domingo, 3 de outubro de 2021

APROVEITAMENTO DO CELULAR VELHO ENCOSTADO

 

Celular novo nem sempre é sinônimo de que o seu aparelho antigo não tem mais serventia

 Por J. D. Biersdorfer – The New York Times

Celular novo nem sempre é sinônimo de que o seu aparelho antigo não tem mais serventia 

Celular novo nem sempre é sinônimo de que o seu aparelho antigo não tem mais serventia PUBLICIDADE

Depois de comprar um novo smartphone ou tablet, resta a você uma decisão: o que fazer com seu antigo dispositivo? Vender, doar ou reciclar um equipamento que não vai mais ser usado são opções populares, assim como passar um telefone que ainda funciona para um familiar. Mas você tem inúmeras outras maneiras de encontrar outros usos proveitosos de um hardware antigo sem investir muito dinheiro nisso.

Aqui estão algumas ideias de como aproveitar melhor seu dispositivo relegado:

Transforme-o em um reprodutor de mídias

Precisa de uma televisão extra na cozinha ou no home office? Se você contratar uma TV por assinatura ou um serviço de streaming, seu telefone ou tablet antigo pode assumir esse posto. Basta baixar o aplicativo da operadora de TV ou do serviço de streaming (Amazon Prime VideoDisney +Netflix ou qualquer outro) e fazer login em sua conta. Deixe o dispositivo perto de uma tomada para que ele possa funcionar com energia elétrica enquanto você assiste, já que há boas chances de a bateria de seu dispositivo antigo não estar nas melhores condições.

Da mesma forma, você pode deixar seu telefone antigo em um suporte multifuncional que faz as vezes de alto-falante, mas também carregador e ter um sistema de som na estante para escutar músicas e podcasts. Ou você pode manter o telefone conectado ao carregador e transmitir música para uma caixa de som portátil sem fio por perto via bluetooth. Os suportes multifuncionais elétricos para celulares podem ser encontrados na internet e há uma grande variedade de produtos disponíveis.

E mesmo que precisem permanecer conectados ao carregador, tablets antigos também funcionam como bons leitores de livros digitais ou porta-retratos digitais para exibir uma sequência de imagens.

Controle universal

Eletrodomésticos inteligentes, bibliotecas de música, televisões conectadas à internet — tantas coisas podem ser controladas por aplicativos atualmente, então, que tal converter seu telefone ou tablet antigo em um controle remoto universal? Existe uma grande variedade de aplicativos de controle remoto de terceiros disponíveis, mas muitas empresas de tecnologia (AmazonAppleGoogleLGRoku Samsung, para citar algumas) têm seus próprios programas. Basta dar uma olhada na sua loja de aplicativos para encontrar um software que corresponda ao seu hardware.

E mesmo se você ainda não tiver perdido o minúsculo controle remoto que veio com o set-top do aparelho, o teclado na tela incluído na maioria dos aplicativos facilita na hora de digitar senhas. (A Apple, que costumava ter um aplicativo de controle remoto independente, incorporou o software de controle remoto da Apple TV ao sistema operacional no iOS 12, mas ainda tem um aplicativo de controle remoto iTunes para os usuários de iPhone/iPad terem acesso a suas coleções de músicas no iTunes armazenadas em Macs e PCs).

Divirta-se jogando

Dependendo do processador e do estado da bateria, você pode dar um novo destino ao seu antigo dispositivo usando-o para jogar. Apagar todos os dados antigos para usá-lo dá a você mais espaço para baixar e armazenar novos jogos.

Jogar games antigos em seu velho telefone talvez tenha um apelo nostálgico e é possível encontrar muitos clássicos transformados em apps para celulares na loja de aplicativos. E você não precisa se limitar a jogos autônomos. Serviços de assinatura como o Apple Arcade e o Stadia do Google podem rodar em muitos dispositivos móveis e você pode transmitir seus games (e outros vídeos) para uma tela maior se estiver usando o Google Chromecast no modo de jogos ou o sistema Airplay para espelhar a tela de um dispositivo da Apple na Apple TV.

Se nunca lhe passou pela cabeça usar o touch screen para jogar, considere encaixar botões de controle especiais em seu antigo telefone; os botões direcionais (D-pad) e os thumbsticks dão um toque a mais na hora do game. 

Entretenimento e Educação

Se você decidiu que seu filho pode usar um telefone ou tablet de segunda mão para jogos e aplicativos educacionais, tire um tempinho para verificar as configurações antes de entregar o dispositivo a ele e, assim, proteger vocês dois. Primeiro, visite a área de configurações e apague as informações pessoais do antigo dono.

Em seguida, crie uma conta para a criança e configure os controles parentais para o tempo de tela, compras de aplicativos e acesso à internet. Os sistemas operacionais para Amazon, Android, Apple e Samsung incluem configurações de controle parental semelhantes.

Se o telefone ainda tiver uma câmera que funciona (e for capaz de manter a carga por uma hora ou mais), você também pode usá-lo para ensinar os fundamentos da fotografia. Colocar crédito na conta da loja de aplicativos da criança com um vale-presente pré-pago pode ajudar na compreensão de habilidades como o gerenciamento de dinheiro. E se a bateria velha do dispositivo acabar depois de uma hora, você pode dar explicações a respeito de gerenciamento de tempo./TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

MARKETING DIGITAL PARA EVENTOS

 

Even3 – Leandro Reinaux

Estratégias do universo digital estão ajudando na reinvenção do setor de eventos em formatos online, que viraram uma das principais estratégias de comunicação de empresas e instituições de ensino diante das limitações físicas impostas pela pandemia

Os eventos online vieram para ficar. Segundo uma pesquisa realizada pelo LinkedIn com 200 organizadores de ativações B2B no país, 83% dos participantes vão continuar trabalhando com esse modelo nos próximos doze meses ou mais, e 93% acreditam que a tendência vai continuar no futuro. Pensando nisso, o especialista Leandro Reinaux, CEO e cofundador da Even3, startup que simplifica eventos online, elencou sete dicas de marketing digital para impulsionar a participação e engajamento desse formato virtual em 2021.

