segunda-feira, 8 de novembro de 2021

PORTARIA IMPEDE EXIGÊNCIA DE COMPROVANTE DE VACINA NAS EMPRESAS

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Comprovante de vacinação contra a Covid-19 no município do Rio de Janeiro com a vacina da Pfizer.

Portaria do Ministério do Trabalho que proíbe empresas de exigirem comprovante de vacinação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Um novo episódio da controvérsia sobre as possíveis punições a brasileiros que, por quaisquer motivos, recusem a vacina contra a Covid-19 foi disparado na véspera do feriado de Finados, quando o Ministério do Trabalho emitiu a Portaria 620, que considera discriminatória a dispensa por justa causa de empregados que não se vacinem. O texto foi alvo de inúmeros ataques tanto pelo seu conteúdo, considerado pelos críticos uma ameaça à saúde pública, quanto pela escolha da portaria como instrumento jurídico para se preservar a liberdade daqueles que não queiram se vacinar.

Que a vacina se mostrou uma ferramenta eficaz – a mais eficaz de todas – para apressar o fim da pandemia é muito evidente. À medida que a imunização avançou no Brasil, todos os indicadores da Covid retrocederam, permitindo que vários municípios e estados afrouxem medidas restritivas e permitam o retorno dos negócios a um funcionamento pleno. Tendo tudo isso em vista, uma empresa privada pode muito bem considerar que a vacinação de seus empregados seja essencial para reduzir riscos no ambiente de trabalho; por outro lado, é possível que haja colaboradores que rejeitem a vacina, por motivos os mais diversos. O que fazer neste caso?

Sob o pretexto de preservar a liberdade do trabalhador que não quer se vacinar, a portaria viola frontalmente outra liberdade, a do empregador que considera necessária a vacinação de seus empregados

É aqui que reside o grande equívoco da Portaria 620: sob o pretexto de preservar uma liberdade, a do trabalhador que não quer se vacinar, ela viola frontalmente outra liberdade: a do empregador que considera necessária a vacinação de seus empregados. Ela o faz quando inclui o certificado de vacinação na lista de “documentos discriminatórios” citada no parágrafo 1.º do artigo 1.º, tanto para a manutenção da relação de emprego quanto para a contratação de novos empregados, já que a “obrigatoriedade de certificado de vacinação” em processos seletivos também é considerada “prática discriminatória”; isso, na prática, impede as empresas de implantar todas as políticas de saúde que julgarem necessárias no combate ao coronavírus e para a proteção de suas equipes.

A confusão conceitual é tanta que o certificado de vacinação figura na relação de “documentos discriminatórios” ao lado de testes de gravidez ou atestados de esterilização. Assim, o texto mistura situações totalmente diferentes; afinal, o “status reprodutivo” de um trabalhador (ou, mais frequentemente, trabalhadora) diz respeito apenas a ele, e de fato é discriminatório condicionar a contratação ou manutenção de um empregado a um suposto compromisso de não ter filhos. A não vacinação é situação diversa e que merece outro tipo de tratamento, pois comporta um risco de saúde aos que compartilham do mesmo espaço de trabalho – esta lógica justifica, por exemplo, a exigência de atestados de vacinação para se realizar matrículas de crianças na rede escolar.


Uma crítica à política desumana do lockdown (artigo de Anderson Clayton Pires, publicado em 29 de outubro de 2021)
O que há de errado com os passaportes de vacina? (artigo de Luiz de Moraes, publicado em 28 de setembro de 2021)
E, ao errar no mérito, a portaria erra também na forma, pois portarias são uma orientação interna – por exemplo, a auditores do ministério que terão de decidir se autuam ou não determinada empresa. No entanto, todo o texto da Portaria 620 está redigido como dirigindo-se à sociedade, pretendendo implantar normas relativas a processos seletivos e dispensa de empregados, algo que só poderia ser feito por força de lei aprovada no Congresso Nacional.

Todos os equívocos, conceituais e formais, da Portaria 620, entretanto, não significam que não exista um problema real ocorrendo no Direito trabalhista, a respeito da legitimidade da dispensa por justa causa de trabalhadores que recusam a vacina. O Ministério Público do Trabalho defende essa possibilidade, e ao menos um Tribunal Regional do Trabalho, o de São Paulo, já manteve a justa causa em um caso de dispensa motivada por recusa a se vacinar. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) ainda não se debruçou sobre o tema, mas sua presidente, Maria Cristina Pedruzzi, afirmou em entrevista concordar que haveria motivo para a justa causa. A tese, no entanto, não se sustenta do ponto de vista jurídico.

