Petista trata eleitores que não estão do mesmo lado como inimigos ao associar manifestações do 7 de Setembro à Ku Klux Klan
O ex-presidente Lula,
que promete todos os dias “devolver” a paz, a concórdia e a alegria ao
Brasil, disse que as imensas manifestações de massa em favor do
presidente Jair Bolsonaro no 7 de Setembro, com mais de 1 milhão de pessoas nas ruas de todo o País, foram uma “reunião da Ku Klux Klan”,
a infame sociedade secreta americana que se transformou em símbolo do
racismo mundial. Isso mesmo: todo aquele mar de gente, de todas as
condições sociais e etnias, que cobriu as cidades brasileiras de verde e
amarelo, se resumiu a um encontro de desajustados racistas. É
possivelmente o pior insulto jamais feito ao povo brasileiro por um
político. Havia uma multidão na rua, manifestando em paz e em ordem suas
preferências políticas – um direito que é assegurado a todos os
cidadãos pela Constituição Federal do Brasil. Mas, para Lula, eram todos
bandidos.
É esse, exatamente, o julgamento público que Lula faz dos brasileiros
que não concordam com ele – são marginais, gente indesejável que comete
o crime coletivo de sair à rua para exibir as taras políticas do seu
racismo e outras deformidades. É esse o amor que ele prega em sua
campanha eleitoral – e essa a compreensão que tem pelos milhões de
brasileiros que não querem votar nele. Lula afirma, o tempo todo, que o
seu adversário nas eleições presidenciais provoca a “divisão” do povo,
prega o ódio e não respeita opiniões contrárias. E ele? Chamar os
manifestantes do 7 de Setembro de fanáticos da Ku Klux Klan (ou “Cuscuz
Klan”, como disse) seria por acaso um gesto democrático diante de
posições diferentes das suas – ou um apelo à união, ou uma mensagem de
paz? É claro que não. O candidato do PT, com essa agressão às multidões
que levantaram a bandeira do Brasil e as cores nacionais na comemoração
dos 200 anos da independência, mostrou o tamanho exato do seu
desrespeito pelo eleitorado brasileiro; quem não está do mesmo lado é
inimigo, e não um ser humano que exerce o seu direito a ter opiniões
próprias. Parece uma prévia, também, do tratamento que reserva em seu
governo, caso vença as eleições, para quem preferiu o outro candidato.
Lula não está sozinho em sua decisão de separar os brasileiros em
apenas duas categorias: lulistas de um lado, delinquentes de outro. O
ministro Luís Roberto Barroso,
que como todo o resto do STF não para de falar em democracia, disse que
as manifestações do Sete de Setembro seriam úteis para se calcular o
número exato de fascistas no Brasil. Para ele, o cidadão que exerce o
direito de expressar suas convicções indo à praça pública, como ocorreu
nas manifestações pró-Bolsonaro, é um amaldiçoado político; declarar
voto num candidato legítimo à presidência da República, na opinião do
ministro, é uma demonstração de “sentimento antidemocrático”. É este o
tipo de conduta imparcial que se pode esperar hoje da alta justiça
brasileira.
Alison Correia, um dos principais influenciadores de finanças do Brasil e CEO da TopGain
Especialista em finanças explica como as políticas monetárias estão em todos os lugares
O que passa na sua cabeça quando você ouve o termo “política
monetária”? Provavelmente algo muito complicado, distante da sua
realidade ou até mesmo, algo do governo. Apesar do nome complicado, a
política monetária de um país está em todos os lugares: no preço que
você paga no mercado, nos boletos que você quita e até mesmo, nas suas
compras do cartão de crédito.
Para explicar melhor sobre esse termo, conversamos com o especialista
Alison Correia, um dos principais influenciadores de finanças do Brasil
e CEO da TopGain, plataforma informativa sobre investimentos. “Assim
como todos nós precisamos controlar os nossos ganhos e gastos e
estabelecer metas de investimento, um país também precisa. E para isso,
damos o nome de política econômica”, explica.
A política econômica é formada basicamente por três pilares: política
fiscal, política cambial e a política monetária. A política fiscal é o
orçamento de um país, ou seja, seu controle de receitas e despesas. Já a
política cambial é a relação financeira do país com outros países, isto
é, como ele administra o câmbio dentro do seu território.
A política monetária é responsável por controlar o dinheiro que
circula no país, que não pode ser excessivo, elevando a inflação, nem
pouco, que pode disparar a busca por empréstimo e aumentar os juros. Por
isso, podemos dizer que se o Brasil fosse uma pessoa física, por
exemplo, a política econômica seria sua planilha de controle financeiro.
“Esses pilares servem para equilibrar as contas de um país e evitar
problemas como inflação alta, desemprego e economia parada.”, completa
Correia.
Em outras palavras, cada pilar da política econômica cuida de um
aspecto da economia e a política monetária cuida da forma como o
dinheiro circula no país. Dinheiro demais faz com que a inflação
dispare. A inflação é, basicamente, um aumento generalizado dos preços
de bens e serviços pela maior quantidade de dinheiro em circulação. Ela
diminui o poder de compra das pessoas e responde aquela velha pergunta
da infância “não é só imprimir mais dinheiro?” Não. Afinal, ao imprimir,
mais dinheiro estará circulando no país e a inflação irá nas alturas.
Por outro lado, dinheiro de menos faz com que as taxas de juros
disparem. A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira,
de maneira simplificada. Ela define o valor a ser pago pelo dinheiro e é
usada para controlar a inflação. Ela é definida e calculada pelo COPOM
(Comitê de Política Monetária), do Banco Central, a cada 45 dias. Em
2019, por exemplo, a Taxa Selic foi uma das menores da história. Quando a
Selic é alterada para baixo, os rendimentos dos investimentos atrelados
a ela também caem. Isso faz com que os custos dos bancos diminuam
também e é provável que os juros cobrados por empréstimos, por exemplo,
caiam junto. O oposto acontece quando a Selic aumenta. No entanto, pode
acontecer do banco não repassar essas quedas da Selic para o consumidor
final, aumentando assim o seu spread, ou seja, seu lucro.
“É preciso ter em mente que a política monetária principal de
qualquer banco central, de qualquer país, é equilibrar o ecossistema que
lhe beneficia. Eles não foram criados para beneficiar as pessoas e sim,
para fazer com que as contas do governo estejam superavitárias, ou
seja, com mais arrecadação que despesa”, esclarece o especialista, que
compartilha diariamente sua visão do mercado nas redes sociais e ensina
seus seguidores questões técnicas do ramo.
Saber como funcionam as políticas econômicas e cada um dos seus
pilares é essencial para entender o seu comportamento com o dinheiro que
você ganha e que você gasta. Quando você entende o que está por trás de
uma ação – aumento da Selic para controlar a inflação, por exemplo – é
possível estudar qual é a melhor direção para o seu dinheiro. Para
ensinar melhor sobre o mercado financeiro, Alison Correia também realiza
operações reais ao vivo para uma melhor interação e aprendizado dos
alunos em seu Instagram @alisoncorreia.
Por que você está ignorando a ferramenta de vendas mais poderosa do mundo?
Guilherme Dias – Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG)
Eu vejo todos os dias o anunciante separando seus R$ 10.000,00 pra
fazer uma campanha no rádio, R$ 3.000,00 para sair em uma revista local,
pelo menos R$ 9.000,00 para fazer uns 3 pontos de mídia exterior, mas
na hora de tirar o escorpião do bolso pra comprar mídia online, qualquer
“milão” é “caro demais”.
Eu sinceramente não sei de onde veio este mito de que fazer anúncios
na internet merece menos atenção financeira do que outros meios. A
lógica deveria ser justamente a inversa.
Nenhum outro tipo de mídia retém tanta atenção do público comprador como na internet.
