sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

JUSTIÇA DO BRASIL FALHA PORQUE TARDA A APLICAR AS PENAS

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.| Foto: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas

Depois de ter a denúncia rejeitada pela primeira instância da Justiça Federal em Brasília no caso do sítio de Atibaia, o ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado Lula também não poderá mais ser punido pelo caso do tríplex do Guarujá. O Ministério Público Federal reconheceu que, com os prazos prescricionais reduzidos pela metade, já que Lula tem mais de 70 anos, os crimes dos quais ele é acusado – lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva – já estariam prescritos quando (e se) um novo julgamento ocorresse. Por isso, o MPF solicitou o arquivamento do processo.

Normalmente, em casos de prescrição, costuma-se dizer que “a Justiça falha porque tarda”. Mas não foi o que ocorreu no caso de Lula – ao menos não durante boa parte do tempo. Afinal, a força-tarefa da Lava Jato no MPF não demorou para reunir um conjunto probatório robustíssimo (não apenas neste caso, aliás), e que o Judiciário também não hesitou em avaliar com celeridade e critério: em julho de 2017, Sergio Moro condenou Lula a 9 anos e 6 meses de prisão; seis meses depois, a 8.ª Turma do TRF4 manteve a condenação por unanimidade, elevando a pena para 12 anos e 1 mês; por fim, em abril de 2019, a 5.ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), também de forma unânime, confirmou a decisão das instâncias inferiores, apenas reduzindo a pena.

Processos podem ser anulados e crimes podem prescrever, mas a verdade dos fatos sobre o que Lula fez não se anula nem prescreve

Ou seja, todos os quatro magistrados a quem cabia analisar a culpabilidade do réu, na primeira e segunda instâncias, consideraram que havia evidência suficiente para considerar Lula culpado; e os quatro ministros do STJ que analisaram o caso não viram nenhuma irregularidade processual ou qualquer indício de motivações políticas no trabalho feito pelo MPF, por Moro e pelos desembargadores do TRF4. Não faz e nunca fez o menor sentido, portanto, apelar para a tese de uma “conspiração judicial” para prender Lula e retirá-lo da eleição de 2018, como afirmou o próprio ex-presidente pouco antes de ir para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, três anos e meio atrás, e como fazem agora os advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins em comunicado no qual falam de um caso “construído artificialmente a partir do conluio” entre Moro e Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato.

A Justiça, portanto, não tardou – mas falhou, e muito, a partir do momento em que o Supremo Tribunal Federal entrou no jogo. Se o plenário negou um habeas corpus que teria impedido a prisão de Lula em 2018, foi apenas porque a ministra Rosa Weber respeitou o entendimento adotado pela corte em 2016 e que restaurava a possibilidade de início do cumprimento da pena após condenação em segunda instância; mas, a partir daí, todas as decisões representaram a desconstrução total do trabalho diligente realizado pelo MPF e pelas três outras instâncias do Judiciário. Primeiro, veio a reversão, no fim de 2019, do entendimento sobre a prisão em segunda instância, tirando Lula (e muitos outros) da cadeia. Depois, veio aquele março de 2021 que entrará para a história do Supremo como um dos meses mais absurdos já vistos naquela corte, começando com a inexplicável decisão de Edson Fachin ao anular todos os processos contra Lula em Curitiba e terminando com a igualmente inexplicável mudança de voto de Cármen Lúcia na Segunda Turma, para declarar a suspeição de Moro e, com isso, anular todos os atos do então magistrado no processo do tríplex.


A prescrição, portanto, é consequência direta das decisões do STF que desfizeram todo um trabalho cuidadosamente – e heroicamente, é preciso dizer – construído desde a coleta de evidências pelo MPF até a análise do conjunto probatório e a redação das sentenças pelos magistrados de primeira e segunda instâncias, tudo referendado pelo STJ. Sem a anulação dos processos por Fachin (depois confirmada pelo plenário do Supremo) e a suspeição de Moro na Segunda Turma (também confirmada pelo plenário do STF), Lula até poderia estar nas ruas, mas seguiria sendo condenado e ficha-suja. Mas que o petista não se anime: como temos insistentemente repetido, as provas, mesmo inúteis em um tribunal, continuam aí para quem quiser vê-las e tiver a honestidade intelectual necessária para extrair delas as conclusões a respeito das ações de Lula. A verdade dos fatos não se anula nem prescreve.


