segunda-feira, 13 de setembro de 2021

RELATÓRIO ALTERNATIVO DA CPI DA COVID VAI MIRAR NAS NARRATIVAS FALSAS DO RELATOR

 

Versão governista
Por
Olavo Soares – Gazeta do Povo
Brasília

Senadores governistas da CPI: Luis Carlos Heinze, Eduardo Girão, Jorginho Mello e Marcos Rogério| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O relator da CPI da Covid do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), indicou que deve entregar seu relatório final sobre os trabalhos da comissão na segunda quinzena de setembro. Calheiros faz oposição ao presidente Jair Bolsonaro e, por isso, é esperado que o relatório seja carregado em críticas ao chefe do Executivo. Como resposta, tem ganhado corpo a ideia de que os senadores governistas que integram a CPI devem produzir um relatório alternativo. O senador Marcos Rogério (DEM-RO) está na liderança do processo.

A ideia do texto governista é combater o que eles chamam de narrativas seletivas por parte da oposição. Os apoiadores de Bolsonaro contestam a CPI por, na avaliação deles, ter avançado pouco nas denúncias de corrupção que envolvem governos estaduais e municipais que receberam verbas federais para o combate à pandemia de coronavírus.

Os senadores pró-Bolsonaro pretendem enfatizar questões que costumam reforçar durante as reuniões públicas do colegiado, como a acusação de desvios que teriam sido promovidos pelo Consórcio Nordeste, que envolve os nove estados da região. O tema pode ser foco de uma nova CPI. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) está angariando apoios para a instalação de uma CPI mista, unindo senadores e deputados, que teria como objetivo exclusivo a análise de denúncias que recaem sobre os gestores locais.

Outro ponto que os governistas pretendem enfatizar no relatório alternativo é a defesa do chamado tratamento precoce contra a Covid-19, com o uso de medicamentos como cloroquina e ivermectina – este campo é um dos que mais opõe governistas e oposicionistas na CPI. Os defensores do governo se posicionam como favoráveis à autonomia médica e dizem que o tratamento precoce acabou criminalizado por critérios políticos.

Ao portal UOL, o senador Marcos do Val (Podemos-ES), membro suplente da comissão, disse que é possível que o relatório alternativo traga críticas à atuação do governo federal. Entre os elementos que podem ser citados como exemplos disso são a politização em torno das vacinas e a resistência ao uso de máscaras. Mas, em contraste ao texto dos oposicionistas, as eventuais críticas à gestão Bolsonaro serão mencionadas como falhas, e não como crimes.

A reportagem do UOL sobre o relatório alternativo cita ainda que a produção do texto conta com a participação do próprio Palácio do Planalto. Segundo o texto, senadores governistas se reuniram com ministros do governo e com o ex-ministro Eduardo Pazuello, que foi o titular da Saúde por mais de um ano. Os integrantes do governo, de acordo com o UOL, sustentaram a versão de que eventuais suspeitas de irregularidades que envolvem o Ministério teriam sido praticadas por funcionários de escalões inferiores e que não houve despesas efetivamente concretizadas. Este argumento é habitualmente pelos senadores bolsonaristas da CPI.

Ideia de relatórios alternativos é antiga
Declarações recentes de parlamentares governistas confirmaram a ideia de se produzir um relatório alternativo para a CPI. Mas a ideia de se elaborar um texto paralelo surgiu ainda nas semanas iniciais da comissão.
Em maio, ainda antes de o colegiado completar um mês de existência, os governistas já discutiam a concepção de um texto paralelo. A análise dos parlamentares pró-Bolsonaro era de que o ambiente na CPI tenderia a ser difícil para os governistas, já que eles não apenas estavam em minoria contando a totalidade dos membros, mas também de que todos os postos-chave da comissão – presidência, vice-presidência e relatoria – ficaram com adversários do Palácio do Planalto.

Na ocasião, ainda não se falava em episódios como o caso Davati, o “jantar da propina” e o suposto privilégio para a compra das vacinas Covaxin dentro do Ministério da Saúde. Mas o governo já era alvo de duras críticas por conta da gestão do combate à pandemia. A oposição, à época, se pautava principalmente em argumentos como a demora para o início da vacinação, a insistência na defesa do tratamento precoce e o que considerava uma “atitude negacionista” por parte de Bolsonaro, como a recusa em utilizar máscaras e evitar aglomerações.

Mesmo o front oposicionista da CPI chegou a cogitar a produção de relatórios alternativos para além do texto definitivo. Mas aí o intuito seria diferente do sugerido pela oposição. As ideias que foram aventadas eram as de construir textos mensais ou com alguma periodicidade antes do texto final, ou mesmo textos que teriam enfoque em questões específicas da CPI. Parlamentares chegaram a dizer que o volume de conteúdo discutido pela comissão poderia fazer com que alguns assuntos “morressem” e deixassem de ser debatidos pelo colegiado, e os relatórios preliminares evitariam o problema. Mas a proposta acabou descartada.

O relatório simboliza a conclusão da CPI. O texto sintetiza as investigações feitas pela comissão e pode resultar no indiciamento das pessoas citadas. Seu principal resultado efetivo é o repasse de informações aos órgãos de controle, como o Ministério Público, que se torna responsável por, eventualmente, dar continuidade nas investigações e pedir a abertura de ações penais.

