sexta-feira, 19 de agosto de 2022

LULA QUER MODIFICAR A LEI DA FICHA LIMPA A SEU FAVOR

 

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo


| Foto: EFE

O ex-presidente Lula, candidato que a esquerda nacional, as empreiteiras de obras públicas e as classes intelectuais já consideram vencedor das próximas eleições presidenciais, tem algum problema com o seu projeto de governo – e, a cada dia que passa, parece mais empenhado em piorar o defeito que está travando o motor do plano mestre que propõe ao eleitorado. Lula, basicamente, não fala sobre um novo Brasil. Quer, ao contrário, voltar ao pior Brasil do passado. Fala muito pouco sobre o que pretende fazer. Em compensação, fala o tempo todo no que vai desmanchar. O problema, nessa proposta, é que Lula só promete desfazer o que está bom; não tem nenhuma ideia séria para consertar nada do que está errado, mas não para de pregar a eliminação do que está certo.

Sua última proposta de destruição é a Lei da Ficha Limpa, que dificulta a volta à vida pública de políticos condenados na justiça criminal, sobretudo por corrupção. Lula disse que a lei “é uma bobagem”; quer que ela seja revogada, dentro do que seus admiradores chamam de “revogazo”, ou a eliminação em massa de tudo aquilo que os incomoda na administração do país. A lei não impediu que o próprio Lula, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em três instâncias e por nove juízes diferentes, esteja aí disputando a presidência da República. O STF, numa das decisões mais alucinadas de sua história, simplesmente “anulou” todas as ações penais que havia contra ele. Não se disse, aí, uma única palavra sobre culpa ou sobre provas; apenas zeraram tudo, alegando que houve um engano de endereço no seu processo. Mas, assim mesmo, o ex-presidente não quer mais saber de ficha limpa para os políticos deste país. Não vale a pena correr nenhum risco; é mais seguro, na sua opinião, acabar com tudo logo de uma vez.

Lula, basicamente, não fala sobre um novo Brasil. Quer, ao contrário, voltar ao pior Brasil do passado. Fala muito pouco sobre o que pretende fazer. Em compensação, fala o tempo todo no que vai desmanchar

Lula já prometeu, em seu projeto de governo, acabar com a reforma da previdência. Também vai eliminar a reforma trabalhista e ressuscitar o imposto sindical – a extorsão de um dia de salário de cada trabalhador brasileiro, para forrar o bolso dos sindicatos. Promete revogar a independência do Banco Central. Quer fechar os clubes de tiro. Diz o tempo todo que é uma de suas “prioridades” suprimir a liberdade de expressão nas redes sociais e na televisão, para instalar o “controle social sobre os meios de comunicação”. Garante que vai anular as privatizações de empresas estatais – essas que deram prejuízo de 40 bilhões de reais nos governos petistas, e lucro de 190 bilhões em 2021. Quer, agora, acabar com a Lei da Ficha Limpa. Em matéria de destruição, é um plano e tanto.


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PETROBRAS ESPERA DESCOBRIR NOVO PRÉ-SAL NO AMAPÁ

 

Foto: Wilton Junior/Estadão

Por Denise Luna – Jornal Estadão

Empresa se prepara desde o ano passado para explorar a nova fronteira, que tem como precedente o sucesso obtido em países vizinhos

Depois que a BP e a Total desistiram de explorar a Foz do Amazonas, a Petrobras decidiu buscar sozinha o que pode ser um das maiores descobertas no Brasil após o pré-sal. Rebatizada de Amapá Águas Profundas, a expectativa da estatal é perfurar o primeiro poço na região Norte do País ainda este ano, como informa o gerente executivo responsável pela área, Mario Carminatti.

Em entrevista por escrito ao Estadão/Broadcast, Carminatti informou que desde o ano passado a empresa está se preparando para explorar a nova fronteira, que tem como precedente o sucesso obtido em países vizinhos. A região da bacia da Foz do Amazonas é considerada promissora por ter a geologia parecida com as bacias das Guianas e Suriname, onde outras empresas já fizeram descobertas relevantes de petróleo e gás, inclusive a Total.

Região da bacia da Foz do Amazonas é considerada promissora por ter a geologia parecida com as bacias das Guianas e Suriname, onde outras empresas já fizeram descobertas relevantes
Região da bacia da Foz do Amazonas é considerada promissora por ter a geologia parecida com as bacias das Guianas e Suriname, onde outras empresas já fizeram descobertas relevantes Foto: Fabio Motta/Estadão

“A base logística para o transporte aéreo das operações da perfuração do poço previsto para o segundo semestre de 2022 na região do Amapá Águas Profundas será no município de Oiapoque (AP). Os estudos sobre a infraestrutura regional foram realizados ao longo do ano de 2021 e as ações de adequação iniciarão em breve”, disse o executivo.

O primeiro poço será perfurado a 160 quilômetros do litoral Norte do Amapá, em lâmina d’água de cerca de 2.800 metros. O Capex (investimento) reservado para a nova conquista até 2026 é de US$ 2 bilhões, ou 38% do total previsto pela estatal para exploração nos próximos quatro anos.

De acordo com Carminatti, a Petrobras encontra-se em fase final dos processos de contratação e mobilização de bens e serviços para a implementação de obras de adequação do aeródromo, para permitir sua operação de forma segura em apoio às atividades marítimas de perfuração exploratória.

Infraestrutura

Para viabilizar essa operação, serão necessárias melhorias na infraestrutura de comunicação, na conectividade e na hotelaria do Amapá, informou o executivo. A empresa também planeja, assim como em outros locais onde atua, desenvolver projetos sócio-ambientais na região, que deverão constar no próximo Plano Estratégico da companhia para o período 2023-2027.

“Com a revisão anual do Plano Estratégico, são definidos em que regiões a companhia investirá e onde terá operações. Com base nesses investimentos e direcionadores, a carteira de projetos socioambientais é revista, buscando contemplar as regiões onde a Petrobras tem operação”, explicou Carminatti.

