domingo, 9 de janeiro de 2022

O DEFEITO DE QUERER SER O MELHOR

 

  1. Cultura 

Se um dia eu recebesse um Oscar, agradeceria diante das câmeras ao meu medo e ao meu tédio

Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo

Perguntam a você, no meio da vida ou indo para um belo outono biográfico, como foi sua trajetória. Temos uma tendência: localizamos em nossas virtudes a jornada vitoriosa. Como você chegou até aqui? Dedicação, esforço, resiliência, sacrifício, foco, temperança, trabalho e dezenas de outras boas qualidades são a legenda do quadro bonito da maturidade. “Estou no ponto atual porque ralei muito”, digo com ar pedagógico a alunos, jovens, filhos e funcionários. Serve como estímulo e autoelogio: “Façam o que eu fiz e vocês estarão aqui, quando tiverem a minha idade”.

As narrativas que constroem modelos de virtudes fazem muito sucesso, especialmente se parecem explicar a trajetória por intermédio de coisas dignas de orgulho e menção. Certamente, existe verdade na história edificante. É óbvio que eu me esforcei. Minha inquietação psicanalítica trouxe outras possibilidades.

E se questões não tão bonitas também fossem gestoras da minha vida?

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O escritor e historiador Leandro Karnal em 2020  Foto: Agência Estado

Exemplo: passei grande parte das tardes de sábado na biblioteca pública perto da minha casa, em São Leopoldo (RS). Lá eu lia revistas, jornais, livros de arte e narrativas de viagens. Muitas vezes, no futuro, em aulas e palestras, usei informações colhidas na adolescência em maratonas prolongadas naquele espaço. O que lhe parece? Um jovem obstinado, devotado aos livros, desejando aumentar seu conhecimento. Verdade? Sim, mas… e se eu acrescentasse o elemento tédio? Sim, pouco ou nada para fazer no sábado à tarde e um espaço tranquilo de leitura isolado, sem ninguém para atrapalhar. Além do tédio, e se fosse certa timidez e vontade de isolamento? Eu não tinha um quarto só meu e não podia ostentar uma escrivaninha individual. Na Biblioteca Pública Municipal Olavo Bilac (hoje Vianna Moog), havia meu espaço delimitado, garantido e silencioso. Foi o foco no conhecimento ou a falta do que fazer? Teria sido o desejo de voar nas leituras ou a vontade de me isolar da família? 

Com certeza, décadas depois daquelas tardes, a melhor explicação é falar do meu esforço no cultivo das virtudes. Sempre melhor desviar o tédio para livros do que para drogas. Curiosamente, o que pode levar um jovem a beber demais ou ler compulsivamente é a mesma base: o complexo enfrentamento com o mundo. Assim como um drogado ressignifica seu vício em uma igreja vibrante, o entediado pode tomar o caminho dos textos ou do bar. 

Quanto do seu esforço profissional foi dado pelo ressentimento social? Eu quero crescer, desejo ter mais para não enfrentar a dor humilhante da crise? Atrás da construção de uma carreira exitosa, vemos muitos valores. Poderíamos identificar medos, dores e carências? 

Casei e tive filhos por um projeto lindo de família ou por medo agudo da solidão, em especial na velhice? Guardei dinheiro porque sou um gênio estratégico ou por causa da minha profunda covardia e atroz insegurança? Quantos esqueletos o vistoso armário do meu sucesso oculta?

Penso em uma grande perda do ano passado: Nelson Freire. Nosso maior pianista era um talento insofismável. Era também tímido quase em ponto patológico. O piano era sua vocação, claro, todavia foi seu refúgio para não falar tanto com as pessoas. A timidez do mineiro foi protegida pelas horas intermináveis de estudo. Era um sacrifício ou uma libertação? 

Introduzo o contraditório na nossa lógica de memória. Pessoas superorganizadas podem ser caóticas no campo interno. Inevitável perceber que quase tudo contém o seu contrário e minha luz reforça minha sombra. Imaginei, neste ano que se inicia, como seria bom entender que meu medo e meu tédio podem ser bons estímulos para eu crescer. Talvez seus defeitos sejam tão importantes para seu progresso como suas virtudes. Nossa narrativa sobre a carreira ganharia muito se incluíssemos o lado menos glorioso da nossa radiante vaidade. Somos poliedros complexos e recalcamos tanto quanto enunciamos. Melhor: enunciamos pelo recalque e isso se torna parte de nós. Seria como manifestar orgulho da límpida água que entra pela minha boca sem levar em conta a fétida urina que, ao sair, manifesta que o ciclo inteiro e útil da hidratação foi realizado. Como se eu pudesse ser apenas água transparente e não a totalidade do processo. Seria útil, especialmente para os jovens, que, ao perguntarem sobre minha jornada de sucesso, eu começasse dizendo: “Cheguei aqui com medo, entediado, cheio de inseguranças, dialogando com meus fantasmas, errando bastante e tropeçando tanto quanto seguindo rotas elaboradas”. Acho que isso ajudaria mais quem quer pensar sua trajetória. Em resumo, o esqueleto do armário existe e faz parte de mim, tal como a pele que exibo após horas intermináveis no dermatologista e, questionado, digo que apenas a lavo bem toda noite… Se um dia eu recebesse um Oscar, agradeceria diante das câmeras: “Obrigado ao meu medo e ao meu tédio, sou o que sou graças ao esforço deles”. Há esperança para seus defeitos, querida leitora e estimado leitor?