Qual o potencial de um relatório alternativo?
O relatório elaborado pelo relator da CPI precisa ser submetido a votação da totalidade dos membros da comissão. Se aprovado, ganha a chancela de documento “oficial” da CPI.

Já o paralelo dispensa esta etapa. A explicação é do advogado Bruno Milanez, doutor em Direito Processual Penal e especialista em criminologia: “nada impede que outros membros da comissão venham a atingir conclusões diversas daquelas obtidas pelo Presidente, apresentando, em paralelo e através de simples requerimento, outros pedidos de providência que entendam cabíveis. Não se trata, propriamente, de um documento oficial da CPI, mas um simples requerimento, que poderia inclusive ser formulado por qualquer parlamentar que teve acesso aos autos e verificou a existência de possíveis condutas irregulares não acobertadas no relatório da CPI”.

A possibilidade de construção de outro relatório, aponta Milanez, é acessível até mesmo a senadores que não fizeram parte da CPI, nem mesmo na condição de suplentes. “Como os resultados da CPI podem ser acessíveis aos parlamentares em geral – não sendo incomum que senadores e deputados que não integram a CPI participem de algumas sessões –, nada obsta que qualquer deles que tenha contato com os elementos produzidos identifique a ocorrência potencial de ilícitos não descritos no relatório oficial, comunicando-os aos órgãos competentes para que as providências legais sejam concretamente adotadas”, disse o advogado.

E em termos de consequências – ou seja, do que ocorre após a entrega do relatório – o texto oficial e o alternativo pouco diferem, segundo Milanez. Isso porque quem dá o encaminhamento posterior são os órgãos de controle, não havendo atuação do Congresso nesta parte do processo.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/relatorio-alternativo-da-cpi-da-covid-vai-mirar-narrativas-seletivas-de-renan-e-oposicao/
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GASTO ENORME DE AUTORIDADES COM JATINHOS DA FAB

 

Por
Lúcio Vaz – Gazeta do Povo

Decreto de Bolsonaro libera mordomia de voos para casa nos finais de semana para presidentes dos três poderes.| Foto: Marcos Correa/PR

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, seguiu à risca as normas sanitárias durante a pandemia da Covid-19. Foi e voltou para casa nos finais de semana sempre em jatinhos da FAB, sem enfrentar as aglomerações de aeroportos. Mas o custo para o contribuinte chegou a R$ 1,27 milhão em 87 voos de ida e volta ao Rio de Janeiro. Considerando todos os voos, como São Paulo e Manaus, a despesa bateu em R$ 1,38 milhão.

Esse valor representa mais de quatro vezes todas as despesas do STF com passagens aéreas para servidores e ministros no mesmo período – R$ 310 mil. As passagens aéreas dos demais ministros custaram R$ 22 mil. As despesas com passagens para assessores e seguranças que fizeram atendimento direto a ministros somaram R$ 123 mil. Mas o tribunal não informa o destino nem a data dessas viagens, alegando motivos de segurança. O tribunal informa o valor de diárias pagas a assessores, mas também não informa o destino de cada uma dessas viagens.

O custo de um jatinho no deslocamento para o Rio de Janeiro fica em torno de R$ 30 mil, considerando ida e volta. Fux costuma partir de Brasília na quinta ou sexta-feira e retorna na segunda ou terça-feira. Fez apenas três viagens a São Paulo, em visitas institucionais ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região. Dali, seguiu direto para o Rio, para curtir o final de semana, sempre em jatinhos da FAB, por questões de segurança. Esteve ainda em Manaus, em 13 de agosto, uma sexta-feira, no Encontro Amazonense de Notários e Registradores. No sábado, voou para o Rio.


O compartilhamento de voos entre autoridades está previsto nas normas de uso dos jatinhos “chapa branca”, sempre que possível. O presidente do STF compartilhou o seu jatinho com outras autoridades apenas cinco vezes nessas viagens para o Rio. Foi acompanhado dos ministros da Educação, Meio Ambiente, Relações Exteriores, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Essa prática reduz a despesa pela metade. As viagens de Fux têm em média cinco passageiros, incluindo assessores e seguranças.

Fux não igualou a marca de Dias Toffoli em 2019 porque foi contaminado pelo coronavírus no início do mandato, em setembro do ano passado, quando ficou três semanas sem viajar devido à quarentena. Sem a pandemia, Toffoli fez 95 voos em 2019, com visitas a 20 cidades. Voou nas asas da FAB até para Israel. Só as diárias do presidente e assessores custaram R$ 109 mil.

Uma viagem à países da Europa custa em torno de R$ 250 mil, considerando apenas as despesas com o jatinho. Mas Toffoli também participou de uma festa no interior, em Ribeirão Claro (PR), onde inaugurou o Fórum Eleitoral Luiz Toffoli – uma homenagem ao seu pai, um cafeicultor daquela região.


Os presidentes dos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do STF, o vice-presidente da República, ministros de Estado e comandantes militares têm direito a usar os jatinhos da FAB nos seus deslocamentos. Mas apenas os presidentes do Legislativo, do Judiciário e o vice-presidente podem ir para casa em aeronaves oficiais. O presidente da República tem avião exclusivo para suas viagens, além de um avião reserva.

A Presidência do STF foi questionada pelo blog se o presidente do tribunal pode voar para casa nos finais de semana sem agenda oficial. A assessoria do presidente respondeu que todas as viagens realizadas pelo presidente do tribunal em aeronaves da FAB ocorreram em conformidade com o Decreto 10.267/2020, especialmente em duas situações previstas no Art. 3º do decreto: “por motivo de segurança e de viagem a serviço”.

