domingo, 1 de agosto de 2021

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NAS EMPRESAS

 

Stefannini Grupo e Georjes J. Bruel

Com o avanço da tecnologia, a realização de diversas tarefas cotidianas passou por profundas mudanças. Nesse cenário, as empresas viram a necessidade de adotar estratégias de transformação digital para se adaptarem às novas exigências do mercado.

Explicaremos a seguir o caminho para adoção dessas estratégias e a maneira como a Stefanini pode ajudar você a implementá-las em seu negócio. Quer saber mais? Então, continue a leitura e confira!

Como implementar as estratégias de transformação digital?

As estratégias de transformação digital surgiram para auxiliar os gestores a incorporarem a tecnologia em seus negócios, gerando maior inovação nos processos, produtos e serviços. Para conduzir essa mudança, uma série de iniciativas deve ser adotada. Acompanhe algumas delas!

Tenha o mindset correto

Bons gestores precisam estar abertos a mudanças sempre que for necessário adaptar-se à novos cenários e comportamentos. Considerando esse aspecto, é importante entender o quanto um mindset voltado a melhoria contínua pode ser benéfico para o crescimento da empresa. Dado o nível de transformação que a tecnologia proporciona aos negócios, o pensamento correto pode levar a companhia a um novo patamar.

Além disso, é importante destacar que a mudança de mindset não se restringe apenas aos gestores. A ideia é preparar toda a empresa para o que a transformação digital oferece — logo, é uma mudança que envolve colaboradores, parceiros e até mesmo fornecedores. Esse é um passo importante, visto que somente após todos estarem alinhados poderão caminhar juntos rumo à inovação.

Fique atento às novas tecnologias

Acompanhar as tecnologias emergentes é fundamental para garantir a competitividade do negócio. Mesmo que tudo pareça estar funcionando corretamente, o surgimento de uma nova plataforma, por exemplo, pode mudar a direção do comportamento do público.

Dessa forma, torna-se relevante contar com profissionais curiosos e antenados, que estejam sempre a par das novidades lançadas, colhendo novas informações e fornecendo insights para os diversos setores da empresa. Quanto mais conectada sua empresa estiver, mais fácil ela conseguirá lidar com as constantes atualizações do mercado.

Revise os processos do negócio

Além de uma mudança de mindset e da atenção às novas tecnologias, também é importante avaliar a organização dos setores, as tarefas realizadas pelos colaboradores e as etapas seguidas para entrega do produto ou serviço oferecido pela empresa.

Essa revisão é necessária considerando que a inovação trazida pela implantação de tecnologias sanará diversas burocracias e tornará muitos processos obsoletos, fazendo com que deixem de fazer sentido. 

Para que essa análise seja completa, mostra-se relevante realizar pesquisas de mercado que apontem quais serão os melhores caminhos para o ramo de negócio em questão — o que impacta sua atuação e, consequentemente, sua estrutura.

Mantenha o foco no cliente

Apesar de parecer óbvio, é importante mencionar esse tópico. Afinal, uma mudança processual que não priorize as necessidades do cliente se torna falha e, com isso, deixa de ser útil. Então, desenvolver uma nova realidade onde o público se sinta acolhido é uma prática essencial para gerar resultados positivos para a empresa.

No mais, manter o foco no cliente é um meio de acelerar as diversas mudanças previstas pela transformação digital, já que possibilita detectar antecipadamente as demandas do consumidor e adotar medidas que atendam — ou superem— suas expectativas.


A estratégia de transformação digital descreve as formas em que as empresas estão se adaptando para atender aos requisitos da era digital de hoje, pois estamos enfrentando mudanças profundas e de longo alcance na forma como a tecnologia digital é criada, gerenciada, analisada e consumida.

A transformação digital começou quando as empresas perceberam que seus modelos de negócios tradicionais não eram suficientes para gerar valor para os stakeholders, para oferecer inovação ágil aos seus clientes, aumentar sua participação no mercado e lucro, permanecer relevante para o ecossistema e manter a força de trabalho comprometida.

A capacidade de reimaginar digitalmente o negócio é determinada em grande parte por uma estratégia digital clara apoiada por líderes que promovem uma cultura capaz de mudar e inventar o novo.

Embora essas informações sejam consistentes com as evoluções tecnológicas anteriores, o que é exclusivo da transformação digital é que a tomada de riscos está se tornando uma norma cultural à medida que mais empresas digitalmente avançadas buscam novos níveis de competitividade.

Igualmente importante, os funcionários em todas as faixas etárias querem trabalhar para empresas que estão profundamente comprometidas com o progresso digital. Os líderes da empresa precisam ter isso em mente para atrair e reter os melhores talentos.

