sábado, 25 de dezembro de 2021

INBOUND MARKETING FUNCIONA NAS SUAS VENDAS

 

 Por Raquel Pereira  – Agência Mestre

Em 2019, a pesquisa “Perfil do E-commerce no Brasil” realizada pelo PayPal, identificou a existência de 930.000 e-commerces em operação, após a pandemia esse número cresceu significativamente. Se antes a dificuldade era levar a empresa para o digital, agora, o grande desafio dos e-commerces é acompanhar as mudanças no comportamento de compra e atrair a atenção dos consumidores.

O Inbound Commerce utiliza técnicas de Inbound Marketing, como automação e criação de conteúdo, para atrair leads qualificados e clientes para sua loja virtual, mas você pode estar se perguntando: mas será que funciona? Confira neste artigo:

  • o que é Inbound Commerce?;
  • será que o Inbound Commerce funciona?;
  • saiba quem é o grande público;
  • entenda um  pouco mais sobre como os públicos convertem;
  • ofereça cupons de desconto no momento certo;
  • comece pela base do seu e-commerce;
  • atente-se ao e-commerce B2B.

O que é Inbound Commerce?

Você já deve estar familiarizado com o termo “Inbound Marketing”, ou marketing de atração, uma forma de marketing que consiste em atrair clientes por meio do fornecimento de conteúdo que entrega valor a eles. Ou seja, que entrega informações úteis e valiosas segundo seus interesses. 

O Inbound Commerce funciona da mesma forma, utilizando as técnicas de Inbound Marketing direcionadas ao comércio eletrônico. Quando utilizamos esta estratégia, é possível atingir pessoas que estão no momento de compra e pessoas que ainda nem sabem que precisam do seu produto ou serviço.

Através da geração de conteúdo de valor conseguimos atrair leads qualificados, que podem vir a consumir futuramente, mas que estão apenas procurando informações no momento. O grande diferencial desta técnica é, exatamente, aquilo que falamos na introdução: você acompanha as mudanças de comportamento e atrai a atenção do potencial cliente.

Será que o Inbound Commerce funciona?

A resposta para essa pergunta é: sim! O Inbound Commerce funciona, temos diversos cases de sucesso aqui na Mestre dos nossos clientes que, com a aplicação das estratégias de Inbound, tiveram resultados incríveis. 

Um dos exemplos é o case da Inca Aromas, que atingiu seu recorde de vendas em apenas seis meses de projeto. As ações de Inbound aplicadas elevaram o número de visitas no site da empresa em 390%, com a geração de conteúdos assertivos, criação de fluxos de nutrição e entendimento da persona, os resultados estão em constante evolução até hoje. 

Então, sim! O Inbound Commerce funciona, mas para você alcançar excelentes resultados com e-commerce usando esta estratégia é preciso seguir alguns passos. Nosso CEO, Fábio Ricotta, preparou algumas dicas importantes:

Saiba quem é o grande público do e-commerce

Em todos os projetos que iniciamos aqui na Mestre, o primeiro passo é a criação das personas do negócio, para conhecermos o público alvo e, a partir disso, concentrar nossos esforços em atrair pessoas que estejam alinhadas com o perfil traçado. Dessa forma, conseguimos transformá-los em leads com os nossos conteúdos exclusivos.

Entenda um pouco mais sobre como os públicos convertem

Quando temos mais de uma persona, podemos descobrir como cada uma delas se relaciona com a loja virtual até o momento da conversão. Por exemplo, um e-commerce que vende artigos para bebês e crianças tem dois públicos: o de gestantes e o de mães experientes.

Uma gestante consome conteúdos e precisa de produtos específicos para preparar a vinda do bebê. Uma mulher que já é mãe há algum tempo, provavelmente, não vai consumir os mesmos conteúdos que uma gestante, no entanto, elas podem estar procurando pelos mesmos produtos, como roupas, fraldas e outros artigos.

Ao mapear o estágio de vida da criança, você pode disponibilizar conteúdos assertivos e produtos que a mãe de fato precise e queira comprar e, para começar, basta criar alguns fluxos de nutrição. Com essa ferramenta operando de forma correta, você terá uma “máquina” de geração constante de leads, entregando conteúdos e ofertas no momento adequado para cada persona.

Ofereça cupons de desconto no momento certo

Os descontos sempre são atrativos, mas disponibilizá-los sem nenhum cuidado é desperdiçar esse grande trunfo.

Você pode até dispor de vários cupons de desconto, mas analise a navegação do consumidor e disponibilize cada um deles assertivamente, oferecendo o desconto para aqueles produtos e categorias específicas que o visitante já tenha demonstrado interesse.

Com Inbound Marketing você consegue desenhar estratégias de nutrição com os produtos que a pessoa já adicionou ao carrinho ou salvou como “Favorito”, logo, produtos que ele demonstrou uma disposição maior para a compra.

Comece pela base do seu e-commerce

Se você já tem uma operação há alguns anos, você possui um prato cheio de oportunidades, mesmo que nunca tenha trabalhado com Inbound Marketing. A base de clientes que você já possui, além de ser uma excelente fonte de dados para criação da persona, é também uma ótima oportunidade para começar a praticar suas ações de Inbound.

As chances de alguém da sua base consumir novamente são muito maiores – e requer menos esforços – do que atrair novos clientes. Segmente esses clientes, entenda o que e como eles compraram e ofereça o upsell, ou seja, faça esse cliente comprar mais.

Atente-se ao E-commerce B2B 

Muitas vezes as nossas estratégias ficam limitadas apenas para o varejo e o público final. Mas será que o seu produto não tem abertura para o atacado ou os revendedores?

O comércio eletrônico B2B apresenta um ciclo de compra mais longo, uma vez que as compras por impulso são quase inexistentes neste meio. No entanto, ao aplicar estratégias de Inbound nesse processo, você consegue atrair leads mais qualificados e acompanhá-los no processo de compra, além de gerar maior autoridade no setor.

