Vitória Ribeiro
Estudo mostra grande parte dos indivíduos conscientes de uma possível mudança de área e como o desencanto é improdutivo
Ser feliz é o objetivo da humanidade. Independentemente de qual seja a meta de vida, as pessoas nascem, crescem e o seu desenvolvimento a partir daí é voltado para esse propósito: ser, de algum modo, satisfeito. Nesse sentido, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez um estudo em seu site, entre 23 de agosto e 3 de setembro, com a participação de 26.012 jovens entre 15 e 29 anos, perguntando: “se pudesse mudar de carreira, se sentiria confortável?”. Como resultado, encontramos um cenário com grande parte dos indivíduos tranquilos com a ideia e em busca da felicidade.
Com 36,41% (ou 9.472) dos votos, a maioria dos participantes acredita na importância de ser realizado com a atuação profissional. Todavia, isso é diferente de ter o foco na remuneração. “Pensar apenas no salário pode trazer muitas frustrações porque apesar de ser importante para o nosso entusiasmo, é uma parte pequena quando pensamos em um mês todo desempenhando algumas atividades”, alerta a analista de seleção do Nube, Vitoria Ribeiro.
Nesse sentido, o entusiasmo em relação a isso, envolve um conjunto de fatores como a identificação com as tarefas, a perspectiva de crescimento, entre outros. “O retorno financeiro é apenas um desses pontos, se avaliarmos apenas ele, as chances de decepção são grandes”, continua.
Como saber se está na hora de mudar de área? “A desmotivação com a profissão pode trazer diversos sintomas: o estresse excessivo, cansaço além do esperado e queda na performance. Esses são os principais sinais da existência de algum problema a ser ajustado. Sobretudo, é importante analisar minuciosamente como anda a sua saúde para entender se é o momento de buscar novos ares”, complementa a especialista.
Já 28,98% (7.538) estão alegres com suas jornadas e não pensam em mudar. “É fundamental sentir-se confortável com o ofício. A construção de um caminho de sucesso depende, significativamente, da motivação”, diz Vitoria.
Ainda para 19,86% (5.167) dependeria de algumas circunstâncias, mas ponderariam. “Quando não nos sentimos bem em alguma atividade é importante traçar uma estratégia. É fundamental estar firme na decisão e para facilitar o processo, busque contato com outros para entender na íntegra o funcionamento dessa ocupação”, expõe a analista.
Em contraponto,12,72% (3.309) consideraram fazer a alteração e contam com o apoio da família. No entanto, além desse auxílio, a busca por cursos complementares e conhecimento adicionais pode fortalecer esse momento. “Quando ingressamos em uma área ainda sem experiência, é importante buscar aprendizados para te destacar no mercado, como ferramentas utilizadas, outros idiomas e até mesmo aulas livres”, sugere a recrutadora.
Por fim, 2,02% (526) não se sentem confortáveis em mudar, mas também não estão bem com a escolha inicial. Para Vitoria, esse medo é perigoso e pode desdobrar outras coisas. “Quando não nos sentimos engajados e motivados, o nosso rendimento cai muito, pois é bem desanimador. Isso gera diversos traumas como: oscilações constantes de vaga ou companhia, esgotamento e estafa excessiva em relação às ações exercidas. Tudo isso, pode gerar ainda mais desencanto”, finaliza.
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