quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

O NÃO DO CLIENTE O QUE SIGNIFICA?

 

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas desse Camelódromo na no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no Camelódromo? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelo Camelódromo, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos camelódromos e shoppings centers, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer.” – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite o final do ano para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

STF EXIGE PASSAPORTE DE VACINA PARA ENTRAR NO BRASIL

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Coronavirus Vaccination passport concept. Hand in medical glove holding passport with covid-19 vaccine certificate on background of man with coronavirus vaccine injection. Travel due Covid-19

AGU pediu esclarecimentos sobre decisão do ministro do STF Luís Roberto Barroso.| Foto: Bigstock

Desde a segunda-feira, dia 13, os postos de fronteira brasileiros estão cobrando dos viajantes que pretendem ingressar no Brasil o comprovante de vacinação contra a Covid-19. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou uma notificação sobre a exigência após decisão monocrática do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, em liminar publicada no dia 11, atendendo a pedido do partido Rede Sustentabilidade – o plenário do Supremo deve analisar o tema ainda nesta semana. Além disso, o governo federal também trabalha na elaboração de uma portaria interministerial que substitua o texto publicado no último dia 8, que permitia a entrada de não vacinados, desde que tivessem teste negativo recente e cumprissem quarentena após entrar no Brasil.

Definir exigências de entrada – desde a simples necessidade de passaporte válido, ou visto, até o estabelecimento de critérios sanitários – é prerrogativa de qualquer nação soberana, que o faz levando em consideração as circunstâncias que julga mais adequadas: países que costumam atrair imigrantes ilegais costumam ser mais rígidos, enquanto destinos interessados em promover o turismo podem adotar restrições mínimas para atrair mais visitantes, e assim sucessivamente. Exigências de vacinação não são novidade e já são aplicadas há algum tempo – a mais comum, ao menos para turistas brasileiros, é a obrigatoriedade de imunização contra a febre amarela, imposta por vários países. Se um país quer adicionar a vacina contra a Covid-19 à lista de exigências de entrada, tem todo o direito de fazê-lo; se considera que basta ao visitante apresentar testes negativos ou comprovação de já ter sido infectado, com imposição de quarentena, também exerce sua soberania da mesma forma. Seria possível até mesmo usar o princípio da reciprocidade – por exemplo, o Brasil aplicaria aos cidadãos de certo país a mesma regra que essa nação impõe para permitir a entrada de brasileiros.

Se Barroso considera que as regras atuais para entrada no Brasil apresentam “ambiguidades e imprecisões”, poderia pedir esclarecimentos ao governo, mas jamais decidir no lugar dele

Mas, ao menos no caso brasileiro, está é uma decisão que cabe única e exclusivamente ao Poder Executivo, que, ouvindo os pareceres das autoridades sanitárias e outros órgãos, estabelece aquela que considera ser a política mais adequada para regular a entrada de viajantes. Se Barroso considera que as regras atuais apresentam “ambiguidades e imprecisões”, poderia pedir esclarecimentos ao governo, mas jamais decidir no lugar dele. Quando concede liminar determinando a exibição de comprovantes de vacinação, o Supremo – mais uma vez – atropela as competências de outros poderes. Ainda por cima, neste caso, o fez de maneira imprecisa, por exemplo ao não deixar claro se a exigência vale apenas para estrangeiros, ou também para brasileiros, que poderiam até mesmo ser impedidos de regressar ao próprio país, situação que a Advocacia-Geral da União, em pedido de esclarecimentos ao STF, considera desproporcional.

Como já lembramos em inúmeras ocasiões, o avanço da vacinação tem servido para controlar a Covid, como se observa nas estatísticas de novos casos, internações e mortes em estados e municípios Brasil afora – quanto maior a cobertura vacinal, melhores vêm sendo os indicadores. Mesmo assim, o cenário ainda pede cautela, especialmente diante do surgimento de novas variantes como a ômicron, cujas características em termos de transmissibilidade e letalidade ainda estão sendo estudadas. A preocupação em impedir que o Brasil volte a perder o controle da doença é legítima e, se há inúmeras pessoas de boa fé que julgam ser necessário exigir a vacinação de quem entra no país, também há inúmeras pessoas de boa fé que consideram válidas alternativas como a apresentação de testes negativos, o cumprimento de quarentenas ou a comprovação de imunidade adquirida em contaminação anterior. A decisão final, no entanto, cabe ao governo, que em breve será avaliado nas urnas pelo que tenha feito ou deixado de fazer no enfrentamento da pandemia.