Os revendedores podem representar uma menor incidência de compra, mas o ticket médio e o volume de compra compensam os esforços. Vale a pena oferecer vantagens exclusivas, além de fazer estratégias certeiras com conteúdos exclusivos para esse público, além de anúncios certeiros.

Além das estratégias que já citamos, o Inbound Marketing oferece diversas oportunidades de inovar e alavancar os resultados do seu e-commerce.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon tem crescido exponencialmente, nesse mês de outubro/2021 tivemos 8.000 visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

MARCO FERROVIÁRIO JÁ ESTÁ VALENDO

 

Infraestrutura
PorGazeta do Povo

Norma deve atrair investimentos privados para o setor, expandindo capacidade de transporte e reduzindo os custos logísticos no país.| Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro sancionou parcialmente a lei que institui o novo marco legal do transporte ferroviário. Segundo o governo, a norma deve atrair investimentos privados para o setor, expandindo a capacidade de transporte na malha e reduzindo os custos logísticos no país.

Foram vetadas exigências documentais reputadas como não essenciais à obtenção das autorizações e dispositivo que estabelecia preferência para as atuais concessionárias na obtenção de autorizações em sua área de influência. Também dispositivos que estavam em conflito com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a cláusula de vigência, de modo que a nova lei entrará em vigor em quarenta e cinco dias após a sua publicação, o que evita um hiato entre o fim do prazo da Medida Provisória nº 1.065, que atualmente trata do assunto, e o início da vigência da nova lei.

O marco das ferrovias, segundo o Ministério da Infraestrutura, promete diversas inovações que buscam facilitar investimentos privados na construção de novas ferrovias, no aproveitamento de trechos ociosos e na prestação do serviço de transporte ferroviário. Dentre as novidades estão a permissão para a construção de novas ferrovias por autorização, à semelhança do que já ocorre na exploração de infraestrutura em setores como telecomunicações, energia elétrica e portuário. Também poderá ser autorizada a exploração de trechos não implantados, ociosos ou em processo de devolução ou desativação. Houve ainda simplificação do procedimento para prestação do serviço de transporte que não envolva exploração da infraestrutura.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/breves/governo-sanciona-com-vetos-marco-do-transporte-ferroviario/
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QUEREM ACABAR COM O NATAL

 

Cultura

Por
Maria Clara Vieira – Gazeta do Povo

Árvore de Natal em Berlim: em 2021, documento da UE propôs evitar “Feliz Natal”| Foto: EFE

Quando a vacinação contra a Covid-19 ainda caminhava a passos lentos ao redor do mundo, o “cancelamento” do Natal em dezembro de 2020 foi amplamente repercutido e comentado tanto nos países onde a festa do nascimento de Cristo é celebrada entre flocos de neve de verdade como onde o clima do final do ano remete ao Festival do Sol Invicto, a festa pagã que originalmente marcava o solstício de verão.

Parece óbvio, afinal de contas, que, ao menos para cerca de 31,4% do planeta – percentual estimado de cristãos segundo dados do Pew Research Center de 2017 – o feriado de 25 de dezembro é mais do que a data festiva mais rentável do ano: suas raízes estão fincadas pelo Ocidente. Ecoando o historiador britânico Tom Holland, segundo o qual toda civilização ocidental “nada em águas cristãs” – desde seu corpo jurídico básico à noção de direitos humanos -, pode-se dizer que o inverso também é verdade: as raízes do Ocidente estão fincadas no Natal.

Ignorar esta realidade requer que se cerre os olhos para as gigantescas árvores de Natal erguidas nas principais capitais europeias anualmente, enquanto teatros e praças exibem peças, cantatas e toda sorte de decorações dedicadas à data. Não foi à toa, portanto, que o documento interno da Comissão Europeia – instituição independente que aplica as resoluções da União Europeia – vazado no final do mês de outubro causou tanto furor. O guia recomendava que os funcionários evitassem “pressupor que todos são cristãos” e, nas mensagens e comunicados internos substituíssem a saudação “Feliz Natal” por “Boas Festas”, além de evitar nomes associados ao Cristianismo como “Maria” e “João”.

A reação foi enérgica e imediata a ponto de, no dia 1º de dezembro, a comissária de Igualdade da CE, Helena Dalli, anunciar a suspensão da diretriz, afirmando que a versão divulgada “não é um documento maduro e não preenche todos os requisitos de qualidade da Comissão”. “As recomendações claramente precisam ser mais trabalhadas. Portanto, retiro as recomendações e trabalharei mais nesse documento”, concluiu a comissária de Igualdade, em breve comunicado. Ninguém menos do que o Papa Francisco havia reagido ao texto, classificando-o como um “anacronismo”, fruto de uma “laicidade liquefata”. Em mais uma de suas críticas às ideologias modernas que passou despercebida pela imprensa, o Pontífice foi além: remeteu a iniciativa às ditaduras do nazismo e do comunismo.

Os “cancelamentos” do Natal 
Não é a primeira vez na história que o Natal incomoda a ponto de ser alvo de tentativas de “cancelamento”; o que pouca gente imagina é que os pioneiros deste movimento foram os próprios cristãos. Quando a Reforma Protestante aterrissa na Inglaterra do século XVII, as festividades natalinas são proibidas por puritanos, incomodados com as raízes pagãs da tradição.

“A preocupação com isso [a forma correta de celebrar o Natal] é, em si, uma tradição muito cristã. Mas quando você chega à Inglaterra reformada, os puritanos em particular estão muito, muito ansiosos sobre a maneira como eles veem a Igreja Romana como tendo falhado em arrancar os espinhos do paganismo. Existe a tradição de generosidade no Natal que, sem dúvida, surge da maneira como os cristãos entendem seu dever para com os pobres. Mas, nessa época, o sentido já foi misturado e estes grupos se preocupam se essas celebrações não acontecem por motivos cristãos, mas sim por motivos pagãos”, explica Holland.

