Presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) vem travando a sabatina do ex-ministro André Mendonça ao STF| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A situação está feia para o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) no Senado. Aliás, para o próprio Senado também, que tem uma lista de indicações para agências reguladoras, embaixadas, conselhos e tribunais superiores à espera de votação e até agora nada. Acho que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ouviu as reclamações.
Apesar de culpar a pandemia pela demora, porque a votação dessas indicações precisa ocorrer de forma presencial, Pacheco decidiu assumir suas responsabilidades e anunciou um “esforço concentrado” entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro. Fez um apelo para o comparecimento dos senadores para que se faça de uma vez as sabatinas e votações que estão pendentes. Foi um aviso a Alcolumbre, que trava há vários meses por pura birra a sabatina do ex-ministro André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal.
A Comissão de Constituição de Justiça está parada há 35 dias por causa de Alcolumbre, que no papel é o presidente desse colegiado. E, antes disso, a última reunião ainda foi presidida pelo vice, senador Antonio Anastasia (PSD-MG), porque Alcolumbre estava presente na Casa — pelo menos estava registrada a sua presença —, mas ele não apareceu na comissão.
E não é só o André Mendonça e o Supremo que estão esperando pela CCJ do Senado. O Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Nacional do Ministério Público, embaixadas e agências reguladoras também. Tudo por causa de um senador: David Alcolumbre.
Por isso estão havendo protestos, com vários senadores se manifestando, alguns pedindo a destituição dele da presidência da comissão, que é a mais importante da Casa. A CCJ está perdendo em número de reuniões para a comissão de economia, por exemplo. A CCJ é a comissão de entrada e de sabatinas no Senado.
Se Pacheco passar por cima dele e levar direto ao plenário a indicação de Mendonça, só cabe a Alcolumbre renunciar ao cargo depois dessa humilhação.
Aliás, tem gente achando que é melhor ele renunciar mesmo depois dessa história de “rachadão”, que não deixa de ser uma rachadinha. Imagina aquelas seis senhoras do Distrito Federal que tinham salários de até R$ 14 mil por mês, segundo o depoimento delas, mas não recebiam, o valor só estava no contracheque. Elas ficaram com no máximo R$ 1.100 — a diferença é muito grande —, durante 63 meses. Dá uns R$ 3 milhões e pouco isso aí.
Por isso estão aconselhando ele: “olha, você pode ser cassado e ficar inelegível por oito anos. Se quiser continuar, renuncie ao mandato e se candidate ano que vem, para a Câmara talvez”. De qualquer maneira, a cadeira de senador fica na família, porque o suplente de Alcolumbre é o irmão dele. Não é o segundo em votação, é o irmão dele que não teve nenhum voto.
Podemos marca ato de filiação de Moro O Podemos anunciou que no dia 10 de novembro vai fazer um grande evento no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, para receber o ex-juiz Sergio Moro. A esperança do partido é que ele seja o catalisador da chamada terceira via. Eu duvido, porque a última pesquisa, essa do Brasil Marketing, com 4.600 pessoas, de voto espontâneo (quando a própria pessoa precisa citar um nome de sua preferência), mostrou Ciro Gomes em terceiro, com 3%. O Moro tem 1,1%.
Se bem que com 1,1%, ele tem mais que o João Doria (PSDB), que o Eduardo Leite (PSDB), que a Simone Tebet (MDB), que estavam lá citados no espontâneo. Já Bolsonaro deu 32,6% e Lula, 15,7%. Mas ainda está longe da eleição.
União Brasil é Bolsonaro Sobre o União Brasil, o novo partido resultado da fusão PSL e DEM e que é muito grande em termos de Congresso e prefeitos. Dos 88 parlamentares da nova legenda ouvidos pelo Estadão, 56 estão dispostos a apoiar Bolsonaro. Só cinco dizem que não.
Não há mais como ignorar que a responsabilidade pelas fontes das aflições que calcinam o espírito do tempo é integralmente nossa.