“Para o sucesso do evento online, é importante não só utilizar tecnologia para simplificar o processo, como estratégias de marketing digital – fundamentais hoje para qualquer negócio. Não basta criar o evento com a melhor programação, os melhores palestrantes e a melhor ferramenta se você não conseguir alcançar o seu público de interesse. Por isso, as ações para promoção do evento e da empresa ou organizador são tão importantes”, explica Leandro. 

Confira as dicas: 

Invista em Marketing de Conteúdo

O marketing de conteúdo é hoje a estratégia mais utilizada por empresas do mundo todo para captar novos clientes. “Com o marketing de conteúdo, você pode engajar mais seu público, aumentar a taxa de atração e retenção de clientes, e, sobretudo, torna-se referência no seu segmento de atuação”, acrescenta. 

Você pode fornecer ao seu público conteúdos úteis e relevantes, como os temas que serão abordados nas palestras, sua importância, a grade de programação do evento, os palestrantes em destaque, entre outros. Assim, além de gerar valor, também é possível aumentar as vendas de entradas para o seu evento. Não se esqueça de que a divulgação precisa ser direcionada para um público específico/de interesse. 

Utiliza o site da Valeon para seu evento 

Além de garantir melhor fluxo das informações, um site para o evento permite que o mesmo seja encontrado pelas ferramentas de busca, como o Google. Dessa forma, fica ainda mais fácil do público encontrar seu evento, participar e ter acesso a todo o conteúdo.

Marque presença nas redes sociais

Segundo um estudo realizado pela Rock Content, 91,3% dos internautas acessam suas redes sociais diariamente. E, dentre as redes sociais mais utilizadas, o Instagram e o Facebook ganham disparadamente das demais, com 92,5% e 92,1% respectivamente de usuários ativos e a Startup Valeon participa ativamente das redes sociais.

Além do compartilhamento de conteúdo relevante sobre o evento, as redes sociais devem ser utilizadas como uma ponte de relacionamento com o seu público – para isso, identifique seu público e em qual ou quais redes sociais ele está presente. 

Anúncios patrocinados

Segundo a pesquisa do The Boston Consulting Group, 56% dos usuários da internet estão propensos a clicar em um anúncio. Diferentemente das mídias de massa, as mídias digitais possibilitam anúncios por um custo menor.

Neste meio, é possível segmentar os anúncios conforme gênero, idade, localização, hábitos de consumo e comportamentais, dentre uma série de outros fatores nas diferentes redes sociais. “É importante considerar que o canal ideal para investir em mídia vai variar conforme o público e a área de atuação”, acrescenta Leandro. A Startup Valeon é canal ideal para o seu investimento nas mídias sociais e essa máquina de vendas vai ajudar muito para alavancar as suas vendas.

Aposte no e-mail marketing

O e-mail não morreu, pelo contrário. De acordo com a Rock Content, em 2018, 97,6% dos usuários da internet possuem e-mail e 95,9% acessam diariamente sua caixa de entrada. Além disso, 76,8% das pessoas já efetuaram alguma compra por causa de um e-mail marketing que receberam.

“A principal vantagem é gerar relacionamento com o público de forma direta, por isso, o conteúdo deve ser totalmente personalizado e pode variar conforme o perfil ao qual você direciona a mensagem”. 

Landing Pages da Valeon

Outra alternativa é criar uma Landing Page. Nela é possível inserir informações detalhadas sobre o evento para os participantes e potenciais participantes – tudo de forma personalizada. Além disso, uma página de destino é fundamental para consultar informações sobre o evento. É possível combinar a estratégia com o e-mail marketing, por exemplo. 

Realizar Webinars

Na prática, webinars são transmissões online que permitem especialistas compartilharem conhecimento por meio de vídeo e áudio. Geralmente webinars possuem um espaço de chat onde os ouvintes podem enviar dúvidas ou perguntas.

“Se você estiver planejando um evento de grande porte pode ser interessante criar alguns webinars para conversar com potenciais interessados. É uma forma de fomentar a expectativa dos participantes e tirar dúvidas”, finaliza Leandro. 

PITCH DA ValeOn

1 – PROBLEMAS QUE A STARTUP ValeOn RESOLVE:

A dinâmica empresarial cria fluxos no qual a população busca por produtos e serviços cada vez mais especializados. Desse modo a dinâmica e a rede comercial gera interferências em todas as cidades aqui do Vale do Aço.

Existem as mudanças de costumes e hábitos inseridos na sociedade que por meio das tecnologias acessíveis e do marketing chegam até aos menores lugares, levando o ideário de consumismo e facilitando que esses locais igualmente tenham oportunidade de acesso aos diversos produtos.

A facilidade no acesso as novas tecnologias, à propaganda e estímulo ao consumismo fazem com que mesmo, com o comércio físico existente nessas cidades, ocorra a difusão das compras por meio da internet.

O setor terciário agrega as atividades que não fazem e nem reestruturaram objetos físicos e que se concretizam no momento em que são realizadas, dividindo-se em categorias (comércio varejista e atacadista, prestação de serviços, atividades de educação, profissionais liberais, sistema financeiro, marketing, etc.)

Queremos destacar a área de marketing que é o nosso negócio que contribui na ampliação do leque de informações através da publicidade e propaganda das Empresas, Serviços e Profissionais da nossa região através do site que é uma Plataforma Comercial da Startup ValeOn.

