O artigo que se segue tem mais de 40 anos. Foi escrito no extinto Jornal da Bahia (Brasil), em 1979. Mas parece que foi redigido hoje. O autor é José Alberto Gueiros
Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar o seu discurso de estreia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembleia de vedetas políticas. O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: “Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável. Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta.”
E ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pode dar ao pupilo que se inicia numa carreira difícil. A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas são medíocres e tem um indisfarçável medo da inteligência. Isso na Inglaterra. Imaginem aqui noutros países. Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa:
“Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que às vezes fico pensando que a burrice é uma Ciência.”
Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder. Mas é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.
Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdam, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida. É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar. Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante.
Infelizmente temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida. Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues: “Finge-te de idiota e terás o céu e a terra”.
O problema é que os inteligentes não gostam de brilhar. Que Deus os proteja para que as cobras não os ataquem.
Sistema Nacional de Educação Projeto reforça modelo que pôs o Brasil entre os piores do mundo Por Denise Drechsel e Gabriel de Arruda Castro, especial para a Gazeta do Povo
Proposta impede prefeitos, governadores e a própria União de procurar métodos inovadores de ensino| Foto: Albari Rosa / Arquivo / Gazeta do Povo
Um projeto de lei que quer criar o que seus autores chamam de “SUS da Educação” avança na Câmara dos Deputados. Se for aprovado, o Brasil passará a ter o Sistema Nacional de Educação (SNE). Mas o que era para ser um avanço pode prejudicar ainda mais a educação brasileira: a proposta em discussão não segue os preceitos da Constituição, cria uma estrutura nacional de decisões que tira do Ministério da Educação (MEC) a função de induzir políticas de qualidade e impede prefeitos, governadores e a própria União de procurar métodos inovadores de ensino. Além disso, cristaliza o modelo de ensino público de administração estatal, que tem sido responsável por colocar o Brasil entre os piores do mundo em educação. E quem perde são os mais pobres.
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 25/19 foi aprovado em 7 de dezembro pela Comissão de Educação da Câmara. A versão que tramita na Casa é um substitutivo elaborado pelo deputado Idilvan Alencar (PDT-CE) com base no texto original da deputada Professora Dorinha (DEM-TO). A parlamentar comemorou a aprovação do projeto na comissão. “Ele vai organizar, desde o município até a União, as responsabilidades das instâncias deliberativas, que hoje funcionam muito bem no SUS”, afirmou Dorinha.
Especialistas em educação, por outro lado, discordam da comparação feita com o Sistema Único de Saúde e afirmam que o Sistema Nacional de Educação é um perigo para a educação brasileira. Para eles, a iniciativa se parece mais com os antigos “sovietes” da União Soviética: conselhos que deliberavam sobre o destino dos recursos de acordo com interesses de grupos específicos, à revelia dos desejos da população. E acreditam que, caso o projeto de lei seja aprovado, por ser fundamentado em falsas premissas – como a ideia de que a educação pública administrada pelo Estado é sempre a melhor opção –, vai impedir a melhoria na qualidade na rede pública de ensino.
O problema da educação pública brasileira não é, prioritariamente, de falta de dinheiro, mas de falhas na gestão escolar. São várias as pesquisas e evidências científicas desse fato. Estudo publicado pelo Banco Mundial, por exemplo, mostra como o Brasil gasta mais que muitos países e têm resultados bem abaixo dos esperados em proporção ao dinheiro aplicado.
A solução já conhecida para esse problema, que aparece de novo no estudo do Banco Mundial, é aplicar os recursos em programas eficientes que seriam aqueles com gestão escolar próxima à empresarial, com indicadores claros de qualidade, sistemas de monitoramento e avaliação do ensino, com suporte técnico e autonomia para os municípios administrarem as escolas. Os autores colocam como exemplo de sucesso no Brasil, seguindo esses parâmetros, a rede pública de ensino de Sobral (CE), que era uma das piores em 2007 e foi considerada a melhor em 2017, com a melhor nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
A questão é que se o Sistema Nacional de Educação existisse no começo dos anos 2000, a Prefeitura de Sobral não teria liberdade para adotar os métodos de gestão e de programa de ensino bem-sucedidos. Isso porque o SNE cria uma Comissão Tripartite responsável por decidir praticamente todas as políticas de educação a serem adotadas, que devem ser replicadas de forma igual em todo o país, com poder de recusar recursos aos entes federativos que não quiserem seguir seus ditames.