Apesar de todos os esforços, o Natal continuou dentro das casas: em fevereiro de 1656, o ministro puritano Ezekiel Woodward admitiu, com amargor, que “o povo continua apegado a seus costumes pagãos e abomináveis idolatrias”. Foi somente quando o rei Carlos II subiu ao trono em 1660 que a festa do nascimento de Cristo – com suas árvores, guirlandas e duendes no pacote – voltou à esfera pública, garantindo ao monarca o apelido de “o Rei do Natal”. Do outro lado do oceano, comemorar o Natal “seja pela abstenção do trabalho, festa ou qualquer outra forma” segundo a lei do estado americano de Massachussetts, colonizado por puritanos, podia render uma multa de 5 xelins. A festa só se tornaria um feriado em 1856.

A próxima tentativa de “cancelamento” no Natal começaria, enfim, a se assemelhar aos esforços contemporâneos: o período do terror que sucedeu a Revolução Francesa traria uma guerra declarada às festividades religiosas no espaço comum, que deveriam ser substituídas pelo culto à razão. Algumas décadas depois, seriam os nazistas que fariam o esforço de se livrar do Natal por sua evidente origem cristã e judaica. Desta vez, contudo, o movimento foi mais sutil: ao invés de proibir a festa, a propaganda hitlerista tentou reescrever a história europeia, ressaltando e idealizando as culturas germânicas pagãs e excluindo a herança cristã. Mulheres assavam biscoitos em formato de suástica, a Estrela de Belém se transformou na “roda do sol de Odin” e o Papai Noel ganhou as feições do deus germânico Wotan.

Na mesma época, no continente vizinho, o Natal era expurgado da recém-nascida União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Como uma festa cujo intuito é celebrar a união familiar, a tradição e a religião – o “ópio do povo” de Karl Marx -, o nascimento de Cristo era uma enorme pedra no sapato da “ditadura do proletariado” e seu ateísmo militante. Para não perder por completo o apoio da população, contudo, era preciso agir com estratégia. Quando os soviéticos tomaram a Hungria, em 1948, escolheram o dia seguinte ao Natal para prender o arcebispo local, e, no ano seguinte, substituíram a data por uma celebração da figura de Josef Stálin. Na Rússia, a exemplo da Alemanha, o próprio Stálin incentivaria a comemoração de um Natal descolado do Cristianismo, com figuras da mitologia local, mesmo depois de denunciá-las como “aliadas da Igreja”.

Da proibição ao apagamento 
O Natal sobreviveu ao nazismo, ao comunismo, ao fim da URSS e chegou são e salvo ao século XXI, ainda que com o mesmo potencial para causar incômodo. O documento politicamente correto da União Europeia pode ser visto como a ponta do iceberg de uma controvérsia nascida nos Estados Unidos e que tomou proporções internacionais.

Desde o começo dos anos 2000, o uso da expressão “boas festas” versus o bom e velho “Feliz Natal” está no cerne de discussões acirradas que, nos EUA, já alcançaram os palanques. Em 2005, o apresentador da Fox News Bill O’Riley publicou o livro “A Guerra no Natal: Como a conspiração progressista para proibir o feriado sagrado cristão é pior do que você pensava”. A obra versa principalmente sobre casos de escolas que, em nome da “pluralidade”, estariam evitando símbolos cristãos durante o período natalino. Ainda que contendo informações inverídicas, exageradas ou seletivas – algumas escolas foram falsamente acusadas de proibir as cores verde e vermelho, por exemplo, enquanto governadores republicanos que optaram por “boas festas” passaram incólumes -, as histórias repercutiram no canal.

Naquele ano, a rede de supermercados Wal-Mart “encorajou” seus funcionários a utilizarem “boas festas” no lugar de “Feliz Natal”, enquanto a Casa Branca ocupada por George W. Bush também optava pela saudação genérica em seu cartão de final de ano. Seria, contudo, o presidente Barack Obama quem, em 2016, chamaria a atenção por desejar “boas festas” via Twitter, na época em que marcas como Barnes & Noble, Best Buy, Victoria’s Secret e Starbucks evitavam menções à festa religiosa em seus catálogos de dezembro, preferindo referências ao inverno ou à “harmonia social”. Tudo isso serviu de armamento para que o então candidato à presidência Donald Trump afirmasse, em um comício em Wisconsin, que traria o “Feliz Natal” de volta.

Assim, ano após ano, a celeuma de grupos progressistas com o Natal ganha um novo capítulo. Ainda em 2016, a American Civil Liberties Union (ACLU) em Indiana entrou com uma ação em nome de um residente da cidade de Knightstown que se opôs a uma cruz exibida no topo da árvore de Natal oficial do município. A cruz foi removida. “Enquanto o próprio governo não promover a doutrina religiosa, essas celebrações são inteiramente constitucionais”, afirmou o representante do grupo.

O argumento da ACLU é, na verdade, extremamente revelador – e essencial para que se compreenda o movimento da União Europeia. “O cerne deste problema é a visão do liberalismo secularista que se tornou a mentalidade dominante das democracias ocidentais. Com a desintegração da Cristandade medieval e o surgimento do Estado nacional moderno como gestor da violência, há a promessa de segurança em troca da perda de algumas liberdades. Há, então, um enfraquecimento das identidades pessoais na esfera pública, e a religião é relegada ao espaço privado. Nasce essa ideia de que você pode professar a religião que quiser, desde que seja dentro da sua casa. Isso surgiu para pôr um fim às guerras religiosas e teve efeitos positivos no sentido de evitar o absolutismo, mas o laicismo também tem seus excessos”, explica o historiador Alex Catharino, pesquisador do Russell Kirk Center.