De qualquer forma, ainda que seja razoável e proporcional a exigência de comprovantes de vacinação de visitantes estrangeiros como forma de impedir que a Covid retorne com força ao Brasil, o mesmo não se pode dizer de outra forma de “passaporte de vacina”, aquele de “uso interno” e que infelizmente tem se espalhado pelo país. Como já explicamos neste espaço, exigir a vacinação para usufruir de determinados serviços ou estar em certos ambientes ou eventos é uma imposição desnecessária em um país que tem aderido à vacinação de forma voluntária. Ela faz dos não vacinados cidadãos de segunda classe, verdadeiras ameaças ambulantes – ainda que não estejam infectados. A decisão de não se imunizar (muitas vezes motivada por fatores que precisam ser levados em consideração) acaba transformada em um “crime” horrendo cujos autores ficam privados de direitos que podem ser exercidos até por verdadeiros criminosos, condenados pela Justiça por violações a artigos reais do Código Penal, bastando que estejam vacinados e dependendo do seu regime de cumprimento de pena.

O combate à Covid não aceita relaxamento, e a vitória ainda não foi conquistada. Mas os avanços têm sido possíveis sem violar a autonomia dos brasileiros em relação à vacina. Na luta contra a pandemia, há exigências razoáveis, e outras completamente desproporcionais; que saibamos distinguir entre umas e outras, e respeitar as prerrogativas de cada ator público responsável por tomar tais decisões.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/o-stf-e-o-passaporte-de-vacina-para-entrada-no-brasil/
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DECISÕES DO STF VAI LIBERTAR TODOS OS PRESOS CONDENADOS PELA LAVA JATO

Justiça falha

Por
Thaméa Danelon – Gazeta do Povo

10-12-2016 – O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), chegou à região de Curitiba, por volta das 16h20 deste sábado (10) e foi direto ao iml para fazer exame de corpo delito. Foto: Rodrigo Felix Leal / Gazeta do Povo

Apesar da decisão favorável, Cabral continuará preso em regime fechado por responder a outros quatro processos na Justiça Federal.| Foto: Rodrigo Félix/Arquivo Gazeta do Povo

No último dia 7, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou um processo do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, relacionado à Operação Fatura Exposta, um desdobramento da Lava Jato. De acordo com essa operação, os crimes de corrupção e organização criminosa foram praticados por Cabral juntamente com outras seis pessoas, os quais desviaram da saúde entre 2007 e 2014 o valor aproximado de R$ 16 milhões.

De acordo com o processo, Sérgio Cabral e os demais envolvidos receberam propinas milionárias para fraudar contratos da área da saúde, sendo identificado que o ex-governador cobrava 5% de propina sobre todos os contratos firmados pelo Estado do Rio de Janeiro, inclusive os celebrados pela Secretaria da Saúde.

Por ser um desdobramento da Operação Lava Jato/RJ, o juiz competente para julgar o caso da Operação Fatura Exposta – ou seja o juiz prevento – era o juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Criminal Federal do Rio. Assim, o processo foi iniciado em maio de 2017, com denúncia criminal oferecida pelo Ministério Público Federal contra os membros da organização criminosa.

Em fevereiro de 2020, Bretas condenou Sérgio Cabral; o ex secretário de Saúde e outros réus. Contudo, a Segunda Turma do STF anulou a condenação do ex-governador, tornando nula sua pena de 14 anos e 7 meses de prisão.

De acordo com o Supremo, o juiz Marcelo Bretas não seria o juiz processualmente competente para julgar a Operação Fatura Exposta, pois esse caso não teria relação com o primeiro processo que havia sido distribuído (sorteado) a ele, que foi a Operação Calicute, que apurava desvios na Secretaria de Obras.

