Olá! Será que os cães sonham? Segundo a ciência, sim. Camilli
Chamone, geneticista, consultora sobre bem-estar e comportamento canino e
editora de todas as mídias sociais “Seu Buldogue Francês”, explica como
os sonhos ressignificam experiências estressantes – e motivos pelos
quais não se deve acordar os cachorros neste momento. Fique à vontade
para divulgar o tema; ela também está à disposição para entrevistas.
Em sonhos, cães ressignificam experiências estressantes
Geneticista ressalta que fases do sono são importantes para regulação emocional e aprendizado do peludo
Certamente você já ouviu seu cachorro roncar ou se mexer ao dormir. Mas será que, como nós, humanos, ele também sonha?
Segundo a ciência, sim. Camilli Chamone, geneticista, consultora em
bem-estar e comportamento canino, editora de todas as mídias sociais
“Seu Buldogue Francês” e, também, criadora da metodologia neuro
compatível de educação para cães no Brasil, explica que o sonho é uma
etapa importante do sono e existe para ressignificar uma determinada
experiência vivida pelo sujeito.
“Os estudos mostram que, no sonho, uma situação estressante na qual o
cachorro tenha passado é vivida em outro cenário, para que ela se torne
menos traumática”, relata.
Segundo a geneticista, o sono dos cães passa por diversas fases – e
todas elas são importantes para a regulação emocional e o aprendizado.
Justamente por isso, ela aconselha a nunca acordar o cachorro quando
estiver dormindo.
“Também é importante que ele tenha seu próprio cantinho individual
para dormir. Assim, não fica com a qualidade do sono comprometida e
preserva sua saúde mental”, relata.
Fases do sono
Ao contrário de nós, humanos, que possuímos o sono monofásico (ou
seja, só temos a necessidade de dormir por um período – geralmente o
noturno –, para depois nos mantermos acordados), os cães possuem sono
polifásico, isto é, precisam dividir o sono ao longo do dia, além de
dormirem quase o dobro dos humanos – em geral, cerca de 14 horas por
dia.
Em todos os mamíferos, incluindo cães e humanos, o sono passa por
duas etapas: a não REM (Rapid Eyes Moviment, traduzido por Movimento
Rápido dos Olhos) e a do sono REM.
Inicialmente, o animal começa com o sono não REM, composto por quatro
fases principais. “A primeira é aquela em que ele ainda está meio
acordado, meio dormindo; na segunda, o sono está um pouco mais profundo.
Na terceira fase, seu nível de consciência diminui muito. Já a quarta
fase é conhecida como sono profundo – é como se o cérebro estivesse
desligado, mesmo, e é nessa hora que ocorre o descanso e o profundo
relaxamento do corpo”, registra Chamone.
Após esta quarta fase do sono não REM, o cão entra no sono REM – e
esta é, enfim, a fase dos sonhos. “Ela acontece, necessariamente, só
após a quarta fase do não REM, que é o sono profundo. Como sugere o
próprio nome, ‘Movimento Rápido dos Olhos’, na etapa REM o cérebro do
cão fica super ligado. Isso significa que, surpreendentemente, sua
atividade cerebral é igual ou maior do que a do indivíduo acordado”,
afirma a geneticista.
É nesta fase, de intensa atividade neural, que o cão ressignifica
memórias que foram traumáticas, sendo, portanto, algo muito benéfico
para a sua saúde.
“Mesmo que o animal esteja dormindo, alguns donos, ao perceberem
barulhos ou movimentos, acham que ele está sofrendo e acabam por
acordá-lo. Isso é bastante prejudicial, pois interrompe essas fases
cíclicas e compromete a qualidade do sono. Isso consequentemente
prejudica toda a regulação emocional e o aprendizado do cão, além da
consolidação de memórias no cérebro. Se o indivíduo não dorme bem, ele
não aprende e o cérebro até atrofia – e isso vale para humanos e outros
animais”, pondera Chamone.
Ciclo circadiano regulado: sono de qualidade
Neste cenário, a geneticista destaca que, tal como com humanos, um
sono de qualidade passa necessariamente por manter regulado o ciclo
circadiano do cachorro – que diz respeito ao ritmo que o organismo
realiza as suas funções ao longo de um dia.
O que cerca esse ciclo é a luminosidade e a escuridão. “Por isso,
quando está de dia, é importante deixar a casa toda clara, mesmo que o
cachorro esteja dormindo. O mesmo raciocínio serve para o período
noturno – o ambiente deve seguir a natureza e, portanto, ficar escuro”.
Estas simples ações ajudam a preservar o ciclo circadiano, que, se não estiver regulado, pode desencadear estresse.
“O cérebro e o corpo dos cães funcionam de forma semelhante aos
nossos. A diferença está nas competências cognitivas (entender ideias e
aplicá-las), que obviamente são mais desenvolvidas em humanos”, compara.
Por isso, é importante ter conhecimento sobre os benefícios do sono
para, assim, deixar o seu cãozinho sonhar sem preocupações e dormir em
paz.
De Leonardo Grandchamp – Mara Leme Martins, PhD. Psicóloga e VP BNI Brasil
Cerca de 85% das oportunidades de trabalho são preenchidas através de indicações vindas de contatos
Já foi mais do que provado que atualmente no mundo dos negócios é
essencial a formação de uma boa rede de contatos. O networking é uma
ótima maneira de expandir esses contatos, sendo que, diversas vezes, a
melhor maneira de se viver é entre amigos. E por quê não trazer os
conceitos da amizade para um negócio?
De acordo com uma pesquisa divulgada pela The Adler Group, cerca de
85% das oportunidades de trabalho são preenchidas através de indicações
vindas de contatos, provando o valor de conhecer pessoas e manter boas
relações com elas no ambiente profissional.
Tratar os negócios como uma amizade pode ser bastante benéfico.
Embora seja importante separar o ambiente profissional do pessoal, é
bastante útil utilizar alguns princípios da amizade nos negócios, como
lealdade, sinceridade e companheirismo, que unidos podem criar relações
saudáveis e úteis. Essas relações podem trazer diversos frutos, tanto
para as empresas como para seus funcionários.
Durante o período de pandemia, quando o contato presencial foi
afetado, as relações passaram a ser construídas nos meios digitais. A
importância das relações foi transferida para aplicativos e redes
sociais que conectam as pessoas através, por exemplo, do LinkedIN.
Para se ter ideia, a plataforma já atinge mais de 56 milhões de
usuários no Brasil, se tornando a quarta maior comunidade do mundo –
atrás apenas dos Estados Unidos, Índia e China.
Abaixo, listo preceitos da amizade que são valiosos nos negócios. Confira:
1 – Tenha amigos no trabalho:
Segundo uma pesquisa do Instituto Gallup, ter uma amizade no trabalho
torna os colaboradores mais felizes e engajados. Além disso, deixa o
ambiente mais leve e tranquilo para o dia de ofício. Tudo isso melhora o
rendimento e também torna a rotina menos cansativa para os
colaboradores que demonstram ter preferência por escritórios onde se
sentem seguros e entre amigos.
Quando se está convivendo em um ambiente com amigos, os negócios
fluem com muita mais facilidade, seja essa amizade seu sócio, chefe,
funcionário, ou companheiro, tudo ocorre com mais leveza.
2 – Seja leal dentro dos negócios:
Lealdade é um dos pilares de uma amizade valiosa e duradoura, por
isso é importante evitar ao máximo agir contra as pessoas que estão ao
seu lado e se manter fiel a elas.
A lealdade é uma característica que, a longo prazo, é notada nas
relações. Portanto, é importante manter-se leal dessa forma que,
certamente, será valorizado no mercado por isso.
3 – Tenha confiança nas pessoas:
O ditado diz que “a confiança é uma via de mão dupla”, logo, além de
ser leal, é fundamental confiar em quem tem sua lealdade. Isso porque,
em diversos momentos, temos que contar com a ajuda de outros. São nestes
momentos que as amizades mostram o seu valor.
Nem sempre o seu conhecimento próprio dá conta das demandas de um
trabalho, por isso é importante ter pessoas de confiança que
possibilitem a garantia de saber o que fazem e que vão ser úteis para
seu auxílio.
4 – Esteja disponível:
Uma amizade no mundo dos negócios só pode ser construída se ambas se
esforçarem por ela. É importante estar lá para fornecer ajuda, uma vez
que para fortalecer uma amizade, é fundamental estar aberto não só para
receber ajuda como para fornecê-la quando preciso, resultando em amigos
de grande valor, que futuramente vão contribuir nos negócios.
