sexta-feira, 10 de setembro de 2021

MARKETING DIGITAL É ESSENCIAL PARA O SUCESSO DE VENDAS

 

Digital Marketing Technology Solution for Online Business Concept – Graphic interface showing analytic diagram of online market promotion strategy on digital advertising platform via social media.

Empresários precisam pensar em medidas para fidelização do cliente, como overdelivery e remarketing

MyPharma – prozza

Com a pandemia, as vendas online, principalmente no ramo farmacêutico, cresceram. Só em 2021, essa evolução foi de 26%, de acordo com pesquisa da eBit-Nielsen, que mede a reputação das lojas virtuais por meio de pesquisa.

E esse crescimento das vendas online fez com que os empresários do setor farmacêutico precisassem investir mais em estratégias de marketing digital, o que se tornou essencial para o sucesso nas vendas.

Para o diretor de marketing da MyPharma, startup que auxilia farmácias nas vendas e-commerce com ferramenta especializada para loja virtual, Carlos Soccol, o que já era tendência virou necessidade: o varejo que não trabalhar com marketing digital não terá mais espaço no mercado. “A melhor forma de se iniciar o marketing digital, para empresas que ainda não fizeram isso, é começar simples. Uma ficha super otimizada no Google Meu Negócio, um bom website otimizado para Google, como o Website da Startup Valeon,  redes sociais ativas, relacionamento via WhatsApp e campanhas patrocinadas são algumas das possibilidades”, explica.

Estratégias como remarketing e overdelivery também se tornam importantes no processo para otimizar as vendas. “O remarketing nada mais é do que enviar e-mails, SMS, para clientes que já compraram na sua loja. Já o overdelivery se resume em entregar muito mais do que se é esperado, em termos de serviço, atendimento e experiência. Resumindo, quem tem sucesso, principalmente farmacêutico, é quem domina o maior volume de canais de vendas, digitais e offline, porque é isso que vai fidelizar o cliente”, comenta Carlos.

Uma das táticas de venda mais importantes para o setor farmacêutico é o e-commerce. “A pandemia trouxe a necessidade de drogarias e farmácias se adequarem a esse conceito. A MyPharma é um plataforma de delivery específica para farmácias e drogarias, que oferece site próprio customizado. Além disso, o site da empresa e da Plataforma Comercial Valeon,  já fica pronto e otimizado para o Google, para que o empresário fature muito com as vendas online”, ressalta.

Outbound Marketing e Inbound Marketing

Duas estratégias importantes de marketing para o setor farmacêutico são o Outbound Marketing e o Inbound Marketing.

“Outbound marketing é a prospecção direta, normalmente chamada de cold call. É o ato de abordar um cliente ou contato frio, que nunca comprou antes do seu negócio, e tentar uma aproximação. Já o inbound é ‘cuidar do jardim para que as borboletas venham até ele’. Ou seja, criar uma estratégia de conteúdo robusta para ser encontrado sempre que seu perfil de cliente buscar sobre o tema, seja no instagram, no google através da Plataforma Comercial Valeon ou outras ferramentas”, explica o diretor de marketing da MyPharma, Carlos Soccol.

Marketing de conteúdo

Uma das ideias de marketing para farmácias é o uso de frases para status das redes sociais. Essa estratégia está ligada ao marketing de conteúdo e tem como objetivo atrair a atenção do público para vendas.

O marketing para farmácias não se resume em criar páginas nas redes sociais. Elas precisam ser usadas para atrair os clientes. A melhor forma de crescer a atenção em torno da marca é criar conteúdo relevante para os seguidores, sem pedir nada em troca.

“Quanto mais conteúdo é postado no perfil do seu negócio, mais curtidas e engajamento o empresário ganha. Os clientes tendem a não gostar de páginas que só fazem propaganda e publicidade de produtos. O conteúdo gerado precisa ter valor para o potencial cliente e precisa estar relacionado ao seu nicho de mercado”, sugere o diretor de marketing da MyPharma, Carlos Soccol.

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quinta-feira, 9 de setembro de 2021

MANIFESTAÇÕES CONTRA A TIRANIA JUDICIAL

 

Por
Flavio Quintela – Gazeta do Povo

Manifestantes pró-governo participam de ato na Esplanada dos Ministérios.

Manifestantes pró-governo participam de ato na Esplanada dos Ministérios.| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Se o Brasil se limitasse ao que se vê nas redes sociais, eu poderia afirmar categoricamente que três grupos bem distintos, porém igualmente incoerentes, produzem e replicam mais de 95% de todo o conteúdo político dessas redes. Estou falando da esquerda marxista, do meião antibolsonarista e da direita bolsonarista. Quero analisar as manifestações de ontem sob a perspectiva de cada um desses grupos e, na conclusão, sob a minha perspectiva (eu me considero parte de um grupo minoritário e diminuto, o da direita conservadora).

Comecemos com a esquerda marxista. Estamos falando aqui de petistas, psolistas e revolucionários em geral, gente que defende os regimes de Castro e Maduro, que assume posição radical em favor do aborto, que acredita na submissão do indivíduo ao coletivo, que endossa o identitarismo em todos os seus espectros. No meio dessa turma estão aquelas pessoas que inserem crucifixos em suas vaginas e ânus, que querem a normatização da fluência de gênero, que odeiam a família tradicional, que abominam a religiosidade e demonizam o sucesso individual. Esse pessoal, que costuma se paramentar de vermelho quando vai às ruas, odeia Bolsonaro porque ele é o nêmesis perfeito.