Essa Comissão Tripartite seria formada por 15 membros titulares, divididos entre representantes da União, estados e municípios. Na prática, o MEC sempre será minoria em votações, caso não concorde com as pautas de estados e municípios. Os representantes dos estados seriam escolhidos pelo Conselho Nacional de Secretários de Estado da Educação (Consed) e o dos municípios pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), órgãos políticos, muitos deles com contratos com organizações não governamentais (ONGs) – que nem sempre representam os desejos da sociedade brasileira para a educação – e com a presença de sindicalistas. Ou seja, para conseguir recursos para implantar mudanças, o MEC, um prefeito ou governador terá de convencer a maioria dos representantes do Consed e da Undime.
“O espírito da Constituição é que o MEC agiria, por meio de indução, com investimento e capacidade técnica, como uma agência reguladora do sistema. Agora, imagine uma agência reguladora, como a Anatel, por exemplo, com as empresas de telefonia fazendo parte de um conselho tripartite de voto paritário. Sendo que [com a Comissão Tripartite proposta] as duas categorias de entes subnacionais formam maioria sempre, toda vez, são 15 votos, cinco do governo federal, cinco do estado, cinco do município. Ora, se o MEC será sempre minoria em uma votação paritária com representantes de estados e municípios, que em geral são políticos ou sindicalistas, isso acaba com a capacidade de indução de qualidade do MEC”, diz Ilona Becskeházy, doutora em política educacional.
De acordo com a proposta em discussão do SNE, essa Comissão Tripartite também teria outro poder importante e perigoso: o de definir o valor mínimo a ser gasto por aluno por ano e os critérios para a qualidade do ensino (hoje uma prerrogativa dos órgãos federais). O texto estabelece o chamado Custo Aluno Qualidade (CAQ), definido pela Comissão Tripartite, que seria idêntico em todos os municípios brasileiros. Não há problema em tentar dividir melhor os recursos, o risco é entregar nas mãos de uma comissão assim formada a decisão de planos de carreira de professores, de como deve ser a gestão e os gastos, além das resistências desse público em aplicar metas de qualidade. No novo sistema, a União terá de apoiar financeiramente os estados que não conseguirem bancar com o CAQ. “Imagine uma empresa – no caso, o MEC – cujos custos estão em uma planilha fixada em lei e quem fez a lei: sindicatos. Essa proposta do CAQ é uma bomba-relógio financeira”, exemplifica Ilona.
Mas o pior, para o professor Pedro Caldeira, professor da Universidade Federal do Triângulo Mineiro e Diretor de Educação Básica da associação Docentes Pela Liberdade (DPL), é a centralização de decisões essenciais em um grupo de 15 pessoas, sem respeitar a autonomia e as diferenças enormes das diversas regiões do país, sem ampla discussão com a sociedade.
“É um engano pensar que o SNE é o SUS da Educação: o SUS está centrado na prestação de cuidados de saúde a seus usuários. O SNE, tal como foi aprovado na Comissão de Educação da Câmara de Deputados, está centrado no total controle da educação brasileira, básica e superior, por parte de estados e municípios – isto é, em parte ou totalmente controlado por ONGs educacionais e pelos sindicatos de professores. A voz das famílias foi totalmente silenciada, a efetividade dos sistemas escolares não foi tomada em consideração, a definição de objetivos claros e ambiciosos em termos de aprendizagens por parte dos sistemas educacionais nem sequer foi cogitada como algo essencial em um projeto legislativo com tamanho impacto”, salienta Caldeira.
A pior escola para os mais pobres
O cientista político e professor do Insper Fernando Schüler aponta ainda mais um problema na proposta do SNE: a exclusão total do previsto no artigo 213 da Constituição, que os recursos públicos devem ser destinados às escolas públicas “podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas”. Entre outras características, o projeto de lei prevê que todas as contratações sejam feitas por concurso público, o que impede qualquer tentativa de usar vouchers na educação – quando o estado ou município paga uma escola particular para os alunos ao invés de ele mesmo administrar colégios – ou as chamadas escolas “charter”, quando instituições privadas fazem parceria com as esferas públicas para receber alunos.
“O constituinte previu essa possibilidade de parceria, que neste projeto de lei está sendo solenemente ignorada. Não se faz nenhuma referência, em dezenas de páginas, ao fato básico determinado pela Constituição que os gestores municipais e estaduais tenham a opção, em suas redes de ensino, de escolher entre um modelo próprio ou um modelo compartilhado, modelo contratualizado com o setor filantrópico, confessional e comunitário”, explica Schuler.
