segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

FUTEBOL BRASILEIRO ESTÁ SENDO COLOCADO À VENDA

 


  1. Esportes
     
  2. Futebol 

Mais que comprar o Cruzeiro, o ex-atleta abriu as portas dos clubes brasileiros aos investidores

Robson Morelli, O Estado de S.Paulo

Ronaldo não comprou apenas o Cruzeiro, ele colocou o futebol brasileiro à venda. Com os seus R$ 400 milhões por 90% das ações do clube mineiro, um dos maiores atacantes do Brasil e do mundo abriu as portas de uma nova era para os times nacionais. Sua aquisição mistura gratidão pelo clube que o lançou ao estrelato, mas é negócio puro na veia, não se enganem com o contrário. Ronaldo não rasga nem perde dinheiro, como não perdia gols diante dos goleiros.

Sua iniciativa ocorreu após as mudanças do estatuto do clube permitirem que qualquer investidor, nacional ou internacional, pudesse comprar mais do que 49% das ações negociadas, tirando, portanto, o controle acionista do próprio clube, é o que faltava para as SAFs (Sociedade Anônima do Futebol) se tornarem interessantes ao capital estrangeiro, de qualquer parte, da Rússia, dos árabes, da China. Não há mais fronteira para o dinheiro taxado nas SAFs no Brasil.

Ronaldo
Ronaldo surgiu para o mundo do futebol no Cruzeiro e regressa ao clube com a missão de reerguê-lo Foto: Cruzeiro EC

Ronaldo adquiriu 90% das ações, deixando apenas 10% para os gestores do Cruzeiro. Ou seja, eles não mandam mais nada. Todo o controle é do comprador. Os R$ 400 milhões são uma pechincha, mas pega o clube na baixa. Um time mais bem estruturado seria vendido por valor maior. Pelas leis da SAF, o novo dono de um time de futebol brasileiro pega o clube zerado de dívidas, mas com a obrigação de destinar 20% das receitas para amortizar as pendências financeiras que ficaram para trás. Elas não vão desaparecer. No caso do Cruzeiro, essa dívida é de R$ 1 bi. O time está na Série B.

O que Ronaldo fez foi mostrar ao mundo que os clubes brasileiros e toda a sua tradição estão à venda. Em média, um time de primeira divisão tem receita anual entre R$ 350 milhões e R$ 800 milhões, alguns estimam bater em 2021 em R$ 1 bilhão. Mesmo com a pandemia e com arenas vazias a maior parte do ano, por exemplo, o Flamengo indicou receita em seu balanço anual de 2020 de R$ 669 milhões. O Palmeiras teve R$ 559 milhões, ambos seguidos por Corinthians (R$ 474 milhões), Grêmio (R$ 472 milhões) e Atlético-MG (R$ 418 milhões).

Portanto, os clubes brasileiros têm potencial para fazer receitas com direitos de transmissão dos jogos, patrocinadores, venda de jogadores, bilheterias, camisas e programa de sócio-torcedor. Estão endividados porque suas administrações sempre foram péssimas, sem transparência e voltadas para políticas de ‘cala-boca’ para a torcida, de modo a gastar, em muitos casos, o que não têm com jogadores e técnicos somente para acalmar ânimos.

Ronaldo será seguido por bilionários do mundo inteiro, alguns com experiência, outros nem tanto, claro, desde que os estatutos ofereçam controle acionário acima de 51%, como fez o time de BH. A notícia já se espalhou. É questão de tempo para todos entrarem no jogo.

Ronaldo escreve carta após comprar o Cruzeiro: ‘É a minha vez de abrir as portas para o time’

Ex-jogador e empresário adquiriu 90% das ações do clube mineiro neste sábado e investirá R$ 400 milhões na negociação

Redação, O Estado de S.Paulo

Ronaldo Fenômeno estreou pelo Cruzeiro aos 16 anos e deu início à sua vitoriosa carreira no futebol. Com 45, ele retornou, desta vez, para comprar 90% das ações do clube e ajudar na reformulação de um dos times mais vitoriosos do futebol brasileiro. Neste domingo, ele voltou a falar do motivo que o levou a investir na equipe celeste.

“Voltei porque acredito na volta do Cruzeiro. Não tenho todas as respostas para as perguntas que me faço e, possivelmente, não terei para todas as perguntas que vocês me farão. O que eu sei é que aquele garoto que aprendeu no Cruzeiro que os seus sonhos eram possíveis me faz hoje acreditar que é possível tirar o clube de refém dessa crise”, postou o atleta nas redes sociais.

Ronaldo Nazário
Ronaldo acerou contrato com o Cruzeiro para investir R$ 400 milhões no clube mineiro. Foto: Laura Leon/NYT

A situação é delicadíssima. A dívida do Cruzeiro chega na casa de R$1 bilhão. Além disso, o time vai para o seu terceiro ano consecutivo na Série B do Campeonato BrasileiroRonaldo investirá R$ 400 milhões no futebol do Cruzeiro. Ele adquiriu 90% das ações do clube, que teve o estatuto mudado com a aprovação da SAF.

“Chegou a hora de voltar. É a minha vez de tentar abrir portas para o time. Não como herói. Não com super poderes para, sozinho, mudar a realidade. Mas com imensa responsabilidade. Com gestão inteligente e sustentável para um crescimento de médio e longo prazo. Com a lealdade de 9 milhões de apaixonados”, completou.

