Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra da Infância e Adolescência na Escola Paulista de Medicina UNIFESP
A intoxicação ou o envenenamento é a quinta maior causa de internação por motivos acidentais entre crianças com idade de zero a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, em 2019, 3.876 meninos e meninas dessa faixa etária foram hospitalizados por esse motivo.
Segundo a Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra da Infância e Adolescência na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), crianças pequenas são intoxicadas, em geral, por produtos que temos na nossa própria casa. Pode ser medicamentos, produtos de limpeza, cosméticos, inseticidas, tintas, solventes, entre outros.
“Colocar coisas na boca e experimentar seu gosto é o modo como crianças pequenas exploram o ambiente. Isso ocorre em um rápido momento de distração dos adultos. Em média, 30% dos óbitos acontecem nos meses de janeiro, julho e dezembro, quando o risco de acidentes domésticos aumenta, incluindo a intoxicação exógena”, alerta a psiquiatra.
De acordo com ela, a maioria das intoxicações em crianças pode ser tratada, se for dado atendimento imediato. “Se achar que seu filho ingeriu algo tóxico, fique atento aos seguintes sinais e sintomas: manchas estranhas na roupa da criança, queimaduras nos lábios ou na boca, salivação excessiva ou hálito com odor forte, náuseas ou vômitos de início súbito e sem explicação, dor abdominal sem febre, dificuldade para respirar, alterações súbitas de comportamento (sono, irritabilidade ou excitação). Em casos mais sérios, pode haver até convulsões ou perda de consciência”, explica Danielle Admoni.
Saiba como agir nas situações abaixo:
Substâncias ingeridas
Tire a substância de perto da criança. Se ainda tiver um pouco na boca, faça com que ela cuspa. Guarde esse material, embalagens, rótulos, bulas ou qualquer outra coisa que possa ajudar na identificação da substância. Cheque os seguintes sinais: dor de garganta importante, salivação excessiva, dificuldade respiratória, convulsões, tontura ou sonolência excessiva. Na dúvida, nunca provoque vômito. “Se a substância for muito ácida ou muito básica, provocar o vômito pode causar piora e nova queimadura das mucosas”.
O ideal, segundo a psiquiatra, é levar a criança ao pronto-socorro mais próximo, chamar o SAMU (192) ou o Disque-Intoxicação (0800-722-6001). A ligação é gratuita e o atendimento é oferecido em quase todo o território nacional. “Ao ligar, tenha em mãos os seguintes dados: o nome da criança, idade e peso, e eventuais doenças ou medicações que esteja em uso; o nome da substância ingerida, e as informações contidas no rótulo; a hora que ingeriu e a quantidade engolida estimada”, orienta Danielle.
No pronto-socorro, o tratamento se baseia em quatro itens principais: diminuir a exposição do organismo ao tóxico, promover a eliminação do tóxico já absorvido, uso de antídotos e, por fim, medidas gerais e de suporte. “Muitas vezes, é necessário realizar exames e permanecer em observação por 6 a 12 horas”.
Contato com a pele
Se a criança derrubar alguma substância perigosa no corpo, tire toda a roupa e lave-a com água fria, até retirar ao máximo todo o produto. Se houver queimadura e esta for leve (aspecto avermelhado) e não surgir bolhas, use compressas frias periodicamente para aliviar a dor. Pode colocar vaselina líquida para hidratar e, se necessário, ministrar analgésico. Jamais aplique qualquer tipo de pomada na queimadura.
Contato com os olhos
Lave bem os olhos, com água corrente. Para crianças pequenas, pode ser necessário um outro adulto para segurá-la. Lave abundantemente e ligue para o Centro de Intoxicações para receber orientações. Não pingue colírios ou qualquer outra substância no olho.
Prevenção
‘’Cerca de 90% dos acidentes domésticos poderiam ter sido evitados com medidas de prevenção. Por isso, é fundamental orientar as famílias sobre o assunto’’, diz Danielle Admoni. Além de manter medicamentos e produtos tóxicos trancados e fora do alcance das crianças, ela cita outras orientações:
– Não tome medicamentos na frente de crianças, pois elas gostam de imitar os adultos
– Não chame medicamentos de “balinha”, ou ‘’docinho’’ só para que ela aceite tomar
– Cheque o rótulo e a dosagem prescritos, principalmente na madrugada, e com uma luz acesa
– Nunca mude a embalagem de um produto, colocando substâncias tóxicas em garrafas de refrigerante ou latas de alimentos
– Dê preferência a embalagens de medicamentos que tenham tampas de segurança
– Não permaneça com o motor do carro ligado em uma garagem fechada. Ao sentir cheiro de gás, desligue imediatamente e chame a companhia de gás
– Não ofereça embalagens ou frascos contendo medicamentos para uma criança brincar. Afinal, remédio não é brinquedo
– Deixe o telefone do SAMU e do Centro de Intoxicações sempre em local de fácil acesso, inclusive para babás ou outros cuidadores da criança.