Assim, por conta dessa decisão, o referido processo deverá ser novamente distribuído, ou seja, submetido a sorteio dentre os juízes federais criminais do Rio de Janeiro.

Desde a anulação dos processos do ex-presidente Lula verifica-se que o STF trilhou um caminho para a anulação de diversos outros casos. Um processo que envolve o ex-presidente Michel Temer foi anulado e também outro onde o réu era o ex-ministro Guido Mantega. Agora as anulações estão alcançando a Lava Jato/RJ, operação que desmantelou o maior esquema de corrupção da história no Estado do Rio de Janeiro.

Tudo começou em 2015, quando foi encaminhado um processo de Curitiba para que o MPF do Rio investigasse irregularidades em contratos para a construção da Usina Nuclear Angra 3. Em novembro de 2016, Sérgio Cabral foi preso na Operação Calicute, pois foi apontado como o chefe de uma complexa organização criminosa que desviou recursos de praticamente todas as obras públicas realizadas durante seu governo, seja na área da saúde; obras; administração penitenciária; casa civil e transportes; bem como desvios em obras da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Foi constatado que Cabral estava envolvido em uma grande rede internacional de lavagem de dinheiro envolvendo 47 doleiros. Ao longo de 5 anos, o ex-governador foi alvo de 33 ações penais, e foi condenado em 21 processos a 399 anos e 11 meses de prisão.

Os resultados da Lava Jato no Rio de Janeiro são impressionantes; foram deflagradas 56 operações policiais e abertos 104 processos contra 887 pessoas. Ao todo, 183 réus foram condenados e foram recuperados nos acordos de colaboração premiada mais de R$ 3 bilhões. Somente o ex-governador Sérgio Cabral teve apreendido R$ 250 milhões em joias e barras de ouro, valores que foram utilizados para pagamento de pensionistas e servidores do estado do Rio que estavam sem receber há meses.

Assim, a anulação desse processo poderá ser o início de muitas outras anulações, e caso a Justiça caminhe nesse sentido, possivelmente o ex-governador será solto e receberá de volta todos os valores ilícitos que foram apreendidos. Na minha visão, não caberia ao STF analisar esse caso, pois quem verifica se houve o não um erro na distribuição de um processo para um determinado juiz não é o Supremo, mas sim o Superior Tribunal de Justiça. Contudo, o Supremo é a máxima instância, e, caso o pleno do STF decida por manter essa anulação, não há a quem recorrer.

Por conta disso, eu defendo a necessidade de uma reforma na Constituição para que a nossa Suprema Corte seja uma instância exclusivamente constitucional, e que não interfira em processos criminais. Em nenhum outro país do mundo uma Corte Suprema decide se um criminoso será ou não preso ou se seu processo será ou não anulado.

Aguardaremos – sem surpresa – outras anulações do processo de Sérgio Cabral e também de outros grandes corruptos, enquanto grande parte da população brasileira permanece no analfabetismo, sem rede de esgoto, sem um sistema de saúde e educação adequado, e sem o pleno exercício de sua cidadania.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/thamea-danelon/anulacao-do-processo-de-sergio-cabral-e-o-inicio-do-fim-da-lava-jato-no-rio/
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MINISTRO DO SUPREMO INTERFERE NAS DECISÕES DO EXECUTIVO

 

Luis Roberto Barroso

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Ministro Luis Roberto Barros mandou exigir o comprovante de vacinas para viajantes que chegam ao Brasil| Foto: Antonio Augusto/TSE

Esse julgamento do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), ainda tem que dar muito o que falar. A começar que demorou nove anos para se julgar. O julgamento durou 10 dias e teve de tudo: de carta psicografada e uma sentença lida pelo juiz de forma melodramática.

Eu não acompanhei todos os detalhes do processo, mas pelo que sei a empresa tinha alvará para funcionar, que é dado pelos órgãos de Estado. O local tinha um teto de material inflamável, que produz fumaça tóxica se pega fogo, não tinha extintor funcionando e não tinha saída para uma lotação de 2 mil pessoas. Mesmo assim tinha alvará que atestava, portanto, a segurança.