A mesma liberdade que a empresa tem de desejar que todos os funcionários se imunizem também lhe permite dispensar os empregados que rejeitem a vacina – mas essa demissão não se dará por justa causa; a empresa fica obrigada a pagar todas as verbas indenizatórias

Não existe, no artigo 482 da CLT, nenhuma situação semelhante à recusa a se vacinar como justificativa para a dispensa por justa causa. O mais próximo disso seria o “ato de indisciplina ou insubordinação” descrito na alínea “h”. Esta indisciplina ou insubordinação, no caso, pode consistir em desrespeito à lei, a regulamentos internos da empresa ou a convenções coletivas da respectiva categoria. No Brasil, a Lei 13.979/20 deu a estados e municípios o poder de instituir a vacinação obrigatória, mas até o momento nenhum deles o fez efetivamente. Em outras palavras, se não há obrigação legal de se vacinar, o empregado que não se imuniza não está desrespeitando lei alguma. Da mesma forma, não se tem notícia de convenção coletiva que tenha obrigado toda uma categoria de profissionais a se vacinar.

Resta, por fim, a possibilidade de desobediência a regulamentos internos da empresa. E aqui entra em cena a Súmula 51 do TST, segundo a qual mudanças em regulamentos internos “que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente” só se aplicam a trabalhadores admitidos depois da alteração. Se, quando certo empregado ingressou na empresa, não era obrigatório estar devidamente imunizado, é esta a regra que segue valendo para ele, e ele não pode ser dispensado por justa causa caso não queira se vacinar contra a Covid-19, ainda que a empresa tenha incluído a obrigatoriedade de vacinação no seu regulamento. Apenas os contratados após a alteração precisariam comprovar a vacinação – isso, repetimos, se a Portaria 620 não tivesse interferido abusivamente na liberdade das empresas ao considerar “discriminatória” a exigência da carteira de vacinação.


Isso significa que uma empresa fica obrigada a manter um empregado não vacinado? Evidente que não. A mesma liberdade que a empresa tem de desejar que todos os colaboradores se imunizem também lhe permite dispensar os empregados que rejeitem a vacina – de preferência, depois que forem esgotados todos os outros meios de entendimento. Mas essa dispensa não se dará por justa causa; a empresa fica obrigada a pagar todas as verbas indenizatórias decorrentes da dispensa sem justa causa. É bem verdade que esta interpretação pode levar a casos complexos, como o de empregados de instituições de saúde que recusem a vacinação – foi justamente o caso de uma auxiliar de limpeza de um hospital que levou à decisão do TRT-2 sobre a justa causa. Ninguém haverá de negar que o risco neste caso acaba potencializado, e que soa estranho forçar um hospital ou clínica a pagar as verbas indenizatórias para dispensar um empregado que escolhe não se vacinar. No entanto, seria esperável que tanto regulamentos internos desses estabelecimentos quanto convenções coletivas de profissionais do setor de saúde já previssem a vacinação obrigatória contra todo tipo de doença, não apenas a Covid-19; se não o fazem, há omissão que precisa ser sanada o quanto antes.

A Constituição, em seu artigo 5.º, II, afirma que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Esta é cláusula pétrea, que prevalece seja sobre outras previsões constitucionais, como aquela a respeito da preservação da saúde pública, no artigo 196, seja sobre portarias ministeriais. Não há lei que obrigue as pessoas a se imunizar contra a Covid-19; e não há lei que proíba empresas de pedir o certificado de vacinação de seus funcionários ou de candidatos a uma vaga de emprego. Erra a Justiça do Trabalho quando defende a dispensa por justa causa de trabalhadores não vacinados, erra o Ministério do Trabalho quando proíbe empresas de definir que a melhor política de saúde é ter vacinados todos os seus funcionários e de agir neste sentido.


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CAMPANHA DE PÂNICO NA PANDEMIA FEZ MUITO MAL AO BRASIL

 

Retomada

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

MOBILIDADE URBANA – TRÂNSITO – CONGESTIONAMENTO – Congestionamento de carros nas ruas de Curitiba – Carros – faixa de pedestre – motocicletas – motos – onibus – coleta de lixo – transporte – comércio de eletrodoméstico – linha branca – loja de roupas – loja de brinquedos – movimento de pedestres nas ruas do centro de Curitiba – pessoas usando máscara – uso de máscara –

| Foto: Gazeta do Povo

Foram sepultados em Brasília os corpos do piloto e do co-piloto do avião que caiu em Minas Gerais, matando a grande cantora e compositora Marília Mendonça. O corpo dela foi sepultado em Goiânia, no Parque Memorial, depois de um velório que movimentou milhares de pessoas. Muito justa a homenagem. Grande perda. Ela mudou a música sertaneja.

Compositora de talento e uma personalidade marcante.

Deixou um menino de quase 2 anos. E vejam o tamanho da tragédia: o piloto deixou três filhos e o co-piloto, além de deixar dois filhos pequenos, tem um bebê na barriga da mulher dele que vai nascer daqui um mês.

