quinta-feira, 30 de setembro de 2021

COTAÇÃO DO DÓLAR INFLUI NOS PREÇOS DOS COMBUTÍVEIS TAMBÉM.

 


  1. Economia
     

A alta interna dos combustíveis não se deve apenas à escalada dos preços do petróleo, mas também ao avanço das cotações do dólar que crescem com o aumento das incertezas no Brasil

Celso Ming*, O Estado de S.Paulo

As projeções mais ousadas sobre o avanço dos preços internacionais do petróleo estão sendo confirmadas. Na última terça-feira, a cotação do barril (196 litros) de óleo tipo Brent (referência do Mar do Norte) ultrapassou os US$ 80 pela primeira vez em três anos. E a tendência é de alta.

De repente, ficou evidenciada uma forte escassez de combustíveis, principalmente de gás natural – com que a maioria dos analistas não contava.

Por toda a parte, sobreveio uma crise de energia. Não foi apenas o aumento do calor no Hemisfério Norte no último verão que exigiu mais dos aparelhos de ar-condicionado e do consumo de energia elétrica. A recuperação da pandemia, especialmente na China e nos Estados Unidos, passou a exigir mais energia. Muitas unidades de produção foram paralisadas na Europa para atender às novas exigências ambientais.

Nos Estados Unidos, a produção de óleo e gás de xisto vem sendo desestimulada pela nova política empreendida pelo presidente Joe Biden. Aqui no Brasil, as autoridades se viram na contingência de canalizar mais gás natural para a operação das termoelétricas, para compensar, nesta crise hídrica, a redução da geração de energia pelas hidrelétricas. Enfim, por motivos vários, estamos diante de uma escassez global de energia, que pode ser temporária, mas que não tem data para acabar.

O governo Bolsonaro parece não ter desistido de adotar soluções populistas para estancar a alta dos combustíveis. Desta vez, não é apenas o presidente Jair Bolsonaro que pretende segurar ou reverter artificialmente os preços. O presidente da Câmara dos DeputadosArthur Lira (PP-AL), advertiu que: “O Brasil não pode tolerar gasolina a quase R$ 7 por litro e gás de cozinha a R$ 120”. Mas ainda não explicou como pretende impedir o intolerável.

gasolina
A Petrobras nesta terça-feira, 28, reajustou em 8,9% o valor do óleo diesel em suas refinarias; valor saiu de R$ 2,81 para R$ 3,06. Foto: Nilton Fukuda/Estadão. 

O impacto da alta dos combustíveis sobre o custo de vida é muito forte. Apenas neste ano, os preços da gasolina subiram 31,0%; os do óleo diesel, 28,0%; e os do gás de cozinha, 23,7%.

As pressões para conter os preços não vêm sendo feitas apenas sobre a Petrobras. O governo quer que os Estados abandonem a sistemática atual que prevê determinada porcentagem sobre os preços dos combustíveis e que passem a adotar um valor fixo, independentemente das variações de preços, que hoje são determinadas pelas cotações internacionais e pela variação do câmbio.

No gráfico, você tem a alíquota de Imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços (ICMS) cobrada em cada Estado sobre os preços da gasolina comum ou aditivada. Atualmente, cada Estado tem competência para definir a alíquota, que hoje varia entre 25% e 34%.

A ideia de definir um imposto fixo por litro parece aproveitável. O problema aí é convencer os Estados (e sete municípios que têm participação nessa receita) a abrir mão de arrecadação, que é relevante. Em 2020, dos 522,57 bilhões arrecadados no País com o ICMS, cerca de 15,41% (80,51 bilhões) foram arrecadados com a tributação de combustíveis. No Estado do Tocantins, a arrecadação com combustíveis representou 31,7% da arrecadação total do imposto. O Piauí obteve 29,7%; o Amapá, 29,0%; e o Pará, 26,7%, segundo dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). 

Mas a motivação do presidente da Câmara parece tão populista quanto a do presidente Bolsonaro. Ambos querem ganhar as eleições com uma tampa nos preços dos combustíveis. E Arthur Lira quer colocar uma pedra no sapato do seu adversário político em Alagoas, o filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da CovidRenan Filho (MDB).

A alta interna dos combustíveis não se deve apenas à escalada dos preços do petróleo. Deve-se, também, como já observado, ao avanço das cotações do dólar, que, por sua vez, tem a ver com o aumento das incertezas que provêm dos erros e omissões da política econômica. Não basta cobrar da Petrobras e dos governadores. É preciso colocar o governo na linha para que as cotações do dólar possam cair. E isso parece complicado.

