quarta-feira, 7 de setembro de 2022

A PANDEMIA PREJUDICOU O ENSINO NO MUNDO

 

Artigo
Por
Fernando Rodríguez-Borlado
Tradução de Bruna Frascolla – Gazeta do Povo
Aceprensa


Uma professora de uma escola do governo dá aulas online para crianças em Colombo, Sri Lanka Lanka, 04 de julho de 2022: o país adotou um rigoroso lockdown e agora vive grave crise social e econômica| Foto: EFE/EPA/CHAMILA KARUNARATHNE

Desde quando a covid obrigou a parar as aulas, professores, famílias e especialistas em educação vaticinaram que a parada educacional teria importantes consequências a curto e longo prazo. Depois da volta às aulas, vários relatórios internacionais parecem confirmar os piores augúrios, e recomendam medidas de recuperação.

Por exemplo, o Banco Mundial publicou vários estudos recopilando dados de avaliações levadas a cabo em países dos cinco continentes. Partindo dessa informação, bem como de outros dados recolhidos pela Unicef referentes à duração dos fechamentos escolares em cada região, a consultora McKinsey também elaborou um relatório próprio. À análise da questão também se somaram especialistas de distintas instituições, como Harvard ou a Brookings Institution.

Quase um ano letivo de atraso
Embora alguns dados variem ligeiramente entre um estudo e outro, a realidade desenhada por esses relatórios é bastante coincidente… e negativa. Segundo o Banco Mundial, no auge da pandemia o fechamento de escolas chegou a afetar 1,6 bilhão de crianças, a maioria em países de renda média e baixa. Em média, os colégios fecharam totalmente suas portas durante 121 dias letivos, aos quais se somam outros 103 de fechamentos parciais.

Não obstante, a duração do fechamento foi muito diferente em cada região. Das 102 semanas que vão desde fevereiro de 2020 (quando começaram a fechar escolas) a janeiro de 2022 (data em que muitos países tinham voltado a uma quase normalidade), na Europa, Ásia central e África sub-saariana se tinha dado aula totalmente presencial durante 45 semanas, e pouco menos de 40 na Ásia oriental e América do Norte, mas apenas cinco semanas na Ásia meridional e na América Latina, as duas regiões onde as restrições acabaram mais tarde (as Filipinas acabam de retomar a educação presencial depois de mais de dois anos).

Logicamente, estas foram as zonas onde se acumulou maior perda educativa. Em concreto, segundo os cálculos de McKinsey, cerca de 12 meses de instrução – isto é, um ano letivo e dois meses –, contra só 3,5 meses na Europa e na Ásia central (ver gráfico).

Ainda assim, não existe uma correlação exata entre a deterioração educativa e a duração do fechamento escolar, porque existem outros fatores a levar em conta: por exemplo, os meios tecnológicos disponíveis em cada sistema educacional, que permitiram a alguns países oferecer uma educação remota de qualidade e a outros não. Assim, mesmo que na África subsaariana as escolas tenham se mantido abertas por mais tempo do que nos Estados Unidos, a perda foi maior.

Os países com renda média, como a Índia, o México ou as Filipinas, foram os mais castigados pela parada

Por outro lado, a deterioração educativa geral se mediu pela comparação aos resultados das gerações anteriores à Covid-19 nesses mesmos países. Por isso, as regiões com pior rendimento prévio tinham menos a perder. Isso explica por que, segundo aponta o relatório de Mckinsey, os países piores na pandemia foram os de renda e nível educacional médios: ali as notas podiam piorar sensivelmente, e os meios técnicos para a educação online eram bem mais pobres. Caso se acrescente a isso a grandíssima duração dos fechamentos escolares (por exemplo, na Índia, no México ou nas já mencionadas Filipinas), o resultado não poderia ser outro.

Indicadores básicos
O efeito negativo da pandemia na educação se mostra de forma especialmente clara em alguns indicadores básicos de rendimento, como el absenteísmo, a reprovação escolar ou as habilidades fundamentais.

Quanto ao primeiro, um estudo centrado nos EUA aponta que, embora a taxa de absenteísmo tenha caído ligeiramente em relação ao auge da pandemia, continua sendo muito mais alta do que antes da interrupção das aulas. Por exemplo, na Califórnia quase dobrou. Em nível nacional, calcula-se que entre 1,7 e 3,3 milhões de estudantes dos quatro últimos cursos do secundário poderiam deixar a escola prematuramente em consequência da parada educacional.

A situação é ainda pior em países de renda baixa. Em Uganda, estima-se que um terço de todos os estudantes corram o risco de não voltar às aulas. Essas previsões estão baseadas no que aconteceu com a epidemia de ebola entre 2014 e 2016, que aumentou significativamente a taxa de evasão escolar, sobretudo entre as meninas e nas comunidades mais pobres.

A porcentagem de alunos atrasados em leitura cresceu em todo o mundo, e sobretudo onde a parada foi mais demorada

Outro indicador básico que mostra o efeito da pandemia é a chamada “pobreza educacional”, que o Banco Mundial define como a incapacidade de ler e entender bem textos simples aos dez anos. Estimava-se que sua incidência aumentaria dez pontos percentuais em nível mundial por causa dos fechamentos escolares, até chegar a 63% dos alunos. No entanto, o crescimento foi muito maior nos países com fechamentos mais duradouros. Por exemplo, alguns países da América Latina e da Ásia meridional superaram os 20 pontos percentuais, até afetar 80% dos estudantes. Em termos absolutos, a África subsaariana continua a encabeçar a lista, com uma taxa superior a 90%, mas a pandemia teve uma menor incidência relativa.

Por outro lado, a interrupção das aulas também afetou outros fatores relacionados ao bem-estar social, emocional e sanitário dos estudantes. Em concreto, alguns estudos apontam um aumento da violência contra menores, dos casos de ansiedade ou das gravidezes de adolescentes. Também se incrementou a taxa de obesidade, ao mesmo tempo em que milhões de meninos e meninas deixaram de receber o almoço gratuito nos refeitórios escolares: no pico da pandemia se estima que isto chegou a afetar 370 milhões, uma cifra que se reduziu até os 180 milhões em outubro de 2021.