Veja o texto do ex-atacante Ronaldo, agora dono de 90% das ações do Cruzeiro

Em 25 de maio de 1993, entrei em campo pela primeira vez como profissional. Lembro como se fosse ontem da minha emoção ao receber a camisa do Cruzeiro. Eu só tinha 16 anos.

O pouco tempo que fiquei no time se justifica por uma razão: quase 30 anos depois, digo sem nenhuma dúvida que o Cruzeiro me deu a maior oportunidade da minha vida. Foi com a camisa azul celeste que tive a certeza que os meus sonhos de garoto eram possíveis.

Em 8 de agosto de 1994, a despedida do clube que abriu pra mim as portas do mundo; que me proporcionou sentir as primeiras grandes emoções no futebol; que me fez artilheiro, campeão, jogador da seleção; e que me preparou para tudo o que viria adiante.

Há dois anos, vi esse time centenário pelo qual tenho extrema gratidão ser rebaixado pela primeira vez; vi a tristeza tomar conta de uma das maiores torcidas do país. Doeu em mim.

E sinto ainda mais por saber que é sintoma do estado em que se encontra o futebol brasileiro, parado no tempo. O que seria daquele moleque de 16 anos sem a oportunidade de conquistar o mundo com a bola nos pés?

Não tenho todas as respostas para as perguntas que me faço e, possivelmente, não terei para todas as perguntas que vocês me farão. O que eu sei é que aquele garoto que aprendeu no Cruzeiro que os seus sonhos eram possíveis me faz hoje acreditar que é possível tirar o clube de refém dessa crise.

Chegou a hora de voltar. É a minha vez de tentar abrir portas para o time. Não como herói. Não com super poderes para, sozinho, mudar a realidade. Mas com imensa responsabilidade. Com gestão inteligente e sustentável para um crescimento de médio e longo prazo. Com a lealdade de 9 milhões de apaixonados.

ESQUERDISTA ELEITO NO CHILE TERÁ PROBLEMAS PARA GOVERNAR

 

  1. Internacional 

Governo do esquerdista representa sem dúvida a chegada de um novo ciclo político para o Chile; e sua gestão estará na mira das esquerdas democráticas de boa parte das repúblicas que passam por situações semelhantes

Fernando García*, O Estado de S.Paulo

Será difícil para Gabriel Boric governar. O êxito de sua gestão vai depender de sua capacidade de alcançar acordos políticos, fora e dentro do Congresso. As eleições de pouco mais de um mês atrás não deixaram nenhuma maioria clara no Parlamento. Tanto no Senado, quanto na Câmara dos Deputados, os partidos estão praticamente com o mesmo peso, e o desempate ficará nas mãos das novas forças que emergiram, com poucas definições ideológicas, o que só aumenta a incerteza.

Um Congresso mais equilibrado poderia ter tornado mais fácil a tarefa para o candidato conservador, mas com certeza será algo mais complicado para Boric, que foi eleito com o slogan de um programa transformador . 

A vida política de Boric, intensa apesar de seus 35 anos, foi centrada na ideia de recuperar espaços para a justiça social no Chile. Em sua opinião, e aparentemente na opinião da maioria que ganhou no domingo, essa justiça social foi postergada por um modelo que entrou em crise e estava na origem dos protestos sociais que marcaram a agenda chilena nos últimos anos. 

Boric - Chile
Apoiadores de Gabriel Boric comemoram vitória do candidato esquerdista à presidência do Chile nas ruas de Santiago  Foto: MARTIN BERNETTI / AFP

O segundo elemento de complicação para Boric serão os temidos “poderes fáticos”, ou seja, os dispositivos de poder que não integram a institucionalidade republicana, mas que frequentemente operaram em outros momentos históricos. Esses poderes operam hoje como um fantasma. Entre eles, estão as Forças Armadas, o empresariado e a imprensa

Esses foram os atores que operaram ativamente durante o governo do presidente Salvador Allende, que culminou no brutal golpe de Estado de 1973. Mas também foram os atores que operaram nos primeiros anos da democracia, principalmente durante o governo de Patricio Aylwin, e em graus diversos para a eleição do socialista Ricardo Lagos ou o segundo governo de Michelle Bachelet.

É esperado que o temor destes poderes rondará o ambiente durante todo o governo Boric e estará condicionado ao avanço que o novo Executivo conseguir em sua agenda transformadora. 

É sabido que o programa de Gabriel Boric não agrada ao empresariado, ao mundo militar, ou à parte importante dos grandes meios de comunicação. Sem dúvida, seu governo terá que ter um olho nesses atores se quer passar de forma eficiente pelos desafios que lembram o passado.

Por essa razão, será chave a capacidade de Boric em construir alianças políticas, fortalecer a coalizão que o levou ao poder, fazer concessões a setores políticos que o apoiaram, apoiar o processo constituinte que ocorre em paralelo para colocá-lo a seu favor, e, claro, fortalecer sua rede de apoios internacionais para legitimar as medidas que tomar. 

Para a maioria que saiu vitoriosa no domingo, esse foi o triunfo da esperança sobre o medo. Dá a impressão de que surge uma nova visão de futuro que recorre ao fato de que o Chile mudou, e, para isso, se deve colocar um ponto final no pacto político social que emergiu nos anos 1990 e 2000, ou seja, nos anos seguintes à ditadura. 

