terça-feira, 28 de dezembro de 2021

APRENDIZADO DE 2021 SERVE PARA 2022

UOL EdTech | EdCorp meconta@uoledtech.com por  gmail.mcsv.net

Tivemos um ano cheio de desafios, mas também com grandes oportunidades. E, para fechar com chave de ouro, reunimos nessa última newsletter de 2021 os principais aprendizados que tivemos esse ano e que vão fazer a diferença no seu 2022. Bora conferir?

Métodos ágeis, organização e produtividade

1 – Planejamento é melhor que bomberagem: no novo ano, evite ficar no modo bombeiro. Se planeje para as atividades do dia a dia e aprenda a priorizar suas demandas. Afinal se tudo é urgente, nada é urgente.

2 – Prazo só é ruim se você quer fazer muitas coisas ao mesmo tempo: parafraseando Cazuza – multitasking é uma mentira que a sua vaidade quer acreditar que existe para te fazer perder tempo e se atrapalhar com prazos e qualidade de entregas. Fazer uma coisa por vez é o caminho.

3 – A informação existe, mas é preciso saber interpretá-la: há quem diga que dados são o novo petróleo, há quem discorde. Mas sabe qual é o ponto de convergência? Todo mundo acredita que saber ler e interpretar dados é a principal competência do profissional do futuro. E o letramento de dados depende muito da sua capacidade de organizar processos e informações de maneira lógica.

4 – Tem que ter plano B, C, D…: se sua empresa/equipe depende exclusivamente de uma ferramenta para trabalhar e essa ferramenta fica fora do ar, o que acontece? Ter um plano de continuidade de negócios passa também por ter processos bem estruturados.

Inovação e Transformação Digital

5 – A vida imita a arte ou a arte imita a vida?: inovar tem muitos paradoxos e a gente pode aprender de diversas maneiras como lidar com eles.

6 – PPT bonito não traz resultado: métricas existem para apontar de maneira rápida e lógica o que está funcionando e o que precisa melhorar. Use e abuse delas.

7 – Todo conflito tem um lado bom – ou a importância da diversidade na inovação: sabe aquelas campanhas que a gente vê e pensa “como é que isso foi aprovado”? Com certeza elas foram concebidas por um grupo pouco diverso de pessoas. Não teve ninguém para dizer que podia dar ruim. A mesma coisa acontece em processos de inovação. Quanto menos diversas as equipes são, menos elas inovam porque existem menos conflitos de ideias e repertórios.

8 – Disrupção é encontrar uma forma nova de resolver um problema antigo: se engana quem pensa que disrupção é quebrar a internet ou uma indústria de um dia para o outro. Ela é lenta e gradual, mas muda o mercado profunda e permanentemente.

Softskills

9 – Feedback serve para desenvolver, não para retaliar: já diz o samba que todo mundo erra sempre. E um erro não define sua jornada, ele é parte do processo. É importante estar aberto a erros e não cair nas armadilhas do perfeccionismo (que é outra mentira que a sua vaidade quer).

10 – A gambiarra de um é a genialidade de outro: criatividade tem bem menos a ver com lâmpadas de ideia ou artes e muito mais a ver com testar, perguntar, errar e tentar de novo.

11 – Tudo tem limite, inclusive a resiliência: saber se adaptar e lidar com as adversidades da vida é extremamente importante, mas também é importante saber dizer não, colocar limites e se respeitar. E tudo isso exige muito autoconhecimento.

12 – Ninguém vai resolver seus problemas mas é importante saber pedir ajuda: a senioridade vem da experiência e dos erros que você cometeu que te fizeram melhorar. Porém se você pedir ajuda a alguém mais sênior, fica mais fácil evoluir sem tanto perrengue.

13 – Felicidade não é um conceito abstrato: Vinicius de Morais em seu samba de bênção já dizia que é melhor ser alegre que ser triste, mas a gente só entende a alegria e a tristeza quando as vivencia. Vale dizer também que se você não está alegre, não desalegre a alegria dos alegres.

14 – Networking não é a conexão no Linkedin: ter conexões no Linkedin é importante, mas mais importante que isso é cultivar boas relações, saber ouvir e saber transmitir sua mensagem.

Futuro do trabalho e dos negócios

15 – Ir para o escritório todo dia é coisa do passado: o nosso híbrido possível é muito menos sofisticado do que o metaverso quer ser. Mas já é um começo do anywhere office.

16 – Trabalhar para viver, não viver para trabalhar: salário competitivo e bons pacotes de benefícios são o mínimo. O que os profissionais querem é respeito, autonomia, flexibilidade, propósito, alinhamento de valores com a organização e separar vidas pessoal e profissional. E com o aquecimento do mercado de tecnologia, os melhores profissionais são disputados e aproveitam sua mobilidade para escolher trabalhar em empresas que estejam alinhadas com seus valores.

17 – Diversidade tem de estar na estratégia, não só na base: e diversidade não é só pluralidade de gênero e raça, mas de faixa etária, classe social, anticapacitismo e por aí vai.

18 – ESG não é uma moda: as organizações precisam pensar no impacto que elas causam na sociedade, no meio ambiente e no futuro da humanidade.

Marketing e Vendas

19 – Conhece teu target como a ti mesmo: Marília Mendonça nos deixou mais do que um legado musical, mas uma aula de posicionamento.

20 – Camarão que dorme a onda leva: o marketing digital exige esforço, reforço e presença, além do grande entendimento de sua audiência. Isso porque ele explora muito a impulsividade, então se você não está ligado no momento, a oportunidade se perde ali.

21 – Às vezes sai mais barato dar uma festa: A farofa da GKay é um exemplo de que um evento adequado para o público que se quer atingir sai mais barato que investir em mídia e alcança mais gente.

22 – Faça o que os outros estão fazendo, mas faça do seu jeito: além de valer o teste e entender se existe ali uma oportunidade de negócio, explorar o hype é uma forma de inovar e aprender mais sobre sua audiência.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon tem crescido exponencialmente, nesse mês de outubro/2021 tivemos 8.000 visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

DESPESAS DE PARLAMENTARES COM JANTARES É UM ABSURDO DE CARO

 

Por
Lúcio Vaz – Gazet do Povo

Fernando Collor é o senador que fez a maior despesa num só jantar| Foto: Pedro França/Agência Senado

As despesas de parlamentares com jantares tinham um ponto de comparação – os auxílios emergenciais. Ainda durante pandemia da Covid-19, esses gastos passaram a superar o salário mínimo. Mas o senador Fernando Collor (PROS-AL) ultrapassou todos os limites. Ele bancou R$ 22,8 mil por um jantar para quase 100 pessoas na churrascaria Fogo de Chão, em Brasília, dia 26 de agosto. Mas quem pagou foi o contribuinte. Talvez a maior “boca-livre” da história do Senado.