5 – Seja transparente e sincero:
Seja em uma amizade ou não, a transparência, com sócios, funcionários
ou clientes, é imperativa nos negócios como forma de deixar a mostra as
intenções suas ou da empresa.
É crucial que exista sinceridade dentro do mundo corporativo. Por
isso, é necessário demonstrar seus interesses, tornando mais simples
lidar com qualquer eventualidade depois.
6 – Saiba ouvir:
Achar um bom equilíbrio entre ouvir e compartilhar é essencial para
um bom ambiente de trabalho. Acredito que o trabalho seja pautado em
compartilhamento, seja de informações, experiências, conhecimentos ou
até mesmo contatos.
O mais importante é entendermos que colaborar faz parte do ser humano
e isso pode ajudar não só na vida pessoal, como na profissional também.
STARTUP VALEON UMA HOMENAGEM AO VALE DO AÇO
Moysés Peruhype Carlech
Por que as grandes empresas querem se aproximar de startups?
Se pensarmos bem, é muito estranho pensar que um conglomerado
multibilionário poderia ganhar algo ao se associar de alguma forma a
pequenos empresários que ganham basicamente nada e tem um produto recém
lançado no mercado. Existe algo a ser aprendido ali? Algum valor a ser
capturado? Os executivos destas empresas definitivamente acreditam que
sim.
Os ciclos de desenvolvimento de produto são longos, com taxas
de sucesso bastante questionáveis e ações de marketing que geram cada
vez menos retorno. Ao mesmo tempo vemos diariamente na mídia casos de
jovens empresas inovando, quebrando paradigmas e criando novos mercados.
Empresas que há poucos anos não existiam e hoje criam verdadeiras
revoluções nos mercados onde entram. Casos como o Uber, Facebook, AirBnb
e tantos outros não param de surgir.
E as grandes empresas começam a questionar.
O que estamos fazendo de errado?
Por que não conseguimos inovar no mesmo ritmo que uma startup?
Qual a solução para resolver este problema?
A partir deste terceiro questionamento, surgem as primeiras
ideias de aproximação com o mundo empreendedor. “Precisamos entender
melhor como funciona este mundo e como nos inserimos!” E daí surgem os
onipresentes e envio de funcionários para fazer tour no Vale e a rodada
de reuniões com os agentes do ecossistema. Durante esta fase, geralmente
é feito um relatório para os executivos, ou pelas equipes de inovação
ou por uma empresa (cara) de consultoria, que entrega as seguintes
conclusões:
* O mundo está mudando. O ritmo da inovação é acelerado.
* Estes caras (startups) trabalham de um jeito diferente, portanto colhem resultados diferentes.
* Precisamos entender estas novas metodologias, para aplicar dentro de casa;
* É fundamental nos aproximarmos das startups, ou vamos morrer na praia.
* Somos lentos e burocráticos, e isso impede que a inovação aconteça da forma que queremos.
O plano de ação desenhado geralmente passa por alguma ação
conduzida pela área de marketing ou de inovação, envolvendo projetos de
aproximação com o mundo das startups.
Olhando sob a ótica da startup, uma grande empresa pode ser
aquela bala de prata que estávamos esperando para conseguir ganhar
tração. Com milhares de clientes e uma máquina de distribuição, se
atingirmos apenas um percentual pequeno já conseguimos chegar a outro
patamar. Mas o projeto não acontece desta forma. Ele demora. São
milhares de reuniões, sem conseguirmos fechar contrato ou sequer começar
um piloto.
Embora as grandes empresas tenham a ilusão que serão mais
inovadoras se conviverem mais com startups, o que acaba acontecendo é o
oposto. Existe uma expectativa de que o pozinho “pirlimpimpim” da
startup vá respingar na empresa e ela se tornará mais ágil, enxuta,
tomará mais riscos.
Muitas vezes não se sabe o que fazer com as startups, uma vez
se aproximando delas. Devemos colocar dinheiro? Assinar um contrato de
exclusividade? Contratar a empresa? A maioria dos acordos acaba virando
uma “parceria”, que demora para sair e tem resultados frustrantes. Esta
falta de uma “estratégia de casamento” é uma coisa muito comum.
As empresas querem controle. Não estão acostumadas a deixar a
startup ter liberdade para determinar o seu próprio rumo. E é um
paradoxo, pois se as empresas soubessem o que deveria ser feito elas
estariam fazendo e não gastando tempo tentando encontrar startups.
As empresas acham que sabem o que precisam. Para mim, o maior
teste é quando uma empresa olha para uma startup e pensa: “nossa, é
exatamente o que precisamos para o projeto X ou Y”.
VOCÊ CONHECE A ValeOn?
A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO
TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
O Pentágono afirmou que testou o míssil balístico intercontinental Minuteman III,
considerado um dos mais tecnológicos do mundo. O destino do teste não
foi divulgado pelo Departamento de Defesa dos EUA, mas a intenção do
exercício militar é passar um recado à China por conta do tensionamento entre Pequim e Taiwan.
Tudo começou com a visita de Nancy Pelosi,
presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, ao país. A
parlamentar que lidera o partido de Joe Biden na casa baixa da
legislatura estadunidense participou de solenidades em Taipei, quebrando
a política de ‘Uma Só China’, adotada por Washington desde os anos
1970.
Minuteman III foi criado no auge da Guerra Fria e tem capacidade de
atingir praticamente qualquer ponto do planeta terra com ogivas
nucleares
A viagem foi lida por Pequim como uma grande provocação e acendeu os
ânimos entre o Partido Comunista Chinês (PCCh) – que reclama a soberania
sobre a ilha de Taiwan – e os EUA, que mantém uma diplomacia confusa,
reconhecendo Pequim como a “verdadeira” China, mas apoiando o
separatismo taiwanês.
Após a viagem de Pelosi a Taiwan, o governo do PCCh ordenou uma série
de exercícios militares ao redor da ilha, para demonstrar poderio
militar frente ao Taipé. Além disso, a China também anunciou um embargo econômico de diversos setores da economia taiwanesa, que depende de Pequim para garantir seu abastecimento.
Agora, os EUA – que desde 2003, no governo George W. Bush,
sustentam a ideia de defesa armada de Taiwan contra a China – testam o
míssil balístico intercontinental Minuteman III, criado no auge da
Guerra Fria.
Este lançador de mísseis de capacidade nuclear tem alcance de quase dez mil quilômetros e pode viajar a uma velocidade de 24 mil quilômetros por hora, ou seja, chega em seu destino mais distante em cerca de 25 minutos.
Basicamente, todo o planeta está sob alcance dos Minuteman III, com exceção de algumas regiões costeiras do Oceano Índico.
Em comunicado, os EUA afirmam que o teste demonstra “a prontidão das
forças nucleares dos Estados Undidos e fornece confiança na letalidade e
eficácia do poderio nuclear do país”.
China possui maior exército do planeta em número de ativos; país
planeja unificação com Taiwan de forma pacífica, mas recentes
tensionamentos podem desencadear reação militar para anexação de ilha
nos próximos anos
A China tem criticado veementemente a postura de Washington frente à
questão de Taipei. “Associar-se aos separatistas em Taiwan e tentar
desafiar o princípio de Uma Só China é um erro de julgamento e não
levará a lugar nenhum esse pequeno número de políticos
norte-americanos”, disse Wang Wenbin, porta-voz do Ministério de
Relações Exteriores da China.O governo de Xi Jinping tem
aumentado seus investimentos em gastos militares nos próximos anos. O
país possui o maior exército do mundo em número de pessoas, com mais de 2
milhões de soldados na ativa das Forças Armadas. Além disso, a China
possui algumas ogivas nucleares. Contudo, é válido ressaltar que os EUA
possuem o maior investimento militar do mundo e possuem o segundo maior
arsenal atômico do planeta.
China, Taiwan e EUA: motivos da tensão, interesses envolvidos; e o que isso tem a ver com a Rússia
Redação HypenessAcreditamos no poder da
INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa
ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito
de enxergar o mundo.
Nesta terça-feira (2), a Presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, pousou em Taiwan.
A líder do Partido Democrata no parlamento estadunidense e aliada de
Joe Biden fez sua primeira visita ao país. O fato causou intensa revolta
na China.
A visita de Pelosi a Taiwan representa uma grave ameaça a Pequim e
reacende o debate sobre uma possível guerra de nível global no mundo
todo. Mas, por que Taiwan, um país relativamente pequeno, causa tanto
debate entre os especialistas em geopolítica? Para entender isso,
devemos voltar ao passado.
