sexta-feira, 26 de novembro de 2021

ENTENDA AS POSTURAS IMPORTANTES NO MUNDO DAS VENDAS ATRAVÉS DO SURF

 

Claudio Tancredi

Gerente Geral Hitachi Vantara do Brasil

O conhecimento sobre empreendedorismo é um quebra-cabeça de peças que vem de várias áreas da vida que podem ser muito mais conectadas do que imaginamos. Em meu caso, percebo que aprendi muita coisa praticando o surf, um esporte que me trouxe ensinamentos para entender as posturas importantes no mundo das vendas.

Existem diversas similaridades entre o surf e as vendas, mas uma das principais é a capacidade de prever o inesperado. Parece complicado, não é? Mas imagine como um surfista diante do mar ainda está observando uma força da natureza totalmente incontrolável.

Do mesmo modo, um vendedor nunca poderá saber 100% a eficiência de sua conversa e a eficácia de sua estratégia de vendas. É como um mar, repleto de ondas pequenas ou altas, que podem trazer um grande sucesso ou uma queda.

Mas, nos dois casos, vemos como os praticantes dessas artes aprenderam a prever situações, driblar desafios e entender o tempo certo de cada coisa.

No que se segue, você encontra alguns dos segredos que aprendi entre esses dois mundos que se encontram em minha vida.

Preparação e estudo

Qualquer surfista com experiência adquire um olhar treinado para a qualidade das ondas e também sobre a prática dos seus competidores. Em uma competição, por exemplo, estuda-se os picos de Surf, os tipos de ondulações e a composição do fundo do mar (em busca de buracos, bancos de areia e pedras).

Da mesma forma, são observadas as técnicas e os pontos fortes dos competidores, inclusive para entender como lidam com os desafios da praia em questão.

No mundo das vendas o paralelo é bem preciso. Afinal, trabalhamos com a previsão de ondas, às vezes literalmente, nos gráficos que mostram os movimentos de verdadeiros oceanos de dados.

Essas ondas podem significar mudanças no valor dos produtos, análise de vendas de períodos anteriores, momentos de pico de vendas e um mapeamento dos humores do público. O olhar do vendedor, nesses casos, é tão preciso quanto o do surfista, reconhecendo e intuindo os melhores movimentos para lidar com cada caso.

Saber quando avançar e quando recuar

No surf e nas vendas, a ambição pode te levar ao seu objetivo ou te “dar um caldo” como se diz nas praias. Ou seja, é preciso saber respeitar e conciliar o seu desejo de avançar com o que o contexto está te apresentando.

Às vezes, é preciso usar a força para passar a arrebentação, em outros casos é melhor esperar e buscar uma oportunidade mais calma para passar sem tanto esforço.

Tanto o surfista como o vendedor começam a adquirir um “sexto sentido” e aprendem a ouvir o território, escutando os movimentos do mar e do público, atualizando o plano de ação. É melhor pegar a onda certa do que forçar a venda no momento errado!

Manter-se em movimento

Existe uma sabedoria muito profunda em entender a importância do movimento. Se você pegou a onda de sua vida em uma região específica de uma praia, isso não significa que uma outra oportunidade acontecerá no mesmo lugar. Apegar-se a essa ideia pode gerar decepções e dificuldade para seguir em frente.

Seguir em frente e manter-se em movimento é uma sabedoria nas vendas também. O mercado muda como uma maré, o negócio fechado hoje não necessariamente vai se repetir amanhã. Ficar preso nessa ideia é um risco desnecessário que pode ocultar novas possibilidades.

O surfista e o vendedor são convidados a fazer sua própria sorte, sempre de olho nas oportunidades do caminho.

Respeito é bom e uma das chaves do sucesso

Vendedores e surfistas “fominhas” não tem vida longa. Se você quer criar uma jornada de respeito em qualquer área, é preciso observar bem a “crowd”, ver quem é quem, montando sua estratégia de acordo com a sua perspectiva particular sobre a arte das vendas ou do surf.

Se o “mar não tá pra peixe”, faça atividades fora da água que vão te ajudar na hora da ação, mas não fique apenas assistindo os outros surfarem. Vá cultivando seu espaço com respeito. O mesmo vale para equipes de vendas. Não ficar pedindo todos os leads para o líder e evitar ficar com olhos grandes nas contas dos colegas, tudo isso é essencial para ser respeitado e também para ter sucesso nas vendas.

Como você vê, esses ensinamos são daqueles “raiz”, que valem para nossa ética e atuação na vida profissional, nos esportes e até mesmo em nossas vidas particulares. Ética e integridade são tão importantes quanto o sucesso almejado.

Faz sentido para você? Você também aprendeu em outras áreas lições que te ajudam na vida profissional? Comente!

Aloha boas ondas/vendas !!!!

ESCALANDO NEGÓCIOS

1 – Qual é o seu mercado? Qual é o tamanho dele?

O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com CNPJ ou não e coloca-las na internet.

2 – Qual problema a sua empresa está tentando resolver? O mercado já expressou a necessidade dessa solução?

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao utilizar a plataforma da ValeOn.

3 – Quais métodos você usará para o crescimento? O seu mercado está propício para esse tipo de crescimento?