“Redobre a atenção em visitas a amigos e parentes que não tenham crianças. Provavelmente, o local não terá os mesmos cuidados que sua casa”, finaliza Danielle Admoni.
Empreendedorismo significa empreender, resolver um problema ou situação complicada. É um termo usado no setor empresarial e muitas vezes está relacionado com a criação de empresas ou produtos novos.
Empreender é também saber identificar oportunidades e transformá-las em um negócio lucrativo. Quando um empreendedor percebe uma necessidade dos consumidores, ele consegue criar uma maneira de resolver o problema, oferecendo um produto ou serviço que dê uma experiência de mais qualidade ao cliente (agrega valor). Essa solução pode ser transformada em um negócio.
O conceito de empreendedorismo foi usado inicialmente pelo economista austríaco Joseph Alois Schumpeter (1883-1945). Em 1942, ele publicou a Teoria da Destruição Criativa no livro Capitalismo, Socialismo e Democracia. A teoria explica o empreendedorismo (criação de produtos, serviços ou empresas inovadoras) como uma resposta a uma necessidade do consumidor percebida pelo empreendedor.
Qual a importância do empreendedorismo?
O empreendedorismo é essencial nas sociedades, pois é através dele que as empresas buscam inovação, transformando conhecimentos e ideias em novos produtos que serão colocados no mercado.
A criação de empreendimentos contribui para a economia do país porque gera riquezas, aumenta a circulação econômica e cria mais oportunidades de empregos.
Também pode influenciar a melhora da qualidade dos produtos ou serviços que são oferecidos aos consumidores, por meio do aumento da concorrência entre empresas que oferecem serviços parecidos.
O empreendedorismo também ganhou uma nova missão social: ajudar a preservar o meio ambiente. Isso pode acontecer tanto pela conscientização dos consumidores sobre hábitos de consumo sustentáveis, como pela criação de produtos ecológicos, direcionados à preservação dos recursos naturais.
Quais são os 6 tipos principais de empreendedorismo?
1. Empreendedorismo corporativo
O empreendedorismo corporativo (ou intraempreendedorismo) acontece quando um funcionário empreende dentro da empresa em que trabalha. Mesmo sem ser o dono, o funcionário tem características de um empreendedor e consegue aplicar essa visão na empresa.
Os funcionários podem usar sua visão empreendedora para ajudar no crescimento do negócio, apresentando ideias ou soluções criativas que ajudem a melhorar um produto ou algum processo da empresa.
Senso crítico, criatividade, visão inovadora, boa comunicação, dedicação e liderança são algumas qualidades de um empreendedor corporativo.
Algumas vantagens do empreendedorismo corporativo podem ser:
ganho em agilidade e produtividade na empresa;
melhora da comunicação interna entre os funcionários;
correção em falhas de processos da empresa;
diminuição de custos de manutenção e de burocracias.
Além de ajudar no crescimento da empresa, o funcionário empreendedor também pode valorizar sua própria carreira, já que suas as ações empreendedoras podem ser reconhecidas por seus superiores.
2. Empreendedorismo de pequenos negócios
É o empreendedorismo das pequenas empresas (familiares, individuais ou com poucos funcionários). É comum que sejam empreendimentos locais que vendam bens ou serviços comuns.
A expansão do negócio não é foco principal desse tipo de empreendimento. Seus objetivos principais são a fidelização e a criação de uma relação próxima com os clientes habituais, para garantir seu lugar no mercado.
Essas empresas atendem necessidades simples e diárias do comércio local e participam ativamente da circulação da economia na região.
Podem funcionar no formato de pequenos negócios (como padarias, mercearias e salões de cabeleireiro) ou de empresas que oferecem serviços individuais (como costura, marcenaria ou limpeza).
Os tipos mais comuns de empresas de pequenos negócios são:
empresa de pequeno porte (EPP);
microempresa (ME);
microempreendedor individual (MEI).
3. Empreendedorismo startup
O empreendedorismo startup é o tipo de empreendimento que cria um novo tipo de negócio. Normalmente, a ideia desse tipo de empresa nasce quando o empreendedor percebe que existe uma necessidade que não é atendida no mercado.
Para atender essa demanda, o empreendedor cria um modelo de negócio com características inovadoras, ele cria soluções diferentes das que já existem no mercado.
As startups podem atuar em qualquer área de venda de serviços ou produtos, e se caracterizam pela inovação e criatividade na criação dos seus produtos.
A inovação tecnológica é uma grande aliada de empreendimentos desse tipo e pode ajudar a startup a conquistar clientes, oferecendo serviços que se ajustem à necessidade dos seus clientes.
Alguns exemplos de empreendimentos startup são:
Uber: aplicativo de compartilhamento de transporte;
Airbnb: plataforma de aluguel de casas e quartos;
99 Táxi: aplicativo que conecta usuários e taxistas;
Ifood: aplicativo de entrega de comida.