TECNOLOGIAS DO FUTURO

 

RISCOS E OPORTUNIDADES DE 2022

Mundo tecnológico dará os primeiros passos com dispositivos e serviços da próxima geração

Bruno Romani
ESTADÃO

O mundo da tecnologia chega a 2022 na sala de espera para uma nova era de gadgets e plataformas. Isso significa que estamos em um momento de transição: talvez tenha chegado a hora de começar a dar “tchau” para formatos que definiram a última década, como os smartphones. Por outro lado, a próxima geração de dispositivos e serviços ainda não está pronta para o uso em massa.

“Vemos o avanço da interatividade e a diminuição de texto no mundo digital”, explica Berthier Ribeiro-Neto, diretor de engenharia do Google para a América Latina.

Ele não arrisca dizer de que maneira essa tendência se desenrolará, mas boa parte da indústria aposta no metaverso – conceito que trata do avanço do mundo real sobre o digital e vice-versa. Nele, você não acessa a internet, e sim entra na internet, como se fosse um espaço físico.

O assunto ganhou corpo depois que o Facebook anunciou a mudança de nome de sua holding para Meta, como forma de refletir o interesse no tema.

O universo imaginado por Mark Zuckerberg, porém, está distante de acontecer. Há obstáculos que vão desde a qualidade de conexões até os dispositivos necessários para tirar o projeto do papel. Mas o Facebook e outras gigantes do setor devem fazer avanços – o fundador da rede social anunciou que deve ter novidades sobre um novo óculos de realidade virtual já em 2022.

Outro nome de peso que deve impulsionar a tecnologia é a Apple. Ao contrário do que tradicionalmente ocorre, o dispositivo mais aguardado pelos fãs da marca neste ano não é um novo iPhone. Aqueles que seguem a empresa de perto garantem que finalmente a gigante vai apresentar seus óculos de realidade aumentada e realidade virtual – é um rumor que acompanha a Apple há alguns anos.

Enquanto os dispositivos não ficam prontos, startups e empresas tradicionais correram para garantir presença nos metaversos que já existem – em muitos casos, são mundos digitais que lembram ou derivam dos games. O Itaú, por exemplo, anunciou uma ação de marketing dentro de Cidade Alta, um dos maiores servidores do jogo GTA 5.

E O CELULAR?

Com a expectativa de óculos, luvas e sensores voltados para o metaverso, o smartphone está congelado em termos evolutivos. “Com a chegada do 5G, os celulares estão em compasso de espera. As redes da nova geração não foram criadas para tornar os celulares melhores. Elas foram desenvolvidas para o uso de vários outros dispositivos”, explica Renato Franzin, pesquisador da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

Para ele, fabricantes ainda precisam entender as novas capacidades que esses aparelhos podem ganhar com as redes de quinta geração, que finalmente tiveram as frequências leiloadas e devem chegar comercialmente neste ano ao País.

Portanto, não espere grandes novidades do setor, que, além dos desafios conceituais, ainda enfrenta um problema bastante real: a crise dos chips.

Por outro lado, as novas redes de comunicação ajudam a implementar modelos de inteligência artificial mais sofisticados, que possam “racionalizar” suas decisões, como imaginava Judea Pearl, professor de ciências da computação da Universidade da Califórnia em Los Angeles.

ROBÔS

Até aqui parece um cenário pouco empolgante, mas um velho símbolo de futuro pode voltar a ganhar forças.

“À medida que o conceito de casa conectada avança, essa inteligência pode ser encapsulada em outros dispositivos. O resultado disso é que veremos o avanço de robôs domésticos”, diz  Márcio Kanamaru, sócio-líder de tecnologia, mídia e telecomunicações da KPMG no Brasil.

Não é uma coincidência que a Amazon tenha apresentado em 2021 o Astro, um robô com inteligência gerada pela assistente virtual Alexa. Nos últimos dois anos, vimos a popularização de caixas de som inteligentes em um movimento impulsionado pela gigante.

Esses dispositivos poderiam ajudar com tarefas domésticas e atividades de saúde e bem-estar. Não será o futuro dos Jetsons, mas pode ser um passo nessa direção.


Seremos ainda mais virtuais em 2022

Carlos Affonso Souza
DIRETOR DO ITS-RIO

Nem sempre é fácil perceber que se está no meio de uma transição entre diferentes épocas, com grandes mudanças na forma de viver e de entender o mundo. Algumas mudanças surgem como rupturas bruscas, enquanto outras vão se assentando aos poucos, superando estranhamentos iniciais até se tornarem inevitáveis.

Foi assim com a internet, que de experimento militar e objeto de pesquisa acadêmica se transformou em uma verdadeira infraestrutura a sustentar as mais diversas atividades. Isso não aconteceu da noite para o dia, mas a pandemia da covid-19 acelerou esse processo.

O adjetivo “virtual” entrou em nossas vidas como oposição ao que é real ou verdadeiro. Realidade virtual, nesse sentido, deveria ser uma realidade de mentirinha. A plataforma Second Life, lançada em 2003, é frequentemente lembrada como uma experiência inicial de virtualização das relações sociais, colecionando adeptos na mesma velocidade em que foi deixada para trás.