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Segundo o executivo, na margem equatorial serão adotadas soluções tecnológicas inovadoras, como ocorreu com o pré-sal, mas utilizando avanços que não existiam na época. O novo supercomputador da Petrobras, o Pégaso, por exemplo, será fundamental para a eficiência da exploração, por ter capacidade de apresentar imagens mais bem definidas sobre a desconhecida fronteira.

“Na Margem Equatorial, vamos adotar soluções conectadas com as melhores práticas de ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), combinando inovação, eficiência e redução de pegada de carbono”, afirmou.

Reconhecida internacionalmente pela atuação em águas profundas e ultraprofundas, a Petrobras vai aperfeiçoar na nova fronteira no extremo do País o que aprendeu durante a exploração do pré-sal.

Serão usadas tecnologias que utilizam algoritmos de última geração; inteligência de dados e computadores de alto desempenho (HPC); ampliação da operação remota, diminuindo consideravelmente possíveis riscos ambientais; uso eficiente dos dados sísmicos, geológicos e de poços, desde as fases iniciais do projeto exploratório até o desenvolvimento dos campos, com o objetivo de reduzir intervenções; e a otimização da quantidade de embarcações especializadas e poços perfurados, com o objetivo de manter a segurança operacional e, por consequência, diminuir os impactos das atividades de exploração e produção.

MANIFESTO PELA DEMOCRACIA FEITO POR DEMOCRATAS DE ARAQUE

 


Tirania e servidão

Por
Luís Ernesto Lacombe – Gazeta do Povo


Evento de leitura de manifestos pela democracia na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, em 11 de agosto de 2022.| Foto: Fernando Bizerra/EFE

O ex-presidente do Tribunal Regional Federal de São Paulo venceu o medo da Covid, ele precisava ir ao Largo de São Francisco. Se soubesse que haveria tão pouca gente na manifestação, não teria tido tanto receio de sair de casa. Aos 86 anos de idade, queria gritar “basta”. Ficou um ano preso durante o regime militar e, pasmem, sem o devido processo legal! Recebeu mensagens de apoio no grupo da família: “atitude importante”, “exemplo para todos nós”, “um ser de muita luz”, “que legal”…

São pessoas assustadas com os crimes a caminho, crimes futuros, um golpe que vai sendo construído. Elas têm uma visão estapafúrdia, do tipo capaz de não perceber quantas leis vêm sendo rasgadas nos últimos anos, quanta gente vem sendo perseguida, censurada, presa… Processo legal garantido aos “democratas”, para aqueles que pensam como o nobre jurista aposentado. Contra os que divergem dele, fascistas com certeza, vale tudo: ilegalidades de todo tipo, agressões à Constituição, desmandos, abuso de poder.

Os cafonérrimos lendo cartinha no Largo de São Francisco são democratas de araque

Um juiz com audição e visão seletivas tem como estabelecer uma sentença? Um juiz que se permite ouvir apenas uma das partes, que tem um lado, que ignora fatos, provas, acontecimentos, o mundo real, concreto, de que nos serve alguém assim? Ignorar a podridão dos tais inquéritos das fake news, das “milícias digitais”, é imperdoável. Aceitar que advogados de defesa fiquem sem vistas, sem acesso à íntegra de um inquérito, o que dizer disso? Se não defende o devido processo legal sempre, em todos os casos, para todas as pessoas, perde a razão, jamais será isento, imparcial, confiável.

Os cafonérrimos lendo cartinha no Largo de São Francisco são democratas de araque. Ministros de tribunais superiores, ex-ministros, juízes, ex-juízes, advogados sedentos por instâncias sem fim. Adoram recursos, uma legislação pró-réu, pró-condenado, pró-bandido. Banqueiros bondosos e fraternos… Empresários do falso capitalismo, do lucro a qualquer custo, que rechaçam regras claras e concorrência leal. Já foram amigos do rei, os campeões nacionais, querem voltar a ser.


Os deuses imbecis
Há também os sindicalistas, sempre tão preocupados com eles próprios, os invasores de propriedade privada… E os artistas, claro, especialistas na arte de representar. Podem mentir descaradamente sobre qualquer assunto, parecendo sempre os donos da verdade. Talentos desperdiçados em arrogância, acham muito democrático o setor cultural atrelado ao Estado, dependente de verba pública.

No Largo de São Francisco, não teve voto de pobreza, teve defesa de boquinhas, de condenado em três instâncias por corrução e lavagem de dinheiro. Discursos e aplausos descompassados em apoio a ditaduras pelo mundo, censura na mídia, na internet. Deram vivas ao Estado enorme, esse que inviabiliza a democracia, a liberdade. Um grupo pequeno, descaradamente fajuto… Sua cartinha já está no lixo, sem possibilidade de reciclagem. Falta rechaçar nas urnas seu escatológico plano de governo, descaminho que vai dar na tirania e na servidão.


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O QUE DEVE SER FEITO PARA TER SUCESSO

 

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O sucesso está na frente de sua porta, basta ter a coragem de abri-la e checar o que está lá fora

Alguns medos nos seguram mais do que os outros, como aquela jaqueta nova, que ainda não foi bem modelada ao seu corpo. A sensação de desconforto é tanta, que você até cogita jogá-la fora, antes que amoleça e supra todas as necessidades que o levou a comprar aquela peça. Mas no fundo, no fundo, sabemos que é uma questão de paciência e tempo até que você volte a se sentir tão confortável quanto aquela jaqueta velha que te acompanhou em outras fases da vida.

Entretanto, mesmo com esse tipo de consciência, não significa que a nova, na necessidade do agora, ficará molinha e pronta para usar. Ela ainda irá restringir sua mobilidade por um tempo e isso, muitas vezes, trazendo para o mundo dos negócios, é algo que fica no meio do caminho para um sucesso que poderia ser iminente. É nesse ponto que temos que enfrentar algumas barreiras que ficam pelo caminho, para assim finalmente podermos bater no peito e nos considerarmos vencedores, bem sucedidos.