Taiwan e China: um conflito complexo, brevemente resumido
Em 1912, a China passou por uma guerra civil que acabou derrubando a Dinastia Qing.
Para a derrubada do imperador, os comunistas (PCCh) e os nacionalistas
(Kuomintang) formaram uma aliança, mas apenas os nacionalistas chegaram
ao poder. Eles instauraram uma ditadura aos moldes capitalistas. A
partir de 1927, o PCCh inicia uma guerrilha contra a ditadura do
Kuonmintang, liderada por Chiang Kai-Shek.
Chang Kai-Shek, líder do Kuonmitang e ex-ditador de Taiwan, é venerado como libertador da República da China
Vale lembrar que Kuonmitang e o Partido Nazista – aliado do Japão na
Guerra – tinham relações muito próximas e foram parceiros políticos e
comerciais até 1941. A parceria só acaba quando Hitler decide apoiar o
Japão em sua tomada da Manchúria, território na China que ficou em
disputa entre soviéticos e nipônicos.
Ao longo destes 30 anos, o país vivia em pobreza extrema, com grandes
problemas fundiários, alta desigualdade, fomes constantes e
enriquecimento das elites econômicas. Sob a égide dos japoneses, a
miséria dos chineses aumentou ainda mais.
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Mao Tsé-Tung,
líder comunista, conseguiu angariar um maior exército para combater os
capitalistas e os estrangeiros, através da Grande Marcha e outras formas
de agitação. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, com a queda do Japão
devido ao avanço soviético na Manchúria, a Guerra Civil Chinesa ainda
não tinha acabado.
Foi só em 1949, após 22 anos de conflito, que o Partido Comunista Chinêsconseguiu
vencer o Kuonmintang na Guerra Civil, cujo marco do fim é justamente o
surgimento de Taiwan. Chiang Kai-Shek foge para a então Ilha de Formosa junto de seus apoiadores e outros exilados. Lá, ele implanta uma ditadura militar capitalista com apoio dos EUA.
Nunca um tratado de paz foi assinado ou reconhecido. E aí começa a política de “Uma Só China”.
Uma só China
O nome oficial de Taiwan é República da China (RDC). O nome oficial
da China é República Popular da China (RPC). Se você é um país, só pode
ter relações diplomáticas com um dos dois. Na teoria, Taiwan reclama que
detém domínio sobre todo o território da atual RPC. Já Pequim afirma
que a Ilha de Formosa é controlada por um governo rebelde que deve ser
derrotado.
EUA foram os primeiros apoiadores da
República da China de Taipé; entre 1954 e 1979, Washington manteve uma
base militar no território com armas apontadas para Pequim
Na prática, Taiwan atua como um estado independente. E até os anos
1970, tinha relações diplomáticas com a maior parte do Ocidente. Porém,
com a morte de Mao Tsé-Tung, a China Comunista passou a ser mais
interessante para o Ocidente. Pequim oferecia milhões de potenciais
novos consumidores, uma economia crescente e bombas nucleares.
Então, o mundo passou a reconhecer Pequim como capital da China e não
Taipé. Atualmente, somente Belize, Eswatini, Guatemala, Haiti,
Vaticano, Honduras, Ilhas Marshall, Nauru, Palau, Paraguay, Santa Lúcia,
São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas e Tuvalu reconhecem
Taiwan como a “China Verdadeira”.
Contudo, desde 2016, Taiwan tem considerado abandonar completamente
essa política. O país vem indicado o desejo de declarar independência e
deixar de tentar disputar com a China pela autoridade sobre a região.
Contudo, isso é inaceitável para Pequim.
Os interesses dos EUA em Taiwan
O maior parceiro comercial de Taiwan é a China. Sério. Mesmo com
relações inconciliáveis, Taiwan depende economicamente da China, país
que mais importa e exporta produtos da ilha. Mas o que Taipé produz?
Então… é aí que está a grande questão: o mundo todo depende deles.
Manifestantes protestam contra a visita de Nancy Pelosi em Taiwan e defendem paz para o país
É na Ilha de Formosa que todos os microchips do
mundo são feitos. Na prática, eles possuem a tecnologia mais avançada
em nanotecnologia do planeta. Nem os EUA, nem a China possuem alguma
forma de tentar replicar o avanço de Taiwan nessa área. Nos últimos
anos, o governo de Pequim tem tentado incessantemente promover uma “fuga
de cérebros”, isto é, contratar engenheiros de ponta de Taiwan para
conseguir importar a tecnologia para o continente. Mas o processo é
extremamente lento.
Além disso, Taiwan é uma pedra no sapato – e seria uma pedra no
sapato ainda maior caso independente – para a exploração marítima na
região. As fronteiras que definem as Zonas Econômicas Exclusivas de
cada país não são bem definidas em toda a costa chinesa, que disputa
com Vietnam, Brunei, Indonésia, Malásia, Japão e Taiwan o direito de
pesca e mineração no fundo do mar.
A China é a principal rival dos EUA no que se refere à diplomacia e
economia. Os dois países têm uma relação de morde e assopra há alguns
anos, mas isso se intensificou durante a ‘Era Trump’ e segue sendo a
retórica do governo do Democrata Joe Biden.
A visita de Pelosi é uma provocação
Com a aproximação de Pelosi de Taiwan – que indica um flerte dos EUA
em favor da independência de Taiwan -, os Estados Unidos provocam um
estremecimento nas relações entre Washington e Pequim.
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Em 2001, o presidente George W. Bush – um Republicano – disse à
imprensa estadunidense que os EUA fariam “tudo que fosse necessário para
defender Taiwan”.
Taiwaneses assistem declarações de Nancy Pelosi em meio ao Xiaoye, costume do país de fazer refeições a meia-noite
Com a invasão russa ao território da Ucrânia, os EUA observam que sua
hegemonia militar chegou ao fim e que é necessário expandir sua esfera
de influência. Enfraquecer a economia russa e a economia chinesa passou a
se tornar um objetivo dos estadunidenses.
Criar a instabilidade e expandir seus interesses militares em Taiwan é
mexer no calo da China. “Os Estados Unidos carregarão a
responsabilidade e pagarão o preço por minar a soberania e a segurança
da China”, disse à imprensa a porta-voz do ministério das Relações
Exteriores da China, Hua Chunying.
A Rússia também aproveitou para se pronunciar. Vale lembrar que as
relações entre Moscou e Kiev esfriaram por conta da aproximação dos
políticos ucranianos aos interesses da Organização pelo Tratado do
Atlântico Norte (OTAN), liderada pelos EUA.
“Washington desestabiliza o mundo. Nem um único conflito solucionado
nas últimas décadas, mas muitos provocados”, afirmou a porta-voz do
ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em
comunicado nas redes sociais.
A China não deve avançar militarmente contra Taiwan nos próximos
meses. Ao contrário de Moscou, Pequim nunca se envolveu em um conflito
militar direto após sua independência e seu exército também não é tão
bem preparado como o russo. Mas não é possível prever os próximos anos.
Seguimos em tensão.
Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, é o destaque na sétima
rodada de concessão de terminais aéreos, marcada para o dia 18.| Foto:
Divulgação/Ministério da Infraestrutura
Com 38 leilões de ativos
de transportes previstos, o Ministério da Infraestrutura espera
contratar pelo menos mais R$ 100 bilhões em investimentos até o fim do
ano. Com isso, o atual governo deve terminar com cerca de R$ 200 bilhões
garantidos em aportes privados em rodovias, ferrovias, portos e
aeroportos, por meio de concessões, além de outros R$ 244,6 bilhões em
autorizações ferroviárias.
Desde 2019, foram leiloados 84 ativos e contratados R$ 99,4 bilhões
em investimentos, que, segundo a pasta, vão gerar cerca de 1,5 milhão de
empregos. No período ocorreram 34 concessões de aeroportos; 36
arrendamentos portuários; seis licitações de projetos ferroviários; sete
de projetos rodoviários e uma desestatização portuária.
Embora represente um recorde em relação aos anos anteriores, a
previsão de contratação de investimentos para este ano acabou reduzida
em relação às projeções iniciais. No fim do ano passado, o Ministério da
Infraestrutura previa para 2022 o leilão de 50 ativos de transportes,
que garantiriam mais R$ 165,5 bilhões de investimentos.
As razões para adiamentos de projetos são diversas. Um dos leilões
que estava previsto para este ano e que acabou atrasando é o da
concessão das rodovias integradas do Paraná, que ainda está sob análise
do Tribunal de Contas da União (TCU). A previsão da Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT) é que apenas dois de seis lotes sejam
licitados ainda este ano, com a assinatura dos contratos prevista para o
primeiro trimestre de 2023.