Não estamos mais em 2003. Uma parcela relevante das pessoas precisou migrar para o virtual. Algumas fizeram isso progressivamente, enquanto outras foram catapultadas para esse universo em 2020 por conta da pandemia. Seus relacionamentos pessoais e profissionais, além dos momentos de informação e de entretenimento, viraram virtuais.

A virtualização de tudo não foi uma escolha, mas sim uma necessidade para que o mundo continuasse a girar enquanto o espaço físico ficava do lado de fora, com suas restrições ao deslocamento e risco de contágio. Ao mesmo tempo, uma série de transformações tecnológicas e culturais nos últimos anos transformou essa onda em um inevitável tsunami.

Os anos 2010 foram marcados pela ascensão da internet móvel e das redes sociais, além do aumento exponencial na capacidade de processamento de dados e de se retirar inteligência do seu tratamento em larga escala. O mundo todo se converteu em dados que poderiam ser coletados, armazenados e utilizados para os mais diferentes fins.

Os anos 2020 começaram com a explosão dos criptoativos, dos meios de pagamento eletrônico e da tokenização de tudo. Por trás dessas transformações está a mesma internet que foi pensada no século passado e que, acoplada às inovações tecnológicas das últimas décadas, proporcionou essa gigantesca, mas por vezes silenciosa, transformação. A virtualização parece inevitável.

A grande tendência tecnológica para 2022 não é a expansão do 5G ou a popularização de novas aplicações de inteligência artificial ou blockchain, mas sim a junção de todos esses elementos para pavimentar um caminho em direção ao virtual. Mas é importante lembrar que a exclusão digital e a qualidade do acesso à internet são pedras nesse caminho. Como lembra William Gibson: “O futuro já chegou, ele só não foi igualmente distribuído.”

EMPRESAS COMPRAM EMPRESAS PARA SE REINVENTAR

 

StartSe – Educação do Agora

» O Walmart decidiu inovar e criou sua própria farmacêutica. A nova iniciativa começa com insulinas com a marca Walmart, que devem custar 60 por cento menos que as disponíveis hoje em dia.

» A Ambev criou um banco, o Donus, que já tem 80 mil contas digitais. Parece pouco, mas o objetivo da Ambev é ser o banco oficial dos seus 800 mil bares e restaurantes parceiros.

» O Itaú Unibanco, maior banco do país, já tinha uma operação de aluguel de bicicletas. Agora, começou um novo serviço na mesma linha, de carros elétricos compartilhados.

» A mesma coisa que a Ford Motor Company está fazendo. Ao invés de vender carros a aposta da montadora é de que, no futuro, as pessoas vão ter a posse dos bens e não a propriedade.

» A JBS é a maior empresa de proteína animal do mundo, mas está investindo cada vez mais nas “carnes de planta”. Criou sua linha própria desse tipo de produto e comprou empresas na Europa.

» Dona da 99 (Didi Chuxing) estreia na Bolsa avaliada em 67 bilhões de dólares, mais que a Lyft e não tão longe da Uber.

» Magalu invade o Rio de Janeiro planejando abrir 23 lojas de uma vez (em 1 semana), tem Aniita como garota-propaganda (vai ter clipe com a Lu e tudo mais), um programa de bicicletas compartilhadas e reforma dos trens.

» Unicórnio na área: Mercado Bitcoin é avaliado em 2,1 bilhões de dólares após aporte de 200 milhões da Soft Bank.

» Loft compra fintech da BTG Pactual (CredPago) e expande suas operações de crédito. Loft e CredPago não revelam o valores, mas BTG afirma que a venda da sua parte da fintech (49 por cento) gerou um ganho de 1,4 bilhão de reais ao banco.

Sabe o que tudo isso revela? Que cada vez mais, o mercado e as empresas estão se reinventando para sobreviverem.

A competição está acirrada (tudo isso acima aconteceu apenas nos últimos dias para cá). Ficar na mesmice está se tornando um risco alto demais para empresas e profissionais.

Se transformar deixou de ser opção e virou regra. Quanto mais rápido entender isso, maiores as chances de manter sua relevância no futuro.

 Depois dos unicórnios, está na hora das empresas e profissionais “camaleões” surgirem no mercado.                                                                                                                                                         O mundo não vai ficar mais previsível nos próximos meses, mas está na sua mão se tornar mais preparado para isso.

Vantagens Competitivas da Startup Valeon

pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise.

Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras.

Em vez de andar pelos comércios, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira.

Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

Contudo, para esses novos consumidores digitais ainda não é tão fácil comprar online. Por esse motivo, eles preferem comprar nos chamados Marketplaces de marcas conhecidas como a Valeon com as quais já possuem uma relação de confiança.

Inovação digital é a palavra de ordem para todos os segmentos. Nesse caso, não apenas para aumentar as possibilidades de comercialização, mas também para a segurança de todos — dos varejistas e dos consumidores. Não há dúvida de que esse é o caminho mais seguro no atual momento. Por isso, empresas e lojas, em geral, têm apostado nos marketplaces. Neste caso, um shopping center virtual que reúne as lojas físicas das empresas em uma única plataforma digital — ou seja, em um grande marketplace como o da Startup Valeon.