O Entrepreneur fez uma listinha de 7 medos comuns que podem realmente atrapalhar a sua empreitada rumo ao sucesso, confere aí:

1 – Medo de críticas e desaprovações

Tomar decisões baseadas no que as pessoas pensam, mesmo que essas sejam sua família ou seus amigos mais próximos, irá debilitar sua autonomia para o resto da sua vida. Escolher uma profissão que confronta a velha opinião formada sobre tudo de seus pais, para muitas pessoas, pode ser completamente um caminho inviável. Mas pare e pense: no caso de insistência de seus sonhos e ao chegar lá e suceder, o que podem falar de você? As críticas estão presentes na desconfiança do meio do caminho e não no resultado final, que qualquer um, com o mínimo de força de vontade, pode chegar. Portanto largue a mão de se preocupar com cada crítica vinda de externos e confie mais no seu taco para resolver todas as questões viscerais da construção de sua carreira.

2 – Medo financeiro

O medo de perder dinheiro, o medo de viver em um padrão de vida um pouco menor do que o vigente na vida de cada um, incapacita grande parte das pessoas. Existe um determinado tipo de programação, na mente de todo ser humano, que dita que a “sobrevivência”, mesmo que baseada na mediocridade, deve estar acima da “prosperidade”. O medo por passar perrengue nunca deve te impedir de correr atrás dos seus sonhos, mesmo que seja necessário um salto de fé no meio do caminho.

3 – Medo do envelhecimento e a incapacidade

O medo do envelhecimento aparece bastante em situações de grandes mudanças na carreira de uma pessoa. O pensamento frequente, nessa conjuntura, é algo mais ou menos assim: “Tenho 46 anos de idade. Como você espera que eu aprenda sobre o negócio imobiliário, se estive atuando com seguro saúde por toda a minha vida?”. Bem, aprendendo. Você tem 46, com uma bagagem extremamente maior do que uma pessoa de 25. Mas aí, nesse tipo de situação, o medo também vai para o que falávamos no item acima: a dependência financeira, já que “se vem funcionando até hoje, por que eu mudaria? Para correr o risco de não conseguir prover mais para minha família?”. No fim das contas, a questão não é envelhecer. É perder a fé em si mesmo, baseada em um longo período de aceitação à mediocridade e pragmatismo.

4 – Medo de falhar

Esse é o clássico caso do “e se?”. E se der errado? E se ninguém gostar? Meu amigo, você está fazendo as perguntas erradas. No lugar da autossabotagem, mapeando todas as maneiras que você pode falhar em uma empreitada, por que não se concentrar em modos que você possam te levar, de fato, ao sucesso? Mesmo que você cometa um erro, ou falhe em uma parte do processo, tentar te dará todos os mecanismos para refletir e corrigir.

5 – Medo de ofender os outros

É comum que as pessoas confundam autopromoção e confiança com arrogância. Mas combinemos, se você nunca se vender, nunca der a cara pra bater com o intuito de se preservar e o medo de ofender as outras pessoas, como descobrirão seus talentos? É extremamente recomendável no mundo dos negócios que esse tipo de flagelo seja deixado de lado, para abrir portas para a audácia e ousadia, afinal, é dessa maneira que você entrará no radar do sucesso.

6 – Medo de assumir um papel vulnerável e ridículo

Normalmente agimos como se o que queremos fosse errado e é nessa conjuntura que temos que ter um pouco mais de fé na nossa habilidade de tomar decisões. É apenas testando essas decisões, seja em um discurso, na produção de um artigo ou até mesmo na gravação de um vídeo, que podemos ter um resultado e a possibilidade de correção no caso de erro. Algumas das maiores decisões tomadas na humanidade foram casuais, que se desviaram do plano original e se transformaram em algo de sucesso que nunca ninguém havia pensado antes. Descubra quem você é e o que se encaixa no seu perfil, para assim, ter a confiança necessária em seguir seu instinto e tomar as decisões que você sabe serem certas para você, independente do resultado. Você irá apenas desempenhar o papel de ridículo se não tentar.

7 – Enfim, medo do sucesso

Muito frequentemente as pessoas possuem o grande medo de se tornarem elas mesmas. Elas possuem medo de suas verdadeiras expressões pessoais, o que é algo, de fato, que pode ser creditado à grande parte dos casos de sucesso. Elas olham para os outros e pensam “olha, eu poderia estar fazendo aquilo também”, ou “por que esse não poderia ser eu?”. Na realidade, o que há por detrás dessas indagações é o fato de que elas se sentem com um medo tremendo de possuir o mesmo nível de fama, fartura, reconhecimento e amor. Desde cedo somos educados de maneira que dificilmente atingiremos o sucesso na vida. Muitas famílias distanciam da mente de suas crianças a parte palpável do “ser bem sucedido”, uma vez que é um conceito surreal, para poucos.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                  

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas desse Camelódromo na no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no Camelódromo? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelo Camelódromo, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos camelódromos e shoppings centers, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer.” – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite o final do ano para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

CÂNDIDATOS FICAM DEVENDO DOCUMENTOS AO TSE PARA REGISTRO DE SUAS CANDIDATURAS

 

REUTERS

BRASÍLIA (Reuters) – O Ministério Público Eleitoral apontou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) falhas na documentação necessária para o registro das candidaturas do presidente Jair Bolsonaro (PL), do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e de mais quatro nomes na corrida ao Palácio do Planalto, que, se não resolvidas, podem levar à rejeição do pedido de registro.

© ReutersPresidente Jair Bolsonaro durante comício eleitoral em Juiz de Fora

Em manifestações encaminhadas separadamente ao TSE, o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, questionou erros na apresentação de certidões ou falta delas nos processos envolvendo Bolsonaro, Lula, Ciro, Simone Tebet (MDB), Pablo Marçal (Pros), Sofia Manzano (PCB) e Leonardo Péricles (UP).

No caso de Bolsonaro, o vice-procurador-geral eleitoral disse que o presidente não juntou ao processo de registro de candidatura algumas certidões criminais para fins eleitorais exigidas para a validação da candidatura.