Se o presidente tivesse colocado 20 milhões de pessoas nas ruas ontem, eles ainda diriam que foi um fracasso, que não passou de montagem fotográfica, que a Polícia Militar estava mancomunada e por isso inflou os números, e outras coisas do tipo. Embora não morra de amores pelo Ministro Alexandre de Moraes, a esquerda marxista vai usá-lo como figura máxima de enfrentamento a Bolsonaro. Farão uso, por assim dizer, do dito popular “o inimigo do meu inimigo é meu amigo”.

A esquerda marxista dá as cartas em muitas redações do Brasil; nas maiores delas, para ser mais preciso. Ela dita o tom de muito do que é vendido como jornalismo mas que, na verdade, não passa de panfletaria ideológica construída sobre uma montanha de distorções de fatos e mentiras sem pudor. Não existe encadeamento lógico para esse grupo, pois a única lógica que seguem é a da derrota a qualquer custo do capitalismo de mercado e da direita política, e de qualquer ideia ou instituição que deles derivem. Os fins justificam os meios é a bíblia da esquerda marxista, e é por isso que jogam tão sujo e agem, se preciso for, com requintes de psicopatia. Essa turma não quer Bolsonaro fora do governo; querem-no morto, de preferência.

O segundo grupo ao qual me referi é o meião antibolsonarista. Preferi usar o termo meião em vez de centrão, porque entendo que esse grupo abrange uma parte da esquerda, o centro e uma parte da direita. São aquelas pessoas com quem, até certo tempo atrás, era possível dialogar honestamente. Afastados dos extremos ideológicos por princípios ou por preferência pessoal, os integrantes desse meião foram por algum tempo tachados de isentos, na época que não tinham ainda aderido aos chavões e às narrativas criados e divulgados pela esquerda marxista.

O meião antibolsonarista foi sempre antipetista. Na época em que o PT era governo, apoiavam inúmeras iniciativas que atualmente se encontram debaixo do bolsonarismo. Voto impresso, direito ao armamento, direito à vida e à liberdade de expressão são alguns exemplos. Não digo que o grupo todo apoiasse todas essas pautas em conjunto, pois não seria verdade. A turma mais à esquerda, por exemplo, jamais abraçou o armamento civil como um direito do cidadão. Mas, no geral, havia equilíbrio suficiente para que esse grupo agisse como uma zona de amortecimento entre extremismos.

Quantos projetos de lei esdrúxulos não foram contidos pela ação do centrão político com a ajuda do meião jornalístico? Muitos. Antes de se tornar antibolsonarista em sua essência, o pessoal do meião prezava pela isenção e pelo equilíbrio. Hoje, infelizmente, tornaram-se um negativo de Bolsonaro, pautando suas opiniões quase que exclusivamente pelas do atual presidente: se ele é a favor, são contra; se ele é contra, são a favor. A justificativa que têm às mãos é sempre a mesma, de que Bolsonaro sequestrou algumas boas pautas e que, por conta disso, não podem mais defendê-las.

Fossem as manifestações de ontem contra Bolsonaro, e não a seu favor, e os influencers do meião diriam que tinha muito mais gente nas ruas do que a PM divulgou. Mostrariam fotos dos quarteirões da Paulista e fariam contas para provar que os números foram superlativos. Foi assim durante todo o processo de manifestações contra Dilma, quando a imprensa tentava diminuir as passeatas e eles lutavam para provar o contrário. Tivesse Alexandre de Moraes prendido algum deles durante um governo petista e pelos mesmos motivos que prendeu alguns bolsonaristas – “crime” de opinião – e estariam soltando texto após texto em defesa da liberdade de expressão.

Por fim, temos o terceiro grupo, a direita bolsonarista. Em certo ponto do passado, boa parte dos influencers dessa turma andou lado a lado com a turma do atual meião. Quando Bolsonaro assumiu a presidência, a cisão foi consumada. A direita bolsonarista, que antes de 2019 se dizia conservadora como Burke e que vivia citando Sowell, Scruton, Voegelin e Ortega y Gasset, agora admira um político de carreira como seu maior ídolo e mito; messianiza um homem cujo discurso público é desprovido de empatia, misericórdia e amor. Chamam-se de cristãos e defensores da família, ao mesmo tempo em que desprezam os que criticam seu mestre terreno, desejando-lhes o mal e ofendendo-os com os piores xingamentos. Nesse ponto, são realmente bolsonaristas, pois não só imitam como também louvam a falta de freios do presidente, que não se cansa de repetir bobagens e crueldades. “Morreu pouca gente em Pedrinhas. Devia ter morrido muito mais.” Mito! Mito! Mito! “Não sou coveiro.” Mito! Mito! Mito! E assim por diante.

A direita bolsonarista compôs o grosso das manifestações de ontem. Saíram às ruas para defender seu ungido contra o complô diabólico que acreditam existir. Em seu maniqueísmo, tudo o que Bolsonaro faz é bom e tem lógica, ainda que dentro de um intrincado sistema de xadrez de quatro dimensões, e tudo o que fazem contra ele é ruim e diabolicamente comunista (ou comunistamente diabólico). Embora tenham lido os autores que gostavam de citar até um passado recente, assumiram na atualidade a postura de pragmatismo radical. Para eles, querer um conservador verdadeiro não passa de uma utopia no Brasil, e por isso justifica-se a adoção de Bolsonaro como único líder possível no momento.