4. Empreendedorismo social
O empreendedorismo social é direcionado a causar um impacto positivo na sociedade. Esse tipo de empreendimento oferece soluções para melhorar a sociedade, deixando o objetivo de lucro em segundo plano.
O empreendedor que decide trabalhar nessa área tem a responsabilidade social como a base do negócio, é da vontade de ajudar a sociedade que nasce motivação para empreender. Pode atuar em vários setores, como proteção ao meio ambiente, educação, serviços sociais ou atividades culturais.
Apesar de não ser o foco principal do empreendimento, a preocupação com o lucro não deixa de existir, porque ele é importante para a manutenção do negócio.
Um exemplo são as organizações sem fins lucrativos (ONGs), que ajudam, defendem direitos ou conscientizam os cidadãos sobre alguma causa social importante.
São exemplos de empreendedorismo social:
Associação Curso Vencedor: empresa criada por alunos do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) que oferece curso pré-vestibular para estudantes carentes;
Saúde Criança: entidade que atende crianças em situação de vulnerabilidade, com acompanhamento médico e educacional;
Ecodom: empresa que constrói casas populares a partir de plástico e cartão reciclado.
5. Empreendedorismo digital
O empreendedorismo digital aproveita as facilidades da tecnologia para oferecer produtos ou serviços, é a aplicação da tecnologia digital para facilitar as atividades empresariais.
Essas empresas já “nascem na internet”, os negócios são mantidos online, e muitos dos seus processos (como negociação e vendas) acontecem digitalmente.
Assim como acontece em outros empreendimentos, para começar no empreendedorismo digital é importante escolher um nicho de mercado (área de atuação da empresa) e decidir quais produtos ou serviços serão oferecidos aos clientes.
A escolha é importante para definir qual o público-alvo e garantir mais chances de se tornar uma autoridade na área escolhida.
Também é preciso planejar ações de vendas, escolher a melhor plataforma digital para o negócio, investir em estratégias de marketing digital e divulgação nas redes sociais, para atingir clientes e engajar seguidores.
Algumas vantagens do empreendedorismo digital são:
baixo investimento inicial;
possibilidade de retorno financeiro mais rápido;
a estrutura física da empresa pode ser reduzida;
mais visibilidade do negócio e mais facilidade de conseguir clientes;
possibilidade de trabalho remoto;
custos de manutenção reduzidos.
São exemplos de empresas que seguiram o modelo de empreendedorismo digital:
Amazon: site de comércio eletrônico, que oferece produtos variados;
Coursera: empresa que oferece cursos e formações online;
Netflix: plataforma de exibição de filmes e séries;
Ebay: site de compras e leilões virtuais;
Youtube: plataforma de compartilhamento de vídeos.
6. Empreendedorismo sustentável
No empreendedorismo sustentável (ou verde) as empresas se preocupam com a sustentabilidade e a proteção ao meio ambiente.
As empresas sustentáveis oferecem serviços ou produtos voltados à proteção do meio ambiente, e também podem atuar na conscientização da importância de adotarmos medidas sustentáveis. Produtos ecológicos e mais duráveis estão entre os mais populares no empreendedorismo sustentável.
Os empreendimentos desse tipo aplicam medidas sustentáveis no dia a dia, como:
uso consciente e econômico de água e eletricidade;
redução do uso de materiais em plástico;
separação de lixo orgânico e lixo reciclável;
reaproveitamento de embalagens e papéis;
uso ou doação das sobras de matéria-prima para evitar o desperdício;
conscientização dos funcionários e consumidores sobre a importância das medidas de sustentabilidade.
São exemplos de empreendedorismo sustentável:
Boomera: empresa que faz reciclagem de produtos difíceis (como fraldas descartáveis) em parceria com cooperativas de catadores de lixo;
Loop: aplicativo que conecta usuários para compartilhar bicicletas;
Revoada: empresa de moda que cria produtos a partir de sobras de tecidos de guarda-chuva e câmaras de pneus.
Diferença entre empreendedorismo por necessidade e por oportunidade
Esses dois tipos de empreendedorismo representam o motivo que leva uma pessoa a empreender.
No empreendedorismo por necessidade, a ideia de um novo negócio nasce da falta de outras oportunidades.
Acontece, por exemplo, quando uma pessoa está desempregada e opta por criar um negócio para ter uma fonte de renda que possa garantir o seu sustento.
Já no empreendedorismo por oportunidade, o empreendedor cria um negócio porque percebe uma necessidade no mercado. Ele vê nessa necessidade a chance de criar seu próprio empreendimento.
Por exemplo: um empreendedor percebe que uma falha nos serviços de entrega de comida e cria um sistema que garante a cobertura de toda a área de entrega de uma região.
O que é ser um empreendedor?