No setor aeroportuário, foram adiados para o próximo ano o leilão do
Aeroporto Santos Dumont (RJ) e a relicitação do Aeroporto Galeão (RJ),
devolvido no início do ano pela concessionária. O Ministério da
Infraestrutura retirou os dois do conjunto de terminais aéreos que serão
entregues neste ano por falta de acordo com o governo estadual em
relação às condições da operação.
O que deve ser leiloado em 2022 Entre os destaques de 2022
está a sétima rodada de concessões de aeroportos, que inclui Congonhas
(SP), um dos mais movimentados do país, além de outros 14 terminais
aéreos. O leilão está marcado para quinta-feira (18) e tem projeção de
investimentos de R$ 7,2 bilhões.
Todas as concessões têm validade de 30 anos e incluem a obrigação de
investimentos em ampliação e manutenção para exploração dos terminais
aeroportuários. Com as entregas, o Brasil atingirá neste ano a marca de
49 terminais aéreos concedidos à iniciativa privada.
Outros projetos relevantes incluem a privatização do Porto de Santos
(SP), com previsão de R$ 16 bilhões em investimentos para a
modernização; a concessão dos dois primeiros lotes do bloco de rodovias
integradas do Paraná, com investimentos na ordem de R$ 15 bilhões; e a
concessão da BR-381 entre Belo Horizonte (MG) e Viana (ES), com R$ 5,75
bilhões previstos.
O Aeroporto de Natal, localizado em São Gonçalo do Amarante (RN), que
foi concedido à iniciativa privada em 2011 e acabou devolvido em 2020,
também deve ser relicitado ainda este ano, com uma previsão de captar
mais R$ 308,9 milhões.
No modal portuário, estão previstas ainda as concessões dos portos de
São Sebastião (SP) e Itajaí (SC), que, somados ao arrendamento de
outros 17 terminais, devem garantir mais R$ 21,5 bilhões de
investimentos.
As três novas desestatizações portuárias previstas para este ano
seguirão o mesmo modelo da concessão da Companhia Docas do Espírito
Santo (Codesa), primeira do tipo realizada no país, no fim de março,
segundo o Ministério da Infraestrutura.
A expectativa do Ministério da Infraestrutura é que todos os leilões
sejam realizados até o quarto trimestre, ainda na atual gestão.
No modal ferroviário, foi assinado, no último dia 29, termo aditivo
para a renovação antecipada de contrato com a MRS Logística, que
permitirá que a operadora continue responsável por mais de 1,6 mil
quilômetros de trilhos na região Sudeste por mais 30 anos.
O programa de autorizações ferroviárias Pro Trilhos, lançado em 2021,
contabiliza mais de 80 pedidos para construção de ferrovias, que
propõem mais de 20 mil quilômetros de novos trilhos, com um investimento
total de R$ 244,6 bilhões.
Também devem ser publicados ainda neste ano os editais de relicitação
do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e da concessão do canal de
acesso ao Porto de Paranaguá (PR), além de outros quatro arrendamentos
portuários.
O que o governo fará com as concessões de infraestrutura da era PT que foram devolvidas
Por Célio Yano – Gazeta do Povo
O Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, foi a mais recente
concessão devolvida à União. Ele foi repassado ao setor privado em
2013, e o contrato iria até 2039.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Com
a recente devolução à União do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro,
já são dez os ativos de infraestrutura de transportes licitados desde
2011 e cujos contratos de concessão foram rescindidos pelas empresas
controladoras. A razão, em todos os casos, foi a inviabilidade
financeira dos negócios, frustradas após duas graves crises econômicas
enfrentadas pelo Brasil em menos de uma década.
Agora, o Ministério de Infraestrutura trabalha para relicitar os seis
contratos de concessão de rodovias que somam pouco mais de 4 mil
quilômetros de extensão, além de três aeroportos que movimentam cerca de
15 milhões de passageiros, e da ferrovia Malha Oeste, que liga os
estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A relicitação consiste na devolução amigável do ativo seguido de
leilão e assinatura de novo contrato com o vencedor do certame. O
procedimento foi criado em 2017, no governo de Michel Temer (MDB), para
gerar segurança jurídica e garantir a continuidade da prestação dos
serviços com qualidade, uma vez que a concessionária deve manter a
qualidade e os requisitos de segurança operacional até que a nova
empresa assuma as operações do aeroporto.
As concessões agora revertidas foram realizadas no governo Dilma
Rousseff (PT) e vieram carregadas de projeções que acabaram frustradas.
Nos editais de leilão das rodovias, por exemplo, estimava-se um
crescimento médio do PIB de 2,5% ao longo de toda a vigência dos
contratos. Diante do cenário otimista que se via à época, as empresas
chegaram a pagar ágios de até 673% nos leilões.
Algumas das concessionárias teriam estabelecido compromissos que se
mostraram impraticáveis, como descontos de até 61,13% em tarifas de
pedágio e duplicações de centenas de quilômetros em poucos anos. Além
disso, o envolvimento de várias empresas do setor em denúncias da
Operação Lava Jato nos anos seguintes também acabou por impedi-las de
contratar financiamentos com taxas de juros subsidiadas pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Entre as concessões devolvidas estão a BR-040 entre Brasília e Juiz
de Fora (MG), que estava sob responsabilidade do grupo Invepar, que
tinha entre os sócios a OAS; trecho da BR-163 no Mato Grosso do Sul,
cujo leilão foi vencido pelo grupo CCR; e a BR-163 entre Cuiabá e
Rondonópolis (MS), concedida à Odebrecht.
Também estão na lista a concessão da BR-101, no Rio de Janeiro
(Arteris); trechos das BRs 060, 153 e 262 que ligam Distrito Federal,
Goiás e Minas Gerais (Triunfo Concebra); e da BR-393, entre Minas Gerais
e Rio de Janeiro (Grupo K-Infra).
Primeira relicitação criará jurisprudência para as demais
A primeira relicitação deve ser a do Aeroporto de São Gonçalo do
Amarante, na região metropolitana de Natal. A instalação foi a primeira a
ser concedida à iniciativa privada, em leilão realizado em 2011, e é
considerado o maior terminal exportador do Nordeste.
Na ocasião, a Inframérica, de controle argentino, vencedora da
licitação, assinou contrato para exploração, ampliação e manutenção do
aeroporto por um prazo de 28 anos. Em março de 2020, no entanto, o grupo
decidiu romper unilateralmente o acordo em razão do baixo tráfego de
passageiros, “negativamente impactado” pela crise econômica que o Brasil
já enfrentava.
À época da devolução, o Ministério da Infraestrutura disse considerar
a devolução um “movimento natural de mercado”. Segundo a pasta, a
estruturação da relicitação será muito mais moderna, diante da “curva de
aprendizado” trilhada pelo setor desde 2011. “Estamos confiantes de que
será um ativo muito disputado num leilão futuro”, informou a pasta, em
nota.
Para que um ativo devolvido seja relicitado, duas etapas precisam ser
cumpridas. A primeira é o processo de devolução amigável em si, que
consiste na assinatura de um termo aditivo ao contrato de concessão
vigente entre as partes. No documento estão listados serviços que devem
ser observados pela concessionária durante o período de transição.
No caso do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, o aditivo já foi assinado com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A segunda etapa é a elaboração de um novo processo de concessão, com o
objetivo de contratar outra concessionária interessada em explorar o
serviço.
O novo leilão do aeroporto chegou a entrar na lista de concessões
programadas pelo governo em 2021, mas acabou adiado por não ter sido
liberado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A previsão mais
otimista do governo é de que o martelo possa ser batido ainda em 2022.
Entre os imbróglios que precisam ser superados está a indenização que
deve ser paga ao concessionário originais. Há valores controversos,
relacionados a investimentos que já foram feitos e, portanto, teriam de
ser reembolsados, que possivelmente precisarão passar por arbitragem.
O entendimento inicial do TCU era de que seria necessário aguardar um
laudo a respeito das indenizações feito por uma empresa verificadora
independente que ainda precisaria ser levado a audiência pública e
colocado no edital do novo leilão. O Ministério da Infraestrutura
considera, no entanto, que as duas questões podem correr em paralelo, o
que aceleraria a licitação ainda para o primeiro semestre de 2022.
Por tratar-se do primeiro julgamento entre os ativos que serão
relicitados, a decisão dos ministros da corte deve servir como
jurisprudência aos demais processos. No mercado, diante da dificuldade
de execução de contratos, especula-se que outras empresas também devem
entregar seus ativos assim que ficar claro de que modo as atuais
devoluções serão conduzidas.