Mais do que isso, usam da mesma estratégia intelectual do meião para dizer que não faz sentido criticar o governo, porque fazê-lo seria dar munição à imprensa suja e aos adversários do presidente. Em outras palavras, pregam a lealdade incondicional a um deputado obscuro que passou 30 anos mamando nas tetas do Estado brasileiro, votando projetos de acordo com o que fosse mais conveniente para si, para sua família e para seus eleitores, completamente fora de qualquer projeto maior que tivesse o país como um todo em mente.

Eu, que não faço parte de nenhum desses grupos aí de cima, considero as manifestações de ontem significativas em termos de participação popular. Os números que estão sendo divulgados pela imprensa não fazem jus ao que vi nos vídeos e fotos. Bolsonaro levou muita gente para as ruas, mais do que eu esperaria se acreditasse nas pesquisas de satisfação popular divulgadas pela grande imprensa. Se Bolsonaro estivesse realmente corroído como elas indicam, as ruas estariam bem menos cheias no dia de ontem.

Sobre o discurso de Bolsonaro, achei uma peça de populismo regada a chavões messiânicos. “Onde vocês estiverem, eu estarei!”, “Foi Deus quem me colocou na presidência”, “Estou pronto a dar a minha vida por vocês”. Não dá para ser mais populista e manipulador que isso. No entanto, Bolsonaro tem razão em uma coisa, que foi um dos pontos principais das manifestações: o STF está demonstrando um poder muito maior que deveria ter, abusando de sua autoridade para ceifar a liberdade de expressão e implementar uma tirania judicial no país.

Bolsonaro não é burro, sabe que seus seguidores, ainda que da boca para fora, colocam a liberdade de expressão no mesmo patamar do direito à vida e ao armamento. Obviamente, se fosse um ministro bolsonarista a prender um jornalista de esquerda, grande parte desse pessoal salivaria de satisfação, exatamente como o meião e a esquerda estão fazendo agora. Mas, como as prisões absurdas foram todas de defensores do presidente, estão circunstancialmente do lado certo. O outro ponto muito válido que ele levanta é o das urnas auditáveis e da contagem pública de votos. Novamente, esse ponto era consenso entre todo o pessoal do meião até pouco tempo atrás, a ponto de ter sido tornado em lei pelo Congresso, lei que foi impedida de se tornar válida por uma interferência indevida do STF.

Eu não gosto de Jair Bolsonaro. Acho que ele destruiu a direita brasileira. Acho sua administração ruim e sua conduta pessoal completamente reprovável. No entanto, entre aturá-lo até a próxima eleição e ter um togado com mandato vitalício me dizendo o que posso ou não falar, prefiro Bolsonaro. Continuo torcendo pelo surgimento de uma terceira via factível, mas entendo que um STF com poderes como os de hoje será sempre um entrave à democracia e, principalmente, à liberdade.

Assim sendo, qualquer terceira via que deseje o meu apoio e o apoio de gente como eu terá necessariamente de se posicionar a respeito desse assunto. Nesse ponto, Bolsonaro está certíssimo. E não me importa o motivo de ele assim se declarar. Uma coisa não deixa de ser certa porque um idiota passou a defendê-la. Uma terceira via que não veja as atitudes de Alexandre de Moraes como ameaças à liberdade dos brasileiros não vingará. Não é preciso agir como Bolsonaro para capitanear mudanças necessárias e reformas mais que devidas em nosso país, mas é preciso abraçar algumas das bandeiras do atual presidente. Se ninguém o fizer, ele será novamente a única opção de muita gente na urna.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/flavio-quintela/sobre-as-manifestacoes-e-sobre-tirania-judicial/
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JORNAL NACIONAL DA REDE GLOBO DESRESPEITA O POVO NO 7 DE SETEMBRO

Por
Flavio Gordon – Gazeta do Povo

| Foto: Fernando Bizerra/ EFE


O Jornal Nacional escreveu ontem, dia 7 de setembro de 2021, uma das páginas mais infames da história da imprensa brasileira, dilapidando de vez o pouco de credibilidade que ainda poderia ter junto ao público. Com aquela solenidade canastrona no semblante, que já virou sua marca registrada, os apresentadores abriram com essas palavras a edição do telejornal:

“O desrespeito à democracia com as cores da nossa bandeira. Em diversas cidades brasileiras, bolsonaristas, insuflados pelo presidente da República, usam o verde e amarelo, mas atacam pilares da Constituição. Faixas pedem intervenção militar e a destituição de ministros do Supremo. Em tom golpista, o presidente discursa diante de manifestantes em Brasília e em São Paulo. Diz que respeita a Constituição, mas, na mesma frase, volta a ameaçar o STF… Manifestantes contrários ao governo saem às ruas em defesa da Constituição, e pedem vacinas, alimentos e emprego”.

Raras vezes se viu por parte de um veículo de comunicação um ataque tão direito à honra e à dignidade dos milhões de cidadãos brasileiros, homens e mulheres, crianças e idosos, negros, brancos e amarelos, que, no dia da independência do país, foram às ruas ordeira e pacificamente, não apenas para apoiar o presidente que elegeram – e que, desde a posse, por obra do aparelhamento institucional avançado ao longo dos anos em que a força política derrotada esteve no poder, mal tem conseguido governar segundo a agenda eleitoralmente vitoriosa –, mas, sobretudo, para lutar pelo Estado de Direito e por liberdades civis elementares, garantidas pela Constituição, mas ignoradas por membros de uma Suprema Corte que passou a agir como partido político de oposição.