Empreendedores são as pessoas que fazem o empreendedorismo acontecer, quando percebem uma oportunidade de negócio e têm boas ideias para criar uma empresa e oferecer um produto ou serviço de interesse do consumidor.
São conhecidos por serem pessoas que conseguem detectar oportunidades, com boa visão do futuro e com coragem para testar ideias diferentes.
10 características importantes de um empreendedor
capacidade de liderança e bom relacionamento com a sua equipe;
rapidez de raciocínio e facilidade para tomar decisões;
ter visão a longo prazo e não esperar por resultados imediatos;
criar ideias inovadoras;
saber unir criatividade (ideias novas) e praticidade (realizar ideias);
construir boas relações profissionais, saber fazer networking;
capacidade de motivação, para si mesmo e para a equipe;
habilidade para fazer planejamentos;
buscar sempre a melhora da qualidade do seu produto ou serviço;
ser flexível para adaptar seus planos à realidade.
Como a inovação ajuda no empreendedorismo?
O empreendedorismo é ligado à inovação, a capacidade de usar a criatividade para criar soluções novas. Mas, inovar não é necessariamente criar um produto ou serviço. Inovar pode ser encontrar uma forma diferente ou criativa de oferecer os serviços da empresa para ganhar a atenção dos consumidores.
Essa característica pode ser decisiva para um empreendimento ter destaque em um mercado concorrido, ao oferecer soluções mais atrativas que a concorrência.
A inovação requer do empreendedor a habilidade de perceber as necessidades do mercado e dos clientes, e se planejar para oferecer seus serviços de modo que atendam os interesses do seu público-alvo, ao mesmo tempo que se destaquem no mercado.
A inovação pode ser eficiente para:
criar produtos ou serviços;
ter métodos de produção mais eficazes;
conquistar novos clientes;
criar formas simplificadas de organização;
gerar mais publicidade;
melhorar o atendimento ao cliente.
Referências bibliográficas:
BAGGIO, Adelar Francisco; BAGGIO, Daniel Knebel. Empreendedorismo: conceitos e definições. Revista de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 1(1) p.25-38, 2014.
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo, Editora Saraiva, 2007.
SALIM, Cesar Simões; SILVA, Nelson Caldas. Introdução ao empreendedorismo. São Paulo: Elsevier Editora, 2010.
A Startup ValeOn um marketplace que tem um site que é uma Plataforma Comercial e também uma nova empresa da região do Vale do Aço que tem um forte relacionamento com a tecnologia.
Nossa Startup caracteriza por ser um negócio com ideias muito inovadoras e grande disposição para inovar e satisfazer as necessidades do mercado.
Nos destacamos nas formas de atendimento, na precificação ou até no modo como o serviço é entregue, a nossa startup busca fugir do que o mercado já oferece para se destacar ainda mais.
Muitos acreditam que desenvolver um projeto de inovação demanda uma ideia 100% nova no mercado. É preciso desmistificar esse conceito, pois a inovação pode ser reconhecida em outros aspectos importantes como a concepção ou melhoria de um produto, a agregação de novas funcionalidades ou características a um produto já existente, ou até mesmo, um processo que implique em melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade ao negócio.
A inovação é a palavra-chave da nossa startup. Nossa empresa busca oferecer soluções criativas para demandas que sempre existiram, mas não eram aproveitadas pelo mercado.
Nossa startup procura resolver problemas e oferecer serviços inovadores no mercado.