*CELSO MING É COMENTARISTA DE ECONOMIA

STARTUPS MAIORES COMPRAM STARTUPS MENORES

 

Fusões e aquisições
Por
Maria Clara Dias, especial para o GazzConecta – Gazeta do Povo

Startups compram Startups| Foto: Big Stock, How to go to/Reprodução


A aceleração do movimento de transformação digital serviu de insumo para uma corrida em busca de mais modernização. O processo, que começou ainda em 2020, ganhou ainda mais forma em 2021 com o mercado de investimento de risco em alta como nunca antes. Nos primeiros oito meses deste ano, o total de recursos recebidos pelas startups brasileiras por fundos de investimento já é 85% superior a todo o montante aportado no ano passado, segundo relatório mensal elaborado pelo Distrito, hub de inovação aberta.

Mais capitalizadas do que no passado, as pequenas empresas de base tecnológica do país acendem o alerta para uma nova tendência: as fusões e aquisições entre si. Longe das grandes corporações, as startups têm mostrado um potencial crescente de compra ao adquirir suas parceiras ou até mesmo as rivais de mercado.

O Distrito aponta para uma mudança no perfil dos compradores de startups. Se na última década, a maioria das aquisições vinha de grandes corporações, o primeiro semestre de 2021 vem para reconfigurar essa realidade.

Nos primeiros seis meses do ano, mais da metade (54,1%) das aquisições do mercado brasileiro foram feitas de startups para startups, ante 36,4% das transações realizadas por grandes empresas. Segundo o hub, essa inversão se dá tanto pelo “amadurecimento do ecossistema de inovação como um todo, como também pelo acirramento da competição em setores específicos”.

Com volumes recordes de investimento, as startups brasileiras não estão apenas cooperando para uma maturação do mercado inovativo do país, mas também estão mais seguras para irem às compras, avalia Renata Zanuto, cofundadora do Cubo, hub de empreendedorismo do Itaú Unibanco. “Essa capitalização expressiva fez com que as startups passassem a olhar para recursos mais “sêniores”, seja em contratações e investimentos em tecnologia, ou em novas oportunidades de mercado que as poupem de criar expertises da noite para o dia”, diz.

Renata Zanuto, cofundadora do Cubo.| Celso Doni, Cubo Itaú/Divulgação
Renata avalia o ecossistema à frente de um hub que hoje se tornou uma grande vitrine dessa movimentação. Isso porque o Cubo tem em seu portfólio algumas histórias de sucesso envolvendo fusões e aquisições das empresas incubadas em seu espaço, seja ele físico ou virtual. Em 2020, foram 8 fusões e aquisições envolvendo as mais de 300 companhias que fazem parte da rede. Neste ano, já foram 5 operações do tipo.

O caso mais recente é o da startup Hondana, plataforma de educação corporativa B2B que foi comprada pela americana Wunder. As empresas, que antes eram concorrentes, passaram a unir forças e experiência em seu segmento de atuação em comum: o desenvolvimento de colaboradores de grandes corporações por meio da tecnologia e gamificação.

Outro exemplo está na compra da Kangu, plataforma de entrega de encomendas, pelo gigante do e-commerce Mercado Livre. A Kangu, que era uma startup do Cubo, tem cerca de 5 mil pontos de entrega em 700 cidades no Brasil, além de México e Colômbia e agora ganha ainda mais fôlego ao entrar no principal player de entregas da América Latina.

O papel do venture capital
O volume recorde de investimento em venture capital no Brasil fez com que startups, agora mais capitalizadas, pudessem olhar para não apenas contratações, mas sim novos mercados e novas soluções. Aí entram as fusões e aquisições. Isso, segundo Renata, mostra uma maturidade do ecossistema — tanto das empresas, quanto das startups.

O Nubank é a prova disso. O banco digital recebeu um de seus maiores investimentos da história em 2021: foram US$ 750 milhões de dólares no primeiro semestre. Grande parte desse valor (US$ 550 milhões) foi investido pela Berkshire Hathaway, holding do bilionário Warren Buffet.

Apesar de fugir da lógica das startups comuns e já ter atingido um valor de mercado que a torna um decacórnio — patamar bem acima das pequenas empresas brasileiras que ainda caminham para conquistar sua parcela de participação no mercado, o Nubank não deixou de ser uma startup e, mais capitalizada, esteve de portas abertas para a entrada de outras companhias — uma prova de que o mercado de venture capital tem papel fundamental nesse novo momento.

É assim que entra a Spin Pay, plataforma de pagamentos Pix para o e-commerce adquirida pelo Nubank — e também residente do Cubo Itaú.

“Um mercado aquecido de venture capital gera para as startups um recebimento de tempo, muito além do dinheiro”, afirma. “Elas ganham recursos para escalar recursos que já têm e mais do que isso, recebem o capital intelectual dessas trocas com grandes fundos e empresas”, conclui. Dessas conexões, surgem pontes para que empresas se unam à companhias que possuem objetivos em comum e que possam ajudar a acelerar sua estratégia. Um terreno fértil para os M&As.