A despesa foi tão alta que exigiu três notas fiscais, no valor médio de R$ 7,6 mil. Pelo registro dos pratos principais, foram 97 convidados. O valor de cada um é próximo do valor médio do último Auxílio Emergencial – R$ 235. Os 26 petit gateau custaram R$ 780 – igual a três Auxílios. A festança terminou no início da madrugada.

O suplente de senador Chiquinho Feitosa (DEM-CE), que substitui Tasso Jereissatti (PSDB-CE), tomou posse no dia 3 de novembro e, no dia seguinte, fez uma despesa de R$ 1.462 no restaurante Manoelzinho Portugal – quase quatro Auxílios Brasil. Os 10 picadinhos à Moda Rio custaram R$ 690. Os 10 pastéis de nata, R$ 249. No dia 16, mais um gasto de R$ 693 no mesmo restaurante. Os oito queijinhos do céu ficaram por R$ 199. No dia seguinte, o senador gastou mais R$ 1.372 no restaurante Coco Bambu.

As duas porções de Filé à Paris custaram R$ 434 – mais que o Auxílio Brasil de governo Bolsonaro. Em 19 dias, as despesas somaram R$ 4,5 mil. Segundo informação da assessoria do senador Chiquinho, as refeições ocorreram no seu gabinete, com a participação dos assessores, para tratar das votações no Congresso. Em novembro, além do salário parcial de R$ 32,5 mil, ele também recebeu R$ 33,7 mil ajuda de custo de início de mandato, mais conhecido como “auxílio mudança”. Mas vai ficar só quatro meses no Senado. Quando sair, receberá a ajuda de “final de mandato”.


Jantar para “alinhamento de sessão”
O senador Carlos Portinho (PL-RJ) assumiu como titular em novembro do ano passado, com a morte do senador Arolde Oliveira (DEM-RJ). Em agosto deste ano, gastou R$ 1.101 no restaurante italiano Fasano Al Mare, no Rio de Janeiro, em Jantar com secretário estadual de Planejamento e Gestão do Estado, José Luís Zamith, e equipe. Os pratos mais caros foram um Risotto di Gamberi (R$ 138) e um Tonno in Crosta (R$ 136).

Em 23 de setembro, Portinho ofereceu um jantar à equipe jurídica para “alinhamento da sessão do Congresso” no restaurante Kawa, em Brasília. No valor total de R$ 1.077, o jantar teve três porções de ostras a R$ 144, dois Shake Aburi Salmão por R$ 148, três Kawa Hi a R$ 195 e uma unidade de Kawa Combinado por R$ 196. Teve ainda tempura de camarão e Arakawa com polvo.

A assessoria de Portinho afirmou ao blog que o senador “utiliza os recursos de alimentação com parcimônia”, sempre no exercício do trabalho parlamentar com a equipe ou representantes de instituições de interesse público. “Os jantares destacados na reportagem deram continuidade às reuniões de trabalho sobre projetos que revertem em riquezas muito superiores para o Estado do Rio de Janeiro”.

Suplentes e caciques usufruem mordomias
O suplente Giordano assumiu o mandato no final de março, com a licença do senador José Serra (PSDB-SP). Em julho, gastou R$ 974 na churrascaria Fogo de Chão. Os cinco espetos adultos custaram R$ 850. Em outubro, pagou R$ 1.130 na Churrascaria Rodeio. A picanha para duas pessoas ficou por R$ 385.

Em quatro meses de mandato, como mostrou o blog, Giordano havia gasto R$ 10 mil com refeições. Ele afirmou que os pedidos são feitos em respeito às normas legais, “estando restritos a compromissos de natureza política, funcional ou de representação parlamentar, nos moldes do regramento estabelecido pelo Senado”. Até novembro, já torrou R$ 26,7 mil – suficiente para pagar 67 Auxílios Brasil. O mês de maiores gastos foi outubro – R$ 5,7 mil. Ele também ganhou a ajuda de custo de início de mandato.

Em agosto, a senadora Mailza Gomes (PP-AC) convidou 15 prefeitos do Acre e o governador Gladson Cameli (PP) para um almoço no restaurante Bier Fass, no Lago Sul. A despesa com pizza calabresa, bolinho de bacalhau, pastéis, salsichão acebolado, frango à passarinho, peixe ao molho tártaro, peixe com risoto de frutos do mar, carne de sol, chegou a R$ 1.280. O gabinete da senadora disse que a despesa “é legal, não há o que ser questionado”. Mas a senadora não voltou a fazer extravagâncias culinárias

No início de setembro, o blog também mostrou que a gastança com restaurantes não era uma prática apenas do baixo clero. Nos intervalos da CPI da Covid-19, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) oferecia almoços generosos no seu gabinete a assessores e jornalistas convidados, com a conta chegando a R$ 900. Um dia após a criação da CPI, em 14 de abril, Renan serviu duas porções de bacalhau na brasa no valor total de R$ 540, mais duas unidades de picanha por R$ 332. Foi reembolsado pelo Senado em R$ 911.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/lucio-vaz/despesa-de-senador-com-jantar-chega-a-r-22-mil-maior-boca-livre-da-historia/
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PETROBRAS AINDA DOMINA O MERCADO DE COMBUSTÍVEIS

 

Óleo e gás

Por
Célio Yano – Gazeta do Povo

Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, é uma das unidades que devem ser vendidas pela Petrobras.| Foto: Agência Petrobras

Apesar de a quebra do monopólio da indústria do petróleo no Brasil completar 25 anos em 2022, a Petrobras ainda mantém, na prática, o controle do mercado de combustíveis do país. As sucessivas altas no preço da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha ao longo de 2021 poderiam ser menores caso houvesse mais concorrência no mercado de refino, segundo especialistas.