“Embora o requerente tenha sido diligente ao juntar certidão de 1ª instância da Justiça Federal relativa à Seção Judiciária do Distrito Federal, acompanhada de certidões de objeto e pé dos processos ali mencionados, as certidões de 1ª e 2ª instâncias da Justiça Federal da circunscrição de seu domicílio eleitoral (Rio de Janeiro) também não foram expedidas para fins eleitorais”, disse o procurador.

“O Ministério Público requer a intimação do candidato para sanar as falhas constatadas, sob pena de indeferimento do registro”, acrescentou ele, em manifestação encaminhada ao TSE no início da noite de terça-feira.

Em relação a Lula, o procurador afirmou que o candidato limitou-se a juntar “certidões criminais alusivas a execuções criminais, faltando as certidões criminais de 1ª e 2ª instâncias da Justiça Estadual” para fins eleitorais.

“A certidão criminal da 1ª instância da Justiça Federal, por sua vez, apontou a existência de doze processos nos quais o candidato figura como parte, sendo, então, exigido que o RRC (registro de candidatura) seja instruído com a certidão de objeto e pé atualizada”, informou.

No caso de Ciro, o procurador disse que, após consulta recente ao site do TSE, constatou que o candidato pelo PDT “não está quite com a Justiça Eleitoral na presente data em razão de multa eleitoral”. Isso é um motivo para impugnação do registro da candidatura.

Assim como Bolsonaro e Lula, Simone Tebet também não apresentou as certidões da Justiça para fins eleitorais necessárias para o registro da candidatura.

O relator do processo de registro de candidatura de Bolsonaro é o ministro Alexandre de Moraes, empossado na véspera presidente do TSE. Lula e Ciro terão como relator o ministro Carlos Horbach, e Simone Tebet, o novo vice-presidente do TSE, Ricardo Lewandowski.

Esse tipo de falta de documentação na apresentação de registros de candidatura é comum, segundo uma fonte do TSE, e geralmente resolvida rapidamente.

(Reportagem de Ricardo Brito; Edição de Eduardo Simões e Pedro Fonseca)

PAUTA PARA AS MANIFESTAÇÕES DE 7 DE SETEMBRO

Atos convocados por Bolsonaro

Por
Rodolfo Costa
Brasília


Presença do presidente Jair Bolsonaro no tradicional desfile cívico-militar em 7 de Setembro, em Brasília, ainda é a única agenda presidencial confirmada pela campanha para o dia| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os movimentos de rua conservadores definiram a pauta que será defendida nas manifestações do dia 7 de setembro, convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no ato de lançamento da sua candidatura à reeleição. Serão quatro pontos: a celebração dos 200 anos de independência do Brasil e a defesa das liberdades; o respeito à democracia e a todas as instituições; a demanda por eleições transparentes; e o amor ao Brasil e à bandeira nacional.

A pauta foi fechada após reuniões presenciais e remotas entre organizadores de diferentes movimentos ao longo das últimas três semanas. Alguns deles se reuniram com integrantes do núcleo político de Bolsonaro para alinhar a pauta com a campanha presidencial, a fim de evitar uma desconexão com o discurso do presidente ou até mesmo correr o risco de causar algum impacto à candidatura dele.

O entendimento dos coordenadores dos movimentos de rua é que todos os quatro pontos estão alinhados com os anseios da maioria da população, sejam apoiadores ou não de Bolsonaro. Os organizadores defendem que a pauta é democrática e afirmam que foi definida a “várias mãos” a fim de engajar a sociedade sem acalorar mais os ânimos.

Como a pauta expressa a preocupação por um 7 de setembro democrático
A definição da pauta e até mesmo a redação dos tópicos a serem defendidos, alinhados e divulgados nas redes sociais de páginas conservadoras e movimentos de rua expressam uma preocupação dos organizadores em não alimentar um discurso hostil e inflamado por parte de apoiadores e até alguns líderes desses movimentos.

Pela interação em grupos de WhatsApp, Telegram e em reuniões presenciais, a maioria dos influenciadores e organizadores notaram um elevado grau de “animosidade” entre os apoiadores, diz reservadamente um dos coordenadores dos atos de 7 de setembro à Gazeta do Povo.

A discordância de conservadores a diversas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao longo dos últimos anos já havia elevado a “temperatura” entre apoiadores, e o clima ficou ainda mais acalorado em grupos após a Procuradoria-Geral Eleitoral pedir multa a Bolsonaro por questionar o sistema eleitoral em reunião com embaixadores.

A indignação de uma parcela dos apoiadores provoca em grupos debates que sugerem uma ruptura institucional. Há quem também fale em interpretar o artigo 142 da Constituição Federal de modo que as Forças Armadas atuem como um “Poder Moderador”, embora grande parte dos juristas afirmem que o dispositivo não atribui aos militares esse papel em caso de crise entre os poderes.

Temas como esses chegaram ao conhecimento de coordenadores dos movimentos de rua, que trabalharam para fechar uma pauta alinhada com Bolsonaro e a maioria dos conservadores. O sentimento do comitê da campanha e dos organizadores dos atos de 7 de setembro é que a agenda fechada é democrática e tem alto poder de engajamento.

Organizadores dos atos de 7 de setembro contam com apoio de Bolsonaro
A fim de evitar, ou ao menos mitigar, discursos com teor antidemocrático, alguns organizadores dos movimentos de 7 de setembro também contam com o apoio de Bolsonaro para que ele defenda a pauta em uma de suas tradicionais lives na internet ou em um vídeo gravado que possa ser compartilhado em grupos e nas redes sociais.

O objetivo de coordenadores é que o próprio presidente atue antecipadamente para defender os pontos da pauta e evitar discursos inflamados que, porventura, possam ser usados contra ele e sua candidatura à reeleição por opositores políticos, acusando-o de apoiar manifestações antidemocráticas.

A ativista política Kelly Santos, uma das organizadoras do movimento de rua conservador em Brasília, entende que, independentemente da pauta, os adversários e opositores de Bolsonaro vão acusar o presidente e as manifestações. Por isso, ela entende que todas as lideranças do país vão dar total liberdade aos cidadãos. Porém, admite que os organizadores vão orientar para que os manifestantes se atenham à pauta fechada pelos movimentos.