O Brasil é o terceiro país do mundo onde as pessoas mais ficam
conectadas, passando mais de 10 horas por dia online (DEZ HORAS POR
DIA!).
Ficamos atrás apenas de África do Sul e Filipinas.
Qual outra mídia prende a atenção das pessoas por DEZ HORAS?
Qual outra mídia pode colocar sua marca literalmente na mão do seu cliente ideal?
Qual outra mídia pode colocar sua marca na mão do seu cliente no EXATO momento que ele está propenso a fazer uma compra?
Qual outra mídia pode rastrear, seguir o seu cliente de acordo com os hábitos de consumo dele?
Qual outra mídia pode segmentar um anúncio de acordo com os interesses, medos, desejos, ações, intenções…
Qual outra mídia pode oferecer um contato com seu cliente ideal 24 horas por dia, 7 dias por semana?
Absolutamente nenhuma além da internet.
E agora, me conta…qual o motivo da internet receber menos investimento comparado à mídia tradicional?
Marketing Digital é barato, mas não é de graça.
Vamos fazer uma conta de padaria:
Quanto custa imprimir 1.000 flyers (folhetos) e distribuir no sinal?
Papel couchè brilho 90g 4×4 cores, em gráfica de internet (qualidade bem meia boca), com frete sai em torno de R$ 250,00.
Para a distribuição, você não vai encontrar quem faça por menos de R$ 70 a diária.
Você não tem a garantia de entrega. Já ví muito “panfleteiro” jogando
metade do material no bueiro, ou entregando 2 de uma vez só em cada
carro. Mas vamos tirar essa margem da conta.
Estamos falando de R$ 320 para 1 mil impactos.
Hoje estava otimizando uma campanha de Instagram, da minha conta
pessoal, e o meu CPM (custo por mil impressões) estava girando em torno
de R$ 5,51.
Ou seja cerca de 1,72% do valor de uma ação de rua com flyer.
Essa lógica pode ser aplicada a qualquer meio de comunicação tradicional, seja rádio, tv, outdoor, busdoor…
E a conta também deve ser levada em consideração além dos anúncios de Google, LinekedIN, Facebook, Instagram e TikTok.
Banners em portais e publieditoriais, este último ainda pouco
explorado por pequenos e médios anunciantes, também apresentam números
disparados na frente do marketing tradicional.
Então, quando você se perguntar se está tendo ou não resultados com mídia online, pense nessa continha.
Marketing digital, em comparação, é barato sim, mas será que você
deveria deixar a menor faixa de verba do seu orçamento de marketing para
o meio de vendas MAIS PODEROSO QUE EXISTE?
Deixo a reflexão.
Preferências de Publicidade e Propaganda
Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago
Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para
divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais
veículos de propaganda você tem preferência?
Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das
empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros
meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.
Vantagens da Propaganda no Rádio Offline
Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.
É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda
existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou
produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio
funciona bem demais!
De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas
vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender
que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará
entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim,
concretizar suas vendas.
Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline
Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que
costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no
rádio. Frequentemente, os rádios também são usados como ruído de
fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles
também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o
ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo
quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao
usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,
A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade
para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de
marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e
a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos
smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia
digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é
claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco
dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é
mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda
mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar
uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em
uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança,
voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo
o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é
colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e
de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o
material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é
possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver
se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio
publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não
permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio
digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que
ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a
empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o
seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela
esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a
mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente
estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que
não estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de
alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários
dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso
proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores
que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por
meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes
queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência
pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente.
Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas
compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos
diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa
abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das
pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua
presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as
chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma,
proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce,
os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles
funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os
consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo
ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas
encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus
produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa
que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em
2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas
vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver
seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do
nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a
visibilidade da sua marca.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Bolsonaro durante seu discurso de abertura da Assembleia Geral da
ONU em 2019: presidente discursará novamente na terça-feira (20)| Foto:
Alan Santos/PR
O comitê da campanha de Jair Bolsonaro (PL)
acredita que a agenda internacional que o presidente cumprirá na próxima
semana possa beneficiar sua candidatura à reeleição. Ele irá ao funeral
da rainha Elizabeth II, em Londres, na segunda-feira (19), e no dia
seguinte discursará na 77ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York.
A campanha espera que os compromissos no exterior transmitam a
Bolsonaro uma imagem de prestígio enquanto chefe de Estado e candidato à
reeleição, a despeito de serem agendas do presidente da República.
Em relação ao funeral da monarca britânica, coordenadores eleitorais
asseguram que o intuito não é usar a cerimônia como plataforma
eleitoral. Admitem, porém, que, do ponto de vista pragmático, é uma
chance para realçar a imagem de estadista do presidente ao aproveitar a
exposição natural que receberá da imprensa.
Quanto à presença na Assembleia-Geral da ONU, a campanha admite que é
uma oportunidade clara para Bolsonaro usar como palanque eleitoral. Não
à toa, interlocutores do núcleo político antecipam que a ideia é fazer
um discurso voltado para o público interno.
O que esperar da presença de Bolsonaro no funeral de Elizabeth II A
ida de Bolsonaro ao funeral de Elizabeth II cumpre uma formalidade
diplomática. Ele comparecerá à cerimônia na Abadia de Westminster, em
Londres, junto de outros chefes de Estado, bem como políticos e a
família real britânica. A primeira-dama Michelle Bolsonaro deve
acompanhar o marido.
Depois do funeral, o caixão será levado em procissão para o Castelo
de Windsor, onde será sepultado. O enterro será na Capela de São Jorge,
no terreno do castelo. O corpo da monarca será colocado ao lado do
marido, o príncipe Philip; do pai, o rei George 6º; da mãe, a rainha-mãe
Elizabeth; e da irmã, a princesa Margaret.
A estadia de Bolsonaro será curta, mas relevante. Para o comitê da
campanha, será importante para realçar o status de chefe de Estado da
maior economia da América Latina e a importância que o país tem no
cenário internacional. Cientes de que a cerimônia terá a cobertura da
imprensa, coordenadores eleitorais vislumbram otimistas de que a
exposição midiática permitirá à população brasileira e eleitores em
potencial conferir a interação do presidente com os chefes de outros
países.
Para isso, ele terá de dar uma pausa na agenda de campanha eleitoral.
No sábado (17), Bolsonaro visita Pernambuco e havia a possibilidade de
ele permanecer no estado até domingo (18). Mas isso foi descartado após o
Itamaraty receber o convite para o funeral de Elizabeth II. O
presidente embarca para Londres na noite de sábado.
Na última segunda-feira (12), ele visitou a embaixada do Reino Unido,
em Brasília, para assinar o livro de condolências pela morte da rainha.
O presidente estava acompanhado da primeira-dama.
A ida de Bolsonaro será curta e, portanto, é imprevisível saber se
haverá espaço para um encontro com a nova primeira-ministra do Reino
Unido, Liz Truss, mas algum encontro bilateral é “sempre possível”,
disse o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Itamaraty,
embaixador Paulino Franco.
Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (15) para falar sobre a
Assembleia-Geral da ONU, Franco esclareceu não ter informações sobre a
agenda de Bolsonaro em Londres. Mas destacou que, “em havendo a
possibilidade de encontros” na capital inglesa, uma conversa “é sempre
do interesse de outros líderes europeus e do presidente”. “[Mas] não sei
se permitirá uma flexibilidade grande para encontros. Será tudo com o
passar muito marcado”, ponderou.
Como será a agenda de Bolsonaro na ONU Na noite de segunda-feira
(19), Bolsonaro embarca para Nova York, onde será o primeiro a discursar
na Assembleia Geral da ONU, na terça-feira (20). O pronunciamento será
voltado para o público interno como uma estratégia eleitoral, admitem
interlocutores do núcleo político da campanha.