O governo de Boric representa sem dúvida a chegada de um novo ciclo político para o Chile. E a sua gestão estará na mira das esquerdas democráticas de boa parte das repúblicas que passam por situações semelhantes. 

* É professor da Universidade Bernardo Ohiggins

DEMOCRATA QUE SÓ GOSTA DE APOIAR DITADORES

 

Atos antidemocráticos

Por
Tiago Cordeiro – Gazeta do Povo

Amizade antidemocrática: O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente de Cuba, Fidel Castro, em frente à Estátua de José Martí, na Praça da Revolução, em Havana, Cuba, em 2003.| Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

Ao longo de sua vida pública, Luiz Inácio Lula da Silva manteve uma relação amistosa com uma série de líderes reconhecidos internacionalmente pela postura antidemocrática. Seja em eventos, seja fazendo elogios públicos ou firmando contratos e parcerias como presidente da república, ele demonstrou, em diferentes ocasiões, seu apreço por ditadores. Confira nove desses momentos:

1 — Teodoro Obiang Nguema Mbasogo
País: Guiné Equatorial
Tempo no poder: 41 anos
Crimes: Um dos governantes mais ricos do mundo em um país em que 70% da população vive abaixo da linha da pobreza, Mbasogo mantém um regime ditatorial famoso por perseguir oponentes com brutalidade.
Interação com Lula: Ao ser recebido em julho de 2010, Lula tornou-se o primeiro presidente brasileiro a realizar uma visita oficial ao suntuoso palácio de Mbasogo. Na época, os dois assinaram cinco acordos de cooperação. Durante a 14ª fase da Operação Lava Jato, em 2015, os investigadores identificaram que o ditador mantinha uma relação próxima com a construtora OAS, e que Lula mediava essas conversas.
Como está o ditador hoje: Continua no poder.

2 — Muamar Kadafi

País: Líbia
Tempo no poder: 42 anos
Crimes: Corrupção, violação dos direitos humanos e abuso sexual são apenas algumas acusações de uma vasta lista.
Interação com Lula: O ex-presidente nunca disfarçou sua admiração por Kadafi, a quem chegou a chamar de “irmão”. Os dois se encontraram logo em 2003, apenas um ano depois da eleição de Lula. Em 2009, ao participar da Cúpula da União Africana, em Sirte, na Líbia, ele defendeu que os países não precisam ser democráticos para receber respeito da comunidade internacional. Também criticou a imprensa por questionar constantemente seu apreço a ditadores.
Como está o ditador hoje: Foi assassinado em 2011.

3 — Mahmoud Ahmadinejad
País: Irã
Tempo no poder: 8 anos
Crimes: O país é frequentemente acusado de violar direitos humanos e promover perseguição religiosa e de gênero. Ahmadinejad é famoso por ter negado a existência do Holocausto e de ter defendido que Israel fosse varrido do mapa.
Interação com Lula: Os dois se encontraram em diferentes ocasiões, tanto no Irã quanto no Brasil – onde a visita foi cercada por protestos. Juntamente com a Turquia, Lula assinou com Ahmadinejad um acordo nuclear. Os Estados Unidos reagiram e a diplomacia brasileira voltou atrás.
Como está o ditador hoje: Continua sendo uma liderança entre os políticos linha-dura do país. Em 2017 e em 2021 tentou, sem sucesso, voltar à presidência do país.

4 — Paul Biya

País: Camarões
Tempo no poder: 38 anos
Crimes: Um dos ditadores mais ricos do planeta, vem se reelegendo constantemente desde os anos 80, sempre acusado de fraudar as eleições.
Interação com Lula: O brasileiro foi recebido pelo ditador e participou de um banquete. Na ocasião, declarou: “Juntos, temos de lutar pela eliminação dos pesados subsídios e de outras medidas protecionistas praticadas pelos países ricos”.
Como está o ditador hoje: Permanece no poder, onde está desde 1982.

5 — Alexander Lukashenko
País: Belarus
Tempo no poder: 26 anos
Crimes: Reeleito seguidamente desde 1994, quando o país se tornou independente, ele é acusado de fraudar eleições e perseguir opositores, chegando a torturá-los.
Interação com Lula: O brasileiro recebeu Lukashenko no Brasil, em 2010. Na época, afirmou: “Os dois países pensam de maneira parecida”.
Como está o ditador hoje: Continua no poder, reprimindo qualquer dissidência de forma violenta.

6 — Islam Karimov

País: Uzbequistão
Tempo no poder: 25 anos
Crimes: É acusado pela Organização das Nações Unidas de aceitar trabalho infantil, aceitar a prática de tortura e perseguir a imprensa.
Interação com Lula: Ao receber a visita de Karimov em Brasília, em 2009, Lula defendeu que os países estreitassem seus laços.
Como está o ditador hoje: Ficou no cargo até morrer, em 2016.

7 — Omar Bongo Ondimba
País: Gabão
Tempo no poder: 42 anos
Crimes: Conhecido pela violência com que tratava opositores e por não investir em infraestrutura básica para a população de seu país.
Interação com Lula: Outra ditadura africana rica em petróleo que recebeu atenção do presidente brasileiro, como aconteceu com Guiné Equatorial. Lula foi recebido por uma multidão e desfilou em carro aberto.
Como está o ditador hoje: Ficou no cargo até a morte, em 2009.

