Klux Klan (ou “Cuscuz Klan”, como disse) seria por acaso um gesto democrático diante de posições diferentes das suas – ou um apelo à união, ou uma mensagem de paz? É claro que não. O candidato do PT, com essa agressão às multidões que levantaram a bandeira do Brasil e as cores nacionais na comemoração dos 200 anos da independência, mostrou o tamanho exato do seu desrespeito pelo eleitorado brasileiro; quem não está do mesmo lado é inimigo, e não um ser humano que exerce o seu direito a ter opiniões próprias. Parece uma prévia, também, do tratamento que reserva em seu governo, caso vença as eleições, para quem preferiu o outro candidato.

Lula não está sozinho em sua decisão de separar os brasileiros em apenas duas categorias: lulistas de um lado, delinquentes de outro. O ministro Luís Roberto Barroso, que como todo o resto do STF não para de falar em democracia, disse que as manifestações do Sete de Setembro seriam úteis para se calcular o número exato de fascistas no Brasil. Para ele, o cidadão que exerce o direito de expressar suas convicções indo à praça pública, como ocorreu nas manifestações pró-Bolsonaro, é um amaldiçoado político; declarar voto num candidato legítimo à presidência da República, na opinião do ministro, é uma demonstração de “sentimento antidemocrático”. É este o tipo de conduta imparcial que se pode esperar hoje da alta justiça brasileira.

POLÍTICAS MONETÁRIAS DE UM PAÍS

 

Alison Correia, um dos principais influenciadores de finanças do Brasil e CEO da TopGain

Especialista em finanças explica como as políticas monetárias estão em todos os lugares

O que passa na sua cabeça quando você ouve o termo “política monetária”? Provavelmente algo muito complicado, distante da sua realidade ou até mesmo, algo do governo. Apesar do nome complicado, a política monetária de um país está em todos os lugares: no preço que você paga no mercado, nos boletos que você quita e até mesmo, nas suas compras do cartão de crédito.

Para explicar melhor sobre esse termo, conversamos com o especialista Alison Correia, um dos principais influenciadores de finanças do Brasil e CEO da TopGain, plataforma informativa sobre investimentos. “Assim como todos nós precisamos controlar os nossos ganhos e gastos e estabelecer metas de investimento, um país também precisa. E para isso, damos o nome de política econômica”, explica.

A política econômica é formada basicamente por três pilares: política fiscal, política cambial e a política monetária. A política fiscal é o orçamento de um país, ou seja, seu controle de receitas e despesas. Já a política cambial é a relação financeira do país com outros países, isto é, como ele administra o câmbio dentro do seu território. 

A política monetária é responsável por controlar o dinheiro que circula no país, que não pode ser excessivo, elevando a inflação, nem pouco, que pode disparar a busca por empréstimo e aumentar os juros. Por isso, podemos dizer que se o Brasil fosse uma pessoa física, por exemplo, a política econômica seria sua planilha de controle financeiro. “Esses pilares servem para equilibrar as contas de um país e evitar problemas como inflação alta, desemprego e economia parada.”, completa Correia.

Em outras palavras, cada pilar da política econômica cuida de um aspecto da economia e a política monetária cuida da forma como o dinheiro circula no país. Dinheiro demais faz com que a inflação dispare. A inflação é, basicamente, um aumento generalizado dos preços de bens e serviços pela maior quantidade de dinheiro em circulação. Ela diminui o poder de compra das pessoas e responde aquela velha pergunta da infância “não é só imprimir mais dinheiro?” Não. Afinal, ao imprimir, mais dinheiro estará circulando no país e a inflação irá nas alturas.

Por outro lado, dinheiro de menos faz com que as taxas de juros disparem. A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, de maneira simplificada. Ela define o valor a ser pago pelo dinheiro e é usada para controlar a inflação. Ela é definida e calculada pelo COPOM (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, a cada 45 dias. Em 2019, por exemplo, a Taxa Selic foi uma das menores da história. Quando a Selic é alterada para baixo, os rendimentos dos investimentos atrelados a ela também caem. Isso faz com que os custos dos bancos diminuam também e é provável que os juros cobrados por empréstimos, por exemplo, caiam junto. O oposto acontece quando a Selic aumenta. No entanto, pode acontecer do banco não repassar essas quedas da Selic para o consumidor final, aumentando assim o seu spread, ou seja, seu lucro.

“É preciso ter em mente que a política monetária principal de qualquer banco central, de qualquer país, é equilibrar o ecossistema que lhe beneficia. Eles não foram criados para beneficiar as pessoas e sim, para fazer com que as contas do governo estejam superavitárias, ou seja, com mais arrecadação que despesa”, esclarece o especialista, que compartilha diariamente sua visão do mercado nas redes sociais e ensina seus seguidores questões técnicas do ramo.

Saber como funcionam as políticas econômicas e cada um dos seus pilares é essencial para entender o seu comportamento com o dinheiro que você ganha e que você gasta. Quando você entende o que está por trás de uma ação – aumento da Selic para controlar a inflação, por exemplo – é possível estudar qual é a melhor direção para o seu dinheiro. Para ensinar melhor sobre o mercado financeiro, Alison Correia também realiza operações reais ao vivo para uma melhor interação e aprendizado dos alunos em seu Instagram @alisoncorreia.

Por que você está ignorando a ferramenta de vendas mais poderosa do mundo?

Guilherme Dias – Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG)

Eu vejo todos os dias o anunciante separando seus R$ 10.000,00 pra fazer uma campanha no rádio, R$ 3.000,00 para sair em uma revista local, pelo menos R$ 9.000,00 para fazer uns 3 pontos de mídia exterior, mas na hora de tirar o escorpião do bolso pra comprar mídia online, qualquer “milão” é “caro demais”.

Eu sinceramente não sei de onde veio este mito de que fazer anúncios na internet merece menos atenção financeira do que outros meios. A lógica deveria ser justamente a inversa.

Nenhum outro tipo de mídia retém tanta atenção do público comprador como na internet.

O Brasil é o terceiro país do mundo onde as pessoas mais ficam conectadas, passando mais de 10 horas por dia online (DEZ HORAS POR DIA!).

Ficamos atrás apenas de África do Sul e Filipinas.

Qual outra mídia prende a atenção das pessoas por DEZ HORAS?

Qual outra mídia pode colocar sua marca literalmente na mão do seu cliente ideal?

Qual outra mídia pode colocar sua marca na mão do seu cliente no EXATO momento que ele está propenso a fazer uma compra?

Qual outra mídia pode rastrear, seguir o seu cliente de acordo com os hábitos de consumo dele?

Qual outra mídia pode segmentar um anúncio de acordo com os interesses, medos, desejos, ações, intenções…

Qual outra mídia pode oferecer um contato com seu cliente ideal 24 horas por dia, 7 dias por semana?

Absolutamente nenhuma além da internet.

E agora, me conta…qual o motivo da internet receber menos investimento comparado à mídia tradicional?

Marketing Digital é barato, mas não é de graça.

Vamos fazer uma conta de padaria:

Quanto custa imprimir 1.000 flyers (folhetos) e distribuir no sinal?

Papel couchè brilho 90g 4×4 cores, em gráfica de internet (qualidade bem meia boca), com frete sai em torno de R$ 250,00.

Para a distribuição, você não vai encontrar quem faça por menos de R$ 70 a diária.

