Opressão sandinista Por Gazeta do Povo e Agência EFE
Bispo de Matagalpa, preso nesta sexta-feira (19), entrou na mira
do ditador Daniel Ortega ao pedir pela democratização da Nicarágua|
Foto: EFE/Jorge Torres
Rolando José Álvarez Lagos, 55 anos, já
era um símbolo da resistência da Igreja Católica e da sociedade da
Nicarágua contra a ditadura sandinista.
Nesta sexta-feira (19), essa simbologia ganhou ainda mais força: após
muitas hostilidades por parte do regime do ditador Daniel Ortega,
Álvarez e outras sete pessoas foram presos pelas autoridades
nicaraguenses na sede episcopal de Matagalpa, no centro-oeste do país.
Ortega considera que bispos e padres apoiaram manifestações que
pediram sua saída em 2018, protestos que foram reprimidos com extrema
violência, resultando em mais de 300 mortes.
Neste ano, o ritmo da perseguição contra a Igreja aumentou: antes da
prisão de Álvarez, o regime sandinista havia expulsado do país o núncio
apostólico Waldemar Stanislaw Sommertag, prendido três padres, fechado
oito emissoras de rádio católicas, retirado três canais católicos da
programação da televisão por assinatura e invadido uma paróquia, de onde
foram expulsas 16 freiras missionárias da ordem Madre Teresa de
Calcutá.
A irmã mais velha de Álvarez, Vilma, relatou à revista Magazine, do
jornal La Prensa, que seu irmão, nascido na capital Manágua, mostrou
vocação para o sacerdócio desde cedo: criança, ele reunia a família em
casa para celebrar a missa e chamava a si mesmo de padre Miguel.
Ainda de acordo com o relato de Vilma, Álvarez se recusou a cumprir o
serviço militar obrigatório da ditadura sandinista na década de 1980.
Chegou a ser preso “duas ou três vezes” e a casa da família foi
revistada. Para fugir da perseguição, viveu um tempo como refugiado na
Guatemala.
Álvarez teve uma namorada e chegou a cogitar casamento, mas o chamado
da Igreja foi mais forte: em dezembro de 1994, aos 28 anos, foi
ordenado sacerdote na Catedral de Manágua. Em 2011, assumiu a Diocese de
Matagalpa.
O bispo entrou na mira da ditadura sandinista em 2018, quando a
Igreja tentou intermediar o diálogo entre Ortega e oposicionistas. À
época, Álvarez afirmou que não havia “outro caminho” a não ser “a
democratização da República da Nicarágua”.
Sua posição como liderança social contra a repressão ganhou força
este ano: em maio, Álvarez denunciou a perseguição contra a Igreja e
anunciou que faria um jejum por tempo indeterminado em protesto.
No início de agosto, quando o bispo denunciou que havia sido retido
na sua cúria por forças policiais sem saber o motivo, juntamente com
seis sacerdotes e seis leigos, uma cena emblemática: após policiais
impedirem a entrada de paroquianos e dos assistentes de Álvarez na
diocese para receber a eucaristia, o monsenhor se ajoelhou na calçada e
levantou as mãos para o céu, uma imagem que viralizou nas redes sociais.
Quando o chefe da polícia departamental de Matagalpa, Sergio
Gutiérrez, pediu ao bispo para cooperar, Álvarez respondeu: “Quem não
coopera é você”.
“A polícia diz que somos nós que causamos tumulto. Mas foram eles que
cercaram a rua da cúria, são eles que estão à porta da minha casa e não
deixam as pessoas entrar”, declarou.
Nesta sexta-feira, ocorreram a prisão de fato e a transferência para
Manágua, sob a acusação de que Álvarez teria tentado “organizar grupos
violentos”, alegadamente “com o objetivo de desestabilizar o Estado
nicaraguense e atacar as autoridades constitucionais”, sem que nenhuma
prova fosse apresentada.
Quando foi retido na cúria, o bispo já havia manifestado que o seu
protesto não admitia ódio contra os opressores: ele rezou “também por
aqueles que nos mantêm retidos, continuamos pedindo ao Senhor que
abençoe suas vidas, seus casamentos, suas famílias, seus empregos, que o
Senhor abençoe sua comida, seus passos”.
Porém, também pediu aos fiéis católicos que “mantenham viva a
esperança, permaneçam fortes no amor e vivam na liberdade dos filhos de
Deus, sabendo que o Senhor cumprirá sua palavra: o Senhor restaurará a
Nicarágua”.
Vídeo mostra o momento em que o youtuber se aproxima de Bolsonaro, na quinta-feira (18)| Foto: Reprodução/G1
Um
youtuber ultrapassou a segurança e promoveu um barraco no Palácio da
Alvorada. Com celular em riste, filmou a si próprio chamando o
presidente de tchutchuca do Centrão, de vagabundo etc. e dizendo que ele
não tinha coragem de conversar consigo. O primeiro destes xingamentos
foi cunhado por Zeca Dirceu e, depois, requentado por André Marinho. Foi
assim: em 2019, durante uma audiência pública com Paulo Guedes sobre a
reforma da previdência, o filho de Zé Dirceu, deputado federal pelo
Paraná, disse ao ministro que ele tinha “uma obrigação conosco, e com o
povo brasileiro”, de responder a suas perguntas “muito objetivas” por
cumprir “uma função pública”. Eis um dos “questionamentos”: “O senhor é
tigrão quando é com os aposentados, com os idosos, com os portadores de
necessidades. O senhor é tigrão quando é com os agricultores, os
professores. Mas é tchutchuca quando mexe com a turma mais privilegiada
do nosso país.” E seguiu com um sermãozinho, dizendo que Guedes tinha
que pedir desculpas, até ser interrompido pelo ancião, que esbravejou:
“Eu não vim aqui para ser desrespeitado, não. Tchutchuca é a mãe, é a
avó, respeita as pessoas. Isso é ofensa. Eu respeito quem me respeita.
Se você não me respeita, não merece meu respeito.”
De minha parte, acho difícil pensar em postura mais antipática do que
a de Zeca Dirceu nesse episódio. Seria bom que fosse o símbolo de uma
fase do Brasil deixada para trás, junto com o petismo: uma fase em que
os arrogantes, do alto de sua enorme importância autoatribuída, se
sentiam no direito de pisar e desrespeitar qualquer autoridade que lhes
fosse contrária.
A escalada da arrogância Mas, ao que parece, era uma percepção
subjetiva minha – ou, ao menos, uma percepção comum na população geral,
porém incomum entre os letrados. Pois não demorou muito para que André
Marinho, que não era nenhum petista e cujo pai é suplente de Flávio
Bolsonaro no Senado, achasse muito boa a ideia de usar a dicotomia
tchutchuca/tigrão para ofender um ancião: em entrevista com Bolsonaro,
chamou-o de tchutchuca com o STF e tigrão com humorista (o próprio
Marinho). Senti a mesma aversão que o petista me causou, mas a bolha
antipetista achou bonito.