8 — Hugo Chávez

País: Venezuela
Tempo no poder: 14 anos
Crimes: Com eleições manipuladas, perseguição a oponentes e atos de corrupção, Chávez destruiu a economia da Venezuela e instaurou uma ditadura que permanece mesmo após sua morte.
Interação com Lula: “Nossos países nunca estiveram tão próximos e irmanados”, declarou Lula em 2005. “Nossos mais ambiciosos projetos de integração começam a se materializar”. De fato, os dois presidentes assinaram dezenas de acordos de cooperação. Chegaram a criar uma empresa binacional, com participação da Companhia Vale do Rio Doce.
Como está o ditador hoje: Morreu em 2013.

9 — Fidel Castro
País: Cuba
Tempo no poder: 49 anos
Crimes: Fidel perseguiu opositores e minorias, incluindo homossexuais, e inviabilizou no país qualquer manifestação livre de pensamento ou sinal de democracia.
Interação com Lula: O ex-presidente ainda hoje anuncia sua admiração por Fidel. Ao longo de todos os governos do PT, manteve boa relação com Cuba, inclusive no uso de dinheiro público para financiar empresas brasileiras operando no país do Caribe — a Odebrecht foi especialmente favorecida. Mesmo depois da morte do ditador, Lula continua frequentando o país. Foi em Cuba que ele passou o fim de ano de 2020.
Como está o ditador hoje: Morreu em 2016.


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AUMENTO DO FUNDO POLÍTICO É UMA MAL PARA O PAÍS

 

Decisão do Congresso

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Plenário da Câmara dos Deputados| Foto: Câmara dos Deputados/ Divulgação

O caminhoneiro Zé Trovão foi para a prisão domiciliar depois de mais de 50 dias de prisão. Por que ele está preso? Está difícil de saber, porque é uma prisão preventiva por atos antidemocráticos no último dia 7 de Setembro. Eu nunca vi prevenção do passado.

E não houve ato antidemocrático. A menos que alguém ache que ruas cheias de protestos exigindo que o Supremo cumpra a Constituição sejam atos antidemocráticos.

Ele não foi condenado, não teve o devido processo legal. E esteve foragido, não sei por onde ele andou. Agora continua preso em prisão domiciliar. Esse é mais um caso incrível, não do Supremo, mas da passividade da nação – e principalmente da mídia – em torno de casos assim.

Mais conselheiros do Meio Ambiente
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), simplesmente anulou um decreto do presidente da República, de 2019, que reduzia o número de conselheiros do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Era uma multidão de 96 conselheiros. Quando eles vêm a Brasília, têm diárias, passagens e hospedagem. A composição do Conama caiu para um quarto, passando para 23 conselheiros. Desses, quatro são integrantes da sociedade civil. O Ministério Público considerou pouca a representação da sociedade civil. Eu concordo, guardando a mesma proporção da redução, deveriam ser cinco representantes da sociedade civil.

Mas e agora, quem vai pagar por mais 73 conselheiros? A ministra Rosa Weber vai pagar? Alguém do Ministério Público? Não, é você que vai pagar com seu imposto. O seu imposto que pagará os 73 conselheiros do Conama não vai para hospitais, escolas públicas e nem para a segurança pública.

Fundo eleitoral
A Câmara dos Deputados, por 317 votos a 143, e o Senado, por 53 a 21, derrubaram o veto do presidente que impedia triplicar o fundo eleitoral, que financia os partidos políticos e as eleições. O fundo era de R$ 2 bilhões e passa a ser de R$ 5,7 bilhões – para pagar um partido que nem é o seu.


Como cada deputado votou na derrubada do veto ao fundo eleitoral de R$ 5,7 bi
Como cada senador votou na derrubada do veto ao fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões
Ninguém perguntou se você concorda com isso. Mas eles agiram em seu nome, porque você é a origem do poder. Você elegeu os senadores e deputados, passou uma procuração para eles agirem em seu nome, e eles fizeram isso.

Agora, mesmo que você não queira, os seus impostos formarão um fundo de milhões de reais que serão dados aos partidos. E ninguém perguntou se você quer fazer essa doação.

Língua portuguesa
Um advogado de Curitiba, torcedor do Atlético Paranaense, jogou um copo de cerveja na cara do empresário Luciano Hang, patrocinador do time. O advogado foi demitido do escritório em que trabalhava.

Eu vi uma mensagem dele se defendendo, publicada em redes sociais. Fiquei admirado com o português usado. Péssimo, horroroso, primário. Como alguém com um português assim é admitido em um escritório de advocacia?


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COMBATE AO CRIME É ARMA POLÍTICA NAS ELEIÇÕES

 

  1. Opinião 

A pregação de punições rigorosas, a repressão e a ameaça de cadeia para corruptos são fórmulas que apenas iludem a sociedade.

Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, O Estado de S.Paulo

Existem temas que são adotados por políticos como símbolos de sua atuação dentro ou fora do Parlamento. Lembro-me da persistência – quase obstinação – do senador Nelson Carneiro em relação ao divórcio. Empreendeu uma incansável batalha em prol da possibilidade do rompimento do vínculo matrimonial. Contra a sua pregação ergueram-se vozes e forças poderosas. A Igreja, as entidades religiosas, a imprensa conservadora e todos os segmentos sociais que por razões diversas defendiam a ideia de ser o matrimônio indissolúvel se voltaram contra ele e contra o seu pleito.

Outra ardorosa postulação foi em prol da adoção da pena de morte no País. O seu prosélito foi o deputado Amaral Netto.

Discussões acerbas, nos dois casos, envolveram a sociedade, que se dividia. A favor ou contra.

O divórcio foi finalmente aprovado, mas a pena de morte continua proibida. O aborto é outra questão de infindáveis debates.

Essas questões, no entanto, foram postas de forma clara, sem subterfúgios, sem encobrir a intenção de enganar.

Pois bem, o inverso ocorre com o apregoado combate à corrupção por meio da sanção penal, em que é omitido um aspecto fundamental: a punição só é aplicada após o crime ter sido cometido. Assim, ela não o evita. É óbvio: as causas deste crime, sim, é que deveriam ser combatidas, e não apenas as suas consequências.

Os defensores daqueles temas nunca procuraram usar falsos argumentos de persuasão. Não apresentam alegações ilusórias e distantes da realidade. A opção é feita como um ato de vontade que se apresenta sem vícios.

O posicionamento nesses temas pode ter se transformado num canal político, mas como decorrência natural, sem constituir o objetivo visado.

Quanto à corrupção, uma primeira observação é de que ela não suscita controvérsias como o divórcio ou a pena de morte. Ninguém – rigorosamente ninguém – se coloca a favor da corrupção. Obviamente, nem os corruptos.

O problema reside no que fazer e como fazer para estancá-la. A corrupção não é extinta com uma lei, como se fez com a adoção do divórcio.

Deve-se, de início, ter presente que a corrupção está intimamente ligada à ética. E a ética não se impõe, se induz a adotá-la. Com certeza, a corrupção diminuiria substancialmente se aumentasse o número dos que pautam as suas condutas pelo cuidado em não prejudicar terceiro nem a coletividade. Na vida gregária, os direitos de cada qual devem respeitar os direitos e os interesses alheios, os da própria sociedade e os da Nação. É a ética aplicada à convivência social.

Por outro lado, outra proposição importante no combate à corrupção seria a revisão do nosso ordenamento legal, com a edição de leis eficientes de defesa, proteção e fiscalização do erário, por meio de órgãos de controle. Não adiantam leis mais rigorosas. A ameaça de prisão não inibe. Nem sequer o homem que esteve preso se sente desencorajado a voltar a praticar atos lesivos, quando em liberdade.

Ter ética e adotar medidas de proteção ao erário diminuirão a corrupção, porque atingem as suas causas, ao passo que a punição só alcança os seus efeitos, portanto quando ela já foi praticada. Não a evita. Debelar as causas, sim, é necessário.

Nesse sentido, conclui-se que a pregação de punições rigorosas, a repressão e a ameaça de cadeia são fórmulas que apenas iludem a sociedade. Pensa-se que o delito está sendo combatido, mas não está. É mentira, é ludibrio, é falácia, é enganação pura.

Saliente-se que, em nome deste pseudocombate à corrupção, muitas injustiças foram praticadas. Permitiu-se a adoção de um instituto que contraria o nosso sistema penal, o da delação premiada, que conduziu à prática da barbárie judiciária. Transformou-se, inclusive, num caminho para a impunidade. Grandes assaltantes dos cofres públicos e do dinheiro alheio, por terem acusado terceiros, muitas e muitas vezes falsamente, estão em liberdade, enquanto os delatados estão presos e com a sua vida destruída.

Dentro deste quadro enganoso de “combate à corrupção”, encontramos um perigoso componente, que é a sua instrumentalização política. Veículo de promoção pessoal com objetivos eleitorais, parte da sociedade prefere comprar essa falsa ideia a desnudá-la pela via da análise isenta.

Bastaria a verificação incontestável de que a corrupção continua a campear e a atingir todos os setores da vida nacional. Ela está, atualmente, instalada de forma sólida nas próprias relações interpessoais. Lesar o próximo, infelizmente, é o objetivo de não poucos cidadãos.

O verdadeiro combate à corrupção se dará quando forem desprezadas as tapeações, a falsa retórica e a demagogia. A sua utilização política para o alcance do poder não pode mais ser aceita pela sociedade. Esta não deve mais se deixar iludir; deve, sim, dizer basta.

*

ADVOGADO

QUE O ANO DE 2022 SEJA BEM MELHOR

 

  1. Opinião 

Precisamos, como povo e como instituições pública e privada, começar a enxergar e a vivenciar o coletivo, a reencontrar as raízes do Brasil real.

Hamilton Mourão, O Estado de S.Paulo

O ano de 2021 foi de grandes desafios! Muitos deles vencidos, outros ainda em andamento, como os reflexos da pandemia na saúde e na economia e a estagnação de reformas importantes para o País – infelizmente ainda na fila de espera. Por sua vez, 2022 trará um elemento que por si só acirra os ânimos: as eleições. Então, para o ano vindouro, desejo ao Brasil e aos brasileiros saúde, equilíbrio e paz social.