Você não tem a garantia de entrega. Já ví muito “panfleteiro” jogando metade do material no bueiro, ou entregando 2 de uma vez só em cada carro. Mas vamos tirar essa margem da conta.

Estamos falando de R$ 320 para 1 mil impactos.

Hoje estava otimizando uma campanha de Instagram, da minha conta pessoal, e o meu CPM (custo por mil impressões) estava girando em torno de R$ 5,51.

Ou seja cerca de 1,72% do valor de uma ação de rua com flyer.

Essa lógica pode ser aplicada a qualquer meio de comunicação tradicional, seja rádio, tv, outdoor, busdoor…

E a conta também deve ser levada em consideração além dos anúncios de Google, LinekedIN, Facebook, Instagram e TikTok.

Banners em portais e publieditoriais, este último ainda pouco explorado por pequenos e médios anunciantes, também apresentam números disparados na frente do marketing tradicional.

Então, quando você se perguntar se está tendo ou não resultados com mídia online, pense nessa continha.

Marketing digital, em comparação, é barato sim, mas será que você deveria deixar a menor faixa de verba do seu orçamento de marketing para o meio de vendas MAIS PODEROSO QUE EXISTE?

Deixo a reflexão.

Preferências de Publicidade e Propaganda

Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago

Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais veículos de propaganda você tem preferência?

Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.

Vantagens da Propaganda no Rádio Offline

Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.

É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio funciona bem demais!

De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim, concretizar suas vendas.

Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline

Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no rádio. Frequentemente, os rádios também são usados ​​como ruído de fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,

A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

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A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

BOLSONARO VAI AOS FUNERAIS DA RAINHA ELIZABETH E TAMBÉM À ONU

 

Agenda internacional

Por
Rodolfo Costa
Brasília


Bolsonaro durante seu discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU em 2019: presidente discursará novamente na terça-feira (20)| Foto: Alan Santos/PR

O comitê da campanha de Jair Bolsonaro (PL) acredita que a agenda internacional que o presidente cumprirá na próxima semana possa beneficiar sua candidatura à reeleição. Ele irá ao funeral da rainha Elizabeth II, em Londres, na segunda-feira (19), e no dia seguinte discursará na 77ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York.

A campanha espera que os compromissos no exterior transmitam a Bolsonaro uma imagem de prestígio enquanto chefe de Estado e candidato à reeleição, a despeito de serem agendas do presidente da República.

Em relação ao funeral da monarca britânica, coordenadores eleitorais asseguram que o intuito não é usar a cerimônia como plataforma eleitoral. Admitem, porém, que, do ponto de vista pragmático, é uma chance para realçar a imagem de estadista do presidente ao aproveitar a exposição natural que receberá da imprensa.

Quanto à presença na Assembleia-Geral da ONU, a campanha admite que é uma oportunidade clara para Bolsonaro usar como palanque eleitoral. Não à toa, interlocutores do núcleo político antecipam que a ideia é fazer um discurso voltado para o público interno.

O que esperar da presença de Bolsonaro no funeral de Elizabeth II
A ida de Bolsonaro ao funeral de Elizabeth II cumpre uma formalidade diplomática. Ele comparecerá à cerimônia na Abadia de Westminster, em Londres, junto de outros chefes de Estado, bem como políticos e a família real britânica. A primeira-dama Michelle Bolsonaro deve acompanhar o marido.

Depois do funeral, o caixão será levado em procissão para o Castelo de Windsor, onde será sepultado. O enterro será na Capela de São Jorge, no terreno do castelo. O corpo da monarca será colocado ao lado do marido, o príncipe Philip; do pai, o rei George 6º; da mãe, a rainha-mãe Elizabeth; e da irmã, a princesa Margaret.

A estadia de Bolsonaro será curta, mas relevante. Para o comitê da campanha, será importante para realçar o status de chefe de Estado da maior economia da América Latina e a importância que o país tem no cenário internacional. Cientes de que a cerimônia terá a cobertura da imprensa, coordenadores eleitorais vislumbram otimistas de que a exposição midiática permitirá à população brasileira e eleitores em potencial conferir a interação do presidente com os chefes de outros países.

Para isso, ele terá de dar uma pausa na agenda de campanha eleitoral. No sábado (17), Bolsonaro visita Pernambuco e havia a possibilidade de ele permanecer no estado até domingo (18). Mas isso foi descartado após o Itamaraty receber o convite para o funeral de Elizabeth II. O presidente embarca para Londres na noite de sábado.

Na última segunda-feira (12), ele visitou a embaixada do Reino Unido, em Brasília, para assinar o livro de condolências pela morte da rainha. O presidente estava acompanhado da primeira-dama.

A ida de Bolsonaro será curta e, portanto, é imprevisível saber se haverá espaço para um encontro com a nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, mas algum encontro bilateral é “sempre possível”, disse o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Itamaraty, embaixador Paulino Franco.

Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (15) para falar sobre a Assembleia-Geral da ONU, Franco esclareceu não ter informações sobre a agenda de Bolsonaro em Londres. Mas destacou que, “em havendo a possibilidade de encontros” na capital inglesa, uma conversa “é sempre do interesse de outros líderes europeus e do presidente”. “[Mas] não sei se permitirá uma flexibilidade grande para encontros. Será tudo com o passar muito marcado”, ponderou.

Como será a agenda de Bolsonaro na ONU
Na noite de segunda-feira (19), Bolsonaro embarca para Nova York, onde será o primeiro a discursar na Assembleia Geral da ONU, na terça-feira (20). O pronunciamento será voltado para o público interno como uma estratégia eleitoral, admitem interlocutores do núcleo político da campanha.

O objetivo é converter votos de eleitores hoje dispostos a votar em alguma candidatura da terceira via e convencer a escolha da parcela indecisa do eleitorado. Para isso, interlocutores admitem que trechos do discurso podem ser usados dentro da estratégia de comunicação eleitoral nas redes sociais.

Segundo coordenadores eleitorais, o discurso terá como foco exaltar o legado do governo e deve contemplar pontos abordados nos outros anos. Para isso, serão destacados diferentes temas, como: a recuperação econômica e dos investimentos; os esforços ao combate à pandemia da Covid-19 e à guerra na Ucrânia; as ações do governo pela defesa do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável; e a importância do Brasil para a segurança alimentar mundial.

O objetivo é apresentar o governo como o responsável por ter colocado o país no rumo de uma economia liberal que evitou maiores danos causados pela pandemia, pela guerra na Ucrânia, e como sua atuação coloca o Brasil em um papel de destaque na América Latina e no mundo. A meta é transmitir a imagem de que a gestão zelou pelos empregos, pela vida e sempre defendeu as liberdades.

Na coletiva de imprensa sobre a participação da delegação brasileira na ONU, o embaixador Paulino Franco esclareceu que, em última instância, a construção do texto final do discurso cabe à Presidência da República. Ele reconheceu, porém, que o Itamaraty preparou subsídios e sugestões que embasam uma “prestação de contas” à comunidade internacional, com ideias sobre a pandemia, o conflito na Ucrânia, e acerca do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.

Sobre a hipótese de um discurso ao público interno, Paulino acredita que o presidente “separará as duas coisas”, mas entende que ele não pode “deixar de ser, também, um candidato à reeleição”. “A separação é necessária, mas mas nem sempre é perfeita. Depende da ocasião, do momento e da interlocução que os líderes tenham com outros líderes”, ponderou o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos.