Aeroportos de Viracopos e do Galeão estão na fila de relicitação Do
resultado da análise depende, por exemplo, a relicitação do Aeroporto
de Viracopos, em Campinas (SP), que também está nas mãos do TCU. O
terminal, segundo mais importante do país no setor de cargas, foi
leiloado em 2012 e acabou devolvido pelo consórcio Aeroportos Brasil,
formado pelos grupos UTC e Triunfo, também em março de 2020.
Ao pedir o rompimento do contrato, a empresa citou as altas outorgas
contratuais em um momento de recessão econômica pelo qual o país
passava. Além disso, reclamou que a Anac não teria promovido a
desapropriação de áreas no entorno do aeroporto, o que inviabilizou sua
exploração comercial a partir da construção de centros de convenção,
hotéis, e lotes que seriam ofertados ao mercado privado.
Ao pedir a devolução do Aeroporto do Galeão, a empresa Changi
Airports, de Singapura, também citou os impactos da crise econômica,
além da pandemia de Covid-19, como fatores que inviabilizaram a operação
do ativo. A solicitação foi feita no último mês de fevereiro e ainda
está em análise pela Anac. Enquanto isso, continua sob operação da
concessionária.
Confira em que pé estão os ativos em processo de devolução: BR-040 entre Minas e DF – Grupo Invepar
Etapa do processo de devolução: prorrogação de 18 meses no termo aditivo firmado com a ANTT. Etapa do processo da nova concessão: leilão previsto para o 1.º semestre de 2023. BR-163/MS – Grupo CCR Etapa do processo de devolução: aditivo firmado com ANTT. Etapa do processo da nova concessão: projeto em estudos, com previsão de leilão no 1.º semestre de 2023. BR-101/RJ – Grupo Arteris
Etapa do processo de devolução: pedido aprovado pela ANTT, aditivo em elaboração. Etapa do processo da nova concessão: projeto em fase de contratação de estudos. BR-163/MT, entre Cuiabá e Rondonópolis – Grupo Odebrecht Etapa do processo de devolução: pedido protocolado, aprovado pela ANTT, em análise pelo Ministério da Infraestrutura. Etapa do processo da nova concessão: projeto em fase de contratação de estudos. BR- 060/153/262, entre DF-GO/GO-MG e Betim-MG – Grupo Triunfo Concebra
Etapa do processo de devolução: aditivo firmado com ANTT. Etapa do processo da nova concessão: projeto em estudos, com previsão de leilão no 1.º semestre de 2023. BR-393/MG/RJ – Grupo K-Infra Etapa do processo de devolução: pedido de relicitação em análise pela ANTT. Etapa do processo da nova concessão: projeto em fase de contratação de estudos. Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) – Grupo Inframérica
Etapa do processo de devolução: aditivo firmado com Anac. Etapa do processo da nova concessão: em análise pelo TCU. Aeroporto de Viracopos (Campinas-SP) – Grupo UTC e Triunfo Etapa do processo de devolução: aditivo firmado com Anac. Etapa do processo da nova concessão: em análise pelo TCU. Aeroporto do Galeão (RJ) – Grupo Changi
Etapa do processo de devolução: pedido protocolado, em análise pela Anac. Etapa
do processo da nova concessão: procedimento de manifestação de
interesse dos estudos em estruturação pelo Ministério da Infraestrutura. Malha Oeste – Grupo Rumo Etapa do processo de devolução: aditivo firmado com a ANTT. Etapa do processo da nova concessão: projeto em fase de estudos. VEJA TAMBÉM: Pedido de vista no TCU deve adiar processo de privatização da Eletrobras Bolsonaro pagou apenas 16% dos recursos investidos nas obras que vem inaugurando De Hugo Chávez à Lava Jato: o que aconteceu com as refinarias bilionárias da era PT Fundo de investimento vence leilão da primeira privatização portuária do Brasil
No próximo dia 7 de setembro, o Brasil comemora o bicentenário de sua
independência, oportunidade adequada para refletir sobre o que o país
fez nestes 200 anos desde sua libertação em relação ao império
português. Logo no mês seguinte, a população irá às urnas para eleger
governadores, deputados estaduais, presidente da República, deputados
federais e um terço do Senado Federal. Um bom começo para a análise
sobre os governantes que a sociedade quer para a nação é supor que os
eleitores buscarão votar em candidatos tomando por base o histórico, os
princípios e as políticas que os candidatos defendem. Assim, um político
intelectualmente honesto é aquele que diz claramente à nação qual sua
ideologia, suas crenças e propostas, e que modelo de sociedade, regime
político e modelo econômico constituem seu plano de trabalho.
É da ideologia de um candidato que derivam suas propostas para o
regime político, a Constituição, as instituições públicas, as funções do
Estado e os limites dos poderes do governo sobre a sociedade. A
condição ideal é que eleitores esclarecidos e informados votem em
candidatos com os quais se identifiquem em termos de regime político
(democracia ou ditadura), sistema econômico (capitalismo liberal ou
capitalismo de Estado) e pauta de costumes. De forma simplificada, um
candidato pode se colocar ao lado da democracia política, da liberdade
econômica e dos direitos individuais condizentes com uma sociedade livre
e aberta; ou pode se colocar ao lado da ditadura política, da economia
estatizada e da forte intervenção estatal, porém mantido o direito de
propriedade; ou o candidato pode, ainda, defender um regime socialista
clássico, com ditadura política, economia estatizada, sem direito de
propriedade privada dos meios de produção e direitos individuais
limitados pelo governo, um modelo que pode ser encontrado em Cuba, na
velha União Soviética e, com variações, na própria China.
De forma explícita ou velada, os partidos de esquerda no Brasil têm
preferência por modelos com viés socialista e não escondem sua simpatia
pelas ditaduras cubana e chinesa
O modelo chinês, aliás, é o que Lula já defendeu publicamente, como
quando disse a um jornal daquele país, em julho de 2021, que a China
tinha sucesso na luta contra a Covid-19 por ter “um partido político
forte e um governo forte”. Da mesma forma, a ex-presidente Dilma
Rousseff afirmou, em novembro do ano passado, que “a China representa
uma luz nessa situação de absoluta decadência e escuridão que é
atravessada pelas sociedades ocidentais”. De forma explícita ou velada,
os partidos de esquerda no Brasil têm preferência por modelos com viés
socialista e não escondem sua simpatia pelas ditaduras cubana e chinesa.
Os líderes esquerdistas brasileiros há tempo elogiam publicamente os
regimes da Venezuela, antidemocrático e contra as liberdades, e o regime
da Argentina, cujo governo esquerdista ressuscitou o que há de mais
atrasado e equivocado em matéria de modelo econômico, limitação da
propriedade, proibição de exportação, redução da liberdade de mercado e,
por fim, o velho e trágico congelamento de preços. O mais curioso é que
a retórica discursiva dos regimes ditatoriais finge exaltar a
democracia a ponto de alguns países comunistas terem chegado ao extremo
de colocar a palavra “democrática” em seu nome oficial, como foi o caso
da Alemanha Oriental e ainda é o caso da Coreia do Norte.
Infelizmente, a política diária e as campanhas eleitorais têm sido
eivadas de contradições que confundem e não permitem saber claramente o
que o candidato pensa e quais medidas ele executará caso seja eleito. Um
candidato que defende reestatizar empresas privatizadas, tributar
pesadamente heranças, manter os atuais monopólios estatais, reestatizar
velhos monopólios privatizados, regular a imprensa e a liberdade de
expressão, aumentar o poder estatal e se inspirar no modelo chinês (uma
ditadura política de partido único, com economia sob total controle do
governo e limitação das liberdades individuais), mas diz tudo isso
usando palavras como “democracia”, “liberdade”, “emprego”,
“prosperidade” e “respeito aos direitos individuais”, ou age de má-fé ou
quer deliberadamente confundir a população. É a velha linguagem do
“duplipensar”, introduzida pelo livro 1984, de George Orwell, escrito em
1948 – ou seja, enquanto na União Soviética vigorava a ditadura
stalinista. A propaganda do Estado autoritário onde se desenrolava a
trama se destinava a passar a mensagem de que “ódio é amor”, “morte é
vida”, “tortura é educação” e “controle é liberdade”.