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ANISTIADOS MILITARES CUSTAM MUITO DINHEIRO AO PAÍS

 

Por
Lúcio Vaz – Gazeta do Povo

Reação à ditadura militar resultou em punição a militares, hoje anistiados| Foto: Arquivo Nacional, Correio da Manhã

As indenizações pagas a 2.829 militares anistiados e familiares somam 476 milhões por ano, com valor médio de R$ 13 mil – duas vezes o teto do INSS. Mas um grupo de 194 beneficiados tem renda acima de R$ 20 mil. A maior indenização mensal chega a R$ 34 mil – salário de general de exército. Mais de um terço da verba (38,8%) é paga a dependentes de militares anistiados falecidos. Ou seja, a indenização não cessa com a morte anistiado.

Entre os beneficiados estão os dependentes do general Argemiro de Assis Brasil, que foi chefe do gabinete militar de João Goulart e deixou pensão de R$ 33,5 mil. Ele fez articulações no meio militar para tentar evitar o golpe militar de 1964. O coronel Jefferson Cardim Osório, guerrilheiro que entrou no Brasil por Livramento (RS) e atravessou o estado de táxi, com 23 homens, em março de 1965, recebeu indenização de R$ 133 mil em parcela única.

As indenizações contemplam anistiados políticos atingidos por regimes totalitários de 1946 a 1988, principalmente durante a Ditadura Militar de 1964. Os 2.829 militares anistiados recebem um total de R$ 36,6 milhões por mês. A maior parte – R$ 22,4 milhões – é paga aos próprios anistiados, mas R$ 14,2 milhões são depositados na conta de dependentes – um total de R$ 184 milhões por ano. Como não se trata de uma pensão, pode ser considerada como uma herança. Em alguns casos, dividida entre dois ou três familiares.

Na divisão do bolo por comandos militares, a Aeronáutica fica com a maior parte – R$ 23,3 milhões a cada mês, com o valor médio de R$ 11,9 mil. Os anistiados da Marinha recebem um total de R$ 10,4 milhões – média de 14,2 mil. Os maiores valores individuais são pagos aos militares do Exército: R$ 21,7 mil por mês – mais de três vezes o teto do INSS. Mas são apenas 54 anistiados.


Quem recebe mais
A maior indenização mensal é paga atualmente a dependentes do almirante José Luiz de Araújo Goyano – R$ 34 mil. Quase a remuneração básica bruta do comandante da Marinha, o almirante de esquadra Almir Garnier Santos – R$ 34,7 mil. Mas o comandante recebe líquido R$ 30 mil. O contra-almirante Ney de Souza e Silva deixou a indenização de anistiado, no valor de R$ 33 mil, para familiares.

Os anistiados ficam livres de qualquer desconto. A Lei da Anistia estabelece que as indenizações não são objeto de contribuição ao INSS, fundos de pensão ou previdência. E determina que os valores pagos são isentos do Imposto de Renda. No caso de falecimento do anistiado político, o direito à reparação econômica transfere-se aos seus dependentes.

No Exército, a maior indenização foi deixada pelo ex-chefe de gabinete militar de Jango, o general de brigada Assis Brasil – R$ 33,5 mil. Um pouco menos que a remuneração do comandante do Exército, general de exército Sérgio Nogueira de Oliveira – R$ 34,7 mil. Mas o comandante paga R$ 7,4 mil de imposto de renda.

O major do Exército Renato da Costa Braga deixou para dependentes indenização de R$ 31,3 mil. O tenente-coronel Miguel Alfredo Arraes de Alencar deixou indenização mensal no mesmo valor. Trata-se de um homônimo do ex-governador Miguel Arraes, que recebe indenização como civil, como informou ao blog o Ministério da Defesa. O militar serviu como 2º tenente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), na Itália. Depois, teve promoções por merecimento. Em 1964, foi reformado e respondeu inquérito policial militar (IPM) por incitação à rebelião.