Agenda de viagens pode trazer bônus internos e externos à campanha
A análise feita reservadamente por interlocutores da campanha sobre os possíveis ganhos eleitorais da agenda de viagens de Bolsonaro é endossada pelo deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara e ex-vice-presidente do colegiado.

Para o parlamentar, Bolsonaro ganha não apenas no âmbito interno, mas também externo, a começar pela possibilidade da construção da ideia de um estadista. “Que, até agora, diria que a mídia tem feito de tudo para descredenciá-lo”, criticou Orleans e Bragança. Para ele, a agenda externa será uma oportunidade para contrapor a opinião pública mundial que constrói uma uma imagem “totalmente inverídica” do presidente.

“E que precisa ser debelada com ações como essa. Não apenas pela presença, mas também pela comunhão de alguns rituais e valores da comunidade internacional. Uma vez se mostrando com deferência, respeito, isso só ajuda a opinião pública externa com relação ao presidente e também tem impactos internos também”, opinou.

Do ponto de vista da política externa, a agenda permite a Bolsonaro ganhar capital diplomático ao assumir um compromisso com a comunidade internacional. “É uma sinalização de que ele está aberto ao diálogo, mas acho que a postura diplomática e também comercial e estratégica que o presidente conduz tem sido um dos pontos fortes do governo”, elogiou.

Para o parlamentar, a política de Bolsonaro inaugurou uma nova vertente “soberanista” que recolocou o Brasil em um nível de respeitabilidade internacional. “Porque a gente é um país vassalo das vontades de outros que se julgam mais poderosos e sofisticados, mas o presidente deu um ‘tapa na mesa’ e está se posicionando. E ninguém mais brinca com o Brasil nesse sentido, e isso é fundamental”.

Sob a ótica da política interna e eleitoral, Orleans e Bragança entende que as viagens ajudam Bolsonaro a convencer uma parcela do eleitorado que, hoje, está com candidatos da terceira via. “Por uma questão identitária, muitos não gostam do jeito do presidente por achá-lo cáustico e informal para o cargo. Essa parcela da opinião pública que tentou se construir na terceira via não vota no presidente”, disse. “Mas com ele se posicionando internacionalmente como o chefe de Estado que sei que consegue ser, essas opiniões somem ou são reduzidas a nada”, acrescentou.

O especialista em relações internacionais Thales Castro, coordenador do curso de ciência política da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), concorda com a análise de que a candidatura pode ser fortalecida com as viagens. “Sem dúvidas é possível obter apoio ao mostrar que tem prestígio ao estar no meio de grandes líderes mundiais no funeral da rainha. Isso desconstrói a narrativa da esquerda de que Bolsonaro não tem prestígio internacional e que a imagem do Brasil está prejudicada”, disse. “Já o discurso na ONU garante a ele palanque para falar ao público doméstico”, completou.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/como-ida-onu-funeral-rainha-inglaterra-ajuda-campanha-bolsonaro/
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TSE PROÍBE DIVULGAÇÃO DAS IMAGENS DE 7 DE SETEMBRO

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), fala diante de centenas de seus apoiadores durante manifestação do 7 de Setembro.| Foto: EFE/Joedson Alves

Faz algum sentido que um candidato a cargo público seja impedido de usar imagens de comícios, atos que demonstram a dimensão do apoio popular que ele tem, em suas peças de propaganda eleitoral? Pois o Tribunal Superior Eleitoral acaba de decidir que sim: por unanimidade, na terça-feira, a corte manteve a liminar concedida pelo ministro Benedito Gonçalves no sábado, proibindo que Jair Bolsonaro use as imagens dos eventos do Sete de Setembro em Brasília e no Rio de Janeiro em seu material de campanha. Uma decisão que foi muito além do razoável e do que poderia se justificar em uma situação como essa.

Na liminar, Gonçalves – aquele mesmo que foi flagrado conversando muito amistosamente com Lula na recente posse de Alexandre de Moraes como presidente do TSE – determinou que a campanha de Bolsonaro deve “cessar a veiculação de todo e qualquer material de propaganda eleitoral, em todos os meios, que utilizem imagens do Presidente da República capturadas durante os eventos oficiais de comemoração do Bicentenário da Independência, atos realizados em Brasília/DF e no Rio de Janeiro/RJ no dia 07/09/2022”. No entanto, apesar de a decisão se referir a “eventos oficiais”, o entendimento que vem sendo aplicado é o de que mesmo as imagens dos atos de campanha, que já não tinham caráter oficial, também não podem ser utilizadas.

O trabalho da corte eleitoral é o de impedir vantagens indevidas, e não o de impor desvantagens indevidos

A alegação da coligação encabeçada pelo PT, que foi ao TSE solicitar a proibição do uso das imagens, é a de que ambos os atos, o oficial e o de campanha, se tornaram uma coisa só, bancada com dinheiro público. No entanto, a afirmação não se sustenta por motivos muito evidentes. A comemoração do Bicentenário da Independência – esta, sim, bancada com recursos públicos – é um evento que consiste em desfile oficial cívico-militar, com a presença de Bolsonaro (portando a faixa presidencial) e outras autoridades em tribuna de honra. Já o comício, ainda que tenha ocorrido logo na sequência do desfile, pode ser claramente distinguido do evento oficial por uma série de circunstâncias: Bolsonaro já não porta a faixa e se desloca para outro palanque “custeado pelo Movimento Brasil Verde e Amarelo”, como afirma a própria liminar, ou seja, sem recursos públicos.

Mesmo a alegação de que Bolsonaro se beneficia, “‘ainda que indiretamente, de toda a estrutura organizada oficialmente’ e que havia atraído pessoas para comemorar o Bicentenário da Independência” não se sustenta; uma vez terminado o desfile cívico-militar – que tradicionalmente atrai muitos brasileiros em inúmeras cidades do país, independentemente de preferência político-partidária –, permaneceu para o comício quem assim o desejou. E não exageramos ao afirmar que boa parte dos presentes à Esplanada dos Ministérios neste Sete de Setembro estava mais interessada em apoiar Bolsonaro que em ver os carros armados e as tropas em desfile. O mesmo raciocínio, em sua inteireza, se aplica aos atos do Rio de Janeiro, onde o trio elétrico foi custeado pelo pastor Silas Malafaia – novamente, segundo o próprio texto da liminar.

Pode-se admitir, em nome do princípio da isonomia, que a campanha de Bolsonaro não possa utilizar as imagens dos atos oficiais, já que participar deles na condição de chefe de Estado é algo que não estava ao alcance de nenhum dos outros candidatos; pode-se, ainda, restringir o uso de imagens feitas pela TV Brasil, que é veículo de imprensa oficial. Mas a interferência do TSE deveria terminar ali. Não há razoabilidade alguma em se impedir a campanha de Bolsonaro de usar as imagens realizadas nos comícios, tanto em Brasília quanto no Rio, caso sejam oriundas de fontes não oficiais, seja de empresas contratadas pela campanha para a produção de vídeos, seja de imagens amadoras fornecidas por apoiadores.

A campanha de Bolsonaro tem evitado usar qualquer imagem do Sete de Setembro para não dar brechas a novas punições do TSE, mas a corte também está se omitindo em sua tarefa de deixar claro qual o alcance exato da liminar confirmada em plenário. No início do julgamento de terça-feira, o advogado Tarcísio Vieira, que representa a campanha de Bolsonaro, questionou se a proibição também se aplicava a tudo o que houvesse ocorrido antes e depois da cerimônia oficial; Gonçalves respondeu dizendo que a questão seria avaliada posteriormente. Da mesma forma, ficou sem resposta um pedido feito antes do julgamento, para que fosse permitido o uso de imagens não oficiais dos atos de campanha (ou seja, excluídos os desfiles cívico-militares). Esse esclarecimento é de suma importância, e é algo que os ministros poderiam muito bem ter definido já enquanto julgavam a liminar de Gonçalves.