Reeleição infinita
E tem a eleição em Nicarágua. Eleição fajuta. Daniel Ortega, que foi líder da revolução sandinista, já tinha estado 11 anos no poder. Agora está mais 14 anos e vai ficar mais cinco e talvez mais cinco, se a idade permitir. É possível a reeleição infinita dele.

Ele prendeu todos os candidatos sérios. Deixou uns candidatos favoráveis a ele lá, para ser reeleito. Ele chama a mulher dele de co-presidenta, a dona Rosario.

Uma candidata está presa, em prisão domiciliar. Outra candidata séria está refugiada, na Costa Rica. A juventude de Nicarágua está sob a mira de fuzil. A juventude de Cuba também. Tentaram fazer uma rebelião lá e não conseguiram. De Venezuela, idem. É uma juventude que quer liberdade, que não quer censura, que quer democracia.

É incrível que aqui no Brasil haja uma geração de jovens que aceitam a censura, jovens que aceitam ter a liberdade tolhida, jovens que concordam com ideias totalitárias. Incrível. Com todos esses modelos lá fora mostrando que a liberdade é o maior ganho de uma pessoa humana. Ela vai se desumanizando quando acha que um regime pode tolher a liberdade de todo mundo em nome da coletividade. É uma tristeza a gente saber disso.

Recuperação
Um sinal de que a pandemia está passando e o Brasil há muito tempo já vem se recuperando é a saída agora em Santos de um cruzeiro, neste final de semana. Um navio maravilho, de 18 andares. Só a tripulação é de 1.370 pessoas. Vai fazer a costa brasileira, assim como outras companhias. Sinal de recuperação.

Uma recuperação que é saudada por todo mundo que voltou a ter renda e voltou a abrir portas.

Houve uma campanha muito grande para que os trabalhadores ficassem em casa. Perderam emprego, fábricas faliram, lojas fechadas. Mas, com o tempo a gente vai descobrir de quem são as responsabilidades por tudo isso.

O presidente Bolsonaro esteve na sexta-feira no Paraná, um estado que está reagindo de forma incrível, porque tem um agro muito forte, bacia leiteira, café, soja, gado, suínos, aves. Um estado muito pujante. E o presidente mais uma vez fez uma motociata de 75 quilômetros, terminando em Ponta Grossa, com aquela aglomeração, como dizem, porque o povo foi saudá-lo.

É o Brasil se recuperando pelo esforço dos brasileiros, que foram surpreendidos por uma campanha de pânico e de medo e perderam muito com isso. Mas, estamos retomando o que é nosso.


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NA AMAZÔNIA É POSSÍVEL TER CRESCIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL

 

  1. Sustentabilidade 

Enquanto o mundo discute meios de reduzir a crise climática, projetos mostram o potencial de unir crescimento verde com renda na maior floresta tropical do mundo

Emílio Sant’Anna, enviado especial a Glasgow

No início de 2022, quatro comunidades amazônicas começarão a produzir seu próprio chocolate. Embalado, com um nome escolhido por elas no rótulo, feito como o cacau local, com origem rastreável e carregando a história e os valores da floresta. Trata-se de um passo a mais em direção a um processo de transformação da região, agregação de valor a seus produtos e inclusão no mundo via desenvolvimento econômico sustentável.

Enquanto o mundo discute formas de diminuir os efeitos das mudanças climáticas, projetos como esse, com potencial de unir desenvolvimento verde e renda na maior floresta tropical do mundo, se colocam em marcha no Brasil. Às margens de qualquer política pública, apontam para uma possível saída para a enrascada ambiental atual.

Há uma semana que líderes mundiais, cientistas e negociadores internacionais tateiam uma saída possível. Reunidos em Glasgow, na Escócia, na COP-26, a cúpula do clima da ONU, procuram consensos sob a pressão da urgência.PUBLICIDADE

Produção rural
Cooperativa de 172 pequenos e médios produtores rurais de Tomé-Açu, localizada 240 km ao sul de Belém, fatura R$ 46,5 milhões anuais  Foto: OSVALDO FORTE/ESTADAO

Chocolate

Distante milhares de quilômetros do Reino Unido, as comunidades que produzem seus próprios chocolates estão no Pará. São comunidades ribeirinha, extrativista, quilombola e uma gerida por mulheres trabalhadoras. O sucesso não vai ocorrer do dia para a noite, mas será resultado de um longo processo de preparação, treinamento, inclusão e autonomia desenvolvido pelo projeto Amazônia 4.0, que na última semana se transformou em fundação. Ela é resultado do trabalho dos irmãos Carlos Nobre, climatologista, e Ismael Nobre, biólogo. 