Há alguns anos, a empresa tem buscado reduzir seu portfólio de ativos. A partir de 2011, quando a petrolífera iniciou um plano estratégico de venda de negócios, já se desfez de mais de 80 ativos, segundo levantamento da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

No ano passado, por exemplo, a Petrobras finalizou a venda da Liquigás para o consórcio formado pela Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás. No último mês de junho, a Petrobras vendeu os 37,5% de participação que ainda mantinha na BR Distribuidora desde que iniciou o processo de desestatização, em julho de 2019.

O propósito das operações é abrir mercado para a concorrência em determinados segmentos e, ao mesmo tempo, fazer caixa para reduzir o endividamento da empresa. Nesse sentido, a Petrobras também tem abandonado a participação em mercados específicos, como de geração de energia e fertilizantes, para concentrar sua atuação na exploração e produção de petróleo em águas profundas.

No ano passado, foram retomados os processos de venda da Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa) e da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III). No último mês de novembro, a empresa concluiu a venda de suas participações acionárias de 20% na Termelétrica Potiguar (TEP) e de 40% na Companhia Energética Manauara (CEM).

A abertura do mercado e a venda de dezenas de ativos nos últimos anos são alguns dos argumentos do atual presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, para rebater as críticas à política de preços da empresa. “Reforçamos isso: não há monopólio. A Petrobras não é a única supridora do mercado. Atribuir à Petrobras preço de combustível não é correto”, disse Silva e Luna em uma audiência pública recente.

Os preços dos combustíveis ao consumidor acumulam alta de 50,43% em 2021, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro. A companhia justifica os reajustes nas refinarias, em compasso com o mercado global, pela necessidade de se importar cerca de 20% do que é consumido no Brasil, uma vez que as refinarias não são capazes de suprir a demanda interna de derivados. Mas, quase sem concorrência, a empresa acaba dificultando o investimento privado em novas refinarias e ditando o valor dos produtos que são enviados às distribuidoras.

A estatal chegou a ser alvo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que investigava, em um inquérito administrativo, suposto abuso de posição dominante no mercado de refino. Em 2019, a empresa assinou um acordo, que suspendeu a investigação, por meio do qual se comprometeu a vender oito refinarias de petróleo, além dos ativos relacionados ao transporte de combustíveis. O prazo dado para o desinvestimento era de dois anos, mas aditivos postergaram a validade do acordo.


Participação da Petrobras no refino de combustíveis
Até este ano, 13 das 17 refinarias que operam no Brasil pertenciam à Petrobras, que concentrava quase a totalidade do mercado de refino. De janeiro a setembro de 2021, as refinarias da estatal responderam por 98,9% de toda a produção de derivados de petróleo no país, com 479,9 milhões dos 485,2 milhões de barris refinados em território nacional, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Juntas, as refinarias Dax Oil, Manguinhos, Riograndense e Univen, que pertencem à iniciativa privada, responderam por apenas 5,3 milhões de barris, ou 1,1% da produção no período.

Em 1.º de outubro, a, titularidade da operação da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, foi transferida da estatal para a Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, do fundo Mubadala. Ainda assim, naquele mês, a Petrobras respondeu por 86,2% de todo o refino do país, com 52,5 milhões dos 60,9 milhões de barris refinados.

Além da RLAM, a Refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, já tiveram seus contratos de venda assinados, mas o processo de desinvestimento ainda não foi concluído. Segundo a Petrobras, quando a transferência da operação estiver efetivada, a estatal responderá por aproximadamente 50% do abastecimento do mercado de combustíveis no país.

A empresa se comprometeu a vender ainda as unidades Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará; Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco; Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais; Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná; e Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul.

“Mesmo se as oito refinarias que foram acordadas com o Cade forem vendidas com sucesso, a Petrobras ainda seria líder no refino do país, com presença nos principais mercados, especialmente no Sudeste”, diz o economista Ilan Arbetman, analista de petróleo e gás da Ativa Investimentos. “O poder de pricing [formação de preços] da Petrobras iria se manter alto, ela iria continuar sendo pricemaker [formadora de preços].”

Para ele, uma eventual privatização da Petrobras, como tem sido defendida por autoridades nos últimos meses, não modificaria o mercado de combustíveis, especialmente em se tratando de precificação dos produtos. O setor de refino, que hoje é praticamente um monopólio estatal, apenas passaria a sê-lo na iniciativa privada.

Conrado Magalhães, da Guide Investimentos, lembra que a dinâmica de preços praticada pela Petrobras está muito relacionada ao fato de o Brasil não ser autossuficiente no refino de petróleo para abastecer o mercado interno.

“Parte do problema dessa ausência do refino vem desse monopólio. A iniciativa privada é relutante em investir nesse espaço porque tem uma empresa estatal que pode absorver lucro”, diz. “A dinâmica que está elevando os preços agora não seria melhor com uma Petrobras privatizada.”


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MARCO LEGAL DAS FERROVIAS FOI ASSINADO PELO PRESIDENTE BOLSONARO

 

Lei sancionada

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Novo marco atrai bilhões de reais em investimentos em ferrovias e deve levar modal a dobrar participação na matriz de transportes do país.| Foto: Alberto Ruy/Ministério da Infraestrutura

Nesse feriado de Natal, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei do marco legal das ferrovias. É a volta do Brasil aos trilhos! Lembro do meu tempo de criança de ser acordado pelo apito do trem da madrugada e de aos domingos ir com meus amigos na estação ferroviária para ver a chegada do trem paulista, às 11h da manhã, lá no Rio Grande do Sul.

A estação ferroviária era o ponto de encontro, o acontecimento da cidade. Os jornais chegavam pelo trem que vinha de Porto Alegre. Os trens eram o principal meio de transporte na época. Mas depois foram abandonados.

Um país de 8,5 milhões de quilômetros quadrados abandonar os trens foi uma tremenda burrice estratégica, e agora está todo mundo reconhecendo que o transporte por trem é o mais barato, seguro e garantido.

E agora temos esse marco facilitador das ferrovias, em que a iniciativa privada assume todos os riscos através de uma simples autorização. Não tem leilão e não é concessão. A empresa simplesmente manifesta o desejo de construir uma ferrovia e o governo diz “ok, vá em frente”.

Nem bem essa lei foi sancionada e saiu no Diário Oficial e já existem 64 pedidos de autorização que revelam um investimento total de R$ 180 bilhões para fazer 15 mil quilômetros de ferrovias. Ora, isso já vai provocar um senhor aumento no número de ferrovias no país.