O trabalho da corte eleitoral é o de impedir vantagens indevidas, e não o de impor desvantagens indevidos. Enquanto não vier uma definição mais precisa do alcance da decisão do TSE, qualquer outro candidato que tenha realizado comícios em seu apoio no dia da Independência pode usar as imagens do ato como bem entender, menos Jair Bolsonaro. Se o uso de imagens oficiais feitas em eventos oficiais fere de fato a isonomia entre os competidores, a dita “paridade de armas” também sai prejudicada quando um candidato fica impedido de veicular imagens produzidas de forma não oficial em atos de campanha, enquanto aos demais essa possibilidade fica aberta. Se o TSE não for capaz de compreender essa distinção básica, estará se portando como agente político e deixando de lado a necessária imparcialidade.


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O BRASIL E OS ACORDOS COMERCIAS EXTERNOS

 

Desejos para o Brasil
Por
Gazeta do Povo


Brasil tem uma das economias mais fechadas do mundo, o que é um antigo e bem conhecido obstáculo ao desenvolvimento do país| Foto: Rodrigo Felix Leal/SEIL/ANPR

Historicamente avesso à competição, o Brasil tem uma das economias mais fechadas do mundo, o que é um antigo e bem conhecido obstáculo ao desenvolvimento do país.

Ao escrever sobre o assunto, o economista Fabio Giambiagi fez uma analogia com o futebol para ilustrar as consequências desse isolamento: “É como o Flamengo disputar eternamente o campeonato com Madureira, Olaria e Bangu. Não é preciso ser muito perspicaz para concluir que, exposto a este baixo grau de exigência, o time nunca conseguirá ser capaz de vencer o Barcelona”.


Segundo dados do Banco Mundial, o Brasil tinha em 2020 uma corrente comercial – soma de importações e exportações – equivalente a 32% do Produto Interno Bruto (PIB), a 13.ª mais baixa do planeta.

Esse índice de abertura, felizmente, melhorou em relação à década anterior, quando oscilou sempre em torno de 25% do PIB, depois de chegar perto de 30% nos primeiros anos deste século. Apesar do aumento recente, a exposição brasileira ao comércio com outros países continua baixa em todo tipo de comparação. Nos países da América Latina e Caribe, a corrente comercial equivale a 47% do PIB, em média. Também estamos abaixo das médias dos países de baixa renda (42%), renda média (45%) e alta renda (55%). E, consequentemente, abaixo da média mundial (52%).

Estudos comprovam que a abertura comercial favorece pessoas e empresas. Leva a mais eficiência, menores custos, mais acesso a insumos e tecnologias de ponta, menos inflação. E mesmo impactos que possam ser considerados negativos no curto prazo, como o fechamento de companhias menos eficientes e a redução dos níveis de emprego em certos setores, têm seu lado positivo, pois com o tempo tendem a elevar a produtividade da economia como um todo.

Os ganhos de produtividade não vêm somente da maior competição com empresas de fora, mas em especial pelo maior acesso das empresas locais a insumos melhores e mais baratos. “Sob tarifas menores, mais empresas conseguem viabilizar os seus negócios e mais famílias conseguem consumir os bens ofertados pelas firmas. Além disso, sem as distorções causadas por alíquotas heterogêneas, os recursos tendem a ser direcionados para os setores mais produtivos e que geram maiores níveis de bem-estar”, conclui um estudo da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, que compilou a literatura sobre os impactos de políticas de abertura comercial e acordos comerciais.

Não é por acaso que tanto se insiste na questão da produtividade. Não há como alcançar crescimento consistente da renda média e da qualidade de vida enquanto não houver avanço duradouro da produtividade. Ou seja, enquanto não gerarmos mais riqueza com os mesmos recursos e com a mesma quantidade de trabalhadores. Isso é ainda mais urgente para um país como o nosso, que passa por uma transição demográfica que, no médio prazo, vai levar à estabilização e depois à queda no contingente de pessoas em idade de trabalhar.

O problema é que nos acostumamos a fazer exatamente o oposto. Ao longo do tempo, o Brasil se entrincheirou em  barreiras tarifárias e não tarifárias para dificultar a competição com estrangeiros. Beneficiadas por uma profusão de subsídios e regras de conteúdo local, nossas empresas não foram estimuladas a usar melhor seus recursos, o que promoveu a ineficiência e o desperdício. Com o mercado interno praticamente imune à concorrência, os preços médios são mais altos, o que prejudica o consumidor e ainda desestimula as exportações.

A equipe econômica do atual governo adotou, desde o início, um discurso de maior abertura comercial. E conseguiu alguns avanços nesse sentido. Empenhou-se na negociação e assinatura de tratados de livre comércio, tanto individualmente (há conversas avançadas com Canadá, Cingapura e Coreia do Sul) como em bloco (caso dos acordos do Mercosul com União Europeia e Associação Europeia de Livre Comércio, concluídos em 2019 mas pendentes de aprovação legislativa no primeiro caso, e outras etapas, no segundo).

Também merece elogio a atenção que a equipe econômica dedica à negociação de acordos com parceiros asiáticos. Continente mais dinâmico do mundo, com as economias de maior crescimento econômico e populacional, a Ásia é imprescindível em qualquer estratégia decente de comércio exterior.

O governo aprimorou o portal de comércio exterior, reduzindo a burocracia para exportar e importar. Eliminou exigências tidas como desnecessárias nas licenças de importação e também promoveu reduções unilaterais em tarifas de importação. Neste último caso, no entanto, boa parte do movimento é provisório, com foco primeiro no combate à pandemia de Covid-19 e depois no alívio da inflação, e tem data para acabar.

Apesar dos méritos citados, o Executivo teve dificuldades em melhorar o ambiente doméstico de negócios, a fim de reduzir o custo Brasil e permitir condições mínimas de competição “da porteira para fora” à indústria nacional. O avanço da agenda de reformas era condição reconhecida pelo próprio governo para poder promover uma reforma mais profunda na estrutura tarifária do comércio exterior e, assim, acelerar a integração ao mundo. Houve sucesso na aprovação de reformas microeconômicas, mas não em uma reforma digna desse nome no sistema tributário, reconhecidamente um dos mais complexos e disfuncionais do planeta.

Persiste, assim, um ciclo perverso de estagnação. Um dos ramos que pode oferecer as maiores contribuições ao aumento da produtividade, a indústria é também o mais tributado. Como não reforma seu sistema de impostos, o país opta por “estimular” a indústria de outra forma, por meio de um elevado nível de proteção contra produtos estrangeiros.

É fundamental enfrentar essa questão e prosseguir com a desburocratização dos negócios e avançar na redução de tarifas, bem como trabalhar pelos acordos comerciais. Não só assinar novos tratados, mas agilizar sua implementação. Não há futuro para um país que opte por continuar voltado a si próprio.


