sábado, 31 de julho de 2021

TEXTOS PERSUASIVOS FAZEM VENDER MAIS

 

 Por Felipe Rosa – Agência Mestre

 Por Felipe Rosa

O copywriting é um termo em inglês que está cada vez mais no radar do marketing digital brasileiro, já amplamente explorado fora do nosso país, principalmente nos Estados Unidos.
Basicamente é uma técnica de redação persuasiva voltada para a venda, anúncios, landing pages, propagandas e qualquer estratégia de marketing digital com o objetivo de convencer alguém, ou o consumidor, de alguma coisa ou ação.

Neste artigo, você verá:

  • o que é copywriting;
  • a diferença entre o copywriting e a redação publicitária;
  • principais técnicas de copywriting para usar e alavancar vendas;
  • os erros mais comuns que as pessoas cometem no copywriting;
  • onde aprender mais sobre copywriting.

O Que é Copywriting?

Copywriting é a técnica de produzir textos persuasivos, com o intuito de envolver o leitor e despertar nele o interesse em adquirir um produto ou serviço, aumentando, assim, a conversão em vendas de uma empresa.

Um copywriter — nome dado à pessoa responsável por escrever uma copy — pode criar desde pequenas frases para publicar em redes sociais, como Instagram e Facebook, ou chamadas para comerciais.

O fato é que ninguém começa a escrever “textos que vendem” da noite para o dia. É necessário ter prática e habilidade para usar as palavras certas. No entanto, existem alguns pontos que você precisa se atentar, antes de começar a produzir os conteúdos persuasivos.

A diferença entre o copywriting e a redação publicitária

Uma forma de diferenciar as duas áreas é associar o copywriting com uma redação que possua uma chamada para ação mais forte e urgente, enquanto a redação publicitária, algo com uma chamada de venda mais suave.

Desta forma, o copy acaba se tornando a opção mais apropriada para estratégias de atração, como o Inbound Marketing, onde o processo é longo e necessita uma maior persuasão do consumidor.

Já a escrita de redação publicitária permanece como algo feito para vendas diretas.

Fórmula AIDA em Marketing

Precisamos falar sobre um famoso e centenário processo que o ajudará a converter muito mais pessoas em clientes. O modelo AIDA (acrônimo de Atenção, Interesse, Desejo e Ação) é comprovadamente um dos melhores métodos para fazer com que as pessoas passem de um ponto A para um ponto B.

Em resumo, o AIDA ajudará você a conduzir as pessoas a realizarem uma ação. Nesse caso, a compra de um produto ou a contratação de um serviço.

1. A — Atenção

A primeira tarefa de um copywriter, é fazer com que seu texto chame a ATENÇÂO da pessoa que está lendo um conteúdo ou assistindo a um vídeo de vendas. Ter a pessoa focada no assunto que você irá tratar, é um ponto super positivo para que a mensagem seja de fato transmitida com sucesso.

2. I — Interesse

Depois de ganhar a atenção da pessoa, é hora de fazer com que sua mensagem desperte algum INTERESSE nela. Pois, de nada adianta ter uma boa chamada inicial se você não consegue prender o usuário engajado em sua comunicação.

3. D — Desejo

Uma vez que a pessoa está interessada naquilo que você está falando, é hora de alimentar e aguçar o DESEJO dela em adquirir algo. Nesse momento é hora de trabalhar com as emoções das pessoas, fazendo com que ela tenha vontade de ter ou realizar tudo o que você está falando em sua mensagem.

4. A — Ação

Se você conduziu bem a pessoa nas três etapas anteriores, podemos dizer que nesse momento ela está na cara do gol. É nessa hora que você tem que fazer o fechamento, direcionando a pessoa a realizar uma ação. Não tenha medo de pedir para era clicar no botão e comprar aquilo que você quer vender. Afinal de contas, se ela tem interesse, desejo e teve uma alta percepção de valor em seu produto ou serviço, o que resta agora é concluir a compra.

As principais técnicas de copywriting para usar e alavancar vendas

Agora você deve estar se perguntando: tudo bem, Felipe, entendi. Mas como colocar em prática as minhas ideias? Chegou o momento de você conhecer algumas técnicas de copywriting mais a fundo, são elas:

  1. entender melhor o produto ou serviço;
  2. conhecer o consumidor;
  3. fazer uma pesquisa com clientes;
  4. analisar a linguagem a linguagem;
  5. utilizar o título para introduzir as vendas;
  6. dar ênfase às funcionalidades e benefícios;
  7. utilizar depoimentos como prova social;
  8. falar menos do produto e mais do cliente;
  9. convocar as pessoas;
  10. fazer o fechamento da copy.

Para você conseguir aplicar essas técnicas nas suas produções, confira a explicação:

1. Entenda o produto/serviço

O primeiro ponto é conhecer muito bem o seu produto ou serviço. Pense nas palavras que você utilizaria para descrevê-lo e como mostraria o valor agregado que existe por trás dele. Por exemplo:

  • qual é o principal benefício daquilo que você quer vender?
  • como ele pode ajudar as pessoas?
  • em que ele se diferencia da concorrência?
  • quais são as principais funcionalidades/características e os benefícios de cada uma delas?