Estratégias para o crescimento da nossa empresa

  1. Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
  2. Equilíbrio financeiro e rentabilidade. Capital de giro, controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade são termos que devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o objetivo de crescer.
  3. Desenvolvimento de um planejamento estratégico. Planejar-se estrategicamente é como definir com antecedência um roteiro de viagem ao destino final.
  4. Investimento em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
  5. Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.

O mercado é um ambiente altamente volátil e competitivo. Para conquistar o sucesso, os gestores precisam estar conectados às demandas de consumo e preparados para respondê-las com eficiência.

Para isso, é essencial que os líderes procurem conhecer (e entender) as preferências do cliente e as tendências em vigor. Em um cenário em que tudo muda o tempo todo, ignorar as movimentações externas é um equívoco geralmente fatal.

Planeje-se, portanto, para reservar um tempo dedicado ao estudo do consumidor e (por que não?) da concorrência. Ao observar as melhores práticas e conhecer quais têm sido os retornos, assim podemos identificar oportunidades para melhorar nossa operação e, assim, desenvolver a bossa empresa.

4 – Quem são seus principais concorrentes e há quanto tempo eles estão no mercado? Quão grandes eles são comparados à sua empresa? Descreva suas marcas.

Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área, sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.

Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.

5 – Sua empresa está bem estabelecida? Quais práticas e procedimentos são considerados parte da identidade do setor?

A nossa empresa Startup Valeon é bem estabelecida e concentramos em objetivos financeiros e comerciais de curto prazo, desconsideramos a concorrência recém chegada no mercado até que deixem de ser calouros, e ignoramos as pequenas tendências de mercado até que representem mudanças catastróficas.

“Empresas bem estabelecidas igual à Startp Valeon devemos começar a pensar como disruptores”, diz Paul Earle, professor leitor adjunto de inovação e empreendedorismo na Kellogg School. “Não é uma escolha. Toda a nossa existência está em risco”.

6 – Se você quiser superar seus concorrentes, será necessário escalar o seu negócio?

A escalabilidade é um conceito administrativo usado para identificar as oportunidades de que um negócio aumente o faturamento, sem que precise alavancar seus custos operacionais em igual medida. Ou seja: a arte de fazer mais, com menos!

Então, podemos resumir que um empreendimento escalável é aquele que consegue aumentar sua produtividade, alcance e receita sem aumentar os gastos. Na maioria dos casos, a escalabilidade é atingida por conta de boas redes de relacionamento e decisões gerenciais bem acertadas.

Além disso, vale lembrar que um negócio escalável também passa por uma fase de otimização, que é o conceito focado em enxugar o funcionamento de uma empresa, examinando gastos, cortando desperdícios e eliminando a ociosidade.

Sendo assim, a otimização acaba sendo uma etapa inevitável até a conquista da escalabilidade. Afinal de contas, é disso que se trata esse conceito: atingir o máximo de eficiência, aumentando clientes, vendas, projetos e afins, sem expandir os gastos da operação de maneira expressiva.

Pretendemos escalar o nosso negócio que é o site marketplace da Startup Valeon da seguinte forma:

  • objetivo final em alguma métrica clara, como crescimento percentual em vendas, projetos, clientes e afins;
  • etapas e práticas que serão tomadas ao longo do ano para alcançar a meta;
  • decisões acertadas na contratação de novos colaboradores;
  • gerenciamento de recursos focado em otimização.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

MOURÃO FAZ MEA CULPA PARA O DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA

 

 Eduardo Gayer 17 horas atrás Curtir|87Auxílio-caminhoneiro fica em segundo plano para BolsonaroRainer Cadete vence ação contra Record por difamação, diz site

BRASÍLIA – O vice-presidente Hamilton Mourão fez um mea culpa sobre a coordenação do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), que não conseguiu conter o desmatamento na floresta no último ano. “Se você quer um culpado, sou eu. Não vou dizer que foi o ministro A ou ministro B. Eu que não consegui fazer a integração de forma que funcionasse”, declarou o general nesta terça-feira, em entrevista coletiva no Palácio do Itamaraty após a sétima reunião do Conselho, a última do ano.

Apesar de reconhecer falhas, Mourão destacou que não tem um papel executivo na gestão federal. “Eu tenho meus limites na minha cadeira de presidente do Conselho. Eu não posso dar ordem, isso é uma limitação bem grande. O governo é exercido pelo governo e seus ministros”, afirmou o vice-presidente.

A integração entre os órgãos vinculados ao Conselho, disse Mourão, teria vindo apenas na fase final da Operação Samaúma, que começou somente no final de junho de 2021.

O vice-presidente, Hamilton Mourão © Gabriela Biló/Estadão O vice-presidente, Hamilton Mourão

Assim, em todo o período anterior, não teria havido uma integração efetiva entre as Forças Armadas e as agências de fiscalização para conter o desmatamento na Amazônia, que saltou 21,97% entre agosto de 2020 e julho de 2021 na comparação anual, o maior índice em 15 anos, segundo dados divulgados na semana passada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“Essa é a minha análise para o resultado ter sido tão ruim como foi”, destacou o vice-presidente sobre o avanço do desmatamento. “Forças Armadas não são agências de fiscalização. O trabalho delas é criar condições para que agências estejam no terreno com proteção e mobilidade tática”, explicou. O decreto de Garantia da Lei da Ordem (GLO) que manteve as Forças Armadas na Amazônia expirou em 15 de outubro e não foi renovado.