Entre o episódio de 2019 protagonizado por Zeca Dirceu e o de 2021,
protagonizado por Marinho, perdeu-se algo: Paulo Guedes devia
explicações ao deputado por ele alegadamente falar em nome do povo
brasileiro – o que é inflar muito a sua condição de representante
petista dos paranaenses, mas ao menos ele de fato foi eleito por uma
diminuta parcela do povo brasileiro para representá-la. Com André
Marinho, a coisa evoluiu: ele se investe como Voz da Razão ou coisa do
gênero. Na precária condição de comediante que diz “verdades incômodas”
sem decoro, acreditava que Bolsonaro deveria dar a ele o mesmo
tratamento que dado ao STF, que é o tigrão de todos nós.
VEJA TAMBÉM: “Gado demais”: quem quiser envenenar uma sociedade terá mais chances se envenenar as mulheres Democracias não existem sem que o povo tenha liberdade para proibir O
youtuber segue na mesma linha de André Marinho e repete as acusações
usuais feitas por aqueles ex-bolsonaristas que se pretendem
ideologicamente puros: Bolsonaro se aliou ao Centrão; Bolsonaro acabou
com a Lava Jato etc. Depois se descobre que o próprio youtuber se filiou
ao União Brasil, um partido do Centrão por excelência, para tentar sair
candidato a deputado federal nesta eleição e defender os interesses dos
militares. Em outras palavras, ele tentou seguir o mesmo percurso que
Bolsonaro, falhou, e se pôs de palmatória do mundo. Investido por qual
autoridade, mesmo?
Ora, a dos incapazes de fracassar.
Sem fazer nada, não se fracassa Já expliquei a minha teoria de que
a mania da sinalização de virtude era uma doença de nichos letrados de
esquerda que se alastrou, durante a pandemia, para nichos letrados
antipetistas (que se tornaram ao mesmo tempo antibolsonaristas, sem
serem pró-nada). Também creio que essa compulsão é um sintoma de vida
vazia, na qual as pessoas perderam a capacidade de entender o que é ser
bom e passaram a trabalhar com uma dicotomia maniqueísta para dar
sentido à vida. Essa gente descobre o que é preciso fazer para estar no
time dos bons contra os maus e logo se adéqua. O jogo só é possível com
um papel de vilão bem definido, porque, como não têm luz própria,
precisam de maus para parecerem bons. Todo o jogo acontece só com a
garganta (ou os dedos). Ninguém faz nada de útil; só sinaliza virtude.
Vamos às acusações corriqueiras feitas a Bolsonaro. Todo o mundo que
esteja minimamente interessado em resolver problemas sabe que as verbas
de gabinete são um convite à corrupção miúda (bem diferente da do
Mensalão); que o sistema partidário e eleitoral é todo atravancado; que
não é possível governar sem os votos do Centrão. Quem quiser posar de
puro ficará sem partido, e, portanto, como não é possível haver
candidaturas avulsas, sequer ingressará na vida política. Restará ficar
no banco de reservas da vida política, só palpitando.
Na esquerda, ouvíamos a mesma cantilena na boca da intelectualidade
durante os governos petistas: o militante do obscuro PSTU, sim, era
esquerda de verdade e defendia o proletariado. Lula e Dilma tinham se
dobrado ao Congresso, que é conservador, homofóbico, machista etc. Ao
que os governistas retrucavam: é claro que “se dobraram” ao Congresso.
Como governar sem ele? Dando um golpe? Repetindo o Mensalão? Hoje a
mesma cantilena é repetida por autodeclarados conservadores, trocando-se
a palavra “Congresso” por “Centrão”.
O jeito mais fácil de não ser criticado é não fazer nada. Tanto o
militante do PSTU quanto o youtuber conservador-de-verdade poderão
acalentar a ideia de que, se o mundo fosse justo e reconhecesse seus
dotes, aí sim eles fariam tudo muito melhor.
A encarnação da fantasia No entanto, existe uma figura política
nos dias de hoje com o qual esses tipos folgados podem se identificar.
Quem não tem filiação partidária, não se sujeita à opinião do populacho,
nem precisa de Congresso para fazer valer a sua vontade? Quem pode se
gabar de prescindir de popularidade, mas mandar mesmo assim? Os
ministros do Supremo Tribunal Federal. Podemos dizer que eles encarnam a
fantasia do sinalizador de virtude metido a intelectual.
E que essa mania tenha se alastrado, a própria reação da imprensa e
dos letrados ajuda a evidenciar. Quando um moleque arrogante xinga a
autoridade eleita por milhões de brasileiros, isso não é tratado como
crime de desacato sequer pelo presidente, que ao cabo se dedicou a
responder ao youtuber. Por outro lado, sabemos muito bem que tal coisa
jamais aconteceria a um ministro do Supremo, já que eles, sim, podem
botar quem quiserem na cadeia, a despeito do que diga a lei. Lewandowski
nem é dos piores; no entanto, para compará-lo a Bolsonaro, lembremos
como ele agira quando um passageiro de avião sacara o celular e lhe
dissera – sem o xingar pessoalmente – que o STF o envergonha. O
passageiro foi detido. O episódio ocorreu em 2018, antes de o Inquérito
do Fim do Mundo desencorajar críticas.
Sabemos ainda que toda expressão de reprovação aos ministros do STF é
prontamente recebida como um “ataque à democracia e às instituições”.
Não obstante, os ataques reiterados à pessoa de Bolsonaro – ataques que
incluem uma facada – não são considerados ataques à democracia. Muito
pelo contrário: atacar o líder democraticamente eleito que segue
popular, capaz de mobilizar multidões nas ruas, é considerado requisito
necessário para entrar no chique clube dos verdadeiros defensores da
democracia.
Os letrados estão loucos. Mas não é de surpreender; afinal, era mesmo
de se esperar que a clausura em panelinhas causasse a perda de noção da
realidade. E quanto à incoerência lógica, dá para mascará-la com um
discurso enlatado pró criminalização de fake news ou anti-populismo.
Se há povo, eles são contra. É preciso colocá-lo no lugar de vilão para eles, que não têm substância, se sentirem superiores.
Além de risos, a simplicidade algo grosseira da candidata Lourdes
Melo (PCO) desperta preocupações quanto a uma democracia que se recusa à
autocrítica.| Foto: Reprodução/ Twitter
Calma. Já volto para
falar sobre o caso da professora Lourdes Melo (PCO), a candidata ao
governo do Piauí que me fez primeiro rir e depois pensar nas
deficiências e perversidades da democracia (sir Alexandre de Moraes que
me perdoe falar uma heresia dessas!). Antes, porém, quero e vou prender
sua atenção com uma frase de efeito que ainda por cima é uma paráfrase
de Chesterton. Ei-la: “quem ignora os problemas da democracia merece as
soluções da ditadura”.
A frase original falava dos problemas do capitalismo e das “soluções”
do socialismo. Convém pedir ao leitor um pouco de parcimônia com o
verbo “merecer”. Nem Chesterton nem eu desejamos o mal de ninguém.
“Merecer”, tanto na frase quanto na paráfrase, tem um tom educativo,
carinhoso e ligeiramente cômico. É como uma mãe que diz que quem não
escova os dentes merece enfrentar a tortura do dentista.