O governo não consegue sequer baixar uma portaria lembrando que o cidadão tem o direito legal de não ser demitido do emprego caso se recuse a tomar vacina O problema é que no Brasil de hoje não existe governo nenhum no alto da árvore. Quem tem a obrigação legal, política e moral de governar não está governando – ou, muito pior ainda, um dos Três Poderes está impedindo ativamente os outros dois de governarem, com a ilusão de que governa tudo; no fim das contas, acaba sem governar nada, pois o que governa é apenas a desordem. Não há mais uma Constituição em vigor; ela é desrespeitada, caso após caso, pelo Supremo Tribunal Federal. Não há segurança jurídica, pois cidadãos e empresas não sabem, simplesmente, se a lei de hoje é a mesma de ontem, e se vai estar valendo amanhã. Ninguém sabe, também, se quando o Congresso aprova algum projeto é à ganha ou é à brinca. Juízes, procuradores e outros barões da Justiça, que dão a si próprios salários de R$ 80 mil por mês, ou mais, paralisam quando bem entendem a administração pública. Decisões econômicas cruciais não podem ser tomadas. A lei diz que não pode haver presos políticos no Brasil; há presos políticos no Brasil. A lei garante a liberdade de expressão; as pessoas são punidas por expressarem suas opiniões. Investiga-se, julga-se e pune-se crimes que não existem no Código Penal Brasileiro, como o de “desinformação”, ou o de fake news. Não há mais independência de poderes; o Congresso e o Executivo nunca sabem, nunca mesmo, se as suas decisões vão valer ou não. Se isso não é desordem, então o que é? O Executivo, com certeza, não manda nada. Mandar como, se as suas decisões mais simples são abertamente desrespeitadas? O governo não consegue sequer baixar uma portaria. O presidente Jair Bolsonaro quis nomear, como é seu direito legal, um diretor para a Polícia Federal; o STF proibiu, mandou nomear outro e foi obedecido. A cada cinco minutos o mesmo presidente recebe de algum dos dez ministros do Supremo um prazo de “cinco dias”, ou coisa que o valha, para “explicar” porque fez isso ou aquilo. Uma entidade pública legalmente vinculada ao governo federal, a Fundação Palmares, está proibida de demitir qualquer funcionário, por qualquer motivo que seja – um caso provavelmente único no mundo. O governo não consegue levar uma linha de transmissão de energia elétrica para um Estado inteiro, o de Roraima, porque meia dúzia de índios e o Ministério Público não deixam. Não consegue, da mesma forma, construir uma ferrovia estratégica para o interesse público, porque seu traçado passa em menos de 0,1% de uma “floresta nacional” – nem executar o seu projeto de “escola sem partido”, para limpar um pouco os currículos escolares da sua carga política e ideológica de esquerda. A administração federal está infestada por milhares de nomeações políticas feitas nos governos de Lula e Dilma Rousseff; os beneficiados não se subordinam aos seus superiores hierárquicos, mas à orientação do PT e de seus partidos auxiliares. O governo foi proibido de bloquear verbas de Goiás retidas por falta de pagamento das dívidas estaduais; a mesma coisa aconteceu com a Bahia. Durante a Covid, especialmente, o Supremo deitou e rolou em cima da Presidência – a começar pela mais extraordinária decisão de todas, a que criou 6.000 repúblicas dentro do país, ao dar às “autoridades locais” independência quase absoluta para cuidar da epidemia. (Por causa disso, até hoje, dois anos letivos depois, há prefeitos que mantêm fechadas as escolas municipais.) Não há nada que o STF tenha deixado de fazer para combater o governo. Bolsonaro foi intimado a “explicar”, em tantos dias, o decreto que facilitava o porte de armas, o corte de 30% nas verbas das universidades federais e o “Programa Verde Amarelo”. Exigiram, da mesma forma, que ele “explicasse” declarações que fez a respeito do pai do advogado Filipe Santa Cruz, presidente da OAB e destaque no atual palanque da oposição, sobre a ex-presidente Dilma Rousseff e sobre o jornalista americano Glenn Greenwald. Bolsonaro foi proibido de extinguir os “conselhos federais”, dinossauros burocráticos que prosperam sem controle de ninguém em Brasília. A medida que transferiu a demarcação de terras indígenas da Funai para o Ministério da Agricultura, um passo mínimo para enfrentar as fraudes na área, foi suspensa. Também foi cancelada a decisão de dispensar as empresas da obrigação de publicarem seus balanços em veículos de “grande circulação”. Foi anulada, também, a extinção do “seguro obrigatório” para carros, o infame DPVAT. Enfim, são três anos inteiros da filosofia do “se é coisa do governo, então eu sou contra” – especialmente quando a “coisa do governo” é mexer em interesses materiais dos amigos do STF. Ao todo, segundo uma lista que circulou no Palácio do Planalto, os ministros tomaram, de 2019 para cá, 123 decisões diretamente contra o governo. Dá quase uma por semana. Faz algum sentido um negócio desses? Com o Congresso o desastre é o mesmo. Até outro dia, numa aberração que jamais será explicada, a Câmara de Deputados do Brasil era a única casa parlamentar do planeta a aceitar que um dos seus membros, em pleno exercício do mandato, estivesse na prisão – ficou preso nove meses, aliás, por decisão pessoal de um ministro do STF. Foi um momento realmente extraordinário. O deputado não foi cassado em nenhum momento pelo plenário da Câmara. Recebeu todos os seus salários e vantagens. Seu suplente não assumiu. Com o mandato válido, poderia perfeitamente ter votado – mas não podia comparecer às sessões porque estava na cadeia, e não foi permitido, também, que ele votasse um esquema de home-xadrez, ou de teletornozeleira. Durante toda a sua prisão, os 513 deputados federais da República aceitaram como coelhos assustados o ministro Alexandre Moraes mandando chover e fazer sol; se tivesse decidido que o deputado Daniel Silveira ficaria preso pelo resto da vida, ninguém iria fazer nada. Que autoridade pode ter um Congresso desses? O trabalho do STF não é mais aplicar a Constituição, mas decidir como o país tem de se comportar, da publicação de anúncios de sociedades anônimas até a venda de seguros de carro, em nome do superior bem de “todos” – isso quando não estão ocupados em decidir o que é a verdade e enfiar gente na cadeia por fake news e atos contra o seu estilo de democracia. O grande problema para o Brasil, nessa salada, é que o STF não deixa o governo e o Congresso governarem, mas também não consegue, ele próprio, governar o que quer que seja – cria a baderna jurídica, política e administrativa na sociedade, e fica flutuando acima dela, impotente para gerir problemas da vida real e sem responsabilidade pelas ruínas que cria. Os ministros têm uma capacidade praticamente ilimitada para fazer o mal, mas quase nenhum repertório para fazer o bem; o resultado é isso que se vê aí. Cada vez mais, os ministros se comportam – quase sem exceções – como o chefe que grita nas reuniões e acha que está impondo respeito, quando está apenas demonstrando falta de controle sobre si mesmo.