Vantagens competitivas que o oferece a Startup Valeon para esse Shopping:

1 – Reconhecimento do mercado

O mercado do Vale do Aço reconhece a Startup Valeon como uma empresa de alto valor, capaz de criar impactos perante o mercado como a dor que o nosso projeto/serviços resolve pelo poder de execução do nosso time de técnicos e pelo grande número de audiências de visitantes recebidas.

2 – Plataforma adequada e pronta para divulgar suas empresas

O nosso Marketplace online apresenta características similares ao desse shopping center. Na visão dos clientes consumidores, alguns atributos, como variedade de produtos e serviços, segurança e praticidade, são fatores decisivos na escolha da nossa plataforma para efetuar as compras nas lojas desse shopping center do vale do aço.

3 – Baixo investimento mensal

A nossa estrutura comercial da Startup Valeon comporta um baixo investimento para fazer a divulgação desse shopping e suas empresas com valores bem inferiores ao que é investido nas propagandas e divulgações offline.

4 – Atrativos que oferecemos aos visitantes do site e das abas do shopping

 Conforme mencionado, o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores tem como objetivos:

  • Fazer Publicidade e Propaganda de várias Categorias de Empresas e Serviços;
  • Fornecer Informações detalhadas do Shopping Vale do Aço;
  • Elaboração e formação de coletâneas de informações sobre o Turismo da nossa região;
  • Publicidade e Propaganda das Empresas das 27 cidades do Vale do Aço, destacando: Ipatinga, Cel. Fabriciano, Timóteo, Caratinga e Santana do Paraíso;
  • Ofertas dos Supermercados de Ipatinga;
  • Ofertas de Revendedores de Veículos Usados de Ipatinga;
  • Notícias da região e do mundo;
  • Play LIst Valeon com músicas de primeira qualidade e Emissoras de Rádio do Brasil e da região;
  • Publicidade e Propaganda das Empresas e dos seus produtos em cada cidade da região do Vale do Aço;
  • Fazemos métricas diárias e mensais de cada aba desse shopping vale do aço e destacamos:
  • Média diária de visitantes das abas do shopping: 400 e no pico 800
  • Média mensal de visitantes das abas do shopping: 5.000 a 6.000

Finalizando, por criarmos um projeto de divulgação e propaganda adequado à sua empresa, temos desenvolvido intensa pesquisa nos vários sites do mundo e do Brasil, procurando fazer o aperfeiçoamento do nosso site para adequá-lo ao seu melhor nível de estrutura e designer para agradar aos mais exigentes consumidores. Temos esforçado para mostrar aos srs. dirigentes das empresas que somos capazes de contribuir com a divulgação/propaganda de suas lojas em pé de igualdade com qualquer outro meio de divulgação online e mostramos o resultado do nosso trabalho até aqui e prometemos que ainda somos capazes de realizar muito mais.

                                                               Site: https://valedoacoonline.com.br/

sábado, 8 de janeiro de 2022

PARTIDO DO BOLSONARO PL PRETENDE ADERIR À FORMAÇÃO DE FEDERAÇÃO PARTIDÁRIA

 

Aliança política

Por
Rodolfo Costa – Gazeta do Povo
Brasília

Bolsonaro discursa em cerimônia de filiação ao PL: sigla conversa sobre federação partidária com outros partidos da base aliada| Foto: Reprodução/Youtube/PL

Os adversários do governo federal nas eleições de 2022 não são os únicos a discutir alianças a nível nacional. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, também abriu diálogo com outras legendas a fim de ampliar as chances de sucesso pela reeleição ao Palácio do Planalto. A sigla conversa sobre a construção de uma federação partidária com Republicanos, PTB e Pros, afirma o deputado federal Paulo Bengtson (PTB-PA) à Gazeta do Povo. As tratativas começaram em 2021 e vão continuar entre os líderes e caciques dos partidos envolvidos neste primeiro trimestre de 2022.

Vice-líder do bloco PTB-PSC na Câmara, Bengtson diz que o PP — partido presidido pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira — e o PSC ainda não estão envolvidos nas conversas, mas não descarta a participação de ambos na federação partidária, bem como outros partidos com a mesma afinidade programática.

“É óbvio que, lá na frente, diante de um cenário de eleição majoritária, os partidos que tenham o mínimo de ideologia semelhante vão se agregar, o que eleva as alianças”, pondera. O deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP), vice-líder do partido na Câmara, confirma que existem conversas de bastidores nesse sentido.

“PTB e Pros estão atrás disso, sim, e o Avante também”, afirma. “Tem alguns partidos que estão desesperados de não conseguir atingir o quociente eleitoral. Eles precisam dessa federação partidária para poder sobreviver porque precisam fazer uns 2 milhões de votos [na Câmara dos Deputados], e isso não é fácil”, complementa Tadeu.


Qual a chance de uma federação partidária prosperar com o PL
Apesar da existência de conversas sobre uma federação partidária entre PL, Republicanos, PTB e Pros, sua concretização é vista como improvável dentro do PL e do Republicanos, os dois maiores partidos envolvidos nas conversas. Lideranças das duas legendas apontam que existe muito mais um desejo dos partidos menores do que uma viabilidade concreta.