A Plataforma Comercial da Startup ValeOn é uma empresa nacional, desenvolvedora de soluções de Tecnologia da informação com foco em divulgação empresarial. Atua no mercado corporativo desde 2019 atendendo as necessidades das empresas que demandam serviços de alta qualidade, ganhos comerciais e que precisam da Tecnologia da informação como vantagem competitiva.

Nosso principal produto é a Plataforma Comercial ValeOn um marketplace concebido para revolucionar o sistema de divulgação das empresas da região e alavancar as suas vendas.

A Plataforma Comercial ValeOn veio para suprir as demandas da região no que tange à divulgação dos produtos/serviços de suas empresas com uma proposta diferenciada nos seus serviços para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

2 – O QUE FAZ A STARTUP ValeOn

A Statup ValeOn através do seu site que é uma Plataforma Comercial feita para fazer publicidade e propaganda online das Empresas, Serviços e Profissionais Liberais da região do Vale do Aço para as suas 27 (vinte e sete) cidades.

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

3 – VALEON É UM MARKETPLACE – QUE FAZ UM MARKETPLACE?

Marketplace é um site de comércio eletrônico no qual são anunciados produtos das empresas, serviços e profissionais liberais dos parceiros anunciantes.

Um marketplace funciona como um shopping virtual e dessa forma as vantagens desse modelo de negócio atinge todos os envolvidos.

Os consumidores podem comparar os preços, orçamentos e avaliações de vários profissionais nesta vitrine online de conquistar mais clientes.

Marketplace é na realidade uma junção de palavras: Market (mercado em inglês) e Place (lugar em inglês). É basicamente, um lugar onde se faz comércio.

O marketplace remete a um conceito mais coletivo de vendas online. Nessa plataforma, diferentes lojas podem anunciar seus produtos dando aos consumidores um leque de opções.

4 –  MERCADO DA STARTUP ValeOn

O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O QUE OFERECEMOS E VANTANGENS COMPETITIVAS

  • Fazemos anúncios de publicidade para vários tipos de Empresas, Serviços e para Profissionais Liberais;
  • Temos excelente custo x benefício;
  • Nossos sites: (https://valedoacoonline.com.br/ e https://valeonnoticias.com.br/) têm grande penetração no mercado consumidor com um bom marketing fit que satisfaz esse mercado;
  • A nossa Plataforma Comercial ValeOn permite total flexibilidade de anúncios, promoções e de produtos, além de oferecer serviços de divulgação de Ofertas de Supermercados e de Veículos;
  • Os resultados são mensurados através de métricas diária/mensal;
  • O seu negócio estará disponível para milhares de Internautas através de uma vitrine aberta na principal avenida do mundo, 24 horas por dia, 7 dias da semana;
  • A sua empresa fica visível para milhares de pessoas que nem sabiam que ela existe;
  • Somos altamente comprometidos com os nossos clientes no atendimento de suas demandas e prazos e inteiramente engajados para aumentar as suas vendas.

5 – DIFERENCIAL DA STARTUP ValeOn?

  • Eficiência: A ValeOn inova, resolvendo as necessidades dos seus clientes de forma simples e direta, tendo como base a alta tecnologia dos seus serviços e graças à sua equipe técnica altamente capacitada.
  • Acessibilidade: A ValeOn foi concebida para ser utilizada de forma simples e fácil para todos os usuários que acessam a sua Plataforma Comercial , demonstrando o nosso modelo de comunicação que tem como princípio o fácil acesso à comunicação direta com uma estrutura ágil de serviços.
  • Abrangência: A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.
  • Comprometimento: A ValeOn é altamente comprometida com os seus clientes no atendimento das suas demandas e prazos. O nosso objetivo será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar para eles os produtos/serviços das empresas das diversas cidades que compõem a micro-região do Vale do Aço e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

6 – OBJETIVOS FUTUROS DA STARTUP ValeOn

Vamos tornar a nossa marca ValeOn conhecida em toda a região como uma forma de ser desenvolvedora do comércio da região e também de alavancar as vendas do comércio local.

7 – DESCRIÇÃO DA STARTUP ValeOn

A Plataforma Comercial da ValeOn é um site moderno, responsivo, profissional, projetado para atender às necessidades dos serviços da região onde existem várias formas de busca: por cidades, por empresas, por produtos, por atividades, por município e por procura.

Detalhe interessante dessa inovação da ValeOn é que os lojistas/prestadores de serviços/profissionais autônomos inscritos na Plataforma não precisarão fazer nenhuma publicidade ou propaganda, quem o fará é a equipe da ValeOn responsável pela plataforma.

Sobre a publicidade de divulgação dos nossos clientes será feita em todas as redes sociais: Facebook, Instagran, WhatsApp, Google, Linkedin, Rádios locais, Jornais locais e onde for possível fazê-la.

Ao entrar no nosso site você empresário e consumidor terá a oportunidade de verificar que se trata de um projeto de site diferenciado dos demais, pois, “tem tudo no mesmo lugar” e você poderá compartilhar além dos conteúdos das empresas, encontrará também: notícias, músicas e uma compilação excelente das diversas atrações do turismo da região.

8- EQUIPE DA ValeOn

Somos PROFISSIONAIS ao extremo o nosso objetivo é oferecer serviços de Tecnologia da Informação com agilidade, comprometimento e baixo custo, agregando valor e inovação ao negócio de nossos clientes e respeitando a sociedade e o meio ambiente.

Temos EXPERIÊNCIA suficiente para resolver as necessidades dos nossos clientes de forma simples e direta tendo como base a alta tecnologia dos nossos serviços e graças à nossa equipe técnica altamente especializada.