Além disso, o Brasil vai ter também navegação de cabotagem facilitada, estimulada e financiada, com mais navios que podem ser afretados do exterior, e maiores facilidades. Terminais, portos, Manaus ligada a Porto Alegre… é uma aquavia de mais de 7 mil quilômetros.

No tapetão do STF

Mais uma vez o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) recorre ao Supremo Tribunal Federal contra o governo. Eu não sei se ele trabalha no STF, ou se o Supremo trabalha para ele.

Agora é para saber porque Bolsonaro disse lá pelas tantas que ia tornar público os nomes dos técnicos da Anvisa que autorizaram a aplicação da vacina da Pfizer para crianças.

Fosse comigo, eu responderia com o artigo 37 da Constituição, que diz que o serviço público na administração direta ou indireta deve obedecer os princípios da legalidade, impessoalidade… e publicidade. É tudo público. E é uma questão muito, mas muito grave, que precisa ter publicidade mesmo.

Tão importante quanto essa consulta que o Ministério da Saúde está propiciando para que os pais se manifestem sobre a vacina da Pfizer para os seus filhos, porque ninguém sabe o que vai acontecer daqui a 20 anos, e é bom que se tenha todas as informações, absolutamente todas, para se tomar uma decisão.

Passe livre em Lontras
Enquanto isso, em Lontras (SC), a Câmara de Vereadores aprovou por sete votos e uma ausência uma lei proibindo a exigência de passaporte ou comprovante de vacina na cidade.

É um dos municípios que está levando a Constituição a sério, porque outros não estão. A Constituição diz que é livre a locomoção em todo território nacional em tempos de paz. Por isso, o dia que eu precisar viajar com liberdade eu vou para Lontras.


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PRÉ-CANDIDATOS AO SENADO EM VÁRIOS ESTADOS

 

Eleições
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília

Bolsonaro e Lula articulam candidaturas de aliados para o Senado em 2022| Foto: Alan Santos/PR e Ricardo Stuckert

Apostas tanto do presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para 2022, as candidaturas de nomes aliados para a disputa ao Senado já movimentam políticos em diversos estados do país. Paralelamente, outros nomes também buscam se viabilizar em partidos da chamada terceira via.

No próximo pleito, cada estado irá eleger ou reeleger apenas um senador e a Casa irá renovar um terço de seus mandatos. Veja abaixo quem termina o mandato em 2022 e como está a construção das candidaturas em cada região do país.

Sudeste 
SÃO PAULO

Inicialmente, o senador José Serra (PSDB) havia sinalizado que não pretendia disputar um novo mandato. No entanto, o tucano já avisou a cúpula do partido que será candidato à reeleição.

Com problemas de saúde, Serra se afastou do mandato até o final deste ano e foi substituído pelo seu suplente, José Aníbal (PSDB). O tucano tem dito que, embora a doença de Parkinson afete seus movimentos, ele continua lúcido e pretende, inclusive, retornar ao mandato no Senado nos próximos meses.

O estado deve ter uma das disputas mais acirradas pelo cargo de senador, diante da pulverização de candidaturas. Filiado ao PL, o presidente Jair Bolsonaro avaliou lançar o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. Em meados de dezembro, no entanto, Salles disse ter sido preterido na preferência de Bolsonaro pelo ex-presidente da Fiesp, Paulo Skaf (MDB). No palanque, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, deve concorrer ao governo do estado.

Na esquerda, o PT tenta uma composição com o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) para vice na chapa do ex-presidente Lula. Nesse caso, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) tentaria o Senado, enquanto Márcio França (PSB) entraria na disputa pela governo estadual. Mas o PT resiste em retirar a pré-candidatura de Haddad.

Inicialmente cotado para disputar a Presidência da República pelo pelo PSL, o apresentador de TV José Luiz Datena decidiu migrar para o PSD para disputar o Senado. A disputa pode ganhar ainda a candidatura da deputada estadual Janaina Paschoal (PSL) em um palanque com o ex-ministro Sergio Moro (Podemos).

RIO DE JANEIRO

O senador Romário (PL) trabalha para viabilizar sua reeleição ao Senado num palanque que teria o presidente Jair Bolsonaro. A entrada do chefe do Palácio do Planalto no partido de Romário deve pavimentar esse apoio. “Eu convivi com o Bolsonaro quatro anos e ele é um cara muito sério”, defendeu o senador.

Nomes ligados ao presidente, no entanto, trabalham nos bastidores para ocupar essa vaga no reduto da família Bolsonaro. Existe ainda a possibilidade do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) entrar nessa disputa.

Na oposição, o deputado Alessandro Molon (PSB) tenta cacifar a sua candidatura ao Senado com apoio de Marcelo Freixo (PSB), que irá disputar o governo. Já o atual presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, vem sendo cortejado pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), a entrar na disputa ao Senado pelo seu partido.

MINAS GERAIS

O senador Antônio Anastasia (PSD) seria candidato à reeleição, mas ele recém-assumiu uma cadeira de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Com isso, integrantes do PT já trabalham para indicar o deputado Reginaldo Lopes como candidato ao Senado na chapa do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, pré-candidato ao governo de Minas.

Os petistas, no entanto, ainda dependem de um acordo com a cúpula do PSD, que pretende lançar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na disputa pelo Palácio do Planalto.

O ex-ministro do Turismo Marcelo Álvaro (PSL) tem rodado o estado e busca se cacifar como candidato de Bolsonaro. Atualmente, Álvaro ocupa um mandato de deputado federal e não descarta seguir para o PL na próxima janela partidária.

O estado conta ainda com outra possível candidatura ao Senado do deputado federal André Janones (Avante). O parlamentar também tem se posicionado como possível nome à Presidência da República.

ESPÍRITO SANTO 

A senadora Rose de Freitas (MDB) trabalha para renovar o seu mandato em 2022. Ela deve enfrentar nomes como os do ex-senador Magno Malta (PL) e do deputado federal Da Vitória (Cidadania). Ambos costuram suas candidaturas e buscam apoio do presidente Bolsonaro.

Na oposição, o ex-governador Paulo Hartung (sem partido) vem sendo cortejado por lideranças capixabas para entrar na disputa pelo Senado em 2022. Hartung, no entanto, tem mantido distância das costuras locais e ainda não definiu se pretende disputar um cargo eletivo novamente.