O foco é manter a floresta em pé e desenvolver economicamente a região pela tecnologia, inteligência artificial e do que há de mais moderno e acessível. Ismael explica que o modelo se baseia em capacitar as comunidades para usar a tecnologia e levar um modelo de biofábricas para a floresta. “Hoje, o quilo do cacau é vendido a R$ 15, é negociado na Bolsa de Nova York. Mas, se não vendermos a matéria-prima assim e agregarmos valor em um produto com rótulo local, com a história da comunidade, da floresta, isso pode ir de R$ 200 a R$ 300 o quilo”, afirma.

No início do ano que vem, esse modelo será colocado a prova. “Não dá para esperar mais 30 anos em um processo que não coloque a floresta como o principal ativo da Amazônia”, diz Ismael. Para ele, esse norte poderia ser perseguido por uma política de estado no Brasil, mas ele não conta com isso. “Formatamos o projeto para funcionar sem a participação do governo. Não podemos depender da política.”

Mais projetos

Ao Amazônia 4.0 se somará um projeto a ser lançado nesta terça-feira, 9, na COP-26. Desenvolvido pela organização Uma Concertação Pela Amazônia, uma rede de mais de 400 líderes, o objetivo é mudar a visão do Brasil sobre a região e transformar a floresta em ativo econômico. A rede é formada por representantes dos setores público e privado, academia e sociedade civil, reunida para buscar propostas e projetos para a floresta e as pessoas que vivem na região. O primeiro passo foi criar uma base de conhecimento sistematizado da região, que vai de educação a cultura, de infraestrutura ao uso da terra, de negócios a cooperação internacional. “O que está sendo feito é pegar tudo o que existe e está dando certo e mostrar que é possível ter convergência”, diz a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, que faz parte da rede. 

Foram montados grupos de trabalho orientados com foco em temas como bioeconomia, engajamento do setor privado, juventude e ordenamento do território. Nesses núcleos passaram a discutir como ampliar projetos-chave para a região. Não se trata de valorizar apenas o que já existe, mas de levar inovações em políticas ambientais, sociais e econômicas e reconhecer a importância da forma como os povos locais se organizam. “Qualquer projeto de desenvolvimento tem que respeitar o desejo da população (para a Amazônia), principalmente da local”, diz o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, que enxerga possibilidades grandes para a região e se dedica a estudar, por exemplo, o mercado de crédito de carbono – um dos temas-chave em discussão em Glasgow.

O desafio

O desafio, diz Levy, é levar para a região as inovações sem afetar a floresta. Ele cita o exemplo do dendê e da possibilidade de desenvolver biocombustível para a aviação a partir do fruto sem ter que derrubar a floresta. “Tem gente que gosta e tem gente que não gosta da ideia, mas a aviação também vai passar pela eletrificação das aeronaves. Mas isso vai levar um tempo”, diz. “Enquanto isso, é possível criar um mercado, uma janela para o investimento em um combustível que não e fóssil. A oportunidade existe.”

Enquanto isso, como mostrou o Estadão em setembro, a Cooperativa Agrícola Mista, com 172 produtores rurais de Tomé-Açu, 240 quilômetros ao sul de Belém, já explora recursos da Amazônia e produz polpa de fruta, pimenta-do-reino e cacau. Fatura R$ 46,5 milhões anuais.

Nasce mercado em que se paga por serviços ambientais

Da necessidade de manter a floresta em pé, nasce outro mercado, o de crédito de carbono e o pagamento por serviços ambientais. Como o Estadão mostrou na semana passada, projetos de remuneração de produtores rurais que protegem as áreas nativas no Norte e Centro-Oeste do Brasil já estão em marcha. A aprovação do CPRVerde, certidão de crédito sustentável impulsionou um mercado estimado pelo governo federal em R$ 30 bilhões nos próximos quatro anos. 

O projeto passa pela mudança na forma como a população encara a Amazônia. A floresta não pode ser um problema, mas a solução. “Minha vontade é que o brasileiro olhe para a Amazônia da forma como o Suíço olha para os Alpes. Precisa ser parte da identidade nacional”, diz Roberto Waack, que é atualmente coordenador da rede Uma Concertação Pela Amazônia.

PRODUÇÃO DE METANO NAS FAZENDAS É REDUZIDA

 

  1. Sustentabilidade 

Biodigestores e a integração de alguns sistemas produtivos mostram que existe um caminho para diminuições maiores

Leon Ferrari, O Estado de S.Paulo

Após pressão dos Estados Unidos, o Brasil assinou acordo que prevê reduzir as emissões de metano em 30% até 2030, na Conferência do Clima (COP-26). Por aqui, buscar um corte dessa escala exige adaptar a pecuária, com técnicas que permitam melhor manejo dos rebanhos. Entre as estratégias que já funcionam em fazendas do Brasil, estão biodigestores e integração de sistemas produtivos. 