Ignorando as centenas e centenas de faixas pedindo apenas o respeito às leis e à Constituição – um dever de todos, e sobretudo dos integrantes da Suprema Corte –, os militantes fantasiados de jornalistas ofendem os manifestantes, acusando-os de “usar o verde e amarelo, mas atacar pilares da Constituição”. Como ousam tamanha desonestidade? Como conseguem encarar os próprios familiares, deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente após se prestarem a esse serviço sujo de estigmatizar milhões de cidadãos honestos, trabalhadores, pais e mães de família, muitos talvez ainda (infelizmente) telespectadores do jornal?

Em contraposição aos milhões de “bolsonaristas” que “atacam os pilares da Constituição”, o telejornal mostra uma mirrada manifestação onde não há o verde e amarelo, mas apenas o vermelho dos partidos, sindicatos e movimentos de extrema-esquerda, junto com os símbolos e slogans tradicionais do movimento comunista nacional – a foice e o martelo, a estrela do lulopetismo, o rosto de Che Guevara, o clamor por uma “ditadura do proletariado”. Sobre esses, os apresentadores não hesitam em dizer que “saem as ruas em defesa da Constituição” – contra a qual o PT votou em 1988 –, e “pedem vacinas, alimentos e emprego”, alimentos e empregos que, com sua campanha histriônica pelo “fique em casa, a economia a gente vê depois”, essa extrema-esquerda e o próprio Jornal Nacional contribuíram para destruir.

Nunca os extremistas de esquerda, cujas “manifestações” quase sempre desembocam em violência – coquetéis Molotov e paralelepípedos lançados contra a polícia, vitrines quebradas, postes derrubados, monumentos incendiados, cinegrafistas assassinados por rojões etc. – foram tratados com o grau de virulência com que os ditos “bolsonaristas” foram tratados. Pelo contrário.

Quando, em julho, incendiaram a estátua de Borba Gato, o jornal O Globo não acusou os incendiários de antidemocráticos, mas, ao contrário, chegou quase a saudá-los por “reacender [poor choice of words, by the way] debate sobre manutenção de monumentos ligados à escravidão”. Quando, em maio do ano passado, torcidas organizadas ligadas a partidos e movimentos de extrema-esquerda (“Antifas”) foram às ruas se manifestar partidariamente contra Bolsonaro, o mesmo jornal descreveu o ato como sendo “em defesa da democracia”. Pouco depois, a PM de SP divulgava uma lista de itens apreendidos com alguns dos “democratas”: coquetéis Molotov, galão de gasolina, bastão de madeira etc. E nem mesmo nas muitas vezes em que radicais de esquerda cercaram, depredaram e tentaram invadir prédios da Globo (como, por exemplo, nesse episódio em 2013), o jornalismo da emissora deixou de os tratar simplesmente por “manifestantes”. Também pudera: nesse caso, o radicalismo de esquerda une agredidos e agressores, muito embora esses últimos não saibam disso.

É curioso, aliás, que essa organização de mídia queira enganar o público caracterizando as manifestações de extrema-esquerda como “pró-democracia”. Lembro-me que, em março 2015, quando jornais dessa mesma organização descreviam como atos em defesa da Petrobrás – assim mesmo, sem utilizar aspas – manifestações de militantes em defesa do então governo petista (justo aquele que, como todos sabem, dilapidou a Petrobrás), postei nas redes sociais uma crítica a essa forma de cobrir o evento.

Em resposta à postagem, um rapaz identificado como “jornalista no interior” fez o seguinte comentário: “Se a Globo não noticia assim, pela manhã amanhece depredada, com zilhões de blogues de esquerda criticando e com a promessa de controle da mídia em seguida. Sério, sou jornalista no interior, mas está difícil de escrever com tanta militância petista em cima!”

O comentário ilustra bem o nível de covardia e submissão ideológica diante dos arroubos totalitários da militância de extrema-esquerda, que, embora, ela sim, tenha sempre atacado a democracia e os pilares da Constituição – lembrando que o seu líder, Luís Inácio Lula da Silva, já prometeu censurar a imprensa caso venha a ser proclamado (o que é diferente de ser eleito!) presidente – jamais foi importunada pela companheirada dos estúdios e redações. Enquanto isso, os milhões de brasileiros honestos, que, espontaneamente, vão se manifestar contra os atentados reais – e não imaginários – ao estado democrático de direito, são retratados como extremistas e golpistas, apenas por não se alinharem à agenda ideológica da militância de redação.

Tenha compostura, seu William Bonner! Todos conhecemos o seu desprezo pelo espectador, que você considera uma espécie de Homer Simpson, alguém “com dificuldade para entender siglas e coisas mais complexas”. Mas agora você ultrapassou todos os limites da desonestidade e da falta de profissionalismo. Saiba que o verdadeiro antidemocrático é você, que, junto aos seus aliados políticos e companheiros de ideologia, sonham dia e noite com uma democracia sem povo e um país cujo destino seja decidido por um punhado de ungidos, no solipsismo dos gabinetes, estúdios e redações.