O objetivo é converter votos de eleitores hoje dispostos a votar em
alguma candidatura da terceira via e convencer a escolha da parcela
indecisa do eleitorado. Para isso, interlocutores admitem que trechos do
discurso podem ser usados dentro da estratégia de comunicação eleitoral
nas redes sociais.
Segundo coordenadores eleitorais, o discurso terá como foco exaltar o
legado do governo e deve contemplar pontos abordados nos outros anos.
Para isso, serão destacados diferentes temas, como: a recuperação
econômica e dos investimentos; os esforços ao combate à pandemia da
Covid-19 e à guerra na Ucrânia; as ações do governo pela defesa do meio
ambiente e do desenvolvimento sustentável; e a importância do Brasil
para a segurança alimentar mundial.
O objetivo é apresentar o governo como o responsável por ter colocado
o país no rumo de uma economia liberal que evitou maiores danos
causados pela pandemia, pela guerra na Ucrânia, e como sua atuação
coloca o Brasil em um papel de destaque na América Latina e no mundo. A
meta é transmitir a imagem de que a gestão zelou pelos empregos, pela
vida e sempre defendeu as liberdades.
Na coletiva de imprensa sobre a participação da delegação brasileira
na ONU, o embaixador Paulino Franco esclareceu que, em última instância,
a construção do texto final do discurso cabe à Presidência da
República. Ele reconheceu, porém, que o Itamaraty preparou subsídios e
sugestões que embasam uma “prestação de contas” à comunidade
internacional, com ideias sobre a pandemia, o conflito na Ucrânia, e
acerca do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.
Sobre a hipótese de um discurso ao público interno, Paulino acredita
que o presidente “separará as duas coisas”, mas entende que ele não pode
“deixar de ser, também, um candidato à reeleição”. “A separação é
necessária, mas mas nem sempre é perfeita. Depende da ocasião, do
momento e da interlocução que os líderes tenham com outros líderes”,
ponderou o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos.
Agenda de viagens pode trazer bônus internos e externos à campanha A
análise feita reservadamente por interlocutores da campanha sobre os
possíveis ganhos eleitorais da agenda de viagens de Bolsonaro é
endossada pelo deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança
(PL-SP), membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara e
ex-vice-presidente do colegiado.
Para o parlamentar, Bolsonaro ganha não apenas no âmbito interno, mas
também externo, a começar pela possibilidade da construção da ideia de
um estadista. “Que, até agora, diria que a mídia tem feito de tudo para
descredenciá-lo”, criticou Orleans e Bragança. Para ele, a agenda
externa será uma oportunidade para contrapor a opinião pública mundial
que constrói uma uma imagem “totalmente inverídica” do presidente.
“E que precisa ser debelada com ações como essa. Não apenas pela
presença, mas também pela comunhão de alguns rituais e valores da
comunidade internacional. Uma vez se mostrando com deferência, respeito,
isso só ajuda a opinião pública externa com relação ao presidente e
também tem impactos internos também”, opinou.
Do ponto de vista da política externa, a agenda permite a Bolsonaro
ganhar capital diplomático ao assumir um compromisso com a comunidade
internacional. “É uma sinalização de que ele está aberto ao diálogo, mas
acho que a postura diplomática e também comercial e estratégica que o
presidente conduz tem sido um dos pontos fortes do governo”, elogiou.
Para o parlamentar, a política de Bolsonaro inaugurou uma nova
vertente “soberanista” que recolocou o Brasil em um nível de
respeitabilidade internacional. “Porque a gente é um país vassalo das
vontades de outros que se julgam mais poderosos e sofisticados, mas o
presidente deu um ‘tapa na mesa’ e está se posicionando. E ninguém mais
brinca com o Brasil nesse sentido, e isso é fundamental”.
Sob a ótica da política interna e eleitoral, Orleans e Bragança
entende que as viagens ajudam Bolsonaro a convencer uma parcela do
eleitorado que, hoje, está com candidatos da terceira via. “Por uma
questão identitária, muitos não gostam do jeito do presidente por
achá-lo cáustico e informal para o cargo. Essa parcela da opinião
pública que tentou se construir na terceira via não vota no presidente”,
disse. “Mas com ele se posicionando internacionalmente como o chefe de
Estado que sei que consegue ser, essas opiniões somem ou são reduzidas a
nada”, acrescentou.
O especialista em relações internacionais Thales Castro, coordenador
do curso de ciência política da Universidade Católica de Pernambuco
(Unicap), concorda com a análise de que a candidatura pode ser
fortalecida com as viagens. “Sem dúvidas é possível obter apoio ao
mostrar que tem prestígio ao estar no meio de grandes líderes mundiais
no funeral da rainha. Isso desconstrói a narrativa da esquerda de que
Bolsonaro não tem prestígio internacional e que a imagem do Brasil está
prejudicada”, disse. “Já o discurso na ONU garante a ele palanque para
falar ao público doméstico”, completou.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), fala diante de
centenas de seus apoiadores durante manifestação do 7 de Setembro.|
Foto: EFE/Joedson Alves
Faz algum sentido que um candidato a cargo público seja impedido de
usar imagens de comícios, atos que demonstram a dimensão do apoio
popular que ele tem, em suas peças de propaganda eleitoral? Pois o
Tribunal Superior Eleitoral acaba de decidir que sim: por unanimidade,
na terça-feira, a corte manteve a liminar concedida pelo ministro
Benedito Gonçalves no sábado, proibindo que Jair Bolsonaro use as
imagens dos eventos do Sete de Setembro em Brasília e no Rio de Janeiro
em seu material de campanha. Uma decisão que foi muito além do razoável e
do que poderia se justificar em uma situação como essa.
Na liminar, Gonçalves – aquele mesmo que foi flagrado conversando
muito amistosamente com Lula na recente posse de Alexandre de Moraes
como presidente do TSE – determinou que a campanha de Bolsonaro deve
“cessar a veiculação de todo e qualquer material de propaganda
eleitoral, em todos os meios, que utilizem imagens do Presidente da
República capturadas durante os eventos oficiais de comemoração do
Bicentenário da Independência, atos realizados em Brasília/DF e no Rio
de Janeiro/RJ no dia 07/09/2022”. No entanto, apesar de a decisão se
referir a “eventos oficiais”, o entendimento que vem sendo aplicado é o
de que mesmo as imagens dos atos de campanha, que já não tinham caráter
oficial, também não podem ser utilizadas.
O trabalho da corte eleitoral é o de impedir vantagens indevidas, e não o de impor desvantagens indevidos
A alegação da coligação encabeçada pelo PT, que foi ao TSE solicitar a
proibição do uso das imagens, é a de que ambos os atos, o oficial e o
de campanha, se tornaram uma coisa só, bancada com dinheiro público. No
entanto, a afirmação não se sustenta por motivos muito evidentes. A
comemoração do Bicentenário da Independência – esta, sim, bancada com
recursos públicos – é um evento que consiste em desfile oficial
cívico-militar, com a presença de Bolsonaro (portando a faixa
presidencial) e outras autoridades em tribuna de honra. Já o comício,
ainda que tenha ocorrido logo na sequência do desfile, pode ser
claramente distinguido do evento oficial por uma série de
circunstâncias: Bolsonaro já não porta a faixa e se desloca para outro
palanque “custeado pelo Movimento Brasil Verde e Amarelo”, como afirma a
própria liminar, ou seja, sem recursos públicos.
Mesmo a alegação de que Bolsonaro se beneficia, “‘ainda que
indiretamente, de toda a estrutura organizada oficialmente’ e que havia
atraído pessoas para comemorar o Bicentenário da Independência” não se
sustenta; uma vez terminado o desfile cívico-militar – que
tradicionalmente atrai muitos brasileiros em inúmeras cidades do país,
independentemente de preferência político-partidária –, permaneceu para o
comício quem assim o desejou. E não exageramos ao afirmar que boa parte
dos presentes à Esplanada dos Ministérios neste Sete de Setembro estava
mais interessada em apoiar Bolsonaro que em ver os carros armados e as
tropas em desfile. O mesmo raciocínio, em sua inteireza, se aplica aos
atos do Rio de Janeiro, onde o trio elétrico foi custeado pelo pastor
Silas Malafaia – novamente, segundo o próprio texto da liminar.