Daqui para frente, o ritmo de compras – e vendas – entre startups continuará dependendo dos investimentos robustos, mas em escala menor. Afinal, a tendência já está estabelecida. A avaliação de Renata é que, com o primeiro passo dado, é possível que as fusões e aquisições se tornem uma estratégia rumo ao IPO, considerada a “etapa final” da vida das pequenas empresas.

“Sem dúvida esse é um movimento muito interessante do mercado, que ajuda empresas a ficarem maiores e possivelmente caminhar para um IPO. Isso deve se consolidar ainda mais”, diz.


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JULGAMENTOS FICAM EMPATADOS AGUARDANDO A NOMEAÇÃO DE OUTRO MINISTRO NO STF

 

  1. Política 

Para presidente do Supremo, atraso provoca prejuízos ao trabalho da Corte e cria risco de empate em processos

Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo

Aconteceu no início da noite desta quarta-feira, 29, o que o presidente do Supremo Tribunal FederalLuiz Fuxprevira horas antes em entrevista ao Estadão: deu empate de cinco a cinco no plenário. Só com a posse do 11º ministro o julgamento poderá ser concluído, para um lado ou para outro.

Por decisão de Fux, as ações penais não podem mais ser decididas numa das duas turmas, têm de ser julgadas pelo plenário. No caso, foram três ações contra o ex-deputado André Moura.

Ele foi condenado nas duas primeiras, por 6 a 4, mas houve empate de 5 a 5 na terceira. Como o regimento do Supremo diz que nesses casos não vale a regra de “na dúvida, pro réu”, o julgamento ficará inconcluso até ser preenchida a vaga do ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentou do Supremo em 12 de julho deste ano. 

o ministro Luiz Fux, Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)
O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)  Foto: Nelson Jr./SCO/STF

A vaga está em aberto porque o presidente Jair Bolsonaro indicou o ex-ministro da Justiça e ex-advogado geral da União André Mendonça, mas o Senado está há mais de dois meses fazendo corpo mole, sem marcar a sabatina para aprovar, ou não, o nome de Mendonça.

Segundo Fux, para o Estadão, isso cria dificuldades e “incômodo” para os ministros do Supremo. E ele citou justamente o risco de empate. Foi o que aconteceu e pode voltar a se repetir não apenas no plenário como também na segunda turma, desfalcada de um voto e atuando com quatro integrantes.

O responsável pela inexplicável demora em marcar a sabatina de André Mendonça é o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), ex-presidente do Senado e atual presidente da Comissão de Constituição e Justica (CCJ). Ele não admite, mas no mundo político e jurídico há uma certeza: a “birra” de Alcolumbre com Mendonça é por questões paroquiais, ou seja, por interesses do senador no seu Estado, o Amapá, que foram contrariados pelo governo federal e o próprio Mendonça.

 Para Alcolumbre, que já falou do assunto com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do mesmo partido de Alcolumbre, o DEM, isso causa “constrangimento institucional” e deveria ser resolvido o quanto antes. A expectativa é de que a sabatina seja marcada para a semana de 16 de outubro, sem confirmação.

AS MARCAS MUDAM NA MESMA VELOCIDADE QUE OS CLIENTES MUDAM?

 

*Por Julio Gonzalez, VP de Customer Success da Zendesk América Latina

O último ano representou transformações disruptivas na forma de trabalhar, conviver e consumir, e a forma como as pessoas se relacionam e buscam suporte com as marcas também mudou. Pelo estudo CX Trends 2021 vimos que, somente em 2020, houve um aumento de 44% na abertura de chamados de suporte por clientes na América Latina, e a maioria adotou novos canais e expectativas nessa relação.

A velocidade com que as marcas identificam e respondem a essas novas demandas se tornou mandatória para atendê-los como esperam, especialmente com as novas gerações. Uma pesquisa recente da Appnovation apontou que 71% dos Millennials acreditam que as empresas tiveram dificuldade para adaptar novas estratégias digitais no momento da pandemia, e a maioria deixaria de se relacionar com essas marcas.

E para que isso não aconteça, as marcas precisam ser ágeis em adotar processos e tecnologias flexíveis e ágeis para identificar o que estes clientes esperam a todo momento, e trago alguns exemplos para refletirmos.

Agilidade é o novo imperativo

Quando clientes buscam o suporte de uma empresa, já é esperado que a expectativa deles seja uma experiência rápida e eficiente. Afinal, ninguém quer deixar seus clientes esperando ou repetindo informações, arriscando que tenham uma experiência negativa com a marca, especialmente se estiverem frustrados. Segundo uma pesquisa da Harvard Business Review, 56% dos consumidores já tiveram que explicar o seu problema ao menos duas vezes para o atendente e 62% tiveram que contactar várias vezes a mesma empresa até que a situação fosse solucionada.