As startups digitais têm a vantagem de serem capazes de reinventar empresas e indústrias, abordando as necessidades dos consumidores de maneiras completamente novas. Basta ver o que o Uber está fazendo no negócio de transporte e o que a Airbnb está fazendo no ramo de viagem.

Qualquer que seja o estado final da transformação digital, o alcance não é simplesmente sobre tecnologia. Para posicionar suas organizações para avançar em um futuro transformado digitalmente, os líderes empresariais devem se perguntar “Nossa organização possui uma estratégia digital que vá além de implementar tecnologias?”.

A startup Valeon um Marketplace que tem a sua Plataforma Digital é uma empresa que se caracteriza por ser um negócio com ideias muito inovadoras e com grande disposição para inovar e satisfazer às necessidades do mercado.

A Plataforma Comercial Valeon veio para suprir as demandas da região no que tange à divulgação dos produtos/serviços de suas empresas com uma proposta diferenciada nos seus serviços para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

Diferenciais

  • Eficiência: A Valeon inova, resolvendo as necessidades dos seus clientes de forma simples e direta, tendo como base a alta tecnologia dos seus serviços e graças à sua equipe técnica altamente capacitada.
  • Acessibilidade: A Valeon foi concebida para ser utilizada de forma simples e fácil para todos os usuários que acessam a sua Plataforma Comercial , demonstrando o nosso modelo de comunicação que tem como princípio o fácil acesso à comunicação direta com uma estrutura ágil de serviços.
  • Abrangência: A Valeon atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.
  • Comprometimento: A Valeon é altamente comprometida com os seus clientes no atendimento das suas demandas e prazos. O nosso objetivo será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar para eles os produtos/serviços das empresas das diversas cidades que compõem a micro-região do Valeo do Aço e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

PRESSÃO PARA A CANDIDATURA DE SÉRGIO MORO NAS ELEIÇÕES DE 2022

 

 Laryssa Borges – Veja

Senadores e parlamentares do Podemos têm estimulado apoiadores a pressionar o ex-juiz Sergio Moro para que ele se lance candidato à Presidência. O ex-magistrado se deu um prazo até outubro para informar à cúpula partidária se aceita ou não concorrer em 2022, mas até lá a ordem é para que simpatizantes de Moro produzam outdoors, cartazes, adesivos e camisetas em prol da candidatura a fim de medir a aceitação do nome do ex-ministro de Jair Bolsonaro.

O ex-ministro Sergio Moro, que ainda avaliar se vai concorrer em 2022 -© Marcelo Camargo/Agência Brasil O ex-ministro Sergio Moro, que ainda avaliar se vai concorrer em 2022 –

“Eu, como senador do Paraná, o Alvaro Dias e muitos outros senadores temos tentado muito falar com o Sergio Moro, pedir ao Sergio Moro que aceite ser candidato a presidente do Brasil. Até agora ele não disse não, mas também não disse sim. Todos que puderem fazer campanha para que o Moro seja candidato a hora de fazer é agora”, disse o senador Oriovisto Guimarães a um recém-criado grupo de apoio ao ex-juiz, formado essencialmente por médicos paranaenses.

Há poucas semanas, Sergio Moro se reuniu com parlamentares do Podemos, em Brasília, para discutir a eventual participação dele nas eleições do próximo ano. Na legenda, porém, a candidatura do ex-juiz está longe de ser unanimidade. Uma das principais ressalvas à entrada de Moro na corrida presidencial é a avaliação de que o lançamento do nome de um personagem que colocou políticos atrás das grades necessariamente provocará menos adesão partidária à candidatura. “Se é um nome mais neutro, é mais fácil de ter convergência. Um nome mais polêmico, como Moro, é mais difícil”, disse, sob reserva, um cacique do Podemos. Outro entrave seria a destinação de boa parte do caixa da sigla a uma candidatura presidencial não necessariamente competitiva em detrimento da construção de palanques estaduais e da eleição de deputados federais.

No entorno do ex-juiz da Lava-Jato também não há consenso sobre a candidatura. Um advogado amigo de Moro, por exemplo, sugeriu – em vão – que ele se filiasse a um partido político ainda em 2020 para sinalizar que estaria disposto a enfrentar Bolsonaro e o ex-presidente Lula na disputa pelo Palácio do Planalto. A esposa de Moro, Rosângela, ainda é considerada a fiel da balança na decisão de ele se lançar a um cargo eletivo. Antes entusiasta da ideia, Rosângela perdeu parte do ímpeto para a candidatura do marido, disseram a VEJA políticos do Podemos.

SIGILO DA FAMÍLIA BOLSONARO VAI PERDURAR 100 ANOS

 

 Poder360 

Da esq. para a dir.: o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos)© Ascom/TSE Da esq. para a dir.: o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos)

O governo do presidente Jair Bolsonaro impôs sigilo de 100 anos sobre os crachás de acesso dos filhos do presidente Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao Palácio do Planalto. A informação foi divulgada pela revista Crusoé neste sábado (31.jul.2021) e foi obtida via Lei de Acesso à Informação.