Sobre a professora Lourdes Melo, ela é uma velha conhecida dos
piauienses. Desde 2006 ela se candidata ora ao governo do estado ora à
prefeitura de Teresina. Os resultados, você há de imaginar, são pífios.
Na eleição passada, por exemplo, a simpática velhinha mal-humorada
amealhou meros 156 votos. Que, por algum motivo que não vale nem a pena
pesquisar, foram anulados.
Desta vez Lourdes Melo chama a atenção das redes sociais por seu
jeito entre o simplório e o barraqueiro. Durante um debate entre os
candidatos ao governo do Piauí, ela chamou uma concorrente de “Barbie
bolsonarista” e partiu para o confronto contra o pobre do mediador.
“Você quer me calar?!”, perguntou ela quando interrompida. “Ah, você
quer me proteger?!”, insistiu ela na agressividade depois de ouvir as
explicações sensatas do mediador. Realmente a dona Lourdes não estava
num bom dia. Ou estava no seu dia de Aracy de Almeida.
Democracia não é perfeita Num primeiro momento, o estilo
comicamente autoritário de Lourdes Melo rende boas risadas. Não risadas
ótimas nem excelentes, mas boas. Depois, porém, o coração que sussurra
sensatez à razão se impõe. Há algo de muito errado, de muito perverso
com uma democracia que permite a senhorinhas como Lourdes Melo se
acreditarem capazes de mudar o mundo. Ou, no mínimo, o Piauí.
E, no entanto, essa ilusão está na base dos regimes democráticos, nos
quais qualquer pessoa, inclusive a ex-professora e ex-sindicalista
piauiense, mas também um ex-presidiário um ex-palhaço, pode tentar se
eleger e, assim, mudar a porção do mundo sob jurisdição de seu cargo.
Correndo atrás dessa cenoura, muita gente dedica a vida a alcançar o
poder da caneta mágica. Como se mudar as condições de vida num lugar
como o Piauí fosse uma questão de vontade política – chavão que anda
desaparecido do debate público, mas que explica boa parte da nossa
desgraça.
Essa é só uma das deficiências da democracia – essa mesma que as
autoridades “democraticamente” não nos permitem questionar. Digo, você e
eu até podemos questionar, desde que usemos argumentos inócuos e
palavras doces. Sem esquecer os pronomes de tratamento que terminam em
“íssimo”. A representatividade, o valor igualitário do voto numa
sociedade com interesses tão diferentes e a ameaça de uma caquistocracia
são outras deficiências que me ocorrem assim, de supetão.
Quando essas e outras deficiências são apontadas por alguém com menos
juízo do que eu, logo aparecem autoridades e especialistas para dizer
que não, veja bem, a democracia é a pior forma de governo, à exceção de
todas as outras, etc. e tal. E tendo a concordar. Difícil de engolir é a
arrogância de quem diz que a democracia é perfeita. Só porque –
surpresa! – essa democracia que está aí serve bem aos interesses de
certa casta que não vê problema algum em trocar dois ou três princípios
por um privilegiozinho à toa.
Fato é que, depois de várias reformas políticas e mudanças mais e
menos sutis na estrutura do Estado, o que a democracia nos legou foi
esse Brasil que temos hoje e com o qual apenas uma casta está
satisfeita. Tão satisfeita que bate no peito para dizer: a democracia é
minha e ninguém tasca! Como escrevi lá em cima, num momento raro e
modesto de semigenialidade e parafraseando o grande e gordo G. K.
Chesterton, “quem ignora os problemas da democracia merece as soluções
da ditadura”. Ou as soluções de qualquer outro regime autoritário (ou
pelo menos não-democrático) que, mesmo não sendo, se diga capaz de
proteger a sociedade da liderança dos despreparados e mal-intencionados.
Sancionada em janeiro, a Lei 14.300, conhecida como ‘Taxação do Sol’, muda regras para quem gera a própria energia
Você provavelmente já ouviu falar do neologismo “prosumidor”, a
mistura dos termos “produtor” e “consumidor”, usado no caso daquelas
pessoas que são consumidores e produtores de energia elétrica.
Esse tipo de consumidor gera energia para consumo da residência com
painéis solares e, caso haja excedente, pode vender para a própria rede.
Adotar um sistema fotovoltaico pode ser muito vantajoso porque chega a
gerar economias entre 80% a 90% da conta. Não se consegue zerar a conta
porque não é possível eliminar a tarifa mínima e a taxa de iluminação
pública. Existem dois tipos básicos de sistemas de energia solar.
O mais adotado é o on grid, ligado à rede de distribuição de energia,
de maneira que os painéis geram energia durante o dia, mas para uso
noturno e dias de baixa luminosidade a eletricidade vem do distribuidor.
Há, também, o off grid, usado em locais isolados porque usa um grupo
de baterias para armazenamento da energia e, assim, fica independente da
rede de distribuição. No entanto, o investimento para instalação do
sistema de placas solares é alto. Um projeto desse tipo deve ter um kit
de energia solar, mais custos do projeto, instalação e homologação na
distribuidora e está, na média, em R$ 30 mil. Mas cada caso é um caso.
Os interessados podem encontrar facilmente diversos fornecedores e devem
simular esses gastos.
A vida útil dos equipamentos é de 25 a 30 anos. Assim, para uma
residência que gasta na faixa de R$ 750 mensais, o retorno do
investimento deve ocorrer entre 4 e 5 anos. Atualmente, são oferecidas
várias formas de pagamento. Para esses projetos os financiamentos têm
taxas reduzidas e com prazo de até 72 meses. Isso significa que a pessoa
poderá fazer a instalação sem tirar dinheiro do bolso e pagar o
empréstimo com o valor da redução da conta mensal, além de poder aplicar
essa economia futuramente por um bom prazo.
Uma dica é aplicar a economia em títulos do Tesouro Direto.
Simulação da aplicação da economia mensal de R$ 675,00 no papel Tesouro
IPCA+ com vencimento em 2055 traria rendimento líquido total de R$
1.155.009,00.
Outro ganho potencial da instalação de sistemas solares é a
possibilidade de geração de energia além da necessidade de consumo. A
energia extra produzida pode ser injetada na rede, o que gera créditos
para serem abatidos na conta mensal dentro de até cinco anos. No
entanto, esses ganhos podem não se manter tão substanciais porque em
janeiro foi sancionada a Lei 14.300, conhecida como “Taxação do Sol”,
que muda regras para quem gera a própria energia. A principal mudança é a
cobrança de tarifa ao direcionar o excedente energético para a
concessionária, com valor ainda a ser definido pela Aneel.
Normalmente, tem-se o hábito de fechar as janelas assim que chove. É
um erro de muitos, você pode aproveitar a chuva para abrir as janelas
por pelo menos alguns minutos.
A chuva tem o efeito de oxigenar e, portanto, purificar o ar da nossa
casa ou local de trabalho. Nada funciona melhor do que a chuva para
limpar os ambientes poluídos de nossas cidades. As gotas de chuva
coletam e removem as partículas poluentes, fazendo com que as nuvens de
poluição desapareçam. Graças a isso, podemos respirar um ar muito melhor
quando chove e depois da chuva.