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STF DETESTA MANTER LADRÃO RICO NA CADEIA

 

Caso Sérgio Cabral

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J.R. Guzzo – Gazeta do Povo

Ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral teve condenação de 14 anos anulada pelo STF| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

Se existe neste país uma coisa que realmente incomoda o Supremo Tribunal Federal e seus satélites do alto poder judiciário nacional é ver ladrão rico na cadeia. Não sossegam enquanto não conseguem soltar, ou não identificar migalhas processuais que os beneficiem, ou anular sentenças, ou absolver em parte – enfim, enquanto não fizerem “alguma coisa” para ajudar e, se possível, colocar o criminoso na rua, devolvendo a ele a possibilidade de começar tudo outra vez.

Aconteceu de novo, desta vez com ninguém menos que o ex-governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, que conseguiu ser condenado a 400 anos de prisão; roubou tanto, mas tanto, segundo consta em suas sentenças de condenação, que nem a Justiça brasileira conseguiu dar um jeito no seu caso. Pensava-se até agora que Cabral, pelo menos ele, ficaria de fora da obsessão dos tribunais superiores em soltar corrupto – “esse não”, dizia-se, aí também já é demais.

Engano: nada é demais para o STF quando se trata de garantir a impunidade da altíssima ladroagem. Os ministros acabaram de demostrar isso, mais uma vez, com a anulação de uma das penas de Cabral, de 14 anos de cadeia – o que abre o caminho para liquidar o resto do saldo devedor, na maior rapidez que for possível. Com essa anulação ficam faltando 386 anos de xadrez para pagar, mas o que é uma mixaria dessas para um STF? Daqui a pouco um advogado qualquer acaba dando um jeito e o homem volta para a rua, pronto a retomar suas atividades políticas.

Cabral, é óbvio, não foi absolvido de nada nessa manobra; como de hábito, não se discutiu se ele é culpado ou inocente. Mas acharam que foi julgado pelo “juiz errado” e, assim sendo, tem de zerar tudo. É como Lula: seus processos penais foram anulados pelo STF porque deram um jeito de decretar que ele deveria ter sido julgado em outra cidade e, nesse caso, as condenações não valem. Não interessa à Justiça brasileira se Lula roubou ou não; o que interessa é saber se foi julgado no lugar certo, segundo a burocracia judicial.

Na aberração em que se transformou o sistema judiciário do Brasil, o que houve, agora, foi um passo em direção ao equilíbrio. Se Lula está solto, e é candidato à Presidência da República, por que Sérgio Cabral deveria estar preso? Se os empreiteiros de obras que confessaram seus crimes e devolveram dinheiro roubado estão livres e voltaram a ser heróis da mídia, por que Cabral não pode ter o mesmo?

Aliás: se todo mundo está solto, por que só ele tem de ficar trancado na penitenciária de Bangu? É essa “anomalia” que o STF está tentado corrigir.


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FORRÓ VIRA PATRIMÔNIO CULTURAL DO BRASIL

Bolsonaro anunciou

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Presidente Jair Bolsonaro toca sanfona em agenda pública em Pernambuco| Foto: Alan Santos/PR

No Dia Internacional da Corrupção, o presidente Jair Bolsonaro lançou nesta quinta-feira (9) um pacote de medidas anticorrupção e para aumentar a transparência no governo. Num discurso em tom de desabafo, ele relatou todas as pressões que o governo sofre por aqueles que antes abocanhavam o dinheiro do povo, e agora não conseguem mais.

Disse que se descobrir alguma coisa errada envolvendo alguém do seu governo é demissão certa e o caso será encaminhado para a Justiça. Afirmou ainda que pode prender por corrupção, mas que jamais vai pedir a prisão de alguém por crime de opinião, algo que, segundo ele, “dá nojo”.

Bolsonaro fez ainda dois anúncios no mesmo evento. O primeiro é que o IPI para os taxistas comprarem carro novo continuará isento. E o segundo, anunciado para alegria do ministro do Turismo ,Gilson Machado, o sanfoneiro do governo, é que o forró foi considerado pelo Iphan como patrimônio cultural e imaterial do Brasil.