Em nome deste último anseio e da construção de uma sociedade harmônica e pacífica, precisamos buscar a coexistência de princípios aparentemente divergentes, mas que são eternos e necessários, entendendo que o respeito a ideias e pensamentos é elemento essencial à democracia.

A atual polarização do País extrapola a ciência política e atinge nossa rotina social. Por não sabermos lidar com a euforia própria da temática, nossas relações interpessoais acabam sendo afetadas. Muitos brasileiros de boa-fé, por entenderem que seus pontos de vista representam o bem maior para o País, por um raciocínio (i)lógico concluem que os contrários representam o mau, o ruim, o incorreto. E com o mau não se discute, não se dá ouvidos, não se tolera. Nessa linha de pensamento cartesiano e excludente, acabamos com a Ágora dos tempos da Grécia Antiga, o espaço da cidadania, símbolo da democracia e do debate público. As conversas temperadas de bom senso e gentileza terminam por ocorrer apenas entre aqueles que têm uma mesma visão do mundo e da política.

Todas as esferas da vida só prosperam com diálogo civilizado e construtivo. É preciso superar a agenda do confronto, do “eu contra você” e “nós contra eles”. Sem o debate e a troca de conhecimentos e visões não se chega a um consenso. Afinal, ansiamos pelo melhor para todos os brasileiros, não somente para aqueles com quem comungamos das mesmas premissas.

A conversa, sem condenação prévia, sem rótulos, mas com abertura para o crescimento e soluções pacíficas, é fundamental para o avanço do Brasil, fortalecimento da democracia e resgate da paz social.

A convivência – do latim convivere – só alcançará a paz social quando entendermos a etimologia da palavra e realmente passarmos a “viver com”: respeito e multiplicação de olhares e de argumentação. Somos muito mais do que zero e um, certo e errado, para a frente e para trás, esquerda e direita. A nossa complexidade e a capacidade de pensar além do binário permitiram a evolução que trouxe a humanidade até aqui.

Já superamos o tempo das cavernas e hoje podemos adquirir conhecimento e resolver problemas de maneira integrada e civilizada. Agimos e pensamos diferente, mas somos todos brasileiros e compartilhamos a busca comum pela felicidade, dignidade e acesso aos direitos sociais previstos na Constituição, tais como: educação, saúde, trabalho e segurança. Em essência, buscamos todos o mesmo fim, sabemos aonde queremos chegar, o que muda é o pensamento individual sobre o melhor meio.

Não há receita de bolo para as tomadas de decisões sobre o futuro do Brasil. O melhor caminho é pensarmos e atuarmos juntos, unirmos esforços. Cada um apresentar o seu entendimento do que são os problemas e quais seriam as soluções possíveis, e a partir dessa riqueza de olhares virão as melhores propostas, projetos e respostas.

Todos precisam ser ouvidos e considerados. É na diversidade que conhecemos o novo, aprendemos e entendemos o outro. Respeitar o próximo é o grande passo para avançarmos em harmonia.

Precisamos, como povo e como instituições pública e privada, começar a enxergar e a vivenciar o coletivo, a reencontrar as raízes do Brasil real: um país de valores profundos, capacidade criativa e convivência pacífica. É preciso acatar os princípios legais, a liberdade de expressão, o direito de locomoção, de manifestação, e isso significa, também, não haver diferenciação entre os cidadãos.

O que importa é um projeto de país que contemple todos os brasileiros, e não um projeto de poder. Precisamos consolidar instituições eficientes e protegidas da cultura da corrupção, honrando o pacto geracional.

Podemos estar divididos nas ideias e ideais. Essa pluralidade e, principalmente, o respeito a ela fazem parte da democracia e do crescimento do País. É na união dos opostos que nos tornamos unidade. Um só povo. Uma só nação. Um só Brasil. Somos partes únicas de um todo. Os debates devem ser conjuntos, inclusivos e participativos, mesmo quando as posições individuais ou setoriais forem antagônicas. Nossa lealdade precisa ser com o futuro do Brasil, e não com interesses específicos.

Em nome da paz social, objetivo nacional permanente, convido os brasileiros e brasileiras a mais do que enxergar, aceitar os opostos como parte presente e indissociável de seu todo. Assim, reduziremos as tensões e alcançaremos o bem comum. Na Ágora brasileira, as ideias podem e devem ser defendidas com veemência, tanto pela sociedade quanto pelos Poderes constituídos, mas sempre dentro dos limites éticos e legais. Um povo atento e que caminha junto é sempre mais forte!

O Brasil é muito maior que os obstáculos que o assolam e, com a união do povo brasileiro, será possível ultrapassá-los.

Que venha 2022! 

*

VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA E PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DA AMAZÔNIA LEGAL (CNAL)Tudo o que sabemos sobre:

PAPA FRANCISCO É UM PASTOR

 

Por
Francisco Razzo – Gazeta do Povo

O papa Francisco em audiência no Vaticano, em 15 de dezembro de 2021.| Foto: EFE/EPA/Vatican Media handout

Na sexta-feira, 17 de dezembro, o papa Francisco completou 85 anos. Gosto do seu “jeitão” todo pastoral de conduzir a Igreja. Às vezes, em entrevistas, parece dar seus tropeços. Ora, mas até Pedro, em sua simplicidade de pescador, também deu. Paulo, ao contrário, era guerreiro e teólogo.