“O brasileiro vai às ruas dar o seu discurso, pois estamos em um país livre, cada um vai ter a liberdade de falar o que quiser. Poderíamos ficar todos caladinhos com a ‘pombinha da paz’, lencinhos brancos e todos de mão dada que iriam acusar a nós e o presidente da mesma forma. Entretanto, queremos um discurso único em cima dessas pautas [bicentenário da independência, respeito à democracia e às instituições, eleições transparentes e o patriotismo]”, afirma.

Sobre Bolsonaro defender a pauta única, Kelly acredita que o presidente possa falar algo em uma transmissão ao vivo. “Durante as lives, ele vai dar as orientações e o recado certo, que é o que a gente tem esperado. Todo mundo vai entender em bom e alto som, mas ninguém vai impor nada a ninguém. Nós, da direita, só queremos o respeito do ‘outro lado’ às liberdades. Que obedeçam a Constituição e a liberdade de expressão”, diz.

O deputado federal Coronel Tadeu (PL-SP), vice-líder do partido na Câmara, prevê uma Avenida Paulista lotada no 7 de setembro e não acredita que os manifestantes irão sugerir uma ruptura institucional. O aliado de Bolsonaro também não acredita em uma pauta única fechada e encampada previamente pelo presidente.

“Ninguém vai mexer com essa história de artigo 142, esquece. E não dá para dizer que a pauta será algo fechado, mas todo mundo já sabe o que é. É o apoio ao presidente, aos candidatos majoritários e à nossa bandeira. O Bolsonaro vai conduzir ele mesmo no microfone a fala e a narrativa em relação ao STF e às urnas. E aí, o povo acompanha. Na verdade, ele não vai ditar nada antes”, prevê.

Organizadores preveem “festa democrática”
Os organizadores entendem que é justificável a indignação e revolta de apoiadores em relação a decisões judiciais do STF e do TSE. Porém, defendem que a atitude tomada em cima da construção da pauta pode fazer a diferença pela reeleição de Bolsonaro, destaca o empresário Paulo Generoso, criador e coadministrador da página República de Curitiba.

“Estamos alinhados ao presidente, que quer uma festa democrática gigante, mas pacífica e ordeira, que defenda e demonstre o nosso amor pelo país sem atacar instituições, até para o presidente se precaver, pois a imprensa coloca tudo na ‘conta’ do presidente, que é o alvo principal”, sustenta.


A ideia da pauta, reforça Generoso, não é pedir impeachment de ministros e de “ninguém”. “A gente entende que o 7 de setembro é para fazer uma grande festa democrática, demonstrar nosso amor ao Brasil, o valor das instituições, da liberdade e da democracia. E, acima de tudo, mostrar um recado ao mundo que o Brasil não aceita comunismo e apoiamos o nosso governo”, destaca.

O empresário Tomé Abduch, fundador e coordenador do Nas Ruas, entende que muitos brasileiros estão assustados em poder se posicionar e com medo de ter sua liberdade de expressão limitada. Ele assegura, porém, que as manifestações serão educadas e respeitosas.

“Não há nenhum tipo de manifestação a fazer com ataques individuais a pessoas ou a instituições. Isso não vai acontecer, pois não pactuamos com isso e, independentemente de nossa opinião, pregamos o respeito a tudo e a todos. Não será ato antidemocrático em nenhum sentido, muito pelo contrário. Defendemos a paz institucional, a democracia e as cores verde e amarela”, afirma.

Abduch reforça que o mapeamento de redes feito pelo Nas Ruas sugere que as manifestações deste ano serão ainda mais numerosas em comparação a 2021. Um dos motivos apontados por ele é que, no ano passado, os atos foram organizados em pouco mais de 200 cidades. “Hoje, estamos em contato e organizando em mais de 300 cidades”, afirma.

A previsão de Abduch é que o número de cidades a organizarem um ato a favor da pauta única e de Bolsonaro cresça “bastante” nos próximos dias.

“O mapeamento nas redes sociais já está muito maior do que o 7 de setembro do ano passado e a população está entendendo que nós não podemos, de maneira alguma, pactuar com o retorno das pessoas que claramente assaltaram o Brasil”, afirma, citando que um dos motivos para a atração de um público maior é a proximidade das eleições.

Como será a agenda de Bolsonaro no dia 7 de setembro
Das mais de 300 cidades previstas a receber algum ato em 7 de setembro, as atenções estarão voltadas para o eixo Rio-São Paulo-Brasília. Até o momento, a presença de Bolsonaro está garantida apenas no tradicional desfile cívico-militar na capital federal. Mas não está descartada a possibilidade dele comparecer aos atos públicos em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Alguns organizadores até cravam essa possibilidade, embora a campanha ainda não confirme.

“Torcemos para contar com a presença do presidente em defesa da liberdade e do patriotismo. Mas, assim como foi no ano passado também, ele não confirma, até pela questão de segurança, e é o certo, porque ele acaba movimentando muita gente, é toda uma preparação de área. Por isso, não dá para dizer que ele vai estar ou não”, diz Kelly Santos.

A união de movimentos de rua conservadores em Brasília já fez o pedido para a realização do ato em 7 de setembro à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). A previsão é que o ato se inicie às 10 horas, mas Kelly diz que às 7 horas os organizadores já estarão na Esplanada. Também existe a possibilidade de chegarem ainda na noite do dia anterior, como ocorreu em 2021.

A participação de Bolsonaro na Avenida Paulista também não é garantida. Integrantes do núcleo político da campanha estimulam o presidente a manter o local como o principal palco dos atos do Dia da Independência, mas ele segue disposto a transferir sua ida para o Rio de Janeiro.

Tomé Abduch, do Nas Ruas, diz que o movimento manterá a mobilização na Paulista e confirma que, até o momento, não obteve resposta do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República — responsável por cuidar da segurança presidencial — sobre a decisão de Bolsonaro ir ou não.