Quem deu esse alvará? Quem é o responsável por esse documento? Eu não estou tirando a responsabilidade dos donos, do sujeito que acendeu a pirotecnia. O que eu quero dizer é que está faltando gente no banco dos réus.

Digo tudo isso porque o presidente do Supremo Tribunal Federal derrubou o habeas corpus que mantinha fora da prisão os quatro condenados a penas de prisão que vão de 18 a 22 anos. Aí eu fico me perguntando — não vou discutir se merece ou não, afinal se o Tribunal de Júri decidiu que merece, então está tudo bem — como é que tem gente que fica esperando o trânsito em julgado da ação fora da prisão, depois de várias condenações, e gente que vai para a prisão na primeira instância? Eu só estou sugerindo que pensemos nisso.

Lockdown para Cabral
O senhor Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, condenado há uns 400 anos de prisão, quase isso, teve abatido 14 anos na sua pena total. E vocês hão de dizer: mas ele ainda tem mais 385 anos para cumprir.

Sim, só que o Tribunal Regional Federal da segunda região do Rio de Janeiro acabou de dizer que ele pode ir para prisão domiciliar em um dos seus processos. É um presente de Natal.

Gente, é o sonho de muita gente poder ficar em casa, desfrutar da família, do cheirinho da comida na cozinha, do conforto da casa, da segurança da casa. Em tempos de lockdown, tem gente que já está até acostumado a ficar preso em prisão domiciliar. São essas questões que deixam a gente confuso a respeito.

[Nota do editor: a decisão não tira Cabral imediatamente da cadeia porque ele ainda tem outros mandados de prisão preventiva em vigor. Mas abre precedente para outras decisões favoráveis nesse sentido].

Juiz e chefe da imigração
Como pode um único juiz do Supremo agir como se fosse o Poder Executivo, como se fosse o chefe da imigração no território nacional. O ministro Luis Roberto Barroso decidiu que ninguém pode entrar no Brasil sem ter o atestado de vacina. A proposta do governo era que quem não fosse vacinado que ficasse em quarentena durante alguns dias. Mas ele decidiu que não e sozinho.

Não sei se foi, de novo, por sugestão do partido Rede, que não tem voto na Câmara e no Senado, mas está toda hora usando o Supremo como seu instrumento de execução daquilo que não consegue no Legislativo.

O jurista Ives Gandra diz que é uma hipertrofia do Supremo. É uma inversão. Existe o artigo 49 da Constituição que fala das atribuições do Congresso Nacional e na linha 11 diz que o Congresso tem o dever de defender a sua competência legislativa e não está defendendo, porque o 2º artigo da Constituição, da independência de poderes, não está funcionando. O Supremo está sendo o Poder Executivo e Poder Legislativo.

Talvez por covardia dos deputados e senadores que têm o rabo preso no Supremo, com processo pendurado, e têm medo de represália. Por isso, não fazem nada.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/ministro-do-supremo-pensa-que-e-o-chefe-da-imigracao-no-brasil/
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GENERAL HELENO NÃO SE CONFORMA COM DECISÕES DO STF

 

  1. Política 

Em áudio vazado, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) fala do esforço para não estimular o presidente da República a tomar medidas drásticas contra o Supremo; oposição cogita convocá-lo para depor

Redação, O Estado de S.Paulo

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse se esforçar para não estimular uma resposta “drástica” do presidente Jair Bolsonaro às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Em evento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nesta terça-feira, 14, Heleno criticou as atitudes de “dois ou três” ministros da Corte — sem citá-los nominalmente — e argumentou que o Judiciário tenta assumir um papel hegemônico “que não lhe pertence”.

“Há uma divergência entre os Poderes, vou evitar usar um termo mais forte”, afirmou o general. “Temos um dos Poderes que resolveu assumir uma hegemonia que não lhe pertence (…) e está tentando esticar a corda até ela arrebentar. Nós estamos assistindo a isso diariamente, principalmente da parte de dois ou três ministros do STF”.