“Essas coisas não acontecem só em Cuba, mas no mundo inteiro. A polícia bate em muita gente, é violenta”, disse o petista| Foto: Joédson Alves/EFE
Quando o Partido dos Trabalhadores exaltou a vitória nada limpa do ditador Daniel Ortega na mais recente farsa eleitoral da Nicarágua, a repercussão foi tão negativa que a cúpula do partido resolveu tirar a nota do ar, alegando que o texto “não foi submetido à direção partidária”. Mas Lula acaba de demonstrar que o amor do petismo pelos regimes ditatoriais é muito mais forte que qualquer tentativa de parecer comedido às vésperas de uma eleição presidencial. Em entrevista ao jornal El País, Lula, em uma tacada só, defendeu as ditaduras cubana, venezuelana e nicaraguense, usando comparações que ofendem a inteligência de qualquer um que tenha a mínima noção do que se passa nestes países.
“Por que Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder, e Daniel Ortega não? Por que Margaret Thatcher pode ficar 12 anos no poder, e Chávez não? Por que Felipe González pode ficar 14 anos no poder?”, questionou Lula na entrevista. Como seria ingenuidade demais crer que o ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado petista não saiba a diferença entre regimes presidencialistas (com suas limitações de mandatos) e parlamentaristas (caso da Alemanha, do Reino Unido e da Espanha), sobra apenas a intenção descarada de confundir os leitores. Especialmente irônica é a comparação entre Ortega e Merkel, pois a chanceler alemã está deixando voluntariamente o poder, enquanto o ditador nicaraguense se apega a ele a qualquer custo (Thatcher renunciou à liderança de seu partido em 1990; González foi derrotado pela oposição em 1996).
É este Lula, fiel escudeiro de regimes carniceiros latino-americanos, que se apresentará ao eleitor brasileiro em 2022 posando de representante da “democracia”
Além disso, não há o menor indício de que Merkel, Thatcher e González tenham recorrido a alterações constitucionais casuístas, à repressão violenta de opositores e à fraude eleitoral pura e simples para se manterem no poder. E aqui temos a resposta a Lula: o trio de primeiros-ministros longevos conquistou mandatos dentro da regra do jogo político de seus países, respeitando todas as liberdades democráticas, sem reprimir a oposição ou a imprensa, sem aparelhar Legislativos e Judiciários. Já os ditadores amados por Lula só se garantem no poder à base de muita coerção, violência, prisões políticas, fraude, subserviência dos demais poderes e supressão de direitos. Ortega, Chávez, Maduro e Evo Morales (para incluir também dois autocratas amados por Lula, mas não mencionados na entrevista) são a antítese de Merkel, Thatcher e González.
Como não poderia deixar de ser, Lula também fez a defesa da mais nefasta e assassina das ditaduras latino-americanas, e a mais adorada pelo petismo. Em nova comparação esdrúxula, o ex-presidente comparou a repressão do regime cubano aos protestos pedindo liberdade à ação de polícias mundo afora que ocasionalmente reagem com violência a manifestações. “Essas coisas não acontecem só em Cuba, mas no mundo inteiro. A polícia bate em muita gente, é violenta”, diz o petista. O que não “acontece no mundo inteiro”, e que Lula omite, é o fato de Cuba nem sequer tolerar manifestações de oposição, reagir com violência mesmo quando o ato é pacífico, prender dissidentes simplesmente por criticar o governo e chegar ao ponto de derrubar as conexões de internet para que imagens dos protestos não sejam divulgadas.
Madeleine Lacsko: Escolinha do PT: Daniel Ortega é democrata. Maduro também. Bolsonaro não Nos últimos dias, a lista de declarações antidemocráticas do petismo não se limita à defesa apaixonada do que há de pior na América Latina: Dilma Rousseff também se desmanchou em elogios à ditadura chinesa – aquela que destruiu a democracia em Hong Kong, promove o genocídio dos muçulmanos uigures e, mais recentemente, entrou na mira da comunidade esportiva internacional pela censura e desaparecimento de uma tenista após acusações de abuso sexual contra um ex-vice-primeiro-ministro do país. E o mesmo Lula, em seu passeio pela Europa, voltou a defender o controle (eufemisticamente chamado de “regulamentação” e “democratização”) da imprensa e, também, das mídias sociais.