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RECUPERAÇÃO DE CLIENTES INATIVOS

 

FGR Assessoria de Comunicação

Quem é empresário sabe que o custo para conquistar novos clientes é superior ao valor para mantê-los. Ao longo do desenvolvimento da relação dos clientes com a marca, pode haver alguns desvios, como a contratação de concorrentes, ou mesmo uma ruptura por falta de recursos num dado momento.

Para quem pensa que a recuperação de clientes inativos é perda de tempo, saiba que você só precisa de determinação e estratégias para reaver estes relacionamentos. Confira:

Analise quem são os clientes inativos

É importante que você faça um estudo do tempo médio que os clientes da sua marca tendem a ficar sem consumir para, então, determinar quem são os indivíduos da base de dados que estão na categoria de inativos. Com essa lista prévia, você deverá identificar há quanto tempo os clientes estão inativos, assim como quais serviços/produtos costumavam adquirir e com qual frequência. Conhecer questões demográficas e comportamentais também ajudará a fazer essa análise.

Divida para conquistar

A segmentação do grupo de clientes inativos em subgrupos tornará mais fácil conseguir a recuperação dos mesmos. As pessoas que compõem esse grupo não são todas iguais, tendo motivações distintas para terem deixado de solicitar seus serviços. Essa divisão pode levar em consideração critérios como serviços/produtos de interesse em comum, tempo de inatividade, faixa etária, motivos semelhantes listados para inatividade, entre outros.

Mensagem para clientes inativos

Conhecendo quem são os clientes inativos e feito a sua divisão em grupos, será mais fácil definir os canais mais assertivos para entrar em contato com cada um deles. Algumas pessoas têm maior receptividade por e-mail, enquanto outras preferem comunicação por WhatsApp. Considere qual é o perfil desses indivíduos. Ao elaborar o texto da mensagem, use uma linguagem que aproxime a sua marca dos clientes que pretende recuperar. Apresente algum tipo de vantagem para esse retorno, como um voucher de desconto. Para definir qual será a vantagem oferecida, estude a fundo o perfil dos inativos.

Aplicação de pesquisa

Saber quais foram os motivos que levaram estas pessoas a deixarem de contatar sua empresa também é essencial para reconquistá-las. Faça uma pesquisa e mande pelo canal que seja de acordo com o perfil do grupo. Ao apresentar a pesquisa, enfatize o quanto é importante que os clientes inativos deem seu feedback, afinal, é só a partir dele que a organização poderá mudar o que não está bom.

Tenha um departamento de pós-venda bem estruturado

O departamento de pós-venda da sua companhia existe apenas para responder reclamações? Saiba que esse é um dos erros que pode resultar na inatividade de bons clientes. As pessoas estão cada vez mais exigentes, procurando pelo melhor atendimento das suas demandas, incluindo a atenção. O setor de pós-venda pode e deve acompanhar o processo de utilização dos serviços/produtos pelos consumidores. Certificar-se sobre a satisfação do cliente no pós-compra é fundamental para manter o nível de qualidade elevado. Quem compra ou contrata um serviço gosta de saber que é valorizado, algo que se mostra ainda mais relevante quando se trata de um processo de reconquista.

Atenda bem para atender sempre

Outra questão de grande relevância, quando se trata de manter os clientes ativos a longo prazo, é atender com qualidade para atender mais de uma vez. Certamente, você não volta a um lugar em que te trataram mal, certo? Então, dedique tempo e orçamento para oferecer melhor treinamento para os seus colaboradores. Afinal, eles são o primeiro contato dos clientes com a sua marca. 

 CARACTERÍSTICAS DA VALEON

Perseverança

Ser perseverante envolve não desistir dos objetivos estipulados em razão das atividades, e assim manter consistência em suas ações. Requer determinação e coerência com valores pessoais, e está relacionado com a resiliência, pois em cada momento de dificuldade ao longo da vida é necessário conseguir retornar a estados emocionais saudáveis que permitem seguir perseverante.

Comunicação

Comunicação é a transferência de informação e significado de uma pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e compreensão entre as pessoas. É a maneira de se relacionar com os outros por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o ponto que liga os seres humanos para que eles possam compartilhar conhecimentos e sentimentos. Ela envolve transação entre pessoas. Aquela através da qual uma instituição comunica suas práticas, objetivos e políticas gerenciais, visando à formação ou manutenção de imagem positiva junto a seus públicos.

Autocuidado

Como o próprio nome diz, o autocuidado se refere ao conjunto de ações que cada indivíduo exerce para cuidar de si e promover melhor qualidade de vida para si mesmo. A forma de fazer isso deve estar em consonância com os objetivos, desejos, prazeres e interesses de cada um e cada pessoa deve buscar maneiras próprias de se cuidar.

Autonomia

Autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é incompatível com elas.

A autonomia no trabalho é um dos fatores que impulsionam resultados dentro das empresas. Segundo uma pesquisa da Page Talent, divulgada em um portal especializado, 58% dos profissionais no Brasil têm mais facilidade para desenvolver suas tarefas quando agem de maneira independente. Contudo, nem todas as empresas oferecem esse atributo aos colaboradores, o que acaba afastando profissionais de gerações mais jovens e impede a inovação dentro da companhia.