Outro efeito benéfico da chuva no nosso ambiente interior é o aroma
agradável que ela nos dá. Todos nós sentimos o cheiro, pouco antes de
uma tempestade cair. É um cheiro muito característico. E então dizemos
sem dúvida: “Vai chover.”
Este cheiro especial vem do ozônio. Esta molécula está sempre
presente na atmosfera, mas sua concentração em áreas baixas aumenta em
dias de tempestade. Isso acontece porque os raios favorecem sua
formação. A chuva, elemento purificador da água, que limpa, leva todo o
mal.
Foi demonstrado que após algumas horas de chuva o ambiente deixa de
estar tão carregado e a temperatura é regulada (mesmo no inverno). Este
ambiente previamente carregado é precisamente aquele que frequentemente
causa dores de cabeça, exaustão e desconforto em muitas pessoas
eletrossensíveis.
Observa-se que depois de uma tempestade as pessoas parecem mais animadas e relaxadas.
O cheiro da chuva é uma mistura de muitas essências que surgem da
Terra e até da atmosfera. É muito agradável e geralmente nos faz parar
por pelo menos um momento, respirar fundo e sentir que fazemos parte de
um planeta que está bem vivo.
À medida que o mundo volta a alguma normalidade, começamos a perceber
também que a forma de vender mudou fundamentalmente em comparação com
os tempos pré-pandemia. Embora isso traga muitas oportunidades, também
apresenta novos desafios que os vendedores precisam considerar.
Aqui estão quatro dos principais desafios enfrentados pelos vendedores e como resolvê-los:
Construindo confiança em um ambiente virtual
O afastamento das interações presenciais mudou o jogo no setor de
vendas. Vendedores precisam adaptar suas técnicas e estratégias para
construir credibilidade e confiança em um ambiente virtual, o que fica
mais difícil com a barreira causada pelo distanciamento entre o cliente
potencial e o vendedor.
O ano de 2022 tem sido diferente para os vendedores, pois o cenário
de vendas mudou muito. O vendedor que puder aproveitar a tecnologia de
forma a personalizar virtualmente essas mensagens vencerá neste ano.
Como agora há tantos vendedores entrando em contato por e-mail e
telefone, em vez de se encontrar pessoalmente com as pessoas, você
precisa descobrir maneiras inteligentes para fazer negócios com uma
abordagem personalizada.
Entrar em contato com as pessoas certas
A transição para um ambiente de vendas virtual pode dificultar a
conexão com os tomadores de decisão. Isso é especialmente importante,
pois agora é mais fácil para a concorrência enviar e-mails em massa e
firmar conexões pelo LinkedIn, de modo que o espaço para networking
digital já está inundado.
A necessidade de ficar frente a frente com tomadores de decisão está
se tornando cada vez mais desafiadora – especialmente com o aumento
contínuo de líderes e executivos trabalhando em casa. As explosões de
e-mails de vendas não personalizadas se tornarão ainda menos eficazes.
Os representantes precisarão garantir que não apenas pesquisaram uma
conta, mas que têm um forte ‘ponto de vista’ e um apelo à ação muito
claro, independente do meio.
Adaptando-se a tempos incertos em um mundo pós-pandemia
Tempos incertos quase sempre resultam em resultados incertos. Alguns
vendedores prosperam com a mudança e descobrem que a incerteza é algo
que os motiva. Outros acham que a incerteza se arrasta em seu próprio
desempenho. Com as empresas adotando novos ritmos, as vendas devem mudar
e os vendedores precisam ser ágeis o suficiente para se adaptar a isso.
A transição para o novo mundo pós-covid é um desafio que deve estar
no foco dos vendedores em 2022. Durante a pandemia, vimos muitas
empresas ficarem remotas e suspenderem reuniões presenciais, resultando
em uma nova dinâmica de cultura de escritório promovida por ferramentas
de comunicação. Também vimos mudanças nas estratégias de marketing e
vendas com a implementação de novas ferramentas de marketing digital e
divulgação.
No futuro, provavelmente veremos as empresas reavaliando os
protocolos de negócios em torno do trabalho remoto e revisitando suas
estratégias de geração de leads e aquisição de clientes. Dependendo de
qual direção sua empresa decidir seguir, os vendedores podem enfrentar
alterações mais permanentes nas políticas remotas – transformando a
maneira como trabalham com seus gerentes e colegas de trabalho. E se as
empresas decidirem continuar (ou fazer a transição para) os esforços de
vendas remotos daqui para frente, poderão ver mudanças nos processos.
Além disso, podem ter que lidar com a implementação de novas
tecnologias para promover vendas remotas, marketing e coordenação de
serviços. Flexibilidade e vontade de avançar serão atributos-chave no
próximo ano – como foi no ano passado também.
Mantendo a produtividade
A maioria das empresas precisou fazer a transição para um ambiente de
vendas remoto durante a pandemia, mas esse modelo pode resultar em
falta de produtividade, com problemas de eficiência por uma mudança nos
hábitos de compra dos clientes em potencial. De acordo com o Sales
Enablement Report da HubSpot, as organizações de vendas que fizeram a
transição para um modelo de vendas mais remoto têm maior probabilidade
de atuar com eficiência e coesão.
O relatório ainda destaca o fato de que as organizações de vendas
foram forçadas a operar remotamente. Os representantes precisam se
tornar mais criativos à medida que os hábitos de compra mudam. Gerentes
estão sendo solicitados a encontrar novas maneiras de melhorar a
produtividade do vendedor e os líderes a impulsionar o crescimento por
meio da incerteza.
Assim, enquanto um grau de normalidade é retomado, 2022 ainda tem
sido um ano de desafios. Mas nenhum é insuperável. Os vendedores devem
reconhecer a necessidade da agilidade em suas abordagens para lidar com
os desafios do novo cenário de vendas, neste ano e além.
Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda,
empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de
reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.
São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os
negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.
Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento
das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de
consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas
possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os
negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e
se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade,
personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e
serviços.
Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do
comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios
passa pelo digital.
Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais
rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é
uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar
diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo
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Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página
principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações
importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e
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completo para a nossa região do Vale do Aço.
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sua empresa.
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inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a
Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da
região capaz de alavancar as suas vendas.
A Nicarágua se tornou um tema em destaque nas redes sociais
brasileiras nos últimos dias, depois que o presidente Jair Bolsonaro
(PL), membros do seu partido e alguns de seus apoiadores associaram o
governo autoritário de Daniel Ortega e casos de perseguição religiosa no
país à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em evento com religiosos e fiéis evangélicos em Juiz de Fora (MG) na
terça-feira (16/8), Bolsonaro afirmou que Ortega é “aliado” do petista e
vem perseguindo cristãos na Nicarágua. O presidente ainda se referiu a
Lula como “descondenado”.
“Estamos acompanhando o que acontece em outros países da América do
Sul, como a Nicarágua, onde rádios católicas foram fechadas, procissões
impedidas”, disse.
Nesta quinta-feira (18/8), o filho do presidente e senador Flávio
Bolsonaro (PL) compartilhou em seu perfil no Twitter uma postagem que
também fazia menção ao país sul-americano. “Um aviso aos católicos e
evangélicos: Na Nicarágua, o amigo de Lula, anda prendendo padre e
fechando igrejas! Vigia!”, escreveu.