O decreto foi baixado pelo presidente Jair Bolsonaro em 5 de março de 2020. O decreto prevê a utilização dos jatinhos por motivos de emergência médica, segurança e viagem a serviço. Mas o art. 6º, parágrafo 5º, é mais preciso sobre os “voos para casa”: “Presume-se motivo de segurança na utilização de aeronaves da Aeronáutica o deslocamento ao local de residência permanente das autoridades de que trata o inciso II do caput do art. 2º”.

A sopa de letras e números revela que a mordomia está restrita aos presidentes do Legislativo e Judiciário. O parágrafo 4º acrescenta mais um beneficiário do privilégio: “Presume-se em situação de risco permanente o vice-presidente da República”.

O campeoníssimo no uso dos jatinhos “chapa branca” nos últimos anos foi o então presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele torrou R$ 6,2 milhões no seu último mandato como presidente (2019/2020), fazendo 364 voos – 147 deles para o Rio de Janeiro, onde tem residência.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/lucio-vaz/fux-gasta-r-13-milhao-em-voos-de-jatinho-para-casa-em-um-ano-como-presidente/
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COMBUSTÍVEIS E ENERGIA ELÉTRICA CAUSAM INFLAÇÃO

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo – Gazeta do Povo

Em um ano, preços dos combustíveis subiram mais de 30%.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A disparada da inflação completou um ano neste mês de agosto. O processo de elevação constante e forte dos preços começou em setembro do ano passado, e desde então apenas dois meses tiveram IPCA abaixo de 0,50%. Agosto de 2021 confirmou a escrita, com uma elevação de 0,87%, segundo os dados divulgados pelo IBGE. Se no segundo semestre do ano passado as principais causas eram a redução na oferta doméstica de alimentos, aliada à desvalorização do real, mais recentemente energia elétrica e combustíveis se tornaram os grandes vilões.

Em julho havia sido a vez da energia, com o início da bandeira vermelha 2; em agosto, os combustíveis assumiram o papel de puxadores da inflação. O grupo de combustíveis subiu 2,80% – mais especificamente, o etanol teve alta de de 4,50%; o gás veicular, de 2,06%; o óleo diesel, de 1,79%; e a gasolina, de 2,80%, correspondendo a 0,17 ponto porcentual do IPCA de agosto. Em 2021, a gasolina registra aumento de 31,09%, um movimento provocado pelo câmbio, que continua desvalorizado, aliado à redução na oferta de etanol (que é adicionado à gasolina) e ao aumento do preço internacional do petróleo: o barril Brent custava quase US$ 50 na média de dezembro de 2020; em agosto de 2021, o valor já estava em quase US$ 75 – aumento de 50%.

As perspectivas para a inflação não são nada animadoras, pois setembro promete o retorno da energia elétrica ao posto de vilão principal do IPCA

Nessas condições, o aumento dos combustíveis se torna quase inevitável; as rusgas entre governos federal e estaduais a respeito da tributação sobre combustíveis não levará a lugar algum, já que a participação do ICMS nas receitas estaduais é muito maior que o peso dos impostos federais (que continuam sendo cobrados, apesar da propaganda falsa divulgada em mídias sociais) na arrecadação da União, inviabilizando reduções pesadas de alíquotas por parte dos governadores. A outra opção seria fazer o país voltar aos temos de Dilma Rousseff, que interveio pesadamente na economia fazendo a Petrobras represar artificialmente o preço dos combustíveis para conter a inflação, processo que ajudou a destruir a empresa.

E as perspectivas para a inflação não são nada animadoras, pois setembro promete o retorno da energia elétrica ao posto de vilão principal do IPCA. Se em agosto a energia subiu 1,1%, foi apenas porque não houve mudança de bandeira tarifária, ao contrário do que havia ocorrido em julho (quando a energia saltou 7,88%); no entanto, o aprofundamento da crise hídrica levou à criação de uma bandeira tarifária especial que passou a vigorar em setembro e que deve forçar um aumento de quase 7% nas contas deste mês. E, como tanto combustíveis quando energia elétrica fazem parte dos custos de produção e comercialização de inúmeros outros itens, “contaminam” também todos esses preços.


Com a inflação acumulada de 2021 em 5,67%, já tendo rompido o limite máximo de tolerância estabelecido para este ano – que é de 5,25%, considerando a meta de 3,75% –, e o acumulado de 12 meses subindo para 9,68%, já há quem considere necessária uma intensificação do aperto monetário na próxima reunião do Copom, em 21 e 22 de setembro. Na reunião anterior, o comitê havia elevado a Selic em um ponto porcentual, e o comunicado antecipava a possibilidade de aumento idêntico em setembro. Mas uma elevação de 1,25 ponto já parece uma realidade plausível, diante da persistência da pressão inflacionária.


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OPOSITORES A BOLSONARO FICAM DIVIDIDOS

 

Protestos contra o governo
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília

Manifestação contra Bolsonaro em Brasília: número de manifestantes ficou abaixo do esperado pelos organizadores| Foto: Joedson Alves/EFE

Convocadas pelo Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua e Livres, as manifestações deste domingo (12) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tiveram público abaixo das expectativas dos organizadores. Apesar da abertura para políticos do centro e da esquerda, partidos como PT e PSOL não participaram dos protestos.