Eugênio Bucci, O Estado de S.Paulo
A angústia que consome os seres sensíveis do nosso tempo tem pelo menos três fontes. A primeira é a destruição acelerada dos recursos naturais do planeta, o que traz aquecimento global, pandemias e alterações climáticas extremas, com mais enchentes, mais secas e mais ventanias. Em segundo lugar, vem a dissolução das paredes da privacidade. Algoritmos extraem dados íntimos de toda gente para abastecer estratégias que desinformam e semeiam medo, preconceito e ódio. A desinformação industrializada, por sua vez, gera a terceira fonte de angústia: o declínio da democracia. Em toda parte, o autoritarismo ganha força, inclusive entre aqueles que, alegando defender as liberdades, são truculentos.
O pior é que a culpa é nossa. Não há mais como ignorar que a responsabilidade pelas três fontes das aflições que calcinam o espírito do tempo é integralmente nossa. Não é mais possível jogar a conta para os “outros”. A culpa não é “da indústria”, não é “da China”, não é “do marxismo cultural”, não é “da ideologia de gênero”, não é “do Google”, não é “do Trump” ou “do Bolsonaro”: é nossa, é minha, é sua, é de todo mundo. Os sujeitos pensantes, que são raros, olham para a frente e enxergam o fracasso. A nossa capacidade de agir coletivamente com base na razão vai malogrando em lances bizarros. A angústia se cristaliza em impotência.
Examinemos os fatos. De início, vejamos o que se passa com a destruição da natureza. Depois da COP-26 (a Cúpula do Clima, em Glasgow, na Escócia), não há mais espaço político, lógico, ético ou científico para dizermos que o ser humano não tem parte no aquecimento global. Não dá mais para disfarçar. Quem pôs fogo no clima fomos nós. Quem leva a humanidade rumo à extinção é a própria humanidade. Tanto isso é verdade que o português António Guterres, secretário-geral da ONU, fez o seu alerta em tom ameaçador: “Basta de cavar a nossa própria cova!”.
Foi em 1945, com as explosões atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, que a humanidade se deu conta de seu potencial de acabar consigo mesma. Nós, que já sabíamos que as civilizações eram mortais, nos demos conta de que as civilizações poderiam também se suicidar.
Mas, naquele entremeio do século 20, achávamos que o risco de aniquilarmos a vida na Terra tinha que ver com o risco de eclosão de uma guerra nuclear. Hoje, a velha ilusão virou pó. Percebemos, tardiamente, que os hábitos de consumo podem incinerar mais que as ogivas de um míssil. Aprendemos que não precisamos de explosivos para pôr fogo em florestas, extinguir espécies e matar nossos semelhantes. Vimos que o nosso modo de viver é o modo mais fatal de matar. Não, não há inocentes desenroscando a tampa de uma garrafa pet.
Outra ilusão que se desmanchou no ar foi aquela de achar que era preciso um controle burocrático central para que o dito “sistema” grampeasse em definitivo a intimidade dos viventes. Antes, imaginávamos que seria necessário existir um “Big Brother” – como no livro 1984, de George Orwell – para que o poder conseguisse vigiar os indivíduos e a sociedade inteira. Quanta ingenuidade.
Diante do que se passa atualmente, a ficção distópica de Orwell mais parece uma cantiga de ninar. Ficou evidente que a vigilância total não precisa de gerente nenhum, de “Big Brother” nenhum. O narcisismo alucinado de toda gente é o que basta para mover as tecnologias que bisbilhotam cada piscar de olhos de cada habitante da Terra. A vaidade exibicionista impulsiona os dispositivos da espionagem generalizada. Descobrimos, enfim, que o “Big Brother” não é um burocrata no comando das máquinas, mas um agente difuso: todos os olhos de todos os seres são os seus olhos. A sociedade do espetáculo, do hedonismo e da ostentação é a outra face da sociedade da vigilância. Qualquer semelhança com o totalitarismo não é mera coincidência. Não, não há inocentes alisando com a ponta dos dedos a tela de um celular.