O general de Exército da reserva Augusto Heleno
General Augusto Heleno afirmou que ‘dois ou três’ ministros do STF tentam “esticar a corda até ela arrebentar’. Foto: André Dusek/Estadão

“Eu, particularmente, que sou o responsável por manter o presidente informado, tenho que tomar dois lexotan (remédio indicado para ansiedade) na veia por dia para não levá-lo a tomar uma atitude mais drástica em relação ao STF”, continuou o ministro. As declarações foram reveladas pelo portal Metrópoles.

O presidente Bolsonaro tem relação tumultuada com o STF e com alguns de seus integrantes em especial, como os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. As críticas a Barroso haviam diminuído com a derrota do voto impresso na Câmara, mas voltaram a crescer após o magistrado determinar a adoção do passaporte vacinal no País.

Moares está à frente de processos que podem atingir o mandatário e seus apoiadores. Este ano, o magistrado expediu ordens de prisão a políticos e blogueiros bolsonaristas por disseminação de fake news e ataques à democracia, como o criador do site Terça Livre, Allan dos Santos, o caminhoneiro Zé Trovão e o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). 

O ápice da tensão ocorreu no último Sete de Setembro, quando Bolsonaro chamou o ministro de “canalha” e ameaçou tentar afastá-lo do cargo diante da uma multidão na Avenida Paulista. Dias depois, o chefe do Planalto divulgou uma “Declaração à Nação”, elaborada com a ajuda do ex-presidente Michel Temer, para apaziguar a relação entre os Poderes. Este mês, porém, o presidente quebrou a trégua e voltou a fazer críticas ao ministro. 

As últimas declarações do general Heleno tiveram repercussão negativa por parte da oposição nas redes sociais. O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) propôs convocar o ministro a depor para esclarecer o que ele classificou como um “ataque à democracia”. O líder do PT na Câmara, deputado Bohn Gass, disse considerar a fala como uma “ameaça de tentativa de golpe” e de rompimento  com a Constituição. A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RJ) disse que membros do governo “farão o inimaginável para garantir reeleição”. Já o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) defendeu que o ministro deveria usar “camisa de força”.

ANASTASIA GANHA ELEIÇÃO PARA SER MEMBRO DO TCU

 

  1. Política 

Além de emplacar aliado na Corte, presidente do Senado ainda terá mais um parceiro político na Casa que comanda, já que o primeiro suplente de Anastasia é o secretário nacional do PSD

Marcelo de Moraes, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA — A escolha do senador Antonio Anastasia (PSD-MG) para a vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) por larga margem de votos mostrou a força da articulação política do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Além de emplacar seu aliado na Corte, ainda terá, a partir de agora, mais um parceiro político na Casa que comanda, já que o primeiro suplente de Anastasia é o secretário nacional do PSD, o ex-deputado federal Alexandre Silveira.

Na prática, a articulação política de Pacheco a favor de Anastasia também foi favorecida pelo comportamento hesitante do governo de Jair Bolsonaro. Se o senador mineiro levou alguma vantagem por ter se lançado como candidato antes dos adversários Kátia Abreu (Progressistas-TO) e Fernando Bezerra (MDB-PE) e por ser considerado o mais capacitado tecnicamente para o posto, a indecisão do governo sobre quem apoiar na disputa favoreceu a vitória de Anastasia.

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Para Pacheco, o resultado traz ainda um ganho extra: pré-candidato ao Planalto, Pacheco mostrou, com a vitória de Anastasia, capacidade de negociação dentro do Congresso numa disputa envolvendo fortes líderes do Senado. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Inicialmente, o governo pareceu inclinado a pedir votos para Kátia Abreu. Essa disposição, porém, começou a arrefecer depois que os bolsonaristas descobriram que a vitória da parlamentar abriria uma vaga na Casa para mais um senador do PT. Isso porque o suplente da senadora é o petista Donizeti Nogueira, que presidiu o partido em Tocantins.

Com isso, o governo passou a olhar com mais atenção a candidatura de Fernando Bezerra. O problema é que, apesar de ser líder do próprio governo, o parlamentar pernambucano é visto como pouco alinhado ao bolsonarismo. Mesmo assim, Bezerra ainda tentou vestir mais fortemente o uniforme do governo ao agradecer, em seu discurso antes da votação, ao presidente “pela confiança” depositada nele ao indicá-lo como líder.