A Presidência da República informou à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado, no mês passado, a existência dos cartões de acesso de Carlos e Eduardo Bolsonaro à sede administrativa do governo federal.

Em resposta à solicitação da Crusoé, a Secretaria Geral da Presidência afirmou, em ofício, que “as informações solicitadas dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem dos familiares do senhor Presidente da República, que são protegidas com restrição de acesso, nos termos do artigo 31 da Lei nº 12.527, de 2011”.

De acordo com a norma citada pela Secretaria Geral, “as informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos”.

DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA O MOMENTO ESTÁ INCONTROLÁVEL

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

| Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Dentre os inúmeros efeitos econômicos da pandemia de Covid-19, o aumento da dívida pública brasileira deve ser um dos mais duradouros. Os enormes gastos – cuja necessidade era evidente – com o auxílio emergencial, programas de manutenção de emprego e crédito facilitado para empresas elevaram a proporção da dívida em relação ao PIB para patamares muito preocupantes. O fenômeno foi global, mas o Brasil tem particularidades que exigem atenção especial. Nos últimos dias, alguns dados divulgados pelo Ministério da Economia e pelo Banco Central lançam luz sobre a trajetória da dívida brasileira.

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) terminou junho em R$ 6,729 trilhões, ou 84% do PIB. A situação já foi pior, pois o país começou 2021 com uma DBGG equivalente a 89,9% do PIB – a redução, segundo o Banco Central, se deve a fatores como o crescimento econômico e a valorização do real, que reduz o custo da dívida em moeda estrangeira. No mês passado, segundo o Tesouro Nacional, a dívida em títulos públicos subiu 3,07% na comparação com maio – são R$ 5,33 trilhões, sendo R$ 5,1 trilhões em títulos emitidos internamente e R$ 227 bilhões no exterior. A previsão do Tesouro é que esta dívida termine 2021 entre R$ 5,5 trilhões e R$ 5,8 trilhões.

Botar as contas em ordem é uma das melhores providências que um governo pode tomar para ajudar os mais pobres

O critério do Banco Central para calcular a proporção entre dívida e PIB, no entanto, desconsidera os títulos do Tesouro que estão na carteira da autoridade monetária. É um cálculo mais benigno que o de outras instituições, como o FMI, que leva em consideração também esses títulos. Nesta conta, a dívida brasileira fechou 2020 em 98,9% do PIB e hoje está em 98,4%, muito perto de romper o patamar dos 100%, o que deve ocorrer em 2023. E aqui reside a grande particularidade da dívida brasileira.

Ainda pelos critérios do FMI, a dívida brasileira está mais próxima da média dos países desenvolvidos (122,5% do PIB) que das economias emergentes (64%). No entanto, ao contrário dos países ricos, o Brasil não tem ainda um grau de confiança no mercado internacional suficiente para rolar sua dívida facilmente e a um custo baixo, mesmo quando a Selic ainda estava na mínima histórica de 2% ao ano. Todas as idas e vindas do fim de 2020 e início de 2021 envolvendo a PEC Emergencial, o orçamento de 2021 e as tentativas de burlar o teto de gastos – se não explicitamente, ao menos usando brechas para ampliar gastos sem incorrer em irregularidades – apenas agravaram o quadro, já que enviaram um recado preocupante sobre o compromisso dos poderes Executivo e Legislativo com o necessário ajuste fiscal depois do estouro de gastos motivado pela pandemia.


A armadilha da dívida brasileira (editorial de 19 de outubro de 2020)
O resultado da tumultuada tramitação desses projetos foi a elevação da curva de juros futuros. Em outras palavras, o investidor estava pedindo um retorno maior para emprestar dinheiro ao governo – e, quando o faz, é porque considera que os riscos aumentaram, já que a classe política não parece disposta a racionalizar as despesas do Estado. Se o Brasil tem de oferecer juros maiores para atrair o investidor, a trajetória da dívida pública também sofre os efeitos.