Efeito desigual por matéria, sexo e nível econômico
Além da capacidade leitora, também a matemática sofreu muito com a parada educacional. De fato, segundo a maioria das medições nacionais, a deterioração nesse âmbito foi ainda maior. Os especialistas explicam que esse tipo de conteúdo necessita mais do professor para se fixar (por isso as férias do meio do ano costumam ser ser especialmente prejudiciais para essas habilidades).

Os relatórios também assinalam um efeito maior da interrupção das aulas nos alunos dos primeiros cursos do primário do que nos demais. Apontam-se várias razões: contam com uma bagagem de conteúdos menor que lhes sirva de “reserva”; precisam de um apoio maior do professorado, de modo que o ensino virtual é menos eficaz; ademais, aprendem mais por ano do que os mais velhos, de modo que a perda relativa com o fechamento da escola também é maior.

Por outro lado, os dados de diferentes estudos indicam que o efeito negativo para a pandemia foi mais sentido entre as meninas, especialmente nos países de renda média e pobres. Isso pode se dever, por um lado, a fatores culturais (menor atenção à educação feminina), mas também pode estar relacionado à especial incidência dos fechamentos sobre as habilidades matemáticas, nas quais as alunas costumam ter resultados piores do que os seus colegas.

O fechamento das aulas aumentou a lacuna educacional por nível socioeconômico, inclusive em países com condições favoráveis

Algo que todos os estudos apontam é que, dentro de cada país, os estudantes de nível econômico mais baixo e as minorias raciais –fatores frequentemente relacionados – sofreram um impacto educacional mais forte. A menor disponibilidade de meios tecnológicos para seguir a educação remota, o inferior capital formativo dos pais, a impossibilidade de pagar professores particulares e o pior rendimento escolar antes da interrupção das aulas explicam que a lacuna educacional tenha aumentado sensivelmente com a pandemia. De todo modo, inclusive em um país com condições favoráveis como a Holanda (uma sociedade pouco desigual, com uma interrupção educacional mais curta do que a média e bom equipamento para o ensino online), a desigualdade aumentou.

Uma vez de volta às aulas, a recuperação do aprendizado perdido também está sendo díspar. Segundo conta um relatório de McKinsey sobre esse tema, os alunos dos EUA matriculados em escolas com um alunado majoritariamente negro ainda estão cinco meses atrás em leitura e matemática, comparados às gerações prévias desses mesmos centros; por outro lado, os que vão a escolas de maioria branca atualmente só acumulam dois meses de atraso.

O mesmo se pode dizer do absenteísmo escolar e do nível socioeconômico: enquanto a taxa quase voltou a níveis pré-pandêmicos entre os estudantes ricos, entre os mais pobres há apenas recuperação.

O que dá para fazer
Diante do panorama tão sombrio deixado pela pandemia nas aulas, os especialistas em educação recomendam, em primeiro lugar, fazer um diagnóstico exaustivo e precoce das deficiências de aprendizagem acumuladas, especialmente nas habilidades essenciais: leitura e matemática. Alguns sistemas educacionais estão reforçando a carga horária dessas matérias, ou desenhando programas de reforço para os mais atrasados.

As tutorias em pequenos grupos, especialmente as denominadas “de alta intensidade” (um bom número de horas de reforço em pouco tempo e com um acompanhamento muito próximo de cada aluno), demonstraram ser uma ferramenta muito eficaz na recuperação de estudantes “perdidos”, e especialmente nos primeiros cursos do primário. Um artigo publicado no Brookings Institution recomenda fazer delas a medida prioritária para a luta contra as desigualdades geradas pela interrupção, além da redução do tamanho das turmas ou o aumento do ano letivo.

Outras propostas mandam aproveitar o conhecimento das tecnologias educacionais gerado durante o fechamento (por exemplo, com bases de dados mais pormenorizadas para seguir o progresso dos estudantes, ou software útil para a criação e avaliação de conteúdos), ou investir mais dinheiro na saúde mental dentro dos centros escolares.


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BRASIL COMEMORA 200 ANOS DE SUA INDEPENDÊNCIA

Comemoração

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

(Brasília – DF, 29/03/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro durante hasteamento da Bandeira Nacional no Palácio do Alvorada. Foto: Marcos Corrêa/PR


Hasteamento da Bandeira Nacional no Palácio do Alvorada.| Foto: Marcos Correa/Presidência da República

Sete de setembro, 200 anos de independência, aniversário do Brasil. E, como o Brasil somos nós, aniversário de todos nós. “Parabéns, ó brasileiro”, como diz a letra do Hino da Independência. Liberdade e independência, que saibamos conduzir esse legado que nossos antepassados nos deixaram: José Bonifácio, que bolou tudo isso; a princesa Leopoldina, a mulher que empurrou Pedro, o marido, a proclamar a independência; e até João VI, que teve a sabedoria de deixar o filho aqui para que nenhum aventureiro repartisse o império brasileiro.

Olhem para a América do Sul e vejam a diferença entre as colônias espanholas e a colônia portuguesa. A colônia portuguesa ficou íntegra, sólida, até os últimos rincões da Amazônia, do Chuí ao Oiapoque, enquanto as colônias espanholas se fragmentaram. E hoje temos muitos problemas nessas ex-colônias – o último deles é o da população que se insurgiu contra uma Constituição da qual ela não participou porque não quis, mas que ao menos teve como vetar.

Gostaria muito que pudéssemos festejar como festejamos o centenário da Independência, em 1922, quando o presidente era Epitácio Pessoa. Passamos 11 meses festejando, a exposição do centenário no Rio de Janeiro foi grandiosa, grandes hotéis foram construídos para as festas, como o Hotel Glória, o Copacabana Palace e o Hotel 7 de Setembro. O Morro do Castelo foi demolido para arejar melhor o Centro do Rio. Muitos pavilhões e palácios construídos para a ocasião existem até hoje. Tropas do mundo inteiro vieram para cá para desfilar, bem como as marinhas. Foi uma grande festa.