Convicções da Gazeta: Os limites da ação do Estado O
duplipensar é a técnica de incorporar duas ideias ou crenças
contraditórias, incompatíveis uma com a outra, e levar a pessoa a
acreditar em ambas. Os políticos e pensadores dos partidos que assim
agem sabem que estão enganando e manipulando a realidade e o eleitorado
com o objetivo de conquistar o poder para, após eleitos, fazerem o que
quiserem e impor suas regras e controles sobre a população e as
instituições. Os ditadores mais sanguinários da humanidade, sobretudo
nos clássicos regimes comunistas que legaram mais de 100 milhões de
mortos durante seus governos, refinaram suas doutrinas e seus discursos
para cometer as maiores atrocidades sob palavras e argumentos nobres –
bem o sabem as vítimas da “ternura” do carniceiro Ernesto “Che” Guevara.
De forma mais amena, mas não menos perigosa, têm sido, em países tidos
como livres, as repetidas ações antidemocráticas, contra as liberdades e
em flagrante desrespeito ao Estado de Direito praticadas por governos e
autoridades nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
A campanha eleitoral se iniciou nesta terça-feira e, se o futuro do
Brasil for julgado pelos discursos e declarações de todos os candidatos,
no país vigorarão a democracia política, a economia de mercado, as
liberdades individuais e o Estado de Direito. O problema começa quando
políticos, autoridades e candidatos adotam a linguagem do duplipensar e
usam expressões ditas “do bem” apenas com o intuito de conquistar votos e
apoios para, depois, enganar e trair seu próprio discurso. Nestes dois
séculos desde o Grito da Independência, cabe ao povo brasileiro firmar o
compromisso de não permitir que a nação se jubile por ter se libertado
do jugo de Portugal para cair sob o jugo de governos autoritários,
antidemocráticos, opostos às liberdades econômicas e individuais, e
moralmente corruptos.
Ministro Alexandre de Moraes vai comandar a Justiça Eleitoral até 2024.| Foto: Antonio Augusto/TSE
O
ministro Alexandre de Moraes disse nesta terça-feira (16), ao tomar
posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que a
Justiça Eleitoral terá interferência “mínima” na liberdade de expressão
de candidatos e eleitores, durante a campanha eleitoral deste ano. “A
intervenção será mínima, porém célere, firme e implacável no sentido de
coibir práticas abusivas, ou divulgação de notícias falsas ou
fraudulentas, principalmente daquelas escondidas no covarde anonimato
das redes sociais, as chamadas fake news”, disse, sob aplausos.
No discurso, Moraes também disse que “liberdade de expressão não é
liberdade de agressão”, frase que já foi usada em diversas decisões nas
quais ele determinou a remoção de conteúdos na internet com ofensas ou
ameaças a autoridades.
“Liberdade de expressão não é liberdade de destruição da democracia,
de destruição das instituições, de destruição da dignidade e da honra
alheias. Liberdade de expressão não é liberdade de propagação de
discursos de ódio e preconceituosos. A liberdade de expressão não
permite a propagação de ideias contrárias à ordem constitucional e ao
Estado de Direito, inclusive durante o período de propaganda eleitoral”,
afirmou.
Antes, o ministro enalteceu o papel da Justiça Eleitoral na
realização das eleições, destacando o papel da urna eletrônica. “Somos a
única democracia do mundo que apura e divulga os resultados eleitorais
no mesmo dia, com agilidade, segurança, competência e transparência.
Isso é motivo de orgulho nacional”, disse, sendo sucedido de uma longa
salva de palmas.
Depois, afirmou que o aperfeiçoamento do sistema “sempre será
constante” e que a Justiça Eleitoral existe para garantir o direito de
eleitores periodicamente escolherem seus representantes. “Existe para
garantir que o exercício da democracia seja realizado de maneira segura,
confiável e transparente”, afirmou.
As declarações refletem a posição do ministro no contexto de
crescentes questionamentos e críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL)
ao sistema de votação, que alimentou a desconfiança de parte do
eleitorado em relação às urnas eletrônicas.
Adversários nas urnas, Bolsonaro e Lula ficam frente a frente Lula
ao lado de Temer, Sarney e Dilma diante do plenário do TSE, onde
estavam Jair Bolsonaro e outras autoridades.| Antonio Augusto/TSE Presente
na cerimônia, Bolsonaro sentou-se à mesa do plenário do TSE primeiro ao
lado do presidente da Corte que encerrava seu mandato, Edson Fachin, e
depois do empossado Alexandre de Moraes.
Também figuraram na mesa os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e
da Câmara, Arthur Lira; o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Luiz Fux; o procurador-geral da República, Augusto Aras; o presidente
da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti; e os demais ministros
do TSE: Ricardo Lewandowski, Mauro Campbell, Benedito Gonçalves, Sérgio
Banhos e Carlos Horbach.
Na primeira fileira da plateia, em frente a Moraes, sentaram-se o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ladeado pelos ex-presidentes
José Sarney e Michel Temer, e com a ex-presidente Dilma Rousseff na
outra ponta, ao lado de Sarney. Estavam presentes ainda ministros e
ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ministros de Estado e 22
governadores, além de deputados, senadores e representantes de partidos
políticos.
Lula e Dilma chegaram juntos ao TSE, acompanhados do ex-governador
Geraldo Ackmin, candidato a vice-presidente na chapa petista, e da
presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Bolsonaro chegou à Corte ao lado da
primeira-dama Michelle Bolsonaro e do filho Carlos.
Durante a cerimônia, o presidente da República cumprimentou Moraes
mais de uma vez e chegou a trocar algumas palavras ao pé do ouvido antes
do discurso do novo presidente do TSE. Mas Bolsonaro evitou aplausos
quando Moraes se referiu à confiabilidade do sistema eleitoral e da urna
eletrônica, sendo seguido por seus ministros que estavam presentes na
plateia.
PGR e OAB discursam em apoio a Alexandre de Moraes
Em seu discurso, o procurador-geral Augusto Aras disse que o
Ministério Público Eleitoral estará ao lado do TSE com “o propósito de
assegurar respeito à vontade do eleitor” e na defesa do Estado
Democrático de Direito. “Estamos irmanados na defesa do sistema
eleitoral, no combate à desinformação e em abuso de qualquer natureza.
Sobretudo estamos atentos e vigilantes na sustentação do regime
democrático”, afirmou.
O presidente da OAB, Beto Simonetti, disse que Moraes e Lewandowski
“podem contar, sempre, com o apoio da advocacia para defender a
democracia e o sistema eleitoral”. “A OAB se mantém equidistante dos
projetos concorrentes nas eleições. Nós não somos apoiadores nem
opositores de governantes ou de candidatos. Nosso papel, nas eleições, é
acompanhar e fiscalizar o processo”, discursou.
À frente do TSE, caberá a Moraes comandar a eleição mais polarizada
das últimas décadas, que elegerá o presidente da República e
governadores de estado, e renovará um terço do Senado e a totalidade da
Câmara Federal e das Assembleias Legislativas e Distrital.
A missão dele será pacificar o processo eleitoral, marcado por
questionamentos à segurança do sistema eletrônico de votação. Para isso,
o novo presidente do TSE contará com o apoio do ministro do STF Ricardo
Lewandowski, novo vice-presidente da Corte Eleitoral, também empossado
nesta terça. O mandato de Alexandre de Moraes irá até junho de 2024.
O que esperar de Moraes no comando do TSE Como deixou claro em
seu discurso, Alexandre de Moraes promete firmeza no combate à
desinformação, especialmente ligada à integridade do sistema de votação
eletrônica, mas também em relação às “fake news” espalhadas na internet e
nas redes sociais que possam manchar a imagem de candidatos, caso o
conteúdo das postagens seja “sabidamente inverídico”.
O termo consta numa resolução recente do TSE que permite à Justiça
Eleitoral não apenas remover de sites e plataformas acusações de fraude
sem provas contra as urnas, mas também processar seus responsáveis por
crime eleitoral e, no caso de candidatos, torná-los alvos de ações que
podem levar à cassação da candidatura, do diploma ou do mandato.
Já em relação a ataques entre os próprios candidatos com mentiras,
uma recente mudança no Código Eleitoral pune com até um ano e meio de
detenção o ato de “divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período
de campanha eleitoral, fatos que sabe inverídicos em relação a partidos
ou a candidatos e capazes de exercer influência perante o eleitorado”.
Uma demonstração de que Moraes agirá com rigor nesse sentido foi sua
recente decisão em que ele, a pedido do PT, determinou a retirada da
internet de postagens e vídeos que associavam o partido e o
ex-presidente Lula à facção criminosa PCC.