Se o governo tem como objetivo reduzir a relação dívida/PIB para níveis mais aceitáveis e condizentes com o perfil de país emergente, não há como contar simplesmente com o crescimento do país ou com um câmbio mais favorável: é preciso colocar um freio no populismo fiscal que acena com mais e mais gastos, especialmente à medida que se aproxima a corrida eleitoral de 2022. Botar as contas em ordem é uma das melhores providências que um governo pode tomar para ajudar os mais pobres, pois quanto mais confiável for o país, mais ele atrairá investimentos que gerem emprego e renda.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/a-dificil-missao-de-controlar-a-divida-publica/
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CPI DA COVID ESTÁ ATIRANDO PARA TODOS OS LADOS E NÃO ENCONTRA NADA

 

CPI da Pandemia
Gazeta do Povo

Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Humberto Costa (PT-PE).| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Relator da CPI da Pandemia, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) aliou-se ao senador Humberto Costa (PT-PE) para requisitar um inédito pedido de quebra de sigilo bancário de um veículo de imprensa na comissão parlamentar do Senado que investiga ações e eventuais omissões do governo federal no controle da pandemia de coronavírus no Brasil. Calheiros e Costa querem a quebra do sigilo bancário do grupo Jovem Pan (Rádio Panamericana S.A.), fundado em 1944 e controlador da Rede Jovem Pan, que possui mais de 100 emissoras próprias e afiliadas em todo o Brasil. O requerimento que pede a quebra de sigilo bancário da Jovem Pan é um entre os 135 a serem apreciados na 38.ª reunião da CPI, marcada para o dia 3 de agosto, na retomada dos trabalhos da comissão, que está em recesso.

Além da requisição de quebra de sigilo bancário da Jovem Pan, Calheiros e Costa também pedem a quebra do sigilo bancário dos responsáveis pelos sites de direita ou viés conservador Allan dos Santos (Terça Livre), Raul Nascimento dos Santos (Conexão Política), Paulo Enéas (Crítica Nacional), José Pinheiro Tolentino Filho (Jornal da Cidade), Tarsis de Sousa Gomes (Renova Mídia) e das produtoras LHT Higgs LTDA (Brasil Paralelo) e Farol Produções Artísticas (Senso Incomum), classificando todos como “grandes disseminadores das chamadas ‘fake news'”.

De acordo com o texto do requerimento protocolado na CPI nesta sexta (30), Calheiros e Costa, membros do Grupo de Trabalho de Desinformação da CPI, a quebra de sigilo bancário da Jovem Pan, se aprovada, deve apresentar dados de todas as contas de depósitos, de poupança, de investimento e outros bens, assim como direitos e valores mantidos em instituições financeiras pela empresa, além de uma análise comparativa entre os períodos anterior e posterior à pandemia até hoje. Deve, ainda, trazer dados de pessoas naturais e jurídicas a ela ligada.

Apesar do pedido de quebra de sigilo bancário da Jovem Pan dirigir-se à sua pessoa jurídica, o texto do requerimento aponta que “a referida pessoa é protagonista na criação e/ou divulgação de conteúdos falsos na internet, classificada até mesmo como verdadeira ‘militante digital’, por sua intensa atuação na escalada da radicalização das redes sociais por meio de fake news. A pessoa contra quem se busca a quebra e a transferência dfe [sic] sigilo é (ou foi) assessora especial do Poder Executivo. Porém atua no chamado ‘gabinete do ódio’, como a imprensa vem denominando. Segundo consta, a mencionada pessoa está instalada próxima ao Presidente, em sintonia com seus assessores diretos, com objetivo de executar estratégias de confronto ideológico e de radicalização dos ataques nas redes sociais contra adversários”.


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O mesmo trecho da justificativa consta dos requerimentos das quebras de sigilo dos demais responsáveis pelos sites de direita ou conservadores, embora esses sejam direcionados a suas pessoas físicas.

Os requerimentos foram protocolados pelo gabinete do senador Humberto Costa, embora neles constem o timbre do gabinete de Renan Calheiros. Todos os documentos são assinados pelos dois senadores conjuntamente, exceto o pedido da Jovem Pan, que não tem assinatura.

De acordo com a assessoria de Humberto Costa, o requerimento é assinado conjuntamente pelo parlamentar e pelo relator Renan Calheiros, que atuam juntos do Grupo de Trabalho de Desinformação. O GT é ligado à CPI, juntamente com outros, de acordo com a assessoria.

Ainda de acordo com a assessoria de Humberto Costa, a fundamentação apresentada no requerimento é a mesma que consta de outros requerimentos relacionados a jornalistas ou sites noticiosos por causa da “similitude do objeto”.

O que dizem os veículos de imprensa
O Conexão Política disse nunca ter sido notificado sobre qualquer ato relativo à CPI da Covid-19 ou ainda à CPMI das Fake News e criticou a ação. Para o site, é uma violação do direito ao contraditório. “Causa espanto que determinados parlamentares cogitem a possibilidade de pleitear a quebra de sigilo sem antes, por meio das vias legais, solicitar esclarecimentos ao nosso corpo editorial, que sempre se manteve à disposição das instituições brasileiras”, informa.

O Jornal da Cidade Online não recebeu nenhuma notificação oficial. “Portanto, se e quando viermos a receber qualquer pedido formal, devidamente fundamentado e dentro dos estreitos limites da legalidade, vamos nos pronunciar mediante os meios dos quais dispomos”, diz o editor José Tolentino.