Não à toa, mais da metade (54%) dos consumidores consideraram esse fator o ponto mais negativo no atendimento durante a pandemia, como apontou o estudo Agilidade em Ação. Por este motivo muitos consumidores recorreram a novos canais digitais e ágeis, como o atendimento via WhatsApp, prática que cresceu 327% na América Latina durante a pandemia, segundo dados da Zendesk.

Mas, para que a experiência do cliente seja de fato como ele espera diante de qualquer adversidade, é preciso ir além e implementar uma cultura ágil em toda a organização. Integrar dados dos clientes em tempo real através de diferentes áreas da empresa, adotar tecnologias flexíveis e escaláveis de atendimento e filtrar os chamados de suporte com inteligência artificial e automação. São investimentos que dependem de uma mentalidade ágil das lideranças e que impactam tanto a eficiência do time de atendimento quanto a percepção do cliente.

Clientes querem ter o poder de escolha

Se antes as inovações do mercado conduziam os consumidores a adotarem novos hábitos, hoje a dinâmica é oposta, e quem dita o ritmo e as escolhas são os clientes. Na América Latina, dados do Agilidade em Ação mostraram que 75% dos clientes são mais propensos a comprar de marcas que oferecem diferentes opções de canais e formas de resolver os problemas, bem acima da média global (54%).

Além de oferecer os canais de preferência e trazer personalização, 6 em cada 10 clientes latino-americanos também preferem buscar soluções por conta própria, a exemplo do autoatendimento, que envolve recursos como centrais de ajuda e perguntas frequentes. E 68% acreditam que falar com chatbots de atendimento é eficiente para resolver problemas simples.

Isso nos leva ao ponto que o cliente quer ter o controle da jornada dele, escolhendo se quer ou não falar com um agente humano, se quer falar por telefone, e-mail, WhatsApp ou mídias sociais, e se prefere que todo o atendimento seja via um aplicativo da marca. E reconhecer o seu cliente para entregar o que ele prefere, seja quando e onde ele precisar, inegavelmente é uma boa experiência na jornada dele.

Marcas devem ser empáticas com o cliente e a sociedade

Com o consumidor mais fragilizado devido a todas as adversidades da pandemia, como impactos financeiros, emocionais e de saúde, ele passou a ter um olhar mais crítico na forma como as marcas o tratam. Na América Latina, 79% dos clientes preferem falar com atendentes que sejam empáticos com os problemas deles, como apontou a pesquisa CX Trends 2021.

Além de serem mais empáticos, tratando os clientes de forma humanizada, a grande maioria também espera que as marcas cumpram papéis de responsabilidade social (78%) e que implementem ações de Diversidade, Equidade e Inclusão (70%), especialmente com as gerações mais novas. E o impacto disto não é pequeno, pois os clientes priorizam essas ações na hora de escolher e defender a marca.

Com todas as mudanças rápidas que estão acontecendo na sociedade e no nosso entorno, é de se esperar que o consumidor adote novos comportamentos e preferências como estas que apresentei, e a velocidade com que se transformam cresce exponencialmente. A responsabilidade das marcas cresce junto, e será necessário ter agilidade para reconhecer e agir com todas essas expectativas. Já se passou a época em que o cliente se conformava com o serviço demorado, impessoal e cheio de buracos como era há uma década, ou mesmo há um ano.

QUEM SOMOS

A Plataforma Comercial da Startup ValeOn é uma empresa nacional, desenvolvedora de soluções de Tecnologia da informação com foco em divulgação empresarial. Atua no mercado corporativo desde 2019 atendendo as necessidades das empresas que demandam serviços de alta qualidade, ganhos comerciais e que precisam da Tecnologia da informação como vantagem competitiva.

Nosso principal produto é a Plataforma Comercial ValeOn um marketplace concebido para revolucionar o sistema de divulgação das empresas da região e alavancar as suas vendas.

A Plataforma Comercial ValeOn veio para suprir as demandas da região no que tange à divulgação dos produtos/serviços de suas empresas com uma proposta diferenciada nos seus serviços para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

Diferenciais

•             Eficiência: A ValeOn inova, resolvendo as necessidades dos seus clientes de forma simples e direta, tendo como base a alta tecnologia dos seus serviços e graças à sua equipe técnica altamente capacitada.

•             Acessibilidade: A ValeOn foi concebida para ser utilizada de forma simples e fácil para todos os usuários que acessam a sua Plataforma Comercial , demonstrando o nosso modelo de comunicação que tem como princípio o fácil acesso à comunicação direta com uma estrutura ágil de serviços.