Em sua página no Twitter, Lula afirmou que pretende tratar “todas as
religiões com respeito”. “Religião é para cuidar da fé, não para fazer
política. Eu faço campanha eleitoral respeitando religião, e não uso o
nome de Deus em vão”, escreveu.
Essas não foram as primeiras vezes em que Bolsonaro e seus aliados
usaram a administração de Daniel Ortega como exemplo de esquerda não
democrática.
As menções ao governo do ex-revolucionário sandinista têm sido cada
vez mais presentes entre apoiadores da campanha do atual presidente para
atacar adversários.
Mas, afinal, quem é Ortega e qual seu papel na atual onda de repressão na Nicarágua?
O líder mais antigo das Américas
De baixa estatura e com grandes óculos quadrados, Daniel Ortega não
se parecia com um típico militar quando chamou a atenção do mundo pela
primeira vez na década de 1980.
No entanto, como líder da revolução sandinista de esquerda da
Nicarágua, foi creditado por derrubar um ditador e depois os rebeldes
patrocinados pelos EUA, que tentaram bloquear sua empreitada por um
poder legítimo.
Agora em 2022, quatro décadas depois, Ortega foi empossado para seu
quarto mandato consecutivo como presidente após vencer as eleições em
novembro do ano passado.
O processo eleitoral foi duramente criticado pela comunidade
internacional, que o classificou como “antidemocrático”, “ilegítimo” e
“sem credibilidade”. Mais de 30 líderes da oposição foram presos,
incluindo sete candidatos presidenciais que não puderam concorrer.
Terminado o atual mandato, Ortega soma 20 anos consecutivos no poder.
Se contarmos outros mandatos, ele já ocupou a cadeira de presidente da
Nicarágua por um total de 29 anos e é o líder mais antigo das Américas.
Para seus apoiadores, ele continua sendo um verdadeiro patriota. Eles
o chamam de Comandante Daniel, em um misto de reverência e carinho.
Seus críticos, que incluem muitos ex-aliados, dizem que ele se tornou
um governante corrupto e autoritário, que deu as costas a seus ideais
revolucionários e está cada vez mais parecido com o ditador que ajudou a
depor.
Juventude revolucionária
Filho de um sapateiro, Ortega ainda era adolescente quando ingressou
na Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), de esquerda.
O grupo lutou contra a ditadura de Anastasio Somoza, cuja família governava o país desde 1936.
Na década de 1960, o jovem abandonou o curso de direito para se
comprometer totalmente com a causa. Quando ainda estava na casa dos 20
anos, ele assaltou uma agência bancária na capital, Manágua, com uma
metralhadora, em uma tentativa de arrecadar fundos. Ele foi preso e
severamente torturado durante sete anos na prisão.
Em 1974, ele conseguiu a libertação antecipada — junto com outros
sandinistas — em uma troca de reféns. O acordo previa seu envio para
Cuba e ele usou a oportunidade para se especializar em táticas de
guerrilha e depois voltou para sua terra natal, onde a revolta liderada
por camponeses estava prestes a se transformar em uma guerra civil em
grande escala.
Os sandinistas tomaram o poder em 1979, forçando o presidente Somoza
ao exílio. Ortega foi eleito seu sucessor em 1984, depois de servir no
conselho de “reconstrução nacional” de cinco membros dos sandinistas.
A maioria dos observadores internacionais reconheceu a eleição de 1984 como livre e justa, apesar das reclamações da oposição.
No entanto, o então presidente dos EUA, Ronald Reagan, classificou o
pleito como uma “farsa” e intensificou seu apoio a grupos armados
contrarrevolucionários conhecidos como Contras.
Isso aconteceu no auge da Guerra Fria, quando Washington via os
sandinistas como uma frente do comunismo soviético e cubano, e uma
ameaça aos governos apoiados pelos EUA em toda a América Central.
Dezenas de milhares de nicaraguenses morreram na guerra dos Contras e
a Corte Internacional de Justiça (CIJ) mais tarde decidiu que os EUA
violaram o direito internacional em sua intervenção.
Apesar de ter conquistado ganhos importantes, principalmente em
saúde, educação e reforma agrária, o primeiro governo sandinista foi
criticado por seus fracassos econômicos.
O impacto da guerra com os Contras e as sanções dos EUA tornaram impossível a reconstrução econômica.
Nas eleições presidenciais de 1990, Ortega foi derrotado pela
candidata liberal da oposição Violeta Chamorro, uma ex-colaboradora que
rompeu com os sandinistas cada vez mais radicais e que formalmente
encerrou a guerra.
Uma combinação de acusações de corrupção e divisões profundas dentro
do movimento sandinista levaram Ortega a sofrer mais duas derrotas
eleitorais em 1995 e 2001.
Entre as duas campanhas, sua enteada Zoilamérica Narváez o acusou de estuprá-la repetidamente quando criança.
Ortega negou e evitou o julgamento invocando sua imunidade como
membro do Congresso. Sua esposa Rosario Murillo -— uma poetisa que ele
conheceu na prisão — o apoiou, dizendo que as acusações de sua filha
eram “vergonhosas”.
As reputações pessoais de Ortega e Murillo foram duramente prejudicadas pelo escândalo.
Em 2006, Ortega fez um retorno inesperado para a campanha
presidencial das eleições daquele ano ao se afastar de suas fortes
raízes comunistas, dizendo que buscaria investimentos estrangeiros para
aliviar a pobreza generalizada — a Forbes classifica a Nicarágua como o
segundo país mais pobre do hemisfério ocidental.
Em uma campanha planejada por sua esposa, as bandeiras sandinistas
pretas e vermelhas foram amplamente substituídas por cartazes de
campanha cor-de-rosa; o uniforme militar verde-oliva foi trocado por
camisas brancas sem gola, e os slogans marxistas foram trocados por um
vago compromisso com “cristianismo, socialismo e solidariedade”.
“Jesus Cristo é meu herói agora”, disse ele, em uma tentativa de diálogo com a população mais religiosa.
Dias antes de ser eleito, ele provocou ainda mais controvérsia ao
indicar que não seria contra uma proibição total do aborto. A atitude
recebeu elogios de líderes católicos e evangélicos, mas enfureceu
eleitores liberais e grupos de direitos humanos.
Avanços antidemocráticos
Em 2009, a Suprema Corte da Nicarágua removeu os obstáculos
constitucionais para permitir que Ortega concorresse a mais um mandato —
uma medida que a oposição condenou como ilegal.
Outras mudanças constitucionais foram feitas para permitir que ele concorresse a um terceiro mandato consecutivo em 2016.
Muitos boicotaram a votação, dizendo que era injusta, já que a
oposição havia sido anulada. No entanto, Ortega insistiu que as mudanças
eram necessárias para a estabilidade do país.
Ele escolheu sua esposa como sua companheira de chapa em 2016. Como
vice-presidente, Murillo é a mais eloquente do casal, muitas vezes
fazendo longos discursos na televisão.
A revolta de 2018
Em abril de 2018, grupos pró-governo reprimiram violentamente uma
pequena manifestação contra as reformas do sistema previdenciário da
Nicarágua.