Com isso chegamos à estafa das democracias. Em cada país, a coreografia é diferente, mas a tragédia de fundo é a mesma: os fundamentos da democracia estão no limiar de um burnout institucional. Aí o sujeito levanta o dedo: “Mas eu não votei no fulano que aí está”. O outro também se esquiva: “Eu votei, mas me arrependi”. Não adianta. A responsabilidade é comum.
O caso brasileiro aqui está para nos servir de evidência empírica. Todos somos responsáveis. Uns porque sufragaram o inquilino do Alvorada. Outros porque deixam que ele continue lá, exatamente onde está, apesar das atrocidades que cometeu. Um dia, quando formos chamados a explicar por que conferimos a este bárbaro a mais completa impunidade, não teremos nada que declarar além da nossa pusilanimidade como nação.
Você quer esperança? Pois não. Enquanto os brasileiros se ajoelham, a humanidade segue procurando meios de atenuar o desastre ambiental. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, vê uma chance, embora tenha medo do julgamento da História: “Se fracassarmos, as gerações futuras não nos perdoarão”. Ao menos ele, Boris Johnson, tem alguma ideia da responsabilidade que carrega.
Manifesto dos jovens pela mudança climática será lançado nesta quinta-feira; na sexta-feira haverá a tradicional passeata pelas ruas de Glasgow
João Gabriel de Lima, O Estado de S.Paulo
LISBOA – O documentário “Uma Verdade Inconveniente”, do americano Al Gore, mudou a vida da brasileira Eduarda Zoghbi. Ela estava com dez anos de idade quando, por sugestão de uma professora, viu pela primeira vez o político ambientalista falar sobre mudança climática. Nascida e criada em Brasília, Eduarda está em Glasgow, e participa nesta quinta-feira de um dos eventos mais importantes da conferência: a divulgação de um documento com sugestões de jovens para deter a mudança climática, de cuja elaboração participou.
O documento foi desenvolvido em vários grupos de trabalho na pré-COP de Milão, no início de outubro. Entre as sugestões está a disseminação da educação ambiental: “É fundamental para o mundo que os jovens saibam da mudança climática o quanto antes. Foi fundamental também na minha vida”, diz Eduarda, que hoje tem 28 anos.
Foi a primeira vez na história das COPs que jovens elaboraram um documento para apresentar aos líderes mundiais. Não é por acaso. Quem tem 20 anos hoje irá sofrer no futuro se o filme de terror das mudanças climáticas – secas, enchentes, falta de alimentos – se transformar em realidade. O site da Unesco chamou de “Geração Greta” aos jovens que se dedicam ao ativismo sobre o clima. Eles são, no entanto, apenas a face mais visível de um fenômeno muito maior: a crescente identidade entre os jovens e a causa ambiental.
Pesquisas realizadas na Alemanha e nos Estados Unidos mostraram que o eleitorado sub-30 repudia crescentemente os candidatos que não têm propostas para o meio ambiente. Por idealismo ou busca de oportunidades na economia verde do futuro, cada vez mais jovens se dedicam a estudar profundamente as questões da mudança climática. Os jovens que elaboraram o documento da COP, como Eduarda, sabem do que estão falando.
O contingente de jovens brasileiros na COP 26 é também o maior da história. São mais de 80 participando das diversas programações, nas contas do paulista Marcelo Rocha, outro integrante da delegação jovem do Brasil. Assim como Eduarda, Marcelo, de 24 anos, começou cedo a se preocupar com o meio ambiente, ainda quando estudava na Escola Estadual Maria Helena Colônia, em Mauá, município da Grande São Paulo. Juntou-se ainda adolescente a um movimento pela despoluição do rio Tamanduateí, que corta sua cidade. “Vi o verde da minha região ir desaparecendo e, com meus amigos, achei que precisava fazer alguma coisa”, diz Marcelo.