“Óbvio que estamos super abertos a recebê-lo no nosso caminhão, como sempre estamos, mas, até agora, não houve nenhum tipo de contato do GSI para nos informar se o presidente tem interesse de vir ou não. Mas organizaremos a mobilização normalmente, por entender que é importante comemorar os 200 anos da independência, dia que a população vai às ruas para lutar por nossa liberdade e defender as nossas instituições”, destaca.

No momento, a hipótese provável é que Bolsonaro mantenha sua ida ao Rio de Janeiro, no período da tarde, às 16 ou 17 horas. Porém, a participação conjunta com o desfile militar a ser realizado na capital fluminense está descartada. A meta do presidente era que o desfile ocorresse na praia de Copacabana, mas ele foi convencido a desistir da ideia por coordenadores eleitorais de sua campanha e por integrantes do Alto Comando das Forças Armadas. “É praticamente certo a presença do presidente no Rio de Janeiro”, admite Paulo Generoso, do movimento República de Curitiba.


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MINISTRO ALEXANDRE DE MORAIS FOI EMPOSSADO NO TSE

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


A posse de Alexandre de Moraes no TSE foi marcada por elogios rasgados e aplausos entusiasmados. Mas o que ela prenuncia, afinal?| Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

O desenho definitivo do pleito de outubro está finalmente completo. Após a escolha dos candidatos nas convenções e a formalização das candidaturas por meio da solicitação dos registros, a formação final do Tribunal Superior Eleitoral está consolidada com a posse de Alexandre de Moraes na presidência do órgão, sucedendo Edson Fachin, que passou alguns poucos meses no comando do TSE. Moraes tem uma responsabilidade enorme em suas mãos, e infelizmente não há como a sociedade brasileira estar totalmente tranquila a respeito da maneira como ele e a corte que comanda exercerão tamanho poder.

“A intervenção [na liberdade de expressão] será mínima, porém célere, firme e implacável no sentido de coibir práticas abusivas, ou divulgação de notícias falsas ou fraudulentas, principalmente daquelas escondidas no covarde anonimato das redes sociais, as chamadas fake news”, afirmou o ministro em seu discurso de posse, nesta terça-feira. Seria uma afirmação tranquilizadora se não fosse pelo histórico recente de outros dizeres e atitudes do próprio Moraes e dos tribunais superiores – não apenas o TSE, mas também o Supremo Tribunal Federal, do qual o ministro faz parte, que têm se tornado protagonistas do que chamamos de “apagão da liberdade de expressão no Brasil”.

A Justiça Eleitoral pode incendiar a eleição se agir guiada mais pela intenção de ser uma “editora da sociedade” que de aplicar corretamente a lei

O recurso à mentira nas campanhas eleitorais, especialmente quando se trata de atacar oponentes, é algo corrente no Brasil há muito tempo – as mídias sociais deram uma nova dimensão à prática, não a criaram. Há diversos modos de combater a mentira, a começar pela exposição cristalina da própria verdade, ou pela checagem criteriosa, sem viés, das afirmações feitas pelos candidatos, mas não se descarta o recurso à Justiça no caso de crimes reais contra a honra, como a calúnia e a difamação. Nesse sentido, tem razão o ministro quando afirma que “liberdade de expressão não é liberdade de agressão”. Mas é na sequência de seu discurso que Moraes dá motivos de preocupação. “Liberdade de expressão não é liberdade de destruição da democracia, de destruição das instituições, de destruição da dignidade e da honra alheias. Liberdade de expressão não é liberdade de propagação de discursos de ódio e preconceituosos. A liberdade de expressão não permite a propagação de ideias contrárias à ordem constitucional e ao Estado de Direito, inclusive durante o período de propaganda eleitoral”, afirmou.

A essa altura, já está muito claro que os tribunais superiores têm optado por desqualificar críticas legítimas à atuação das instituições e questionamentos pertinentes sobre aspectos técnicos do processo eleitoral, colocando tudo no balaio dos “ataques” e criando tabus ao estabelecer temas sobre os quais mal se pode falar. E bem sabemos como as cortes têm reagido nesses casos, com Moraes à frente de inquéritos abusivos que já renderam censura à imprensa, desrespeito ao devido processo legal e ao princípio do juiz natural, confusão dos papéis de vítima, investigador e julgador, e abolição da imunidade parlamentar.

Não há como esquecer, por exemplo, a promessa feita por Moraes quando a chapa de Jair Bolsonaro em 2018 foi inocentada no TSE: “Se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado. E as pessoas que assim fizerem irão para a cadeia por atentar contra as eleições e a democracia no Brasil (…) A Justiça é cega, mas não pode ser tola. Não podemos criar o precedente avestruz. Todo mundo sabe o que ocorreu, o mecanismo usado nas eleições e depois (…) Nós podemos absolver aqui, por falta de provas, mas sabemos o que ocorreu. Sabemos o que vem ocorrendo e não vamos permitir que isso ocorra”. Em outras palavras, Moraes disse estar disposto a tornar realidade o “não temos provas, mas temos convicções” que fora falsamente atribuído, de forma torpe, aos investigadores da Lava Jato – e pretende ir além disso, pois “repetir” aquilo que em 2018 não era suficiente para cassar uma chapa poderia levar até à prisão em 2022.

Cassações de registros ou de diplomas (no caso dos vitoriosos) são situações extremas nas quais a vontade do eleitor acaba relegada a segundo plano, e justamente por isso são punições que só podem ser aplicadas quando há o desrespeito inequívoco a lei que preveja tais penas. O fenômeno das fake news e sua disseminação, no entanto, está sendo usado para se criar ameaças genéricas a quem “disseminar ódio”, “conspiração” ou “medo”, sem uma definição clara do que seja isso. O Judiciário pretende, assim, definir o que é manifestação de opinião ou fake news, o que é “ódio” ou “medo”, e quer o direito de punir discursos, opiniões, análises e críticas feitas por candidatos e cabos eleitorais pelo que acha merecedor de punição, não pelo que realmente é punível por lei.