“Não tinha tanta gente, mas teve qualidade de público. O pessoal que veio ficou o tempo todo”, disse Marina Vezoni, coordenadora do Vem Pra Rua, ao O Antagonista.

Pelas redes sociais, o movimento Livres defendeu a unificação do atos da oposição. “Precisamos avançar na luta em defesa da democracia, com maturidade para focar no que importa e unificar os atos de oposição”. Já o MBL não se posicionou sobre os atos.

A ideia dos organizadores era de que os protestos deste domingo superassem em público os realizados pelos apoiadores do presidente Bolsonaro no 7 de Setembro. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo estimou cerca de 6 mil manifestantes na Avenida Paulista, contra os 125 mil do feriado da Independência.

Além de São Paulo, houve manifestações em Brasília, Rio de Janeiro e outras capitais do país. No entanto, nenhuma teve registro de público expressivo.

Estiveram na Avenida Paulista pré-candidatos à Presidência como Ciro Gomes (PDT), o governador João Doria (PSDB), o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) e os senadores Simone Tebet (MDB-MS) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Outros políticos como os deputados estaduais Isa Penna (Psol) e Arthur do Val (Patriota) e os deputados federais Tabata Amaral (sem partido) e Joice Hasselmann (PSL) também marcaram presença.

Mudança de pauta não atraiu o PT
Inicialmente, as manifestações deste domingo teriam como mote “Nem Lula, nem Bolsonaro”. No entanto, os organizadores recuaram nos últimos dias da ideia de protestar contra o ex-presidente petista, numa tentativa de atrair políticos da esquerda. Apesar disso, o PT afirmou em nota que já teria se posicionado nas ruas contra Jair Bolsonaro, durante as manifestações do Grito dos Excluídos, ocorridas no 7 de Setembro.

Alegando não ter sido convidado para os atos deste domingo, o PT disse ainda que simpatizava com todas as manifestações com a pauta “Fora Bolsonaro”. Já o PSOL alegou que está em debate com os partidos de oposição para a construção de uma manifestação ampla pela saída de Bolsonaro nas próximas semanas.

Pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, pediu um “amadurecimento” do PT para construção de uma frente ampla contra Bolsonaro. “Para fazer o impeachment e proteger a democracia brasileira temos que juntar todo mundo. Ainda há tempo para o PT amadurecer. Quem for democrata tem que entender que o impeachment é a a única saída. Precisamos fazer um acordo com a direita e um centro democrático”, disse.

O possível impeachment de Bolsonaro também foi o mote das declarações dadas pelo governador João Dória no evento. No entanto, ele comtemporizou. “Com impeachment ou sem impeachment, [temos que] caminhar pela democracia. Não precisamos, necessariamente, do impeachment. Temos eleições em 2022, eleições diretas, com a urna eletrônica. Se Bolsonaro não receber o impeachment, receberá o impedimento pelo voto, em outubro de 2022, quando será derrotado”, afirmou.

Presente no evento mesmo contra a orientação do seu partido, a deputada estadual Isa Penna (PSOL-SP) afirmou que era hora de “furar a bolha” em defesa do impeachment. Apesar do recuo dos organizadores em relação ao ex-presidente Lula, um “pixuleco” com Bolsonaro usando uma camisa de força ao lado de Lula vestido de presidiário foi inflado na Paulista.

Em seu discurso, a senadora Simone Tebet afirmou ter divergências com os organizadores do evento. Mas pregou a soma de forças “em torno do que nos une: a defesa intransigente da democracia”.

Em Porto Alegre, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), endossou o discurso pela união entre direita e esquerda. “Podemos ter visões diferentes de mundo, mais à esquerda, mais à direita, mas uma coisa que nos une é a certeza que a democracia é o caminho para o nosso país avançar”, disse.

O tucano irá disputar as prévias internas do PSDB para viabilizar sua candidatura à presidência em 2022. De acordo com ele, “se Bolsonaro não sair pelo impeachment, sairá pelas urnas”.

“Não vamos deixar passar qualquer autoritarismo antidemocrático. Se não for para sair agora, sairá nas urnas pelo voto popular”, afirmou o governador gaúcho.

Outras manifestações
Mesmo com a resistência em aderirem aos atos deste domingo, PT e PSOL participam de conversas com outras siglas para convocação de novas manifestações contra Bolsonaro. Ao lado de siglas como PDT, PSB, PCdoB, PV, Solidariedade, Rede e Cidadania, a oposição pretende ir às ruas nos dias 2 de outubro e 15 de novembro.

“Enquanto construímos esta grande manifestação de unidade pela democracia, pelo Brasil e pelos direitos do povo, incentivamos todos os atos que forem realizados em defesa do impeachment”, afirmou a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (RS).


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IMAGENS DE RUAS CONSTRASTANTES EM MANIFESTAÇÕES

 

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Manifestação contra Bolsonaro em Brasília: número de manifestantes ficou abaixo do esperado pelos organizadores| Foto: Joedson Alves/EFE

Só para comparar com o Rio de Janeiro, que está exigindo certificado de vacina, ainda que direitos e garantias individuais e que o Código Civil falem em liberdade e arbítrio e que cada um é dono de seu próprio corpo: o ministro da saúde da Inglaterra disse que desistiu de exigir comprovante de vacina para entrar em boate, clube noturno, festa onde tenha muita gente apertada. Ele disse que nunca teve vontade de fazer esse tipo de exigência. Como se sabe, na Europa está difícil implantar esse passaporte de vacina, porque as pessoas têm muita consciência de suas liberdades individuais.