Mourão ainda afirmou na coletiva que apenas 65% do desmatamento informado pelo Inpe foi ilegal. Ou seja, os outros 35% seriam fruto de autorizações do governo para corte de árvores em áreas privadas.

Em meio ao desmonte das estruturas de fiscalização do País, como o Ibama, o vice-presidente também voltou a reconhecer que é preciso ampliar o número de servidores responsáveis pela aplicação de multas. “É fundamental a recuperação da capacidade operacional das agências ambientais”, afirmou, na coletiva. O próprio presidente Jair Bolsonaro já assumiu em diversas ocasiões que determinou a redução das multas ambientais. “Agora, uma coisa todos temos que ter consciência, não é só a repressão, temos que atuar na conscientização”, acrescentou o general.

Entre outros mea culpa, o vice-presidente também reconheceu que embaixadores europeus aguardam resultados melhores sobre o desmatamento no País. Por outro lado, disse que a imprensa “não ouviu falar em queimadas” na floresta este ano.

De acordo com a assessoria de comunicação da vice-presidência, participaram da reunião do Conselho os ministros Carlos França (Relações Exteriores), Walter Braga Netto (Defesa), Tereza Cristina (Agricultura), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-geral) e Bruno Bianco (Advocacia-geral da União), além do secretário especial da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da presidência, Flávio Rocha. A coletiva de imprensa, no entanto, foi conduzida apenas por Mourão.

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, – a cara do combate ao desmatamento, nas palavras de Mourão – por sua vez, não participou do encontro. Ele estava em reunião no Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro e mandou seu secretário-executivo, Fernando Moura Alves.

BOLSONARO VAI SE FILIAR AO PARTIDO PL E FECHA VÁRIAS ACORDOS

 

Apoio e indicações
Por
Rodolfo Costa – Gazeta do Povo
Brasília

Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL: presidente da República negociou diretamente os acordos para se filiar ao partido em 30 de novembro| Foto: Reprodução/TV PL

O presidente Jair Bolsonaro acertou os últimos detalhes de sua filiação ao PL com o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto. Entre os termos finais, a dissolução de um pré-acordo de apoio à candidatura do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), bem como a pacificação em outros três estados com algum foco de resistência à candidatura presidencial: Amazonas, Alagoas e Pernambuco.

Além de Bolsonaro e Costa Neto terem aparado “arestas” nesses quatro estados, o presidente da República também obteve do mandatário do PL o aceno favorável para fazer indicações de candidaturas para o Senado e até a determinados governos estaduais, como é o caso de São Paulo.

Com o apoio do chefe do Planalto, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, pode vir a ser lançado a governador de São Paulo, a despeito de algumas resistências dentro do partido. Alguns caciques do PL e também do PP — partido que tem o acordo para indicar o candidato à vice na chapa com Bolsonaro — entendem que o ministro não tem capital político para agregar mais votos além dos eleitores “raiz” do presidente, o que poderia colocar em xeque uma candidatura competitiva ao governo paulista.

O próprio Bolsonaro confirmou sua filiação e a definição dos termos finais de sua ida ao PL nesta quarta-feira (24). “[O partido] marcou [a filiação] para terça-feira (30). Tudo bem, acertamos São Paulo e o resto do Brasil. Está tudo certo para ser um casamento e sermos felizes para sempre”, declarou no caminho a pé de volta ao Palácio do Planalto após participar de uma solenidade na Câmara dos Deputados em que recebeu a Medalha de Mérito Legislativo.

“Foi tudo conversado com o Valdemar, sem problema. É uma pessoa que é conhecida por honrar a palavra. Da minha parte também. E temos tudo para realmente ajudar na política brasileira”, completou Bolsonaro.


Como fica o cenário em São Paulo com a filiação de Bolsonaro ao PL
Além de Bolsonaro, o deputado Capitão Augusto (PL-SP), vice-líder do partido na Câmara, é outro a confirmar os acertos da filiação do presidente da República para a próxima terça-feira e a pacificação em São Paulo, inclusive para a abertura de diálogos em lançar Tarcísio de Freitas ao governo do estado.

“[A filiação] está mais do que definida, já era certa a vinda dele, faltavam só alguns assuntos acessórios. Havia quatro estados com alguns problemas de coligações ou pré-acordos, como São Paulo, mas nada que impeça a vinda do Bolsonaro e nada que impeça os acordos de serem revistos”, diz o deputado à Gazeta do Povo. “São Paulo é o maior colégio eleitoral e temos o maior interesse em definir se lançamos o Tarcísio, outro candidato ou não, mas está nas mãos dele [Bolsonaro”, acrescenta.

O cenário em São Paulo é sensível para o PL, uma vez que prefeitos e deputados estaduais da sigla mantêm apadrinhados políticos no governo de João Doria (PSDB). O desembarque do partido da base tucana nas eleições de 2022 causaria, portanto, uma ruptura na relação entre as legendas.

O cálculo político do PL sugere, contudo, que é mais vantajoso eleger um governador em São Paulo do que manter apenas indicados na administração paulista. “Não temos candidato a governador, vice, nem secretaria [no governo tucano]. Não tem por que realmente não rever isso aí [pré-acordo de apoiar a candidatura de Garcia]. Nos outros estados, o problema é menor ainda”, pondera Capitão Augusto.