Ele irá participar de vários eventos da COP, incluindo um promovido pelo jornal The New York Times. Marcelo é o fundador do Instituto Ayika, que desenvolve, entre outras coisas, projetos de educação ambiental com parceiros estatais – como a prefeitura de Recife e os governos de São Paulo e Rio Grande do Sul.https://www.youtube.com/embed/0cZgn8tdexU?enablejsapi=1&origin=https%3A%2F%2Fsustentabilidade.estadao.com.br
Tanto Eduarda quanto Marcelo participam de redes internacionais, como é comum na era da sociedade civil globalizada. Marcelo é um dos articuladores da versão brasileira da Fridays For Future, movimento que ficou famoso por abrigar a ativista sueca Greta Thurnberg. “No Brasil não dá para se preocupar só com a questão da sustentabilidade. A carência social é muito forte”, diz ele. “Durante a pandemia, por exemplo, levantamos fundos para combater a fome na Amazônia”.
Eduarda participou do grupo Engajamundo, uma rede de ativistas ambientais brasileiros, formou-se em Ciência Política na Universidade de Brasília e passou pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. Morando em Nova York e estudando na Universidade Columbia, ela participa de fóruns internacionais sobre o tema – o conhecimento acadêmico, assim como o ativismo, hoje acontece em redes.
Chega de ‘blá-blá-blá’
A reunião de jovens na Pré-COP de Milão recebeu o nome de Youth4Climate. Três brasileiros participaram dela: Eduarda Zoghbi, Erick Marky Terena e Paloma Costa. Erick Marky é DJ e é originário da terra indígena Cachoeirinha, no Mato Grosso do Sul. Foi uma das estrelas do evento de Milão, ao discursar numa passeata convocada por Greta Thurnberg que reuniu mais de 50 mil pessoas. Vídeos da manifestação – que teve como trilha sonora a música “Bella Ciao”, recentemente revivida na série “A Casa de Papel” – congestionaram as redes sociais, com destaque para o discurso em que Greta criticava o “blá-blá-blá” dos líderes mundiais. Erick fez uma foto com Greta, que também circulou pelas redes sociais.
A terceira integrante da comitiva brasileira, a brasiliense Paloma Costa, é outra a atuar na rede do Engajamundo. Atualmente, ela faz parte de um grupo que assessora o secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres. Paloma é formada em Direito e foi uma das articuladoras da participação da ativista indígena Txai Suruí, única brasileira a discursar na abertura da COP de Glasgow. “No grupo, sou responsável por levar ideias da América Latina e do Caribe, e foi muito bom ter atuado como facilitadora para a participação de Txai Suruí”, diz Paloma.
Aos 24 anos, Txai acabou se tornando uma das estrelas do contingente de jovens brasileiros na COP. Ela estuda Direito e é filha do cacique Almir Suruí, há muito tempo um ativista dos direitos indígenas. Depois de sua fala na COP, ela disse ao Estadão que os povos originários presenciam as causas e consequências das mudanças climáticas: “Estamos vendo a invasão de terras, a mineração sujando os rios, o aumento das queimadas, o desmatamento das florestas”. As consequências disso seriam, segundo ela, a escassez da chuva, o desaparecimento dos animais e a morte dos rios.
Manifesto Jovens Vozes da Amazônia para o Planeta
Se nesta quinta-feira Glasgow verá a apresentação das propostas do Youth4Climate, na sexta-feira será o “dia da juventude” na COP 26. No Brazil Climate Action Hub, o movimentado pavilhão da sociedade civil brasileira na conferência do clima, será lançado o “Manifesto Jovens Vozes da Amazônia para o Planeta”. Está prevista também uma grande manifestação, pelas ruas de Glasgow, reunindo jovens do mundo inteiro, como já se tornou tradição nas COPs. “Nossa esperança é que desta vez nossas propostas sejam efetivamente ouvidas pelos líderes mundiais”, diz Paloma Costa.