Por falar nisso, eu fiz as contas, com base na “transparência do Registro Civil”, as mortes por Covid-19 dos últimos sete dias, a média está em 454 por dia. Aí, no ano passado, foi mais do que isso, foi 545 por dia. E aí eu comparei com a média de mortes por doenças cardíacas, dá 800 por dia, é quase o dobro. Então estou esperando alguma campanha sobre doenças cardíacas, porque é quase o dobro de mortalidade em relação à Covid-19 aqui no Brasil.

Protestos contra Bolsonaro foram um fracasso geral
Mas o grande tema de ontem foram as manifestações contra o governo. Um fracasso geral. Onde reuniu mais gente foi na Avenida Paulista. Eu vi num site de notícias que encheu algumas quadras. O jornalista foi incapaz de contar quantas, foram algumas. E reuniram, no palanque, cinco presidenciáveis: Doria, Ciro Gomes, Amoêdo, Mandetta e o senador Alessandro Vieira. Isso significa uma divisão muito grande da chamada terceira via. No Rio de janeiro, postaram foto só do carro do som, para a gente não ver o público reduzido que lá estava. Em Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador, eram centenas. Em Brasília, talvez não tenha chegado à centena.

E, disso, tem algumas lições que precisam ser tiradas. A primeira é para as pesquisas de opinião. Acho que elas têm que fazer alguma revisão, porque as ruas contrariam as pesquisas, não fecham umas com as outras. E não se deve brigar com a imagem. A narrativa não briga com a imagem, pois a imagem vai lá e desmente. Então as pesquisas de opinião, que são sérias, devem revisar alguns métodos, ver como está sendo feita a apuração, a coleta de informações, deve estar errada em algum ponto, porque não dá. Os fatos sempre são mais fortes. E, às vezes, brigar com a imagem leva ao desespero. É muito ruim contrariar a imagem porque cai no ridículo e o ridículo é o maior fator para derrubar a credibilidade. E quando se derruba a credibilidade de um órgão de notícia, dificilmente volta. Por isso que um órgão de imprensa que chama uma pessoa que foi ao ato de 7 de setembro de antidemocrática, nunca mais vai entrar na casa dessa pessoa.

O povo não gosta de trânsfuga
Parte deste fracasso talvez seja porque o povo não gosta de trânsfuga. Teve muita gente que convocou e participou desta manifestação que estava ao lado do presidente e está, agora, contra. O povo não gosta disso, porque o povo admira a lealdade. Uma pessoa que não foi leal agora é vista pelo povo como uma pessoa em quem não se pode confiar para o futuro.


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LEGADOS VERDE DO CERRADO BRASILEIRO

 

Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável mostra na prática o caminho para a conservação da fauna e da flora do bioma Cerrado, um dos hotspots mundiais de biodiversidade

Legado Verdes do Cerrado. Crédito: Luciano Candisani.

No dia 11 de setembro é comemorado o Dia Nacional do Cerrado. A data foi instituída em 2003 com objetivo de conscientizar sobre a importância da conservação do segundo maior bioma da América do Sul. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, no entanto, apesar do reconhecimento de sua importância biológica, de todos os hotspots mundiais, o Cerrado é o que possui a menor porcentagem de áreas sobre proteção.

Para colocar em pauta a importância desse bioma, para esta e as futuras gerações, o Legado Verdes do Cerrado, uma reserva de 32,5 mil hectares com aproximadamente 80% da área composta por cerrado nativo no município de Niquelândia-GO, pertencente à CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, apresenta suas contribuições para a conservação do Cerrado. A Reserva se destaca por aliar conservação, desenvolvimento sustentável e a nova economia integrada com atividades tradicionais.

O diretor da Reservas Votorantim, David Canassa, que administra a reserva do Legado Verdes do Cerrado e do Legado das Águas, em São Paulo, é um dos grandes defensores e divulgadores do Cerrado no Brasil. Para ele, que é especialista em Sustentabilidade, Gestão de Empresas e Meio Ambiente, o dia 11 de setembro é um marco fundamental para se mostrar a importância de conhecer para conservar. O Legado Verdes do Cerrado tem oferecido importantes contribuições, realizando projetos de pesquisas sobre as características do bioma e suas riquezas.

Legado Verdes do Cerrado. Crédito: Luciano Candisani.

Conheça um pouco mais sobre o Cerrado a partir dos apontamentos realizados por David Canassa:

1. Na sua opinião, por que o Cerrado não atrai tanto a atenção pública quanto a Amazônia e a Mata Atlântica?

David Canassa: A biodiversidade do Cerrado ainda precisa ser mais conhecida pela população brasileira. Muitas pessoas não tiveram a oportunidade de ter acesso às espécies mais comuns de plantas e animais nativos. Embora tenhamos a atenção muito mais voltada para a preservação da Amazônia, principalmente por conta das mudanças climáticas, temos que ter consciência de que o Cerrado é visto como o “celeiro do mundo” e a “caixa d’água” do Brasil. O Cerrado, por sua localização geográfica central, representa um elo entre os diversos biomas brasileiros, o que gera influências na biodiversidade e no clima do país.