“Como na discussão sobre o Fundeb, quando não se destinou nem 10% do dinheiro para parcerias com escolas comunitárias, o SNE também não quer nenhum tipo de concorrência do modelo de administração estatal, que não funciona, com qualquer outro tipo de administração”, diz Schüler.
Para o cientista político, caso o texto seja aprovado como está, o ensino público será prejudicado, aumentando ainda mais a desigualdade social entre ricos e pobres.
“É o grande cinismo brasileiro. Todas as pessoas põem os filhos nas escolas privadas e querem empurrar o monopólio estatal, gerido por ONGs e sindicatos, para os mais pobres. Pergunta para as pessoas que defendem o monopólio de administração estatal na educação se eles colocariam o próprio filho na escola pública assim estruturada. Eles defendem o monopólio estatal, a pior solução, para os pobres. Esse é o ponto central, essa é a questão ética central. O resto é variável disso”, afirma Schüler.
Discussão deve ficar para 2022 O projeto de lei tramita em regime de urgência. Mas, antes de chegar ao plenário da Câmara, a proposta ainda precisa do aval de duas comissões da Câmara: a de Finanças e Tributação, e a de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se passar por todas essas etapas, o texto será encaminhado ao Senado. Uma eventual mudança na lei só ocorrerá se os senadores referendarem o texto e se, por fim, o projeto for sancionado pelo presidente da República.
Como o calendário de 2021 praticamente encerrado, a dúvida é se os parlamentares terão condições de pautar a proposta em um 2022 que promete ser turbulento devido às eleições presidenciais.
As cores falam muito sobre nós e exercem um poder extraordinário sobre nossas emoções e sentimentos. Chamamos essa influência de psicologia das cores. Cada uma delas possui um significado e, consequentemente, causam diferentes emoções entre as pessoas. Por exemplo, no marketing, transmitir a emoção através das cores pode ser decisivo no momento de fazer com que o cliente se sinta estimulado a comprar determinado serviço ou produto.
A Psicologia das Cores é um estudo que demonstra a maneira como o nosso cérebro é capaz de processar essas cores, relacionando-as de forma quase imperceptível a uma emoção ou sentimento. Daí ser tão importante que conheçamos o significado das cores, não só para percebermos quais as paletas que mais nos favorecem, como também para sabermos aplicá-las ao nosso dia-a-dia pessoal e profissional e adequá-las à mensagem visual que desejamos transmitir ao outro e ao mundo.
Esse estudo busca compreender o comportamento humano em relação às cores, analisa e define quais os efeitos que cada cor gera nas pessoas, como mudanças nas emoções, nos sentimentos, na criação de desejos e muito mais.
A grande verdade é que somos seres extremamente visuais. Nossos olhos percebem as cores bem antes de qualquer outro elemento, por isso, entender o que comunicam é essencial! E é essa é o grande segredo das cores, elas influenciam nosso humor e direcionam a energia do dia-a-dia. Visto que, geram estímulos para o que desejamos e para nosso bem-estar.
A Psicologia das Cores reconhece oito emoções primárias nos seres humanos. São elas: a raiva, o medo, a tristeza, o nojo, a surpresa, a curiosidade, a aceitação e a alegria.
Cada uma delas é representada por uma cor. Assim sendo, elas desempenham um papel influenciador no comportamento das pessoas e podem estimular o nosso cérebro de muitas maneiras diferentes, por serem muito mais que um fenômeno ótico.
Por exemplo, as cores quentes tendem a transmitir a sensação de energia e entusiasmo. Por outro lado, as cores frias estão relacionadas com a racionalidade, a calmaria e o profissionalismo.
Seguindo essa linha de raciocínio, pense qual a cor você mais gosta? Qual a cor menos lhe atrai? Vamos ver o que cada uma delas pode significar ou quais as sensações mentais elas podem provocar?
Te proponho me acompanhar nesse universo colorido de dicas para que possa perceber porque determinadas sensações se manifestam quando está em contanto com uma das cores descritas abaixo:
O Amarelo
Remete à luz e ao calor. Pode estimular a fome. Não é à toa que marcas como Mc Donalds e Burguer King a utilizam para estimular o consumo. Sensações: abundância, otimismo, alegria, amizade, cautela.