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MANIFESTAÇÕES NESSE DOMINGO A FAVOR DO VOTO IMPRESSO

PEC 135

Por
Rodolfo Costa – Gazeta do Povo
Brasília

Apoiadores de Jair Bolsonaro reunidos na Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 1.º de maio, para pedir o voto impresso.| Foto: Reprodução / Douglas Garcia

Manifestantes saem às ruas neste domingo (1.º) para pedir a aprovação da PEC do Voto Impresso Auditável, a Proposta de Emenda à Constituição 135/19, que está em discussão na Câmara dos Deputados. São esperados atos em pelo menos 113 municípios brasileiros, segundo o movimento Nas Ruas, o principal organizador da mobilização.

A PEC do Voto Impresso é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e por seus apoiadores. A proposta está em tramitação na comissão especial da Câmara criada para analisar o assunto.

A PEC quase foi derrubada pouco antes de o Congresso entrar no recesso legislativo de duas semanas. Mas, numa manobra regimental, a base do governo conseguiu adiar a votação para depois da volta da Câmara ao trabalho, a partir desta segunda-feira (2). Agora, a expectativa é que o projeto seja votado na quinta-feira (5).

Onde vai haver manifestações a favor do voto impresso, e como elas serão
São esperadas manifestações em quase todas as capitais. No Sudeste, estão agendados atos em 43 cidades, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vila Velha (na região metropolitana de Vitória, capital do Espírito Santo).

No Sul, haverá atos nas três capitais e em várias cidades do interior. No Paraná, a agenda prevê manifestações em Curitiba, Pinhais, Cascavel, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Marechal Cândido Rondon e Pato Branco. No Rio Grande do Sul, são aguardados atos em 20 cidades, incluindo Porto Alegre. Em Santa Catarina, manifestantes saem às ruas em Florianópolis e oito municípios do interior.

No Centro-Oeste, a previsão é de atos em sete cidades, incluindo Brasília, Goiânia, Campo Grande e Cuiabá. No Nordeste, em 22 cidades, incluindo Recife, Teresina, São Luís, Salvador, Natal, Fortaleza, João Pessoa, Aracaju e Maceió. No Norte, em Boa Vista, Belém, Macapá e Manaus.

Diferentemente das manifestações pelo voto impresso realizadas em 1.º de maio, realizadas quase que integralmente por meio de carreatas, desta vez os organizadores dizem que os atos terão pessoas nas ruas, a pé, e contarão com trios elétricos e carros de som.

Um dos motivos que leva os organizadores a preverem menos carreatas e mais manifestações tradicionais é o avanço da vacinação contra a Covid-19, que levou a uma queda de infecções. Outro motivo é que os organizadores pretendem “dar uma resposta” aos atos contrários a Bolsonaro que vêm sendo convocados pela esquerda e por movimentos da direita não bolsonarista, como o MBL.


O que os organizadores dizem para defender o voto impresso
A pauta central das manifestações é a auditagem da votação pelo próprio eleitor por meio da impressão do voto. “Não está em pauta a volta do voto em cédula de papel, e sim o aperfeiçoamento do processo eletrônico com a via impressa do voto que fica retida na urna”, informa o movimento Nas Ruas em um comunicado nas redes sociais.

“A minha linha é a da Bia [Kicis, deputada autora da PEC 135] e do Filipe [Barros, relator da PEC na comissão especial]. São pessoas muito éticas e sérias, não vejo segundas intenções neles. Vamos seguir a linha proposta por eles”, diz André Baía, membro do conselho do movimento Nas Ruas.

“No final das contas, é um grito pelas liberdades. O que se quer tão somente é que os votos sejam auditáveis, mantendo a questão do voto eletrônico, para ser ágil. Ninguém é contra isso”, diz André Baía, membro do conselho do movimento Nas Ruas.

Mas, conforme mostrou a Gazeta do Povo na sexta-feira (30), o novo texto da PEC a ser apresentado por Filipe Barros vai prever que a apuração das eleições será feita integralmente de forma manual por meio da contagem de votos impressos. A ideia originalmente em discussão na Câmara era que os votos impressos, conferidos pelo eleitor e depositados numa urna física, fossem usados apenas para conferir o resultado da apuração feita de modo eletrônico – que é mais ágil.


Atos acontecem pouco depois de Bolsonaro colocar eleições sob suspeita
As manifestações a favor do voto do voto impresso ocorrem pouco depois de o presidente Jair Bolsonaro ter lançado suspeitas de fraudes nas eleições sem apresentar provas, durante live realizada na noite de quinta-feira (29).

Embora Bolsonaro tenha descumprido a promessa de apresentar provas, os organizadores das manifestações afirmam que isso não afetará o clima de engajamento. “A população está desconfiada e quer transparência [nas eleições]”, diz Baía.