“É zero a possibilidade de federalização do PL com alguém”, sustenta um dirigente do partido de Bolsonaro em caráter reservado. No Republicanos, o discurso é semelhante. “Conversas sempre vão haver porque é produtivo dentro do meio político. Já tivemos reunião da executiva nacional em relação a isso [federação partidária], para que os diálogos continuem, mas isso não vai para frente jamais, perderíamos nossa identidade”, diz uma liderança.

O deputado Paulo Bengtson, do PTB, analisa como naturais determinadas resistências internas no PL e Republicanos quanto a uma federação partidária. “Às vezes é até muito a gente dizer que quer se federalizar. Primeiro tem que conversar e ver, alinhar cada um, porque a federação mantém o bloco por quatro anos. Não adianta eleger pessoas com pensamento muito diferente daquilo que é o bloco, porque traz problemas para o próprio parlamentar”, diz.

O vice-líder do PTB atribui a “natureza histórica” de alguns partidos como motivo para resistências internas sobre uma federação partidária, a exemplo de Republicanos e PSC, legendas muito associadas à religião evangélica. “São partidos que conseguem montar muito bem os seus quadros e a federação para eles não compensaria”, pondera Bengtson.

A federação partidária prevê, em linhas gerais, que duas ou mais legendas se unam durante o período eleitoral e mantenham a parceria por no mínimo quatro anos. Com isso, as siglas parceiras passam a ser tratadas como uma só e precisam, por exemplo, estar juntas na disputa presidencial, em todas as candidaturas estaduais e também nas atuações na Câmara e no Senado.

Para partidos de menor expressão, é algo positivo. Para legendas maiores, mais orgânicas e com maior capilaridade, não é um instrumento visto como interessante, sobretudo no que se refere às negociações pela construção de candidaturas majoritárias aos governos estaduais e ao Senado.

Embora entenda as dificuldades da federação partidária se concretizar, o petebista acredita que as eleições ficarão divididas entre três ou quatro grandes blocos, o que propiciaria um cenário para a junção de partidos. “Eu vejo que isso vai facilitar a formação desses blocos já antecipadamente na Câmara. Já há a possibilidade de alinhamento em primeiro turno com os possíveis candidatos a presidente”, diz Bengtson.

O deputado Coronel Tadeu, do PSL, também não descarta uma federação partidária com a participação do PL e outros partidos menores. “Mais para frente, é possível, sim, haver a federação partidária, sem dúvidas, inclusive com outros partidos que ainda não estão nas conversas. Se não, quem é que vai puxar voto para esses caras?”, comenta.

A participação do PTB na federação foi construída após a saída do ex-deputado Roberto Jefferson da presidência do partido, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em outubro, ele redigiu uma carta da cadeia em um desabafo com tom crítico a Bolsonaro e a relação entre os dois se fragilizou.

O ex-presidente do partido chegou ao ponto de sugerir um convite para o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) se lançar candidato pelo PTB. Contudo, com o partido sob a presidência de Graciela Nienov, o diálogo com Bolsonaro e o governo foi reconstruído. “Inclusive, com [o aval] do próprio presidente Roberto Jefferson”, diz o deputado Paulo Bengtson.

“Nós todos entendemos que o momento de desespero, aquela carta que ele escreveu, ele percebeu, retroagiu e deixou em nossas mãos as conversas que seguiram adiante, por isso estou dizendo que não haveria dificuldades em relação à federação com o PL”, complementa o vice-líder petebista.

O que é a federação partidária e que partidos pensam em utilizá-la

O sistema de federação partidária é visto como uma possibilidade de os partidos menores sobreviverem ao dispositivo da lei eleitoral conhecido como cláusula de barreira ou desempenho, que, a cada eleição, torna mais difícil o acesso de siglas com pouco voto nas urnas a benefícios como tempo de TV e recursos do fundo partidário. Na prática, essas restrições podem determinar o fim de uma sigla, que ficaria sem condições de desenvolver suas atividades.

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é uma das que aposta numa federação de partidos de esquerda para ampliar a construção de sua candidatura ao Planalto em 2022. Além do PT, a aliança pode contar com a adesão de PSB, PCdoB, Psol e PV.

De acordo com a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), as discussões para formar a federação partidária de esquerda já foram abertas, mas uma definição só deve ocorrer em março de 2022. “A federação é um desafio para nós, porque é um instituto novo. Nós estamos agora estudando melhor como se faz na prática a composição”, afirma.

Já a campanha do ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) aposta em uma aliança com o União Brasil, novo partido fruto da fusão entre DEM e PSL. No Podemos, alguns guardam a expectativa de uma junção com a nova legenda no formato de uma federação partidária, não apenas em uma coligação.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/federacao-partidaria-pauta-pl-reeleicao-bolsonaro/
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VARIANTE ÔMICRO É MENOS PERIGOSA QUE O Sars-CoV-2

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Nova cepa do coronavírus, a ômicron pode acelerar imunização da população mundial.| Foto: Diego Azubel/EFE

O Brasil registrou, na quinta-feira, a primeira morte de uma pessoa infectada com a variante ômicron do coronavírus. Um homem de 68 anos, com comorbidades, doença pulmonar crônica e hipertensão arterial, e que havia tomado três doses da vacina, faleceu no município de Aparecida de Goiânia (GO). Enquanto isso, o Brasil vê o número de novos casos de Covid-19 dar um salto e retornar a patamares de meses atrás, embora também haja motivos para esperar que os piores dias da pandemia no Brasil não se repitam.