O vermelho
Representa diferentes emoções como amor e raiva. Além disso, a psicologia diz que ela ainda provoca a excitação e também a fome. Sensações: paixão, emoção, exigência, juventude, perigo, desafio, urgência.
O Verde
É uma cor conectada à natureza e, por isso, traz leveza, tranquilidade e harmonia. Essa cor também possui relação com a esperança e também remete à saúde. Sensações: calma, tranquilidade, saúde, vida, cura, dinheiro, crescimento.
O Rosa
O rosa claro transmite a tranquilidade e a inocência. Enquanto, o rosa mais escuro remete à paixão e a sedução. Sensações: romance, fé, beleza, amor, sensibilidade.
O Laranja
É uma cor alegre, que transmite energia ao público e estimula a criatividade. Sensações: energia, desejo, calor, confiança, alegria.
O Azul
O azul é uma cor unânime. Em tons mais claros transmite sensação de leveza e tranquilidade. Enquanto o azul mais escuro é utilizado para demonstrar segurança e poder. Esta cor é muito utilizada por empresas que desejam passar credibilidade e confiança. Sensações: credibilidade, confiança, profissionalismo, paz, segurança, força, integridade.
O Roxo
Significa poder, sabedoria e respeito, além de transmitir uma ideia de criatividade. Sensações: cura, proteção, inteligência, imaginação, dignidade, luxo.
Marrom
Passa a ideia de elegância, também tem relação direta com a natureza, representa a cor da madeira e da terra.
Preto
É a mais elegante das cores! Remete à sofisticação, modernidade e luxo. Sensações: sofisticação, poder, formalidade, mistério.
Branco
O branco é a cor mais pura. Ela remete à claridade, pureza, paz e também à elegância. Utilizada para transmitir higiene. Sensações: leveza, esperança, bondade, luz, pureza, simplicidade.
Cinza
É uma cor agradável e que passa a sensação de modernidade e profissionalismo. Sensações: equilíbrio, neutralidade, estabilidade, força, autoridade, personalidade.
Ou seja, quer mais equilíbrio aposte no verde. Quer vibrar na criatividade vá de laranja. Quer se conectar com sua espiritualidade, vá de lilás. Quer serenidade aposte no azul. Precisa de energia ou está triste, aposte no branco e evite o preto!
Por influenciar, psicologicamente, no estado de espírito, as cores podem alterar a motivação e o humor, além de afetar a percepção da dimensão do ambiente. No entanto, um outro aspecto importante na vida do ser humano e que também pode ser influenciado pelas cores é o nosso senso de recordação.
A visualização das cores pode estar associada a momentos específicos da vida de alguém. Isso se assemelha ao que acontece com os cheiros. Consequentemente, uma determinada cor pode fazer com que a pessoa lembre de uma situação vivida no passado.
Enfim, muitos desconhecem o poder influenciador das cores na energia interior que determina nossas emoções e sensações. Mas estar atento a elas e a seus significados, é fundamental para evitar sentimentos inadequados que podem baixar nossa energia e estimular bons fluídos.
Portanto, o autoconhecimento é uma excelente ferramenta na busca por respostas internas que nos mostrem caminhos de crescimento pessoal, além disso, associar a psicologia das cores como aliada, agrega ainda mais valor ao nosso bem-estar físico e mental.
Não é fácil empreender, muito menos quando o mundo passa por uma crise sanitária e o Brasil enfrenta uma crise econômica. Quando chega o final de ano então, parece que perdemos o tempo certo para fazer as coisas e agora não temos como correr atrás, mas ainda dá pra virar esse jogo sim!
1. Use seu carisma interna e externamente
Alexandre Formagio, especialista em branding, afirma: “Carisma é a nova moeda! As empresas precisam aprender a usar essa ferramenta, que é gratuita e pode ser o diferencial que o cliente busca, para converter mais negócios. As pessoas gostam de ser bem tratadas, é simples assim. Treine sua equipe para usar essa ferramenta também!”
2. Antes de dar os próximos passos veja se o “arroz com feijão” está bem feito
O básico bem feito funciona muito bem, segundo o especialista em performance, Matheus Guizzo: “Fazer o ‘arroz e feijão’ bem feito, com atenção, traz muito resultado. Não adianta querer abraçar o mundo, fazer tudo e mais um pouco se os processos básicos do negócio não rodam. Se o time não está motivado e os processos não andam.”