Inovação

Inovar profissionalmente envolve explorar novas oportunidades, exercer a criatividade, buscar novas soluções. É importante que a inovação ocorra dentro da área de atuação de um profissional, evitando que soluções se tornem defasadas. Mas também é saudável conectar a curiosidade com outras áreas, pois mesmo que não represente uma nova competência usada no dia a dia, descobrir novos assuntos é uma forma importante de ter um repertório de soluções diversificadas e atuais.

Busca por Conhecimento Tecnológico

A tecnologia tornou-se um conhecimento transversal. Compreender aspectos tecnológicos é uma necessidade crescente para profissionais de todas as áreas. Ressaltamos repetidamente a importância da tecnologia, uma ideia apoiada por diversos especialistas em carreira.

Capacidade de Análise

Analisar significa observar, investigar, discernir. É uma competência que diferencia pessoas e profissionais, muito importante para contextos de liderança, mas também em contextos gerais. Na atualidade, em um mundo com abundância de informações no qual o discernimento, seletividade e foco também se tornam grandes diferenciais, a capacidade de analisar ganha importância ainda maior.

Resiliência

É lidar com adversidades, críticas, situações de crise, pressões (inclusive de si mesmo), e ter capacidade de retornar ao estado emocional saudável, ou seja, retornar às condições naturais após momentos de dificuldade. Essa é uma das qualidades mais visíveis em líderes. O líder, mesmo colocando a sua vida em perigo, deve ter a capacidade de manter-se fiel e com serenidade em seus objetivos.

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BOLSONARO ANALISA AS MANIFESTAÇÕES E DARÁ NOVOS PASSOS

 

Conselho da República

Por
Rodolfo Costa – Gazeta do Povo
Brasília

Presidente Jair Bolsonaro em discurso em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, durante as comemorações pelo Dia da Independência| Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro entende que a “fotografia” das manifestações pró-governo de 7 de setembro são uma demonstração de força política e eleitoral em uma disputa entre poderes da qual ele foi o vencedor. É a análise que faz o próprio presidente da República, interlocutores do Palácio do Planalto e aliados pró-Bolsonaro do Congresso.

“A avaliação é de que fomos vitoriosos, porque foi um público recorde em todos os lugares”, afirma à Gazeta do Povo o deputado federal Márcio Labre (PSL-RJ), que esteve com Bolsonaro na Avenida Paulista no palanque do movimento Nas Ruas, o principal organizador dos atos de 7 de setembro no país.

A despeito das críticas e ameaças de abertura de um processo de impeachment contra Bolsonaro, a leitura feita pelo governo é de que as ruas deram ao presidente da República a musculatura política para se blindar de um impeachment e força eleitoral para cravar um dos lugares no segundo turno das eleições de 2022.

Das manifestações de 7 de setembro, Bolsonaro traça como próximo passo a convocação do Conselho da República, que ele citou em seu discurso em Brasília, mas foi interpretado pela maioria na política e em seu governo como uma convocação do Conselho de Governo, que é feito junto com ministros de Estado e tem caráter consultivo para o debate de ações do governo federal. A reunião ocorreu nesta quarta-feira (8).

A reunião do Conselho de Governo entre Bolsonaro e seus ministros, que não consta na agenda oficial desta quarta, começou por volta das 10h e encerrou em torno das 14h, segundo relataram interlocutores palacianos à reportagem. No encontro, foram discutidos projetos prioritários como o Auxílio Brasil, o novo Bolsa Família, e a PEC dos Precatórios, que pode ser contaminada após os atos de 7 de setembro. As manifestações entraram em discussão, mas não o Conselho da República, que será alvo de conversas futuras.

Qual é a estratégia de Bolsonaro em convocar o Conselho da República
A aposta de Bolsonaro na convocação do Conselho da República como “próximo passo” às manifestações é uma estratégia traçada pelo presidente da República e alguns poucos conselheiros do Planalto. A ideia do governo é propor a convocação como um gesto político ao Congresso e ao STF em busca de uma solução para a crise entre os poderes.

A ideia de convocação do Conselho da República foi dita pelo próprio Bolsonaro a apoiadores e aliados na terça-feira. “Eu ouvi isso ontem do próprio presidente”, afirma o deputado Márcio Labre à reportagem. A informação foi confirmada por interlocutores do Planalto.

“O Conselho da República vai, de forma consistente, não deixar dúvidas sobre o cumprimento e esgotamento de todas as etapas e tentativas republicanas constitucionais de solucionar o problema [da crise entre poderes]”, destaca Labre. “Se não cumprir essa liturgia, corre o risco de ter uma alegação lá na frente que houve um atropelo”, acrescenta o parlamentar.

No ato de 7 de setembro organizado em Brasília, Bolsonaro disse que, na quarta-feira, estaria “no Conselho da República juntamente com ministros” e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do STF, ministro Luiz Fux — que, por lei, não poderia integrar —, para mostrar “para onde nós devemos ir”.

O atual clima político sugere que, se convocada por Bolsonaro, a reunião nem ocorrerá. Mas Labre sustenta que o presidente insistirá. “Tem toda uma liturgia institucional, que é a convocação e aclamação do Conselho da República. Que façamos ele e, na sequência, como não terá isso, provavelmente, nem a adesão dos outros poderes, aí passaríamos para uma próxima etapa”, diz o deputado.