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AFAGOS DO TSE AO LULA

TSE

Por
Luís Ernesto Lacombe


Ministro Benedito Gonçalves, do TSE, recebe do companheiro Lula um carinhoso tapinha no rosto.| Foto: Reprodução/ Twitter

Seis tapinhas no rosto de um ministro do TSE, e está decidido: Bolsonaro não pode usar as imagens dos gigantescos atos de 7 de Setembro em sua campanha eleitoral. Mais seis tapinhas, e pronto: nunca houve grandes manifestações no Bicentenário da Independência. Mais seis tapinhas, e ficará muito claro que nenhum outro candidato à Presidência da República reúne tanta gente nas ruas quanto Lula. No último fim de semana, está sacramentado, o PT juntou em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, 504.682 pessoas. O cálculo foi feito pela USP, não dá para rebater. Na Avenida Paulista, na resposta aos atos de 7 de Setembro, que, como todos já sabem, não foram realizados, havia exatamente 1.223.704 bandeiras vermelhas.

São seis tapinhas carinhosos na face, coisa de parceiros, e Lula pode chamar Bolsonaro de genocida e fascista à vontade. Mais seis tapinhas, e todo mundo vai entender de uma vez que o agronegócio também é fascista. Nesse ritmo, para salvar o meio ambiente, o petista está autorizado a dizer que a ONU vai mandar no Brasil, que soberania nacional é uma bobagem. Para que serve o Congresso, deputados e senadores, se as Nações Unidas são tão boazinhas e sabem o que é melhor para o mundo todo, incluindo o nosso país? A ONU vai dar tapinhas no rosto do parlamento brasileiro, que, obediente, ficará até satisfeito. Se for oferecida, então, além dos tapinhas, uma boa grana mensalmente…

Seis tapinhas carinhosos na face, coisa de parceiros, e Lula pode chamar Bolsonaro de genocida e fascista à vontade

Os eleitores, indicam as infalíveis pesquisas, também estão aceitando numa boa os tapinhas no rosto. Assim são os desorientados e desmemoriados, os incapazes de olhar o mundo real. Lula pode falar abertamente em censura na mídia e na internet, pode anunciar que o Brasil terá um novo regime. Mais tapinhas… Romper teto de gastos, o que não dá certo em nenhuma casa ou empresa; taxar grandes fortunas, o que quase todos os países desenvolvidos já abandonaram; acabar com a autonomia do Banco Central, estatizar, “fórmulas” que nunca deram certo podem ser apresentadas como a solução para todos os problemas. O Estado enorme dará tapas na nossa cara.

Seis tapinhas na face, e dá para mudar o que está escrito na bandeira brasileira, eliminar da América do Sul dois países… Dá para acusar Bolsonaro de sequestro, de ser o mandante de crimes brutais, mesmo quando o assassino da ex-mulher e do filho de 2 anos (que se chamava Luiz Inácio…) tem uma tatuagem bem grande de Lula no braço. O governo que está aí há quase quatro anos é violento e agressivo mesmo, não sabe a doçura dos tapinhas na face… Golpistas e preconceituosos, esses merecem apanhar, como o deputado federal paranaense apoiador do presidente… E o sobrinho dele, de 18 anos, e o tio dele, de quase 70.


Com amor e carinho
Fica ligado aí! E seis tapinhas na cara. Pode liberar bandido para ser candidato à Presidência, pode atropelar as leis, abrir inquéritos ilegais, pode prender, censurar, quebrar sigilo bancário, bloquear contas… Basta querer. Todos serão enquadrados, é para o bem da nação, em defesa da democracia. Ordens são ordens, sempre que são dadas por alguém que está ao lado daquele que dá tapinhas no rosto de um ministro de um tribunal superior. E oferecer a outra face não é para qualquer um.


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NOVOS TESTES DAS URNAS ELETRÔNICAS

 

Justiça Eleitoral

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


Simulação do teste de integridade das urnas eletrônicas.| Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

Desde as eleições anteriores a Justiça Eleitoral vem fazendo testes de urna, mas eram muito poucos, em cinco estados. Agora, pela insistência das Forças Armadas e do ministro da Defesa, o teste será feito em 19 estados. Não sei por que ainda ficaram de fora Roraima, Acre, Piauí, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba e Amapá. No total, 641 urnas vão ser testadas; ainda acho pouco, já que há quase meio milhão de urnas, mas já é alguma coisa. E, dessas 641, apenas 56 vão ter, aleatoriamente, eleitores reais para o teste, oferecendo a sua biometria, como voluntários, além da participação da seção.

Tudo bem, melhorou, mas continuo querendo eleição auditável. O PSDB não conseguiu isso em 2014, no segundo turno entre Aécio e Dilma; passou 100 dias tentando, estava tudo aberto, mas não conseguiu porque, como vocês sabem, não fica rastro. Eu estava vendo agora a insistência do doutor Felipe Gimenez, que é promotor no Mato Grosso do Sul, dizendo que a contagem tem de ser pública e que deveria haver um comprovante para ela também ser auditável. Como agora não há mais tempo para mudanças, fica o desejo de que haja lisura, vamos torcer para que o acaso nos brinde com algo bom, que é uma eleição limpa, sem nenhuma fraude.

Tribunal sem voto mais uma vez atropela os representantes eleitos do povo
Má notícia para os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem: o Supremo confirmou a decisão do ministro Barroso que impede a entrada em vigor de uma lei aprovada pelo Congresso, que institui um piso salarial para esses profissionais. É muito interessante que os legisladores, que foram eleitos para fazer leis, ficam meses discutindo o projeto, analisam os recursos disponíveis para instituir o piso, e fazem a lei, aprovada na Câmara e no Senado. Os congressistas receberam um voto popular para fazer isso, mas aí o caso vai para um tribunal em que ninguém tem voto popular, e o tribunal suspende a lei.


A lei foi sancionada pelo presidente, foi publicada no Diário Oficial, mas os hospitais reclamaram. Os prefeitos dizem que o piso – que é de R$ 4.750 para o enfermeiro, que tem curso superior; 70% disso para o técnico de enfermagem e 50% para o auxiliar em enfermagem – vai dar uma despesa adicional de R$ 10,5 bilhões para as 5.570 prefeituras. Dividindo R$ 10,5 bilhões por 5.570, até que não fica tanto. Mas ameaçaram com demissões maciças e pouco atendimento para os hospitais. No fundo, ainda há outra coisa que precisa ser corrigida: o Estado não tem de se meter na iniciativa privada. O hospital privado, a clínica privada que se acertem com os seus funcionários, enfermeiros, técnicos e auxiliares.

Estado se intromete até em venda de carregador de celular
Agora mesmo, o Estado está se intrometendo também na venda do iPhone 14, porque não veio com carregador. Isso é uma decisão de mercado; não se metam no mercado! Doutor Paulo Guedes deve estar sem dormir ao ver isso. Como se não estivesse todo mundo cheio de carregadores dos celulares antigos nas gavetas de casa. Essa é uma decisão entre vendedor e comprador. Se o comprador está irritado, faz questão do carregador, ele não paga, compra de oura marca ou outra plataforma, e pronto. Isso é mercado, não se metam no mercado.

A piada de Alexandre de Moraes
O ministro Alexandre de Moraes desbloqueou as contas bancárias dos oito empresários investigados, justificando que o Sete de Setembro já passou e as contas tinham sido bloqueadas para eles não financiarem manifestações “antidemocráticas”. Eles iriam provavelmente financiar desordeiros, esses que pisam na bandeira, botam fogo na bandeira, quebram vitrines, entram na manifestação com barra de ferro… talvez sejam esses. Os empresários devem ter essa característica, eu nunca os vi fazerem nada isso, mas nunca se sabe… E eles ficaram sem crédito porque, com a conta bancária bloqueada, eles não podiam mais comprar nada. É o tipo de coisa que caberia bem naqueles programas de antigamente, programas humorísticos no rádio que eu ouvia quando era jovem. Ali faziam esse tipo de narrativa, e ríamos muito.