3. Seja fiel ao seu negócio e mantenha seu negócio fiel à você
E mantenha seu negócio fiel aos seus valores. Qual a chance de uma pessoa que odeia festas, comandar bem uma balada? É o que a consultora e mentora de finanças Astrid Lacerda oferece como dica. “Seja você mesmo, mas mais do que isso, mantenha seu negócio fiel à quem você é, porque no fim do dia vocês têm imagens conectadas, assim como os valores e o propósito também.”
Esses passos são apenas alguns dos que um negócio precisa executar para garantir resultados positivos ao longo de 2022. É importante ter planejamento, bons processos e saber criar relacionamento com os clientes.
ESCALANDO NEGÓCIOS DA VALEON
1 – Qual é o seu mercado? Qual é o tamanho dele?
O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.
A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com CNPJ ou não e coloca-las na internet.
2 – Qual problema a sua empresa está tentando resolver? O mercado já expressou a necessidade dessa solução?
A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.
Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.
O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao utilizar a plataforma da ValeOn.
3 – Quais métodos você usará para o crescimento? O seu mercado está propício para esse tipo de crescimento?
Estratégias para o crescimento da nossa empresa
Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
Equilíbrio financeiro e rentabilidade. Capital de giro, controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade são termos que devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o objetivo de crescer.
Desenvolvimento de um planejamento estratégico. Planejar-se estrategicamente é como definir com antecedência um roteiro de viagem ao destino final.
Investimento em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.
O mercado é um ambiente altamente volátil e competitivo. Para conquistar o sucesso, os gestores precisam estar conectados às demandas de consumo e preparados para respondê-las com eficiência.
Para isso, é essencial que os líderes procurem conhecer (e entender) as preferências do cliente e as tendências em vigor. Em um cenário em que tudo muda o tempo todo, ignorar as movimentações externas é um equívoco geralmente fatal.
Planeje-se, portanto, para reservar um tempo dedicado ao estudo do consumidor e (por que não?) da concorrência. Ao observar as melhores práticas e conhecer quais têm sido os retornos, assim podemos identificar oportunidades para melhorar nossa operação e, assim, desenvolver a bossa empresa.
4 – Quem são seus principais concorrentes e há quanto tempo eles estão no mercado? Quão grandes eles são comparados à sua empresa? Descreva suas marcas.
Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área, sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.
Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.
5 – Sua empresa está bem estabelecida? Quais práticas e procedimentos são considerados parte da identidade do setor?
A nossa empresa Startup Valeon é bem estabelecida e concentramos em objetivos financeiros e comerciais de curto prazo, desconsideramos a concorrência recém chegada no mercado até que deixem de ser calouros, e ignoramos as pequenas tendências de mercado até que representem mudanças catastróficas.
“Empresas bem estabelecidas igual à Startp Valeon devemos começar a pensar como disruptores”, dizPaul Earle, professor leitor adjunto de inovação e empreendedorismo na Kellogg School. “Não é uma escolha. Toda a nossa existência está em risco”.
6 – Se você quiser superar seus concorrentes, será necessário escalar o seu negócio?
A escalabilidade é um conceito administrativo usado para identificar as oportunidades de que um negócio aumente o faturamento, sem que precise alavancar seus custos operacionais em igual medida. Ou seja: a arte de fazer mais, com menos!
Então, podemos resumir que um empreendimento escalável é aquele que consegue aumentar sua produtividade, alcance e receita sem aumentar os gastos. Na maioria dos casos, a escalabilidade é atingida por conta de boas redes de relacionamento e decisões gerenciais bem acertadas.
Além disso, vale lembrar que um negócio escalável também passa por uma fase de otimização, que é o conceito focado em enxugar o funcionamento de uma empresa, examinando gastos, cortando desperdícios e eliminando a ociosidade.
Sendo assim, a otimização acaba sendo uma etapa inevitável até a conquista da escalabilidade. Afinal de contas, é disso que se trata esse conceito: atingir o máximo de eficiência, aumentando clientes, vendas, projetos e afins, sem expandir os gastos da operação de maneira expressiva.