Pode-se admitir, em nome do princípio da isonomia, que a campanha de
Bolsonaro não possa utilizar as imagens dos atos oficiais, já que
participar deles na condição de chefe de Estado é algo que não estava ao
alcance de nenhum dos outros candidatos; pode-se, ainda, restringir o
uso de imagens feitas pela TV Brasil, que é veículo de imprensa oficial.
Mas a interferência do TSE deveria terminar ali. Não há razoabilidade
alguma em se impedir a campanha de Bolsonaro de usar as imagens
realizadas nos comícios, tanto em Brasília quanto no Rio, caso sejam
oriundas de fontes não oficiais, seja de empresas contratadas pela
campanha para a produção de vídeos, seja de imagens amadoras fornecidas
por apoiadores.
A campanha de Bolsonaro tem evitado usar qualquer imagem do Sete de
Setembro para não dar brechas a novas punições do TSE, mas a corte
também está se omitindo em sua tarefa de deixar claro qual o alcance
exato da liminar confirmada em plenário. No início do julgamento de
terça-feira, o advogado Tarcísio Vieira, que representa a campanha de
Bolsonaro, questionou se a proibição também se aplicava a tudo o que
houvesse ocorrido antes e depois da cerimônia oficial; Gonçalves
respondeu dizendo que a questão seria avaliada posteriormente. Da mesma
forma, ficou sem resposta um pedido feito antes do julgamento, para que
fosse permitido o uso de imagens não oficiais dos atos de campanha (ou
seja, excluídos os desfiles cívico-militares). Esse esclarecimento é de
suma importância, e é algo que os ministros poderiam muito bem ter
definido já enquanto julgavam a liminar de Gonçalves.
O trabalho da corte eleitoral é o de impedir vantagens indevidas, e
não o de impor desvantagens indevidos. Enquanto não vier uma definição
mais precisa do alcance da decisão do TSE, qualquer outro candidato que
tenha realizado comícios em seu apoio no dia da Independência pode usar
as imagens do ato como bem entender, menos Jair Bolsonaro. Se o uso de
imagens oficiais feitas em eventos oficiais fere de fato a isonomia
entre os competidores, a dita “paridade de armas” também sai prejudicada
quando um candidato fica impedido de veicular imagens produzidas de
forma não oficial em atos de campanha, enquanto aos demais essa
possibilidade fica aberta. Se o TSE não for capaz de compreender essa
distinção básica, estará se portando como agente político e deixando de
lado a necessária imparcialidade.
Brasil tem uma das economias mais fechadas do mundo, o que é um
antigo e bem conhecido obstáculo ao desenvolvimento do país| Foto:
Rodrigo Felix Leal/SEIL/ANPR
Historicamente avesso à competição, o
Brasil tem uma das economias mais fechadas do mundo, o que é um antigo e
bem conhecido obstáculo ao desenvolvimento do país.
Ao escrever sobre o assunto, o economista Fabio Giambiagi fez uma
analogia com o futebol para ilustrar as consequências desse isolamento:
“É como o Flamengo disputar eternamente o campeonato com Madureira,
Olaria e Bangu. Não é preciso ser muito perspicaz para concluir que,
exposto a este baixo grau de exigência, o time nunca conseguirá ser
capaz de vencer o Barcelona”.
Segundo dados do Banco Mundial, o Brasil tinha em 2020 uma
corrente comercial – soma de importações e exportações – equivalente a
32% do Produto Interno Bruto (PIB), a 13.ª mais baixa do planeta.
Esse índice de abertura, felizmente, melhorou em relação à década
anterior, quando oscilou sempre em torno de 25% do PIB, depois de chegar
perto de 30% nos primeiros anos deste século. Apesar do aumento
recente, a exposição brasileira ao comércio com outros países continua
baixa em todo tipo de comparação. Nos países da América Latina e Caribe,
a corrente comercial equivale a 47% do PIB, em média. Também estamos
abaixo das médias dos países de baixa renda (42%), renda média (45%) e
alta renda (55%). E, consequentemente, abaixo da média mundial (52%).
Estudos comprovam que a abertura comercial favorece pessoas e
empresas. Leva a mais eficiência, menores custos, mais acesso a insumos e
tecnologias de ponta, menos inflação. E mesmo impactos que possam ser
considerados negativos no curto prazo, como o fechamento de companhias
menos eficientes e a redução dos níveis de emprego em certos setores,
têm seu lado positivo, pois com o tempo tendem a elevar a produtividade
da economia como um todo.
Os ganhos de produtividade não vêm somente da maior competição com
empresas de fora, mas em especial pelo maior acesso das empresas locais a
insumos melhores e mais baratos. “Sob tarifas menores, mais empresas
conseguem viabilizar os seus negócios e mais famílias conseguem consumir
os bens ofertados pelas firmas. Além disso, sem as distorções causadas
por alíquotas heterogêneas, os recursos tendem a ser direcionados para
os setores mais produtivos e que geram maiores níveis de bem-estar”,
conclui um estudo da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da
Economia, que compilou a literatura sobre os impactos de políticas de
abertura comercial e acordos comerciais.
Não é por acaso que tanto se insiste na questão da produtividade. Não
há como alcançar crescimento consistente da renda média e da qualidade
de vida enquanto não houver avanço duradouro da produtividade. Ou seja,
enquanto não gerarmos mais riqueza com os mesmos recursos e com a mesma
quantidade de trabalhadores. Isso é ainda mais urgente para um país como
o nosso, que passa por uma transição demográfica que, no médio prazo,
vai levar à estabilização e depois à queda no contingente de pessoas em
idade de trabalhar.
O problema é que nos acostumamos a fazer exatamente o oposto. Ao
longo do tempo, o Brasil se entrincheirou em barreiras tarifárias e não
tarifárias para dificultar a competição com estrangeiros. Beneficiadas
por uma profusão de subsídios e regras de conteúdo local, nossas
empresas não foram estimuladas a usar melhor seus recursos, o que
promoveu a ineficiência e o desperdício. Com o mercado interno
praticamente imune à concorrência, os preços médios são mais altos, o
que prejudica o consumidor e ainda desestimula as exportações.
A equipe econômica do atual governo adotou, desde o início, um
discurso de maior abertura comercial. E conseguiu alguns avanços nesse
sentido. Empenhou-se na negociação e assinatura de tratados de livre
comércio, tanto individualmente (há conversas avançadas com Canadá,
Cingapura e Coreia do Sul) como em bloco (caso dos acordos do Mercosul
com União Europeia e Associação Europeia de Livre Comércio, concluídos
em 2019 mas pendentes de aprovação legislativa no primeiro caso, e
outras etapas, no segundo).
Também merece elogio a atenção que a equipe econômica dedica à
negociação de acordos com parceiros asiáticos. Continente mais dinâmico
do mundo, com as economias de maior crescimento econômico e
populacional, a Ásia é imprescindível em qualquer estratégia decente de
comércio exterior.
O governo aprimorou o portal de comércio exterior, reduzindo a
burocracia para exportar e importar. Eliminou exigências tidas como
desnecessárias nas licenças de importação e também promoveu reduções
unilaterais em tarifas de importação. Neste último caso, no entanto, boa
parte do movimento é provisório, com foco primeiro no combate à
pandemia de Covid-19 e depois no alívio da inflação, e tem data para
acabar.