A leitura particular de Labre é que uma “próxima etapa” seria a evocação do artigo 142 da Constituição por Bolsonaro para que as Forças Armadas atuem como um “Poder Moderador”, o que deflagraria um cenário de intervenção militar. “Isso é uma opinião pessoal minha, o presidente não disse, nem vai deixar escapar isso. Vivemos uma crise institucional em que alguém vai ganhar e alguém vai perder, não vejo mais como sair dessa situação, nem algo diferente dessa liturgia institucional [Conselho da República]”, analisa.

Manifestações, crise, artigo 142 e Conselho da República: qual é a leitura do Planalto
O Conselho da República está na “pauta” do Planalto e a aposta feita pelo deputado Márcio Labre é que Bolsonaro e seus ministros “respirarão” o assunto nos próximos dias. “De alguma forma, isso está sendo tratado o tempo inteiro, a cada minuto, e talvez com alguns acertos de detalhes finais”, destaca.

Interlocutores palacianos admitem que as conversas ocorrem, embora evitem cravar quando a convocação poderia ser feita por Bolsonaro. Mas analisam que a ideia mostra que o presidente da República quer dialogar e discutir com o Congresso os “excessos” dos ministros do STF.

As fontes procuradas pela reportagem negam, contudo, que, em caso de fracasso na tentativa de convocar o Conselho da República, Bolsonaro evoque o artigo 142 da Constituição a fim de usar as Forças Armadas para restaurar a harmonia entre os poderes, como sugeriu Labre.

Uma fonte do governo acredita que “somente em uma situação extrema” Bolsonaro cogitaria isso. Outras não apostam nessa hipótese. Unanimemente, todos acreditam que, na hipótese de fracasso do Conselho da República, o governo buscará outras vias para apaziguar o clima político.

“Após o posicionamento oficial dos presidentes de poderes [sobre o Conselho da República], serão feitos os contatos informais para arrefecer os ânimos”, analisa um interlocutor palaciano. A expectativa é que, nesse cenário, atue diplomaticamente não apenas o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, mas também os demais ministros e aliados políticos. “Todos devem tentar contribuir para evitar problemas mais graves para o país”, avalia um segundo assessor.

A leitura feita no Planalto é de que as manifestações de 7 de setembro deram as “cartas” para Bolsonaro propor o conselho. “O balanço é altamente positivo. Mostra que os apoiadores do presidente e do governo têm grande persistência no apoio pela crença nas pautas conservadoras e em não querer o retorno da corrupção”, diz um interlocutor.

“O discurso do presidente foi direto e marcou um limite para as extrapolações de ingerência de um poder sobre as atividades dos outros, particularizando a conduta de um ou dois ministros do STF”, analisa um segundo. “O que tem motivado os ruídos é a ingerência de um poder no outro”, complementa a fonte.

O que é o Conselho da República e como ele funcionaria
O Conselho da República foi instituído durante o governo do ex-presidente Fernando Collor pela Lei nº 8.041/1990 e tem em sua composição os presidentes da República, Câmara e Senado, o vice-presidente da República, os líderes da maioria e minoria no Congresso, o ministro da Justiça e outros seis indicados pela presidência e pelas casas do Parlamento.

O Conselho da República é um órgão superior consultivo da Presidência que deve se manifestar sobre intervenções federais, estado de defesa e estado de sítio e sobre questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas. Foi convocado pela última vez na gestão de Michel Temer, quando o tema do debate foi a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro.

O caráter consultivo implica na não obrigação do presidente da República seguir as orientações dos membros do colegiado, alerta o sócio e coordenador de análise política da BMJ Consultores Associados, Lucas Fernandes.

Dos seis cidadãos, dois são nomeados pelo presidente, dois eleitos pelo Senado e outros dois eleitos pela Câmara. O presidente da República ainda pode convocar um ministro para participar da reunião do conselho “quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo ministério”.

Quando Bolsonaro falou sobre o Conselho da República na terça-feira, Pacheco e Lira avisaram interlocutores que desconheciam a reunião citada. Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado, sinalizou que ele e os senadores Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid-19, Renan Calheiros, relator da CPI, e Jean Paul Prates (PT-RN), líder da minoria, participariam de uma eventual reunião do Conselho da República.

Governistas e Bolsonaro não preveem novas convocações de atos de rua
O Conselho da República é visto como a “última cartada” de Bolsonaro como a principal tomada de decisão do governo para contornar a crise entre os poderes. A convocação para novos atos de rua como demonstração de força não estão no radar de governistas. O presidente e parlamentares respeitarão possíveis manifestações, mas entendem que elas não teriam a mesma eficácia.

“Voltar para a rua hoje é só para fazer um carnaval de comemoração, porque outra manifestação, hoje, no sentido de tentar ampliar o tensionamento, eu acho que Brasília já faz isso. O pessoal está concentrado e não vai sair mais. Não vejo mais a necessidade de mais nenhuma manifestação nesse momento e nos próximos dias que não seja da manutenção dessa pauta [Conselho da República]”, diz o deputado Márcio Labre.

O parlamentar, que esteve com Bolsonaro no palanque na Avenida Paulista, notou um semblante de alívio do presidente. “Agora, ele se sente firme, seguro para dar o próximo passo. Estava muito angustiado e, hoje, essa angústia não existe mais. Entramos em compasso de espera para que, a qualquer momento, uma decisão mais dura seja tomada pelo poder Executivo”, diz Labre.