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CHINA E RÚSSIA ACHAM QUE PODEM DOMINAR O MUNDO

Foto: Noel Celis/AFP

Por Nigel Inkster* – Jornal Estadão

País adquiriu influência econômica e diplomática, possibilitando operações de espionagem que se estendem para muito além da tradicional coleta de informações de inteligência

THE NEW YORK TIMES – Nas três décadas que passei no Serviço Secreto de Inteligência do Reino Unido, a China jamais foi vista como ameaça relevante. Se perdíamos noites de sono, era em razão de desafios mais imediatos, como a expansão soviética e o terrorismo transnacional. A hesitante emersão da China da caótica era de Mao Tsé-tung e seu isolamento internacional após soldados chineses terem esmagado as manifestações pró-democracia da Praça Tiananmen, em 1989, fazia o país parecer insular e remoto.

Hoje, o quadro é diferente. A China adquiriu influência econômica e diplomática, possibilitando operações de espionagem que se estendem para muito além da tradicional coleta de informações de inteligência, crescem em escala e ameaçam suplantar agências de segurança ocidentais.

Chefes de inteligência dos Estados Unidos e do Reino Unido — o diretor do FBI, Christopher Wray, e o diretor-geral do MI5, Ken McCallum — têm sinalizado crescente preocupação em relação ao tema e concederam uma entrevista coletiva sem precedentes em julho alertando para, como Wray definiu, um esforço “vertiginoso” da China no sentido de roubar tecnologia, levantar informações sigilosas sobre economia e influenciar a política internacional em favor de Pequim. O ritmo se acelerava, afirmaram eles, e o número de investigações conduzidas pelo MI5 sobre atividades suspeitas dos chineses aumentou sete vezes desde 2018.

O diretor geral do MI5, Ken McCallum (E), e o diretor do FBI, Christopher Wray, se encontram na sede do MI5, em Londres
O diretor geral do MI5, Ken McCallum (E), e o diretor do FBI, Christopher Wray, se encontram na sede do MI5, em Londres  Foto: Dominic Lipinski/PA via AP – 6/7/2022

A cultura do Partido Comunista Chinês sempre possuiu uma natureza clandestina. Mas à medida que o partido se torna uma força ainda mais dominante na China desde que o presidente Xi Jinping assumiu o poder, uma década atrás, essa característica impregnou instituições estatais. A China pode ser muito bem definida como um Estado-espião. O partido considera a tarefa de adquirir e proteger segredos um empreendimento nacional que envolve todos os chineses, ao ponto de oferecer recompensas a cidadãos que identifiquem possíveis espiões e ensinar até crianças em idade escolar a reconhecer ameaças.

O Ocidente não pode combater fogo com fogo. Mobilizar governos, sociedades, economias e sistemas acadêmicos em torno da competição com algozes estrangeiros da maneira que a China faz trairia valores ocidentais. Mas líderes de democracias precisam internalizar a mudança de maré ocorrida na China e garantir que o envolvimento com Pequim seja ajustado em função de uma percepção pragmática da realidade.

A última ameaça de espionagem de Estado em magnitude comparável foi empreendida pelos soviéticos. Mas a União Soviética era isolada e empobrecida. A bem-sucedida economia da China, por outro lado, é um motor crucial do crescimento global, o que amplia vastamente o alcance de Pequim.

Quase invisíveis na arena internacional 30 anos atrás, as agências de inteligência chinesas são agora poderosas e bem financiadas. Elas se dedicam a explorar vulnerabilidades das sociedades abertas e a crescente dependência sobre a economia chinesa para coletar vastos volumes de informações de inteligência e dados. Grande parte disso ocorre no ambiente cibernético, como o ataque hacker de 2015 ao Escritório de Gestão de Pessoal dos EUA, durante o qual dados sensíveis de milhões de funcionários do governo federal foram roubados.

Operadores de inteligência chineses também estão presentes em empreendimentos e meios de comunicação estatais, embaixadas e consulados. O Consulado da China em Houston foi fechado pelo governo de Donald Trump em 2020 depois de servir como polo para coleta de dados confidenciais de alta tecnologia.

Mas as operações de espionagem dos chineses não param aí.

A Lei de Inteligência da China que passou a vigorar em 2017 exige dos cidadãos do país que colaborem com suas agências de espionagem. Mas essa legislação simplesmente formalizou uma situação que já era norma. O maior desafio da China decorre de organizações e atores engajados em atividades que podem não atender aos conceitos normais de espionagem.

Cooptação

Grande parte do esforço é organizado pelo Departamento de Trabalho da Frente Unida, uma organização do partido que busca cooptar chineses da diáspora bem-sucedidos — e cujo escopo foi ampliado sob o governo de Xi. A China também tenta cooptar outros cidadãos no Ocidente. Um caso emblemático, revelado este ano, envolveu um político britânico cujo gabinete recebeu um financiamento substancial de um advogado de etnia chinesa que, em função disso, obteve acesso ao establishment político do Reino Unido.

Uma estratégia chinesa é cultivar pacientemente relações com políticos em nível municipal ou comunitário que demonstrem potencial de ascender a cargos mais importantes. Em outra estratégia, conhecida como captura da elite, personalidades importantes do empresariado ou do governo recebem lucrativas ofertas de trabalho — mamatas, de fato — ou oportunidades de negócios para, em troca, defender políticas alinhadas com interesses chineses.

Para a China, trata-se de um esforço de sobrevivência. Informações de inteligência sobre tecnologia e negócios têm de ser obtidas para manter a economia chinesa crescendo em ritmo suficiente para evitar instabilidade social. Xi enfatizou a necessidade da adoção de meios “assimétricos” para alcançar o Ocidente tecnologicamente.

A China pode estar à frente na corrida agora, mas existem ferramentas que as agências de inteligência e de segurança do Ocidente podem trazer para o jogo, incluindo treinar seus agentes com os requisitos linguísticos necessários e conhecimento sobre a China e o funcionamento do Partido Comunista Chinês. Mas elas precisam de ajuda.

Monumento no Museu do Partido Comunista da China, em Pequim
Monumento no Museu do Partido Comunista da China, em Pequim Foto: Noel Celis/AFP – 4/9/2022

Democracias liberais não podem jogar apenas na defensiva; líderes políticos devem determinar investimentos maiores para capacidades ofensivas de coleta de inteligência e programas abrangentes para conscientizar empresas, organizações políticas e outros potenciais alvos a respeito de suas vulnerabilidades. Também são necessários sistemas para avaliar as implicações em segurança nacional do que, de outra forma, pode parecer meramente atividade comercial normal de empresas chinesas — e identificar entidades não chinesas a serviço de Pequim.

Legislação nova e mais eficaz em sintonia com a dinâmica em transformação é vital. O Reino Unido está dando um passo na direção correta, parece pronto para aplicar uma lei de segurança nacional que pretende ampliar a definição de espionagem e adotar medidas para criar, conforme colocou o Ministério do Interior, “um ambiente operativo mais desafiador” para quem atua como agente de interesses estrangeiros. A Austrália aplicou uma legislação similar, em 2018, para coibir influência secreta estrangeira sobre sua política doméstica após emergirem preocupações a respeito da atividade dos chineses.