Sul
PARANÁ

O senador Alvaro Dias (Podemos) ainda não confirmou se irá tentar uma reeleição no próximo ano. Em princípio, essa é a tendência. Nos bastidores, especula-se que o recém-filiado ao Podemos Sergio Moro possa optar pelo Senado caso não consiga viabilizar sua candidatura a presidente.

O estado pode ainda ter a candidatura da ex-governadora Cida Borghetti (PP) na chapa de reeleição do governador Ratinho Jr. (PSD). A aproximação vem sendo costurada pelo líder do governo Bolsonaro na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP), marido de Cida.

Por outro lado, o deputado e presidente estadual do PL, Fernando Giacobo, também busca ser candidato ao Senado na chapa do governador paranaense. O parlamentar admite que a composição só deve ocorrer se Ratinho Jr. garantir palanque para Bolsonaro. O PSD, partido do governador, pretende lançar o senador Rodrigo Pacheco ao Palácio do Planalto.

“Eu conversei com Bolsonaro e ele quer um candidato ao Senado pelo PL. Ele sinalizou que eu posso ir para essa missão [candidato ao Senado]”, afirma Giacobo.

RIO GRANDE DO SUL

O senador Lasier Martins (Podemos) será candidato à reeleição. Já a ex-senadora Ana Amélia estuda deixar o PP e migrar para o PSD para tentar voltar ao Senado em 2022. Além disso, existe ainda a possibilidade que o atual governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), possa concorrer ao Senado.

No campo da esquerda, a ex-deputada Manuela D’ávila (PCdoB) e o deputado Paulo Pimenta (PT) ensaiam suas eventuais candidaturas ao Senado. Contudo, ambos esperam a chancela de Lula para oficializarem seus nomes na disputa.

SANTA CATARINA

O senador Dário Berger (MDB) pretende deixar o Senado e entrar na disputa pelo governo do estado. Com isso, o ex-deputado Edinho Bez trabalha para ser o candidato do partido na disputa pela vaga de senador catarinense.

Em outra frente, o presidente Jair Bolsonaro convidou o empresário Luciano Hang a disputar com seu apoio. Em depoimento à CPI da Covid, Hang confirmou que o convite foi feito e que está trabalhando na ideia junto ao senador Jorginho Mello (PL), que vai disputar o governo estadual.

Nordeste
MARANHÃO

Roberto Rocha (PSDB) pretende renovar seu mandato como senador e conta com sinalizações de apoio do presidente Jair Bolsonaro. O tucano deverá enfrentar o atual governador, Flávio Dino, que recentemente se filiou ao PSB e irá disputar o Senado com o apoio de Lula.

PIAUÍ

O Piauí terá a candidatura à reeleição do senador Elmano Férrer (PP) com apoio do presidente Bolsonaro. Já no PT, o atual governador Wellington Dias será candidato ao Senado com apoio do ex-presidente Lula.

CEARÁ

O senador Tasso Jereissati (PSDB) já sinalizou que não pretende disputar a reeleição ao Senado nas próximas eleições. O tucano, que chegou a entrar nas prévias do PSDB para o Palácio do Planalto, abriu mão de seu nome para apoiar Eduardo Leite, que posteriormente acabou sendo derrotado por João Doria.

No estado, o governador Camilo Santana (PT) desponta como principal nome da esquerda. Além do aval do ex-presidente Lula, Santana conta apoio com clã Ferreira Gomes, que tem Ciro Gomes (PDT) como pré-candidato à Presidência.

Até o momento, a oposição a Camilo Santana não tem nome na disputa ao Senado, mas tem se movimentado em torno de Capitão Wagner (Pros) como pré-candidato ao governo.

RIO GRANDE DO NORTE

O senador Jean Paul Prates será candidato à reeleição pelo PT com apoio de Lula na chapa da atual governadora Fátima Bezerra (PT).

No campo da direita, dois ministros do governo Bolsonaro disputam espaço: Fábio Faria (Comunicações) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).

Recentemente, Bolsonaro confirmou o impasse entre as duas candidaturas, mas afirmou que acreditava em um consenso entre os dois nomes até a definição das candidaturas. “Ele [Fábio Faria] quer alguma coisa e o Rogério [Marinho] parece que quer a mesma coisa. Quem sabe, no final das contas, tire um par ou ímpar entre os dois. Mas sei que eles vão chegar a um bom entendimento”, afirmou o presidente em entrevista à rádio 96 FM do Rio Grande do Norte.

PERNAMBUCO

O senador Fernando Bezerra (MDB) pretendia concorrer à reeleição com apoio do presidente Bolsonaro. O emedebista, no entanto, acabou se afastando do governo depois que foi preterido na disputa pela vaga de ministro do TCU. Com a derrota, Bezerra deixou a liderança do governo no Senado.

O filho do senador, Miguel Coelho (DEM), irá disputar o governo estadual e deve garantir palanque para o Senador na região. Na esquerda, o atual governador Paulo Câmara (PSB) vai disputar o Senado em uma aliança que vem sendo costurada pelo ex-presidente Lula. A estratégia visar a atrair o PSB para apoiar a candidatura de Lula à Presidência.

PARAÍBA

A senadora Nilda Gondim (MDB) admite que não pretende disputar o cargo nas eleições do ano que vem. Ela assumiu o mandato neste ano depois da morte do senador José Maranhão em decorrência da Covid-19. “Quero continuar a ajudar o meu partido e continuar participando da política como uma mera espectadora. Não vou mais disputar nada”, disse recentemente.

Ocupando o posto de líder do DEM na Câmara, o deputado Efraim Filho já articula sua candidatura ao Senado em 2022 pelo União Brasil (partido que vai surgir da fusão do DEM com o PSL). Além dele, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também é cotado para entrar na disputa por uma vaga de senador com apoio do presidente Jair Bolsonaro.

SERGIPE

A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) não pretende ser candidata à reeleição por Sergipe em 2022. Com a criação do União Brasil, outras lideranças locais se articulam para entrar na corrida eleitoral.

Na esquerda, o senador Rogério Carvalho (PT), que tem mandato até 2026, pretende entrar na disputa pelo governo estadual. Com isso, o partido do ex-presidente Lula busca nomes dentro da sigla para entrar na disputa pelo Senado. Enquanto isso, o ex-governador Jackson Barreto (MDB) tem rodado o estado como pré-candidato ao Senado pelo seu partido.