Os atos deste domingo também acontecem pouco antes de uma possível convocação, pela Câmara dos Deputados, do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para explicar a suposta ameaça feita por ele de que o Brasil não terá eleições em 2022 se não houver voto impresso. Braga Netto nega ter feito essa ameaça.


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sábado, 31 de julho de 2021

PAVLIK MOROZOV DEDUROU OS PRÓPRIOS PAIS NA UNIÃO SOVIÉTICA

 

Comunismo
Por
Jones Rossi – Gazeta do Povo

Pintura de Nikita Chebakov mostra o jovem Pavlik Morozov denunciando o pai: obra foi feita em 1952 para servir de propaganda do regime soviético| Foto: Reprodução

Poucos soviéticos foram tão patriotas quanto Pavlik Morozov, de apenas 13 anos, morto em 1932. Entusiasta da coletivização agrícola promovida pelo regime comunista, ao ver seu pai e seu tio escondendo trigo do governo, não teve dúvidas: denunciou ambos às autoridades. Por cumprir seu dever, pagou com a vida: seus avós e seu padrinho o emboscaram na floresta e o mataram a facadas. Seu nome foi dado a ruas em toda a União Soviética, poemas e livros foram escritos e estátuas foram erguidas para homenagear o jovem delator. Uma linda história para inspirar o país comandado por Josep Stalin.

Espera aí! Eu disse “escondendo trigo”? Não, o pai de Pavlik na verdade estava vendendo documentos aos kulaks, ricos fazendeiros que resistiam à coletivização das terras agrícolas, verdadeiros inimigos da revolução. Eu disse Pavlik? Não, não, seu nome era Pavel “Pashka” Morozov.

Desculpe se tudo soa muito confuso, mas a história de Pavlik/Pashka Morozov mistura algumas doses de verdade e outras tantas de mentiras fabricadas sob medida pelo regime stalinista. O objetivo, em um país que buscava destruir a religião e estimular a vigilância estatal, era criar um santo que fosse um exemplo para outros jovens, um estímulo para delatar qualquer inimigo da revolução bolchevique, até mesmo os próprios pais.

A verdade
Pavlik e seu irmão Fyodor foram encontrados mortos em uma floresta próxima da vila de Gerasimovka, nos Urais. Um agente da OGPU (antecessora da KGB) foi designado para investigar o caso. Ele prendeu os avós, um primo e o padrinho (casado com a tia de e um primo de Morozov. Eles seriam kulaks e estariam contra a coletivização das terras — uma faca suja de sangue teria sido encontrada na propriedade dos avós. Levados à capital do estado, foram sentenciados à morte acusados de terrorismo contra o estado soviético.

A história continuou sendo contada desta forma, sem contestações, até a década de 1970, quando um escritor chamado Yuri Druzhnikov começou a desconfiar da história. Após questionar publicamente, foi procurado por agentes da KGB que recomendaram a ele deixar tudo como estava. O efeito em Druzjnikov foi o contrário: a reprimenda só fez atiçar sua curiosidade.

Ele viajou a Gerasimovka, onde a verdade aos poucos foi aparecendo. Pashka, que era como os amigos e familiares chamavam Pavlik, vendido pelo regime como estudante modelo e chefe local dos pioneiros (uma organização comunista voltada para os jovens, parecida com os escoteiros), era quase analfabeto e nunca foi um pioneiro.

Pavlik de fato denunciou o próprio pai. O motivo, porém, teria sido outro. Sua mãe havia sido abandonada, junto com Pavlik e seus quatro irmãos, e por isso viviam em absoluta necessidade. Amargurada, a mãe de Pavlik o convenceu a dedurar o pai.

Quem matou Pavlik?
Yuri Druzhnikov mais tarde se refugiou nos EUA e se tornou professor de alemão e russo, até morrer em 2008, não sem antes escrever o livro ‘Informer 001: The Myth of Pavlik Morozov’ (Informante 001: O Mito de Pavlik Morozov). Em 1982, 50 anos depois da morte de Pavlik, ele encontrou o agente da OGPU designado para o caso, Spiridon Kartashov. Como agente, Kartashov recebeu a missão de forçar os camponeses a aceitar a coletivização das terras. Qualquer um que resistisse perdia tudo: os animais, seus pertences e a liberdade — eram enviados para a Sibéria. Milhões morreram nos gulags e milhões morreram de fome.

Em Gerasimovka as coisas estavam especialmente difíceis. A população local resistia à coletivização e o avô de Pavlik era um dos que mais se opunham. Havia, no entanto, gente que estava a favor da ditadura comunista, e um deles era Ivan Potupchik, primo de Pavlik. Ele era informante da OGPU e hospedou o agente Kartashov em sua casa. De forma suspeita, foi quem liderou o grupo que recolheu o corpo de Pavlik da floresta.