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Neutralizar Pequim constitui um difícil ato de equilíbrio, especialmente em países com grandes populações da diáspora chinesa. Um exemplo característico foi o programa do FBI para prevenir roubo de dados de inteligência econômicos e científicos de universidades americanas, iniciado pelo governo Trump sob a Iniciativa da China. O programa surtiu um efeito aterrador sobre cientistas e engenheiros de etnia chinesa, que se sentiram perseguidos injustamente — e foi cancelado este ano.

Países ocidentais não deveriam ter medo de empreender esforços ousados. Ações como a expulsão em massa do Reino Unido de oficiais de inteligência soviéticos, em 1971, após um pico de atividade de espionagem, raramente afetam, se é que já afetaram, relações maiores. E o impacto da espionagem e da subversão também não deve ser superestimado. A União Soviética não perdeu a Guerra Fria em razão de suas operações de inteligência — que eram bem feitas — mas por causa do fracasso de seus ideais de governo.

O mesmo poderá se provar verdadeiro em relação à China. Formuladores de políticas e serviços de inteligência ocidentais devem inovar e se adaptar. Mas também devem garantir que as estratégias que empregam honrem os ideais de liberdade, abertura e legalidade que representam a maior ameaça para o Estado-partido chinês. / TRADUÇÃO DE GUILHERME RUSSO

*É EX-DIRETOR DE OPERAÇÕES E INTELIGÊNCIA DO SERVIÇO SECRETO DE INTELIGÊNCIA DO REINO UNIDO

 

BRASIL VAI MAL EM APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA

 

Mostra exame

Foto: Redação

Por Renata Cafardo e Ítalo Lo Re – Jornal Estadão

Todos os anos avaliados em Português e Matemática também tiveram retrocesso, segundo prova aplicada pelo MEC

Os estudantes brasileiros de 10 anos de escolas públicas e particulares voltaram à aprendizagem em Matemática que tinham em 2013 por causa da pandemia de covid-19. Atualmente eles não conseguem resolver problemas com adição e subtração de cédulas e moedas, em reais, por exemplo, ou que envolvam a metade e o triplo de números naturais.

Em Português, a regressão dos alunos de 5º ano foi menor. Em todas as séries avaliadas houve queda, tanto em Português quanto em Matemática. Os resultados foram divulgados nesta sexta-feira, 16, pelo Ministério da Educação (MEC) e se referem a uma prova feita em 2021 com 5,3 milhões de alunos do País, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Esta é a principal avaliação de educação do Brasil e traz pela primeira vez o retrato oficial do retrocesso causado pelas escolas fechadas e ensino remoto. Apesar da importância, há ressalvas de especialistas por causa do índice de participação ter sido baixo justamente em virtude da crise da covid-19. “A realização foi um grande desafio, esforço conjunto entre União, Estados e municípios. A aplicação foi exitosa”, disse o ministro da Educação, Victor Godoy.

A ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Maria Helena Guimarães de Castro, presente à coletiva no MEC, afirmou que, pelas peculiaridades da pandemia e diferenças entre redes, “os dados deste ano não poderiam ser comparados”.

Escolas tiveram de tomar uma série de cuidados durante retomada das aulas
Escolas tiveram de tomar uma série de cuidados durante retomada das aulas Foto: Werther Santana/Estadão

O Brasil foi um dos países que mais tempo deixou seus alunos em casa durante a crise sanitária. A maioria dos Estados reabriu suas escolas só em agosto de 2021, mesmo assim com esquemas de rodízio de presença.

O Saeb é uma prova bienal, de Português e Matemática, que deve ser realizada por todos os alunos dos 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio no Brasil, desde os anos 1990. Por causa da pandemia, o índice de comparecimento no Brasil foi de 71,25%, segundo o Inep. A participação maior foi dos estudantes do 5º ano, com 76,9%. A porcentagem geral é considerada muito baixa para alguns estatísticos. O último exame havia sido, em 2019, contou com 80,99% dos alunos do País.

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As médias mais baixas foram registradas no 5 ano, cujas crianças começaram a pandemia com 9 anos (4º ano), muitas vezes no processo final da alfabetização. Em Português, a queda foi de 6,6 pontos, equivalente a meio ano escolar. As crianças pequenas são também menos autônomas para o ensino remoto que os adolescentes. Por outro lado, voltaram em peso às escolas, o que não ocorreu no ensino médio – muitos jovens tiveram de trabalhar e abandonaram os estudos.

A nota registrada no ensino médio, com quedas menores, pode ter ocorrido pela menor participação de estudantes no Saeb, já que foi de 61,4%. Mesmo assim, em Matemática, a queda foi de 8,73 pontos. Isso significa que eles não conseguem determinar um valor reajustado de uma quantia a partir de seu valor inicial e do percentual de reajuste. A média também caiu a níveis que eram registrados em 2013.

No 9 ano do ensino fundamental, assim como nos outros avaliados, a maior queda também foi em Matemática.

Ao longo dos anos, os alunos brasileiros vinham melhorando a aprendizagem medida pelas avaliações nacionais. Na última prova, em 2019, o ensino médio havia registrado uma alta histórica. No 5º ano a média de Português era de 214,64 em 2019 e de 227,88 em Matemática. No 9º ano a nota de Português havia sido de 262,3 e a de Matemática, 265,1. Dessa forma, os meninos e meninas de 14 anos conseguiam inferir o tema e a ideia principal em notícias, crônicas e poemas e localizar informações explícitas em crônicas e fábulas. E ainda analisar dados em uma tabela simples e em gráficos de linha com mais de uma grandeza.

O governo de Jair Bolsonaro é acusado por Estados e municípios de não ter dado qualquer ajuda para manter a educação funcionando nos momentos em que era necessário isolamento. Não houve coordenação federal, apoio técnico ou investimentos em equipamentos e conectividade do Ministério da Educação (MEC) para que as escolas públicas pudessem ensinar seus alunos de modo remoto. Os esforços foram feitos por Estados e cidades, com a ajuda de entidades do terceiro setor durante toda a pandemia.

“Os alunos que fizeram a prova são os que estavam mais vinculados com a escola, não tiveram de sair durante a pandemia para trabalhar. Houve então, de certa forma, uma seleção dos estudantes”, diz Priscila Cruz, presidente executiva do Todos. Estudantes mais vulneráveis podem não ter participado. Entre os adolescentes, os que tiveram de trabalhar também podem não ter feito o Saeb porque já tinham abandonado a escola.

Para ela, o Ministério da Educação (MEC) errou ao tentar fazer um exame censitário e não um amostral neste ano de pandemia, como alertaram diversos especialistas no ano passado. Dessa forma a seleção dos alunos teria critério estatístico e não aleatório, como ocorreu. “A avaliação deste ano não pode ser comparada com outros, tudo foi excepcional por causa da pandemia”, completa.

Outros países, como os Estados Unidos, divulgaram também recentemente resultados de retrocessos históricos na aprendizagem dos alunos durante a pandemia.

A nota no Saeb e a taxa de aprovação formam o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que também foi divulgado nesta sexta-feira, 16. O Estadão ouviu diversos especialistas que alertaram que o Saeb este ano expressa mais fielmente o resultado da educação brasileira do que o Ideb por causa das distorções causadas pelo período de pandemia. Isso porque ele considera somente a aprendizagem dos alunos. Mesmo assim, até o resultado do Saeb tem ressalvas.