Desta vez não há como o PT minimizar as frases claramente antidemocráticas de Lula e alegar que elas “não foram submetidas à direção partidária”, pois é a direção partidária que se submete a Lula; sua palavra é a lei suprema no petismo. É este Lula, fiel escudeiro de regimes carniceiros latino-americanos, que se apresentará ao eleitor brasileiro em 2022 posando de representante da “democracia”, contando com a ajuda de formadores de opinião mais comprometidos com a ideologia que com a verdade dos fatos. Lula não é um democrata, o PT não é democrata – e sua paixão por regimes autoritários é tanta que nem o pragmatismo eleitoral, que aconselharia moderação, consegue frear a ânsia petista de vir a público defender seus ditadores de estimação. Que ninguém se iluda: Lula não quer ser Merkel, Thatcher ou González; sua inspiração está em outro lugar.
Presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, falou sobre a alta no preço dos combustíveis em audiência no Senado| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, falou nesta terça-feira (23) na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para explicar por que o combustível está tão caro. Ele lembrou que a Petrobras não tem mais monopólio, não faz o preço sozinha e não tem como não depender do câmbio. E que há outras empresas envolvidas, inclusive na importação de diesel e gasolina.
Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden anunciou a liberação das reservas estratégicas de petróleo do país em caráter de emergência em um esforço para ver se baixa o preço dos combustíveis. Serão 50 milhões de barris de reserva. A ação ocorre junto com China, Índia, Japão, Reino Unido e Coreia do Sul para jogar no mercado. Houve um encolhimento da oferta e a demanda reprimida voltou à toda depois dos lockdowns por causa da Covid. E aí, a lei da oferta e da procura fez subir o preço.
Nos Estados Unidos, o preço do galão de 3,78 litros está em US$ 3,40. Cerca de R$ 5,15 por litro, a média nos Estados Unidos.
Virgílio fala em “desbolsonarizar” o PSDB E os tucanos continuam votando nas prévias. Eram para ser 8 horas de eleição no domingo (21), e agora vão fazer em oito dias. A votação digital não deu certo e está todo mundo com o pé atrás.
Interessante que o candidato Arthur Virgílio, junto com João Doria, fez uma declaração dizendo que é preciso “desbolsonarizar” o PSDB. Avisou todo mundo que o PSDB está “bolsonarizado”. Eles ficam citando o nome de Bolsonaro e aí ele não precisa nem gastar com propaganda. Mas é fácil de entender isso.
Você se lembra da votação em primeiro turno da PEC dos precatórios? Só seis da bancada dos tucanos na Câmara votaram contra o governo e outros 22 votaram a favor. E na segunda votação, 21 votaram a favor. Então conseguiram convocar os que não vieram para votar e deu 11 contra. Ah, e é bom lembrar que Doria e Eduardo Leite estava abraçados com Bolsonaro no segundo turno em 2018.
Desespero da CPI É incrível o desespero daquele G7 da CPI da Covid. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) entrou com um requerimento na Comissão de Direitos Humanos do Senado, que foi aprovado, convocando o procurador-geral da República, Augusto Aras, com o objetivo de intimidá-lo e saber por que ele ainda não indiciou Jair Bolsonaro e os outros sete acusados pela CPI. Claro, que o interesse maior da comissão é Bolsonaro.
O que é esquisito, porque na véspera, o ministro do STF Alexandre de Moraes havia derrubado uma tentativa de quebra de sigilo telemático do presidente alegando que a CPI extrapolou e não tem poderes para investigar o presidente da República. Isso é lei.
O texto ainda precisa ser submetido a uma comissão especial que será criada; Só depois poderá seguir para o plenário da Câmara e para o Senado
Vinícius Valfré/BRASÍLIA
Plenário da Câmara. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou nesta terça-feira, 23, uma proposta que antecipa de 75 para 70 anos o limite de idade para que ministros de tribunais superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF), ocupem os cargos. O texto ainda precisa ser submetido a uma comissão especial que será criada. Só depois poderá seguir para o plenário da Câmara e para o Senado.
Na prática, se promulgado, o novo texto poderá dar o direito de o presidente Jair Bolsonaro indicar dois novos ministros para as vagas de Rosa Weber e Ricardo Lewandowski, ambos com 73 anos. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada pela deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF), visa revogar a chamada PEC da Bengala, que estabeleceu o atual limite de idade, em 2015.
A proposta foi aprovada por 35 votos a 24. Nesta etapa da análise, os deputados não analisam o mérito. Verificam apenas se o texto cumpre requisitos legais. É o primeiro passo da tramitação na Câmara. A etapa seguinte será em uma comissão a ser criada especificamente para tratar do tema.