Em depoimento ao escritor Druzhnikov, o ex-agente Kartashov contou o que se passou em Gerasimovka. Ele foi enviado à vila com uma lista de kulaks para enviar para a Sibéria — preparada previamente por Potupchik. Nunca houve uma investigação de verdade sobre o assassinato. Druzhnikov acredita que foi Potupchik quem tenha assassinado o jovem Pavlik, sob ordens da OGPU. Décadas depois, em 1961, Potupchik foi preso pelo estupro de uma adolescente.

Por que assassinar Pavlik? Para assustar os camponeses que se opunham à coletivização. O uso político de sua morte foi algo não planejado, mas que serviu bem aos interesses da ditadura soviética.

A queda da União Soviética deveria ajudar a expor a verdade, mas a FSB, agência que sucedeu a KGB, nega acesso aos arquivos alegando que o caso continua aberto. Quase 90 anos após sua morte, Pavlik permanece como símbolo, mas não de heroísmo. E sim de como o comunismo não hesita em jogar pais contra filhos, destruir a família e mesmo usar a morte de crianças para o “triunfo da revolução”.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/a-historia-de-pavlik-morozov-o-heroi-dedo-duro-da-uniao-sovietica/
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NAZISMO INICIALMENTE ERA UM PARTIDO SOCIALISTA ALEMÃO

 

Artigo
Por
Lawrence W. Reed – Gazeta do Povo
FEE – Foundation for Economic Education

PRAGUE, CZECH REPUBLIC – MAY 2017: Adolf Hitler statue in the Madame Tussaud museum in Prague. Madame Tussaud museum is the museum of the wax figures

Lenin, Mao, Pol Pot, Castro, Hitler e Mussolini eram todos farinha anticapitalista no mesmo saco coletivista| Foto: Bigstock

O dia 29 de julho de 2021 marcou um infame centenário. Há cem anos, no dia 29 de julho de 1921, Adolf Hitler assumiu a liderança do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, mais tarde conhecido como Partido Nazista. O partido se tornou o meio para que Hitler tomasse o poder.

Repare no nome oficial do partido. Não era o Partido Nacional-Capitalista dos Trabalhadores Alemães. Não era o Partido Nacional-Liberal dos Trabalhadores Alemães. Não era o Partido Nacional-Cristão dos Trabalhadores Alemães. Ainda assim, um século mais tarde, ainda se ouve por aí que os nazistas eram capitalistas ou cristãos ou ambas as coisas – o que é um absurdo.

Ainda que Hitler tenha citado a Bíblia no começo de sua carreira, quando lhe era politicamente conveniente (por acaso, ele também mentia com frequência), Hitler também dizia que a Bíblia “era um conto de fadas inventado pelos judeus”. Ele nomeou anticristãos declarados para o primeiro escalão, prendeu, torturou e matou diversos padres e pastores, negou que Jesus fosse judeu e até ordenou a impressão de uma “nova Bíblia” sem referências aos judeus e à história judaica.

Baldur von Schirach, chefe da Juventude Hitlerista, entendeu o que deveria ser feito. “A destruição da cristandade era reconhecida explicitamente como um objetivo do Partido Nazista”, disse ele. A prova está num vídeo usado no julgamento de Nuremberg.

Numa história sobre a Bíblia nazista publicada pelo Daily Mail, de Londres, lê-se:

“Hitler admirava a cerimônia e a grandiosidade da igreja – e até admitiu isso em seu livro “Minha Luta” – mas odiava os ensinamentos dela, que não tinham lugar em sua visão do super-homem germânico governando as raças inferiores e que usavam conceitos “ultrapassados” como misericórdia e amor. Mas ele entendia o poder a igreja na Alemanha e que não poderia bani-la do dia para a noite. Ele até se viu obrigado a abandonar o assassinato sistêmico de deficientes e loucos antes da guerra, depois que bispos começaram a expressar contrariedade. O plano de Hitler, então, se tornou “nazistificar” a igreja, o que teve início com a criação de um centro teológico, em 1939, e com a escrita de uma nova Bíblia”.

Na Bíblia de verdade, em Mateus 7:16, lê-se: “Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?” O que Hitler e o nazismo produziram – genocídio, guerra, controle estatal e o interminável mal de várias formas – constitui a antítese dos ensinamentos de Jesus.

A mentira de que o nazismo era capitalista, em vez do que os próprios nazistas se diziam serem (isto é, socialistas), nasce do fato de que o regime de Hitler não se propôs a nacionalizar totalmente as empresas. No Terceiro Reich, você podia manter a propriedade jurídica de uma fábrica, mas, se não fizesse o que os nazistas mandavam, acabava, digamos, falindo.