Desta vez a festa não é tão grande, embora Brasília esteja cheia de gente de camisa amarela. Pessoas interessadíssimas na política. É um grande progresso para um país quando as pessoas conhecem o nome dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal e já não discutem tanto sobre os 11 do seu time de futebol ou da seleção. Isso ajuda o cidadão a participar mais, a cobrar, a entender que ele sustenta os governos municipal, estadual e federal com seus impostos, e nomeia os chefes desses governos com o seu voto, assim como nomeia os legisladores estaduais, federais e municipais.

Isso me lembra a lei maior, aquela que nos garante direitos: garante que a polícia não entrará na nossa casa à noite, que possamos ir ao culto ou à missa, que possamos dizer o que quisermos, que tenhamos liberdade de pensamento. Isso não pode ser mexido. Essa é a grande lei, a Constituição. E, num dia como este, recordo a Constituição e, como eu escrevi em 18 jornais que estão publicando hoje, lembro também que Júlio César queria se tornar ditador para mudar a Constituição da República romana. Foi chamado ao Senado e assassinado. Aqui, no Brasil, nosso Senado é muito omisso e muito amigo dos “Césares” que estão mudando a Constituição na nossa cara e ante o silêncio vergonhoso de uma grande parte da mídia brasileira. Infelizmente, no dia do nosso aniversário temos de lembrar essas coisas.


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EMPREENDEDOR QUE GASTA MAIS DO QUE ARRECADA

 

Advogado Antônio Carlos Morad, especialista em direito Empresarial e Governança Corporativa, do escritório Morad Advocacia Empresarial.

O artigo fala sobre para que o empresário possa crescer com qualidade e capacidade financeira, de forma a suportar toda a vontade faustosa que o sucesso traz, é necessário o estudo de riscos e, principalmente, a estruturação da potencialização de ganhos perenes fora de suas operações.

Como já sabemos, o início de um empreendimento não é nada fácil. O interessado em empreender deveria ter, para que sua ideia pudesse vingar: capital, projeto (com estudo de viabilidade) e, conhecimento técnico.

Com base nesse preceito o empreendedor poderá partir para uma jornada árdua, com os riscos (que sua análise preliminar definiu – pontos fortes e fracos; vantagens e desvantagens etc.), e projeção de quais serão seus ganhos e suas perdas.

Se tudo der certo, as vantagens se sobressaltarão e esse empreendedor passará a ser um empresário em ascendência, certamente.

A partir desse momento, se inicia, para muitos desses empresários, um fenômeno verdadeiramente incrível.

Vamos então projetar os acontecimentos que indica esse fenômeno:

O empresário caminhando exitosamente em seu empreendimento sente que, com os lucros que vem conquistando, pode dar saltos maiores. Sim! Por certo, esses saltos são muito importantes para o crescimento do negócio, mas existe um “porém”.

Muitos empresários começam a se empoderar e a mudar seus hábitos. Surge, então, a ideia da necessidade de se transpor para níveis sociais mais elevados e, com isso, alguns dos muitos empresários prósperos, iniciam a aquisição de patrimônios que possam os distinguir e os colocar em plena ascensão social.

A mudança de residência para outra maior, melhor e em local mais requintado; a aquisição de automóveis de luxo, embarcações, casas de veraneio, propriedades rurais, entre outros bens que possam mostrar o sucesso e o empresário bem-sucedido são a ideia de quem supõe que alcançou algum triunfo.

Esse é o tema. Algo que muitos deixam de indagar para consigo é se a empresa pujante em seu sucesso pode suportar tais mudanças que ocorrem de forma frenéticas?

Depende…

Para que o bom e cauteloso empresário possa crescer com qualidade e capacidade financeira, de forma a suportar toda a vontade faustosa que o sucesso traz, é necessário o estudo de riscos e, principalmente, a estruturação da potencialização de ganhos perenes fora de suas operações.

Acontece que muitos não acreditam que o cuidado com a saúde administrativo/financeira de sua empresa seja um investimento à garantia de sua estabilidade.

Como dito, muitos deslumbram-se com o sucesso recém conquistado (mas ainda não consolidado) e o auge desse sucessivo caminho de erros administrativos está o “must”, a cereja no topo do bolo, qual seja, a aquisição de um imóvel pomposo fora do país, geralmente na Florida (USA), em especial, em Orlando, “cidade da alegria” é a garantia de que se atingiu a imobilidade do negócio.

Muitos empresários vistos e estudados por mim, cometem os mesmos erros após criar uma estrutura oca de sucesso para alimentar seu ego e se consagrar perante a sociedade.

Aquilo que não se preenche com solidez começa a ruir e, a partir de um certo momento, começam a se endividar para manter sua empresa sobrecarregada com os luxos pessoais. O desequilíbrio do negócio passa a ser visto a olhos nus, mas o empresário, muitas vezes, não consegue enxergar esses acontecimentos. Acredita que as aquisições feitas são a “garantia” de seu sucesso.

A inadimplência financeira; a falta de recolhimento tributário para formar um maior lucro; a desresponsabilização sobre os encargos trabalhistas; e os atrasos quanto as responsabilidades para com seus fornecedores são as primeiras coisas que começam a acontecer e, se não estancadas, podem levar a empresa ao desequilíbrio e, consequentemente, ao insucesso.

Como testemunha disso, posso dizer que até existe um antídoto, mas, em muitos casos, não há tempo para usá-lo. A estrutura já está corrompida.

A busca errática por medidas judiciais, a meu ver, gera uma falsa proteção. A Recuperação Judicial (Lei 14.112/21) pode levar a empresa e o empresário a situações ainda piores.

O Princípio do Orlandismo hoje é uma realidade. O empresário, por sua ilusão de garantia de sucesso, consegue parar no tempo, regredir e até mesmo perder seu negócio.