As notícias sobre os efeitos da mudança climática – que já se fazem sentir em secas e enchentes mundo afora – podem soar aterrorizantes. “Já houve um tempo, no entanto, em que as pessoas jogavam o lixo pela janela do carro, e todo mundo achava normal”, diz Eduarda Zoghbi. Os integrantes da “Geração Greta” estão na trilha do ativismo há tempo suficiente para saber que as coisas mudam, ainda que às vezes não na velocidade desejada – e isso os enche de energia para lutar pelo próprio futuro.
Estudo mostra grande parte dos indivíduos conscientes de uma possível mudança de área e como o desencanto é improdutivo
Ser feliz é o objetivo da humanidade. Independentemente de qual seja a meta de vida, as pessoas nascem, crescem e o seu desenvolvimento a partir daí é voltado para esse propósito: ser, de algum modo, satisfeito. Nesse sentido, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez um estudo em seu site, entre 23 de agosto e 3 de setembro, com a participação de 26.012 jovens entre 15 e 29 anos, perguntando: “se pudesse mudar de carreira, se sentiria confortável?”. Como resultado, encontramos um cenário com grande parte dos indivíduos tranquilos com a ideia e em busca da felicidade.
Com 36,41% (ou 9.472) dos votos, a maioria dos participantes acredita na importância de ser realizado com a atuação profissional. Todavia, isso é diferente de ter o foco na remuneração. “Pensar apenas no salário pode trazer muitas frustrações porque apesar de ser importante para o nosso entusiasmo, é uma parte pequena quando pensamos em um mês todo desempenhando algumas atividades”, alerta a analista de seleção do Nube, Vitoria Ribeiro.
Nesse sentido, o entusiasmo em relação a isso, envolve um conjunto de fatores como a identificação com as tarefas, a perspectiva de crescimento, entre outros. “O retorno financeiro é apenas um desses pontos, se avaliarmos apenas ele, as chances de decepção são grandes”, continua.
Como saber se está na hora de mudar de área? “A desmotivação com a profissão pode trazer diversos sintomas: o estresse excessivo, cansaço além do esperado e queda na performance. Esses são os principais sinais da existência de algum problema a ser ajustado. Sobretudo, é importante analisar minuciosamente como anda a sua saúde para entender se é o momento de buscar novos ares”, complementa a especialista.
Já 28,98% (7.538) estão alegres com suas jornadas e não pensam em mudar. “É fundamental sentir-se confortável com o ofício. A construção de um caminho de sucesso depende, significativamente, da motivação”, diz Vitoria.
Ainda para 19,86% (5.167) dependeria de algumas circunstâncias, mas ponderariam. “Quando não nos sentimos bem em alguma atividade é importante traçar uma estratégia. É fundamental estar firme na decisão e para facilitar o processo, busque contato com outros para entender na íntegra o funcionamento dessa ocupação”, expõe a analista.
Em contraponto,12,72% (3.309) consideraram fazer a alteração e contam com o apoio da família. No entanto, além desse auxílio, a busca por cursos complementares e conhecimento adicionais pode fortalecer esse momento. “Quando ingressamos em uma área ainda sem experiência, é importante buscar aprendizados para te destacar no mercado, como ferramentas utilizadas, outros idiomas e até mesmo aulas livres”, sugere a recrutadora.
Por fim, 2,02% (526) não se sentem confortáveis em mudar, mas também não estão bem com a escolha inicial. Para Vitoria, esse medo é perigoso e pode desdobrar outras coisas. “Quando não nos sentimos engajados e motivados, o nosso rendimento cai muito, pois é bem desanimador. Isso gera diversos traumas como: oscilações constantes de vaga ou companhia, esgotamento e estafa excessiva em relação às ações exercidas. Tudo isso, pode gerar ainda mais desencanto”, finaliza.
Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago
Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais veículos de propaganda você tem preferência?
Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.
Vantagens da Propaganda no Rádio Offline
Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.
É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio funciona bem demais!
De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim, concretizar suas vendas.
Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline
Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no rádio. Frequentemente, os rádios também são usados como ruído de fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,
A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Em meio a temores no mercado de ingerência política na Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na segunda-feira, 1º, que a semana será de “jogo pesado” com a estatal, sem detalhar qual seria a estratégia do governo ao longo dos próximos dias. Ele disse saber, de forma extraoficial, que a empresa fará um novo reajuste nos preços dos combustíveis dentro de 20 dias. “Isso não pode acontecer.”
As declarações foram dadas a jornalistas na cidade italiana de Anguillara Veneta, onde o presidente recebeu o título de cidadão local. Para comparecer à agenda de caráter pessoal, Bolsonaro deixou de ir à COP-26, na Escócia, que reúne os principais líderes globais para discutir temas relacionados ao meio ambiente.
Questionado sobre o Auxílio Brasil, o programa que substitui o Bolsa Família, o presidente desconversou e disse que a prioridade, neste momento, é a disparada do valor dos combustíveis. “Essa semana vai ser um jogo pesado com a Petrobras. Porque eu indico o presidente. Quer dizer, tem de passar pelo conselho, não sou eu que indicou, passa pelo conselho. E tudo de ruim que acontece lá cai no meu colo. O que é de bom, não cai nada em meu colo”, disse.Publicidadex
“Uma notícia que eu dou para vocês, eu tenho pressa, a Petrobras vai anunciar, eu sei extraoficialmente, novo reajuste daqui a uns 20 dias. Isso não pode acontecer”, acrescentou.
As declarações obrigaram a Petrobras a divulgar comunicado para dizer que os ajustes de preços “são realizados no curso normal de seus negócios” e que “seguem as suas políticas comerciais vigentes”.
Sobre novo reajuste, a estatal informou que não há nenhuma decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) que ainda não tenha sido anunciada ao mercado.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A morte do pianista Nelson Freire nesse momento comove não apenas pelo desaparecimento de um dos grandes nomes da música erudita mundial. É também uma lembrança dolorosa de que o País, em época de guerra civil, ainda é capaz de produzir gênios da raça.
O artista era um representante do Brasil da contenção, da discrição. Quem assistiu ao excelente documentário “Nelson Freire” (2003), de João Moreira Salles, viu um artista circunspecto que extraía a potência de suas performances de seu silêncio e sua intimidade.
Por definição, o ofício de pianista exige disciplina, foco e incontáveis horas de prática. Não é possível virar um virtuoso sem muito suor, longe das câmeras. Esse trabalho solitário combinava com a personalidade de Freire, que refletia não apenas a exuberância cosmopolita do Rio (onde morava), mas também a antiga cultura do interior do País (nasceu em Boa Esperança, em Minas Gerais), que valorizava a educação musical nas casas de família e gerou grandes talentos do piano e também do violão.
Tudo isso desapareceu com a urbanização e com uma espécie de mudança de caráter do País, que nos últimos anos ganhou ares de tragédia.
O cinismo hedonista suplantou a genialidade contida. O Brasil atual, em sintonia com a explosão das redes sociais e da comunicação digital, não valoriza a virtude low profile, mas a ostentação e a estridência popularesca.
A própria música erudita parece deslocada em um momento em que a arte engajada e o ativismo político e identitário abafam a voz comedida e insultam o recato. O pianista é um símbolo da dignidade perdida. Representa o Brasil que deu certo, mas não se reconhece mais.
ACIDENTE NA ESTRADA – Agora é a perda de Nelson José Freire Pinto. Eu era repórter do Jornal do Brasil quando o conheci ainda muito jovem. Nelson, o pai e a mãe, viajavam num ônibus da Viação Cometa. Vinham da estação mineral de Caxambu, em Minas Geraisú. O ônibus tombou e caiu numa ribanceira.
No acidente, Nelson perdeu pai e mãe. Um tragédia terrível, pois o pai morreu abraçado ao filho Nelson, com quem dividia as poltronas do ônibus.