Apesar dos méritos citados, o Executivo teve dificuldades em melhorar
o ambiente doméstico de negócios, a fim de reduzir o custo Brasil e
permitir condições mínimas de competição “da porteira para fora” à
indústria nacional. O avanço da agenda de reformas era condição
reconhecida pelo próprio governo para poder promover uma reforma mais
profunda na estrutura tarifária do comércio exterior e, assim, acelerar a
integração ao mundo. Houve sucesso na aprovação de reformas
microeconômicas, mas não em uma reforma digna desse nome no sistema
tributário, reconhecidamente um dos mais complexos e disfuncionais do
planeta.
Persiste, assim, um ciclo perverso de estagnação. Um dos ramos que
pode oferecer as maiores contribuições ao aumento da produtividade, a
indústria é também o mais tributado. Como não reforma seu sistema de
impostos, o país opta por “estimular” a indústria de outra forma, por
meio de um elevado nível de proteção contra produtos estrangeiros.
É fundamental enfrentar essa questão e prosseguir com a
desburocratização dos negócios e avançar na redução de tarifas, bem como
trabalhar pelos acordos comerciais. Não só assinar novos tratados, mas
agilizar sua implementação. Não há futuro para um país que opte por
continuar voltado a si próprio.
Ministro Benedito Gonçalves, do TSE, recebe do companheiro Lula um carinhoso tapinha no rosto.| Foto: Reprodução/ Twitter
Seis
tapinhas no rosto de um ministro do TSE, e está decidido: Bolsonaro não
pode usar as imagens dos gigantescos atos de 7 de Setembro em sua
campanha eleitoral. Mais seis tapinhas, e pronto: nunca houve grandes
manifestações no Bicentenário da Independência. Mais seis tapinhas, e
ficará muito claro que nenhum outro candidato à Presidência da República
reúne tanta gente nas ruas quanto Lula. No último fim de semana, está
sacramentado, o PT juntou em Taboão da Serra, na Grande São Paulo,
504.682 pessoas. O cálculo foi feito pela USP, não dá para rebater. Na
Avenida Paulista, na resposta aos atos de 7 de Setembro, que, como todos
já sabem, não foram realizados, havia exatamente 1.223.704 bandeiras
vermelhas.
São seis tapinhas carinhosos na face, coisa de parceiros, e Lula pode
chamar Bolsonaro de genocida e fascista à vontade. Mais seis tapinhas, e
todo mundo vai entender de uma vez que o agronegócio também é fascista.
Nesse ritmo, para salvar o meio ambiente, o petista está autorizado a
dizer que a ONU vai mandar no Brasil, que soberania nacional é uma
bobagem. Para que serve o Congresso, deputados e senadores, se as Nações
Unidas são tão boazinhas e sabem o que é melhor para o mundo todo,
incluindo o nosso país? A ONU vai dar tapinhas no rosto do parlamento
brasileiro, que, obediente, ficará até satisfeito. Se for oferecida,
então, além dos tapinhas, uma boa grana mensalmente…
Seis tapinhas carinhosos na face, coisa de parceiros, e Lula pode chamar Bolsonaro de genocida e fascista à vontade
Os eleitores, indicam as infalíveis pesquisas, também estão aceitando
numa boa os tapinhas no rosto. Assim são os desorientados e
desmemoriados, os incapazes de olhar o mundo real. Lula pode falar
abertamente em censura na mídia e na internet, pode anunciar que o
Brasil terá um novo regime. Mais tapinhas… Romper teto de gastos, o que
não dá certo em nenhuma casa ou empresa; taxar grandes fortunas, o que
quase todos os países desenvolvidos já abandonaram; acabar com a
autonomia do Banco Central, estatizar, “fórmulas” que nunca deram certo
podem ser apresentadas como a solução para todos os problemas. O Estado
enorme dará tapas na nossa cara.
Seis tapinhas na face, e dá para mudar o que está escrito na bandeira
brasileira, eliminar da América do Sul dois países… Dá para acusar
Bolsonaro de sequestro, de ser o mandante de crimes brutais, mesmo
quando o assassino da ex-mulher e do filho de 2 anos (que se chamava
Luiz Inácio…) tem uma tatuagem bem grande de Lula no braço. O governo
que está aí há quase quatro anos é violento e agressivo mesmo, não sabe a
doçura dos tapinhas na face… Golpistas e preconceituosos, esses merecem
apanhar, como o deputado federal paranaense apoiador do presidente… E o
sobrinho dele, de 18 anos, e o tio dele, de quase 70.
Com amor e carinho Fica ligado aí! E seis tapinhas na cara.
Pode liberar bandido para ser candidato à Presidência, pode atropelar as
leis, abrir inquéritos ilegais, pode prender, censurar, quebrar sigilo
bancário, bloquear contas… Basta querer. Todos serão enquadrados, é para
o bem da nação, em defesa da democracia. Ordens são ordens, sempre que
são dadas por alguém que está ao lado daquele que dá tapinhas no rosto
de um ministro de um tribunal superior. E oferecer a outra face não é
para qualquer um.
Simulação do teste de integridade das urnas eletrônicas.| Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE
Desde as eleições anteriores a Justiça Eleitoral vem fazendo testes
de urna, mas eram muito poucos, em cinco estados. Agora, pela
insistência das Forças Armadas e do ministro da Defesa, o teste será
feito em 19 estados. Não sei por que ainda ficaram de fora Roraima,
Acre, Piauí, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba e Amapá. No total,
641 urnas vão ser testadas; ainda acho pouco, já que há quase meio
milhão de urnas, mas já é alguma coisa. E, dessas 641, apenas 56 vão
ter, aleatoriamente, eleitores reais para o teste, oferecendo a sua
biometria, como voluntários, além da participação da seção.
Tudo bem, melhorou, mas continuo querendo eleição auditável. O PSDB
não conseguiu isso em 2014, no segundo turno entre Aécio e Dilma; passou
100 dias tentando, estava tudo aberto, mas não conseguiu porque, como
vocês sabem, não fica rastro. Eu estava vendo agora a insistência do
doutor Felipe Gimenez, que é promotor no Mato Grosso do Sul, dizendo que
a contagem tem de ser pública e que deveria haver um comprovante para
ela também ser auditável. Como agora não há mais tempo para mudanças,
fica o desejo de que haja lisura, vamos torcer para que o acaso nos
brinde com algo bom, que é uma eleição limpa, sem nenhuma fraude.
Tribunal sem voto mais uma vez atropela os representantes eleitos do povo Má
notícia para os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem: o
Supremo confirmou a decisão do ministro Barroso que impede a entrada em
vigor de uma lei aprovada pelo Congresso, que institui um piso salarial
para esses profissionais. É muito interessante que os legisladores, que
foram eleitos para fazer leis, ficam meses discutindo o projeto,
analisam os recursos disponíveis para instituir o piso, e fazem a lei,
aprovada na Câmara e no Senado. Os congressistas receberam um voto
popular para fazer isso, mas aí o caso vai para um tribunal em que
ninguém tem voto popular, e o tribunal suspende a lei.
A lei foi sancionada pelo presidente, foi publicada no Diário
Oficial, mas os hospitais reclamaram. Os prefeitos dizem que o piso –
que é de R$ 4.750 para o enfermeiro, que tem curso superior; 70% disso
para o técnico de enfermagem e 50% para o auxiliar em enfermagem – vai
dar uma despesa adicional de R$ 10,5 bilhões para as 5.570 prefeituras.
Dividindo R$ 10,5 bilhões por 5.570, até que não fica tanto. Mas
ameaçaram com demissões maciças e pouco atendimento para os hospitais.
No fundo, ainda há outra coisa que precisa ser corrigida: o Estado não
tem de se meter na iniciativa privada. O hospital privado, a clínica
privada que se acertem com os seus funcionários, enfermeiros, técnicos e
auxiliares.