“Um destes problemas é a ideia de que a ação pública, cuja finalidade é a justiça, deve promover uma equalização a qualquer custo. Na prática, você cria um achatamento, destroi a diversidade das culturas locais e a própria identidade da sociedade ao promover uma neutralidade impossível”, explica. “O que esses burocratas não entendem é que o Estado é laico, mas é composto por pessoas religiosas – e não é como se na esfera pública elas fossem se despir de tudo. O medo de ferir o diferente pela mera menção ao Natal é perigoso porque caímos na tentação dos regimes totalitários de tentar reescrever a história”, explica Catharino.

A reflexão do historiador ecoa a resposta do Papa Francisco à proposta europeia: “A União Europeia deve tomar em mãos os ideais dos Pais fundadores, que eram ideais de unidade, de grandeza, e ter cuidado para não dar lugar a colonizações ideológicas. Isto poderia levar à divisão dos países e ao fracasso. A União Europeia deve respeitar cada país como ele está estruturado dentro, (…) e não querer padronizar. (…) É por isso que o documento do Natal é um anacronismo”.

Por que o Natal incomoda tanto? 
À parte do “multiculturalismo” amorfo expresso no documento da Comissão Europeia, o universo “woke” tem sua própria cruzada contra o Natal: uma pesquisa rápida revela dezenas de artigos sobre filmes de Natal “problemáticos” que deveriam ser “evitados” por jovens desconstruídos. Entre eles, o clássico “A Felicidade Não Se Compra” (1946), de Frank Capra, cujo protagonista George Bailey seria um homem “abusivo e manipulador” – uma lista de reclamações que parece vir não de jovens usuários do Twitter, mas da encarnação do ranzinza Ebenezer Scrooge, do clássico “Um Conto de Natal” de Charles Dickens (“Que vá para o diabo o Feliz Natal!”, diz o velho).

“O problema com o Natal, como diria G. K. Chesterton, é que ele é um sinal de contradição para quem pensa em tecnologia, riqueza e consumo. É a festa na qual a sociedade é confrontada com um menino frágil que era Deus. O ‘Feliz Natal’ é uma lembrança de que o mundo não é uma marcha inexorável rumo ao progresso, e é o momento de nos voltarmos à nossa pequenez. É quando conservadores e liberais simplificam em achar que é só um problema de Estado: o problema é a cultura”, reforça Catharino.

De fato, talvez poucos pensadores tenham exposto de forma tão clara o incômodo inerente à festa que, mais do que qualquer outra, clama pelo retorno ao familiar. “O período natalino é doméstico; e por esta razão a maioria das pessoas se prepara para ele apertando-se em ônibus, esperando em filas, correndo pelos metrôs, comprimindo-se em casas de chá, e imaginando quando ou se vão chegar em casa algum dia”.

“Exatamente antes do grande festival do lar, toda a população parece ter se tornado desabrigada. É o supremo triunfo da civilização industrial que, nas enormes cidades que parecem ter casas em excesso, há uma desesperada falta de moradia. (…). Tenho em mente o contrário da irreverência quando digo que o único ponto de semelhança entre eles e a família natalina arquetípica é que não há espaço para eles na estalagem. Ora, o Natal é feito de um belo e intencional paradoxo; que o nascimento do desabrigado deve ser comemorado em todos os lares”, escreveu Chesterton, desnudando o motivo pelo qual não é de se surpreender que uma geração afeita à individualidade e ao externo tenha perdido o apreço pela comemoração.

Por trás da Cortina de Ferro que Chesterton viu ser erguida no oriente, sabia-se que o Natal incomodava por sua relação íntima com a religião e a tradição. Há, no fundo deste desprezo, um elemento comum aos burocratas e aos “canceladores” de plantão, também identificado e descrito pelo ensaísta: a aversão à existência de um espaço pessoal, íntimo e inalcançável, capaz de sobreviver às mais nefastas ou insossas ideologias: “que exista uma noite que as coisas brilhem desde dentro: e um dia que os homens procurem por tudo que está enterrado em si mesmos, e descubram – no lugar onde ele está realmente escondido, por trás de portões trancados e janelas cerradas, por trás de portas três vezes trancadas e aferrolhadas – o espírito de liberdade”.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/comunistas-burocratas-politicamente-corretos-por-que-tantos-querem-cancelar-o-natal/
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CONTAS PÚBLICAS COMO SERÁ EM 2022

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Dinheiro / Real – 25-05-2017 – O Real é a moeda corrente oficial da República Federativa do Brasil. A cédula de um real deixou de ser produzida, entretanto continua em circulação alguns exemplares. As demais cédulas de real continuaram sendo produzidas normalmente pela Casa da Moeda. Entre elas, as notas de: 2,5,10,20,50 e 100. Na foto, detalhes de uma nota de 100 reais.

| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo


Neste 2021 que termina com vários indicadores econômicos bastante preocupantes – inflação, dólar e juros em alta; e desemprego ainda persistente, embora em trajetória de queda –, há alguns números que merecem destaque no campo positivo: o aumento da arrecadação, a melhoria no resultado primário e a redução na dívida pública como proporção do PIB; em todos esses casos, há forte chance de o resultado consolidado de 2021 ser bem melhor que as previsões feitas no início do ano, embora as explicações para tal estejam também nos indicadores ruins, mostrando que a recuperação não se baseia apenas em fatores virtuosos e que o mercado financeiro tem razão quando continua a desconfiar da saúde fiscal brasileira.

O ano de 2020 foi movido a enormes gastos governamentais para conter os efeitos econômicos da quebradeira geral provocada pelas medidas de combate à pandemia de Covid-19. Foram centenas de bilhões de reais em programas como o auxílio emergencial e o pagamento de compensações aos trabalhadores que tiveram contratos de trabalho suspensos ou tiveram jornada e salário reduzidos – um dinheiro muito bem gasto, pois colaborou para a preservação de vários postos de trabalho e manteve ao menos parte do poder aquisitivo das famílias mais pobres. Mas mesmo uma despesa necessária e justificada deixa sua marca nas contas públicas – no caso, um déficit primário de 9,44% do PIB e uma dívida pública que passou de 75,2% para 88,8% do PIB, considerando a soma dos resultados de União, estados, municípios e estatais.