Há três razões principais para a explosão no número de novos casos de Covid registrados diariamente: graças a um apagão de dados do sistema de saúde, há casos antigos que só agora estão entrando nas estatísticas. Mas também há a combinação entre as aglomerações das festas de fim de ano e a circulação da variante ômicron, comprovadamente mais contagiosa que as anteriores. Nos últimos dias, o Brasil voltou a superar a marca de 30 mil novos casos diários de Covid, o que não ocorria desde agosto do ano passado.

O fato de a ômicron estar se mostrando menos perigosa que outras variantes do Sars-CoV-2 não significa que a sociedade possa baixar a guarda completamente

Mas, se os números de novos casos dispararam, o mesmo não pode ser dito de outros indicadores ainda mais importantes para se avaliar a gravidade da pandemia, como o número de mortes e os índices de ocupação de leitos hospitalares. A média móvel de óbitos permanece constante, e, se várias cidades estão com postos de saúde e unidades de pronto-atendimento lotados com pacientes apresentando sintomas de Covid-19, o mesmo não está ocorrendo nos hospitais e UTIs. Em Curitiba, por exemplo, a secretária de Saúde, Márcia Huçulak, em entrevista à RPCTV, afirmou que, apesar de a cidade estar vivendo um “tsunami de Covid”, as autoridades sanitárias não têm registrado aumento nem de casos graves, nem de mortes – o que repete uma tendência que a Organização Mundial de Saúde vê globalmente: segundo a OMS, na semana de 27 de dezembro de 2021 a 2 de janeiro de 2022 o número de casos subiu 70%, mas o de falecimentos regrediu 10%.

A explicação é dupla. Em primeiro lugar, há o avanço da vacinação, que em vários países já atingiu patamares acima de 70% da população adulta. Se por um lado é verdade que a vacina não tem impedido as pessoas de contrair e transmitir a Covid, por outro sabe-se que ela é capaz de impedir o agravamento da doença na grande maioria dos casos, motivo pelo qual os números de mortes e ocupação de leitos hospitalares já vinham caindo antes do surgimento da ômicron. A isso soma-se a forte suspeita de que a nova variante, mesmo sendo mais contagiosa, não é tão agressiva quanto as anteriores. Se essa característica se confirmar, e se a ômicron se tornar a forma dominante do vírus nas próximas semanas ou meses, passa a ser possível até mesmo que a ômicron acelere o fim da pandemia, assim como ocorrera com a gripe espanhola, que deixou de ser um flagelo mundial quando o vírus sofreu mutações que o deixaram bem menos letal.


De qualquer maneira, o fato de a ômicron estar se mostrando menos perigosa que outras variantes do Sars-CoV-2 não significa que a sociedade possa baixar a guarda completamente. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, lembrou que não se pode classificar a ômicron como “leve”; além disso, a velocidade de contágio já está novamente forçando o sistema de saúde mesmo sem aumento em hospitalizações e mortes, pois a lotação mudou para as estruturas de pronto-atendimento, e profissionais contaminados continuam tendo de sair da linha de frente do combate à doença. Os cuidados básicos seguem necessários e a decisão de cancelar carnavais de rua em várias capitais brasileiras é demonstração de prudência.

O surgimento da ômicron foi motivo de preocupação em todo o mundo, uma reação justificável em um primeiro momento, depois de quase dois anos de pesadelo. Mas, se as observações iniciais sobre a menor agressividade do vírus se confirmarem; se a tendência de queda nos indicadores como óbitos e ocupação de leitos hospitalares se confirmar; e se a cobertura vacinal seguir crescendo, especialmente nos países onde ela ainda é baixa, o susto poderá ser substituído pela esperança de que a pandemia finalmente recue. Ainda é cedo para saber se o mundo conseguirá se livrar totalmente do coronavírus ou se terá de conviver com ele em uma forma mais leve, que seguirá circulando de forma endêmica, com surtos ocasionais e localizados, e trazendo riscos maiores apenas às pessoas de saúde mais frágil. Neste segundo cenário, a Covid-19 se tornaria algo semelhante à gripe comum, exigindo cuidados, campanhas de vacinação periódica, mas sem justificar medidas drásticas como lockdowns e interrupções de atividades. Será possível, enfim, retornar ao cotidiano perdido no início de 2020, já que o dito “novo normal” de normal não tem nada.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/covid-omicron-cautela-esperanca/
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PT NO SEU RETROCESSO PRETENDE DESFAZER TUDO O QUE O BOLSONARO FEZ

 

Presidenciável
Por
Wesley Oliveira
Brasília

Agenda econômica do ex-presidente Lula começa a ficar mais clara a nove meses das eleições.| Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE

Com a proximidade das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começa a dar as primeiras pistas de sua agenda econômica caso vença a disputa presidencial. Nesta semana, o líder petista defendeu, por exemplo, a revogação da reforma trabalhista. Também já falou publicamente que irá rever o teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas públicas.