Essa hesitação na escolha acabou atrapalhando uma  campanha mais forte de um candidato do governo e representa a perda da oportunidade de Bolsonaro do de ter mais um aliado dentro do TCU. No fim do ano passado, o presidente já tinha indicado seu ex-ministro Jorge Oliveira para uma vaga no tribunal e pretendia ampliar essa influência numa Corte repleta de ex-parlamentares e com alto poder de fogo para fiscalizar e investigar gastos públicos. Tanto que aceitou indicar Raimundo Carreiro para a Embaixada do Brasil em Portugal justamente para abrir uma vaga na Corte – o ministro somente se aposentaria em 2023.

Para Pacheco, o resultado traz ainda um ganho extra. Pré-candidato ao Planalto, Pacheco mostrou, com a vitória de Anastasia, capacidade de negociação dentro do Congresso numa disputa envolvendo fortes líderes do Senado. Agora, se planeja, de fato, subir a rampa do Planalto, precisa mostrar essa capacidade para fazer sua candidatura pegar tração, o que não ocorreu até agora.

CANDIDATO MORO PROCURA TEMER

  1. Política 

Ex-juiz se aproxima do ex-presidente para tentar diminuir resistência entre partidos que foram alvo da Lava Jato

Pedro Venceslau, O Estado de S.Paulo

Pré-candidato à Presidência pelo Podemos, o ex-juiz Sérgio Moro se aproximou do ex-presidente Michel Temer em uma tentativa de criar pontes com o MDB para a disputa em 2022. Moro, que tem a Lava Jato como bandeira, enfrenta resistência para avançar em conversas com partidos e lideranças que foram alvo da operação. Temer foi preso, em 2019, em ação da Lava Jato do Rio de Janeiro por decisão do juiz Marcelo Bretas.

Moro e Temer já conversam por telefone e um encontro entre os dois chegou a ser marcado, mas foi adiado por problemas de agenda. Os dois devem se encontrar até o final deste ano ou no início de 2022.

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Quando Moro assinou a ficha de filiação ao Podemos, o partido convidou o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi, e a senadora Simone Tebet, mas nenhum dos dois compareceu. Foto: Alex Silva/Estadão

Desde que se filiou ao Podemos para disputar a Presidência, Moro já se encontrou com dois pré-candidatos da “terceira via”: o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o cientista político Luís Felipe d’Ávila (Novo). Não se reuniu, porém, com a senadora Simone Tebet (MS), pré-candidata do MDB, nem com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, nome do PSD ao Planalto.

Quando Moro assinou a ficha de filiação ao Podemos, em novembro, o partido convidou o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi, e a senadora Simone Tebet, mas nenhum dos dois compareceu. Rossi enviou como seu representante o deputado federal Herculano Passos (MDB-SP).

Em caráter reservado, lideranças emedebistas, tucanas e de partidos do Centrão avaliam que Moro terá dificuldade em montar uma base partidária de apoio em 2022. 

Entre os aliados de Moro também prevalece o ceticismo quanto a aproximação com políticos e partidos que foram alvo Lava Jato, mas o ex-ministro tem dado sinais que pretende modelar o discurso em 2022 de forma pragmática em vez de negar a política tradicional como fez Jair Bolsonaro em 2018.

No MDB há uma ala pró-Lava Jato que não resiste ao diálogo com o ex-ministro. “Neste momento, o quadro é de muitas conversas e de mandar mensagens para fora. Moro procura estabelecer pontes. Se ele concordar em ser vice da Simone Tebet, seria uma boa chapa”, disse o deputado Alceu Moreira, presidente do MDB-RS.

Em suas falas, Moro tem dito que o jogo político exige “diálogo no limite ético” e que o combate à corrupção segue na agenda, mas não será seu foco principal. Quando foi questionado a respeito de suas decisões como juiz, ele disse que a campanha de 2022 terá “um competente sobre o passado”.