A quebra de confiança no ajuste fiscal brasileiro, provocada por medidas como a PEC dos Precatórios, leva o investidor a exigir juros cada vez maiores na compra de títulos brasileiros

Em 2021, no entanto, houve uma reversão na trajetória da dívida pública: depois de bater os 89,4% em fevereiro, o indicador começou a recuar até chegar a 82,9% em outubro, com previsões para fechar o ano em 81,2% do PIB na estimativa de instituições do mercado financeiro. Um contraste enorme com as previsões de início do ano, quando as projeções colocavam a dívida perto de 93% do PIB no fim deste ano. E o resultado primário do setor público tem melhorado a ponto de o déficit primário dos 12 meses terminados em outubro ser de apenas 0,24% do PIB; há quem considere que 2021 pode terminar com superávit primário, o que não ocorre há muitos anos.

No entanto, especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo explicam que parte dessa melhoria é efeito justamente de um dos mais problemáticos indicadores do ano: a inflação fora de controle, voltando aos dois dígitos pela primeira vez desde 2015. Preços de produtos e serviços em alta geram mais impostos, especialmente quando o modelo brasileiro tributa pesadamente a produção e o consumo; e puxam o PIB nominal para cima, reduzindo a proporção dívida/PIB. Em outras palavras: a proporção caiu não porque a dívida esteja sendo reduzida, mas apenas porque o PIB subiu, e parte desta subida se deve não à recuperação econômica (que inegavelmente existe), mas à elevação nominal de preços do que é produzido no país.


E o que a inflação trouxe “de positivo” (e essa expressão precisa ser usada com muito comedimento, dados os enormes prejuízos que a inflação causa) em 2021 será tomado de volta em 2022, já que a alta dos juros para conter a espiral inflacionária aumentará a dívida pública, que é em parte atrelada à Selic. Além disso, a quebra de confiança no ajuste fiscal brasileiro, provocada por medidas como a PEC dos Precatórios, leva o investidor a exigir juros cada vez maiores na compra de títulos brasileiros, encarecendo mesmo a dívida não atrelada à Selic. Como resultado, o mercado estima que proporção entre dívida e PIB voltará a subir, até chegar a quase 89% em 2026 e 2027, antes de começar a cair. Esta porcentagem, é preciso ressaltar, corresponde ao critério do Banco Central, que não considera os títulos do Tesouro em posse do próprio BC. Instituições internacionais como o FMI incluem esses títulos em seu cálculo, resultando em uma proporção dívida/PIB ainda maior – nesta conta, a dívida pública encerrou 2020 em 98,9% do PIB, dez pontos porcentuais a mais que pelo critério do BC.

Depois dessa melhora ilusória nas contas públicas em 2021, o próximo ano deve ter um aumento da proporção dívida/PIB e a volta de um déficit primário substancial – R$ 79,3 bilhões, segundo a recém-aprovada lei orçamentária. Que 2022 ao menos sirva para Executivo e Legislativo lançarem as bases para que os anos seguintes vejam melhoras com bons fundamentos, sem novas gambiarras orçamentárias, com a aprovação de reformas como a administrativa e tributária, com inflação sob controle e juros novamente em trajetória de baixa. Um compromisso real com a saúde fiscal do Brasil recuperará a confiança do mercado e atrairá mais investimentos que geram emprego e renda.


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GASTOS EXAGERADOS DE MINISTRO DO GOVERNO

 

Ministro das Comunicações

Por
Lúcio Vaz

Fabio Faria na assinatura do contrato do Leilão 5G, ao lado de Bolsonaro no Planalto| Foto: Alan Santos/PR

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, fez 12 viagens para São Paulo – de ida ou volta – em jatinhos da FAB, em finais de semana, sem agenda oficial na cidade. Em outras três, saiu da capital paulista na segunda-feira direto para o seu reduto eleitoral. Em oito desses deslocamentos, havia apenas 1 ou 2 passageiros a bordo. Como se fosse um “Uber” aéreo. Ministros não poder usar as aeronaves oficiais para se deslocar ao local de residência.

A grande maioria das viagens foi para estado onde se elegeu, Rio Grande do Norte, sempre usando a máquina do seu ministério em cerimônias de anúncio ou entrega de programas do governo federal, visitas ou reuniões com autoridades locais e muitas entrevistas para emissoras de rádio e televisão – eventos com retorno eleitoral. Seria algo natural se tivesse feito o mesmo nos demais estados.

Faria tomou posse como ministro no dia 17 de junho de 2020. No dia 25 daquele mês, fez a primeira viagem para São Paulo, numa quinta-feira, como único passageiro do jato. Não teve agenda na capital paulista de sexta até segunda (29). No dia 5 de outubro, retornou de São Paulo para Brasília sozinho na aeronave, sem ter cumprido agenda no final de semana. No dia 22 daquele mês, uma quinta, teve reunião com o CEO do Grupo Record de Comunicação, na sede da empresa em São Paulo. Retornou a Brasília somente na segunda (26), como único passageiro na aeronave da FAB.

Já em 2021, no retorno de uma viagem aos Estados Unidos, em junho, para tratar do leilão do 5G no Brasil, Fábio Faria chegou em Brasília às 21h50 do dia 11, uma sexta-feira. Em meia hora, pegou outro jatinho da FAB e partiu para o aeroporto Catarina, em São Roque (SP), sem ter agenda oficial em São Paulo sábado e domingo. O aeroporto fica distante 50 quilômetros da sua residência na capital paulista.