Muitos países empoderam suas empresas nacionais, protegendo-as de seus próprios sócios, aumentando a tributação daqueles que retiram lucros em demasia. Uma boa medida para ser pensada por nossos governantes e legisladores.

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terça-feira, 6 de setembro de 2022

SALÁRIOS DO PRESIDENTE DO BRASIL E DE OUTROS PAÍSES

 

Matheus Queiroz – Purepeople

O primeiro turno das Eleições 2022 acontece no dia 02 de outubro e o principal foco neste ano é a votação para presidente, que traz uma disputa acirrada entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, o atual chefe do Governo.

Quanto ganha o presidente do Brasil? Veja o salário de Bolsonaro e outros líderes mundiais© www.presidencia.pt

Com a proximidade da data, muitas dúvidas a respeito das funções de um presidente vem à tona. Entre elas: qual o salário do principal representante do Poder Executivo? A remuneração bruta do presidente é de R$ 30.934,70 por mês. No entanto, por conta dos descontos, o pagamento final é de R$ 23.453,43. As informações são do Portal da Transparência.

OS BENEFÍCIOS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Assim como os trabalhadores de outras esferas, o Presidente da República pode usufruir de diversos direitos. O principal deles é a moradia. O chefe do executivo tem duas residência oficiais em Brasília: o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto.

O presidente também tem direito a plano de saúde. Além de todas as despesas dele, o benefício cobre, também, as dos familiares diretos, como filhos, netos e pais. Outro benefício é o cartão corporativo, que custeia uma série de despesas do governante.

No entanto, o presidente não tem férias oficiais, segundo a Constituição Federal de 1988. Tradicionalmente, ele tira uns dias de folga durante o recesso do Poder Legislativo, mas, em caso de emergências, é necessário interromper o descanso para resolvê-las.

OS SALÁRIOS DOS PRESIDENTES E LÍDERES DE OUTROS PAÍSES AO REDOR DO MUNDO

Estados Unidos: O presidente Joe Bidden recebe US$ 400 mil por ano, uma média de US$ 33 mil ou aproximadamente R$ 170 mil por mês, segundo a cotação atual.

China: Em 2015, o presidente Xi Jinping passou a ganhar 11.385 yuanes por mês, o equivalente a R$ 8.470,40, segundo a atual cotação.

Japão: O primeiro-ministro Fumlo Kishida tem um salário anual estimado em R$ 1,3 milhão, uma média de R$ 108 mil por mês, segundo a CNN Brasil.

Alemanha: Não existem informações de fontes confiáveis a respeito do salário do atual chanceler do país europeu, Olaf Scholz. No entanto, em 2017, a ex-chanceler Angela Merkel ganhava 18,8 mil euros por mês (aproxidamente, R$ 96 mil, na cotação atual), segundo o jornal português Diário de Notícias.

Inglaterra: O primeiro-ministro Boris Johnson tem um salário anual estimado em 155.376 euros; uma média de 12 mil euros ou aproximadamente R$ 61 mil por mês, segundo a cotação atual.

França: O presidente Emmanuel Macron tem um salário anual estimado em R$ 1 milhão, uma média de R$ 83 mil por mês, segundo a CNN Brasil.

Canadá: O primeiro-ministro Justin Trudeau tem um salário anual estimado entre US$ 146 mil e US$ 365 mil (respectivamente, R$ 542 mil e R$ 1,4 milhão, segundo a cotação atual).

Itália: O presidente Sergio Mattarella recebe 179.835 euros anuais; uma média de 15 mil euros ou aproximadamente R$ 76 mil por mês, segundo a cotação atual. Em março deste ano, ele reduziu o próprio salário e fixou com base na pensão que recebe pelo trabalho como professor universitário, segundo o Diário de Notícias.

Portugal: O presidente Marcelo Rebelo de Sousa recebe 106.820 euros brutos anuais; uma média de 8.900 euros ou aproximadamente R$ 45 mil por mês, segundo a cotação atual.

CHILENOS NÃO APROVAM A NOVA CONSTITUIÇÃO DO PAÍS

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Chilenos comemoram resultado de referendo que rejeitou texto da nova Constituição do país, em 4 de setembro de 2022.| Foto: Alberto Valdés/EFE

A rejeição do povo chileno ao texto destinado a ser a nova Constituição do país foi inequívoca: em um referendo no qual o voto foi obrigatório, quase 25 pontos porcentuais separaram o “rejeito” do “aprovo”, interrompendo o que seria a “brasileirização” do texto constitucional chileno. Com o resultado, a carta do período pinochetista, emendada inúmeras vezes para acomodar o retorno da democracia, seguirá valendo por mais algum tempo, até que um novo texto seja costurado, em um processo cujo desenrolar ainda é incerto.

Em maio de 2021, boa parte do eleitorado conservador e de centro-direita se mostrou desinteressado pela escolha dos constituintes. Em um país com 14,9 milhões de eleitores, apenas 6,2 milhões foram votar, uma abstenção de quase 60%. O resultado foi uma Assembleia Constituinte majoritariamente de esquerda, a ponto de as demais forças políticas do país não chegarem a ter o mínimo necessário de cadeiras para barrar propostas mais radicais. Com este “passe livre”, a esquerda chilena desenhou uma Constituição à sua imagem e semelhança, com uma coleção infindável de direitos sem explicar ao certo como o Estado chileno seria capaz de cumpri-los – um roteiro que o Brasil conhece desde 1988 – e repleta de pautas identitárias, incluindo a legalização do aborto.