A criação da startup ValeOn adveio de uma situação de GESTÃO ESTRATÉGICA apropriada para atender a todos os nichos de mercado da região e especialmente os pequenos empresários que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.

Temos CONHECIMENTO do que estamos fazendo e viemos com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e estamos desenvolvendo soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

9 – CONTATOS

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

sábado, 2 de outubro de 2021

NOVAS REGRAS ELEITORAIS PARA 2022

 

Novas leis

Por
Isabella Mayer de Moura – Gazeta do Povo

Cronograma de Carga e Lacração – preparação da urnas para o 2° turno das Zonas Eleitorais do Paraná – Tags: eleições2018, eleições, voto, sulfrágio, Tribunal, urna eletronica. Fotos: André Rodrigues

Urnas eletrônicas usadas nas eleições.| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo / Arquivo

Muitas mudanças eleitorais foram, e ainda estão sendo, discutidas pelo Congresso brasileiro ao longo de 2021. Mas poucas propostas foram aprovadas pelo Congresso a tempo de valer para as eleições de 2022. Como neste sábado (2) o país estará a exatamente um ano do primeiro turno das eleições, somente aquilo que foi aprovado pelos parlamentares até agora vai valer na disputa do ano que vem. Isso porque a legislação exige que mudanças nas eleições têm de ser aprovadas com pelo menos um ano de antecedência.

O Código do Processo Eleitoral, por exemplo, que traria as alterações mais substanciais, ainda está em tramitação no Senado. Mas o pleito do ano que vem terá algumas novas normas. A principal delas, segundo especialistas em Direito Eleitoral ouvidos pela Gazeta do Povo, é a que dá peso maior para os votos obtidos por mulheres e negros para calcular, posteriormente, a distribuição da verba dos fundos eleitoral e partidário. O objetivo da nova lei é incentivar candidaturas desses grupos minoritários na representação política. 

Confira a seguir o que mudará nas eleições do ano que vem, o que já foi aprovado para valer em outras eleições que não a de 2022, o que ainda está em discussão e quais as proposições que foram descartadas.

O que muda para as eleições de 2022
Incentivo financeiros às candidaturas de mulheres e de negros

Os votos obtidos por candidatos negros e mulheres à Câmara de Deputados terão peso duplicado no cálculo de distribuição dos fundos partidário e eleitoral. A contagem em dobro, porém, valerá apenas uma vez. Ou seja, uma candidata negra não terá os votos duplicados duas vezes por ser mulher e negra. A medida vale para as eleições de 2022 até as de 2030. O objetivo da nova regra é incentivar que os partidos invistam nas candidaturas desses grupos.

Para o advogado especialista em Direito Eleitoral Francisco Emerciano, essa é a principal mudança que entrará em vigor nas eleições de 2022 e que pode ter o efeito de reduzir as chamadas “candidaturas laranjas” – quando mulheres são formalizadas como candidatas apenas para cumprir a cota obrigatória de gênero, sem nem mesmo fazer campanha.

Essa mudança consta da Emenda Constitucional da Reforma Eleitoral.

Fidelidade partidária mais flexível

Deputados federais, estaduais, distritais e vereadores poderão deixar o partido pelo qual foram eleitos sem perder o mandato, caso a legenda concorde com a saída – um entendimento que já vinha sendo adotado pela Justiça Eleitoral. Essa mudança consta da Emenda Constitucional da Reforma Eleitoral.

Essa possibilidade se soma a outras justificativas já previstas na Constituição para que um parlamentar deixe o partido sem perder o mandato: grave discriminação política pessoal contra o legislador; mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;  incorporação, fusão do partido ou criação de novo partido; e a chamada “janela partidária”, período de 30 dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, que ocorre seis meses antes do pleito.

Federação partidária para salvar pequenos partidos

As coligações de partidos para as eleições de deputado e vereador não voltaram a ser permitidas. Mas a Lei 14.208 permite que partidos políticos criem federações partidárias – um novo dispositivo legal que permite que as legendas se unam e atuem como se fossem uma única agremiação partidária. A principal diferença em relação às coligações é que, sob a federação, os partidos deverão atuar juntos, tanto na eleição quanto na legislatura, permanecendo filiados à federação por pelo menos quatro anos. A mudança deve beneficiar partidos pequenos

A lei determina que as federações terão abrangência nacional e devem respeitar as normas que regem as atividades dos partidos políticos no que diz respeito às eleições, “inclusive no que se refere à escolha e registro de candidatos para as eleições majoritárias e proporcionais, à arrecadação e aplicação de recursos em campanhas eleitorais, à propaganda eleitoral, à contagem de votos, à obtenção de cadeiras, à prestação de contas e à convocação de suplentes”.

“As coligações partidárias sempre foram muito criticadas por representarem alianças de conveniência para as eleições, sem compromisso ideológico ou programático”, diz Luiz Eduardo Peccinin, advogado especialista em Direito Eleitoral. Ele lembra também que elas confundiam o eleitor, já que os votos de um candidato ou partido poderiam ajudar a eleger concorrentes de outras siglas – que nem sempre tinham a mesma orientação ideológica.

“As federações, por sua vez, impõem um compromisso nacional a esses partidos, que perdura por toda a legislatura, estimulando um compromisso duradouro e programático das agremiações, que não se encerra com as eleições”, diz Peccinin.

Já Francisco Emerciano afirma que a criação das federações partidárias dá sobrevida a pequenos partidos que, com a extinção das coligações, corriam o risco de perder recursos do fundo partidário e tempo de propaganda gratuita em rádio e televisão. O PCdoB, por exemplo, é apontado como um dos principais beneficiários da nova lei, tendo liderado os esforços para que o veto do presidente fosse derrubado.