A tempo de hastear a bandeira
Em 27 de junho, domingo, partiu do aeroporto em São Roque para Brasília, às 17h55, como único passageiro da aeronave da FAB. Ele não teve agenda em São Paulo naquele final de semana. No retorno a uma rápida viagem a Barcelona e Roma, com agenda oficial, o ministro das Comunicações partiu de Brasília para São Paulo numa sexta-feira, dia 2 de julho, às 17h30, com três passageiros no jatinho, sem agenda oficial na capital paulista.

Faria partiu de Brasília para São Paulo no dia 5 de agosto, uma quinta-feira, às 19h10, com dois passageiros na aeronave, sem agenda em São Paulo na sexta, sábado e domingo. No dia 7 de setembro, uma terça-feira, depois de passar os últimos quatro dias sem agenda, o ministro pegou o jatinho da FAB no aeroporto de São Roque, às 5h45, como único passageiro, e rumou para Brasília, onde participou da cerimônia de hasteamento da bandeira nacional, no Palácio da Alvorada, a partir das 8h.

Em 13 de outubro, uma quarta-feira – após o “feriadão” de Nossa Senhora Aparecida –, pegou o jatinho às 8h25, em São Paulo, com dois passageiros, destino a Brasília, onde cumpriu agenda. Em 28 de outubro, uma quinta-feira, Fábio Faria voou de jatinho para São Paulo às 19h, com mais dois passageiros, após cumprir agenda em Brasília. Não teve agenda oficial da sexta até a terça-feira (2). Na quarta-feira (3), retornou a Brasília novamente com dois passageiros.

No dia 10 de dezembro, sexta-feira, participou do Encontro Nacional da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), pela manhã, em São Paulo, onde passou o final de semana. Retornou a Brasília na segunda (13), no início da tarde, em tempo de participar da cerimônia em comemoração do Dia do Forró e aniversário do Luiz Gonzaga, no Palácio do Planalto.

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O ministro partiu de São Paulo, dia 27 de setembro, numa segunda-feira, às 8h, com dois passageiros a bordo, com destino a Mossoró (RN). Às 12h30, participou de entrevista à Rádio Obelisco, de Pau dos Ferros (RN). Seguiu depois com a agenda de dois dias no estado. Faria acordou cedo no dia 25 de outubro, segunda-feira, e pegou uma aeronave da FAB em São Paulo, às 7h50, com dois passageiros, novamente rumo a Mossoró, para cumprir compromissos no seu estado.

No dia seguinte, à tarde, voou para Boa Vista, como único passageiro, para participar do culto em comemoração aos 106 anos da Assembleia de Deus, na companhia do presidente Jair Bolsonaro. Na quarta-feira, foi para Manaus, mais uma vez sozinho, para a primeira Consagração Pública de Pastores do Amazonas, às 11h, outra vez ao lado do presidente. O ministro é cotado para vice de Bolsonaro nas eleições de 2022.

Em 29 de novembro, segunda-feira, voou de São Paulo para Natal, às 7h40, sozinho na aeronave da FAB, para cumprir compromissos no estado.

Visitas a redutos eleitorais
Além de cotado para vice de Bolsonaro, Fábio Faria também disputa com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, a condição de candidato ao governo do Rio Grande do Norte com o apoio do presidente. Faria fez nove viagens em jatinhos para o seu estado para fazer entregas de programas do Ministério das Comunicações e manter encontros com políticos locais. Nesses deslocamentos, as aeronaves tinham em média oito passageiros. Mais oito viagens atenderam todos os demais estados.

Em 18 de janeiro, segunda-feira, o ministro esteve em Natal para um encontro com parlamentares e prefeitos do estado para apresentar políticas públicas do Ministério das Comunicações. Retornou a Natal na sexta para reunião com Erich Matos Rodrigues, conselheiro da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint).

Farias fez entregas dos ministérios das Comunicações e da Cidadania, com o ministro João Roma, em Mossoró (RN), em 16 de junho. Aproveitou e visitou o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra. No dia seguinte, fez visita institucional ao presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira de Souza, em Natal.


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BRASIL TEM CONDENADOS POLÍTICOS SOLTOS

 

Ex-ministro petista

Por
Alexandre Garcia

PALOCCI – 03/01/11 – VIDA PUBLICA – BRASILIA – O novo ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, durante cerimônia de transmissão de cargo Foto – Antonio Cruz/ABr

Justiça mandou retirar tornozeleira eletrônica do ex-ministro Antonio Palocci, que teve condenação por corrupção anulada.| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Em novembro foram criados 324 mil novos empregos com carteira assinada. O ano vai terminar com mais de 3 milhões de novos empregos de carteira assinada. Isso tem algum significado? Tem, mas eu quero saber quantos mais entraram em atividade que produz renda, que cria a comida para ser posta na mesa da família, independentemente se a carteira está assinada ou não.

Sabe por que eu estou dizendo isso? Porque nesse país que tem tudo, tem natureza, tem potencial, tem riqueza, tem clima favorável, tem um povo maravilhoso, tem também um emaranhado legislativo que atrapalha a vida de todo mundo.

Lá no Tribunal Superior do Trabalho, por exemplo, uma turma da Corte, ou seja, um grupo de juízes, decidiu que há vínculo empregatício entre esse serviço de táxi por aplicativo e seus motoristas.

Isso é um desestímulo ao trabalho, porque como outra turma do tribunal decidiu lá em fevereiro, não há esse vínculo porque eles não têm horário. Eles param a hora que estiveram cansados, é só desligar o aplicativo. Os motoristas em geral usam esse Uber e outros como “bico” porque normalmente tem outro emprego. E se estão desempregados é porque precisam de uma atividade.

Por que desestimular o trabalho e a renda das pessoas? Um tribunal que justamente se chama “Tribunal do Trabalho” fazer uma coisa dessas. É por isso que tanto brasileiro vai para os EUA trabalhar e ganhar dinheiro — lá não tem Justiça do Trabalho.