O vice-líder do PL reforça que o partido está aberto a discutir a candidatura do ministro da Infraestrutura e se diz particularmente entusiasmado com a ideia. “Estou na torcida para que [Tarcísio] vá de candidato a governador, mas não sei se é o desejo dele. Muito se fala dele vir para o Senado, o que é uma vitória certa, pode até se dar ao luxo de escolher três, quatro estados, mas isso é com o Bolsonaro e ele, que vão ter que discutir”, destaca.

Capitão Augusto diz que o ministro da Infraestrutura é muito leal, mas ele entende que Bolsonaro não forçará uma candidatura do auxiliar caso não seja da vontade dele. “Bolsonaro não fará nada contra a vontade do ministro. Se não estiver com pique, não lança, mas vamos ver. Repito, a bola está com o palácio”, destaca.

“Da nossa parte, Bolsonaro tem carta branca para o que falar. Não vamos perder a oportunidade de eleger 60 deputados, seis ou sete senadores, por causa de um pré-acordo em São Paulo com coligação que não temos nem a cabeça, nem a vice. Lá [situação no estado] não é e nem será fator impeditivo da filiação”, complementa o deputado.

Que nomes o PL pode lançar ao Senado a pedido de Bolsonaro

Além de definir os impasses estaduais, Bolsonaro também obteve de Valdemar Costa Neto o “sinal verde” para lançar candidaturas ao Senado. Enquanto o desejo principal do mandatário do PL é fazer a maior bancada federal possível, Bolsonaro almeja elevar sua base aliada na “Casa revisora”.

Como disse Bolsonaro, ele negociou São Paulo e o “resto do país”. Isso inclui potenciais candidaturas a governos estaduais — como a do líder do PSL, Vitor Hugo (PSL-GO) em Goiás — e, sobretudo, ao Senado, onde deseja ter candidatos de norte a sul do país. Em Minas Gerais, o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), ex-ministro do Turismo, é um dos que será lançado ao Senado com o apoio de Bolsonaro.

O deputado se reuniu nesta quarta-feira (24) com Costa Neto para definir sua candidatura ao Senado. “A conversa já existe e a nossa construção, obviamente, é que essa candidatura possa ocupar uma vaga na chapa do governador [Romeu] Zema. Claro que é uma construção que ainda precisa ser consolidada, mas o governador é uma pessoa que tem sido muito bem alinhada com o governo federal”, afirmou à Gazeta do Povo.

O ex-ministro do Turismo trata como “natural” sua candidatura ao Senado após ter sido eleito o deputado federal mais votado em Minas Gerais em 2018 e exercido o Ministério do Turismo. “Tive dois anos de ministério e entregamos, graças a Deus, bons resultados. Pessoas ali que estão há 10, 15 anos dizem ter sido uma das melhores gestões que passou na pasta. Eu me vejo maduro o suficiente e preparado para representar Minas Gerais no Senado. Possivelmente é o nosso caminho para 2022”, destaca.

Em São Paulo, Bolsonaro demonstrou a Costa Neto o desejo em indicar Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente, ao Senado. No Rio de Janeiro, um dos nomes estudados é o da youtuber Antônia Fontenelle, que esteve no Palácio do Planalto na última semana para discutir uma possível candidatura à Casa. No Espírito Santo, o ex-senador Magno Malta (PL), que, em 2018, chegou a ser cotado como vice de Bolsonaro, deve ser o candidato ao Senado.

No Rio Grande do Sul, o ministro do Trabalho e Emprego, Onyx Lorenzoni, pode ser lançado ao Senado pelo PL, embora ele almeje uma candidatura ao governo do estado. Em Santa Catarina, o empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, pode ser o candidato de Bolsonaro. No Paraná, o deputado Giacobo (PL-PR), presidente do diretório paranaense da sigla, é um dos nomes cotados.

Em Goiás, Tarcísio de Freitas pode assumir a candidatura ao Senado caso não concorra em São Paulo. Em Mato Grosso, o partido deve lançar o senador Wellington Fagundes (PL-MT) à reeleição. Pelo Distrito Federal, a ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-DF), pode vir ao Senado, embora o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Anderson Torres, também queira se filiar à legenda para se candidatar ao cargo. Em Mato Grosso do Sul, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pode ser apoiada por Bolsonaro ao Senado, mas ela deve se filiar ao PP.

Nas regiões Norte e Nordeste, Bolsonaro e Costa Neto ainda definem as candidaturas ao Senado, mas algumas delas estão em discussão, a exemplo da candidatura em Pernambuco do ministro do Turismo, Gilson Machado, outro que pode se filiar ao PL. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, é mais um que está de malas prontas para o PL para a disputa do Senado ou do governo do Rio Grande do Norte. Na Bahia, o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos) pode ser apoiado ao Senado, mas pelo seu partido atual.

As negociações entre Bolsonaro e Costa Neto podem, inclusive, selar a pacificação em Amazonas, Alagoas e Pernambuco, estados onde há alguns ruídos. Entre elas, a possibilidade de uma chapa no estado pernambucano de Gilson Machado ao Senado com o prefeito de Jaboatão dos Guararapes (PE), Anderson Ferreira (PL), ao governo do estado. Outro cenário seria o ministro do Turismo sair candidato em Tocantins ou em Alagoas.

Já no reduto eleitoral do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), opositor de Bolsonaro, o presidente do diretório amazonense, Alfredo Nascimento, avisou que acompanhará a decisão nacional.