2. Quais são as principais características do Cerrado que devem ser conhecidas pela sociedade?

David Canassa: De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, do ponto de vista da diversidade biológica, o Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo, abrigando 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas. A fauna tem aproximadamente 199 espécies de mamíferos conhecidas, a avifauna compreende cerca de 837 espécies e os números de peixes (1200 espécies), répteis (180 espécies) e anfíbios (150 espécies) são elevados. Os valores também são bastante altos para anfíbios e répteis e, de acordo com estimativas recentes, o Cerrado é o refúgio de 13% das borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins dos trópicos. No Legado Verdes do Cerrado toda essa biodiversidade também pode conviver, de maneira harmônica, em um território com um agronegócio significativo que se beneficia dos recursos da natureza e contribui com a manutenção da fauna e flora do Cerrado.

3. De que forma o Legado Verdes do Cerrado contribui com a valorização e conservação do Cerrado?

David Canassa: O Legado Verdes do Cerrado tem a missão de conservar a biodiversidade, desenvolver atividades da nova economia, aprimorar atividades da economia tradicional e contribuir para a realização de pesquisas científicas. O território recebe anualmente pesquisadores que buscam desenvolver investigações na reserva que, em muitos casos, têm resultados importantes que poderão ser aplicados pela comunidade científica global. Pesquisa em andamento no Legado, por exemplo, desenvolve um trabalho que busca gerar dados para calcular, de forma mais precisa, o carbono que a vegetação absorve e armazena tanto nas árvores como no solo. Com isso, será possível estimar os efeitos que a perda de uma área florestal de Cerrado pode ter para o meio ambiente e, consequentemente, para a sociedade. Denominada “Alometria no Cerrado”, a pesquisa é uma iniciativa do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Legado Verdes do Cerrado.

4. Por que a Reservas Votorantim escolheu o Cerrado para desenvolver um projeto de conservação aliado a um projeto da nova economia?

David Canassa: Considerando a grande importância do Cerrado para a sustentabilidade socioambiental brasileira, criamos o Legado Verdes do Cerrado com o propósito de aliar a conservação da biodiversidade às atividades tradicionais e da nova economia. Além de ser um ambiente propício à realização de pesquisas científicas, o Legado Verdes do Cerrado também alia a sua atuação em prol da conservação do bioma Cerrado com atividades como o Centro de Biodiversidade do Legado Verdes do Cerrado, que produz mudas de espécies nativas para diferentes tipos de projetos de recuperação de ambientes no Cerrado, além de paisagismo urbano.

Outra iniciativa da nova economia realizada pelo Legado Verdes do Cerrado é o projeto de agrofloresta, que une a produção agrícola com o cultivo de espécies nativas, principalmente, o baru e o cajuzinho do cerrado, em uma área de 6,9 hectares. Implantado em 2018, o projeto abriga aproximadamente 2.000 árvores e continua em expansão.

5. Você acredita que projeto de reprodução de mudas pode ajudar a conservar espécies ameaçadas do Cerrado?

David Canassa: Sim. Esse é o motivo pelo qual criamos o Centro de Biodiversidade do Legado Verdes do Cerrado, que tem capacidade para 200 mil plantas. No local são cultivadas 50 espécies diferentes, entre elas, aroeira, angico, baru, canela-de-ema, pitomba, guariroba, pequi e ipê. As plantas produzidas atendem à demanda de parceiros da Reserva, instituições e proprietários rurais, além de prefeituras em projetos de recuperação da flora e paisagismo urbano. O Legado conta também com um banco de sementes que reúne 2,9 milhões de amostras de 30 espécies para projetos de recuperação de nascentes e reflorestamento do Cerrado.

6. O Cerrado é considerado o berço das águas. Existem pesquisas sobre os mananciais no Legado Verdes do Cerrado?

David Canassa: Desenvolvemos na Reserva diversas pesquisas nos rios e uma delas é pioneira na forma de análise. É um trabalho realizado em parceria entre o Legado Verdes do Cerrado, Universidade Federal de Goiás (UFG) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), e que apresenta dados relevantes para o monitoramento ambiental e uso sustentável dos recursos hídricos. O estudo científico de biomonitoramento é pioneiro no país ao utilizar um peixe – o zebrafish (Danio rerio), também conhecido como paulistinha – para avaliar a qualidade da água e sedimento dos rios. O projeto está sendo realizado no Rio Traíras, que nasce no território do Legado Verdes do Cerrado e que é manancial de captação para abastecimento público dos 46 mil habitantes da cidade de Niquelândia, no Norte de Goiás. Está localizado no trecho superior da bacia do Rio Tocantins e é um dos afluentes pela margem direita do Rio Maranhão. Juntamente com o Rio das Almas, formam o Reservatório da Usina Hidroelétrica (UHE) de Serra da Mesa, o maior do Brasil em volume de água, com 54,4 bilhões de m³.

Saiba mais

O Cerrado, em área contínua, incide sobre 11 estados de todas as regiões brasileiras, incluindo Goiás, além do Distrito Federal. Segundo o Ministério do Meio Ambiente é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km2, cerca de 22% do território nacional.

Além dos aspectos ambientais, o Cerrado tem grande importância social. Muitas populações sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros e comunidades quilombolas que, juntas, fazem parte do patrimônio histórico e cultural brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade.