Em sua obra-prima “Ação Humana”, o economista austríaco Ludwig von Mises explicou que o nazismo era “socialismo sob o disfarce terminológico do capitalismo”:

“O segundo padrão [do socialismo](que podemos chamar de padrão de Hindenburg ou alemão), nominal e aparentemente preserva a propriedade privada dos meios de produção e mantem a aparência de mercados, preços, salários e juros normais. Mas nele não há mais empreendedores; há apenas administradores(Betriebsführer, na terminologia da legislação nazista). Esses administradores são aparentemente fundamentais na conduta das empresas a eles confiadas; eles compram e vendem, contratam e demitem e estabelecem salários, fazem dívidas e pagam juros. Mas em todas essas atividades eles devem obedecem incondicionalmente às ordens do departamento de produção do governo. Esse departamento(o Reichswirtschaftsministerium da Alemanha nazista) diz aos administradores o que eles devem produzir, e como, que preços devem estabelecer e de quem devem comprar e para quem podem vender. Ele determina que cada trabalhador tenha uma função e estabelece os salários dele. Ele estabelece a quem e sob que cláusulas os capitalistas devem investir seus fundos. O mercado é uma mentira. Todos os salários, preços e juros são estabelecidos pelo governo; são salários, preços e juros apenas na aparência; na verdade, são apenas termos quantitativos das ordens do governo estabelecendo a função, renda, consumo e padrão de vida dos cidadãos. O governo controla todas as atividades produtivas. Os administração estão sujeitos ao governo, e não às demandas dos consumidores e à estrutura de precificação do mercado”.

Que pessoa honesta e sem outra pauta que não a verdade é capaz de dizer que isso é capitalismo? Nenhuma.

Como escrevi no texto “O único espectro que faz sentido”, Lenin, Mao, Pol Pot, Castro, Hitler e Mussolini eram todos farinha anticapitalista no mesmo saco coletivista:

“Todos se diziam socialistas. Todos buscavam concentrar poder no Estado e exaltar o Estado. Todos pisoteavam indivíduos que só queriam satisfazer suas ambições por meio das trocas pacíficas. Todos denegriram a propriedade privada por meio da tomada ou da regulamentação que visava servir aos objetivos do Estado”.

Michael Rieger argumenta que parte da dificuldade de se classificar o sistema econômico nazista está no fato de o socialismo estar sempre se metamorfoseando. Os socialistas são famosos por dizer que uma coisa é assim quando, na verdade, estão sempre escrevendo ou fantasiando e dizendo que a coisa não é bem assim quando se veem diante de um fracasso. Escreve Rieger:

“As muitas variedades de socialismo, comunismo, nacional socialismo e socialismo democrático permite que os membros dessas ideologias apontem seus dedos e digam: “Isso não é o socialismo de verdade”. Mas todas essas versões do socialismo têm algo em comum. De Saint-Simon a Alexandria Ocasio-Cortez, todos autodeclarados socialistas acreditam que as soluções planificadas para os problemas da sociedade são superiores às soluções de baixo para cima surgidas no livre-mercado.

Em vez de admitir que o nazismo era socialista e desastroso, os socialistas da linha-dura dizem “aquilo não era socialismo”. Seria mais honesto se eles simplesmente pedissem desculpas. Mas eles em geral reagem da mesma forma (negando veementemente) aos experimentos socialistas postos em prática no mundo todo, da União Soviética à Venezuela.

O diretor de conteúdo da FEE, Dan Sanchez, gerou polêmica ao tuitar isso:

“Casos de socialismo de que não gostam: ‘Não é socialismo de verdade’. Vasos de capitalismo de que não gostam: ‘Não é capitalismo de verdade’. Os socialistas sempre perdem na economia e tentam ganhar na retórica”.

Pergunte-se isso: a seguinte afirmação soa como algo que um socialista diria ou como uma ideia que um defensor do capitalismo e do livre mercado defenderia?

“O bem da comunidade tem prioridade sobre o bem do indivíduo. Mas, se o Estado mantiver o controle, todo proprietário deve se sentir como um agente do Estado; é dever dele não fazer uso equivocado de suas posses em detrimento do Estado ou dos interesses de seus concidadãos. Esse é o ponto. O Terceiro Reich não protegerá o direito à propriedade privada”.

Esse era Adolf Hitler numa entrevista dada em 1931 a Richard Breiting. Ele disse a mesma coisa umas cem vezes mais, e foi exatamente isso o que ele praticou. E essa é uma afirmação socialista. Não há nada de capitalista ou liberal nisso.

Há um século, um megalomaníaco deu início à sua ascensão ao poder. O mundo sofreu horrores nas mãos desse monstro anticristão e anticapitalista. Não seja ingênuo a ponto de acreditar no contrário.

Lawrence W. Reed é presidente emérito da FEE.


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