Contudo, o especialista lembra que a lei vai na contramão da tentativa de reduzir o número de partidos políticos no Brasil. Essa foi a justificativa dada pelo presidente Jair Bolsonaro ao vetar integralmente o projeto das federações partidárias – o veto, contudo, foi derrubado pelo Congresso.

“A vedação às coligações partidárias nas eleições proporcionais, combinada com as regras de desempenho partidário para o acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão, tiveram por objetivo o aprimoramento do sistema representativo, com a redução da fragmentação partidária e, por consequência, a diminuição da dificuldade do eleitor de se identificar com determinada agremiação. Assim, a possibilidade da federação partidária iria na contramão deste processo, o que contraria interesse público”, escreveu Bolsonaro na justificativa do veto.

Gestores públicos que tiveram suas contas rejeitadas por ato de improbidade administrativa, mas que não geraram prejuízo aos cofres públicos ou que foram punidos apenas com o pagamento de multa, não perderão o direito de concorrer a cargos públicos.

A lei foi sancionada na quinta-feira (30) por Bolsonaro, que argumentou que é preciso “evitar sanções desproporcionais para quem foi punido por infrações meramente formais, com pequeno potencial ofensivo, que não tenham causado danos ao Erário nem enriquecimento ilícito aos agentes”.

Até então, a legislação previa a inelegibilidade, por oito anos, dos gestores que tiveram suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por “ato doloso de improbidade administrativa e por decisão irrecorrível do órgão competente”.

Sobras eleitorais

O Congresso aprovou outra lei que muda regras eleitorais, sancionada por Bolsonaro nesta sexta-feira (1.º). Ela altera aspectos da distribuição das chamadas “sobras eleitorais”, que são as cadeiras do legislativo não preenchidas pelos critérios do sistema proporcional.

Essas sobras são disputadas pelos partidos que não atingiram o quociente eleitoral (número de votos válidos dividido pelo número de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral – Câmara dos Deputados, assembleias legislativas e câmaras municipais – desprezada a fração).

A nova lei prevê que poderão concorrer a essas cadeiras apenas partidos que alcançarem pelo menos 80% do quociente eleitoral, e os candidatos que tenham obtido votos em número igual ou superior a 20% desse quociente. Se nenhum partido alcançar o quociente eleitoral, serão eleitos os candidatos mais votados.

O texto também determina que cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no total de até 100% do número de lugares a preencher mais um – na lei até então em vigor, o número era de 150%.

O presidente, porém, vetou dois trechos que haviam sido aprovados pelo Congresso, os quais possibilitavam que partidos registrassem candidatos no total de até 150% das respectivas vagas em unidades da Federação com menos de 18 cadeiras na Câmara dos Deputados ou em municípios com menos de 100 mil habitantes. Esses vetos ainda precisam ser apreciados pelo Congresso.

Mudanças aprovadas que só valem depois das eleições de 2022
Consultas populares sobre decisões de Câmaras Municipais

Consultas populares locais sobre questões aprovadas pelas Câmaras de Vereadores poderão ser realizadas junto com as eleições municipais. As consultas precisam ser encaminhadas à Justiça Eleitoral 90 dias antes do dia das eleições. Contudo, manifestações contrárias ou favoráveis a essas propostas não poderão ser promovidas em propagandas gratuitas no rádio e na televisão.

Data de posse para presidentes e governadores

A partir das eleições de 2026, o presidente e o vice eleitos tomarão posse em 5 de janeiro do ano seguinte ao pleito eleitoral. Os governadores e seus vices, por sua vez, começarão seus mandatos em 6 de janeiro.

A data da posse de presidente e governadores eleitos em 2022 continua sendo 1.º de janeiro.

Propostas eleitorais ainda em debate
As mudanças eleitorais mais extensas e significativas estão no projeto que cria o Código do Processo Eleitoral, mas ele não foi aprovado a tempo de valer nas eleições do próximo ano.

Entre as principais propostas em discussão estão:

Tipificação do crime de caixa dois, com pena de dois a cinco anos de prisão e multa – mais leves do que as que vinham sendo aplicadas no âmbito da Lava Jato em algumas situações em que a prática era considerada como corrupção.
Proibição da divulgação de pesquisas eleitorais na véspera e dia das eleições.
Criminalização da divulgação sistemática de notícias falsas que questionem a integridade do processo eleitoral, com pena de um a quatro anos de prisão.
Descriminalização do transporte de eleitores, punindo o ato apenas com aplicação de multa – a legislação atual prevê prisão de até seis anos, além de multa.
Descriminalização da propaganda eleitoral de boca de urna, os comícios, as carreatas e o uso de alto-falantes para fazer campanha política no dia da eleição.
Utilização de recursos do fundo partidário para “gastos de interesse partidário” – o que pode abrir brecha para que dirigentes usem a verba para seu próprio proveito, como compra de bens.
Contratação de empresas privadas, pelas legendas, para auditoria de contas dos partidos políticos – o que é feito atualmente pela Justiça Eleitoral.
Redução do prazo, de cinco para dois anos, para a Justiça Eleitoral analisar a prestação de contas dos partidos.
Redução do valor da multa aplicada a partidos em caso de reprovação das contas apresentadas, com teto de R$ 30 mil para multas.
Permissão para que o Congresso casse decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), caso entenda que as regulamentações do órgão estejam em desacordo com o Código.
Quarentena eleitoral de cinco anos para militares, policiais, juízes e membros do Ministério Público, após afastamentos dos cargos públicos. Ou seja, eles não poderia disputar eleições por pelo menos cinco anos depois de deixar seus cargos.
O texto do Código Eleitoral, com mais de 900 artigos, foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 9 de setembro. E agora está sendo analisado pelo Senado.