Diante do drama que fui cobrir como repórter, acreditei que a carreira de Nelson Freire, que ainda era aluno de piano e mal tinha começado, acabaria ali. Ainda bem que errei.
Jogador de vôlei Maurício Souza, da seleção brasileira, foi afastado do time em que joga, o Minas Tênis Clube, após a polêmica causada pelo comentário.| Foto: Reprodução
Em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) criminalizou a homofobia, ou seja, este delito não foi criado pelo Poder Legislativo — deputados federais e senadores — sendo esta a instância competente para definir novos ilícitos penais. De acordo com o artigo 1º do Código Penal, “não há crime sem lei anterior que o defina; não há pena sem prévia cominação legal”; o que significa que só existirá crime quando houver uma lei que estabeleça esse delito, e, do mesmo modo, que fixe a respectiva pena; e somente o Poder Legislativo é o órgão competente para emitir uma lei.
Contudo, o Supremo inovou e criou o delito de homofobia, e justificou essa decisão ao afirmar que o Brasil é signatário de tratados internacionais de combate à homofobia, onde se obrigou a criminalizar essa conduta. Contudo, como o Poder Legislativo não criou esse crime, o Congresso estaria em mora, ou seja, estaria atrasado, e, por conta disso, a nossa Suprema Corte criou o ilícito penal de homofobia, e inseriu essa conduta na Lei 7.716/89, que define os crimes de preconceito. Assim, o crime de homofobia estaria equiparado, após a decisão do STF, aos crimes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Na minha opinião as condutas homofóbicas, ou seja, as que discriminam homossexuais deveriam sim ser criminalizadas, contudo, a forma correta de isso ocorrer seria através da edição de uma lei elaborada pelo Congresso nacional, e não por meio de decisão do STF, pois além de violar o artigo 1º do Código Penal, o Supremo interferiu indevidamente, a meu ver, em outro poder.
Pois bem, sobre a conduta do jogador de vólei Maurício Souza, ela se insere no crime de homofobia? No meu entendimento não. O aludido jogador postou em sua rede social Instagram uma foto de um personagem em quadrinhos — o novo superman — beijando um outro homem, onde haveria sinalização, por parte da imagem, que este personagem seria bi ou homossexual.
Ao postar a referida foto, Maurício Souza escreveu a seguinte frase em sua rede social: “Ah, é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”. Logo após esse post, o jogador foi taxado como homofóbico, e vítima de um cancelamento nas redes sociais, o que culminou em sua demissão do Minas Tênis Clube.
Contudo, na minha avaliação técnica e jurídica a “fala” do jogador não se caracteriza como crime de homofobia, pois ele não induziu ou incitou a discriminação ou preconceito aos homossexuais; bem como não incentivou qualquer tipo de violência contra eles e nem praticou nenhuma das outras condutas previstas na lei de racismo, quais sejam: impedir acesso a qualquer cargo na administração direta ou indireta; em estabelecimento comercial; em escola; restaurante ou hotel; obstar promoção funcional; negar ou obstar emprego em empresa privada, dentre outras.
Assim, a fala do jogador se enquadra plenamente na liberdade de opinião, e na liberdade de expressão, que são direitos constitucionais assegurados a qualquer pessoa. Na opinião de Maurício, pode-se extrair que não seria adequado divulgar referidas imagens em quadrinhos infantis, e muitos pais pensam da mesma forma, não se caracterizando, em hipótese alguma, o abominável crime de homofobia.
Este delito, como os de racismo e nazismo, deve ser fortemente combatido, mas jamais banalizado, pois se tudo é homofobia, nada é homofobia. Se tudo é racismo, nada é racismo. Condutas preconceituosas e discriminatórias devem ser severamente punidas, mas antes da realização desta punição, e de tentativa de cancelamentos, deve-se analisar de forma fria e técnica se de fato aquela fala, ou aquela frase se insere na lei dos crimes de preconceito, para que não hajam perseguições indevidas e injustificáveis contra pessoas que apenas estão dando sua opinião, sem discriminar ou ofender ninguém.