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TEIMOSIA DE ALCOLUMBRE PARALIZOU VÁRIOS ÓRGÃOS DO GOVERNO

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Sabatina de André Mendonça estava travada na CCJ do Senado por vontade do presidente da comissão, o senador Davi Alcolumbre.| Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República

A teimosia de Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, ao não pautar a sabatina de André Mendonça, indicado em julho deste ano por Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal, custou caro ao país. Manteve a principal corte brasileira desfalcada; parou todos os processos que dependiam de voto, liminar ou relatório de Marco Aurélio Mello, que deixara o Supremo; e, por fim, começou a paralisar a própria CCJ, devido à obstrução dos senadores favoráveis à realização da sabatina e que impede a apreciação de várias matérias importantes. Quando os senadores ameaçaram levar a obstrução também ao plenário, parando o Senado de vez, Alcolumbre finalmente cedeu e anunciou que Mendonça será sabatinado durante o esforço concentrado da próxima semana.

Uma casa legislativa (ou, pelo menos, uma de suas comissões mais importantes) parada não é algo que o país precisasse ver, mas era um dos poucos recursos que os senadores tinham à disposição para romper o impasse. O Supremo Tribunal Federal (STF), acertadamente, havia decidido não intervir em questão interna do Senado quando rejeitou ação que pretendia obrigar Alcolumbre a marcar a sabatina, e de fato tratava-se de controvérsia cuja solução era política, não jurídica. Neste processo, não faltaram também críticas ao presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por não ter colocado empenho suficiente para que a sabatina de Mendonça fosse realizada com presteza.

Os senadores precisam aproveitar a oportunidade para rever seu regimento e evitar que situações como esta se repitam

O presidente da CCJ se diz injustiçado, mas, à parte insinuações de que a demora se daria por preconceito religioso (Mendonça é evangélico; Alcolumbre é judeu), todas as críticas feitas a ele são bastante pertinentes. O senador reclama de não haver pressão semelhante para a análise de outras indicações paradas na CCJ, mas quem negaria que a indicação ao Supremo é a mais importante delas? O fato é que não havia nenhum motivo razoável para que Alcolumbre resistisse por mais de quatro meses – um recorde no passado recente – a pautar a sabatina de Mendonça; o que há, e sobre isso as informações de bastidores são numerosas, é a preferência de Alcolumbre por outro nome, o de Augusto Aras, o procurador-geral da República. Ironicamente, Aras foi indicado por Bolsonaro para um novo biênio na PGR quase ao mesmo tempo que Mendonça, mas o procurador-geral foi sabatinado em pouco mais de um mês, desmontando outro argumento de Alcolumbre, o de que havia outros temas na CCJ mais prioritários que indicações de autoridades. Resta evidente que a demora foi decisão única e exclusiva do presidente da CCJ, sem nenhuma outra razão que a justificasse.

Agora, finalmente a CCJ e o plenário do Senado terão a oportunidade de inquirir Mendonça. Como lembramos a propósito da formalização de sua indicação, os senadores precisam aproveitar a ocasião para certificar-se de que o ex-advogado-geral preenche os requisitos necessários a um bom ministro do Supremo, além de pedir esclarecimentos sobre episódios de sua passagem pelo Ministério da Justiça. Que esta sabatina seja digna do nome, ao contrário do constrangedor espetáculo oferecido quando da amistosa sessão de perguntas e respostas de Kassio Nunes Marques, em outubro do ano passado.


Além disso, os senadores precisam aproveitar a oportunidade para rever seu regimento e evitar que situações como esta se repitam. Não é razoável que a vontade de um único parlamentar seja capaz de provocar tamanha disrupção no funcionamento dos poderes da República. Como afirmamos em ocasião anterior, “os autores dos regimentos e das leis que regem o funcionamento dos órgãos legislativos certamente não pretendiam transformar presidentes em pequenos déspotas capazes de empacar temas importantes para o país por mera conveniência pessoal”. Há vários caminhos para que isso seja feito: pode-se, por exemplo, instituir prazos definidos no artigo 383 do Regimento Interno do Senado Federal, que trata da aprovação dos nomes de autoridades; ou, caso a opção seja por preservar a prerrogativa do presidente da CCJ, pode-se ampliar as ferramentas pelas quais uma maioria de senadores descontentes com a demora seja capaz de destravar as indicações. Deixar o regimento como está equivalerá a passar um atestado de que nada foi aprendido com o episódio – ou pior: que as regras atuais não deixam de ser bastante convenientes, já que o senador insatisfeito de hoje poderá ser o dono da pauta amanhã.


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SOB PRESSÃO ALCOLUMBRE MARCA PARA A PRÓXIMA SEMANA A SABATINA DE ANDRÉ MENDONÇA

 

Sabatina de Mendonça

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, anunciou que fará a sabatina de André Mendonça na semana que vem, após quatro meses de indefinição.| Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

O presidente de Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que semana que vem será feita a sabatina de André Mendonça, indicado pelo presidente da República para ser ministro do Supremo Tribunal Federal. Ele não marcou ainda o dia.

Pois Alcolumbre não fez mais do que sua obrigação, porque ele é mandatário, não mandante. Ele é um homem público e o serviço público, de acordo com a Constituição, deve se caracterizar pela impessoalidade. O Senado tem o dever de sabatinar e votar o indicado de Bolsonaro. Não ao gosto do presidente do Senado ou da CCJ que se faz a sabatina. É obrigação! Quem escolhe é o presidente da República, quem sabatina e aprova ou não, é o plenário do Senado.