ALAGOAS

O senador Fernando Collor (Pros) irá tentar renovar o seu mandato com apoio do presidente Jair Bolsonaro. Já o senador Renan Calheiros (MDB), que tem mandato até o final de 2026, irá trabalhar para que o seu primogênito, Renan Filho, atual governador, seja conduzido ao Senado na chapa do ex-presidente Lula. Renan é um dos principais articuladores para uma recomposição do PT com o MDB.

BAHIA

O senador Otto Alencar (PSD) vai tentar renovar o seu mandato com apoio do ex-presidente Lula. A chancela ao projeto de reeleição foi dada pelo líder petista, que travou a candidatura ao Senado de Rui Costa (PT), atual governador do estado.

Apontado como candidato ao governo estadual, o ministro da Cidadania, João Roma, cogita também a possibilidade de disputar o Senado com apoio do presidente Bolsonaro. Isso aumentaria suas chances de ser eleito, já que as pré-candidaturas de ACM Neto (DEM) e de Jacques Wagner (PT) ao governo estadual já estão mais consolidadas na Bahia.

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Centro-Oeste
GOIÁS

No Senado desde 2019, quando assumiu a cadeira como suplente de Ronaldo Caiado (DEM), o senador Luiz do Carmo (MDB) quer se candidatar à reeleição no ano que vem. Já no PSL, o deputado Delegado Waldir vem sendo testado como pré-candidato ao governo goiano, aliados do Planalto, no entanto, não descartam que o parlamentar entre na disputa pelo Senado, caso tenha mais viabilidade.

Recém-filiado ao PSD, o secretário da Fazenda do governo de São Paulo, Henrique Meirelles, também pretende disputar mandato de senador. Ele é goiano e já foi eleito deputado federal por Goiás, mas abdicou do mandato para ser presidente do Banco Central no governo do ex-presidente Lula. Agora, a convite do senador Vanderlan Cardoso, se filiou PSD e tem o apoio do deputado federal Francisco Júnior.

DISTRITO FEDERAL

Encerrando o mandato em 2022, o senador Reguffe (Podemos) trabalha para viabilizar sua candidatura ao governo do Distrito Federal em oposição ao atual governador Ibaneis Rocha (MDB). Para disputar a cadeira de Reguffe, a ministra da Secretaria de Governo, Flavia Arruda, é apontada como nome da chapa de Ibaneis e com apoio de Bolsonaro.

Na oposição, o PT deve lançar o nome da deputada federal Érika Kokay. Já o Novo lançou a pré-candidatura do advogado Paulo Roque, que trabalha em uma eventual composição com Reguffe.

MATO GROSSO

Integrante do PL, núcleo duro do Centrão, o senador Wellington Fagundes já trabalha para ter o apoio de Jair Bolsonaro. Apesar disso, o presidente já sinalizou que nome ao Senado que receberia o seu apoio no estado seria o do deputado federal José Medeiros (Podemos).

Medeiros é integrante do mesmo partido de Sergio Moro, mas já sinalizou que não pretende apoiar o ex-ministro no estado. Uma mudança de sigla não é descartada pelo parlamentar que é vice-líder do governo na Câmara.

Fagundes e Medeiros são do mesmo grupo político na região. O senador já falou que não pretende entrar em atrito pela candidatura. E disse que isso será definido no começo de 2022 durante as convenções partidárias.

MATO GROSSO DO SUL

O mandato da senadora Simone Tebet (MDB) se encerra em 2022. A emedebista é testada como pré-candidata à Presidência, mas a manutenção da candidatura ainda é uma incerteza dentro do partido. Diante disso, ela não descarta tentar renovar seu mandato por mais oito anos no Senado.

Além de Tebet, o Mato Grosso do Sul deve ter ainda a candidatura da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Atualmente filiada ao DEM, a ministra pretende se filiar ao PP para disputar o Senado com apoio do presidente Jair Bolsonaro no estado.

Norte
AMAZONAS

Presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD) termina seu mandato em 2022, mas tem planejado se lançar como candidato ao governo do Amazonas. A estratégia, no entanto, esbarra nos planos do também senador Eduardo Braga (MDB), que só encerra o seu mandato em 2027. Com uma aliança entre os dois, Aziz sinaliza que poderia tentar renovar seu mandato no Senado, caso a candidatura do emedebista ao governo estadual tenha mais viabilidade.

Já o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, que foi derrotado nas prévias do PSDB para a Presidência da República, admitiu aos seus interlocutores que irá lançar seu nome ao Senado em 2022.

ACRE

A senadora Mailza Gomes (PP) encerra seu mandato como senadora pelo Acre em 2022. A parlamentar, no entanto, tem encontrado dificuldades para viabilizar sua reeleição na chapa do atual governador Gladson Cameli, que é do seu partido e será candidato à reeleição. Integrantes do partido dizem que a candidatura de Mailza só será viabilizada caso haja um crescimento de seu nome nas pesquisas de intenção de voto.

Em negociações com o PP, o deputado federal Alan Rick (DEM) tenta entrar na chapa do atual governador como candidato para o Senado. Com a fusão do seu partido com o PSL para criação do União Brasil, Rick tem sinalizado que sua candidatura terá mais força diante da estrutura do novo partido.

Mas o senador Márcio Bittar (PSL), que tem mandato até o final de 2026, tem costurado ainda a candidatura de sua esposa, Márcia Bittar para o Senado. Márcio, inclusive, tem afirmado que a matriarca da família é a candidata do presidente Jair Bolsonaro no estado.

Já na oposição, o ex-senador Jorge Viana (PT) tentará se eleger com apoio do ex-presidente Lula na região. O líder petista já deu aval ao nome de Viana, que tem rodado o estado em busca de apoio.

AMAPÁ

Ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM) planejava disputar o governo do Amapá com apoio do presidente Jair Bolsonaro em 2022. Alcolumbre, no entanto, entrou em atrito com o governo por causa da indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF), como presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e agora a aliança é vista como improvável.

Mesmo assim, Alcolumbre ainda pretende disputar o governo e, ao mesmo tempo, lançar o seu irmão Josiel Alcolumbre para sua vaga no Senado. Josiel chegou a disputar a prefeitura de Macapá na disputa municipal do ano passado, mas acabou derrotado em meio à crise de energia que o estado passou no período eleitoral.