•             Abrangência: A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.

•             Comprometimento: A ValeOn é altamente comprometida com os seus clientes no atendimento das suas demandas e prazos. O nosso objetivo será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar para eles os produtos/serviços das empresas das diversas cidades que compõem a micro-região do Valeo do Aço e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

Missão:

Oferecer serviços de Tecnologia da Informação com agilidade, comprometimento e baixo custo, agregando valor e inovação ao negócio de nossos clientes, respeitando a sociedade e o meio ambiente.

Visão:

Ser uma empresa de referência no ramo de prestação de serviços de Tecnologia da Informação na região do vale do aço e conquistando relacionamentos duradouros.

Valores:

•             Integridade – Ética e Transparência

•             Responsabilidade – Profissional, ambiental e social

•             Inovação – Busca pelo melhor

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

JOGO DE ALTO RISCO COM O DEPOIMENTO DE LUCIANO HANG NA CPI

 

Alberto Bombig e Matheus Lara

A sessão desta quarta-feira, 29, na CPI da Covid, em que será ouvido Luciano Hang é avaliada como uma jogada de alto risco e pode gerar um clima de “eu avisei” entre os senadores. O presidente Omar Aziz e o relator Renan Calheiros chegaram a ser aconselhados a reconsiderar a convocação pelo temor de que a sala da comissão vire um “circo”. O depoimento marca mais um ruído entre os parlamentares independentes e oposicionistas, o chamado G-7, na CPI que chega à reta final com tensão em alta e divergências sobre os rumos do relatório.

Risco. Senadores que se opuseram a manter o depoimento avaliam que Hang tem pouco a acrescentar. Temem que o empresário, conhecido pelo comportamento espetaculoso, veja a CPI como um palco.

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Saída. Do senador Humberto Costa (PT-PE): “Se nos mantivermos focados em buscar respostas sobre crimes, ele não terá condição de fazer performance”.

Faz… Detalhes do relatório final de Renan também têm dividido o G-7. Alessandro Vieira (Cidadania-SE) promete apresentar ao relator algumas sugestões.

…assim. “Não se trata de divergências, mas sim da necessidade de garantir um relatório técnico e sóbrio. Parece relevante apontar a necessidade de aprofundamento em pontos como corrupção. A expectativa é de que sirva como colaboração”, afirma Vieira.

Ok. Fora da política, o criminalista Roberto Podval vê substância na CPI. “Há que se criticar alguns excessos e desconsiderar o natural jogo político, mas o resultado final demonstra a bagunça, a desorganização e, por consequência, as desnecessárias mortes em razão do atraso nas vacinas.”

Pode… Relator da Reforma da Previdência paulistana na CCJ da Câmara, o vereador Rubinho Nunes (PSL) vai apresentar nesta quarta, 28, parecer favorável ao projeto do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Para ele, a proposta equaliza as contas e dá segurança ao servidor municipal.

…passar. “Mais pra frente, vamos melhorar e ampliar o texto enviado para que a reforma seja mais profunda. O paulistano não aguenta mais pagar tanto imposto pra sustentar desfalques no orçamento. Eu não fujo de projeto polêmico e estou pronto para enfrentar as narrativas que muitas vezes só visam a manutenção de privilégios.

Revisão. O Conselho Universitário da Unicamp revogou, por decisão unânime (74 votos a favor, 3 ausências), a concessão do título de Doutor Honoris Causa ao coronel Jarbas Passarinho (1920-2016). O título foi outorgado em 1973. Passarinho foi ministro do general-presidente Emílio Médici e integrou os governos de Figueiredo e Collor.

Sabedoria… Em jantar da Esfera Brasil, Romeu Zema disse estar disposto a disputar a reeleição ao governo de Minas Gerais pelo Partido Novo. Segundo ele, antes de se chegar ao segundo andar, é preciso “terminar de construir o primeiro”.

…mineira. Estavam no jantar (na segunda-feira, 27, em São Paulo) os empresários Eugênio Mattar (Localiza), Fernando Marques (União Química), Sebastião Bomfim (Centauro) e Anderson Birman (Arezzo).

Tô aqui. Antonio Rueda também participou. Ele é o autor do convite para Zema integrar o partido resultante da fusão PSL-DEM e concorrer a presidente.

Bênção. A candidatura de Alessandro Molon (PSB) ao Senado, em composição com o presidente da OAB nacional, Felipe Santa Cruz, para o governo do Rio, ganha corpo. O padrinho é o prefeito Eduardo Paes (PSD), decidido a ficar no cargo atual até 2024.