Mais de 220 espécies da flora têm uso medicinal e mais 416 podem ser usadas na recuperação de solos degradados, como barreiras contra o vento, proteção contra a erosão, ou para criar habitat de predadores naturais de pragas. Mais de 10 tipos de frutos comestíveis são regularmente consumidos pela população local e vendidos nos centros urbanos, como os frutos do Pequi (Caryocar brasiliense), Buriti (Mauritia flexuosa), Mangaba (Hancornia speciosa), Cagaita (Eugenia dysenterica), Bacupari (Salacia crassifolia), Cajuzinho do cerrado (Anacardium humile), Araticum (Annona crassifolia) e as sementes do Barú (Dipteryx alata).

Fonte: Ministério do Meio Ambiente.

Sobre o Legado Verdes do Cerrado

O Legado Verdes do Cerrado, com aproximadamente 80% da área composta por cerrado nativo, é uma área de 32,5 mil hectares pertencente à CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, uma das empresas investidas no portfólio da Votorantim S.A. A cerca de três horas de Brasília, é composta por dois núcleos. No núcleo Engenho, nascem três rios: Peixe, São Bento e Traíras, de onde é captada toda a água para o abastecimento público de Niquelândia/GO. Nele, está localizada a sede, em uma área de 22,5 mil hectares, onde são realizadas pesquisas científicas, ações de educação ambiental e atividades da nova economia, como produção de plantas e reflorestamento; enquanto outros 5 mil hectares são dedicados à pecuária, produção de grãos e silvicultura. Já o núcleo Santo Antônio Serra Negra, que conta com mais 5 mil hectares, mantém o cerrado nativo intocado e tem parte de sua área margeada pelo Lago da Serra da Mesa.

Acompanhe o Legado Verdes do Cerrado no Facebook e Instagram:

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Sobre a CBA

Desde 1955, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) produz alumínio de alta qualidade de forma integrada e sustentável. Com capacidade instalada para produzir 100% de energia vinda de hidroelétricas próprias, a CBA minera a bauxita, transforma em alumínio primário (lingotes, tarugos, vergalhões e placas) e produtos transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis). Em estreita parceria com seus clientes, a CBA desenvolve soluções e serviços para os mercados de embalagens e de transportes, conferindo mais leveza, durabilidade e uma vida melhor.

A CBA está bem perto de você. Acesse: www.cba.com.br.

DOAÇÃO DE ORGÃOS NO SETEMBRO VERDE

 

Fundação Pró-Rim

Atualmente no Brasil, mais de 45 mil pessoas aguardam a doação de um órgão, segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Esse número poderia ser diminuído se grande parte da população se conscientizasse da importância da doação de órgãos. A doação é um ato de amor à vida e ao próximo. Ao tomar essa decisão, uma pessoa pode salvar até a vida de outras 10 pessoas.

Muitas pessoas têm dúvidas em relação à doação de órgãos. A Fundação Pró-Rim, instituição que realiza o tratamento de pessoas com doença renal crônica e que já ultrapassou a marca de 1.800 transplantes renais, listou alguns mitos e verdades frequentes sobre o tema. “Nossa intenção é esclarecer as informações, sensibilizando mais pessoas a dizer “sim” a doação de órgãos e salvando outras vidas”, ressalta Dr. Marcos A. Vieira, médico nefrologista e presidente da Instituição.

Saiba o que é mito e verdade sobre a doação de órgãos:

A doação de órgãos pode beneficiar muitas pessoas.

VERDADE – Como mencionado na abertura da matéria, o número de pessoas que aguardam a doação de órgãos é muito grande. Um único doador pode beneficiar até 10 pessoas que aguardam na fila do transplante.

Quase todos os órgãos podem ser doados.

VERDADE – Os órgãos e tecidos podem ser doados, sendo estes o coração, rins, pulmão, fígado, pâncreas, pele, ossos e córneas.

Não é necessário deixar um documento ou registro expressando a minha vontade de ser doador de órgãos.

VERDADE – O mais importante é que você expresse esse sentimento para sua família. Não há necessidade de qualquer documento ou carta que tenha esse registro. No momento da doação, serão os familiares que assinarão o termo de consentimento, por isso, é indispensável que você converse com seus pais, filhos, cônjuges, irmãos sobre a sua vontade de doar seus órgãos.

Os custos da doação dos órgãos deverão ser pagos pela família do doador.

MITO – O doador e sua família não terão nenhum custo com a doação dos órgãos. Assim como também não terão nenhum ganho financeiro. A doação é um ato de amor e solidariedade com o próximo.

O corpo fica deformado após a doação de órgãos.

MITO – Os órgãos doados são removidos cirurgicamente. Não há nenhuma desfiguração do corpo. O corpo pode ser velado ou cremado normalmente, não necessitando de nenhum preparo especial.

Pessoas que já tenham histórico de doença não podem ser doadores.

MITO – Qualquer pessoa pode ser um potencial doador de órgãos. O que determina a possibilidade de transplante dos órgãos ou tecidos é a condição de saúde atual que se encontram. Na ocasião da morte, a equipe médica fará uma avaliação do seu histórico médico e de seus órgãos.

Idosos não podem doar seus órgãos por conta do avanço de idade.

MITO – Como já mencionado na questão anterior, o que determina a possibilidade da doação dos órgãos e tecidos é a condição que estes se encontram. Hoje, muitos idosos de 60 anos podem apresentam melhor quadro de saúde do que pessoas de 30 a 40 anos. A avaliação dos órgãos será feita pela equipe médica e encaminhada para a central de transplantes

Os órgãos podem ser vendidos após a morte do meu familiar.