Temas que ficaram de fora
Durante o ano também foram discutidas outras possibilidades de alteração das regras eleitorais, como a volta das coligações partidárias nas eleições de deputado e vereador e até mesmo uma proposta que previa acabar com o segundo turno das eleições para presidente, governadores e prefeitos a partir de 2024. Essas propostas não foram aprovadas pelo Congresso.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/eleicoes-2022-o-que-muda-nas-regras-eleitorais/
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ABORTO UMA QUESTÃO MUNDIAL

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

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Quem ainda acreditava que o movimento abortista se preocupava com a integridade física da mulher quando pedia a legalização do aborto, para que a prática deixasse de ser feita de forma caseira e arriscada e pudesse ser realizada de forma “segura” (entre aspas, pois se trata de procedimento que sempre traz riscos para a gestante) em um hospital, teve a chance de perceber, no começo deste ano, que essa suposta preocupação nunca passou de fachada. Uma ONG abortista, o Instituto Anis, e um hospital mineiro se juntaram para publicar uma cartilha ensinando mulheres a abortar em casa, usando o medicamento misoprostol e contando apenas com a orientação de um médico de maneira remota, na chamada “telemedicina”, prática que cresceu devido à pandemia de Covid-19.

Prova de que a cartilha do “teleaborto” só podia ter vindo de mentes nada preocupadas com a saúde da mulher é o fato de a publicação contrariar uma enorme lista de recomendações, orientações e determinações que tratam do risco de se cometer um aborto caseiro. A começar pelo próprio fabricante do misoprostol, segundo o qual o medicamento (que pode causar sangramento e ruptura uterina) só pode ser ministrado em ambiente hospitalar, com manipulação “feita por especialista” – a orientação da bula foi reforçada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, o Ministério da Saúde deixou claro que o aborto, mesmo nos casos em que a lei não prevê punição, não é contemplado pelas regras que regem a telemedicina, pois trata-se de procedimento que exige necessariamente a avaliação e um acompanhamento presenciais de uma equipe multidisciplinar. A diretriz foi reforçada pelo Conselho Federal de Medicina, que negou a possibilidade do teleaborto.

Prova de que a cartilha do “teleaborto” só podia ter vindo de mentes nada preocupadas com a saúde da mulher é o fato de a publicação contrariar uma enorme lista de recomendações, orientações e determinações sobre o risco de um aborto caseiro

Tudo isso sem levar em conta que a cartilha ainda poderia ser usada para que se cometessem abortos fora das excludentes de punibilidade previstas no artigo 128 do Código Penal, já que os meios de se atestar a violência sexual ou o risco de vida para a mãe (circunstâncias em que o aborto não é punido, além do caso de anencefalia, após decisão de 2012 do STF) estariam prejudicados pela alegada impossibilidade de a gestante ser pessoalmente avaliada por um profissional médico. Estaria aberta a porta para a possibilidade de um crime ser cometido indiscriminadamente e impunemente, em residências de todo o Brasil – e com aval do Ministério Público Federal e do Poder Judiciário.

Em maio, a Procuradoria da República em Minas Gerais e a Defensoria Nacional dos Direitos Humanos começaram a contestar a cartilha – as notas do Ministério da Saúde e da Anvisa foram uma resposta a pedidos de providências. No entanto, dois meses depois, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, comandada pelo subprocurador-geral da República Carlos Alberto Vilhena, emitiu nota técnica em julho endossando a cartilha. Para isso, precisou ignorar completamente as orientações do fabricante do medicamento e as determinações do Ministério da Saúde, da Anvisa e do CFM. Em outra frente, a judicial, os defensores da vida dentro do MPF também saíram derrotados quando uma juíza de Minas Gerais decidiu em favor da cartilha – curiosamente, entre os amici curiae aceitos pela magistrada figuram várias entidades abortistas, repetindo expediente usado pela ministra Rosa Weber, do STF, que em audiências públicas a respeito da ADPF 442 escancarou seu viés ao chamar grupos defensores da legalização do aborto em número muito maior que o de organizações pró-vida.


O aborto, lembremos, é inaceitável porque sempre resulta na eliminação de um ser humano indefeso e inocente. Sempre – seja permitido ou proibido pela lei, seja realizado em um hospital de primeira linha, com acompanhamento médico, ou de forma caseira e solitária. De forma acintosa e irresponsável, membros do MPF e do Poder Judiciário que negam a dignidade do ser humano por nascer colocam as próprias convicções acima da legislação penal sobre o aborto, acima das autoridades médicas e sanitárias e acima das recomendações dos próprios responsáveis por um medicamento abortivo, para promover uma legalização tácita de uma prática que a lei brasileira considera crime.

Se uma mulher tiver complicações decorrentes do uso caseiro do misoprostol e falecer, quem haverá de ser responsabilizado? O Instituto Anis e a Universidade Federal de Uberlândia? O subprocurador Vilhena e a juíza Thatiana Campelo? Ou essa gestante será varrida para baixo do tapete e considerada um “efeito colateral” da garantia de um “direito humano” – no caso, o direito de matar um ser humano indefeso e inocente? O incentivo e o endosso ao aborto caseiro escancaram a hipocrisia do movimento abortista e de todos os que o apoiam nas estruturas institucionais brasileiras.


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BOLSONARO VAI SE FILIAR AO PTB DE ROBERTO JEFFERSON

 

Eleições 2022
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília

Presidente do PTB, Roberto Jefferson, autorizou negociações para filiação de Bolsonaro ao partido| Foto: PTB/Divulgação

A executiva nacional do PTB pretende entregar ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na próxima semana uma carta de incentivo de filiação ao partido. A movimentação ocorre após o aval do presidente afastado da sigla, Roberto Jefferson, que está preso preventivamente por conta do inquérito da milícia digital, que é uma continuidade do inquérito dos atos antidemocráticos do Supremo Tribunal Federal (STF).