O presidente anunciou que na próxima segunda-feira (13) haverá uma comemoração no Palácio do Planalto com bandas de forró.

Terceira via está lotada
Flanado de política, houve um encontro em São Paulo entre o governador João Doria e o ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro. E ficou a grande dúvida: será que eles vão formar uma chapa? Se formarem uma chapa será que vai ter par ou ímpar ou um duelo para saber quem será o cabeça de chapa?

Certamente, Doria não abrirá mão. E não sei se Moro já fez uma avaliação ou se está disposto a ser cabeça de chapa também. O fato é que há uma superlotação da terceira via e um navio muito cheio vai acabar naufragando.

Ciro Gomes percebeu isso, tirou o pé do acelerador, mas nesta quinta quebrou o silêncio. Falou sobre o “sujeito da calça engomada”, o “sujeito com farda rota”, o outro com “toga suja” e o outro com “macacão de bolso com fundo falso”, que são aventureiros da política, disse ele. É claro que ele se acha fora disso. Mas é o povo que vai fazer a seleção, a peneira. Saber quem é primeira via, e quem vai ficar na segunda e na terceira via.

Troca de experiências sobre a Covid em Brasília
Começou nesta semana em Brasília o maior e mais importante encontro do planeta neste momento sobre a Covid-19. São médicos de todos os continentes que estão avaliando e trazendo suas experiências no tratamento da Covid, na eficácia da vacina e na segurança das vacinas.

O Brasil tem um grande ensinamento a passar para o mundo, porque os médicos brasileiros talvez sejam os menos pressionados por questões judiciais que na Europa, nos Estados Unidos, no Japão, pressionam os médicos a não fazer tentativas de experiências e aqui fizemos muito. E aqui já se sabe o que dá certo e o que não dá. Temos muito a ensinar.

E num momento em que se discute aqui no Brasil o tal passaporte de vacina. Obrigar o passaporte significa dizer que a vacina é 100% eficaz e que as pessoas não precisam temer nada, muito menos usar máscara, evitar aglomerações, se o passaporte significar isso. Agora se não significar isso, a gente fica perguntando qual é a validade.

A Constituição diz na alínea 15, do artigo 5º, que é cláusula pétrea, que é livre a locomoção das pessoas em todo território nacional em tempos de paz. E tem o Código Civil, no artigo 15, que diz que ninguém é obrigado a se submeter com risco de vida a tratamento médico ou intervenção cirúrgica. Estou escrevo isso só para a gente pensar a respeito.


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MULHERES QUEREM AUMETAR AS SUAS COTAS NA POLÍTICA

 

Por
Luís Ernesto Lacombe – Gazeta do Povo

A deputada Sâmia Bonfim deixa bem claro que deseja mais mulheres na política, mas apenas se pensarem como ela.| Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados

Circulou nas redes sociais, esses dias, trecho de sessão da Comissão de Constituição e Justiça, da Câmara dos Deputados. Discutia-se a PEC 18, que trata da participação das mulheres na política. A cota eleitoral já existe: a cada eleição, todo partido deve ter 30% de mulheres entre seus candidatos. Então, a elas sejam garantidos verba para campanha e também tempo de propaganda gratuita no rádio e na tevê. E que uma parcela do bilionário Fundo Partidário seja usada na “criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres”. Sim, porque, com mais mulheres na política, todos os nossos problemas estarão resolvidos. Ou não?

Talvez pudessem até pensar em mecanismos que criassem um Congresso formado pela mesma quantidade de homens e de mulheres. Meio a meio, na Câmara e no Senado. Bom, são 513 deputados e 81 senadores, números ímpares… Melhor que haja uma mulher a mais em cada casa legislativa. É política, sabe? E, se não fosse, será que não deveríamos nos preocupar igualmente com o desequilíbrio entre os sexos? Não precisamos de mais mulheres na engenharia, estatística, matemática? E do outro lado, nas áreas majoritariamente ocupadas por mulheres? Não deveríamos ter mais homens na pedagogia, nutrição, fisioterapia?