E é bom a gente lembrar que tem um poder, o Judiciário, esperando. Tem julgamento que está parado, empatado em 5 a 5, aguardando o desempate que será feito pelo novo ministro, que vai chegar lá e dar o voto minerva. E não é só o Supremo que está prejudicado. O Conselho Nacional de Justiça também está sem conselheiros, porque não se marcou a sabatina de quem estava na frente e os outros estão na fila esperando.

Então, Alcolumbre tem que se explicar aos eleitores do estado que ele representa, o Amapá, e explicar para todos os brasileiros, eleitores, contribuintes, cidadãos, por que demorou quatro meses para marcar a sabatina de Mendonça?

Mérito legislativo a Bolsonaro
O presidente da República foi à Câmara dos Deputados para ser homenageado. Jair Bolsonaro recebeu a medalha do mérito legislativo, que é a mais alta distinção do Legislativo aos que trabalham por esse poder.

Bolsonaro fez parte da Câmara dos Deputados por sete mandatos. Eleito e reeleito sucessivamente depois de ter sido vereador no Rio de Janeiro. Então ele tem uma vida legislativa de quase 30 anos.

E como presidente da República até agora, derrubando as narrativas, tem sido um estrito cumpridor da norma constitucional, da independência e harmonia entre poderes, em relação ao Judiciário e ao Legislativo. Nunca procurou interferir em trabalhos da Câmara e do Senado. Talvez por isso tenha sido homenageado.

PSDB está se fragmentando
Agora as coisas vão muito mal para o PSDB. Depois do fiasco das prévias de domingo (21), o fiasco aumenta. Buscaram uma outra empresa para fazer a eleição, fizeram testes e de novo não deu certo. E apenas com 44,7 mil cadastrados aptos a votar.

Esses dias eu lembrei da votação na Aprosoja, associação dos produtores de soja do Brasil, que devem ser milhões. Eles fazem eleição digital e com voto impresso, auditável. Por que os tucanos, que já tentaram fazer auditagem da eleição de Dilma em 2014, que venceu Aécio Neves, passaram um tempo enorme para chegar à conclusão que o processo não é auditável.

Agora um filiado, que é advogado da juventude tucana, se queixou para o Tribunal Superior Eleitoral. E o TSE deu um prazo para os tucanos explicarem o inexplicável. E enquanto isso eles vão se desgastando não apenas perante o público externo, os eleitores, mas também lá dentro.

Um dos candidatos, Arthur Virgílio, disse que sobe de joelhos as escadarias da Igreja da Penha, no Rio de Janeiro, se Aécio sair do partido. Enquanto isso, dizem que Eduardo Leite, que não vê com bons olhos tudo que está acontecendo, já está conversando com Gilberto Kassab, que é do PSD, caso seja derrotado nas prévias.

E o veterano senador Tasso Jereissati, excelente observador que é, disse o óbvio: que o partido está se fragmentando. E aí não vai ser nem terceira via.


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FÉRIAS DE ANGELA MERKEL E POSSE DE SCHOLZ NA ALEMANHA

 

  1. Internacional 

Aos 67 anos, chanceler ainda é jovem o suficiente para assumir outros desafios, mas tem mantido a boca fechada a respeito de seus planos para a aposentadoria

Katrin Bennhold e Melissa Eddy, The New York Times, O Estado de S.Paulo

Ela perderá o título por menos de duas semanas: Angela Merkel, ao que tudo indica, não será a chanceler que ocupou o cargo por mais tempo depois de Otto von Bismarck, o líder fundador da Alemanha.

Quando Helmut Kohl finalmente entregou as chaves da chancelaria alemã, em 1998, ele havia passado 5.870 dias no cargo mais graduado de seu país; se Olaf Scholz tomar posse, conforme planejado, no início de dezembro, Merkel deixará a chancelaria a poucos dias de bater esse recorde, como a segunda chanceler a permanecer mais tempo no cargo no período pós-guerra.

Ainda assim, 16 anos são bastante tempo, e depois de passar quase um quarto de sua vida no cargo mais alto do país, muitos se perguntam o que Merkel vai fazer agora.

Sua partida era aguardada havia muito — ela anunciou que não concorreria à reeleição três anos atrás. Desde então, as fábricas de rumores têm funcionado a todo vapor. Alguns a previram aceitando convite para se tornar conferencista de alguma faculdade americana, enquanto outros tiveram esperança de que ela assumisse algum cargo-sênior na União Europeia ou alguma outra instituição internacional.

O que ficou claro desde o início: ela quis deixar o cargo segundo seus próprios termos, em seu próprio tempo. “Quero, em algum ponto, encontrar o momento certo de deixar a política”, disse ela em 1998 a Herlinde Koelbl, uma fotógrafa alemã. “Não quero virar sucata.”

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A chanceler alemã, Angela Merkel, acena em frente à tradicional árvore de Natal da chancelaria; Merkel não tem falado sobre os planos para o futuro Foto: John MacDougall/AFP

Dois anos atrás, quando Merkel sofreu acessos de tremores incontroláveis, houve o temor de que ela não completasse o mandato. Ainda assim, mesmo sem conseguir superar a longevidade de Bismarck no cargo, Merkel compartilhou com ele a alcunha de “chanceler de ferro” e seguiu firme.