O clamor entre os críticos de Ortega fez com que o movimento se transformasse em um pedido popular por sua renúncia.
À medida que a violência continuava, um estudante universitário
ganhou destaque por chamar Ortega de assassino em um debate
televisionado.
Em julho, grupos de direitos humanos disseram que o número de pessoas
mortas na violência relacionada aos protestos ultrapassou 300.
Ortega resistiu aos apelos para renunciar ou convocar eleições.
Murillo atribuiu a crise a “uma invasão de espíritos malignos que querem
que o mal reine na Nicarágua”.
Perseguição religiosa
Mais recentemente, multiplicaram-se as acusações de perseguição contra a Igreja Católica no país.
A tensão entre o governo de Daniel Ortega e a instituição cresceu
desde que o clero forneceu abrigo a estudantes envolvidos nos protestos
de 2018.
Segundo uma pesquisa enviada à Ajuda à Igreja que Sofre (ACN, na
sigla em inglês) e publicada em julho, a Igreja Católica na Nicarágua
sofreu mais de 190 ataques e profanações em menos de quatro anos.
Em 2019, o bispo auxiliar de Manágua, Silvio Báez, deixou o país após receber várias ameaças de morte.
Em março deste ano, o governo expulsou o Núncio Apostólico — o
equivalente da Igreja Católica a um embaixador — em um movimento que o
Vaticano classificou como uma “medida unilateral injustificada”.
Em julho, freiras Missionárias da Caridade de Santa Teresa, uma ordem
fundada pela Madre Teresa de Calcutá, foram obrigadas a deixar o país
depois que sua organização foi considerada ilegal.
Além disso, segundo a agência de notícias oficial do Vaticano, o
bispo da Diocese de Matagalpa (norte do país), Dom Álvarez, e seis
sacerdotes, estão desde 4 de agosto impedidos de deixar o bispado onde
vivem, que está cercado por forças especiais da polícia.
O próprio presidente Ortega acusou o clero católico de ser “golpista” e os chamou de “demônios de batina”.
A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
afirmou ter enviado uma carta ao presidente da Conferência Episcopal de
Nicarágua, dom Carlos Enrique Herrera Gutiérrez, para expressar sua
solidariedade com a atual situação da Igreja Católica no país.
Deltan Dallagnol: “Dizer que a Lava Jato destruiu uma empresa é
colocar a culpa no policial que encontra o corpo da vítima e não no
bandido que a matou”| Foto: EFE/Hedeson Alves
Durante um debate
na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), no dia 9 de agosto, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência da
República pelo PT, acusou o ex-chefe da força-tarefa Lava Jato Deltan
Dallagnol de destruir a petroquímica Braskem, do grupo Odebrecht. “Eu
sonhava que o Brasil tivesse a terceira maior indústria petroquímica do
mundo e queria que a Braskem fosse essa grande empresa. Apareceu a Lava
Jato para destruir a Braskem. Em nome de quem? De um fedelho chamado
Dallagnol, que encheu a cabeça de vocês de mentira, que conseguiu criar
um mundo de mentiras”, declarou Lula.
Investigada pela operação Lava Jato, em maio de 2019, a Braskem
assinou um acordo de leniência com a Advocacia-Geral da União (AGU) e
com a Controladoria-Geral da União (CGU), comprometendo-se a devolver R$
2,87 bilhões ao governo federal. “Os valores a serem ressarcidos pela
empresa envolvem os pagamentos de dano, enriquecimento ilícito e multa
no âmbito de contratos fraudulentos envolvendo recursos públicos
federais e de edição de atos normativos produzidos a partir de
pagamentos de vantagens indevidas”, de acordo com a AGU.
Na ocasião, a Braskem já havia depositado R$ 1,33 bilhão, referente a
um acordo fechado em 2016 com o Ministério Público Federal, que incluía
autoridades suíças e americanas, no valor total de R$ 3,1 bilhões –
sendo R$ 2,2 bilhões destinados ao Brasil. O novo compromisso firmado em
2019 pelos dois órgãos de controle englobou o primeiro na parte
relacionada aos pagamentos devidos aos cofres brasileiros. Ou seja, a
empresa ainda precisaria pagar R$ 1,54 bilhão (corrigido pela taxa
Selic) ao país, em seis parcelas anuais, entre 2020 e 2025. Do total a
ser devolvido pela Brasken, R$ 2 bilhões serão destinados à União e
cerca de R$ 800 milhões, à Petrobras.
Considerada a “joia da coroa” do grupo Odebrecht (atual Novonor) e
responsável por metade de seu faturamento na época das investigações, a
indústria petroquímica Braskem foi diretamente beneficiada por ações dos
governos de Lula, segundo delações premiadas de dois ex-presidentes da
empresa, Emílio Odebrecht e Pedro Novis, e do ex-executivo Alexandrino
de Alencar, no âmbito da Lava Jato.
“Dizer que a Lava Jato destruiu uma empresa é colocar a culpa no
policial que encontra o corpo da vítima e não no bandido que a matou. A
culpa da destruição das empresas cai sobre as costas dos políticos e dos
partidos que lideraram o maior escândalo de corrupção da história do
Brasil. O que a Lava Jato fez foi descobrir, comprovar e punir os
criminosos que usam roupas de políticos e se associaram a criminosos que
se vestem de empresários, que se ocuparam de um empreendimento que não
era do interesse da sociedade e, sim, do seu próprio bolso e da
perpetuação de seu poder”, defende Deltan Dallagnol.
Segundo o ex-chefe da força-tarefa Lava Jato, além de o acordo com
Odebrecht e Braskem “envolver uma das maiores devoluções de recursos da
história, não do Brasil, mas do mundo”, as delações de “apenas uma
dessas empresas implicaram 415 políticos de 26 diferentes partidos”. “O
acordo revelou provas de corrupção de autoridades em 12 diferentes
países e a lavagem de dinheiro em outros dez países, colocando o Brasil
na liderança da corrupção mundial, algo que deve ser motivo de vergonha,
não de orgulho”, afirma Dallagnol. “O que estão fazendo é como aquele
marido que assedia a esposa moralmente e ainda coloca a culpa nela.
Estão duplamente querendo vitimizar a sociedade brasileira. Eles a
violam quando roubam e querem dizer que a culpa da situação é da
sociedade, um absurdo”, completa.
A Gazeta do Povo procurou a Braskem, mas não obteve retorno até o
fechamento desta reportagem. Na época do acordo de leniência com o MPF, a
empresa declarou que “reconhece a sua responsabilidade pelos atos de
seus ex-integrantes e agentes e lamenta quaisquer condutas passadas” e
garantiu estar “implementando diversas iniciativas para evitar que as
ações passadas voltem a ocorrer no futuro”. A Braskem também concordou
em se submeter a um monitoramento de conformidade externo e
independente, por um período de até três anos (o que foi cumprido), com o
compromisso de aprimorar seu programa de conformidade e combate à
corrupção e de “aprofundar as amplas medidas de remediação já adotadas”.
“Superamos essa fase e agora vamos concentrar nosso foco no futuro.