Candidato derrotado nas eleições municipais de 2020, Cirilo Fernandes se filiou ao Podemos e conta com apoio da presidente do partido, a deputada Renata Abreu (SP), para disputar o Senado pelo estado do Amapá. “Já estamos lançando o Cirilo como nosso pré-candidato ao Senado. Estamos muito contentes com sua chegada ao Podemos”, afirma Abreu.

TOCANTINS

A senadora Katia Abreu (PP) pretende tentar sua reeleição com apoio do PT na região. Em outra frente, o ex-governador Marcelo Miranda (MDB) também tem reunido lideranças da região e sinalizado suas intenções de entrar na disputa.

O estado pode ainda ter a candidatura da atual deputada Professora Dorinha (DEM). A parlamentar passou a ser cotada para o Senado depois do anúncio da fusão de seu partido com o PSL para a criação do União Brasil.

RORAIMA

O senador Telmário Mota (Pros) vai tentar renovar o seu mandato pelo estado de Roraima. Mota deve ter como principal adversário o ex-senador Romero Jucá (MDB), que foi derrotado em 2018 após denúncias envolvendo seu nome na operação Lava Jato.

RONDÔNIA

O senador Acir Gurgacz (PDT) não deverá disputar mais uma reeleição para o Senado. Com isso, nomes como de Jaqueline Cassol, presidente do PP no estado, e do ex-senador Expedito Júnior (PSDB) já articulam suas candidaturas.

PARÁ

O senador Paulo Rocha (PT) irá disputar à reeleição com apoio do ex-presidente Lula no estado. Ainda não há definição de outros nomes no estado.


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COLAPSO DA UNIÃO SOVIÉTICA FAZEM 30 ANOS

 

História
Por
Sheila Fitzpatrick* – Gazeta do Povo
The Conversation

Brasão da União Soviética em Moscou, Rússia. Há 30 anos, em 26 de dezembro de 1991, a União Soviética era formalmente dissolvida| Foto: EFE/EPA/YURI KOCHETKOV

Imagine que em 2023, no quarto ano de uma pandemia que exacerbou as tensões e prejudicou a economia, após meses de disputas sobre as fronteiras internas e um aumento do prestígio dos premiês estaduais em relação ao primeiro-ministro, os premiês dos estados australianos de Nova Gales do Sul, Victoria e Austrália do Sul se reúnem secretamente e declaram que a Comunidade da Austrália efetivamente deixou de existir e que os estados passarão a ser nações independentes.

(A Austrália Ocidental, vamos imaginar, já proclamou sua soberania independente, e Tasmânia e Queensland logo seguiram a decisão.) Embora o embaixador dos EUA tenha sido informado com antecedência sobre a decisão dos premiês estaduais, o primeiro-ministro australiano não teve aviso prévio. Em poucas semanas, o primeiro-ministro foi forçado a renunciar e a bandeira australiana foi baixada pela última vez em Canberra.

Não foi exatamente isso que aconteceu na União Soviética como resultado dos Acordos de Belovezh, assinados pelos líderes de três repúblicas soviéticas em uma casa de campo estatal na Bielorrússia em 8 de dezembro de 1991, mas foi quase isso.

Passaram-se 30 anos desde que a União Soviética foi dissolvida na esteira de um esforço fracassado de reformas pelo líder soviético Mikhail Gorbachev, eleito secretário-geral do Partido Comunista Soviético em 1985.

A crise soviética de 1991
A União Soviética, criada pela Revolução Bolchevique de 1917, consistia em 16 repúblicas integrantes, nomeadas por sua nacionalidade majoritária (Russa, Ucraniana, Georgiana e assim por diante).

Apesar dos episódios notórios de repressão, como a deportação de chechenos do Cáucaso durante a Segunda Guerra Mundial, a discriminação étnica era em geral desencorajada.

Mesmo com toda a alardeada centralização do sistema soviético – dirigido de Moscou pelo Politburo do único partido político do país, o Partido Comunista da União Soviética, com ramificações que se estendiam da república aos locais de trabalho – Moscou na prática delegou poderes substanciais aos seus líderes republicanos nomeados. Moscou tinha o poder de fogo, é claro, mas a partir dos anos 1970, o usou com moderação.

A crise de 1991 na União Soviética foi provocada não por uma pandemia, mas pela “revolução vinda de cima” de Gorbachev, que prometia abertura democrática (glasnost) e reestruturação econômica (perestroika) para estimular a iniciativa e tornar o sistema de cima para baixo mais flexível.

Infelizmente, Gorbachev deixou a economia como última prioridade e começou com a democratização, o que teve o efeito de provocar ondas de críticas que minaram a autoridade e a confiança, e as coisas rapidamente degringolaram.

Em meados de 1991, com o Partido Comunista cada vez mais desunido, a maioria dos líderes republicanos parou de ouvir Moscou e mudou seu título de primeiro secretário do partido para presidente republicano.

Os estados bálticos e a Armênia já haviam reivindicado a soberania quando os três presidentes de Rússia, Ucrânia e Bielorrússia se reuniram na floresta de Belovezh (Gorbachev não foi convidado) e votaram pela independência e pelo fim da União. Em 25 de dezembro, Gorbachev renunciou à presidência soviética e a bandeira soviética sobre o Kremlin foi baixada.

Declínio de um “império”
Apenas os três estados bálticos, uma incorporação tardia à União Soviética que nunca foi totalmente aceita pela população, tinham movimentos populares de independência bem desenvolvidos, então os novos estados sucessores precisavam acelerar-se. O nacionalismo popular teve de ser alimentado e as histórias nacionais tiveram de ser escritas, geralmente em termos de opressão colonial sob o domínio soviético (russo).

Os historiadores ocidentais, que antes não chamavam a União Soviética de “império”, apressaram-se em ajustar sua terminologia: se um estado multinacional se dividia em segmentos nacionais, o que mais poderia ser do que uma revolta das colônias contra o domínio imperial?

O termo não era totalmente impreciso: a Rússia era a maior e mais populosa república, Moscou era a capital da União e o russo sua língua franca.

Na história soviética, o fluxo de recursos (“exploração econômica”) ocorria principalmente da periferia para o centro, embora nos momentos finais o contrário tenha sido mais frequente.