O povo chileno deixou claro que não quer uma reinvenção da roda baseada em premissas identitaristas e que descarta todos os aspectos positivos do modelo liberal atual

Ao agir desta forma, os constituintes chilenos ignoraram a existência de boa parte de compatriotas que não compactuavam com tais pautas, e desprezaram todos os avanços sociais e econômicos obtidos pelo modelo liberal herdado da ditadura de Pinochet, e que permitiu ao Chile liderar a América Latina em indicadores importantes como IDH e liberdade econômica. À medida que o texto foi ganhando seus contornos finais, compreensivelmente a rejeição popular ficava mais clara, uma tendência capturada pelas pesquisas de opinião – em fevereiro, elas davam 20 pontos porcentuais de vantagem ao “aprovo”, mas em meados de abril, com os trabalhos da assembleia ainda em andamento, a virada já havia ocorrido. Nem o apoio extraoficial do presidente Gabriel Boric, nem a estratégia de “aprovar para reformar” ajudaram a campanha pela aprovação, até porque não havia a menor garantia legal de que o texto, uma vez ratificado, seria realmente alterado para contemplar as demandas dos chilenos de centro-direita e conservadores.

Seja porque a húbris esquerdista não considerou em nenhum momento a possibilidade de derrota, seja por outros motivos que poderiam até incluir o esquecimento puro e simples, não há clareza sobre o que ocorreria em caso de rejeição do texto constitucional no referendo. A mesma Assembleia Constituinte eleita em 2021 teria de redigir uma segunda proposta? Seria preciso eleger novos constituintes? Boric convocou representantes de todas as forças políticas chilenas para negociar a continuação do processo constitucional, pois de qualquer forma será preciso entregar ao país uma nova Constituição: o resultado do plebiscito de 2020 segue em vigor, e nele os eleitores, por ampla maioria, decidiram pela redação de uma nova carta. Além disso, Boric deve promover uma reforma ministerial que pode levar o governo mais para o centro.


O Chile é, em muitos aspectos, um exemplo para a América Latina, mas seu modelo não é perfeito. Seu liberalismo pode e deve ser aperfeiçoado, abrindo mais espaço para uma atuação subsidiária do Estado e para um cuidado especial com a parcela mais pobre da população, sem cair em assistencialismos que perpetuam situações de dependência. Não há como dizer ao certo se é isso que os chilenos desejam, mas agora já se sabe com muita clareza o que o povo não quer: uma reinvenção da roda baseada em premissas identitaristas e que descarta todos os aspectos positivos do sistema atual. A vitória incontestável do “rejeito” – a título de comparação, Boric venceu o segundo turno da eleição presidencial de 2021 com 11 pontos de vantagem sobre José Antonio Kast – é um recado que o presidente e toda a esquerda chilena não têm como ignorar.


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DECISÕES DO MINISTRO ALEXANDRE DE MORAIS VIERAM DO LIVRO O ALIENISTA?

 

Tá doido?!

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo


Ilustração de Fábio Moon e Gabriel Bá para a adaptação de “O Alienista” para os quadrinhos.| Foto: Reprodução

Assim que abri o velho exemplar de “O Alienista”, de Machado de Assis, fui logo sublinhando um trecho. Já disse em algum momento que gosto de vandalizar assim meus livros. Mesmo que jamais venha a consultar aquela citação novamente ou por mais que, em a consultando, não tenha a menor ideia do que me levou a sublinhá-la. Gosto da aparência de um livro todo riscado e no qual daqui a vinte anos alguém lerá “Alexandre de Moraes” sem ter a menor ideia de quem tenha sido o gajo.

“A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é meu universo”. Este foi apenas o primeiro trecho sublinhado com a anotação hoje óbvia, mas que daqui a duas décadas parecerá um hieróglifo: “Alexandre de Moraes”. Cujo emprego único é o Estado democrático de direito (como ele o entende) e cujo universo se restringe aquele palacete feioso do STF. A partir daí, para mim o dr. Simão Bacamarte perdeu os cabelos e ganhou uma toga. E a causa da loucura se transformou na causa do Estado democrático de direito – com aspas, muitas aspas, por favor.

A obviedade da associação entre a frase machadiana e a realidade alexandrina desde início de século XXI me incomodou. Dei de ombros e segui com a leitura. Algumas páginas mais tarde, anotei um dos casos de loucura contado por Machado: “um rapaz bronco e vilão, que todos os dias, depois do almoço, fazia regularmente um discurso acadêmico, ornado de tropos, de antíteses, de apóstrofes, com seus recamos de grego e latim, e suas borlas de Cícero, Apuleio e Tertuliano”. À margem anotei que candidato ao hospício é quem se refere a Machado como “Bruxo do Cosme Velho”. E olhei em volta para ver se ninguém por perto tinha uma camisa-de-força.

Atenção, clipping do STF

Outra anotação de uma obviedade absoluta e um tantinho vergonhosa: “homem de ciência, e só de ciência, nada o consternava fora da ciência”. Aqui a primeira referência é o ministro que não se consterna com nada fora da sua cruzada antibolsonarista. Obviedade das obviedades, tudo é obviedade. A segunda referência talvez seja menos óbvia, e por isso mesmo tão profunda quanto uma piscina infantil: como foram e são ridículos os homens que, diante da pandemia de Covid-19, não se consternavam com nada fora da ciência. “Que nunca sejamos homens de uma coisa só!”, anotei à margem e, se não anotei, deveria ter anotado.

Ah, sim, outro trecho óbvio, mas necessário. Nele, Dona Evarista, a esposa do alienista, está de partida para o Rio de Janeiro. Machado de Assis assim descreve a cena: “E partiu a comitiva. Crispim Soares, ao tornar a casa, trazia os olhos entre as duas orelhas da besta ruana em que vinha montado; Simão Bacamarte alongava os seus pelo horizonte adiante, deixando ao cavalo a responsabilidade do regresso. Imagem vivaz do gênio e do vulgo! Um fita o presente, com todas as suas lágrimas e saudades, outro devassa o futuro com todas as suas auroras”.

A anotação à margem é: “Será que Alexandre de Moraes já leu este livro?”. Se a equipe de clipping do STF estiver lendo este texto, por favor, estenda a pergunta ao ministro. E aproveito para perguntar ao ministro Alexandre de Moraes se ele entende que, nessa alegoria aí, gênio é o conservador e vulgo é o progressista que “devassa o futuro com todas as suas auroras”. Assessor que por ventura estiver lendo, por favor repassar essa última pergunta também ao ministro Barroso. Obrigado.