Mesmo com cota, continua difícil encontrar mulheres dispostas a concorrer a um cargo político. E há candidatas que nem sabem direito que são candidatas, num “laranjal” criado por uma lei que ignora movimentos orgânicos

Se é de igualdade que estamos falando, precisamos de mais mulheres no trabalho de mineração, nos canteiros de obra, nas oficinas mecânicas. Precisamos de mais homens nas creches, na enfermagem, no trabalho doméstico. Mais mulheres dirigindo caminhão, mais homens nas cabines de pedágio. Meio a meio. Homens e mulheres. Talvez não só na política, em tudo. E eu acabo vivendo de ironia, no mundo dos problemas inexistentes…

Não vejo barreiras, exceto as pessoais, para que alguém encontre oportunidade em uma área profissional, qualquer uma. Afinal, que barreiras as mulheres encontram para seguir carreira política? Antes da cota eleitoral, os “donos dos partidos” não as queriam? Ou elas não queriam os partidos, a filiação, a candidatura, a campanha e tudo mais? Agora, mesmo com cota, continua difícil encontrar mulheres dispostas a concorrer a um cargo político. E há candidatas que nem sabem direito que são candidatas, num “laranjal” criado por uma lei que ignora movimentos orgânicos, naturais, espontâneos, que não admite que homens e mulheres podem ter aptidões e interesses diferentes.


Uma grande mentira
Talvez a política vá passar, ou esteja passando, por uma transformação como houve no jornalismo, que já foi uma área dominada pelos homens e hoje atrai mais as mulheres. O Estado precisa se meter nisso? Não, claro que não, mas, na sessão da CCJ, a deputada socialista esbraveja, quer cota, quer dinheiro para as campanhas das mulheres. Ela não tem paciência, chama duas colegas de fascistas, quer mais mulheres na política… Todas as mulheres? A deputada socialista grita e deixa claro: só as que pensam como ela.


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SE O MORO PASSAR PARA O 2º TURNO ELE VENCE AS ELEIÇÕES


  1. Política
     

Já há sinais, inclusive, de que o ex-presidente perde alguns pontos tanto no confronto direto com Bolsonaro quanto com o o ex-ministro

Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo

As pesquisas vão confirmando o que os políticos, contra ou a favor dele, já vinham detectando: o ex-presidente Lula está consolidado com folga na liderança do primeiro turno, mas pode ter grandes dificuldades no segundo. Seu risco é enfrentar a mesma onda de rejeição ao PT e a ele que embalou a vitória do improvável Jair Bolsonaro.

Já há sinais, inclusive, de que Lula continua com grande vantagem também no segundo turno, mas perde alguns pontos tanto no confronto direto com Bolsonaro, agora no PL, quanto com o seu “algoz” Sérgio Moro, do Podemos.

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Moro cumpre um papel que Lula não conseguiria assumir: o de atrair uma grande massa difusa da anticorrupção que já foi bolsonarista e hoje está decepcionada com os absurdos que o presidente diz e faz nas mais diferentes áreas. Foto: Dênis Ferreira Neto/Estadão

Assim, Lula vive um dilema: deixar correr solta a candidatura de Moro, que serve para abocanhar votos de Bolsonaro e da direita no primeiro turno, mas evitando que Moro cresça a ponto de chegar ao segundo turno. A calibragem é delicada. E, obviamente, não depende só de Lula, mas do fôlego de Moro e do desenrolar da própria campanha.

Desde 1994, todos os presidentes disputaram e levaram a reeleição e é um erro menosprezar Bolsonaro e dar de barato que estará fora do segundo turno. Nada garante essa certeza, ou possibilidade. É fato que ele perdeu o discurso, apoios e índices de aprovação, mas tem uma arma poderosa: a caneta.

Na reta final deste 2021 tão difícil, Bolsonaro conseguiu aprovar o Auxílio Brasil e a fatia da PEC dos Precatórios que garante o financiamento do programa, um Bolsa Família para chamar de seu. Ele tem o orçamento secreto e a disparada nos juros, de 2% no início do ano para 9,25% em dezembro, é uma pancada numa inimiga perigosa para candidatos à reeleição: a inflação.