Terraplanagem. Por falar em Paes, ele anda com verve afiada: ao responder a uma provocação de Osmar Terra (MDB-RS), aquele que não se cansa de passar vergonha nas redes, o prefeito mandou esta: “Prezado doutor Terra Plana…”

SINAIS PARTICULARES. Osmar Terra, deputado federal (MDB-RS). Ilustração: Kleber Sales/Estadão

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG E MATHEUS LARA. COLABORARAM ELIANE CANTANHÊDE E ROBERTO GODOY.

PRONTO, FALEI!

Fábio Trad, deputado federal (PSD-MS)

“O caso da Prevent Senior chega a ser macabro. Médicos, agentes públicos e empresários envolvidos no esquema que burlou documentos, fraudou declarações e enganou familiares de mortos por covid-19.”

DEPOIMENTO DE LUCIANO HANG NA CPI HOJE

 

Dono da Havan

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Empresário Luciano Hang foi convocado para depor na CPI da Covid.| Foto: Anderson Riedel/PR

Hoje (quarta-feira, 28) é dia de Luciano Hang na CPI. Talvez seja o dia de maior audiência da comissão, que já tinha cansado os nossos olhos e ouvidos. Ninguém mais estava assistindo a essa CPI.

Mas hoje ela ganha um novo alento com a ida do empresário, dono das lojas Havan. Parece que foi por insistência do relator Renan Calheiros (MDB-AL), que está muito preocupado com a eleição do ano que vem e precisa de audiência; por isso, insistiu em convocar Luciano Hang.

Os outros senadores estavam meio receosos porque, afinal, o empresário não vendeu ou comprou nenhuma vacina; não vendeu nenhum respirador através de loja de vinho ou de outra empresa duvidosa. Inclusive não vendeu e não entregou nada para o Consórcio Nordeste, não superfaturou hospital de campanha, ou seja, não tem nada a ver com a pandemia.

Mas Hang foi convocado mesmo assim. Talvez para dar um direito de resposta, já que desrespeitaram cruelmente, vergonhosamente, a memória da mãe dele. Ou talvez a chance de a própria CPI pedir desculpas a ele.

Hang gravou um vídeo mostrando algemas que tinha comprado em caso de necessidade na CPI. Ele disse que vai em paz à comissão, mas que, se for necessário, terá que ser algemado. Essa é a verve de Luciano Hang.

Inaugurações nos mil dias 
O presidente Jair Bolsonaro finalmente comemorou, como ele gosta, os mil dias de governo, cercado pelo povo. Foi na Bahia e em Alagoas, onde os governadores são de oposição ao governo federal: Rui Costa (PT) e Renan Filho (MDB), filho de Renan Calheiros, respectivamente.

Bolsonaro esteve em Teixeira de Freitas (BA), onde entregou um centro poliesportivo; duas duplicações de BRs importantíssimas, a 116 e a 101; e entregou títulos de terra. Depois, em Teotônio Vilela (AL), ele entregou 200 casas populares. Foi uma apoteose nas ruas, do jeito que Bolsonaro gosta. Ele tem um prazer enorme de contrariar as pesquisas de opinião.

Guedes garante crescimento 
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que desde o início do governo tentam encontrar alguma desgraça para culpar o governo. Primeiro diziam que o governo não tinha maioria no Congresso e não ia aprovar nada. E o governo aprovou, sim, vários projetos de interesse. Depois veio a pandemia e tentaram jogar cadáveres em cima do governo. Também não deu certo, porque lá pelas tantas veio a vacinação em massa. Aí resolveram falar que teve um escândalo na compra de vacina, só que a vacina não foi comprada.

Guedes disse que agora estão apostando na queda do crescimento. Só que nesse ano não vai dar, porque o país deve crescer 5%. Citam ainda o aumento da inflação, só que a carestia agora é com o Banco Central, que é independente e é quem administra a inflação e protege a moeda.


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1000 DIAS DE BOLSONARO INFLUENCIARAM AS NOSSAS VIDAS

 

Dez ao cubo

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo

Mil dias se passaram desde que Bolsonaro tomou posse. O país não acabou. E a vida seguiu seu curso à revelia das palavras e decisões palacianas.| Foto: Agência Brasil

No mundo ideal, os mil dias da administração de Jair Bolsonaro seriam vistos com a devida parcimônia. Acertos seriam avaliados pelo que são; erros, idem. Ninguém jamais pressuporia perfeição ou desastre total. Mas não vivemos num país ideal, longe disso. O que significa que, provavelmente, para a oposição todos os acertos serão ignorados e os erros ganharão proporções catastróficas. Enquanto a situação exagerará nos acertos e ignorará os erros. Como convém.