No País, 71,85% das emissões de metano vêm da agropecuária, segundo dados do Sistema de Estimativa de Emissões de Remoções de Gases de Efeito Estufa. O relatório apontou que a “fermentação entérica” (arroto do boi) é responsável por quase dois terços (65%) de todas as emissões. A maior parte, 96,9%, é proveniente de rebanhos de bovinos de corte e de produção de leite, o que inclui também o manejo dos dejetos dos animais.

“Na pecuária, não há um furo no meu gasoduto que possa consertar. A fermentação entérica não é um gás que se possa impedir de ser emitido, é um processo que evoluiu com os animais”, diz o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pecuária Sudeste, Alexandre Berndt. Ele aponta que a mitigação de metano se dá por meio de tecnologias que atacam em três pilares: aperfeiçoamento da dieta dos animais, alterando diretamente o processo químico no rúmen; mais eficiência na produção (intensificação sustentável), que reduz o tempo para que o boi seja terminado; e compensação, pelo sequestro de carbono.  

Um método que propicia mais eficiência, atacando principalmente o segundo pilar, aponta o técnico, é o de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que mistura ao menos dois desses sistemas produtivos em uma mesma propriedade. Conforme explica Berndt, a maior produtividade está ligada ao melhor manejo do pastejo e adubação das lavouras. Ele é utilizado há mais de dez anos na Fazenda Santa Silvéria, na região de Bauru, no interior paulista. 

Metano
Método de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) é utilizado há mais de dez anos na Fazenda Santa Silvéria, na região de Bauru, no interior paulista Foto: Alex Tristante

Além de 37% de sua área ocupada por reserva nativa, a propriedade parceira da Embrapa integra a lavoura de soja à pecuária de corte, conforme conta o gerente da fazenda, Fulvio Domenek. A Santa Silvéria tem cerca de 1.300 hectares de terra, com cerca de 1.800 cabeças de gado. 

“O principal benefício do sistema integrado foi o aumento da arroba (sistema de pesagem do boi) produzido por hectare no ano. Porque se entrega uma melhor fertilidade do solo”, diz o médico veterinário. “Com uma maior produção de volumoso, diminui-se a necessidade de suplementação por ração. O gado se desenvolve com pasto, principalmente, e o ciclo de produção, no caso de engordar, ficou mais rápido.” 

Domenek conta que o gado do tipo Bonsmara, produzido ali, em dois anos já está fora da fazenda, como touro ou carne. Queiroz indica que o tempo médio de abate no Brasil é de 36 meses. Menos tempo no pasto significa menos fermentação entérica.

Metano
Fazenda Santa Silvéria tem cerca de 1.300 hectares de terra, com cerca de 1.800 cabeças de gado Foto: Alex Tristante

O técnico da Embrapa destaca, porém, que os maiores ganhos do ILPF estão na redução da emissão de dióxido de carbono (CO2). “Nos nossos sistemas, da Pecuária Sudeste, temos um sequestro de carbono muito significativo, a ponto de conseguir além de neutralizar as emissões, restar um saldo positivo”, declara.

Utilizando os dejetos do gado, em Rondônia, o projeto Energias Renováveis da Amazônia (ERA), do Centro de Estudos Rioterra, busca mitigar os impactos climáticos e melhorar a qualidade de vida no campo. Para isso, desde 2017, foram instalados 28 kits biodigestores em fazendas de produção leiteira das cidades de Itapuã do Oeste, Cujubim e Rio Crespo.

A instalação do equipamento nas fazendas não é completamente gratuita, mas o custo é acessível, conforme explica Alexandre Queiroz, biólogo e coordenador de Educação da Rioterra. Com financiamento da Misereor, fundação da Igreja Católica alemã, os agricultores precisam arcar apenas com 20% do valor do equipamento – um montante que gira em torno de R$ 800, que pode ser pago em 12 vezes – mais a mão de obra para instalar o biodigestor.

O equipamento permite fazer a gestão de resíduos da propriedade. Acrescidos de água, o esterco do gado e resto de alimentos são transformados em biogás e adubo. A mitigação da emissão de gases estufa, principalmente, do metano, se dá pelo uso do esterco que, quando fresco e a céu aberto, ao decompor-se, libera o poluente, explica Queiroz.   

Metano
Além de 37% de sua área ocupada por reserva nativa, a Fazenda Santa Silvéria integra a lavoura de soja à pecuária de corte Foto: Alex Tristante

“Utilizamos, em nosso projeto, um biodigestor com um tamanho de 2m³ que produz em média 21,6 m³ de biogás ao mês, o que equivale ao menos a uma botija de gás de cozinha (GLP)”, estima Queiroz. “Ao todo, com os 28 biodigestores, em três anos, já evitamos a emissão de 10.7 toneladas de CO2 e 6.1 toneladas de CH4.” 