Estado se intromete até em venda de carregador de celular Agora
mesmo, o Estado está se intrometendo também na venda do iPhone 14,
porque não veio com carregador. Isso é uma decisão de mercado; não se
metam no mercado! Doutor Paulo Guedes deve estar sem dormir ao ver isso.
Como se não estivesse todo mundo cheio de carregadores dos celulares
antigos nas gavetas de casa. Essa é uma decisão entre vendedor e
comprador. Se o comprador está irritado, faz questão do carregador, ele
não paga, compra de oura marca ou outra plataforma, e pronto. Isso é
mercado, não se metam no mercado.
A piada de Alexandre de Moraes O ministro Alexandre de Moraes
desbloqueou as contas bancárias dos oito empresários investigados,
justificando que o Sete de Setembro já passou e as contas tinham sido
bloqueadas para eles não financiarem manifestações “antidemocráticas”.
Eles iriam provavelmente financiar desordeiros, esses que pisam na
bandeira, botam fogo na bandeira, quebram vitrines, entram na
manifestação com barra de ferro… talvez sejam esses. Os empresários
devem ter essa característica, eu nunca os vi fazerem nada isso, mas
nunca se sabe… E eles ficaram sem crédito porque, com a conta bancária
bloqueada, eles não podiam mais comprar nada. É o tipo de coisa que
caberia bem naqueles programas de antigamente, programas humorísticos no
rádio que eu ouvia quando era jovem. Ali faziam esse tipo de narrativa,
e ríamos muito.
País adquiriu influência econômica e diplomática, possibilitando
operações de espionagem que se estendem para muito além da tradicional
coleta de informações de inteligência
THE NEW YORK TIMES – Nas três décadas que passei no Serviço Secreto de Inteligência do Reino Unido, a China jamais
foi vista como ameaça relevante. Se perdíamos noites de sono, era em
razão de desafios mais imediatos, como a expansão soviética e o
terrorismo transnacional. A hesitante emersão da China da caótica era
de Mao Tsé-tung e seu isolamento internacional após soldados chineses terem esmagado as manifestações pró-democracia da Praça Tiananmen, em 1989, fazia o país parecer insular e remoto.
Hoje, o quadro é diferente. A China adquiriu influência econômica e
diplomática, possibilitando operações de espionagem que se estendem para
muito além da tradicional coleta de informações de inteligência,
crescem em escala e ameaçam suplantar agências de segurança ocidentais.
Chefes de inteligência dos Estados Unidos e do Reino Unido — o diretor do FBI, Christopher Wray, e o diretor-geral do MI5,
Ken McCallum — têm sinalizado crescente preocupação em relação ao tema e
concederam uma entrevista coletiva sem precedentes em julho alertando
para, como Wray definiu, um esforço “vertiginoso” da China no sentido de
roubar tecnologia, levantar informações sigilosas sobre economia e
influenciar a política internacional em favor de Pequim. O ritmo se
acelerava, afirmaram eles, e o número de investigações conduzidas pelo
MI5 sobre atividades suspeitas dos chineses aumentou sete vezes desde
2018.
A cultura do Partido Comunista Chinês sempre
possuiu uma natureza clandestina. Mas à medida que o partido se torna
uma força ainda mais dominante na China desde que o presidente Xi Jinping assumiu
o poder, uma década atrás, essa característica impregnou instituições
estatais. A China pode ser muito bem definida como um Estado-espião. O
partido considera a tarefa de adquirir e proteger segredos um
empreendimento nacional que envolve todos os chineses, ao ponto de
oferecer recompensas a cidadãos que identifiquem possíveis espiões e
ensinar até crianças em idade escolar a reconhecer ameaças.
O Ocidente não pode combater fogo com fogo. Mobilizar governos,
sociedades, economias e sistemas acadêmicos em torno da competição com
algozes estrangeiros da maneira que a China faz trairia valores
ocidentais. Mas líderes de democracias precisam internalizar a mudança
de maré ocorrida na China e garantir que o envolvimento com Pequim seja
ajustado em função de uma percepção pragmática da realidade.
A última ameaça de espionagem de Estado em magnitude comparável foi empreendida pelos soviéticos. Mas a União Soviética era
isolada e empobrecida. A bem-sucedida economia da China, por outro
lado, é um motor crucial do crescimento global, o que amplia vastamente o
alcance de Pequim.
Quase invisíveis na arena internacional 30 anos atrás, as agências de
inteligência chinesas são agora poderosas e bem financiadas. Elas se
dedicam a explorar vulnerabilidades das sociedades abertas e a crescente
dependência sobre a economia chinesa para coletar vastos volumes de
informações de inteligência e dados. Grande parte disso ocorre no
ambiente cibernético, como o ataque hacker de 2015 ao Escritório de
Gestão de Pessoal dos EUA, durante o qual dados sensíveis de milhões de
funcionários do governo federal foram roubados.
Operadores de inteligência chineses também estão presentes em
empreendimentos e meios de comunicação estatais, embaixadas e
consulados. O Consulado da China em Houston foi fechado pelo governo de
Donald Trump em 2020 depois de servir como polo para coleta de dados
confidenciais de alta tecnologia.
Mas as operações de espionagem dos chineses não param aí.
A Lei de Inteligência da China que passou a vigorar em 2017 exige dos
cidadãos do país que colaborem com suas agências de espionagem. Mas
essa legislação simplesmente formalizou uma situação que já era norma. O
maior desafio da China decorre de organizações e atores engajados em
atividades que podem não atender aos conceitos normais de espionagem.
Cooptação
Grande parte do esforço é organizado pelo Departamento de Trabalho da
Frente Unida, uma organização do partido que busca cooptar chineses da
diáspora bem-sucedidos — e cujo escopo foi ampliado sob o governo de Xi.
A China também tenta cooptar outros cidadãos no Ocidente. Um caso
emblemático, revelado este ano, envolveu um político britânico cujo
gabinete recebeu um financiamento substancial de um advogado de etnia
chinesa que, em função disso, obteve acesso ao establishment político do
Reino Unido.
Uma estratégia chinesa é cultivar pacientemente relações com
políticos em nível municipal ou comunitário que demonstrem potencial de
ascender a cargos mais importantes. Em outra estratégia, conhecida como
captura da elite, personalidades importantes do empresariado ou do
governo recebem lucrativas ofertas de trabalho — mamatas, de fato — ou
oportunidades de negócios para, em troca, defender políticas alinhadas
com interesses chineses.
Para a China, trata-se de um esforço de sobrevivência. Informações de
inteligência sobre tecnologia e negócios têm de ser obtidas para manter
a economia chinesa crescendo em ritmo suficiente para evitar
instabilidade social. Xi enfatizou a necessidade da adoção de meios
“assimétricos” para alcançar o Ocidente tecnologicamente.
A China pode estar à frente na corrida agora, mas existem ferramentas
que as agências de inteligência e de segurança do Ocidente podem trazer
para o jogo, incluindo treinar seus agentes com os requisitos
linguísticos necessários e conhecimento sobre a China e o funcionamento
do Partido Comunista Chinês. Mas elas precisam de ajuda.
Democracias liberais não podem jogar apenas na defensiva; líderes
políticos devem determinar investimentos maiores para capacidades
ofensivas de coleta de inteligência e programas abrangentes para
conscientizar empresas, organizações políticas e outros potenciais alvos
a respeito de suas vulnerabilidades. Também são necessários sistemas
para avaliar as implicações em segurança nacional do que, de outra
forma, pode parecer meramente atividade comercial normal de empresas
chinesas — e identificar entidades não chinesas a serviço de Pequim.
Legislação nova e mais eficaz em sintonia com a dinâmica em
transformação é vital. O Reino Unido está dando um passo na direção
correta, parece pronto para aplicar uma lei de segurança nacional que
pretende ampliar a definição de espionagem e adotar medidas para criar,
conforme colocou o Ministério do Interior, “um ambiente operativo mais
desafiador” para quem atua como agente de interesses estrangeiros. A
Austrália aplicou uma legislação similar, em 2018, para coibir
influência secreta estrangeira sobre sua política doméstica após
emergirem preocupações a respeito da atividade dos chineses.