Arriscando-me a ouvir uma reprimenda por “fugir ao debate”, digo que a avaliação dos mil dias da administração de Jair Bolsonaro está de tal modo contaminada pelas afeições políticas que é impossível, hoje, beber dessa água sem ter dor de barriga. Ajudaria e muito se tivéssemos fomentado em nós e nos políticos o espírito crítico cristão, humilde, silencioso, de fora para dentro, e não o ruidoso espírito crítico pregado por Paulo Freire, revolucionário, arrogante e de dentro para fora. Mas agora a Inês é morta, tadinha.

Não é, porém, o Estado que me interessa, e sim o indivíduo. Eu e você, separados por uma conjunção falsamente aditiva. Nunca nós. Nunca eles. Quando se pensa os últimos mil dias do ponto de vista do indivíduo, ah, tudo se descortina numa miríade de cores e tons. Nada é monolítico. Nada é definitivo. Nada pode ser expresso num discurso presidencial ou num artigo pedindo o fim disso tudo que está aí.

Aliás, se houvesse sociologia nas universidades brasileiras, bem que alguém poderia se debruçar sobre esse assunto que, por no máximo cinco minutos, ou até o fim deste parágrafo, considero fascinante: a mania de recomeço do brasileiro. É algo que está entranhado em nosso espírito – hoje mais até do que a falsa alegria de que fala Moacyr Scliar em seu esclarecedor “Saturno nos Trópicos”. Repare que, para o brasileiro, basta um impeachment, uma nova Constituição, um golpe ou até a eleição de um outsider para que a esperança seja renovada. Até a próxima decepção, isto sim.

De volta ao indivíduo, contudo, convido o leitor a entrar comigo no DeLoren e voltar para aquele dia 1º de janeiro de 2019, quando teve início a “aventura bolsonarista”. 55 % do país acreditavam que era um recomeço, uma nova forma de fazer política, um jeito diferente de as autoridades se relacionarem com o cidadão e de os cidadãos se relacionarem com o Estado. Enquanto 45% temiam por fogueiras de livros e massacres de LGBTs e velhinhas portando fuzis nas ruas das cidadezinhas do interior.

Ira & parcimônia
Naquele 1º de janeiro de 2019, eu estava na praia. Muito provavelmente preocupado com algum prazo de tradução. Se me lembro bem, e não me lembro, estava um bocado entorpecido de esperanças que não tinham muito a ver com a política. No meu horizonte estavam um casamento, livros a serem escritos, o retorno à Igreja e até um emprego na Gazeta do Povo – objetivos que se realizaram à revelia das decisões palacianas. E não é sempre assim?

E tenho certeza de que cada um dos leitores, ao se lembrar de como era a vida há mil dias, perceberá que os casos e acasos que se sucederam tiveram pouco ou nada a ver com o que disse ou fez Bolsonaro. Ou com o que os analistas disseram que Bolsonaro disse ou fez. Se a vida é uma sucessão de sonhos ora realizados, ora abandonados (e é), isso tem mais a ver com as batalhas que escolhemos travar e com os obstáculos que decidimos enfrentar ou tangenciar do que com o que é publicado no Diário Oficial.

Mil dias se passaram. Meu filho, antes uma criança, hoje está um homão! As tardes que se arrastavam por laudas e mais laudas a serem traduzidas em silêncio se transformaram num cotidiano bem mais agitado e que se move no ritmo lânguido e assim meio blasé da Catota. Houve uma pandemia – e não foram poucas as vezes em que optei por dar uns murros em ponta de faca, escrevendo textos e mais textos contra a insanidade dos lockdowns. Até que minha indignação deu lugar à resignação sábia dos que contemplam os loucos em seu estranho ritual de bater cabeça.

Fiz amigos. Perdi amigos. Tirei a máscara do rosto para brindar à saúde dos demais presentes àquela mesa. Li menos do que gostaria – mas provavelmente estou sendo duro demais comigo mesmo. Acertei e errei em meus textos e atos. Comecei a nadar, deixei de nadar, emagreci, engordei. Mudei de casa e até passei a dar a cara a tapa em vídeo. E teve ainda aquela vez em que fiquei paralisado no meio da rua ao me dar conta de que um dia morrerei. Esse dia foi louco.

Enquanto vivíamos esses mil dias de sol ou chuva, frio ou calor, granizo ou névoa, uns caras lá em Brasília falavam umas coisas e tomavam umas decisões que nos chegaram (e ainda chegam) como se fossem determinantes para a nossa felicidade ou tristeza, para nossa esperança ou medo. Não são.

Que venham outros mil e mais mil e mais mil. Que venham, ora bolas!, os mesmos ou outros caras falando isso e aquilo e tomando decisões. Porque, enquanto houver mil dias disso e daquilo a analisarmos com nossa abundante ira e cada vez mais rara parcimônia, inspirando num dia e causando indignação noutro, é sinal de que estamos vivos. O que, por mais óbvia que pareça, é uma constatação incrível.