Ao mesmo tempo, o biodigestor permite a geração de renda para a família, que economiza na compra de botijões de gás de cozinha e fermento químico – uma economia mensal de R$220, nos cálculos de Queiroz. Os produtos são substituídos, respectivamente, pelo biogás e pelo biofertilizante gerados com o manejo de resíduos da pecuária da propriedade no equipamento. 

A iniciativa também ajuda as famílias a reduzirem o uso do fogão à lenha. “Existe a problemática da saúde da mulher no campo, que têm uma uma maior incidência de problemas pulmonares devido à inalação de fumaça”, diz Queiroz. O biólogo afirma que, na região amazônica, elas, na maior parte das vezes, são responsáveis pela produção do alimento da família, ficando mais expostas ao risco. Além de aumentar a qualidade de vida no campo, ao diminuir a queima de madeira, o biogás ajuda também a reduzir a emissão de dióxido de carbono (CO2). 

“É muito simples implementar essa iniciativa em qualquer lugar do País”, avalia Queiroz. O biólogo aponta que também é possível utilizar esterco de suíno nos biodigestores, a preferência pelo de origem bovina no projeto ERA têm mais a ver com a cultura produtiva da região de abrangência.

DETALHES DA VIDA DE MARÍLIA MENDONÇA VITIMADA EM ACIDENTE AÉREO

 

  1. Cultura 
  2. Música 

Cantora de 26 anos, vítima de acidente aéreo nesta sexta-feira, deixa legado para a representação feminina no gênero musical

André Cáceres, O Estado de S.Paulo

A cantora Marília Mendonça, morta nesta sexta-feira, 5, aos 26 anos, num desastre aéreo a bordo de um avião de pequeno porte em Caratinga. interior de Minas Gerais, deixou um legado relevante para a representação feminina no gênero musical sertanejo. Ela deixa seu filho pequeno Léo, de pouco menos de dois anos.

Marília
A cantora Marília Mendonça, morta em queda de avião em Minas Gerais Foto: Som Livre

Goiana de Cristianópolis, Marília começou sua carreira musical como compositora, escrevendo sucessos para duplas como Henrique & Juliano, João Neto & Frederico, Matheus & Kauan e Jorge e Matheus, além dos cantores Wesley Safadão e Cristiano Araújo, também morto prematuramente em um acidente automobilístico, em 2015.

Foi apenas a partir de 2014, após emplacar várias músicas como Até Você Voltar, Cuida Bem Dela e É com Ela que Eu Estou, na voz de outros artistas, que Marília Mendonça se lançou como cantora em carreira solo. 

Em 2015, a cantora despontou com o sucesso Infiel, uma das músicas mais executadas nas rádios brasileiras. 

Marília Mendonça
A cantora e compositora Marília Mendonça Foto: Denise Andrade/Estadão

Se suas letras, mesmo aquelas compostas para vozes masculinas, já haviam dado indícios de uma postura mais feminina no sertanejo, foi em 2016, com Agora É Que São Elas, parceria de Marília Mendonça com Maiara & Maraisa, que ela se firmou como uma das principais vozes femininas do estilo. O trio continuaria lançando músicas em conjunto até hoje.

Marilia
Avião de pequeno porte que transportava a cantora Marília Mendonça cai no interior de MG Foto: Super Canal

Desde então, Marília chegou a figurar, em 2019, como a artista brasileira mais ouvida em um ranking do YouTube, e a 13ª em todo o mundo. Nesse mesmo ano, Marília venceu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja por Todos os Cantos.

Em 2021, a cantora já havia lançado Nosso Amor Envelheceu, seu mais recente álbum solo. 

Marília
Marília Mendonça em show em Recife, em 2017 Foto: Work Show

No dia do acidente, Marília havia estreado a música Fã Clube, parceria com Maiara & Maraisa. https://www.youtube.com/embed/gwS9nU4Aavw?enablejsapi=1&origin=https%3A%2F%2Fcultura.estadao.com.brCorreções05/11/2021 | 21h05

Uma versão anterior desta matéria informava incorretamente que o cantor Cristiano Araújo havia morrido em um acidente aéreo. O cantor morreu em um acidente automobilístico.

REFORMA ELEITORAL NÃO TEVE PARTICIPAÇÃO POPULAR

 

  1. Política 

Projetos tramitaram sem participação popular e não tiveram o ‘resultado esperado’ pelo grupo que os conduziu

Brenda Zacharias, O Estado de S.Paulo

Cada processo eleitoral no Brasil ganha regras novas em relação ao anterior, e nas eleições de 2022 esta “tradição” será mantida. No ano que vem, as federações partidárias farão sua estreia no rito, os votos em mulheres e pessoas negras terão maior peso e os parlamentares eleitos terão um alívio na regra da fidelidade partidária. Porém, o que chama atenção na reforma promovida ao longo de 2021 não são as mudanças sancionadas, mas a maneira como tramitaram no Congresso.