Estamos implementando práticas, políticas e processos mais robustos em
toda a nossa companhia, a fim de aperfeiçoar o nosso sistema de
governança e conformidade. A Braskem possui sólidas condições
financeiras e seguirá com sua estratégia de crescimento e
internacionalização, por meio de práticas empresariais pautadas pela
ética”, disse Fernando Musa, presidente da Braskem em dezembro de 2016.
Como está a Braskem hoje Com 20 anos de existência, a Braskem se
define em seu site como “a maior produtora de resinas termoplásticas nas
Américas e a maior produtora de polipropileno nos Estados Unidos”. Em
balanço publicado na semana passada, a empresa afirma que fechou o
trimestre com prejuízo líquido de R$ 1,4 bilhão (em decorrência do
impacto da variação cambial e do aumento nas provisões para arcar com
indenizações de moradores da capital alagoana, cujos bairros sofreram
afundamento em decorrência da atividade mineradora, segundo o Serviço
Geológico do Brasil). No acumulado do ano, a Companhia registrou lucro
líquido de R$ 2,5 bilhões.
Segundo a nota, a posição de caixa da Braskem “garante a cobertura
dos vencimentos de dívida nos próximos 66 meses, mesmo não considerando a
linha de crédito rotativa internacional disponível no valor de US$ 1
bilhão, com vencimento até 2026. A receita líquida do trimestre foi de
R$ 25,4 bilhões”.
Embora Lula tenha acusado a Lava Jato de destruir a Braskem, a
Procuradoria da República ressaltou na época da leniência que “os
acordos permitem a preservação das empresas e a continuidade de suas
atividades, inclusive para gerar valores necessários à reparação dos
ilícitos. Além disso, os acordos estabelecem mecanismos destinados a
assegurar a adequação e a efetividade das práticas de integridade das
empresas, prevenindo a ocorrência de novos ilícitos e privilegiando em
grau máximo a ética e a transparência na condução de seus negócios”.
Recorde o caso Em novembro de 2016, Emílio Odebrecht afirmou em
sua delação que “pagamentos para campanhas eleitorais (…) contribuíram
(…) nas decisões que tanto o presidente Lula quanto outros integrantes
do quadro do PT tomaram durante a gestão, que foram coincidentes com os
nossos interesses e fundamentais para o crescimento e consolidação da
Braskem”.
Nascida em 2002, da fusão de Copene, OPP, Trikem, Proppet,
Nitrocarbono e Polialden, a empresa começou a se delinear dez anos
antes, quando os grupos Odebrecht e Mariani arremataram pelo valor
mínimo do leilão as ações que o Econômico Empreendimentos, braço do
banco baiano, detinha na Copene (Companhia Petroquímica do Nordeste).
As “enormes resistências da Petrobras” à privatização do setor
petroquímico, como ressaltou Alexandrino Alencar, no documento da
delação premiada, levou executivos da Odebrecht a procurar Lula,
favorito à sucessão de Fernando Henrique Cardoso nas eleições de 2002. A
tratativa, segundo revelaram as investigações da Lava Jato, era apoiar a
campanha do presidenciável, “entendendo que [Lula] teria posicionamento
mais aberto para a [privatização da] petroquímica”, segundo o delator
Pedro Novis. “[Uma vez no governo, o então ministro da Fazenda, Antônio]
Palocci reconhecia a empresa como uma das grandes doadoras e apoiadoras
do PT e dos mandatos do presidente Lula, o que nos assegurou durante
todos esses anos um tratamento diferenciado e preferencial”, revelou.
As delações premiadas de executivos da Odebrecht narram algumas
situações em que Lula teria colocado os interesses da Braskem à frente
dos da Petrobras. “Evidentemente levando em consideração nossa posição
de financiador da campanha, foi decidido pelo presidente Lula que
doravante os assuntos relativos ao setor petroquímico seriam assuntos de
governo, e não interna corporis (da Petrobras). Teriam que ser
previamente aprovados por Dilma, e qualquer decisão estratégica seria
precedida de diálogo prévio com a Braskem”, narrou Novis.
“Os significativos pagamentos realizados a pretexto de contribuição
de campanha às duas candidaturas de Lula (em 2002 e 2006) foram
fundamentais para que as tentativas da Petrobras de frear o crescimento
da Braskem não prosperassem, e para que a Braskem conseguisse consolidar
o setor petroquímico brasileiro, permitindo que a empresa viesse a se
tornar uma petroquímica com capacidade para competir em qualquer mercado
do mundo”, completou o delator.
De acordo com a delação de Marcelo Odebrecht, herdeiro do grupo, em
2009, o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, teria lhe pedido R$ 50
milhões como contribuição à campanha presidencial de Dilma Rousseff, em
contrapartida à criação do chamado Refis da Crise. A MP 470 permitia o
parcelamento da dívida tributária da Braskem, que chegaria a R$ 4
bilhões na época. Em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral sobre a
campanha da petista em 2014, Mantega classificou como “mentirosas” e
“uma peça de ficção” as declarações de Odebrecht.
Em outubro do ano passado, o ex-presidente da Braskem José Carlos
Grubisich foi condenado pelo Tribunal Federal do Brooklyn a 20 meses de
prisão nos Estados Unidos pela participação em um esquema de suborno
envolvendo funcionários da Petrobras, investigado pela da Lava Jato.
Além da prisão, o executivo terá que pagar uma multa no valor de US$ 1
milhão e teve US$ 2,2 milhões em bens confiscados pela justiça
americana. Meses antes, Grubisich se declarou culpado à justiça
americana, admitindo o desvio de U$ 250 milhões da empresa, para o
pagamento de propinas a funcionários públicos e partidos políticos do
Brasil de modo a “garantir” os interesses da companhia.
Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foi o destaque na sétima
rodada de concessão de terminais aéreos, realizada em 18 de agosto.|
Foto: Divulgação/Ministério da Infraestrutura
A incerteza quanto aos rumos da economia global, cada vez mais
abalada pela inflação e por perspectivas ruins de crescimento, e a
imprevisibilidade do cenário eleitoral brasileiro impediram que a sétima
rodada de leilões de aeroportos fosse mais concorrida, mesmo incluindo
uma das principais “joias da coroa” do setor aéreo nacional, o aeroporto
de Congonhas, em São Paulo. Mesmo assim, o resultado foi bastante
positivo: o bloco que contou com o terminal paulistano e outros 10
aeroportos foi arrematado pela espanhola Aena, a única a apresentar
oferta, com ágio de 231% em relação ao lance mínimo. O leilão ainda
contou com dois “miniblocos”: os aeroportos do Campo de Marte (São
Paulo) e Jacarepaguá (Rio), voltados à aviação executiva, ficaram com o
fundo de investimentos XP Infra IV FIP-IE; e o único bloco a ter
disputa, entre os franceses da Vinci e os brasileiros da Novo Norte,
terminou com vitória brasileira para os aeroportos de Belém (PA) e
Macapá (AP).