Pretendemos escalar o nosso negócio que é o site marketplace da Startup Valeon da seguinte forma:
objetivo final em alguma métrica clara, como crescimento percentual em vendas, projetos, clientes e afins;
etapas e práticas que serão tomadas ao longo do ano para alcançar a meta;
decisões acertadas na contratação de novos colaboradores;
Durante a campanha eleitoral de 2018, o entrosamento entre o candidato Jair Bolsonaro e o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, parecia impecável. O candidato do PSL mal falava de assuntos econômicos e reiterava que o seu chamado Posto Ipiranga teria carta branca. Mas a sincronia não tardou a desandar. Logo no primeiro ano de governo, o presidente desautorizou o ministro. As propostas liberais, em especial as que envolviam a reforma do Estado, se dissiparam. Pouco saiu do plano das ideias — e o que andou foi um rascunho dos projetos do Chicago Boy. Agora, na entrada de 2022, Guedes sua gravata para convencer Bolsonaro a apoiar a agenda de reformas prometida em 2018. A meta é atrair apoio do mercado e dos empresários na corrida eleitoral de 2022.
Os problemas, porém, agora são maiores que em 2018. Primeiro porque é mais fácil prometer quando se está na oposição. Segundo, porque há fortes resistências no Legislativo e no próprio Executivo às ideias do ministro Guedes. Em 2019, a falta de sintonia desperdiçou capital político. Em 2020, a pandemia foi o argumento do Posto Ipiranga para explicar a magra lista de sucessos. E 2021 foi um “annus horribilis” para Guedes. A perda de influência e a ausência de sucessos do ministro deixaram algo claro: o coronavírus foi responsável por centenas de milhares de vítimas no Brasil, mas nem isso matou o programa liberal. Quem o fez foi Bolsonaro.
Ter um economista liberal e sem experiência política em um governo como o do ex-capitão, nacionalista e oriundo do baixo clero, foi um erro. Para o País. Guedes já admitiu que não foi por falta de aviso. “Muitos economistas disseram que o desafio e a luta seriam grandes, mas sou resiliente”, afirmou. Ex-presidente do Banco Central (BC), Pérsio Arida, foi um desses economistas. “Guedes é um homem de mercado, sem experiência na gestão pública, em especial uma complexa como a brasileira”, disse. O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega também reforçou que Guedes tem feito parte de um projeto de reeleição, não de reformas estruturantes. “O período de reformas deste governo já acabou”, afirmou, antecipando que a agenda eleitoral diminui a chance de aprovação de pautas impopulares.
Guedes garante que ainda tem influência no governo, mas reconhece que muitas vezes faltou vontade política. Em um recente encontro com empresários, o ministro foi questionado sobre o motivo de as reformas terem parado. Respondeu que há pessoas ao lado do presidente, ministros inclusive, que trabalham contra os avanços dessa agenda, restrita, segundo ele, ao Ministério da Economia. “É uma luta constante”, afirmou. Guedes já criticou publicamente Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, seu desafeto desde a primeira hora. Mais recentemente não faltaram farpas direcionadas ao ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni.
REFORMAS Se a retomada da agenda liberal não apetece o presidente Bolsonaro às vésperas da campanha eleitoral, Guedes vem tentando aprofundar o discurso de que as reformas vão trazer de volta uma parte relevante dos votos que o presidente perdeu entre 2018 e 2022. Talvez esse seja o único argumento que Bolsonaro levará em consideração. “O presidente ganhou a eleição em uma aliança de centro-direita. São os conservadores de direita nos costumes, e os liberais de centro na economia. Nós temos que avançar com nosso programa, sob risco de perder o apoio do centro”, disse Guedes.
O entendimento do ministro é que os eleitores que votaram no Bolsonaro atraídos pela promessa da implantação de uma agenda liberal vão começar a pensar em um voto alternativo, já que este governo não fez nada muito diferente dos outros. “Temos que girar, temos que seguir nossa agenda”, afirmou. Assessores próximos ao ministro dizem que, até agora, Guedes permanece firme ao lado de Bolsonaro, mas a escalada das tensões entre eles pode romper essa parceria em um eventual segundo mandato. “É claro que o ministro também está frustrado. Ele tinha projetos grandiosos e que foram abatidos ou pelo presidente ou pelo Congresso”, disse um técnico do Ministério. Ele afirmou que neste momento não há clima em Brasília para pressionar por avanços nas reformas administrativa e tributária.
O vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (que é do PL, partido a que Bolsonaro acaba de se filiar) também diz que será complicado aprovar reformas estruturantes. “A PEC dos Precatórios já saiu na marra. Se botarmos para votar, a gente perde”, disse. Como se houvesse o desejo de votar algo desse patamar. Tanto a reforma administrativa quanto a tributária são vistas como fundamentais para melhorar a situação fiscal do País e permitir a ampliação de investimentos, mas elas também têm potencial de prejudicar a imagem de deputados e senadores, algo impensável em um ano eleitoral. Até mesmo Bolsonaro admitiu que a janela para aprovação das reformas era 2021. “Já estamos praticamente terminando o terceiro ano [de governo]. Se não aprovar agora, no ano que vem pode esquecer”, disse o presidente em outubro, batendo o último prego no caixão do liberalismo.
Comissão da PEC da prisão em segunda instância durante reunião de 8 de dezembro: troca em massa de membros levou a suspensão da votação de parecer.| Foto: Agência Câmara
Quando deu o voto decisivo para acabar com a prisão após condenação em segunda instância no Brasil, no fim de 2019, o ministro do STF Dias Toffoli deixou a responsabilidade para o Congresso Nacional: se os parlamentares quisessem, poderiam alterar a Constituição para deixar bem claro a partir de que ponto poderia ocorrer o início do cumprimento da pena. Em reação ao voto de Toffoli, surgiram vários projetos de lei e PECs para permitir a prisão em segunda instância. Passou o ano de 2020 sem que o assunto caminhasse, o que em parte se explica pela novidade da pandemia; e 2021 termina da forma como começou, apesar de um fiapo de esperança que o país chegou a ter agora neste fim de ano.
Aprovar a prisão em segunda instância, infelizmente, não era prioridade nem de Executivo, nem de Legislativo: no começo do ano, o governo federal enviou ao Congresso uma relação de 35 assuntos que gostaria de ver aprovados em 2021 e, apesar da extensão da lista, a prisão em segunda instância não estava entre eles. Da mesma forma, nem Arthur Lira (PP-AL) nem Rodrigo Pacheco (PSD-MG) usaram o tema como forma de angariar votos nas disputas que fizeram deles os presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, ocorridas em fevereiro de 2021. Apenas a insistência dos parlamentares realmente comprometidos com o combate à corrupção conseguiria fazer andar algum dos projetos de lei ou PECs propostos para instaurar a prisão em segunda instância, mas mesmo eles chegaram a julgar, em algumas ocasiões, que o momento político não era adequado porque outros temas estavam monopolizando a atenção do Congresso e da opinião pública.
A leniência com o crime destrói o tecido social de um país e é mazela que merece tanta atenção quanto problemas socioeconômicos como o desemprego; é com preocupação que o Brasil vê mais um ano perdido no combate à corrupção
Quando finalmente alguns temas como a CPI da Covid e a PEC do Voto Impresso saíram da frente, a comissão especial da PEC 199/19 – o texto que acabou se tornando o preferido dos congressistas para conseguir trazer de volta a prisão em segunda instância – viu uma janela de oportunidade para fazer caminhar o texto, aprová-lo e finalmente submetê-lo ao plenário da Câmara. Mas uma jogada regimental de última hora travou tudo: em 8 de dezembro, quando a comissão votaria o relatório de Fábio Trad (PSD-MS), PSC, MDB, DEM, PT, PL, Republicanos e PP trocaram membros do colegiado. “Parlamentares que eram favoráveis à PEC foram, coincidentemente, substituídos por parlamentares que são contrários à PEC”, resumiu o deputado Gilson Marques (Novo-SC). Como havia sério risco de derrota do texto, Trad retirou seu parecer, alegando que o relatório não tinha sido discutido com aqueles que haveriam de votá-lo.
O ano termina, portanto, sem nenhuma definição quanto ao futuro da PEC 199 e com mais uma demonstração de que há, na Câmara dos Deputados, um grupo disposto a usar sua força para que tudo permaneça como está, atrapalhando qualquer iniciativa no Legislativo que ajude no combate à corrupção, uma das principais áreas a se beneficiar com o retorno da prisão em segunda instância. Continua em curso no Congresso, portanto, uma das estratégias para a destruição da Operação Lava Jato e de seu legado: rejeitar os projetos de lei que fortaleçam a investigação e a punição dos crimes de colarinho branco, enquanto se aprovam aqueles projetos que dificultam a vida de promotores, procuradores e juízes.