Em 2020, por causa da covid-19 e com escolas fechadas, as redes de ensino foram incentivadas a não reprovar alunos pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Era uma forma de evitar o abandono e também não prejudicar alunos que não poderiam ser bem avaliados estando em casa, em ensino remoto.

O procedimento se repetiu em 2021 em muitos lugares. Em 2019, antes da pandemia, a taxa de aprovação no Brasil era de 95,1% no 5º ano, de 89,9% no 9º ano e de 86,1% no ensino médio. Já em 2021 elas subiram respectivamente para 97,6%, 95,7% e 90,8%. Ao ser considerada na fórmula que calcula o Ideb, o índice sobe mesmo que a aprendizagem das crianças tenha piorado. Há Estados, como Sergipe, em que a diferença é extrema: de 75%, em 2019, para 98% de aprovação em 2021.

Especialistas explicam que redes de ensino que demoraram a voltar ao presencial podem ter esticado as políticas de aprovação automática por mais tempo, por causa da dificuldade em avaliar ou até em localizar alunos. Outras, que se esforçaram para sair do ensino remoto, podem ter reprovado mais. Para o Todos pela Educação a “situação atípica de distorção das taxas de aprovação dos estudantes durante a pandemia praticamente invalida comparações gerais sobre a evolução do Ideb nas redes”.

Nas escolas privadas, apenas uma amostra dos alunos participa tradicionalmente. As provas foram feitas em novembro e dezembro de 2021 por 5,3 milhões de crianças e adolescentes do País.

Neste mês, os Estados Unidos divulgaram resultados dos seus exames nacionais que mostraram que a nota de Matemática dos alunos recuou ao que era registrado em 1999 também durante a pandemia de covid-19. Em Leitura (equivalente a Português no Brasil), o resultado foi semelhante ao que havia em 2004. O retrocesso foi classificado como “histórico” no País e o maior registrado em 30 anos.

Neste ano também foram feitas no Saeb provas de Ciências da Natureza e Ciências Humanas para o 9º ano e de alunos do 2º ano do fundamental passaram por exames de Português e Matemática. As notas variam sempre de 0 a 500 e expressam as habilidades e competências que os alunos conseguiram atingir em cada disciplina.

Este era o último ano para qual o MEC estipulou metas de aprendizagem lá em 2007 quando o Ideb foi criado. A partir do ano que vem, o índice precisa ser repensado, assim como o Saeb que deve considerar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

METAVERSO E INTERAÇÕES NO MUNDO DIGITAL

 

Palestra: Alexandre Del Rey, fundador da I2AI – International Association of Artificial Intelligence

Um mundo virtual que tenta replicar a realidade por meio de dispositivos digitais, suportado por diversas tecnologias.

O Metaverso parte de uma nova promessa de internet, denominada, por alguns, como Web 3.0, onde se tem não só leitura e escrita, interação, mas também a propriedade de seus dados. Há como postar informações e ganhar com elas, e ainda garantir que é de sua autoria, pois há certificado de origem. “É a abertura de espaço para economia completa e virtual, independentemente da geografia”, comentou Alexandre Del Rey, fundador da I2AI – International Association of Artificial Intelligence, na palestra “Metaverso: O que é e por que virou tendência?”, promovida no “Programa Filtra Ação”, canal de conteúdo online da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais e das revistas Meio Filtrante e TAE,  que conta com o patrocínio do Grupo Supply Service.

Durante a palestra, citou e explicou alguns tópicos fundamentais do Metaverso, como infraestrutura, interface humana, rede de descentralização, computação espacial, produtores e criadores da economia digital, descoberta e experiência.

Disse que a organização da Web 3.0 sai da plataforma com um dono e vai para ecossistemas com diversos colaboradores, enquanto a infraestrutura muda de computadores pessoais, como na Web 1.0, para nuvem Blockchain, que permite o trânsito seguro de informações de forma automatizada, transparente e descentralizada. “O Metaverso é uma internet mais colaborativa, mais onipresente, com ambientes digitais mais imersivos. Isto tudo com economia interna, com possibilidade de propriedade e autenticidade”, explicou Del Rey, acrescentando: “Indica um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade por meio de dispositivos digitais, um espaço coletivo e compartilhado, constituído pela realidade virtual, realidade aumentada e internet, suportada por diversas tecnologias, como inteligência artificial, Blockchain e Internet das Coisas (IoT)”.

Sobre a infraestrutura da Web 3.0, citou 5G, Data Centers, provedores de nuvens, provedores de antenas, provedores de chips e celulares, CPU’s (Unidade Central de Processamento), GPU’s (Unidade de Processamento Gráfico), entre outros.

Para ter acesso ao mundo virtual, falou que há necessidade da interface humana: sensores, óculos virtuais, luva háptica para sentir os objetos do Metaverso, entre outros dispositivos.

Segundo Alexandre na Web 3.0, a descentralização confronta com as soluções centralizadas. Destacou, entre estas soluções, o Decentraland, universo 3D governado por uma organização autônoma descentralizada, desenvolvido na blockchain do Ethereum, que une jogos em sistema play to learn com uma plataforma de realidade virtual, em que é possível criar avatares, interagir com outras pessoas e realizar atividades. Mas, além dos jogos, há também iniciativas descentralizadas nas áreas de serviços financeiros, varejo, tecnologia e entretenimento.

Para fazer o ambiente tridimensional e os produtos em 3D, citou ferramentas da computação espacial (realidade virtual, realidade aumentada, inteligência artificial e Internet das Coisas), como da Adobe, Autodesk, NVIDIA Omniverse, Blender e Unity.

Ressaltou que sem a comunidade dos criadores digitais, o Metaverso não seria uma economia viável já que há necessidade de se construir soluções para este mundo, como avatares, roupas para avatares, casas digitais e outros produtos.

Falou também sobre os papéis da descoberta – buscadores e lojas de aplicativos para encontrar “os metaversos” e o da experiência com as plataformas de metaverso, como a decentraland, onde há a possibilidade de comprar um terreno, que conta com a frequência de pessoas e oportunidades de negócios.

Ao final da apresentação, falou que Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, chamou a atenção para o Metaverso, em 2021, ao mudar o nome da empresa para Meta e, recentemente, criou o Horizon Worlds, videogame online gratuito de realidade virtual com um sistema integrado de criação de jogos, que traz experiências combinadas do mundo real e digital. Citou ferramentas, como a Spatial.io para reuniões, confraternizações e eventos; FrameVR.io com espaços para interação virtual, como palestras, entre outras, e o mundo espelho, com sua capacidade de “espelhar” a realidade no mundo do metaverso.

Concluiu enfatizando os pilares tecnológicos dessa nova revolução: realidade aumentada e realidade virtual, fundamentais que precisam ser desenvolvidas ainda mais; interfaces homem-máquina e IoT; inteligência artificial, motor do Metaverso; e Blockchain, base de confiança, transparência e propriedade dessa economia. “E para finalizar isto tudo, precisaremos cada vez mais de infraestrutura – 5G, capacidade de banda; softwares mais robustos; melhorar os sensores de percepção do mundo virtual, bem como os aparelhos; e aprimorar o poder de processamento e computação”, disse.

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A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon tem crescido exponencialmente, até o momento, tivemos 130.000 visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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