O bloco que inclui Congonhas também tem três aeroportos no Mato
Grosso do Sul (Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã), quatro no Pará
(Santarém, Marabá, Paraupebas e Altamira) e três em Minas Gerais
(Uberlândia, Montes Claros e Uberaba). Todos eles terão de receber
investimentos, no modelo criado durante o governo de Michel Temer e
mantido por Jair Bolsonaro. O número pode até dar a impressão de que o
bloco teria osso demais para pouco filé, mas Congonhas é o segundo
aeroporto mais movimentado do país em número de passageiros, atrás
apenas de Guarulhos; além disso, alguns dos terminais menores são pontos
de entrada para destinos turísticos consolidados ou em ascensão,
especialmente no Pantanal e na região amazônica; ou atendem regiões de
forte desenvolvimento econômico, como o Triângulo Mineiro.
A modernização dos aeroportos nacionais é essencial para que o Brasil
possa suprir a demanda presente e futura por transporte aéreo, seja em
viagens de negócios, seja para fortalecer o turismo
Com esta sétima rodada de concessões no setor aeroportuário, a
parcela do tráfego de passageiros circulando por aeroportos privatizados
subirá para cerca de 90%. Restam apenas três terminais relevantes ainda
sem administrador privado: o Santos Dumont, no Rio, foi retirado desta
rodada para ser licitado junto com o Galeão, cuja concessão foi
devolvida no início deste ano – mesma situação de Viracopos, em Campinas
(SP), cuja concessionária está em processo de recuperação judicial,
tendo acusado o governo federal de não ter cumprido obrigações
importantes do contrato. Como nenhum dos três aeroportos deve ser
leiloado este ano, seu futuro depende da orientação econômica do
candidato que vencer o pleito presidencial de outubro.
O setor de transporte aéreo de passageiros foi um dos mais afetados
durante a pandemia, e sua recuperação vem ocorrendo com intensidade tão
inesperada que a Europa vem enfrentando um caos aéreo. No Brasil, mesmo
com a recomposição das malhas aéreas reduzidas nos dois últimos anos, a
demanda por passagens é grande o suficiente para figurar ao lado do
aumento de custos de operação (como o combustível de aviação) entre as
principais causas da disparada dos preços dos bilhetes – eles registram
alta de 77,68% no acumulado de 12 meses até julho, segundo o IBGE, que
calcula o IPCA, índice oficial de inflação. Apenas no mês passado,
enquanto o índice geral teve deflação, as passagens subiram mais 8,02%.
A modernização dos aeroportos nacionais é essencial para que o
país possa suprir a demanda presente e futura por transporte aéreo, seja
em viagens de negócios, seja para fortalecer o turismo – a título de
comparação, usando números pré-pandemia da Organização Mundial do
Turismo, da ONU, em 2019 o Brasil registrou 6,4 milhões de visitantes
estrangeiros; se o país recebesse fluxo semelhante ao da Turquia (51
milhões) ou da Tailândia (40 milhões), nossos aeroportos já teriam
entrado em colapso. O modelo de blocos adotado desde 2017 ainda tem o
potencial de impulsionar a aviação regional, já que os administradores
de grandes terminais também precisam investir e melhorar aeroportos em
cidades menores. Com aeroportos melhores e mais incentivo à entrada de
novos competidores no ramo do transporte aéreo, o Brasil tem a chance de
destravar outro importante gargalo da infraestrutura nacional.
Vocês já imaginaram se um manifestante, na frente do Daniel Ortega ou
do presidente de Cuba, ou do Maduro, da Venezuela, começar a gritar:
“covarde, vagabundo, safado”. Imagina? Sai dali preso, em alguns lugares
nunca mais vai sair da prisão.
Pois aconteceu, ontem de manhã, na frente do Palácio Alvorada. Um
sujeito que tem ido lá várias vezes para filmar perguntas que ele faz
pra constranger simpatizantes do presidente. E dessa vez ele tentou
constranger o presidente. E o presidente ficou cinco minutos conversando
com ele, dando respostas, depois de todas essas ofensas. Queria saber
sobre lei, reforma tributária, sobre armas, delação premiada, sobre ser
apoiado pelo centrão. O presidente explicou que se um presidente não for
apoiado pelo centrão, ele não consegue fazer nada, não passa nada pela
Câmara, pois o centrão tem trezentos votos e a Câmara tem quinhentos e
três deputados.
Agora eu quero ver alguém dizer que o presidente Bolsonaro é
autoritário. Muito pelo contrário. Além de comer pastel por aí, acho que
ele treinou como engolir sapo também. Porque um outro presidente já
mandaria prender e impediria a gravação de tudo isso que foi gravado por
todo mundo.
O presidente não faz censura. Quem faz censura é o Supremo. Dizem que
essa pessoa é advogado, morador de Brasília e que serviu o exército até
o início do ano. Caiu lá ou foi derrubado por alguém, aí começou a
gritar e vieram as ofensas ao presidente da República. Aliás, estava
acusando os manifestantes de cometer idolatria em relação a Bolsonaro.
Aeroportos Mais aeroportos vão ter o atendimento melhorado. Agora é
o de Congonhas. No leilão de ontem, vai ficar com a empresa espanhola
que já está com outros aeroportos, a Aena. Está presente em Maceió,
Aracaju, Recife, Juazeiro do Norte, no Ceará, além de Campo Grande, no
Mato Grosso do Sul. Está pagando R$ 2.450 bilhões, e assumindo o
compromisso de investir mais R$5,8 bilhões em melhorias, não apenas para
Congonhas, mas outros aeroportos além daqueles que já têm. Aqueles que
também adquiriu para ficar com Congonhas: Corumbá, Ponta Porã, Santarém,
Marapá, Parauapebas, Altamira, Uberlândia, Uberaba e Montes Claros.
Tudo isso.
A empresa Novo Norte, brasileira, vai ficar com os aeroportos de
Belém e Macapá. Já são 49 nesse governo. Olha a melhoria que acontece
quando se privatiza. Não sei por que a Infraero mandava, era dona de
aeroporto. Foi uma mania do governo militar de estatizar. Os portos que
foram privatizados passaram a funcionar, as estradas, estão discutindo
até hoje a cobrança dos pedágios, de quem paga.
No entanto, veja só o esgoto, que era de companhias estaduais e
municipais. A metade das residências do país não tem esgoto, porque, foi
um fracasso do estado brasileiro. Aí quando privatiza, a água do mar já
fica limpa, é incrível.
Lei da Improbidade E por fim, leis brasileiras. Como são
boazinhas! A nossa justiça também. Os nossos deputados fizeram um leis
que são favoráveis aos que as infringem. Essa lei da improbidade. “Ah
não, eu deixei desviar, mas eu não sabia! Ah eu fiz errado, isso aqui,
mas eu não sabia. Eu assumi a prefeitura, mas eu sou ignorante”.
Não, isso não é desculpa. A ninguém é lícito alegar o desconhecimento
da lei. Então, por quê? Aí tem uma lei de improbidade que considera que
se a pessoa fez sem querer, aí não tem problema. Só se ele fez
mal-intencionado, de boa fé. Eu quero ver o Ministério Público provar
essas coisas. Mas aí o Supremo, por sete a quatro, diz que a lei da
improbidade não pode ser aplicada naqueles que estão sendo processados,
mas ainda podem entrar com recurso.