A aprovação, articulada por governistas, também contou com um movimento do presidente da Casa, deputado Arthur Lira (Progressistas-AL). Ele atrasou o início da ordem do dia para que a votação fosse feita. Quando é iniciada essa fase da sessão no plenário, os trabalhos das comissões precisam ser suspensos. A manobra garantiu a vitória governista na CCJ nesta terça.
A discussão durou mais de quatro horas. A oposição acusou a bancada governista de “casuísmo” por tentar abrir mais vagas no STF a serem preenchidas durante o governo Bolsonaro. A deputada Bia Kicis Após, autora da proposta, falou em “compromisso” de alterar o texto na comissão especial para incluir cláusulas que não afetem os atuais ministros. Alguns deputados também querem aproveitar a nova etapa para discutir a criação de mandatos para ministros da Suprema Corte.
Por se tratar de uma PEC, o texto não depende de sanção do presidente da República. Após aprovação na Câmara e no Senado, ele é promulgado e começa a valer imediatamente.
Também integrante da base bolsonarista, Carlos Jordy (PSL-RJ) afirmou que a ideia é “oxigenar” o STF e providenciar “mais um” instrumento de freios e de contrapesos para a República. “Onde já se viu um ministro do Supremo, que pode ser indicado a partir dos 35 anos e se aposentar da carreira de ministro com 75. É vitalício”, frisou.
Para a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), os governistas querem uma “vingança”. “É tentativa de ampliar para quatro as indicações do Bolsonaro, colocando mais conservadores ou pessoas vinculadas à ideologia da extrema direita na Suprema Corte”, afirmou.
Quando foi discutida, em 2015, a PEC da Bengala foi apresentada como estratégia de gerar economia aos cofres públicos, mantendo magistrados por mais tempo nas respectivas funções.
Integrantes da Secretaria Municipal de Urbanismo decidiram que a estátua, além de não ter licença, também é uma peça publicitária
André Jankavski, O Estado de S.Paulo
O touro dourado foi retirado da frente da B3, a Bolsa de valores de São Paulo, localizada no centro da capital paulista, após decisão da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), que é o órgão ligado à Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento de São Paulo.
Após uma reunião realizada nesta terça-feira, 23, os integrantes da comissão decidiram que a peça não tinha licença para estar lá e ainda tinha caráter de peça publicitária. A Bolsa ainda receberá uma multa por ter infringido os artigos 39 e 40 da Lei Cidade Limpa, já que os responsáveis não consultaram a CPPU para realizar a instalação.PUBLICIDADE
Em um encontro extraordinário, a CPPU decidiu por 5 votos a 4, além de uma abstenção, enviar a deliberação para a Suprefeitura da Sé para que a peça seja retirada.
Procurada, a Subprefeitura da Sé afirmou que ainda não recebeu a notificação para retirada e nem para calcular o valor da multa. Já a B3 afirmou que diante da decisão removerá a obra “no menor prazo possível, dada a necessidade de logística para a operação de retirada”.
O touro
O touro de ouro foi inaugurado no último dia 16 de novembro e tem como padrinho o empresário e influenciador digital Pablo Spyer, conhecido na internet como “Vai tourinho”, que é o seu bordão na internet. Spyer, que ocupou o cargo de diretor de importantes corretoras no Brasil, hoje é sócio da corretora XP na empresa que leva o nome do seu bordão.
Um dos pontos que o CPPU utilizou para dizer que a peça é publicitária é o vínculo que Pablo tem com o “touro de ouro”. Afinal, ele apresenta um programa com esse nome na rádio e na TV Jovem Pan. Procurado, Spyer não respondeu às mensagens. Mas, no Twitter, postou um vídeo com o momento da retirada do touro
A peça vem criando polêmica desde a sua inauguração. O touro é o símbolo do mercado financeiro em todo o mundo, pois simboliza os períodos de alta das bolsas já que o ataque dele é de baixo para cima. Do outro lado fica o urso, que ataca de cima para baixo, representando os períodos de queda dos ativos de renda variável.
A peça mais simbólica, o “Charging Bull” feito pelo artista ítaloamericano Arturo Di Modica, fica localizado em Nova York e fez com que diversos touros fossem espalhados pelo mundo.
Chuva de críticas
Mas a instalação do touro em frente à Bolsa em São Paulo não agradou movimentos sociais, que consideram o momento econômico inapropriado, já que o País está com a inflação e o desemprego em alta e é esperada uma recessão para o ano que vem. Com isso, o touro amanheceu diversos dias avariado com mensagens de reprovação ou lembrando da situação econômica, como a palavra “fome”.
Na cerimônia de inauguração da estátua, no dia 16, o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, afirmou que o touro, presente nos principais mercados financeiros do mundo, é um presente para a cidade de São Paulo e, em especial, para o centro, região que marca a história do mercado financeiro do Brasil.