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Neutralizar Pequim constitui um difícil ato de equilíbrio,
especialmente em países com grandes populações da diáspora chinesa. Um
exemplo característico foi o programa do FBI para prevenir roubo de
dados de inteligência econômicos e científicos de universidades
americanas, iniciado pelo governo Trump sob a Iniciativa da China. O
programa surtiu um efeito aterrador sobre cientistas e engenheiros de
etnia chinesa, que se sentiram perseguidos injustamente — e foi
cancelado este ano.
Países ocidentais não deveriam ter medo de empreender esforços
ousados. Ações como a expulsão em massa do Reino Unido de oficiais de
inteligência soviéticos, em 1971, após um pico de atividade de
espionagem, raramente afetam, se é que já afetaram, relações maiores. E o
impacto da espionagem e da subversão também não deve ser superestimado.
A União Soviética não perdeu a Guerra Fria em razão de suas operações
de inteligência — que eram bem feitas — mas por causa do fracasso de
seus ideais de governo.
O mesmo poderá se provar verdadeiro em relação à China. Formuladores
de políticas e serviços de inteligência ocidentais devem inovar e se
adaptar. Mas também devem garantir que as estratégias que empregam
honrem os ideais de liberdade, abertura e legalidade que representam a
maior ameaça para o Estado-partido chinês. / TRADUÇÃO DE GUILHERME RUSSO
*É EX-DIRETOR DE OPERAÇÕES E INTELIGÊNCIA DO SERVIÇO SECRETO DE INTELIGÊNCIA DO REINO UNIDO
Todos os anos avaliados em Português e Matemática também tiveram retrocesso, segundo prova aplicada pelo MEC
Os estudantes brasileiros de 10 anos de escolas públicas e
particulares voltaram à aprendizagem em Matemática que tinham em 2013
por causa da pandemia de covid-19. Atualmente eles não conseguem
resolver problemas com adição e subtração de cédulas e moedas, em reais,
por exemplo, ou que envolvam a metade e o triplo de números naturais.
Em Português, a regressão dos alunos de 5º ano foi menor. Em todas as
séries avaliadas houve queda, tanto em Português quanto em Matemática.
Os resultados foram divulgados nesta sexta-feira, 16, pelo Ministério da Educação (MEC) e se referem a uma prova feita em 2021 com 5,3 milhões de alunos do País, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Esta é a principal avaliação de educação do Brasil e traz pela
primeira vez o retrato oficial do retrocesso causado pelas escolas
fechadas e ensino remoto. Apesar da importância, há ressalvas de
especialistas por causa do índice de participação ter sido baixo
justamente em virtude da crise da covid-19. “A realização foi um grande
desafio, esforço conjunto entre União, Estados e municípios. A aplicação
foi exitosa”, disse o ministro da Educação, Victor Godoy.
A ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (Inep), Maria Helena Guimarães de Castro, presente à
coletiva no MEC, afirmou que, pelas peculiaridades da pandemia e
diferenças entre redes, “os dados deste ano não poderiam ser
comparados”.
O Brasil foi um dos países que mais tempo deixou seus alunos em casa
durante a crise sanitária. A maioria dos Estados reabriu suas escolas só
em agosto de 2021, mesmo assim com esquemas de rodízio de presença.
O Saeb é uma prova bienal, de Português e Matemática, que deve ser
realizada por todos os alunos dos 5º e 9º anos do ensino fundamental e
do 3º ano do ensino médio no Brasil, desde os anos 1990. Por causa da
pandemia, o índice de comparecimento no Brasil foi de 71,25%, segundo o
Inep. A participação maior foi dos estudantes do 5º ano, com 76,9%. A
porcentagem geral é considerada muito baixa para alguns estatísticos. O
último exame havia sido, em 2019, contou com 80,99% dos alunos do País.
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As médias mais baixas foram registradas no 5 ano, cujas crianças
começaram a pandemia com 9 anos (4º ano), muitas vezes no processo final
da alfabetização. Em Português, a queda foi de 6,6 pontos, equivalente a
meio ano escolar. As crianças pequenas são também menos autônomas para o
ensino remoto que os adolescentes. Por outro lado, voltaram em peso às
escolas, o que não ocorreu no ensino médio – muitos jovens tiveram de
trabalhar e abandonaram os estudos.
A nota registrada no ensino médio, com quedas menores, pode ter
ocorrido pela menor participação de estudantes no Saeb, já que foi de
61,4%. Mesmo assim, em Matemática, a queda foi de 8,73 pontos. Isso
significa que eles não conseguem determinar um valor reajustado de uma
quantia a partir de seu valor inicial e do percentual de reajuste. A
média também caiu a níveis que eram registrados em 2013.
No 9 ano do ensino fundamental, assim como nos outros avaliados, a maior queda também foi em Matemática.
Ao longo dos anos, os alunos brasileiros vinham melhorando a
aprendizagem medida pelas avaliações nacionais. Na última prova, em
2019, o ensino médio havia registrado uma alta histórica. No 5º ano a
média de Português era de 214,64 em 2019 e de 227,88 em Matemática. No
9º ano a nota de Português havia sido de 262,3 e a de Matemática, 265,1.
Dessa forma, os meninos e meninas de 14 anos conseguiam inferir o tema e
a ideia principal em notícias, crônicas e poemas e localizar
informações explícitas em crônicas e fábulas. E ainda analisar dados em
uma tabela simples e em gráficos de linha com mais de uma grandeza.
O governo de Jair Bolsonaro é acusado por Estados e municípios de não
ter dado qualquer ajuda para manter a educação funcionando nos momentos
em que era necessário isolamento. Não houve coordenação federal, apoio
técnico ou investimentos em equipamentos e conectividade do Ministério
da Educação (MEC) para que as escolas públicas pudessem ensinar seus
alunos de modo remoto. Os esforços foram feitos por Estados e cidades,
com a ajuda de entidades do terceiro setor durante toda a pandemia.
“Os alunos que fizeram a prova são os que estavam mais vinculados com
a escola, não tiveram de sair durante a pandemia para trabalhar. Houve
então, de certa forma, uma seleção dos estudantes”, diz Priscila Cruz,
presidente executiva do Todos. Estudantes mais vulneráveis podem não ter
participado. Entre os adolescentes, os que tiveram de trabalhar também
podem não ter feito o Saeb porque já tinham abandonado a escola.
Para ela, o Ministério da Educação (MEC) errou ao tentar fazer um
exame censitário e não um amostral neste ano de pandemia, como alertaram
diversos especialistas no ano passado. Dessa forma a seleção dos alunos
teria critério estatístico e não aleatório, como ocorreu. “A avaliação
deste ano não pode ser comparada com outros, tudo foi excepcional por
causa da pandemia”, completa.
Outros países, como os Estados Unidos, divulgaram também recentemente
resultados de retrocessos históricos na aprendizagem dos alunos durante
a pandemia.
A nota no Saeb e a taxa de aprovação formam o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que também foi divulgado
nesta sexta-feira, 16. O Estadão ouviu diversos especialistas que
alertaram que o Saeb este ano expressa mais fielmente o resultado da
educação brasileira do que o Ideb por causa das distorções causadas pelo
período de pandemia. Isso porque ele considera somente a aprendizagem
dos alunos. Mesmo assim, até o resultado do Saeb tem ressalvas.
Em 2020, por causa da covid-19 e com escolas fechadas, as redes de
ensino foram incentivadas a não reprovar alunos pelo Conselho Nacional
de Educação (CNE). Era uma forma de evitar o abandono e também não
prejudicar alunos que não poderiam ser bem avaliados estando em casa, em
ensino remoto.