Como não dá para brincar com Bolsonaro, Moro cumpre um papel que Lula não conseguiria assumir: o de atrair uma grande massa difusa da anticorrupção que já foi bolsonarista e hoje está decepcionada com os absurdos que o presidente diz e faz nas mais diferentes áreas. Logo, Moro enfraquece as chances de Bolsonaro.

Ok. Mas… e se o ex-juiz, ícone da Lava Jato, crescer mais do que o previsto e chegar ao segundo turno? Aí, a coisa muda de figura. De “conveniente”, sua candidatura pode passar a ser uma ameaça que pode ser fatal.

Lula, PT e ninguém pode adivinhar o que aconteceria, mas não é prudente descartar a possibilidade de Moro se transformar no polo aglutinador de uma enorme fatia do eleitorado que foi acumulando divergências e irritações contra o PT, até transformá-lo em inimigo número um. Cabem nesse balaio bolsonaristas e boa parte da direita, do centro e até da esquerda pró Lava Jato.

Para Lula, portanto, Moro veio bem a calhar no primeiro turno, mas não seria um adversário nada fácil no segundo.

COMENTARISTA DA RÁDIO ELDORADO, DA RÁDIO JORNAL (PE) E DO TELEJORNAL GLOBONEWS EM PAUTA

 

O BRASIL PRECISA URGENTE DE FERROVIAS

 

  1. Economia 

O Brasil precisa urgentemente expandir sua malha ferroviária para encontrar o equilíbrio de sua matriz de transportes

Marcus Quintella*, O Estado de S.Paulo

O novo marco legal das ferrovias, recentemente aprovado no Senado e em vias de ser aprovado na Câmara dos Deputados, representa um avanço para o setor de transportes e abre grandes possibilidades para investimentos no setor ferroviário.

A “estrela da companhia” desse projeto é a criação do regime de autorização para a construção de ferrovias pelos empreendedores privados, dentro dos princípios da livre concorrência e da liberdade de preços, com a mínima intervenção do poder público. 

Ferrovias
As ferrovias respondem somente por 15% da nossa matriz de transporte de cargas. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Atualmente, as ferrovias são exploradas pelo regime de concessão, por três grandes grupos empresariais, a partir de licitações e com forte regulação estatal. 

As autorizações serão importantes para o crescimento e diversificação do setor ferroviário brasileiro, pois as ferrovias respondem somente por 15% da nossa matriz de transporte de cargas, enquanto o modo rodoviário chega a transportar em torno de 65%. Cabe destacar que 80% das cargas transportadas nas ferrovias brasileiras são minérios e carvão mineral, 14%, produtos agrícolas, 3%, produtos siderúrgicos, e 3%, derivados de petróleo, álcool, carga geral e contêineres. 

Brasil precisa urgentemente expandir sua malha ferroviária para encontrar o equilíbrio de sua matriz de transportes, visto que possuímos somente 30 mil km de linhas férreas no país, mas apenas cerca de 8 mil km encontram-se em plena operação. Do restante, 15 mil km são subutilizadas e 7 mil km estão abandonadas.

Para que possamos esperar resultados promissores desse novo marco legal das ferrovias, a legislação a ser aprovada deverá dar aos investidores certas garantias, tais como: segurança jurídica em todo o território nacional; regras para a migração das atuais concessões para o novo regime de autorizações; regras para o direito de passagem e tráfego mútuo nas ferrovias concedidas; ações de desapropriações como utilidade pública; licenças ambientais sem burocracia; e exploração imobiliária e comercial das estações e faixa de domínio.

Por fim, vale dizer que o sucesso das autorizações dependerá muito das garantias citadas, visto que os investidores precisarão analisar a viabilidade financeira de cada ramal ferroviário ou short-line a ser construída considerando as garantias jurídicas, a estabilidade econômica e política do País e uma visão sistêmica do projeto, que incluirá o transporte de suas cargas desde a origem até o destino final, que poderá ser um porto ou um centro de distribuição, mas sempre passando por uma ferrovia troncal sob concessão. 