Interinamente na presidência do PTB, Graciela Gienov assumiu as negociações para filiação de Bolsonaro junto ao filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). Segundo Gienov, o assunto já está pacificado dentro da sigla e conta com a chancela de todos os presidentes estaduais do partido.

“O PTB quer muito que ele [Bolsonaro] venha. Foi unanimidade entre o partido. Cem por cento fechado com ele. Nosso estatuto condiz com o que Bolsonaro representa e nós alinhamos o nosso partido com as pautas conservadoras de direita e fizemos várias trocas durante esses dois anos e preparamos o partido para receber o nosso Jair Messias Bolsonaro”, afirmou Graciela Gienov à Gazeta do Povo.

Apesar disso, o avanço das negociações chegou a incomodar alguns correligionários do PTB que começaram a se movimentar internamente de forma contrária à filiação de Bolsonaro. No entanto, Roberto Jefferson, que apesar de preso e de estar internado em um hospital do Rio de Janeiro, determinou que um conselho fosse criado para analisar os casos dos “murmuradores”.

Além da presidente em exercício, a comissão para organizar a filiação será composta pelos deputados federais Marcelo Moraes (RS), Paulo Bengtson (PA), Emanuel Pinheiro (MT), pelo presidente do PTB de Sergipe, Rodrigo Valadares, e pelos deputados estaduais Marcos Vinicius (RJ) e Mical Damasceno (MA). “Eu estou fazendo essas conversas porque me comunico com o Roberto Jefferson. Nós nos comunicamos por carta. Então todos os passos que estou dando são em comunicação com o nosso presidente Roberto. Então estamos alinhadíssimos”, completou Gienov .

O que Bolsonaro quer para se filiar ao PTB
Desde que deixou o PSL, em 2019, Bolsonaro tem imposto como condicionante para sua filiação o controle dos diretórios partidários. Desde então, apenas o agora ex-presidente do Patriota Adilson Barroso havia cedido todo o espaço na sigla para o chefe do Palácio do Planalto. A manobra, no entanto, acabou provocando uma mobilização de outros integrantes do partido, e recentemente Adilson Barroso acabou perdendo todos os cargos que ocupava na executiva.

Para se filiar ao PTB, Bolsonaro pretende escolher todos os candidatos que irão disputar o Senado Federal nas 27 Unidades da Federação. A estratégia visa reforçar a bancada na Casa, caso consiga sua reeleição no ano que vem. Atualmente, o Senado tem travado pautas para o Executivo, como a indicação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF) e a CPI da Covid, por exemplo.

Em outra frente, Bolsonaro também quer indicar nomes para as candidaturas aos governos estaduais. Segundo aliados bolsonaristas, o presidente quer evitar que candidatos de outros partidos “surfem” na sua popularidade e depois “governem” contra o Palácio do Planalto. Entre os exemplos, aliados citam o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que teria sido eleito em 2018 com o “BolsoDoria”.

“Ele terá, se ele quiser ele terá [poder de indicação]. Isso já está garantindo. Ele vindo a gente vai sentar e fazer a discussão partidária. Vamos conversar estado por estado. Se ele aceitar o nosso convite, provavelmente vamos fazer tudo em conjunto, PTB junto com o nosso presidente. Ele vai ser o nosso maior líder e vamos trabalhar para reconduzi-lo à presidência”, afirma Graciela Gienov.

Uma prévia da proposta que será entregue a Bolsonaro indica que o presidente também terá o direito de indicar nomes para a executiva do partido. Roberto Jefferson será mantido no comando da sigla, enquanto Bolsonaro será “presidente de honra”.

Além de Bolsonaro, partido deve receber parte da bancada do PSL
Bolsonaro tem sido pressionado por deputados aliados para escolher ainda neste ano uma legenda, facilitando a filiação dentro da chamada janela partidária do ano que vem. Caso escolha o PTB, Bolsonaro deve levar para a sigla cerca de 30 deputados que atualmente estão filiados ao PSL.

“Vou para onde o presidente da República me chamar. Acho o PTB uma boa escolha, tem um estatuto conservador e me relaciono bem com diversos deputados da chapa”, afirma a deputada Carla Zambelli (PSL-SP).

O deputado Bibo Nunes (PSL-RS) defende que o partido é a melhor opção neste momento. “O PTB abriu o partido para Bolsonaro. Creio ser uma ótima opção”.

O partido de Roberto Jefferson sonda ainda nomes que já integraram a Esplanada dos Ministérios no governo Bolsonaro. Os ex-ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Abraham Weintraub (Educação) foram sondados recentemente.

“Vamos abrir as portas. Estamos conversando com alguns nomes que já estão praticamente dentro da casa. E todos eles terão legenda dentro do partido. Isso também foi pauta na reunião da executiva e isso ficou bem alinhado entre os presidentes estaduais do PTB”, alega Graciela Gienov.

Qual o tamanho do PTB hoje 
Com a filiação de Bolsonaro e de seus aliados, o comando do PTB avalia que o partido será um dos maiores do Congresso Nacional a partir de 2023. Atualmente a sigla conta com 10 deputados federais. Em 2018, os senadores Nelsinho Trad (MS) e Lucas Barreto (AP) chegaram a se eleger pela sigla, mas acabaram migrando para o PSD posteriormente.

Apesar disso, conta com mais de 1 milhão de filiados em todo o país e diretórios estruturados em todos os estados do país. Com isso, Bolsonaro e seus candidatos teriam capilaridade para a disputa eleitoral do ano que vem.