A “prisão em quarta instância” é uma jabuticaba brasileira que destoa completamente da prática de vários países desenvolvidos, que levam seus criminosos à prisão às vezes até mesmo depois da condenação em primeira instância, sem que com isso se considere haver qualquer violação do direito de defesa ou do devido processo legal. No caso brasileiro, é importante sempre recordar que a análise da culpabilidade do réu termina na segunda instância – os tribunais superiores verificam apenas questões processuais, não se o réu é culpado ou inocente; tanto é assim que eles não podem inocentar ninguém, cabendo-lhes no máximo determinar o reinício do processo quando encontram alguma irregularidade. Além disso, a prisão em segunda instância vigorou no Brasil pela maior parte do período pós-Constituição de 1988, com aval do próprio Supremo, que havia decidido por sua constitucionalidade já em 1991; a situação atual é uma exceção que valeu entre 2009 e 2016, e novamente a partir do fim de 2019.
O modelo processual atual brasileiro favorece a impunidade: criminosos que conseguem dominar o labirinto de ações e recursos adiam ao máximo o trânsito em julgado de suas sentenças; sabedores de que o dia em que terão de ir para trás das grades está distante, ou jamais virá, eles se veem estimulados a seguir delinquindo, em vez de cooperar com as autoridades. A leniência com o crime destrói o tecido social de um país e é mazela que merece tanta atenção quanto problemas socioeconômicos como o desemprego; é com preocupação que o Brasil vê mais um ano perdido no combate à corrupção.
Congresso derrubou veto presidencial ao aumento do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões em 2022.| Foto: Pedro França/Agência Senado
Em 15 de julho de 2021, o Congresso Nacional aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias com uma previsão de aumento do fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. O presidente da República então, que poderia sancionar ou vetar a referida lei, decidiu vetar diversos artigos, inclusive os que aumentariam esse lamentável fundão.
Entretanto, quando o veto presidencial retornou ao Parlamento para apreciação, os congressistas derrubaram às objeções relacionadas ao fundo eleitoral. Um total de 317 deputados federais votou a favor do fundão e apenas 146 se posicionaram contra. No Senado, 53 senadores também aprovaram o aumento deste descalabro, enquanto 21 votaram para manter o veto, ou seja, para que o valor do fundão não fosse aumentado.
Essa votação simboliza o total descomprometimento da grande maioria dos parlamentares brasileiros com a nossa sociedade, pois o Congresso está fechando os olhos para os graves problemas que o cidadão brasileiro atravessa, e está voltando sua atenção – e o dinheiro público – para as caríssimas campanhas eleitorais.
Cerca de 35 milhões de brasileiros não têm água encanada, entretanto, os caciques dos partidos políticos terão bilhões para financiar suas campanhas. Outros 94 milhões de brasileiros não possuem rede de tratamento de esgoto, mas milhares de políticos gastarão grandes fortunas com santinhos e viagens de campanhas. E ainda 11 milhões de brasileiros não sabem ler nem escrever, contudo, muitos candidatos a cargos eletivos no próximo ano gastarão bilhões para se manter no poder.
Esse paradoxo lamentável retrata a carência de políticos sérios e comprometidos com o bem comum, pois muitos deles, durante seus mandatos, só realizam seus atos e obras com o intuito de manutenção no poder, ou para elegerem seus familiares e amigos próximos. A política no Brasil é uma verdadeira profissão, onde a finalidade primária não é gerir a coisa pública de forma responsável, profissional, com contenção de despesas, para que a pobreza seja diminuída e para que a nação prospere, mas para que as coisas permaneçam como estão; que o fundão eleitoral e os privilégios da classe política sejam mantidos e aumentados; que as leis que punam atos de corrupção e má gestão não sejam enrijecidas; que os órgãos encarregados de apurar crimes de colarinho branco sejam enfraquecidos.
Você deve estar perguntando qual providência poderia adotar contra esse ato completamente indecoroso do Congresso Nacional, e eu lhe respondo: acompanhe a vida política de nosso país; verifique como o deputado e o senador aos quais você conferiu sua confiança votaram. Caso não concorde com a posição deles, cabe a você cobrá-los, ou nas redes sociais desses políticos ou através dos e-mails funcionais. O importante é que isso seja feito, e mais importante ainda, será avaliar como o futuro candidato a deputado ou senador que você pretende votar se posicionou em relação aos temas mais necessários ao nosso país.
Exercer a cidadania não é apenas depositar seu voto na urna, e simplesmente lembrar novamente dos políticos na próxima eleição; exercer a cidadania é acompanhar e fiscalizar os nossos mandatários, realizando um verdadeiro escrutínio em todos os seus votos e posições. Isso é ser de fato um cidadão, e fazer valer a nossa democracia.