“Algumas pessoas são críticas em relação à algumas decisões que eu tomei, mas tenho tranquilidade, tanto no caso da Lava Jato como no governo. Às vezes foram decisões difíceis, mas estou pronto para defendê-las”, disse Moro em um debate organizado pela iniciativa do grupo ‘Derrubando Muros’ na segunda-feira.

A narrativa pragmática agradou os apoiadores lavajatistas. “Moro tem conversar com todo mundo. A terceira via precisa se destacar. Conversar com agentes políticos não é crime. Ele não pode ser um negacionista político”, disse Adelaide Oliveira, porta voz do Movimento Brasil Livre (MBL).

 

PENSAMENTO MÁGICO E SUPERSTIÇÕES

 

  1. Cultura 

Céticos emolduram diplomas ou guardam pétalas de flores dadas pelo seu amor, que viram talismãs

Leandro Karnal, O Estado de S.Paulo

“Toda vez que eu uso esta roupa, chove”, dizia, desolada, minha irmã sobre uma blusa bege que ainda tinha o agravante de tender à transparência quando molhada. Como enunciamos uma frase assim? Todos nós temos uma parcela de pensamento mágico, estabelecendo relações de causa-efeito a partir de deduções sem base em pesquisas científicas. Há alguma chance, remota que seja, de uma blusa mudar o jogo de massas de ar e provocar acúmulo de nuvens de chuva? Todo ser humano mais ou menos equilibrado dirá: “Não! Absurdo!. No creo en brujas, pero que las hay, las hay”. 

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‘Muitas casas possuem talismãs, imagens e disposições que mostram nosso desejo de ajuda extra de um cosmos fora da ciência’. Foto: Pixabay

Muitas casas possuem talismãs, imagens e disposições que mostram nosso desejo de ajuda extra de um cosmos fora da ciência. Já notou um elefante com o derrière voltado para a porta? Pode reforçar o círculo botânico da magia: experimente espadas e lanças de São Jorge, alecrim, manjericão, arruda e guiné. As energias negativas serão bloqueadas e tudo de bom fluirá. Bem, vamos ser objetivos: tudo isso foi feito em 2020 e 2021 e o que veio depois foi um desastre… 

Difícil lutar contra o pensamento mágico, está no ar, invisível e onipresente. Necessário combater? Nossa percepção do real é marcada pela modulação que as emoções produzem sobre a cognição. Sentimos, preferencialmente, analisamos depois. 

Um amigo meu era taxativo: pensamento mágico era falta de boa formação. Eu sou mais sensível com a fauna da humanidade. Com boa ou má formação, os atos mágicos revelam muito sobre uma sociedade. Existem códigos e convenções que atribuem significado às coisas, mesmo às coisas de pessoas com excelente currículo. Céticos emolduram diplomas ou guardam pétalas de flores dadas pelo seu amor. Dizem que é pelo afeto e memória, porém, os objetos deslocados da sua função original costumam virar talismãs. 

O ser humano é um animal que simboliza, metaforiza, torna alegoria o material concreto e busca lógicas e padrões em tudo. Faz parte da famosa Revolução Cognitiva, a capacidade de inventar e contar histórias e, sobretudo, de acreditar nelas. Tal força fez surgir o Estado, a divindade dos reis, as pirâmides e, como lembra Yuval Harari, até os direitos humanos. Quando o pensamento mágico é direto e linear, chamamos de folclore. Quando fica elaborado, pode virar política ou ritos acadêmicos de defesa de doutorado. A liturgia das coisas nos inunda. De todos os pensamentos mágicos, entrar com o pé direito no avião causa menos danos do que duvidar de vacinas. Desejo boa sorte e esperança a todos nós, algo totalmente mágico…

LEANDRO KARNAL É HISTORIADOR, ESCRITOR, MEMBRO DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS, AUTOR DE ‘A CORAGEM DA ESPERANÇA’, ENTRE OUTROS

MICHAEL STOTT EDITOR DO FINANCIAL TIMES ANALISA A SITUAÇÃO ECONÔMICA E POLÍTICA BRASILEIRA DO GOVERNO LULA

  Área econômica é o ponto mais fraco do governo...