“A demonstração popular de adesão à ideia de que a gente precisa assegurar nossas liberdades individuais foi plena. O governo já pode e tem absoluta certeza que conta com apoio da população e, agora, o próximo passo, é, realmente, tomar as devidas providências em relação ao que tiver de alcance legal para produzir o afastamento de alguns ministros. É esse o caminho. Está claro que eles não vão recuar e, do nosso lado, ficou claro que não vai recuar”, sustenta Labre.


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A ESQUERDA E OS APROVEITADORES TENTARAM DIMINUIR AS MANIFESTAÇÕES DO POVO

 

Protestos
Por
Leonardo Desideri = Gazeta do Povo
Brasília

Manifestantes pró-governo participam de ato na Esplanada dos Ministérios.

Manifestantes pró-governo participam de ato na Esplanada dos Ministérios.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

As manifestações de 7 de setembro têm sido chamadas pela esquerda brasileira de “atos antidemocráticos”. Seus participantes, por sua vez, foram classificados como “fascistoides” por figuras esquerdistas. “Não foi o povo que foi às ruas – foram os fanáticos”, disse o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) ao jornal britânico The Guardian.

Mas a narrativa propagada por personalidades da esquerda e alguns meios de comunicação foi, ao menos em parte, contrariada por relatos, fotos e vídeos de quem esteve nos protestos. A alta adesão popular e o caráter pacífico das manifestações ficaram evidentes ao longo do dia.

“Paulista lotada com as cores da bandeira, nenhum tumulto ou agressividade! O que há de antidemocrático? Esses brasileiros não merecem ser ouvidos? Atos pacíficos ocorrendo em todo o Brasil! Por mais que se esforcem, não vão colar a pecha de antidemocráticas nessas pessoas”, comentou a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL), de São Paulo.

Para o especialista em oratória Fabio Blanco, o uso de palavras-chave e adjetivos da moda para deslegitimar a direita é um recurso estratégico a que a esquerda têm recorrido com particular frequência nos últimos tempos. “Eles têm usado uma tática de criar adjetivos, como ‘antidemocrático’. Você usa um adjetivo e já parte de uma conclusão sobre essas pessoas”, afirma.

Segundo Blanco, a excessiva adjetivação é especialmente grave no caso de meios jornalísticos. ”Deixa de ser notícia. Eles não estão noticiando os fatos. Estão usando os fatos para emitir conclusões e juízos de valor”, diz.

A contradição entre aquilo que se diz e o que se vê, para ele, é sintomática do desespero de um grupo que “se acostumou a ter o monopólio da narrativa”. “A narração dos fatos é exatamente contrária àquilo que estamos vendo, como dizer que o público é pouco quando estamos vendo a rua lotada”, afirma Blanco.

Nas redes sociais, um grande número de pessoas criticou o título de “atos antidemocráticos” para as manifestações de 7 de setembro. Blanco observa que é cada vez mais difícil na internet emplacar narrativas pouco fiéis à realidade, já que, pouco a pouco, cresce uma atitude de alerta em relação às informações que circulam. “As pessoas, conforme vão se acostumando com a linguagem imediata da internet, com suas verdades e mentiras, são cada vez mais capazes de filtrá-la”, diz.


Postura antidemocrática não define manifestações de 7 de setembro, diz sociólogo
Para o sociólogo Lucas Azambuja, professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) de Belo Horizonte, a palavra “democrático” virou uma espécie de “selo de sinalização de virtude” na sociedade, e o seu oposto serve para “demonizar” adversários políticos.

Ele observa que a postura antidemocrática não define as manifestações de 7 de setembro, que reuniram múltiplas causas – inclusive a bandeira da liberdade de expressão, que é um pilar do regime democrático.

“É óbvio que, em um movimento tão complexo e tão grande como foi o do 7 de setembro, você vai ter pessoas de todo tipo. Vai ter pessoas que defendem, de fato, intervenção militar e coisa do tipo, e outras que estão simplesmente expressando seu apoio ao presidente ou, também, contra a tentativa que está ocorrendo de criminalizar a posição conservadora no Brasil”, afirma.

Para ele, nem sequer a defesa do presidente Bolsonaro pode ser vista como a causa dominante das manifestações. “Vejo o Bolsonaro muito mais como consequência do que causa de algo. Qual é a causa? A causa é que, desde 2013, começou um processo de formação, digamos assim, de uma mentalidade conservadora por parte de um segmento bastante significativo da população brasileira, que não se identifica mais com os discursos políticos hegemônicos no Brasil desde 1988”, avalia.

Para Azambuja, os presentes nos protestos de 7 de setembro fazem parte justamente desse grupo que começou a emergir em 2013 no Brasil, de pessoas que “defendem pautas familiares, cristãs, antiaborto, pró-armamento civil, do combate duro à corrupção, da preocupação de o Brasil virar uma Venezuela”.

O desdém com que parte da elite intelectual trata essas pessoas, segundo o sociólogo, pode aumentar a tensão social no Brasil, criando uma estigmatização desse grupo e “um tensionamento que invada as relações pessoais, cotidianas”.

“Há uma série de desinformações e mentiras em torno desse grupo que saiu no dia 7. A maior delas é que se tratam de fascistas, pessoas radicais, nazistas…”, diz. “Você pode criar um clima de desumanização do grupo, e isso pode abrir espaço para a violência e a repressão organizada contra essas pessoas”, ressalta.


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