A história da Igreja e a Igreja na história traz a beleza dos dilemas humanos e respeita a personalidade e vocação de cada um. Em alguns momentos, a Igreja necessita de pescadores. Noutros, de pastores. Existiram papas guerreiros, diplomatas, filósofos e santos. A Igreja Católica está no mundo há 2 mil anos e acumulou sabedoria suficiente para saber se manter no mundo sem ser aniquilada pela total adequação ao mundo.

O momento sensível de hoje exige um pastor. Ontem, exigiu um teólogo. No Renascimento, um guerreiro. Durante a Segunda Guerra, um diplomata

Muitos católicos, hoje, tomados pelo espírito bélico alimentado pelo imaginário ideológico anticomunista, antiliberal, antissocialista, anticapitalista e até anticatólico, querem um papa guerreiro, não um papa pastor. Não querem Francisco. Na verdade, querem um papa que satisfaça os próprios tormentos políticos, que combata impiedosamente os inimigos. Contudo, a finalidade da Igreja é anunciar o Evangelho de Cristo e não ceder ao delírio triunfalista dos ideológicos.

Eu, olhando a história da Igreja e a Igreja na história, penso o seguinte: o momento sensível de hoje exige um pastor. Ontem, exigiu um teólogo. No Renascimento, um guerreiro. Durante a Segunda Guerra, um diplomata. E, entre a opinião da maioria tresloucada em busca de um líder enérgico para conter as nossas próprias fraquezas e o milenar Magistério da Igreja, que soube se manter no mundo sem se familiarizar demasiadamente com o mundo, eu fico com a Igreja.

Quando me converti, ninguém me provou, por meio de sofisticados cálculos e argumentos abstratos, a existência de Deus; ninguém me deu evidências, cabalmente comprovadas, de que Jesus de Nazaré era o Cristo, e que Ele foi morto, sepultado e ressuscitou no terceiro dia. Não se trata de provas. E eu não exigia isso. Tampouco me deram um esporro, um berro ou um tapa. Deram-me testemunho. Vieram-me ao encontro com toda disposição pastoral. Eu precisava de narrativa pessoal.

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Na época, eu era um jovem leitor assíduo de Nietzsche, Baudelaire e Heidegger. Tinha muitas certezas. E uma delas era a inexistência de Deus. Hoje, tenho muitas dúvidas que atingem o “coração” – o centro de todo pessoa – em sua forma íntima. Este centro com o qual mergulhamos no abismo, este vazio de nós mesmos. E é lá onde descobrimos que Deus não está morto, pois Ele vive e reina.

A propósito deste Reino que o Natal sempre me faz lembrar, gostaria de dizer o seguinte: o pequeno Jesus de Nazaré não nasceu em berço de ouro e, quando homem feito, Cristo não morreu na glória: traído, açoitado, debochado, motivo de chacota entre romanos, de ódio entre os judeus, morreu crucificado. Cristianismo é escândalo: há 2 mil anos cristãos são perseguidos, torturados e martirizados.

Cristãos superaram o Império Romano, a perseguição árabe, alguns foram massacrados por chineses, japoneses e turcos. Venceram o Terror da Revolução Francesa, a noite escura da Revolução Russa… enfim, toda vez que vejo qualquer pagãozinho secularista tentando debochar do “sentimento religioso” dos cristãos, atacando seus símbolos mais caros, lembro-me que o cristão é o sal da terra e Cristo, a Luz do Mundo. Mas nada pior que o cristão que persegue em nome da fé, por medo e vingança.

A finalidade da Igreja é anunciar o Evangelho de Cristo e não ceder ao delírio triunfalista dos ideológicos

Por isso, diante do deboche do mundo para com o amor cristão, lembro-me da confiança de Nossa Senhora, do martírio de Estêvão, da conversão de Paulo e da brutal morte de Pedro, da solidão de Santo Antão, da vida de Santo Agostinho, da coragem de Santa Cecília, dos hinos de Santa Hildegarda de Bingen, da Suma Teológica de Tomás de Aquino, da catedral de Estrasburgo, da entrega de São Francisco de Assis, dos quadros de El Greco, da música de Palestrina, da Paixão segundo São João de Bach, do Réquiem de Mozart, da filosofia de Leibniz, dos estudos de Christophorus Clavius, dos monges trapistas, do martírio dos monges cartuxos retratado no filme O Grande silêncio.

Enfim, lembro-me ainda da minha avó rezando ao pé da cama, do Kyrie Eleison que minha mãe cantarolava, da firmeza teológica de Bento XVI e da doçura pastoral do papa Francisco. Toda a minha loucura por vingança, toda a minha ira para com o mundo, passa num instante e compreendo o sentido de ser cristão.

Um Feliz Natal, caros leitores!


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TENDÊNCIAS DE TECNOLOGIA PARA O ANO DE 2022

 

PEGN

No mercado de tecnologia, não é incomum se deparar com palavras que podem parecer assustadoras. Em 2021, pelo menos duas delas chamaram a atenção de muitos empreendedores: NFT (token não-fungível) e metaverso. Ambas são novidades que navegam a linha tênue entre moda e tendência. No próximo ano, porém, muito provavelmente irão se consolidar — ao lado de outras — como realidades no mercado de inovação.