O procedimento se repetiu em 2021 em muitos lugares. Em 2019, antes
da pandemia, a taxa de aprovação no Brasil era de 95,1% no 5º ano, de
89,9% no 9º ano e de 86,1% no ensino médio. Já em 2021 elas subiram
respectivamente para 97,6%, 95,7% e 90,8%. Ao ser considerada na fórmula
que calcula o Ideb, o índice sobe mesmo que a aprendizagem das crianças
tenha piorado. Há Estados, como Sergipe, em que a diferença é extrema:
de 75%, em 2019, para 98% de aprovação em 2021.
Especialistas explicam que redes de ensino que demoraram a voltar ao
presencial podem ter esticado as políticas de aprovação automática por
mais tempo, por causa da dificuldade em avaliar ou até em localizar
alunos. Outras, que se esforçaram para sair do ensino remoto, podem ter
reprovado mais. Para o Todos pela Educação a “situação atípica de
distorção das taxas de aprovação dos estudantes durante a pandemia
praticamente invalida comparações gerais sobre a evolução do Ideb nas
redes”.
Nas escolas privadas, apenas uma amostra dos alunos participa
tradicionalmente. As provas foram feitas em novembro e dezembro de 2021
por 5,3 milhões de crianças e adolescentes do País.
Neste mês, os Estados Unidos divulgaram resultados dos seus exames
nacionais que mostraram que a nota de Matemática dos alunos recuou ao
que era registrado em 1999 também durante a pandemia de covid-19. Em
Leitura (equivalente a Português no Brasil), o resultado foi semelhante
ao que havia em 2004. O retrocesso foi classificado como “histórico” no
País e o maior registrado em 30 anos.
Neste ano também foram feitas no Saeb provas de Ciências da Natureza e
Ciências Humanas para o 9º ano e de alunos do 2º ano do fundamental
passaram por exames de Português e Matemática. As notas variam sempre de
0 a 500 e expressam as habilidades e competências que os alunos
conseguiram atingir em cada disciplina.
Este era o último ano para qual o MEC estipulou metas de aprendizagem
lá em 2007 quando o Ideb foi criado. A partir do ano que vem, o índice
precisa ser repensado, assim como o Saeb que deve considerar a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC).
Palestra: Alexandre Del Rey, fundador da I2AI – International Association of Artificial Intelligence
Um mundo virtual que tenta replicar a realidade por meio de dispositivos digitais, suportado por diversas tecnologias.
O Metaverso parte de uma nova promessa de internet, denominada, por
alguns, como Web 3.0, onde se tem não só leitura e escrita, interação,
mas também a propriedade de seus dados. Há como postar informações e
ganhar com elas, e ainda garantir que é de sua autoria, pois há
certificado de origem. “É a abertura de espaço para economia completa e
virtual, independentemente da geografia”, comentou Alexandre Del Rey,
fundador da I2AI – International Association of Artificial Intelligence,
na palestra “Metaverso: O que é e por que virou tendência?”, promovida
no “Programa Filtra Ação”, canal de conteúdo online da Abrafiltros –
Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas –
Automotivos e Industriais e das revistas Meio Filtrante e TAE, que
conta com o patrocínio do Grupo Supply Service.
Durante a palestra, citou e explicou alguns tópicos fundamentais do
Metaverso, como infraestrutura, interface humana, rede de
descentralização, computação espacial, produtores e criadores da
economia digital, descoberta e experiência.
Disse que a organização da Web 3.0 sai da plataforma com um dono e
vai para ecossistemas com diversos colaboradores, enquanto a
infraestrutura muda de computadores pessoais, como na Web 1.0, para
nuvem Blockchain, que permite o trânsito seguro de informações de forma
automatizada, transparente e descentralizada. “O Metaverso é uma
internet mais colaborativa, mais onipresente, com ambientes digitais
mais imersivos. Isto tudo com economia interna, com possibilidade de
propriedade e autenticidade”, explicou Del Rey, acrescentando: “Indica
um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade por meio de
dispositivos digitais, um espaço coletivo e compartilhado, constituído
pela realidade virtual, realidade aumentada e internet, suportada por
diversas tecnologias, como inteligência artificial, Blockchain e
Internet das Coisas (IoT)”.
Sobre a infraestrutura da Web 3.0, citou 5G, Data Centers, provedores
de nuvens, provedores de antenas, provedores de chips e celulares,
CPU’s (Unidade Central de Processamento), GPU’s (Unidade de
Processamento Gráfico), entre outros.
Para ter acesso ao mundo virtual, falou que há necessidade da
interface humana: sensores, óculos virtuais, luva háptica para sentir os
objetos do Metaverso, entre outros dispositivos.
Segundo Alexandre na Web 3.0, a descentralização confronta com as
soluções centralizadas. Destacou, entre estas soluções, o Decentraland,
universo 3D governado por uma organização autônoma descentralizada,
desenvolvido na blockchain do Ethereum, que une jogos em sistema play to
learn com uma plataforma de realidade virtual, em que é possível criar
avatares, interagir com outras pessoas e realizar atividades. Mas, além
dos jogos, há também iniciativas descentralizadas nas áreas de serviços
financeiros, varejo, tecnologia e entretenimento.
Para fazer o ambiente tridimensional e os produtos em 3D, citou
ferramentas da computação espacial (realidade virtual, realidade
aumentada, inteligência artificial e Internet das Coisas), como da
Adobe, Autodesk, NVIDIA Omniverse, Blender e Unity.
Ressaltou que sem a comunidade dos criadores digitais, o Metaverso
não seria uma economia viável já que há necessidade de se construir
soluções para este mundo, como avatares, roupas para avatares, casas
digitais e outros produtos.
Falou também sobre os papéis da descoberta – buscadores e lojas de
aplicativos para encontrar “os metaversos” e o da experiência com as
plataformas de metaverso, como a decentraland, onde há a possibilidade
de comprar um terreno, que conta com a frequência de pessoas e
oportunidades de negócios.
Ao final da apresentação, falou que Mark Zuckerberg, fundador do
Facebook, chamou a atenção para o Metaverso, em 2021, ao mudar o nome da
empresa para Meta e, recentemente, criou o Horizon Worlds, videogame
online gratuito de realidade virtual com um sistema integrado de criação
de jogos, que traz experiências combinadas do mundo real e digital.
Citou ferramentas, como a Spatial.io para reuniões, confraternizações e
eventos; FrameVR.io com espaços para interação virtual, como palestras,
entre outras, e o mundo espelho, com sua capacidade de “espelhar” a
realidade no mundo do metaverso.
Concluiu enfatizando os pilares tecnológicos dessa nova revolução:
realidade aumentada e realidade virtual, fundamentais que precisam ser
desenvolvidas ainda mais; interfaces homem-máquina e IoT; inteligência
artificial, motor do Metaverso; e Blockchain, base de confiança,
transparência e propriedade dessa economia. “E para finalizar isto tudo,
precisaremos cada vez mais de infraestrutura – 5G, capacidade de banda;
softwares mais robustos; melhorar os sensores de percepção do mundo
virtual, bem como os aparelhos; e aprimorar o poder de processamento e
computação”, disse.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a
oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa
livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua
empresa seja oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando
para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as
melhores marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que
pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa
plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é
muito abaixo do valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
A
Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por
categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja,
tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos
clientes com as lojas.
Não se trata da
digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos
ambientes online e offline na jornada da compra.
No
país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram
três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas,
estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem
retirar o produto em lojas físicas.
O número de visitantes do Site da Valeon tem crescido exponencialmente, até o momento, tivemos 130.000 visitantes.
O
site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja
favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar
ou receber o pedido com rapidez.
A Plataforma
Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da
exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de
atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo,
cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados,
revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo,
diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa
tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos
contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas
começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.