Para coibir mentiras sobre as urnas, o precedente para cassação e
inelegibilidade foi construído em 2021, quando o plenário do TSE, por
unanimidade, condenou o deputado estadual o deputado estadual Fernando
Francischini (União-PR), em razão de uma transmissão ao vivo, no dia da
eleição de 2018, na qual ele disse que algumas urnas no Paraná estavam
“fraudadas” para impedir votos em Bolsonaro.
Ademais, a linha dura na repressão a “ataques” – como ofensas ou
supostas ameaças a autoridades – foi demonstrada fartamente nos
inquéritos que conduz pessoalmente no STF – como o das “fake news” e o
das “milícias digitais”.
É possível que o conhecimento e as provas reunidas pelo ministro
nessas investigações possa alimentar ações eleitorais no TSE que apontem
uso das redes para disseminação de mentiras sobre o sistema eleitoral e
sobre candidatos.
Embora Moraes seja apenas um entre os sete ministros titulares que
compõem o TSE, seu voto tem influência sobre os demais. E sua postura
institucional de defesa do tribunal, especialmente num momento em que a
Corte é alvo de questionamentos e críticas por parte de Bolsonaro e
muitos de seus apoiadores, tende a ganhar amplo apoio entre os colegas.
No campo institucional, um dos grandes desafios é pacificar a relação
com as Forças Armadas, que, desde o ano passado e por influência de
Bolsonaro, propõem mudanças na fiscalização da apuração e totalização
dos votos.
Dentro do governo, há a expectativa de que Moraes atenda a alguns dos
pedidos dos militares negados pelo atual presidente, Edson Fachin, mas
ele até o momento não deu qualquer sinal disso. Alterações acarretariam
complicações de ordem logística e burocráticas que enfrentam grande
resistência por parte de servidores e técnicos do TSE.
Moraes terá como vice-presidente o ministro Ricardo Lewandowski, que
já presidiu o TSE e é conhecido pelo comportamento cordial e
conciliador. Apesar de indicado por Lula para o STF, de manter uma linha
progressista nas decisões e frequentemente oposta a interesses do
governo, é bem visto por Bolsonaro, porque não faz provocações nem passa
recados políticos em eventos públicos, como outros ministros
considerados desafetos – caso de Edson Fachin, que deixa nesta terça a
presidência do TSE, e de Luís Roberto Barroso, seu antecessor.
Ainda no campo institucional, Moraes poderá contar para a
interlocução com os demais poderes e instituições o ex-advogado-geral da
União José Melo do Amaral Junior, que defendeu o governo entre 2020 e
2021. Ele será o secretário-geral do TSE e tem como atribuição costurar e
negociar acordos, conversas e tratativas de interesse de Moraes junto a
outros órgãos e atores políticos.
Nas eleições, Moraes também terá como colegas no TSE a ministra
Cármen Lúcia, do STF, os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Benedito Gonçalves, que assumirá a função de corregedor, e Raul Araújo,
além dos juristas Sérgio Banhos e Carlos Horbach. Caberá a todos eles
julgar, após as eleições, eventuais ações por abuso de poder político ou
econômico que venham a ser ajuizadas, não apenas contra candidatos à
Presidência, mas também a outros cargos, em grau recursal, como
governador, senador e deputado federal ou estadual.
Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e Renan Calheiros (da esquerda para
a direita) na CPI da Covid.| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Sete senadores da CPI do circo oficiaram à ministra Rosa Weber, do
Supremo, um pedido para que o STF não arquive as denúncias que a CPI do
circo fez contra Bolsonaro. Isso porque o Supremo sempre pede a opinião
do Ministério Público, que é quem acusa, mas a subprocuradora-geral da
República, Lindôra Araújo, que é a número dois da PGR, respondeu dizendo
que não achou nada para denunciar Bolsonaro, que não há o menor indício
de crime. Aí os senadores, que eu imagino que sejam Renan Calheiros,
Randolfe Rodrigues, Omar Aziz, Otto Alencar, que já conhecemos lá
daquela CPI – e ela foi ótima para conhecermos essas pessoas –, disseram
que é a procuradora que tem de ser investigada, porque ela estaria
protegendo presidente, dizendo que não há provas.
Então eu lembro que acabei de ver uma declaração do ex-ministro da
Saúde Eduardo Pazuello, dizendo que aqueles que impediram o tratamento, e
ao impedirem levaram à morte milhares de pessoas, têm de ser punidos. E
que a punição chegue, ainda mais agora que temos a manifestação de
Harvard a respeito do tratamento precoce. Já tínhamos a prova do
tratamento lá em Itajaí, com a doutora Lucy Kerr, 92% de resultado, e
mesmo assim impediram. Os meios de comunicação também disseram que não
havia tratamento. Para que enganar as pessoas? Vejam a quantidade de
vidas que poderiam ser salvas, esses senadores da CPI deveriam estar
preocupados com isso, com o futuro, porque não podemos esquecer do que
foi feito conosco.
Rodrigo Pacheco no reino da fantasia Em um evento na
Procuradoria-Geral da República, o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco, falou em preservação e garantia da democracia, com aquela
platitude que lhe é peculiar. Ele diz frases sobre democracia e fica
parecendo o conselheiro Acácio, personagem do Eça de Queirós, porque ele
teria de dizer onde está o perigo à democracia, mas nunca diz. Pacheco é
advogado; ele sabe que o artigo 220 da Constituição, que trata da
liberdade de expressão e da vedação à censura, não é respeitado. Ele
sabe que o artigo 127 não foi respeitado; nem o direito ao devido
processo legal foi respeitado no inquérito do fim do mundo; ele sabe que
cláusulas pétreas – que são irremovíveis, a não ser por uma
constituinte original – foram desrespeitadas até mesmo por prefeitos
durante a pandemia. Direito de ir e vir, liberdade de reunião, liberdade
de culto…
Pacheco sabe que os artigos 52 e 53 foram desobedecidos, que a
inviolabilidade do mandato parlamentar por quaisquer palavras foi
desrespeitada, um parlamentar é preso à noite, em casa, contra a
inviolabilidade do domicílio. Todo mundo sabe disso, mas Rodrigo Pacheco
se cala. O pecado da omissão é um dos mais graves. E ele saiu em
férias, foi para Orlando, que é um mundo de fantasia. Talvez seja isso…
ele foi com dois seguranças e teve 13 diárias para cada um, mais as
passagens de ida e volta – certamente ele foi de classe executiva.
Encontrei aqui na Gazeta do Povo. Interessante isso, porque somos nós
que pagamos essas viagens.
5G vai chegando a cada vez mais capitais
Por fim, só para o pessoal que está nas cidades ficar sabendo, desde
terça já tem 5G em Curitiba, Goiânia e Salvador. Até o fim do mês vai
ter em Florianópolis, Palmas, Rio de Janeiro e Vitória. O 5G já está
desde o início do mês em São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e João
Pessoa. Até o fim de novembro, chegará às outras capitais. E assim vai
se estendendo o 5G, com supervelocidade digital para o Brasil inteiro.
Geopolítica tática Uma das perguntas mais importantes que um ser humano adulto deve fazer hoje
Por Daniel Lopez
A curiosa “atração” de alguns bilionários pela agenda vermelha| Foto: Fabrice Coffrini/AF
Muitas
pessoas entram em choque quando descobrem que grande parte do
financiamento para projetos “progressistas” procede de fundações
comandadas por bilionários. Mas não seriam os bilionários grandes
capitalistas? Por que financiam uma ideologia que condena o acúmulo de
riquezas e a exploração do pobre pelo rico? Alguns acreditam que os
super-ricos agiriam assim para compensar por sua enorme abundância,
motivados por uma questão moral, numa tentativa de “dormir com a
consciência tranquila”.
Entretanto, o historiador Gary Allen tem uma opinião distinta. No
livro “Política, Ideologia e Conspirações”, o autor defende que julgamos
estranho um bilionário financiar projetos de vertente esquerdista em
virtude de uma ideia errada do que seria o socialismo. Aprendemos na
escola e nos meios de comunicação que o socialismo seria um projeto de
distribuição de renda e de poder. Porém, Allen argumenta que, na
verdade, o socialismo consiste num grande sistema de concentração de
renda e de poder. Pensando por este lado, as coisas começam a fazer
sentido.
No dia 12 de julho de 2019, li numa revista certa frase que caiu como
uma luva sobre a definição de Allen: “Não defendo a democracia.