É o que conclui um estudo do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB), núcleo sediado no Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Iesp-Uerj), que analisou os cinco principais projetos de reforma que dominaram as pautas na Câmara ao longo deste ano. Para os pesquisadores, os atropelos no regramento não caracterizam apenas o processo pré-eleitoral vigente, mas também a gestão do deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) à frente da Câmara.

Além das novidades citadas acima, que tramitaram nas formas da PEC 125/2011 e do PL 2522/2015, ainda foram discutidas propostas como a do voto impresso (PEC 135/2019), a reserva de vagas para mulheres na Câmara (PL 1951/2021) e o novo código eleitoral (PLP 112/2021). Segundo o estudo, os projetos tramitaram sem transparência ou participação popular e não tiveram o “resultado esperado” pelo grupo que os conduziu.

Transparência foi ignorada em reforma eleitoral, afirma estudo
Para os pesquisadores, atropelos marcam gestão do deputado Arthur Lira.  Foto: Cleia Viana/ Agência Câmara

Ritos

O observatório analisa, por exemplo, a tramitação do novo Código Eleitoral, que propõe reunir em um único compilado toda a legislação e a regulamentação eleitoral. O texto apresenta, por exemplo, mudanças na quarentena eleitoral para ex-membros do Judiciário ou policiais militares, na rigidez da Lei da Ficha Limpa e no alcance da ação do TSE nos pleitos. O projeto ainda aguarda apreciação do Senado, mas não a tempo de valer para a votação de 2022.

Neste caso, o estudo do OLB destaca as tentativas de acelerar o processo de tramitação que passaram por cima de alguns ritos formais, como a admissão de regime de urgência para a discussão do projeto, o que é proibido em matérias relativas a códigos, e a discussão em grupo de trabalho, que deveria ter sido feita por uma comissão especial.

O tema, no entanto, não mobilizou os senadores ao longo do ano. Pesquisadores analisaram menções ao assunto em discursos no plenário e nas redes sociais dos parlamentares, mas foram poucas as discussões.

A mesma PEC que propôs a contabilização em dobro dos votos para candidatos negros e mulheres incluía também a volta das coligações e o Distritão, como é conhecido o modelo que adota o voto majoritário também para eleições de deputados e vereadores. Enquanto o novo modelo foi rejeitado ainda na Câmara, as coligações foram no Senado. Somente depois disso, os deputados resgataram a proposta das federações partidárias, já apreciada pelos senadores.

Regimento

Nas redes sociais, Lira, ao tratar da PEC do voto impresso, já defendeu as votações e os devidos ritos, afirmando que a Câmara “sempre se pauta pelo cumprimento do Regimento e pela defesa da sua vontade que é a expressão máxima da democracia”.

A GERAÇÃO Z ESTÁ INGRESSANDO NAS FORÇAS DE TRABALHO

 

UOL EdTech

Oito anos atrás, quando os millennials (nascidos entre 1980 e 1996) ainda não representavam a maior parte ativa da força de trabalho do mundo, a revista Time lançou uma de suas capas – e matérias – mais icônicas da nossa era – The Me Me Me Generation. O texto, escrito por um jornalista da geração X (nascidos entre 1965 e 1979), apresenta estudos que apontam os millennials como narcisistas, mimados e preguiçosos.

Isso gerou uma série de respostas de millennials ofendidos, mas também abriu espaço para a discussão sobre as diferenças entre as gerações, seus propósitos, valores e visões de mundo. Além de enriquecer o diálogo sobre como as diferentes gerações economicamente ativas devem conviver e quais legados querem deixar para as gerações futuras, entender que essas quebras de status também são a faísca da inovação.

Conforme os boomers vão deixando o mundo corporativo e as gerações subsequentes – os gen X e os millennials vão mudando para cadeiras de decisão, o mercado começa a sofrer outro grande clash – a geração Z, que está ingressando nas forças de trabalho, tem visões e valores completamente diferentes das gerações anteriores.

Depois de anos sendo considerados preguiçosos, mimados e responsáveis pela quebra de várias indústrias, os millennials agora são reconhecidos como a geração mais azarada. Aquela que cresceu ouvindo que era incrível e especial e que foi engolida pela volatilidade econômica, achatamento salarial e seguidas crises ao longo de suas vidas adultas – desde a crise imobiliária até a atual crise causada pela pandemia.