Outro momento bom para a reflexão dos ministros do STF é quando Simão Bacamarte se dá conta do tamanho da sua empreitada insana de curar todos os loucos do universo. No caso, de Itaguaí. “A loucura, objeto dos meus estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da razão; começo a suspeitar que é um continente”, diz o alienista. E a essa altura o leitor, tanto o meu quanto o do Machado, já se deu conta do perigo que é dar poder a um homem obcecado por uma causa, seja ela a ciência ou o Estado democrático de direito, ambos com fartas aspas.

Aí em “O Alienista” o óbvio mais uma vez se realiza e Bacamarte começa a usar o próprio poder em proveito próprio. “O alienista dizia que só eram admitidos os casos patológicos, mas pouca gente lhe dava crédito. Sucediam-se as versões populares. Vingança, cobiça de dinheiro, castigo de Deus, monomania do próprio médico, plano secreto do Rio de Janeiro com o fim de destruir em Itaguaí qualquer gérmen de prosperidade (…), mil outras explicações, que não explicavam nada, tal era o produto diário da imaginação pública”.

Inversão de valores
Pensei, mas não anotei à margem porque a caneta tinha caído no chão e fiquei com preguiça de pegar: Machado de Assis previu o Twitter. E não deu a Simão Bacamarte a capacidade e ambição contemporâneas de calar a fértil imaginação pública. Tivesse conferido ao personagem esse super poder, Machado teria evitado, nas páginas seguintes, a rebelião que culmina com uma reflexão (óbvia) sobre o arbítrio, tanto do alienista quando do nosso calvo constitucionalista: “Nada tenho que ver com a ciência; mas, se tantos homens em quem supomos juízo são reclusos por dementes, quem nos afirma que o alienado  não é o alienista?”.

Tampouco eu tenho a ver com a ciência jurídica e política, mas, se tantos homens em quem supomos liberdade de consciência são reclusos por antidemocráticos, quem nos afirma que o antidemocrático não é o que diz mais agir para defender a democracia? Não à toa convém aqui mencionar outra obviedade que salta aos olhos: “O Alienista” é uma alegoria da Revolução Francesa, liderada por iluministas crédulos na utopia da razão e dispostos a usar de toda a violência necessária para impor os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade – não necessariamente nessa ordem.

Simão Bacamarte cai em breve desgraça. Em sua defesa, evoca Deus e “os mestres”. Chega até a se oferecer em sacrifício. Talvez (e esta é uma interpretação que espero não ser óbvia, embora pareça) no final das contas o alienista conheça mesmo a alma humana a ponto de antever as ambições do líder rebelde e, por isso, saber-se seguro. “O barbeiro sentiu despontar em si a ambição do governo; pareceu-lhe então que, demolindo a Casa Verde e derrocando a influência do alienista, chegaria a apoderar-se da Câmara, dominar as demais autoridades e constituir-se senhor de Itaguaí”, escreve um Machado de Assis insuportavelmente cínico.

Depois da rebelião, prevalece a paciência maquiavélica de Simão Bacamarte, tão corrompido por suas certezas que passa a considerar ainda mais loucos os que exibem qualquer vocação para a excelência ou a santidade. “Os alienados foram alojados por classes. Fez-se uma galeria de modestos; isto é, os loucos em que predominavam esta perfeição moral; outra de tolerantes, outra de verídicos, outra de símplices; outra de leais, outra de magnânimo; outra de sagazes; outra de sinceros; etc.”, lê quem chega a esta parte do livro e resiste à vontade de jogá-lo dramaticamente contra a parede. Seria óbvio demais falar aqui em “inversão de valores”?

Diabólico, Simão Bacamarte corrompe toda a cidade, que passa a ver o mal como sinal inequívoco de sanidade e o bem como marca de demência incurável. E é neste instante que a novela de Machado de Assis perde um pouco contato com a nossa realidade. A não ser que você queira bancar o otimista e ler o que acontece em seguida como uma profecia. Porque, tomado pela vaidade do suposto autoconhecimento que faz dele o mais são entre os sãos, não resta ao alienista alternativa que não a de se trancafiar no hospício, entregando-se “ao estudo e à cura de si mesmo”.

Diante do que anoto à margem um comentário que certamente não vou entender na próxima releitura: “Quem sabe alguém, vendo-se como o maior defensor da democracia em todo o universo e além, não perceba nesse furor todo um quê de fascismo, de autoritarismo e até de totalitarismo e, em assim se percebendo, para o bem da sanidade geral, se recolha ao estudo e cura de si mesmo”. Fecho o livro e vou dormir exausto de tanta obviedade.


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UMA CANETADA DO STF ACABA COM A VIOLÊNCIA POLÍTICA?

 

STF e eleições

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


O ministro do STF Edson Fachin.| Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O ministro Edson Fachin, do STF, decidiu suspender alguns trechos de decretos do presidente da República para restringir o uso de armas no período eleitoral. Foi ele que restringiu, também, ações da polícia do Rio de Janeiro nos morros durante a pandemia – e deu no que deu, as favelas viraram refúgio de bandidos e facções criminosas do país inteiro.

Fachin disse que a medida tem o intuito de evitar violência política. “O risco de violência política torna de extrema urgência o provimento cautelar. A campanha exaspera o risco de violência”, foram as palavras dele. Pois a violência que vimos está completando quatro anos nesta terça-feira e não foi com arma de fogo, foi com faca. Aconteceu em Juiz de Fora (MG), pelas mãos de Adélio Bispo, que, desesperado por não acreditar nas pesquisas em que Jair Bolsonaro perdia para todos, e com um álibi na Câmara dos Deputados, tentou matar Bolsonaro. Eu não sei se Fachin é capaz de tirar todas as facas da campanha eleitoral.