Aos 67 anos, Merkel ainda é jovem o suficiente para assumir outros desafios, mas tem mantido a boca fechada a respeito de seus planos para a aposentadoria. Quando pressionada, Merkel se esquivou com a ideia de que não tem tempo para pensar sobre isso, insistindo que apenas quando deixar a chancelaria será capaz de começar a colocar o foco em seu próximo passo.

“Acho que todo dia de governo tem de ser levado igualmente a sério e sempre considerado com o mesmo olhar atento”, afirmou ela. “Acredito em governar ao mesmo tempo que vivo minha vida pessoal e de maneira tão sensata quanto possível; e em fazer isso até o último dia em que me caiba essa responsabilidade.”

Com esse último dia se aproximando cada vez mais, Merkel começou a falar mais livremente a respeito de uma necessidade que tem de fazer uma pausa longa o suficiente para descansar e refletir a respeito do que realmente lhe interessa. Em uma entrevista que concedeu neste verão, depois de receber um doutorado honorário — seu 18.º — da Universidade Johns Hopkins, a chanceler permitiu o primeiro vislumbre real de como imagina seu futuro.

“Tentarei ler algo — e então meus olhos ficarão pesados, porque estou cansada, daí dormirei um pouquinho. Depois veremos”, afirmou ela.

Mas quando o Parlamento aprovou nove funcionários para trabalhar em tempo integral em seu escritório de ex-chanceler, muitos apontaram rapidamente que trata-se de uma equipe formidável para alguém que planeja ficar deitada no sofá lendo livros.

“Gostaria, nessa fase seguinte da vida, de pensar muito cuidadosamente no que quero fazer”, afirmou em setembro.

“Quero escrever? Quero dar palestras? Quero vaguear por aí? Quero ficar em casa? Quero viajar o mundo?”, afirmou Merkel. “Por esse motivo, decidi que primeiro não vou fazer nada — e verei o que acontece. Acho essa ideia realmente fascinante.” / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

Pós-Merkel
Quem é Olaf Scholz, que está a caminho de ser o próximo chanceler da Alemanha
Por
Gazeta do Povo

Com raízes socialistas na juventude, Scholz foi se tornando menos radical ao longo dos anos e ganhou fama de pragmático e austero| Foto: EFE/EPA/CLEMENS BILAN

Com o anúncio, nesta quarta-feira (24), do acordo da coalizão de três partidos que deve governar a Alemanha pelos próximos quatro anos – formada pelos partidos Social Democrata (SPD), Verde e Democrático Liberal (FDP) -, o mundo passa a conhecer melhor um nome que já é familiar aos alemães há décadas e que deve encerrar a era Angela Merkel: Olaf Scholz deve ser o novo chanceler do país.

Scholz, de 63 anos, nascido em Osnabruque, na Baixa Saxônia, cresceu em Hamburgo, cidade da qual foi prefeito na década passada. Em 1975, quando ainda estava no ensino médio, ingressou no SPD. Como advogado trabalhista, defendeu operários.

Com raízes socialistas na juventude, foi se tornando menos radical ao longo dos anos e ganhou fama de pragmático e austero e o apelido de “Scholz-o-mat” (algo como “Scholz-automático”), porque seria mais “robô” do que humano. Como secretário-geral do SPD durante a gestão de Gerhard Schröder (1998-2005), defendeu reformas sociais e trabalhistas criticadas pela ala mais à esquerda do partido.

Prefeito de Hamburgo entre 2011 e 2018, Scholz depois se tornou vice-chanceler e ministro das Finanças na coalizão entre o SPD e a aliança União Democrata-Cristã/União Social-Cristã (CDU/CSU) de Merkel, chamada de “grande coalizão”. Foi o responsável pelo pacote de auxílio durante a pandemia na Alemanha e também atuou para a elaboração do fundo de recuperação da União Europeia (UE).

Em setembro, o SPD de Scholz venceu as eleições parlamentares alemãs com 25,7% dos votos, uma margem estreita sobre a CDU/CSU de Merkel, liderada por Armin Laschet, que obteve 24,1% dos votos.

Além da capacidade de adaptação, Scholz é conhecido pelo perfil discreto – o que faz muitos analistas enxergarem uma continuidade do estilo de Merkel à frente do Executivo alemão.

“Ele é como um jogador de futebol que estudou os vídeos de outro jogador e mudou seu estilo de jogo”, disse o analista político Robin Alexander, ao The New York Times. “Desde temperamento e estilo político até a expressão facial, Scholz agora ‘canaliza’ Merkel. Se Scholz fosse uma mulher, ele usaria terninhos.”

Para Andreas Kluth, colunista da Bloomberg, o poder de adaptação e conciliação de Scholz terá agora seu maior teste, não só pela importância do cargo que será assumido pelo ex-prefeito de Hamburgo, mas porque a coalização que irá governar a Alemanha “será um experimento” para o país.

“Pela primeira vez no nível federal, os social-democratas – que produziram apenas três dos oito chanceleres da Alemanha do pós-guerra – governarão tanto com os ambientalistas verdes quanto com os democratas liberais pró-mercado. Os sociais-democratas descendem do marxismo do século 19, os verdes da contracultura dos anos 1970 e os democratas liberais, na sua encarnação atual, do neoliberalismo. Fazer com que este trio cante afinado não será fácil”, alertou.