Caso o orçamento de R$ 2,1 bilhões propostos pelo governo para o Fundo Eleitoral seja aprovado pelo Congresso, o PTB deve receber cerca de R$ 65 milhões para financiar suas candidaturas no ano que vem. O montante, entretanto, é cerca de 80% a menos dos quase R$ 280 milhões que o PSL teria direito.

“Sem dúvida alguma [o PTB irá crescer]. Nós estamos organizados já para 2022. Os presidentes [estaduais] fizeram seus relatos, já estamos com muita coisa alinhada para o ano que vem. Todos concordaram em abrir espaço para o Bolsonaro. Se tiver que tirar candidato, se tiver que dividir ou até se tiver que ceder espaço nas presidências estaduais. Nossa última reunião foi muito unificada, equilibrada e tranquila”, completou a presidente interina do PTB.


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MINISTÉRIO PÚBLICO PODE INCRIMINAR MÉDICOS PELOS SEUS RECEITUÁRIOS?

 

Danos morais coletivos
Por
Gazeta do Povo

Além de discordar da postura do CFM e de chamá-la de “acientífica”, Dorini também fez uma série de críticas ao governo federal| Foto: AEN

A Defensoria Pública da União (DPU) ajuizou ação civil pública contra o Conselho Federal Medicina (CFM) nesta sexta-feira (1º) pelo fato de a autarquia federal ter defendido e publicado resolução em que defende a autonomia do médico para prescrever os medicamentos do chamado tratamento precoce contra a Covid-19, tais como cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina e outras substâncias. A DPU pede que o CFM tenha de pagar indenização de, no mínimo, R$ 60 milhões por danos morais coletivos.

Na petição inicial, o defensor regional de Direitos Humanos em São Paulo, João Paulo Dorini, citou uma série de estudos que indicam a ineficácia do tratamento precoce e afirmou que, mesmo diante do consenso científico sobre a questão, o CFM não alterou o Parecer n. 4/2020.

Mas, conforme a Gazeta do Povo já mostrou em suas reportagens, a questão é que não há consenso sobre a eficácia desses medicamentos contra a Covid. De fato, há muitos estudos que indicam que esses medicamentos não funcionam, como uma pesquisa importante do British Medical Journal e outros citados na petição da DPU. Mas também há pesquisas apontando o contrário. Para a ivermectina, por exemplo, há, no momento, cerca de 18 estudos com diferentes dosagens a diferentes estágios da evolução do quadro da Covid-19, com metanálises publicadas, e os resultados são promissores.

“Essa ideia de que a ciência já concluiu que essas drogas não têm efeito não é 100% verdadeira. Na literatura, tem de tudo. Ambos os lados têm trabalhos com metodologias questionáveis. Já que não há consenso na literatura, é uma doença devastadora, e que, do aspecto observacional, há algumas drogas que podem ter efeito, delegamos ao médico, junto com o paciente, decidir o tratamento. Ele tem de sentar com o paciente e explicar que é um tratamento que não tem comprovação que faça diferença e que se o paciente quiser ser tratado e o médico se disponibilizar, que seja feito. A classe médica está dividida”, afirmou o presidente do CFM, Mauro Ribeiro, em matéria publicada na Gazeta do Povo, em março deste ano.

Editorial: A demonização do “tratamento precoce” contra a Covid-19
Além de discordar da postura do CFM e de chamá-la de “acientífica”, Dorini também fez uma série de críticas ao governo federal em relação ao enfrentamento da pandemia.

“A postura até agora adotada pelo CFM sobre a possibilidade de ministração de cloroquina contra Covid-19, acientífica, é apenas o lustre científico que os defensores do famigerado “tratamento precoce” se valem para continuar a propalar um tratamento que não só não beneficia como ainda potencialmente causa danos. Longe da ciência, CFM infelizmente trilha o caminho ideológico de dar suporte a um governo que teve a pior condução do enfrentamento da pandemia, que trabalhou pela frustração das medidas de restrição de circulação, que buscou a “imunidade de rebanho” ao custo de centenas de milhares de vidas, que não implementou política de rastreamento de infectados e que continua a não estimular a vacinação e a adoção de medidas de prevenção”, afirmou o defensor público.

Em contrapartida, na mesma entrevista já citada, o presidente do CFM falou sobre os estudos e a postura científica do conselho.

“Não há uma instituição que seja guiada mais pela ciência do que o CFM. Temos profissionais contratados que fazem rastreamento de tudo na literatura, mas não temos verdades absolutas. Temos uma série de dúvidas. Também há estudos prospectivos e randomizados mostrando a ação do tratamento precoce. Todos são passíveis de crítica. Único ponto que o CFM coloca é que nem incentivamos nem proibimos. Nenhuma entidade é detentora do saber. Temos a responsabilidade legal de definir o que o médico pode ou não fazer”, disse Ribeiro à época.

No pedido de liminar, a DPU pede que a Justiça suspenda a eficácia do Parecer n. 4/2020 do CFM e que o conselho tenha de orientar médicos e a população em geral sobre a ineficácia do tratamento precoce. Além disso, o defensor pede que o CFM tenha de pagar indenização de, no mínimo, R$ 60 milhões, por danos morais coletivos e ainda que tenha de indenizar familiares de pacientes que faleceram depois de serem tratados com cloroquina ou hidroxicloroquina.

Procurado pela reportagem, o CFM informou, por meio de nota, que “até o momento, o Conselho Federal de Medicina (CFM) não recebeu qualquer comunicação judicial sobre a ação. Caso seja acionado, oferecerá todas as informações pertinentes”.


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AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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