O ministro também fala em “recentes e lamentáveis episódios de violência política” para justificar a decisão. O único episódio de que eu lembro foi uma briga de duas pessoas por causa do uso eleitoral de dependências de uma associação de funcionários da Itaipu. Não foi violência política nas ruas, não foi violência coletiva. Violência coletiva mesmo eu vi em Curitiba, quando arrancaram a bandeira nacional do mastro, pisaram em cima e tocaram fogo. Violência coletiva eu vi quando hordas correram pelas ruas de São Paulo, quebrando vitrines, botando fogo em lixo, destruindo paradas de ônibus. Não sei se o ministro Fachin pretende evitar isso e de que maneira.


Supremo se preocupa mais com bandidos que com policiais
Enfim, ele está fazendo isso porque supõe que vai haver violência política. Lembra aquele filme de ficção com Tom Cruise, Minority Report – A Nova Lei. A gente fica imaginando o que pode acontecer.

Depois de quase dez anos, o Museu do Ipiranga será reaberto
Quero registrar também que nesta terça-feira ocorre a reabertura do Museu do Ipiranga, que fica lá junto ao Monumento do Ipiranga, ao mausoléu onde estão os corpos de dom Pedro I e das duas imperatrizes, e onde ele proclamou a independência, por onde passa o Riacho Ipiranga.

O museu estava em reforma desde 2013 e está uma beleza agora, realmente muito bonito. A abertura será só para autoridades, no fim do dia; na quarta, dia 7, vai abrir para aqueles que trabalharam na recuperação, e suas famílias. À noite, fora do museu, haverá um grande espetáculo com projeções na fachada e a participação do maestro e pianista João Carlos Martins, um herói brasileiro. Para o público mesmo, só abre no dia 8 de setembro. Faz tanto tempo que visitei o Museu do Ipiranga que está na hora de ir de novo para ver como ficou a reforma.

ELEIÇÕES 2022
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PISO DA ENFERMAGEM CAUSA PREJUÍZO E GASTANÇA DO JUDICIÁRIO NÃO

 

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo


| Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF


O ministro Luís Roberto Barroso, em mais um espasmo de onipotência do Supremo Tribunal Federal, vetou o novo piso salarial para os enfermeiros, estabelecido por lei que o Congresso Nacional aprovou. Mas o Congresso não é um dos três poderes da República, independente dos outros dois, e o único autorizado a fazer leis neste país, de acordo com as sagradas “instituições” que o STF defende com os seus inquéritos, a sua polícia e as suas operações de busca, apreensão e quebra de sigilo às 6 horas da manhã? A resposta é: não, o Congresso brasileiro, eleito pela população como seu representante, não tem o direito de aprovar as leis que conseguem o voto da maioria dos parlamentares. Depende do STF. Se o STF está de acordo, então a lei vale. Se o STF não aprova a lei, a lei não vale.

Acaba de acontecer mais uma vez, e mais uma vez presidente da Câmara dos Deputados fica quietinho – diz que “entende” a decisão do STF em vetar o novo piso, como se coubesse a ele dar-se a apreciações deste tipo, em vez de fazer valer a decisão legítima e legal da casa que preside. É óbvio, com mais essa reação de subserviência automática por parte do Congresso, que o STF vai continuar governando o Brasil. Isso é o exato contrário de democracia – é desordem. O ministro Barroso, com o seu decreto, se mete a decidir sobre a situação financeira dos serviços de saúde e a remuneração da enfermagem. Quem lhe deu licença para fazer isso? O STF tem de cuidar, unicamente, do cumprimento da Constituição; tem de decidir se isso ou aquilo é ou não é constitucional. Todas as vezes que fizer alguma coisa fora ou além disso, estará impondo uma ditadura ao país. É simples. Ninguém pode julgar uma decisão do STF; se os ministros se dão o direito de resolver toda e qualquer questão, então os ministros viram ditadores. Decidem até quanto devem ganhar os enfermeiros; se podem decidir isso, e o que mais lhes der na telha, então decidem tudo.

O STF, ultimamente, tem mostrado uma estranhíssima obsessão com o respeito às regras mais rigorosas de integridade fiscal. Vetam reduções de impostos que beneficiam diretamente a população, pois isso, na sua opinião – que ninguém pediu, porque não é da sua conta – poderia deixar o poder público com dificuldades para pagar os seus compromissos. Não pensam, jamais, que o Estado possa se comportar com mais competência e, em consequência, precisar de menos dinheiro. Pior: nunca, jamais e em tempo algum, o STF se preocupou com austeridade fiscal. Ao contrário, é dos principais causadores da gastança alucinada do Estado brasileiro, ao concordar sistematicamente com toda e qualquer exigência salarial das castas mais vorazes do serviço público – a começar pelo que diz respeito aos gastos da própria justiça.  Os enfermeiros não podem ter um piso salarial de 4.750 reais, decidiu o ministro Barroso; é muito caro. Os Estados e Municípios, coitados, terão muita dificuldade para pagar. Os hospitais privados e os planos das mega empresas de seguro médico estariam correndo risco de morte. Mas juízes podem ganhar 100.000 reais num mês, ou muito mais, com os “penduricalhos” e “atrasados”, e o STF acha isso a coisa mais justa e normal do mundo. Se o Estado tem dificuldade para pagar isso, problema “deles” – ou melhor, problema do pagador de impostos, que é quem vai ter de meter a mão no bolso para encarar essa conta.

É óbvio, com mais essa reação de subserviência automática por parte do Congresso, que o STF vai continuar governando o Brasil

A Justiça brasileira é uma das mais caras do mundo; pode estar gastando, com o aparelho todo, em volta dos 120 bilhões de reais por ano. Isso, em termos proporcionais ao PIB, é quase dez vezes mais do que gasta a justiça dos Estados Unidos; é várias vezes mais do que gastam os países europeus A população que paga essa barbaridade recebe, em contrapartida, uma das piores justiças do mundo, comparável ao que existe de mais tenebroso no universo subdesenvolvido. O povo brasileiro, por sinal, está convencido disso: só 16%, segundo uma pesquisa recente do jornal O Estado de S. Paulo, tem respeito pelo STF. O ministro Barroso, enquanto isso, decide sobre o salário dos enfermeiros.