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CPI DA COVID UM FRACASSO

 

Investigação do Senado

Por
Thaméa Danelon – Gazeta do Povo

O triunvirato da CPI da Covid no Senado: Omar Aziz (presidente); Randolfe Rodrigues (em pé, vice-presidente); e Renan Calheiros, relator.| Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Após a conclusão de uma CPI, seu relatório final e os documentos que a instruíram devem ser encaminhados ao Ministério Público para que sejam adotadas providências cabíveis. Importante deixar bem claro que compete à CPI apenas a investigação de ilícitos, mas nunca uma CPI poderá julgar as pessoas que eventualmente cometeram crimes ou aplicar qualquer tipo de punição a elas.

De acordo com o artigo 37, inciso II, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD), o relatório final de uma CPI deverá ser endereçado ao Ministério Público para que sejam apurados os supostos  ilícitos cíveis e criminais. Caso a CPI tenha constatado a prática de irregularidades por servidores públicos, cópia desse relatório também deverá ser encaminhada à respectiva Corregedoria para que sejam adotadas as providências administrativas e correicionais necessárias.

Assim, o procurador-geral da República deverá receber o relatório final da CPI da Covid com os respectivos documentos, e essa autoridade poderá adotar três caminhos legais. Com o recebimento desta documentação, o primeiro caminho é a abertura de uma investigação, caso se constate a necessidade de realização de outras diligências para aprofundamento da coleta de evidências. Assim, o chefe do Ministério Público poderá instaurar procedimento investigatório criminal (PIC) com essa finalidade.

Importante destacar que o procurador-geral somente poderá adotar esse procedimento caso o investigado tenha foro privilegiado perante o STF, como, por exemplo, deputados federais, senadores, ministros de Estado, dentre outros.

O PGR também pode optar por requisitar a instauração de um inquérito policial e, nessa situação, as investigações serão realizadas pela Polícia Federal. Ao final dessas investigações — tanto no caso de PIC ou de IP —, o procurador-geral pode iniciar uma ação criminal contra os investigados, ou arquivar o procedimento, desde que não haja, de fato, a prática de crime ou provas de sua existência.

Um segundo caminho a ser adotado pelo PGR — quando do recebimento do relatório da CPI — é o oferecimento de uma denúncia criminal, ou seja, o pedido de abertura de uma ação perante o STF contra os investigados que praticaram crimes. Assim, caso o STF receba essa denúncia, ou seja, concordando com a acusação, esses investigados se tornarão réus em um processo criminal e, ao final, poderão ser condenados ou absolvidos.

O terceiro e último caminho que pode ser percorrido pelo PGR é o arquivamento de todo o material recebido da CPI caso ele constate, de plano, que não há a prática de qualquer crime, ou que as evidências colhidas não são suficientes para comprovar essa existência. Nesta hipótese, o chefe do MP não dará início a qualquer ação penal.

Em relação à CPI da Covid, que já está se aproximando do seu término, com a consequente elaboração de um relatório final, e em tal momento, poderemos verificar quem serão os indiciados pela CPI bem como quais seriam os eventuais crimes praticados. Ao longo dos trabalhos, a CPI se ocupou em investigar supostos atos de corrupção (ativa e passiva); genocídio; e até mesmo charlatanismo e curandeirismo; um investigado foi preso em flagrante, e muitos outros, bem como testemunhas, foram convocados a comparecer sob pena de condução coercitiva.

Em nenhum momento a CPI se ocupou em investigar os constatados desvios de dinheiro púbico federal na construção de hospitais de campanha ou no superfaturamento na compra de respiradores, mas foi muito pródiga em desrespeitar testemunhas e investigados, seja com a prática de atos de abuso de autoridade ou com excesso de falta de refinamento e elegância.

Horas e horas de tempo e de dinheiro público foram desperdiçados com depoimentos inúteis e prolixos; com perguntas até técnicas, desrespeitosas e tendenciosas. A intimidade de algumas pessoas foram escancaradas, por conta de vazamento de documentos constitucionalmente sigilosos e até de prontuários médicos de pessoas falecidas.

No meio de toda essa balbúrdia, PECs importantes estão adormecidas e empoeiradas nos escaninhos do Senado Federal, como a da prisão após condenação em segunda instância (PEC166/2018); a do fim do foro privilegiado (PEC 33/2017) e a da alteração da forma de escolha dos ministros do STF (PEC 35/2015).

Esse é o retrato da nossa política, onde projetos de leis fundamentais para a nossa República não são sequer votados, sendo relegados por encenações amadoras; disfuncionais e irrelevantes.


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