Como o futuro está logo ali, PEGN conversou com Daniel Franulovic, diretor da Accenture Technology, para saber mais sobre o que esperar de 2022. No papo, o especialista fez um breve balanço sobre os destaques tecnológicos deste ano e listou o que deve ganhar força em breve. “Há hypes que geram negócio e investimento, no fim das contas. O metaverso é um bom exemplo disso. Em 2022, a tecnologia certamente terá protagonismo”, afirma o executivo.

Analisar o presente é importante para trilhar caminhos adiante, e não há como fugir da realidade pandêmica dos últimos quase dois anos. “A pandemia foi o assunto mais falado e vivido neste ano, com impactos de inovação tecnológica que vieram por causa dela e junto dela”, diz Franulovic. Como exemplo, ele cita tecnologias de suporte ao trabalho remoto, aceleração da computação em nuvem, conectividade via videoconferência, expansão do uso de realidade aumentada e virtual e adesão às soluções de computação distribuída. “Essas ferramentas ajudaram e ajudam as empresas que já estavam preparadas a acelerar a sua digitalização e as companhias que ainda não tinham investido nisso a entrar de vez na revolução digital”, declara o especialista.

No ano que vem, de acordo com ele, muitos desses recursos seguem como protagonistas — mas ganham a companhia de outras ferramentas. Além das já citadas NFTs e metaverso, é necessário ficar de olho na ampliação do blockchain e nas possibilidades do 5G. Confira a seguir as tendências para ficar de olho em 2022, segundo Franulovic, e por que os empreendedores devem estar mais atentos do que nunca às novidades.

Metaverso

“A expectativa é que o metaverso represente a internet 3.0. Se vai se concretizar, ainda há de se ver, mas é uma tendência fortíssima”, diz o especialista. Na prática, a tecnologia se apresenta como algo que vai além da realidade virtual ou aumentada. É a representação virtual de um mundo — ou de vários — no qual cada pessoa pode “viver” como simulação. “É a criação de um mundo paralelo virtual que se conecta com o real. A proposta é que, por exemplo, você peça uma pizza no metaverso e ela chegue na porta da sua casa. Ou o contrário: faz um pedido na vida real e seu usuário janta pizza no metaverso”, afirma Franulovic. Como exemplo, cita a aposta bilionária do Facebook no recurso. “Não é pouco dinheiro sendo investido neste mundo digital. Acredito que seja uma tecnologia com crescimento exponencial.”

NFTs

Sim, os NFTs seguem dando o que falar. Como explicamos por aqui em abril deste ano , a tecnologia opera como um registro oficial e único de determinado arquivo digital, cujo valor pago não é referente a mais um documento que pode ser encontrado em qualquer busca pela internet, mas sim a um certificado de que aquele arquivo é único e irreproduzível. Para fazer isso acontecer, o NFT utiliza a base tecnológica do blockchain, que garante ao arquivo um registro seguro e livre de fraudes. “As empresas que trabalham com arte, materiais tangíveis ou colecionáveis e não estão correndo atrás dos NFTs estão certamente atrasadas”, diz o executivo. Na visão do especialista, os tokens não-fungíveis serão complementares ao metaverso ou a outras aplicações de blockchain. “O potencial do NFT foi uma promessa não concretizada em 2021, mas que terá avanços em 2022.”

Blockchain

Para Franulovic, chamar blockchain de tendência não é exatamente preciso. “Discutimos essa pauta há pelo menos cinco anos, desde o surgimento e o avanço do bitcoin”, diz ele. Mesmo assim, o executivo acredita que 2022 será marcado por um amadurecimento da tecnologia. “O conceito está mais claro na cabeça das empresas, com oportunidades em tokenização e rastreabilidade e o mercado de NFTs ganhando maior popularidade no mundo tech. Isso deve atrair grandes empresas, que passam a olhar com mais atenção para o uso de blockchain em seus negócios.”

5G

No entendimento do executivo da Accenture, o 5G em si não é uma tendência, mas as oportunidades abertas pela tecnologia são. “Nada mais é do que uma geração com maior velocidade e menor latência. Enquanto ferramenta, não é nada revolucionário. Por outro lado, o que ela permite é, sim, uma revolução.” Entre as possibilidades do 5G, Franulovic aponta a ascensão das cidades inteligentes — “cada vez mais factíveis” —, a internet das coisas alcançando um potencial almejado por muitos anos e a inteligência artificial rodando em nuvem com mais agilidade, trazendo aplicações de segurança e de carros inteligentes, por exemplo. “Vamos conseguir conectar milhões e milhões de usuários com menos esforço.”

Como se preparar

O executivo recomenda que as empresas tenham cuidado na hora de aderir a novas tecnologias. “Dependendo do tema, esse ‘cuidado’ vem de formas diferentes”, diz Franulovic. Em cibersegurança, por exemplo, as companhias devem ficar atentas na relação de confiança com seus clientes. “Descobrir que uma empresa não se preocupa com seus dados pode ser o fim de uma relação de anos”, afirma. Já em blockchain e nos NFTs, a preocupação é entender suas implicações. “É compreender que há um hype, mas também estar atento para não ficar atrás nessa onda.”

A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para o seu comércio.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por 76.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por 606.000 pessoas , valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas dois anos. Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a sua empresa.

Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da região capaz de alavancar as suas vendas.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

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