Este mês, durante as viagens de Luiz Inácio Lula da Silva pela Europa, Scholz se encontrou com o ex-presidente brasileiro em Berlim. O alemão deu RT a uma mensagem de Lula no Twitter falando da conversa e acrescentou um recado ao petista: “Estou muito satisfeito com nossas boas discussões e espero continuar nosso diálogo!”.


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EVITE INGERIR MUITA GORDURA NO FINAL DE ANO

 

 Eric Naegeli –    Nutricionista da Mix Nutri

Final de ano é época de confraternizações, Natal, réveillon, férias, muita comida e bebida! Mesmo quem é regrado o ano inteiro com a alimentação, não resiste à tentação e acaba se deixando levar pelas deliciosas iguarias, sem sequer pensar nas consequências. E aí que mora o perigo.

Um estudo da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, apontou que bactérias presentes em nosso sistema digestivo sofrem um impacto quando ingerimos alimentos ricos em gordura, por exemplo, e que a proporção entre bactérias benéficas e microrganismos prejudiciais pode ser alterada pela má alimentação.

“Daí a importância com os cuidados, que podem evitar não só o excesso de calorias ingeridas, mas também problemas gastrointestinais”, afirma o nutricionista Eric Naegeli, especialista em Tecnologia de Alimentos e Suplementação, e coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da Mix Nutri, indústria de alimentos funcionais e suplementos alimentares.

Segundo ele, os abusos podem causar até quadros mais graves de descompensações metabólicas, com elevação das taxas de glicose, colesterol, triglicérides e ácido úrico, aumento da pressão arterial ou ainda arritmias cardíacas pelos excessos de refrigerante; formação de cálculos renais e acidentes com o uso excessivo de álcool. O excesso de açúcar e sal pode também precipitar quadros de labirintites e tonturas, causando edema e elevação da pressão arterial.

A dica é tentar o equilíbrio, não se privando do prazer de comer e beber, mas com bom senso. Confira as dicas do nutricionista Eric Naegeli:

Seja seletivo e criativo nos pratos

Quem não gosta de um salgado? Esse é o tipo de item que está sempre presente em festas. Opte pelos assados, como empanadas, pães de forno, esfihas, empadas, quiches, entre outros. “Mesmo sendo calóricos, são mais saudáveis do que os salgados fritos, como coxinhas, quibes, croquetes, bolinhas de queijo, risoles, entre outros”.

No caso de sanduíches, é possível preparar desde o básico lanche de peito de peru, até optar por outros ingredientes, como alface, tomate, milho, cenoura picada, frango desfiado e queijo branco. Dê preferência ao pão light ou ao integral, rico em fibras. Evite usar molhos, maionese ou manteiga. Utilize outros ingredientes para realçar o sabor, como ervas e especiarias.

Nas ceias, dê uma volta na mesa antes de se servir e seja seletivo. Escolha poucos itens e coloque porções pequenas no prato. Se possível, tente equilibrar carboidratos com proteínas. Uma boa dica é começar com um farto prato de salada, que ocupará parte do estômago e induzirá maior saciedade. “Além disso, coma devagar. Existe um lapso entre a entrada do alimento no estômago e a comunicação com o cérebro. Comendo lentamente, aumentamos a sinalização de saciedade e, por consequência, ingerimos menos comida”, explica Eric Naegeli.

Segundo ele, outra questão é o excesso no consumo de comidas com alto índice de gordura e açúcar. “Quando o organismo não dá conta de processar altas quantidades dessas substâncias, pode ocorrer a chamada diarreia hiperosmolar. Trata-se de uma tentativa do corpo de rejeitar os alimentos ingeridos por incapacidade de digestão. Nesse quadro, a contração intestinal é estimulada pelo próprio organismo (em um movimento chamado peristalse), e sintomas como vômitos também podem se manifestar”.

Beba com responsabilidade

Bebida alcoólica nas festas de final de ano é praticamente uma tradição, até mesmo para quem não tem costume de beber. Dê preferência ao gim e ao saquê, que são menos calóricos. Se você não resiste a um bom vinho, escolha os mais secos. Se for de cerveja, prefira as de baixas calorias ou até sem álcool. “Em 100 ml, a cerveja sem álcool tem 24 calorias, enquanto que a alcoólica contém 43 calorias”, aponta Eric.

Mas, independentemente da sua opção, o álcool em excesso pode causar irritação da mucosa do estômago e esôfago, favorecendo gastrites e esofagites, úlceras e, eventualmente, sangramento digestivo. Além disso, pode acarretar hipoglicemia em razão do álcool diminuir as reservas de açúcar do fígado.

Uma alternativa é intercalar a bebida com água, já que o álcool favorece a desidratação do organismo por inibir o hormônio antidiurético, responsável por reter água no corpo.

“Se você tem o hábito de comer cereais, legumes, frutas e verduras; consome água com frequência; e pratica atividade física regular, não se prive de comer alguns alimentos que não estão na sua rotina. Apenas use o bom senso e tenha moderação. Assim, você não fica na vontade e nem prejudica sua saúde”, finaliza o nutricionista da Mix Nutri, Eric Naegeli.

HOMEM COM BOMBAS MORRE AO ATACAR O STF

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