Se a União Soviética era um império, entretanto, era um império estranho. Deixando de lado a ideologia anti-imperialista de seus fundadores revolucionários, havia o fato de que, temendo um indevido domínio russo, eles deram à República Russa menos poderes e prerrogativas do que outras repúblicas, e de maneira geral desencorajaram o nacionalismo russo.

A República Russa
Até que o político de carreira soviético Boris Yeltsin entrasse em conflito com Gorbachev e construísse uma base de poder no partido de Moscou, a República Russa nunca tinha desempenhado um papel significativo na alta política soviética.

Mas quando Yeltsin foi eleito presidente da República Russa, Moscou tornou-se o lar de dois presidentes, e claramente um deles estava sobrando. Gorbachev perdeu a competição, e o colapso da União Soviética foi um efeito colateral quase acidental.

A marcha das repúblicas para fora da União Soviética não foi resultado de agitação popular (os países bálticos sendo um caso especial), mas de decisões tomadas pelos chefes (soviéticos) das repúblicas, com Yeltsin, presidente da nação “imperial”, liderando o caminho.

Choque
Se o meu cenário imaginário algum dia ocorresse na Austrália, os australianos seriam mergulhados em um estado de choque, surpresa e confusão. Foi exatamente o que aconteceu aos cidadãos soviéticos, que até 1991 presumiam que, para o bem ou para o mal, a URSS era um fato imutável da vida.

Choque foi a palavra-chave da Rússia dos anos 1990, acompanhada de pesar por perder o status de superpotência e o respeito mundial. Como disse Vladimir Putin, qualquer pessoa que não lamentasse o término da União Soviética “não tinha coração” (embora ele tenha acrescentado que aqueles que buscavam ressuscitá-la “não tinham cérebro”), e por anos as pesquisas de opinião russas confirmaram isto.

A União Soviética, com seus serviços militares e de segurança intactos até o fim, parecia tão blindada contra a mudança, tão enfadonhamente sólida. Para dar a Putin a última palavra, “Quem poderia imaginar que ela simplesmente entraria em colapso?”

2021 The Conversation. Publicado com permissão. Original em inglês.


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CANDIDATOS TENTAM FURAR A PRÓPRIA BOLHA PARA ATRAIR ELEITORES

 

  1. Política 
  2. Eleições 

Enquanto Lula tenta se reaproximar dos evangélicos, Bolsonaro busca os mais pobres e Moro usa a internet para atrair os jovens

Vinícius Valfré, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA — Longe da arena política tradicional, uma montagem do ex-juiz Sérgio Moro caminhando pela Praça dos Três Poderes entre números da Lava Jato caiu na graça dos jovens. Embalado por um hit do momento que brinca com os “tchucos de estilo chique e confortável”, o vídeo curto viralizou no Tik Tok e foi visto quase meio milhão de vezes – uma marca elevada para essa nova rede social. Criado por apoiadores, o conteúdo aproveitou um fragmento de 13 segundos do material gravado para o evento de filiação ao Podemos, oportunidade em que Moro buscou falar de outros temas além do combate à corrupção e, assim, atrair eleitores fora da sua própria “bolha”.

Com a largada do processo eleitoral, pré-candidatos, aliados e simpatizantes tentam ajustar narrativas para dialogar com diferentes grupos. Cada um a seu modo, os pré-candidatos se movimentam para fora de seu eleitorado tradicional. O entorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, quer realizar nos próximos meses um grande encontro com líderes evangélicos para recuperar apoio do segmento que foi decisivo na vitória de Jair Bolsonaro (PL) em 2018. A ideia é enfatizar contradições na postura cristã do presidente, como a falta de compaixão por vítimas da covid-19, para tentar tirar votos do atual chefe do Executivo nesse eleitorado.

Bolsonaro, por sua vez, mira na população com menor faixa de renda ao abandonar compromissos liberais e reformistas para mudar o teto de gastos públicos e garantir um auxílio de R$ 400 no ano que vem. Pesquisa Ipec divulgada no dia 14 mostrou que os eleitores com rendimento familiar mensal de até um salário mínimo são hoje os que mais acenam com a intenção de mudar o voto de Bolsonaro para Lula em 2022.

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Moro testa perfil “moderno” em vídeo publicado na rede Tik Tok Foto: Reprodução/@Todoscommoro

Buscando se consolidar como terceira via, Moro adotou a tática de se contrapor aos dois como alguém de fora da política. “Independentemente de perfis sociais, Moro surge como opção por ser alguém equilibrado que possa sustentar a democracia. É lógico que ele também vem moldando o discurso para poder falar para todos os públicos”, resumiu o deputado Júnior Bozzella (PSL-SP), entusiasta e articulador do projeto eleitoral do ex-juiz.

Para o cientista político Rodrigo Prando, do Mackenzie, neste momento da disputa polarizada entre Lula e Bolsonaro, cabe a Moro “furar sua bolha” para tentar atrair a fatia do eleitorado que ainda não se definiu. “O Moro tem uma vantagem. Ele já é conhecido, surge como alternativa aos dois, e é importante mostrar que é diferente de um e de outro. Os polos têm cerca de 30% da preferência do eleitorado, cada. Tem outros 40% a serem disputados”, afirmou.

Guerra ideológica

Fora das campanhas, outra “guerra” de comunicação tem sido travado entre os campos à esquerda e à direita. Lançado em setembro, um documentário que promove a teoria conspiratória de que a facada sofrida por Bolsonaro na campanha de 2018 foi falsa é disseminado por petistas. O vídeo tem mais de 1,5 milhão de visualizações no YouTube e uma entrevista com o autor chegou a ser divulgada pelo canal oficial do partido.

No polo oposto, a produtora Brasil Paralelo cresce no segmento de vídeos de cunho conservador, não raro dando eco a bandeiras bolsonaristas. Conhecida como uma espécie de “Netflix bolsonarista”, a empresa tem o plano de expandir seus cerca de 260 mil assinantes para as favelas de São Paulo.

A produtora firmou parceria com a ONG G10 Favelas para distribuir acessos a moradores de comunidades. O projeto começou por Paraisópolis, com 500 assinaturas. “Estamos levando informações às pessoas. Ninguém é obrigado a assistir”, disse Renato Dias, diretor da Brasil Paralelo.

DELEGADOS DA POLÍCIA FEDERAL CONTRA OS CORTES NO ORÇAMENTO DA PF

  Brasil e Mundo ...