MITO – A venda e a compra de órgãos são proibidas por lei no Brasil. A Lei Federal 9.434/97 estabelece, entre outras coisas, que comprar ou vender tecidos, órgãos ou partes do corpo humano (artigo 15) é ação passível de pena de “reclusão, de três a oito anos, e multa, de 200 a 360 dias-multa”, conforme trecho da lei. Após o consentimento da família, as Centrais de Transplantes das Secretarias Estaduais de Saúde fazem todo o controle do processo, da retirada dos órgãos até a indicação do receptor e o transporte aos locais onde será feito o transplante dos órgãos e/ou tecidos doados.

Pessoas que aguardam na fila da doação de órgãos e que possuem melhores condições financeiras podem passar na frente dos demais para receber um órgão.

MITO – Independente da condição financeira ou classe social, todos os cidadãos brasileiros são incluídos na lista dos transplantes. A seleção dos candidatos ao órgão é realizada por compatibilidade com o doador, tudo realizado por um sistema virtual seguro que comporta o histórico dos pacientes em lista.

A morte encefálica pode ser confundida com a pessoa estar em coma.

MITO – A declaração de morte encefálica é atestada por dois médicos diferentes, seguindo os critérios do Conselho Federal de Medicina. Um exame gráfico, como ultrassom com Doppler ou arteriografia e eletroencefalograma (EEG), é realizado para comprovar que o encéfalo já não funciona. A pessoa que está em coma pode respirar sem a ajuda do ventilador, apresentando atividade cerebral e fluxo sanguíneo no cérebro. Diferente da morte encefálica, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado fazendo com que o cérebro morra.

Se eu estiver internado, posso correr o risco de morrer para que ocorra a doação de órgãos.

MITO – Quando você procura um hospital por causa de uma doença ou em busca de um diagnóstico, a prioridade da equipe médica é salvar sua vida, independente da sua condição de saúde. A doação de órgãos só ocorrerá após a sua morte mediante consentimento familiar.

Sobre a Pró-Rim:

A Fundação Pró-Rim foi fundada em 1987, em Joinville (SC), pelos médicos nefrologistas Dr. José Aluísio Vieira e Dr. Hercilio Alexandre da Luz Filho com o propósito de oferecer um tratamento mais digno e diferenciado aos pacientes renais. É reconhecida como referência nacional na área de nefrologia. É pioneira em transplantes renais no Estado e sua equipe está entre as que mais realizam transplante no país. Já ultrapassou a marca de 1.800 transplantes renais, é a primeira instituição de nefrologia do mundo a receber a certificação internacional Qmentum. Possui unidades de hemodiálise em Santa Catarina e Tocantins, e atende pacientes renais crônicos de todo o Brasil (www.prorim.org.br).

DOIS TIPOS DE PESSOAS: AS QUE QUEREM E AS QUE NÃO QUEREM

Você é mais para cima ou deixa disso

Equipe EdCorp UOL EdTech

Em seu processo evolutivo, o ser humano desenvolveu linguagens complexas para expressar suas ideias, sentimentos, percepções e anseios. Foi a linguagem que nos separou dos demais primatas na cadeia darwiniana e é por meio da linguagem que encontramos os nossos pares, aqueles com quem queremos estar, colaborar e fazer coisas. Justamente porque queremos nos sentir acolhidos e parte integrante de um grupo ou comunidade que, muitas vezes, evitamos conflitos mesmo não concordando com alguma ideia geral.

Acontece que o conflito é a chave para o progresso. São as ideias mais dissonantes que, quando elaboradas por pessoas com pontos de vista, interesses e repertórios diferentes, dão o grande estalo de inovação – seja dentro de uma empresa, ou na estrutura social. O problema, portanto, não é o conflito de ideias, mas a disponibilidade das pessoas de pensamentos diferentes em engajar numa discussão produtiva.

Existem dois tipos de pessoas: as que entram na briga e as que deixam pra lá. E não há certo ou errado em nenhum desses comportamentos. Ambos são reflexos de comportamento adotado em situação de estresse ou perigo. O que pega é que, muitas vezes, a pessoa que “deixou disso” e abafou a discussão para evitar um conflito, se sente mais frustrada e menos ouvida que a pessoa que “comprou a briga”. Justamente porque quem “comprou a briga” levou a sua ideia para ser discutida e encontrou um consenso com quem interagiu.

Para evitar que as discussões tomem um rumo mais acalorado e se tornem um verdadeiro conflito, a presença de um mediador é essencial. É importante que essa pessoa que vai mediar a discussão tenha um bom controle emocional e saiba usar técnicas de comunicação não-violenta para garantir que ambos os lados estejam sendo ouvidos e se disponham a encontrar o meio-termo em conjunto. Do contrário, só se favorecem as polarizações e discordâncias.

Seja você time “biscoito” ou time “bolacha”, saber a hora de entrar ou não numa discussão é uma das competências mais fortes de pessoas de boa comunicação e que se conhecem o suficiente para entender quando discutir pode ou não ser mais produtivo do que deixar pra lá. Mas esse nível de maturidade e autoconhecimento só chega para quem busca por ele. Então fica a dica: gerir as próprias emoções, comunicação assertiva e não violenta, gestão de conflitos e colaboração são habilidades treinadas.

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