Palocci tira tornozeleira
Sabe o ex-ministro da Fazenda do governo Lula, Antonio Palocci, que tinha sido condenado junto com mais uma dúzia de pessoas por receber cerca de R$ 200 milhões em propinas da Odebrecht? Pois bem, todo mundo foi liberado pelo Superior Tribunal de Justiça porque os ministros “descobriram” que isso não é crime comum, é crime eleitoral, é só caixa 2.

Nesta quinta-feira (23), o juiz de execuções criminais, ao receber a decisão do STJ, autorizou Palocci a tirar a tornozeleira eletrônica. Ele havia sido condenado há 12 anos de prisão, depois reduziram para nove, mas já estava em regime aberto. Que história é essa? O sujeito está livre, mas “está preso” ao mesmo tempo, é uma coisa muito abstrata.

Mas é por causa da prisão em regime aberto que criaram a tal de tornozeleira eletrônica. Agora Palocci tem que devolver a tornozeleira e para isso pode colocar até no correio, nem precisa ir até lá. Aliás, ele já devolveu milhões de reais, mas não foi crime, segundo o STJ, foi “só” caixa 2.

Pois esse é o estímulo que se dá para crime que compensa para os brasileirinhos que estão tentando aprender o que é justiça, ética, moral, retidão e honestidade nesse país.

Lua de mel

O Brasil e a Organização Mundial da Saúde estão em lua de mel. O Brasil fez doação de 10 milhões de vacinas contra Covid-19 para serem distribuídas em países pobres e o chefão da OMS, Tedros Adhanom, escreveu no Twitter, falando em inglês, mas na hora de agradecer, usou a palavra “obrigada”, em português, para o ministro Marcelo Queiroga da Saúde e para o ministro Carlos França, das Relações Exteriores. Estão se dando muito bem desde aquele encontro do Tedros com o presidente Jair Bolsonaro em Roma, quando tiveram uma conversa bem amigável.

Sem carnaval na Bahia
Interessante que o Comitê de Combate à Covid do município do Rio de Janeiro disse que para combater a Covid-19 tem que fazer o carnaval na cidade. Já o governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse nesta quinta que quem fizer carnaval é um “irresponsável”. É uma missão “impossível”, para repetir o termo que ele usou — e por causa da gripe, não pela Covid.

Não sei se quem se vacinou contra a gripe nesse ano está protegido contra o vírus H3N2 da gripe. Talvez esteja protegido contra essa cepa, eu não sei, mas é possível. O fato é que na Bahia não vai ter carnaval.

Mensagem final
Feliz Natal para todos vocês, que tenham uma bela noite com toda a família.

BRASIL TEM PRESO POLÍTICO

 

Marisa Lobo – presidente do PTB-PR.

Nunca imaginei que viveria para ver em 2021, no Brasil, um pai de família preso há mais de 4 meses por um crime que NÂO EXISTE; sem julgamento, sem condenação e sem o direito a qualquer defesa antes de ir parar na cadeia por determinação de um ministro do STF.

O STF que anula condenações de Lula o concede habeas corpus a pessoas acusadas dos mais diversos crimes, é o mesmo que mantém há meses na prisão um ex-deputado pelo simples fato de FALAR O QUE PENSA!

Roberto Jefferson, um homem de idade avançada e com diversos problemas de saúde, não passará o Natal com a sua família.

Não poderá abraçar a sua esposa e dividir uma ceia em homenagem ao nascimento de Jesus dentro da própria casa, porque está sendo vítima do autoritarismo de juízes que parecem se achar os donos do Brasil.

Você não precisa concordar com os métodos, falas e pensamentos de Roberto Jefferson para entender a gravidade do que está ocorrendo, e reconhecer que ele é, sim, um preso político injustiçado por quem mais deveria defender a Justiça, e NÃO defende.

O que também me espanta diante disso tudo é ver o silêncio de partidos, políticos, ditos defensores dos “direitos humanos” e órgãos da imprensa. O que alimenta essa omissão diante do flagrante caso de abuso de autoridade?

Medo? Ou seriam muitos intere$$es, de fato? Se a intenção dos autoritários foi implantar o medo, a ponto de fazer calar uma nação e todas as vozes influentes capazes de se levantar contra a tirania, então eles tiveram sucesso e chegamos ao fundo do poço.

Eu, porém, Marisa Lobo, continuarei falando! Continuarei fazendo o que sempre fiz com os recursos que tenho, que é defender a VERDADE, quer seja no campo científico ou político. Não posso me calar!

E a verdade, aqui, é que a prisão truculenta de Roberto Jefferson representa o sofrimento de um Brasil que vê a sua democracia agonizar no meio da praça dos Três Poderes, com a chancela do Supremo Tribunal Federal e a covardia dos demais.

Não é esse o Brasil que quero para 2022. Não é nesse tipo de “justiça”, com “j” minúsculo mesmo, em que acredito. Contudo, creio que, quando a corrupção dos homens impera, a perfeita Justiça de Deus entra em ação, e essa não falha.

Ao amigo Roberto Jefferson, deixo o meu abraço e o meu protesto em seu favor. O meu grito de indignação ficará registrado aqui, assim como o clamor a Deus para que Ele, o perfeito JUIZ, faça cair dos céus sobre cada tirano às consequências das suas decisões.

Feliz Natal aos que têm “fome e sede de Justiça”.

Marisa Lobo – presidente do PTB-PR.

COMUNICAÇÃO DOS CÃES COM OS HUMANOS

  1. Cultura 

Especialistas avaliam a relação das pessoas com os animais domésticos e como se desenvolve a interação de um com outro

Gilberto Amendola, O Estado de S.Paulo

“O meu cachorro só falta falar.” Dez entre dez tutores de pet já fizeram essa observação ao menos uma vez na vida. Apesar de amplamente reconhecida e estudada, a capacidade de comunicação, de entendimento e uso da linguagem corporal pelos cães segue causando espanto e sendo motivo de admiração. 