Como se não bastasse o clima de polarização que, por si só, já acirra os ânimos, a Justiça Eleitoral pode incendiar a eleição se agir guiada mais pela intenção de ser uma “editora da sociedade” que de aplicar corretamente a lei. O desafio de Alexandre de Moraes e dos demais ministros é o de respeitar a liberdade de expressão em seu sentido autêntico, sem “inventar” crimes eleitorais sem previsão legal, sem coibir discursos que deveriam ser livres, ainda que contundentes, sem aplicar penas desproporcionais que fraudem a vontade popular. Que nestes poucos meses eles possam agir com o senso de justiça que, infelizmente, vem faltando nos últimos tempos.


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GUEDES DIZ QUE O SISTEMA NÃO QUER PRIVATIZAÇÕES

 

Eventos com investidores
Por
Gazeta do Povo


O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento em Brasília em junho| Foto: EFE/Joédson Alves

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que existe uma certa frustração pelo fato de o governo federal não ter conseguido realizar as privatizações almejadas de empresas públicas. No começo da gestão, a expectativa era arrecadar R$ 1 trilhão com a venda de estatais federais. Segundo Guedes, houve dificuldades por parte dos responsáveis pelo projeto no governo e também a questão não foi pautada pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (PSDB-RJ). O ministro atribuiu a postura de Maia a um acordo com a esquerda. As declarações foram dadas durante um evento com investidores em São Paulo na quarta-feira (17).

“Fica uma frustração das privatizações. Vendemos R$ 260 bilhões de subsidiárias. Na Petrobras vendemos subsidiárias e conseguimos vender a Eletrobras. A política é que vai te abrindo janelas de oportunidade. Você sabe o que quer fazer, mas não consegue fazer. Em todas as dimensões andamos um pouco”, afirmou Guedes no evento, de acordo com declaração publicada pelo jornal Correio Braziliense.

Na mesma ocasião, o ministro da Economia falou sobre a situação de países vizinhos que elegeram governos de esquerda e disse que a América Latina está “desmanchando”. Segundo ele, o Brasil não está nessa condição porque aprovou a Reforma da Previdência no primeiro ano do governo Bolsonaro.

“Se não tivéssemos feito a reforma da Previdência, de olho no fiscal, no primeiro ano de governo, o Brasil tinha dissolvido como a Argentina, que está indo no mesmo caminho da Venezuela. A América Latina está desmanchando”, disse o ministro, segundo O Globo.

Aos investidores, Guedes salientou ainda que a inflação no Brasil está cedendo e que a pandemia atrapalhou o crescimento econômico. Mas, segundo ele, muitos analistas previam recessão no país, pois usam modelos antigos e que isso não se confirmou.

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OPOSIÇÃO FALA EM DEMOCRACIA E ELA É AGREDIDA O TEMPO TODO

 

Covid-19

Por
Alexandre Garcia


Ministro Alexandre de Moraes vai comandar a Justiça Eleitoral até 2024.| Foto: Antonio Augusto/TSE

Atenção: esta quinta-feira é o último dia para quem não vai votar no dia 2 de outubro em seu próprio domicílio eleitoral, na sua cidade. Quem estiver em outro estado pode votar só para presidente. Quem estiver no mesmo estado pode dar o voto normal, também para governador, senador e deputados. Mas é preciso procurar um cartório eleitoral e fazer lá o requerimento, registrar-se como eleitor em trânsito.

O fim do uso obrigatório de máscaras em aviões em aeroportos
Também nesta quinta-feira, depois de uns dois anos, não será mais necessário usar máscara em aeroportos e em aviões, por decisão da Anvisa. Permanecem outras regras que, acho eu, deveriam ser para toda a vida: microfiltragem nos filtros do ar dos aviões, distanciamento e, obviamente, uso de máscara por quem estiver gripado, como deveria ser sempre. Aliás, é uma coisa em que eu já insistia: só quem deve usar máscara é quem está doente porque, para quem não está, não parece que a máscara seja uma proteção efetiva contra um vírus que passa por telas em geral. A exigência de máscara já caiu no Reino Unido, na França, em Portugal e nos Estados Unidos, para falar nos principais destinos dos nossos brasileiros viajantes.

Movimentações importantes na campanha eleitoral
E vejam só que interessante este início de campanha eleitoral. Ciro Gomes está pegando o que o PT não quis: aquele programa de renda mínima do Eduardo Suplicy, que ficou furioso em junho, na reunião em que o PT anunciou seu plano de governo, sem a renda mínima. Suplicy se levantou, se queixou e foi embora; Ciro Gomes aproveitou a ideia. Outra notícia da campanha é esse apoio importantíssimo de Gilberto Kassab, o chefão do PSD, aos ex-ministros Tarcísio de Freitas e Marcos Pontes para governo e Senado em São Paulo.


“Ameaça à democracia” mesmo são corrupção e ideologias totalitárias
Quem mais fala em democracia é quem mais desrespeita a Constituição
A campanha eleitoral começou e a Justiça Eleitoral está com um novo presidente, que fez um discurso em defesa da democracia. Eu digo que, quando a gente fala muito de arroz e feijão, é porque está faltando arroz e feijão; se a gente fala muito de esgoto e água, é porque está sem água e esgoto. Por que falar tanto de democracia? Será um ato falho? Será que o inconsciente o está fazendo falar?

Porque todo mundo está vendo que há inquérito sem o devido processo legal, que há presos por crime de opinião, censura, desrespeito ao artigo 53, que fala da inviolabilidade do parlamentar por quaisquer palavras. Tem o que aconteceu na pandemia sobre direitos fundamentais, como liberdade de reunião, de ir e vir, de culto. Todo mundo sabe disso, está vendo isso, talvez por isso estejam falando tanto de democracia. Mas quem agride a democracia é quem agride a Constituição, isso é a coisa mais óbvia do mundo. Então, é hipocrisia falar tanto em democracia enquanto se faz tudo isso que estamos vendo.