*DIRETOR DA FGV TRANSPORTES

BOM ATENDIMENTO E QUALIDADE NOS SERVIÇOS CONQUISTAM O CONSUMIDOR

 

Imprensa – DPaschoal

Atendimento de qualidade faz a diferença no fim de ano

Algumas metodologias facilitam o dia a dia da oficina e tornam o atendimento mais eficiente, assim como o rendimento do prestador de serviços

O termo ‘O barato sai caro’ sempre esteve na moda. Mesmo passando gerações e gerações, ele continua em alta, na boca do povo. Afinal, é normal encontrar lojas e oficinas, assim como postos de abastecimento, oferecendo um produto ou serviço por um valor muito abaixo do praticado no mercado. O comerciante que joga o preço lá embaixo pensa que está ganhando, mas na verdade ele está vendendo mais de um produto de baixa qualidade e com um prazo curto de garantia. Ou seja, volume alto, baixa lucratividade e aumento de possíveis reclamações. Vale a pena?

Então, agora é uma época em que a maior parte dos motoristas procura uma oficina. Muitos porque querem viajar às vésperas das festas de fim de ano e outros por terem comprado veículos seminovos durante o ano, uma vez que o zero-quilômetro ficou em alta. Como atender todos com excelência?

Veja seis mandamentos para acolher bem:

1. Ofereça serviços diferenciados. Uma das formas de ampliar a rentabilidade da oficina é realizar mais atendimentos. Para que isso aconteça é importante disponibilizar diversos tipos de serviços aos clientes. Se você já trabalha em duas ou três áreas, busque mais uma especialização.

2. Confiança e atestado de conhecimento são importantes. É uma das formas de comprovar que se está gabaritado para executar o serviço. Se ganha mais credibilidade mostrando os certificados de especialização e de treinamento.

3. Hora da entrega. É muito comum o cliente chegar à oficina no dia marcado e ser surpreendido com a não finalização do serviço. Lembre-se que seu cliente se planejou para pegar o carro na data e hora marcada. Vale dizer que o cliente de hoje representa muitos serviços futuros. Não só por ele, mas também pela indicação.

4. Qualidade não pode faltar. Entregar um serviço malfeito é pior para o cliente e para a oficina. O veículo acaba voltando, ocupando espaço e demandando mais mão de obra. Procure minimizar as possibilidades de o cliente retornar à oficina, fazer testes exaustivamente e ver se não existe outro problema.

5. Internet das coisas. As redes sociais são importantes para quem quer vender mais na oficina. Se for possível, venda algumas peças do seu interesse na internet. Use as

redes sociais para fazer divulgações e para manter o relacionamento com o cliente.

6. Preços. Saiba precificar. O valor cobrado deve suprir os custos daquela tarefa e ter um percentual de lucro satisfatório, mas não abusivo. Dessa forma o cliente ficará satisfeito e irá se sentir confiante ao contratar sua oficina para solucionar problemas futuros. Se você optar por fazer o contrário, o cliente tende a se sentir explorado e a criar uma imagem negativa da empresa.

A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para o seu comércio.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por 68.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por 539.000 pessoas , valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas dois anos. Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a sua empresa.

Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com  a Startup Valeon que tem  uma grande penetração no mercado consumidor da região capaz de alavancar as suas vendas.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

CRISE ECONÔMICA E SOCIAL É O DISCURSO DOS PRÉ-CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

 

  1. Política 

Pré-candidatos à Presidência dão protagonismo a propostas para geração de renda e emprego em agendas e discursos; pesquisas citam temas como os que mais preocupam o eleitor

Redação, O Estado de S.Paulo

Diante de um cenário de crescente crise econômica, marcada pelo desemprego elevado e alta inflacionária, os principais pré-candidatos à Presidência moldaram seus discursos e levaram propostas de geração de renda e trabalho para centro do debate político. 

A preocupação do eleitor com os temas vem sendo detectada em pesquisas qualitativas das pré-campanhas e levantamentos de empresas e consultorias. 