Ditadura é melhor. O ditador diz: vou fazer assim e pronto. Na
democracia, as coisas se diluem”. O autor foi Bernie Ecclestone,
bilionário e antigo chefão da Fórmula 1. A frase foi dita em meio a um
bate-papo em que foi abordada a questão de sua proximidade com Vladimir
Putin. Aqui fica claro que, para algumas figuras que estão no comando,
no topo da “cadeia alimentar” internacional, colocar as coisas em
votação é muito enfadonho. Eles preferem dar comandos e serem
obedecidos, sem qualquer questionamento. Para eles, é mais prático
assim. E alguns utilizam seu poderio econômico para atingir tais
objetivos.
Creio que seja muito importante trazer à tona essa discussão neste
momento. Estamos migrando de uma ordem mundial globalizada, então
comandada pelos Estados Unidos e pelo dólar (mais especificamente, o
petrodólar), e seguindo para uma nova ordem mais fechada, setorizada,
classificada por alguns como “neofeudal”, instaurada pelo Grande Reset,
onde “ninguém terá nada, mas será feliz”. Ou seja, um cenário
preocupante. Como é comum o povo aceitar de bom grado coisas que acabam
se revelando como péssimas escolhas, chegou a hora de entendermos melhor
para que lado o mundo está seguindo.
Conforme anunciado em seu livro “Covid-19: The Great Reset”, Klaus
Schwab conclama os tomadores de decisão a nível internacional a não
perderem a oportunidade de mudança trazida pela crise sanitária, vista
por ele como a perfeita ocasião para implementar uma espécie de
“capitalismo sustentável”, um nome bonito para um projeto mais feudal do
que capitalista. Porém, o detalhe é que esse projeto – que no final das
contas acaba aumentando o poder estatal por meio da direta redução do
poder social – só pode ser bem-sucedido caso seja implementado um
cenário de escassez e medo. Lembre-se que medidas muito prejudiciais ao
povo somente são amplamente aceitas quando as massas estão amedrontadas e
passando por necessidades.
A associação entre a crise sanitária e a crise na Ucrânia trouxe de
volta um discurso que não ganhava força há muito tempo: escassez de
comida e de energia a nível global. Neste ponto, vale recordar que
abundância produz independência, e esta conduz à liberdade. Mas, ao
contrário, escassez gera dependência, e dependência abre caminho para o
controle. Ou seja, a oportunidade para aumentar o controle é em tempos
de privação. É oportuno reforçar que Albert J. Nock, no livro “Nosso
Inimigo, o Estado”, nos alerta que, de tempos em tempos, surgem crises,
que são aproveitadas pelo poder estatal como oportunidades para o
abocanhar mais uma parte do poder social, aumentando o controle sobre a
população.
Infelizmente, é para este caminho que o mundo está seguindo. Porém,
tenho a impressão de que há, talvez, um único país no planeta que tem o
potencial de interromper essa tendência de escassez global, sendo capaz
de garantir a segurança energética da Europa e a segurança alimentar
mundial. Segundo a diretora-geral da OMC, esta é a nação que possui uma
agricultura sem a qual o mundo não sobrevive. Isso, se os abutres não
conseguirem derrotá-la. Você sabe que país é esse?
Desafios Novas tecnologias revolucionaram os canais de mídia e exigiram um novo posicionamento dos profissionais da área Por Danielle Blaskievicz – Gazeta do Povo
Hoje as marcas chegam ao consumidor por diversos canais e com mensagens específicas em cada um.| Foto: Pixabay
Acostumados
a encontrar todas as referências que precisam na internet, os
integrantes das novas gerações – também conhecidos por millenials ou
geração Y, geração Z, alfa e afins, de acordo com a data de nascimento –
podem ficar chocados ao se deparar com a antiga lista telefônica e
constatar a forma com que “os antigos” pesquisavam os contatos de outras
pessoas até meados da década de 1990. Se duvidar, é possível que até
mesmo uma boa parcela daqueles que chegaram a encarar as enciclopédias,
jornais impressos e telegramas tenham dificuldades de recordar como era a
vida e a busca por informações antes da internet, Google, recursos de
Inteligência Artificial e similares.
As novas tecnologias promoveram mudanças profundas na sociedade
mundial e, principalmente, na forma de comunicação entre as pessoas. O
impacto no meio empresarial foi ainda maior. A transformação digital
impulsionou a convergência das mídias, dando início à comunicação
digital.
Google substituiu a antiga lista telefônica na hora de buscar produtos e serviços. | Pixabay Conheça o curso de especialização digital em Comunicação Digital, Branding e Storytelling da PUCPR
Hoje, com as redes sociais, cada empresa, instituição, serviço ou
cidadão pode ter e ser seu próprio canal de comunicação. Tanto que no
levantamento Empregos em alta em 2022 do LinkedIn, das 25 carreiras em
destaque, estão funções como “gestor de tráfego”, “pesquisador em
experiência do usuário”; “analista de design”; “consultor de design de
produto” e “designer de conteúdo”, áreas que exigem competências em
marketing digital, publicidade, design, gestão de tráfego, Google Ads,
experiência do usuário (UX), design thinking e outras habilidades
convergentes ou ligadas à tecnologia e à comunicação.
Prova disso é que uma rápida busca na própria plataforma de vagas do
LinkedIn – principal rede social para realizar network e fazer a conexão
de empresas e profissionais –, em agosto de 2022, com o termo
“marketing digital”, aparecem cerca de 3,5 vagas disponíveis no Brasil
apenas com essa descrição. Se quiser explorar outros termos do segmento,
como “copywriting”, por exemplo, são outras 1,8 mil vagas.
Assim como o Google substituiu a lista telefônica na hora de
localizar um produto ou serviço, a forma dos anúncios chegarem até seu
público-alvo também mudou. Não basta mais investir em alguns centímetros
de página de revista e achar que será suficiente para atrair clientes
novos por ali.
O jornalista e consultor da UNESCO Clóvis de Barros Filho é um dos
professores do curso de especialização digital em Comunicação Digital,
Branding e Storytelling da PUCPR. | | CHICO MAX O objetivo hoje é
conquistar leads e transformá-los em clientes potenciais. Ou seja,
segundo a linguagem do marketing digital, é criar uma estratégia para
gerar oportunidades de negócios – o que se dá a partir de uma sólida
base de dados, que, inclusive, deve estar adequada à Lei Geral de
Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Em resumo: na comunicação digital, existe todo um planejamento, uma
estratégia e uma motivação para uma empresa ou produto estar em um tipo
de rede social e não estar em outra. Ou estar em ambas, porém com
conteúdos distintos para cada uma, com linguagens apropriadas.
Na prática, a comunicação digital exige muito mais do que a mera
experimentação. Exige técnica, conhecimento, estratégia e muito
planejamento.
A pesquisa Global Marketing Trends 2022”, realizada pela Deloitte,
reuniu dados e insights que apontam a evolução da visão dos consumidores
sobre as marcas e como as empresas estão repensando suas abordagens
para chegar até o consumidor, no Brasil e no mundo. As conclusões do
estudo que indicam as tendências para este ano mostram, entre outras
coisas, que 75% das empresas brasileiras pretendem investir mais na
experiência em conjunto do físico com o digital.
Pesquisa mostra que os investimentos em comunicação devem ser divididos entre os canais físicos e digitais. | Pixabay A
expectativa dos consumidores com relação às marcas já era grande, mas
aumentaram ainda mais com os novos hábitos adquiridos durante a pandemia
da Covid-19 e com o digital cada vez mais presente no cotidiano. Nas
empresas, isso refletiu em investir mais para melhorar a produtividade e
eficiência (39%), o engajamento com os clientes (33%) e acelerar a
mudança para plataformas digitais/tecnológicas (29%).
Para as empresas, a comunicação digital se tornou uma poderosa
ferramenta para alavancar os negócios e consolidar as marcas no mercado.
De acordo com a empresa de pesquisa de mercado eMarketer, somente na
América Latina os investimentos em mídia digital cresceram em US$ 9,33
bilhões.
Outro dado relevante da eMarketer é que, pela primeira vez, os
investimentos em publicidade no Brasil devem superar a marca dos US$ 15
bilhões, dos quais mais da metade (59%) serão direcionados às campanhas
digitais. Além disso, de cada US$ 5 dólares investidos em publicidade na
América Latina, US$ 3 devem ser destinados às mídias digitais.
E diante desses valores e estatísticas, é fundamental escolher quem
está mais preparado para gerenciar os investimentos e o plano de ação da
comunicação digital de um negócio, uma vez que cada centavo aplicado
corretamente pode se transformar em novos negócios. Já o dinheiro mal
aplicado, é prejuízo na certa.