A opinião de Lula é chancelada por outros próceres do PT, como a presidente do partido Gleisi Hoffmann e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. “Está na hora de revogar o que deu errado: Lei do Teto, a reforma que não gerou empregos, política de preços dos combustíveis. Deter a privatização selvagem e rever os contratos lesivos ao país”, escreveu Gleisi, no Twitter, nesta sexta-feira (7).

Proposta pelo governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) e em vigor no Brasil desde 2017, a reforma trabalhista promoveu um conjunto de alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Para os defensores, a proposta deu mais segurança jurídica para empregadores e trabalhadores, além de regulamentar novas formas de trabalho e estimular a formalização dos informais.

Para Lula e outras lideranças do PT, no entanto, a reforma provocou uma precarização do trabalho no Brasil e não gerou novos empregos. Pelas redes sociais, o líder petista defendeu que os brasileiros “acompanhem de perto” o que está acontecendo com a reforma trabalhista na Espanha. No país europeu, governo, sindicatos de trabalhadores e empresários fizeram um acordo para revisar alterações nos direitos dos trabalhadores feitas em 2012. Agora, haverá regras mais rígidas para as terceirizações, por exemplo.

“A reforma espanhola serviu de modelo para a brasileira e ambas não criaram empregos, só precarizaram os direitos. Já temos o caminho”, concordou a deputada Gleisi Hoffmann (PR), em outro post recente no Twitter.


As críticas ao teto de gastos
Além da reforma trabalhista, Lula já afirmou que pretende revogar a emenda constitucional que criou o teto de gastos. Também aprovado pelo Congresso durante o governo de Michel Temer, a ideia era que a restrição de despesas à inflação levaria a um reequilíbrio das contas públicas, impediria o crescimento exagerado da dívida pública, diminuiria o risco de investir no país e levaria a uma queda dos juros brasileiros.

“Quando você dá R$ 1 bilhão para rico é investimento e quando dá R$ 300 para o pobre é gasto? Nós vamos revogar esse teto de gastos”, prometeu Lula.

Em artigo publicado na Folha de S.Paulo nesta semana, Guido Mantega afirmou que o teto de gastos provocou “diversas distorções” na gestão orçamentária. “As gestões fiscais dos governos Temer e Bolsonaro foram um desastre que, desde 2016, só acumulou déficits primários”, argumentou o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff.

No Twitter, Gleisi disse que “manter o teto de gastos” na atual situação econômica do país é uma atitude “suicida”. Para ela, o teto “só funcionou para cortar investimento em obras, saúde e educação, enquanto dívida, juros e inflação crescem no país em recessão”

Reforma tributária para taxar os mais ricos

Lula também sinaliza para uma reforma tributária que reduza a taxação dos mais pobres e aumente os tributos sobre a renda e patrimônio da parcela da população que corresponde ao 1% mais rico do país. Outro ponto defendido é a redução da carga tributária sobre o consumo – através de impostos indiretos, como ICMS e IPI.

“Do jeito que está, quem ganha R$ 7  mil por mês paga mais imposto proporcionalmente do que quem ganha R$ 70 mil. Que as pessoas paguem imposto sobre dividendos, sobre lucros, sobre herança. Precisamos de uma reforma tributária progressiva”, defendeu Lula recentemente.

As mudanças nas regras tributárias envolvendo a taxação dos mais ricos também foi citada por Mantega no artigo à Folha de S. Paulo. “É imprescindível realizar uma reforma tributária, que simplifique os impostos federais, estaduais e municipais. É importante também diminuir a taxação dos mais pobres, aumentando os tributos sobre a renda e patrimônio dos 1% mais ricos, de modo a reverter a regressividade da estrutura tributária brasileira”, escreveu o ex-ministro.

Interferência na política de preços da Petrobras e fim das privatizações 
Crítico da política de preços da Petrobras para os combustíveis, o ex-presidente Lula defende que a estatal altere o modelo de paridade que equipara o preço interno com a cotação internacional do petróleo. “Digo em alto e bom som: nós não vamos manter essa política de preços de aumento do gás e da gasolina que a Petrobras adotou por ter nivelado os preços pelo mercado internacional. Quem tem que lucrar com a Petrobras é o povo brasileiro”, disse Lula em entrevista à Rádio Gaúcha.

No Congresso, o PT apresentou um projeto de lei para acabar com a paridade e criar alternativas para custear a queda do preço, como um imposto sobre exportação do petróleo. De acordo com Lula, metade da inflação hoje está subordinada aos preços controlados pelo governo. “Portanto, o governo tem muita responsabilidade pela inflação. Pelo preço da energia, do gás, da gasolina, do diesel”, disse.

Além disso, o ex-presidente já sinalizou que não pretender dar andamento às privatizações de estatais federais. “O Estado fraco não serve para nada. É preciso ter um Estado que não só tenha capacidade de investimento, como tenha empresas públicas capazes de fazer investimento, que é o caso da Petrobras, dos Correios, da Eletrobras, da Caixa, do Banco do Brasil e do BNDES”, disse o petista em entrevista à Rádio 97 FM do Rio Grande do Norte.