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Fachada do Palacio do Planalto; pré-candidatos à Presidência já formaram “conselheiros” na área econômica com o objetivo de formular propostas para ampliar a renda e reduzir a inflação. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O protagonismo da economia no debate eleitoral ficou evidente nas agendas mais recentes dos presidenciáveis e no lançamento nesta quarta-feira, 9, da pré-candidatura da senadora do MDB Simone Tebet (mais informações nesta página). Ela defendeu a recriação do Ministério do Planejamento como medida prioritária. “Um País que não planeja não sabe para onde vai. É um País como nós temos hoje. Sem comandante e com um piloto da economia que não sabe para onde vai.”

Como mostrou o Estadão, pré-candidatos já formaram “conselheiros” na área econômica com o objetivo de formular propostas para ampliar a renda e reduzir a inflação. Para 2022, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) piorou, de acordo com boletim Focus do Banco Central (BC) divulgado nesta semana. A estimativa de expansão do PIB para 2022 recuou de 0,58% para 0,51% – há um mês, estava em 1%. Já o IPCA, que deve fechar este ano em 10,19%, pode chegar a 5,02% em 2022, também de acordo com o boletim – para conter a alta dos preços, o BC elevou também na quarta-feira a Selic, a taxa básico de juros, a 9,25%, a maior em quatro anos. 

Segundo pesquisa Genial/Quaest, a economia é o principal problema enfrentado hoje pelo País na percepção dos brasileiros. O tema, que agrega desemprego e inflação, foi citado por 41% nas duas mil pessoas entrevistadas pelo instituto, à frente de pandemia (19%) e questões sociais (14%). A corrupção foi lembrada por 10%. “O aumento dos preços e o desemprego associado a um não crescimento econômico farão com que o debate seja sobre isso”, disse o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest. 

Para o pesquisador Renato Meirelles, presidente do Instituto Lokomotiva e especialista em pesquisas com a classe C, a economia será em 2022 o que a corrupção foi em 2018 como tema eleitoral. “A economia para as pessoas não é o dado do PIB, mas saber se ela enche ou não o carrinho do supermercado com o mesmo dinheiro que enchia antes. Ou seja: inflação”, disse.

O ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) tem extrapolado o discurso anticorrupção e batido na tecla do combate à pobreza. Ele esteve com dois pré-candidatos do centro: Luiz Felipe d’Ávila (Novo) e João Doria (PSDB) na quarta-feira. “Temos que fazer uma mesa-redonda para criar uma agenda comum, e esse debate tem que começar pela economia”, disse d’Àvila ao Estadão.

Vencedor das prévias tucanas, o governador paulista, por sua vez, também tem colocado a recuperação da economia como prioridade de sua agenda e anunciou o ex-ministro da Fazenda e atual secretário da pasta em São Paulo, Henrique Meirelles (PSD), como porta-voz da equipe que vai elaborar seu plano de governo na área. Não por acaso, foi o primeiro anúncio do tucano, que pretende montar um time com seis economistas. 

Em um evento com sindicalistas na sede da Força Sindical, em São Paulo, o ex-presidente Lula criticou o teto dos gastos e centrou a maior parte de sua fala em dois temas: emprego e renda. “Se a gente emprestar dinheiro para o povo pobre, ele vai fazer a economia desse país girar. O consumidor compra, a indústria produz, gera mais renda, consumo e produção”, disse, ao defender que o perdão da dívida de grandes empresas deveria se estender a quem tem renda menor. 

Já o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) tratou do tema em uma live realizada na terça-feira com o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga. Por uma hora e meia, eles falaram exclusivamente sobre os principais tópicos ligados à economia brasileira. Ambos criticaram a alta taxa de juros no Brasil e compartilharam preocupações com a atual condução da economia no País. 

André Perfeito, economista-chefe da corretora Necton, avalia que os pré-candidatos liberais terão dificuldades em defender medidas como o ajuste fiscal. “O fato é que dado o nível de desemprego, queda da renda, inflação e taxa de juro, falar em austeridade vai ser muito difícil”, disse.

Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) defende a agenda econômica do governo e mantém um discurso focado na pauta de costumes. Semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou que a economia brasileira segue em recuperação em ‘V’: ‘O Brasil está de pé”, disse. / PEDRO VENCESLAU, GUSTAVO QUEIROZ, LEVY TELES E DAVI MEDEIROS

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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