E já comentei aqui sobre José Levi, o novo secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral, o número dois do presidente Alexandre de Moraes. Quem é ele? Ele foi advogado-geral da União no governo Bolsonaro, foi procurador-geral da Fazenda Nacional no ministério de Paulo Guedes, e foi número dois de Alexandre de Moraes no Ministério da Justiça. Tem experiência, portanto; esperamos que tenha um bom desempenho no TSE.

Barbaridade contra animais no Rio de Janeiro

Por fim, eu queria mencionar a decisão certíssima de um juiz de Mangaratiba, no Rio de Janeiro. Por recomendação do Ministério Público, o juiz decretou a prisão preventiva – não é prisão temporária, é preventiva: para prevenir outros crimes, a pessoa fica privada da liberdade, sob custódia do Estado – do sujeito que matou a pauladas o cachorro Branquinho, um cachorro de porte médio para pequeno. Eu vi as imagens; ele foi flagrado pela câmera, mas matou achando que ninguém estava vendo. Quando soube que tinha sido tudo gravado, ele fugiu. O Branquinho não o estava atacando na rua; foi ele que entrou no terreno para matar o cão, que era de alguém que morava por ali. Depois ele aparece carregando o corpo do cachorro para jogá-lo no mato. É uma maldade o que fez esse Leonardo Gualandi da Silva. Ele estava com um pau de uns 2 metros de comprimento, matou o cachorro a pauladas. Ele está preso porque, se estiver solto, os cachorros, que são os nossos melhores amigos, correrão risco de vida.


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POSSE NO TSE

 

Pouco auspicioso
Paulo Polzonoff Jr.


A posse de Alexandre de Moraes no TSE foi marcada por elogios rasgados e aplausos entusiasmados. Mas o que ela prenuncia, afinal?| Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

Estava aqui pensando na felicidade algo histérica com que a esquerda e uns liberais ma non troppo acompanharam a posse de Alexandre de Moraes, El Grande Xerife de la Democracia, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até escorreu uma lágrima. De raiva, mas ainda assim. Por conta da Coroação, houve quem se prestasse ao papel de sommelier de aplauso, analisando a duração, o tom, o ritmo, o entusiasmo daqueles que ficaram com as mãos vermelhas de tanto prestar mesuras sonoras ao czar eleitoral.

Por coincidência, ao mesmo tempo em que uma jornalista exaltava a genialiade de Alexandre de Moraes e outro alguém se dizia com as esperanças democráticas renovadas (o que quer que signifique isso), apareceu em minha timeline uma frase atribuída a Simone Weil: “o futuro é feito da mesma matéria do presente”. Imediatamente pensei que, por lógica, o presente deve ser feito da mesma matéria que o passado. Isto é, de amor divino, mas também de homens falhos, de sofrimento e de soberba que sempre acompanha os tolos. Daí a começar a sentir o friozinho imaginário daquela Moscou de outubro de 1917 foi um pulo.

E não diga (ainda!) que é exagero. Talvez seja preguiça, mas não exagero. Afinal, poderia ter me esforçado um pouco mais, botado mais combustível na máquina do tempo e ido para a Paris de 1789. Mas calhou de ser Moscou e, sinceramente, estou levantando as mãos para o céu. Imagina se os neurônios resolvem se amotinar e me jogam na Pequim de 1949 ou na Havana de 1959! Tanto melhor que tenha sido num lugar onde, se eu deixar o cavanhaque crescer, posso ser até confundido com Lênin.

Por falar em Lênin, olha ele ali sobre o caixote, discursando para os camaradas. Ele fala em transformar o mundo, em proteger os pobres, em tornar a Rússia um lugar próspero e pacífico. É tudo mentira, mas quem liga? A história não registrou, porque depois de tanto tempo tudo se transforma numa imagem-relâmpago gravada num preto-e-branco absoluto e sem nuances, mas também naquela época havia gente da elite que, seduzida por uns fumos revolucionários, aplaudia os profetas-assassinos dessa heresia de exaltação do homem chamada comunismo.

Какое преувеличение!
Aplaudia e bajulava e chamava de “gênio” não só Lênin, mas também Trotsky, Stalin e vários outros líderes do segundo e terceiro escalão, todos com as mãos sujas de sangue. Rebeldes anônimos, burocratas com as facas nos dentes, cujas biografias marcadas pela nada espetaculosa perversidade cotidiana felizmente não chegou até nós. Também no глобус e na Лист de S. Павел da época havia defensores da liberdade e anticzaristas psicóticos que tinham certeza de que estavam “do lado certo da história”. E aqui talvez seja uma boa hora de explicar ao leitor que o lado certo e o lado vencedor da história nem sempre coincidem.

O que aconteceu com essa elite num primeiro momento apaixonada pelo “humanismo puríssimo” da Revolução a gente sabe. Os que perceberam o erro a tempo deram um jeito de fugir. Os que insistiram no erro “só para ver no que vai dar” hoje jazem ao longo da ferrovia Transiberiana ou em covas coletivas abertas em lugares como Nazino. E, antes que alguém venha novamente me acusar de exagero, digo: aqueles que anteviram a carnificina das sete décadas seguintes também ouviram dos seus tovariches que tudo não passava de exagero.

O cinema e a televisão carcomeram e pasteurizaram nosso imaginário, por isso muita gente só consegue conceber vilões absolutos ou revoluções comandadas por loucos de pedra dando aquela gargalhada espalhafatosa para a câmera. A realidade, infelizmente, é bem diferente disso. Não são raros os vilões que falam em democracia e até em amor cristão para justificar seus atos mais vis. E o mais louco à frente da Revolução sempre espera o dia seguinte à vitória para se livrar de quaisquer amarras morais que por ventura lhe restem.

O que vi na posse de Alexandre de Moraes no TSE foi um homem com um propósito, cercado por fãs cujos olhos brilham com essa fé macabra. Poucas coisas nesta vida me botam mais medo. Mas tomara que você e você e você (sim, você aí no fundo!) tenham razão e que tudo não passe de um (mais um) exagero de um cronista sem vergonha de se assumir como hiperbólico, hiperbolicíssimo.


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