Recentemente, Gleisi Hoffmann postou texto nas redes sociais em que defendia como “notícias alvissareiras” a revogação da privatização de empresas de energia na Argentina. Líderes do PT são contrários, por exemplo, à privatização da Eletrobras, cuja a conclusão está prevista ainda para este ano, e a venda dos Correios, em discussão pelo Congresso.

Plano econômico de Lula é mantido sob reserva pelo PT
Faltando cerca de nove meses para as eleições, Lula e integrantes do PT pretendem fazer declarações controladas sobre o plano econômico do partido. De acordo com líderes petistas, a medida é uma forma de evitar “ruídos e visões distorcidas” dos adversários políticos e do mercado financeiro.

Apesar das manifestações de Mantega, o PT descarta que o ex-ministro irá assumir o comando da agenda econômica, que inicialmente será conduzida pelo próprio ex-presidente. Até o início da campanha, Lula deve manter o discurso voltado para o eleitor de baixa renda, defendendo a ampliação do investimento público e de gastos sociais, com o equilíbrio fiscal em segundo plano.

“Eu quero um Estado com força para que ele seja o indutor do desenvolvimento. Um Estado que não tenha preocupação de fazer dívida para investir num ativo produtivo para este país”, disse durante coletiva de imprensa recente.

Ao ser questionado sobre os planos, Lula tem afirmado que tem um “legado para comprovar a responsabilidade econômica que teve durante os anos de 2003 e 2010”. Na sua última passagem por Brasília, o petista descartou uma nova carta ao povo brasileiro, documento endereçado aos empresários e à elite econômica durante a campanha de 2002, quando foi eleito pela primeira vez.

“Acho que pessoas de boa fé e as pessoas minimamente inteligentes desse país sabem que a melhor carta que eu posso assinar ao povo brasileiro é eles lerem o que aconteceu na economia brasileira quando eu fui presidente da República”, afirmou.


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TSE COMPRA MUITO ARMAMENTO PARA USO NAS ELEIÇÕES 2022

 


Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Edifício sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Edifício sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Estávamos embalados nas mensagens da semana de Natal, quando surgiram informações bélicas em dois ou três sites de notícias que atingiram a paz tão augurada: o Tribunal Superior Eleitoral, que tem por tarefa preparar eleições, parecia estar se preparando para guerra. Havia comprado armas e munições. No princípio, só me havia chamado a atenção um erro de todos os que escreveram a notícia: que o TSE havia comprado 39 mil projéteis. Fiz ironia, no meu canal do Youtube : ora, se só tivesse comprado os projéteis, como iria arremessá-los? Com atiradeiras, estilingues, bodoques, fundas de Davi? Ou, se fossem grandes, por catapultas? Certamente – corrigi – eles não sabem o que são projéteis e com certeza o tribunal comprou cartuchos.

Fui procurar no site do TSE. As compras já eram anteriores ao Natal. Com a cautela de pouco a pouco por mês. Em agosto, o TSE comprou 30 pistolas calibre 9mm por R$66.707,86. Em setembro, 10 armas de “incapacitação neuromuscular” com seis cartuchos cada, por R$58.887,70. Em outubro, depois de comprar 25 “bastões antitumulto”, por R$1.850,00, fez o pregão de 36 mil cartuchos calibre 9mm Luger”, com pólvora química sem fumaça, por R$174.960,00 e, no mesmo dia, 3 mil cartuchos do mesmo calibre, tipo “+P+ expo 115 gr”, isto é, segundo o fabricante, uma munição cujos projéteis “possuem geometria especial: ponta oca e configuração hexagonal em seu interior, o que garante alto desempenho e a perfeita equação entre a expansão e penetração ideal, sem transfixação do alvo”.

Todos já ouvimos falar dos projéteis de ponta oca, conhecidos também como os mortíferos hollow point, que se abrem para causar maior impacto e maior estrago, maior dano colateral no corpo do alvo. Também já ouvimos falar em Luger, de triste memória na II Guerra, nas execuções sumárias de reféns italianos ou judeus em campos de concentração. Sem dúvida que a Justiça Eleitoral tem direito à proteção, mas para isso há a Polícia Militar. Além de o Judiciário não ser um “poder desarmado”. A Constituição prevê, no art. 142, que qualquer dos três poderes tem a iniciativa de convocar as forças armadas para garantia da lei e da ordem. Além disso, o art. 144 da Constituição estabelece que a segurança pública é exercida pela polícia federal, as polícias rodoviária e ferroviária federais, as polícias civis, as polícias militares e os corpos de bombeiros militares e as guardas municipais. Não há menção de outra força policial ao abrigo da Constituição.

Imagino que o TSE esteja vendo inimigos muito além dos hackers. Porque para esses invasores de muralhas digitais, as armas de defesa são digitais, isto é, ser mais inteligentes que esses invasores, para proteger o bem mais precioso, de que a Justiça Eleitoral é guardiã por obrigação: o voto de cada um. E contra hackers, não fazem efeito algumas armas convencionais, como cassetetes, armas de incapacitação, pistolas 9mm, munição sem fumaça ou ogivas que se abrem para destruir corpos não digitais, de carne e osso, de eleitores e contribuintes que ajudaram, com seus impostos, a comprar o intimidador armamento.


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AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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