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VENDA DE IPHONE PROIBIDA SEM CARREGADOR

Foto: Lucy Nicholson/Reuters

Por Luci Ribeiro – Jornal Estadão

Determinação foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 6

BRASÍLIA – O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou a suspensão da venda, em todo o País, de todos os telefones celulares iPhone, independentemente do modelo ou geração, desacompanhados do carregador de bateria e também a cassação do registro na Anatel dos smartphones da marca a partir do modelo iPhone12.

A pasta ainda aplicou multa à fabricante Apple Computer Brasil no valor de R$ 12.274.500. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 6, em processo instaurado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) em dezembro passado.

A Senacon explica que a Apple foi processada por vender os smartphones, desde o Iphone 12, sem o respectivo carregador de energia para tomada de parede. “As acusações são de venda casada, venda de produto incompleto ou despido de funcionalidade essencial, recusa da venda de produto completo mediante discriminação contra o consumidor e transferência de responsabilidade a terceiros”.

Ministério da Justiça; pasta suspendeu venda de iPhone 12 sem carregador de bateria na caixa.
Ministério da Justiça; pasta suspendeu venda de iPhone 12 sem carregador de bateria na caixa.  Foto: Divulgação

Ao se defender, a Apple alegou, segundo a Secretaria, que a decisão de não fornecer os carregadores de bateria em conjunto com os smartphones teria sido por “preocupação ambiental” e “para estimular o consumo sustentável”. A Senacon, no entanto, avaliou que os argumentos da companhia não foram suficientes, “uma vez que a decisão da empresa de vender os aparelhos sem carregador acabou por transferir ao consumidor todo o ônus”.

O órgão diz que, apesar de já ter sido multada pelos Procons de Santa Catarina, São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Caldas Novas (GO), e de ser alvo de outras condenações judiciais, a Apple, até hoje, não tomou nenhuma medida para minimizar o dano e segue vendendo aparelhos celulares sem carregadores.

“Caso persista nas infrações, a Apple poderá ser considerada reincidente, com a aplicação de novas punições ainda mais graves”, avisa a Senacon. “A empresa ainda pode recorrer da decisão”, completa.

Correções

06/09/2022 | 08h50

Texto alterado para informar que a suspensão da venda no País se aplica a todos os telefones celulares iPhone, independentemente do modelo ou geração, desacompanhados do carregador de bateria. O ministério também determinou a cassação do registro na Anatel dos smartphones da marca a partir do modelo iPhone 12.

 

TENHA A CAPACIDADE DE CRIAR HISTÓRIAS IMPACTANTES

*Pedro Lourencini é programador e faz parte do time de desenvolvimento da ONCLICK 

Por Pedro Lourencini

De forma bem simples, storytelling é a capacidade de criar e montar histórias impactantes e inesquecíveis que “vendem” uma ideia, propósito, conceito ou projeto. Uma forma ou método para persuadir e convencer, técnica muito utilizada em cinema e publicidade.

Mas, por que devo conhecer esta técnica?

Utilizando alguns conceitos de storytelling é possível se expressar de forma muito mais eficiente, seja em uma reunião, ao preencher uma tarefa, ou mesmo em um telefonema. Com isso, você consegue o que deseja com mais facilidade.

Ao ligar para reclamar da sua internet por exemplo, se de início já destratar o atendente que está apenas fazendo o seu serviço. As chances de conseguir uma solução rápida e certeira tendem a cair, pois você não permite que ele faça o trabalho dele que é lhe ajudar. Além de que em alguns casos só irá deixá-lo irritado e sem vontade de solucionar o seu problema.

Porém, se ao ligar você tratar do problema com calma, até mesmo fazendo algumas brincadeiras para “quebrar o gelo”, você consegue um carisma maior com o atendente, motivando-o a lhe ajudar.

Um ponto importante é sempre pensar em como o que você está falando vai ser percebido. 

Utilizando storytelling na TI

Trazendo o storytelling para o dia a dia da TI, ao preencher uma tarefa para alguém, adapte o texto ao nível técnico das pessoas que irão realizá-las, e ao de outras pessoas que podem consultar a tarefa futuramente.

Se for técnico demais, o texto pode e vai gerar confusão, sendo necessário que você revise o que foi escrito, converse com as pessoas responsáveis pela execução e até mesmo realize reuniões que seriam desnecessárias. Tudo isso, contribui para atrasar a solução do problema.

Então, caso precise reportar uma ocorrência, se imagine criando uma história, explicando como ocorreu, passo a passo, da forma mais detalhada possível o que deveria ter acontecido, e o porquê. Isso ajuda muito o entendimento e a solução.

Se possível, utilize imagens para contar a história do problema, porém, cuidado, as imagens precisam ter sentido e realmente ajudar a compreender o ocorrido.

Pense no que você deseja que a pessoa entenda no final.

Seja simples e direto, em casos onde é permitido use uma linguagem mais informal, tudo para que o texto não fique chato ao leitor.

Na área de TI é especialmente indicada a utilização do storytelling. Ao reportar um erro ocorrido no cliente é importante pensar em quem vai receber o relatório sobre o problema, o acesso do cliente ao que foi descrito e a clareza por trás da história ocorrida.

Como um bom desenvolvedor, você precisa saber se expressar ao detalhar o que foi realizado. 

Explique todo o processo analisado, o que foi feito, o porquê da alteração, sempre pensando em quem vai ler o conteúdo escrito por você, seja um analista de qualidade, um gerente ou supervisor, um analista de suporte ou mesmo o cliente, você tem o dever de dar um final feliz à história.

Uma história bem contada muda tudo.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                  

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

 

VÁRIOS RECADOS SOBRE O CONTROLE DAS BIG TECHS

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