Mesmo os millennials que, de alguma forma, conseguiram construir patrimônio se sentem sobrecarregados e, muitas vezes, culpados pela “sorte” que tiveram. A forma como essa geração foi sequencialmente atingida pelas mudanças do mundo também a transformou na geração burnout.

E, em meio a trancos e barrancos, a geração Y avança nos degraus da carreira de maneira sobrecarregada, sofrendo de ansiedade e outras doenças psicossomáticas, para encontrar em seus sucessores, a geração Z, que é novata de mercado, a força e a aliança necessárias não só para mudar a forma como se enxerga o trabalho, mas para forçar a reflexão sobre o impacto que pessoas e empresas têm na sociedade, no meio ambiente e no mundo que queremos deixar para gerações futuras. E aí começa o movimento que está sendo chamado de “The Great Resignation” ou, em bom pt-br, “A grande demissão”.

E aqui está o que você precisa saber sobre esse movimento:

O modelo de trabalho influencia, mas não é tudo: se tem uma coisa que a pandemia deixou clara é que o modelo presencial 5 dias da semana das 9h às 18h é ultrapassado. A jornada de trabalho de 8 horas diárias é legado do fordismo e da segunda revolução industrial e hoje a maior parte dos trabalhos corporativos são, de uma maneira ou outra, criativos, analíticos e vinculados à tecnologia. Forçar às novas gerações ao modelo anterior, mesmo após o formato remoto já ter se provado eficiente, é reduzir a capacidade de um colaborador ao tempo que ele permanece na empresa, ao invés do impacto que o trabalho dele causa no ecossistema.

A Era de Aquário: não, a culpa não é da astrologia e Mercúrio nem está mais retrógrado. Mas, simbolicamente, a Era de Aquário é a mudança de mindset entre o individual e o coletivo – que é também uma das pautas mais defendidas principalmente pela geração Z. Conforme os millennials avançam em suas carreiras e a geração Z ingressa no mercado, o olhar das empresas passa a ser mais voltado para a cultura e para o coletivo que para as individualidades.

As gritantes diferenças sociais: por serem gerações conectadas desde cedo, os millennials e, principalmente, a geração Z tiveram acesso à diferentes realidades e trocas de experiência. Se o mundo das redes sociais põe luz sobre o glamour dos ricos e influentes, e possibilidade de conexão com pessoas de locais remotos e a troca de relatos e experiências faz com que essas gerações voltem muito seus olhares e interesses também para as desigualdades sociais. A consciência de classe e a ideia de que pessoas de origens diferentes têm recursos diferentes é uma das razões pelas quais essas gerações estão abrindo mão de seus espaços de trabalho.

Saúde mental em primeiro lugar: enquanto os millennials estão começando a aprender a colocar a própria saúde mental acima de um cargo – lembra que eles foram chamados de preguiçosos e mimados até virarem a geração do burnout – a geração Z não se importa em assumir que não está bem ou que não dá conta de uma demanda. E cobrar mais não vai fazer com que eles entreguem mais, como fez com os millennials, só vai fazer com que eles saiam da organização e busquem por posições mais adequadas ao seu modo de pensar.

Hierarquia vertical? Tô fora: com o avanço das tecnologias e as mudanças nas formas de trabalhar, a hierarquia verticalizada não funciona mais para os mais jovens. Idade e cargo não imprimem mais a autoridade que imprimiam para as gerações anteriores até a geração X. Os mais novos querem ser ouvidos e ter impacto real no que realizam.

Quem fica sofre com a pressão e a repressão pelos que saíram: além do acúmulo de funções e das dificuldades que o mercado está encontrando em substituir os profissionais que saíram das empresas por uma ou outra razão durante os últimos dois anos, aqueles que permanecem em seus empregos se sente desvalorizado e desengajado por não serem ouvidos e considerados nesse processo de reaquisição de talentos. O que aumenta o turnover e faz com que mais colaboradores considerem trocar de emprego nos próximos seis meses.

Transparência, accountability, diversidade e desenvolvimento: para contratar e manter colaboradores que estão passando pelo movimento da Grande Demissão, ter um pacote de remuneração e benefícios robustos é o mínimo. O que se espera das organizações que querem contratar e reter os talentos mais jovens é investir em uma gestão transparente, responsável, diversa e que invista em capacitar e mentorar os novos profissionais ao invés de apenas demandar deles.

Num mercado cada vez mais digital e competitivo, lidar com turnover alto por causa de processos engessados pode ser o tiro no pé de muitas companhias. A mudança nos formatos e relações de trabalho começa pela capacitação adequada dos profissionais e alinhamento de valores e propósitos entre a organização e seus colaboradores. Investir em capacitação é a melhor decisão para as empresas lidarem não só com as mudanças do mundo, mas com os novas formas de trabalhar.

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