Meu cachorro só falta falar
O publicitário André Felipe de Castro afirma que ‘fala de igual para igual’ com os seus dois pets, o Obi-Wan e a Lupita, que são da raça Jack Russell Terrier. Foto: Felipe Rau/ESTADÃO

“Eu e a Pandora conversamos o dia inteiro”, disse a gestora de recursos humanos Laylla Lopes Roque, 23 anos, sobre a interação cotidiana com sua pet da raça Pastor de Shetland. “Ela me entende, faz diversas coisas e fala com o olhar. Quando está triste, por exemplo, ela pede colo com o rabo para baixo e os olhos para cima”, disse.PUBLICIDADE

O publicitário André Felipe de Castro, 49 anos, também diz “falar de igual para igual” com o Obi-Wan e a Lupita (cães da raça Jack Russell Terrier). “Eu falo coisas como: ‘tá indo aonde?’, ‘volta aqui’, ‘agora não, estou trabalhando’”, conta. “Estou trabalhando de casa. Durante o dia, eles ficam próximos do meu local de trabalho e se deitam. Eu acabo minha última ligação do dia e, imediatamente, os dois se levantam e pedem para brincar”, diz.

Segundo Castro, Obi-Wan põe a orelha para trás quando está sentindo algum desconforto. Já a Lupita é mais vocal – e late para demonstrar o que está sentindo ou pedir alguma coisa. “A Lupita boceja quando quer alguma coisa”, lembrou. “E diferente de outros cães, o Obi-Wan rosna para pedir carinho.”

Nos últimos dez anos, pesquisas mostraram que a conversa de Laylla com Pandora e o tête-à-tête de Castro com Obi-Wan e Lupita podem ser muito mais do que exageros de mães e pais de pet. Entre esses estudos, o que teve mais repercussão foi o realizado na Universidade de Sussex, na Inglaterra. 

“O estudo constatou que os cães têm a ativação da região cerebral e o entendimento compatível ao que foi pronunciado por seus tutores, independentemente da entonação que esses tutores utilizaram durante a comunicação. Ou seja, os cães compreenderam os significados das palavras, muito além de qualquer instinto decorrente de entonação”, disse Ricardo Menezes, veterinário, supervisor de capacitação técnico-comercial da PremieRpet. “Pensando nisso, podemos sugerir que os cães possuem comportamentos herdados geneticamente, mas que são pautados por linhas de pensamento, cognições e até pensamentos contínuos. De tal forma que têm a compreensão do que fazem e para que fazem”, completou o veterinário. 

Para o neurocientista Fabiano Abreu Agrela Rodrigues, “é narcisismo acreditar que somos superiores a outras espécies”. “Os cães não são mais burros. Eles têm a inteligência suficiente para sobreviver. Olhando para trás, na época das cavernas, os lobos entenderam que se juntar aos homens era inteligente do ponto de vista da sobrevivência. E, por outro lado, os homens também se juntaram aos lobos por questão de sobrevivência”, falou.

Meu cachorro só falta falar
‘Eu e a Pandora conversamos o dia inteiro’, diz a gestora de recursos humanos Laylla Lopes Roque sobre a interação com sua pet.  Foto: Felipe Rau/ESTADÃO

Adestradores

Pandora e a dupla Obi-Wan e Lupita têm adestradores – profissionais que potencializam o desenvolvimento dos cães, mas que, principalmente, observam o talento natural dos pets para a comunicação. Luciano Pereira, adestrador da Pandora, conta que alguns cães têm um nível de comunicação direta. “Quando o cachorro quer comida, por exemplo, ele vem até o dono, raspa a perna do dono, late, senta em frente ao dono e fica olhando”, enumera. “Quando ensinados, essa comunicação torna-se mais sofisticada. O meu cachorro, por exemplo, toca um sininho para pedir comida.” 

Pereira observa ainda como os cães comunicam a vontade de dormir. “Os cães vão para cama com um osso, brinquedo ou cobertor. O meu vai e rosna com um ossinho na boca. Na maioria das vezes, fazem isso nos mesmos horários que os donos vão para a cama.” 

Fernando Gurjão Lopes, 63 anos, é o adestrador de Obi-Wan e Lupita. “Hoje, os cães estão dentro das casas. Entender como se comunica um cachorro é fundamental. Todos os sinais são importantes”, diz Lopes. “Para mim, os cães se comunicam principalmente pela postura. Se levantou a orelha para frente ou se arrepiou, ele está sofrendo alguma ameaça ou está atento a algo. Já se ele está feliz, pode ficar de barriga para cima ou levantar a cabeça.” 

Sem comunicação

A veterinária e comportamentalista Kátia de Martino afirma que a comunicação dos cães é muito complexa: “Os tutores acham que conhecem os cães, mas será que conhecem realmente a comunicação que precisam ter com eles? É na falta de entendimento entre tutores e cães que acontecem os problemas”. 

“Hoje, depois de tantos mil anos de domesticação, ainda existem problemas de entendimento. Os nossos cães estão muito mais próximos da gente. Vivemos em espaços menores, eles frequentam nossas camas, nossos sofás. Ainda assim, existem questões não resolvidas nesta comunicação.” 

Katia afirma que o ruído na comunicação com os cães está na tendência de humanizá-los em demasia. “Meus cães são meus filhos, mas eles têm necessidades especiais. Eles precisam farejar, correr, brincar, cavar… Se a gente não der o que eles precisam, os cães se tornam medrosos, inseguros, latem o tempo inteiro e criam muitos problemas”, disse.

“Assim como as crianças precisam frequentar creches para aprender a usar a linguagem, os cães precisam de um tempo com a ninhada, perto da mãe, para aprender a linguagem dos cães. Quando pegamos cães recém-nascidos e tiramos de perto da ninhada, estamos fazendo um desserviço e interrompendo um processo de aprendizagem”, finalizou.

 

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