Você também pode aproveitar para criar uma copy já otimizada para mecanismos de busca. Por isso, saber quais palavras-chave utilizar é essencial. Se você não sabe exatamente como fazer esse tipo de estudo, temos um curso de Pesquisa de Palavras-Chave, além de outros conteúdos sobre SEO em nosso blog.

2. Conheça o seu consumidor

Agora que você já descreveu muito bem o seu produto e levantou os motivos pelos quais ele é bom, é hora de pensar nas pessoas que o compram e comprariam:

  • quem já compra o seu produto ou serviço?
  • quem gostaria de comprar?
  • quais são as características ou funcionalidades que seus consumidores mais gostam em seu produto?
  • quais são as expectativas de quem adquire o seu produto?

É hora de identificar quem são os seus potenciais clientes e qual a linguagem correta para se comunicar com eles. A primeira coisa a se fazer é definir o perfil da persona para a qual você quer vender.

Mesmo respondendo todas as perguntas acima, quem deseja uma boa conversão ao aplicar as técnicas de copywriting, precisa falar e interagir com sua base de consumidores e a melhor maneira de aprender mais sobre seus possíveis clientes é por meio de pequenas pesquisas de mercado.

3. Faça uma pesquisa com seus clientes

Uma boa pesquisa para a definição de personas deve identificar:

  • o perfil do seu consumidor: o que ele faz, seus interesses, profissão, etc;
  • possíveis dúvidas que ele possa ter antes de comprar;
  • quais suas dores e impedimentos para comprar o seu produto;
  • quais são os benefícios que ele pode alcançar ao utilizar seu produto. 

Após elaborar o questionário, você pode estar com algumas dúvidas comuns, desde como você fará a abordagem com seus clientes, até mesmo para quantas pessoas você deve enviar a pesquisa. Bom, o ideal é ter um número razóavel de respostas (100 é melhor do que apenas 10), mas é bom ter o controle da situação, pois de nada adianta ter 3000 respostas e não poder analisar todas.

Procure oferecer algum benefício para que as pessoas participem de sua pesquisa, caso contrário, poucos darão as respostas que você quer. Você pode sortear algum prêmio entre aqueles que concluírem a pesquisa ou oferecer algum bônus no próprio serviço ou produto que você vende.

Ao fazer a abordagem, diga que você está fazendo uma pesquisa de opinião e que gostaria de aprender mais sobre a experiência que o seu cliente teve com o produto e que as respostas dele ajudarão você a entender melhor o que o seu produto tem de melhor, para que você possa aperfeiçoá-lo ainda mais. Não esqueça de mencionar que quem participar da pesquisa concorrerá a um sorteio de um prêmio ou ganhará algum bônus (costuma funcionar na maioria das vezes).

4. Analise as respostas e a linguagem dos clientes

O grande segredo do copywriting começa a partir desse ponto. Analise a linguagem que os seus clientes atuais utilizam, pois, essas palavras serão uma excelente fonte de ideias para a sua copy de vendas. 

Nós temos o costume de descrever nossos produtos com frases e palavras prontas que o nosso nicho nos provê, mas quando usamos a linguagem dos clientes, conseguimos atingir mais pessoas que têm o mesmo sentimento e as mesmas necessidades. Uma ótima sacada!

5. Utilize o título para introduzir as vendas

Em pelo menos uma coisa os copywriters concordam, um dos pontos mais importantes da sua copy de vendas é o título, isto é, a big idea, a principal chamada para o leitor. Em resumo, a primeira impressão é a que fica. 

Uma única palavra errada no começo do seu texto, pode fazer com que o leitor desista de todo o resto e consequentemente da compra.

O seu título precisa ser único, fugir do padrão tradicional que as pessoas estão acostumadas a ler e ignorar. Pense em chamadas com estratégias de gatilhos mentais, com senso de urgência e palavras que despertem o interesse nas pessoas e que as levem a tomar uma ação. 

Por exemplo, um e-mail com o título: “Passagens aéreas em promoção” não desperta o mesmo interesse de leitura do que: “Promoção de Passagens Com Voo de Volta Por Apenas 1 Real (Somente Hoje!)”. Viu a diferença?

Em um dos e-mails que disparamos no passado, tivemos um aumento de 36% na taxa de abertura, devido ao título utilizado. O assunto do e-mail era: “O Google Quer Te Deixar no Escuro! Saiba Como Se Prevenir.” e no e-mail tratamos da questão do “not provided”, presente nos relatórios do Google Analytics. 

Será que a taxa de abertura seria alta se o título fosse, por exemplo: “Saiba Mais Sobre o Not Provided” ou algo do tipo? Por isso, destine uma boa parte do seu tempo para pensar na sua big ideia, ela pode ser a chave-mestre que colocará o seu leitor diante da sua oferta irresistível!

6. Dê ênfase às funcionalidades e aos benefícios

Em primeiro lugar, procure dar ênfase aos benefícios que o seu produto ou serviço tem a oferecer. No fundo, o consumidor não quer saber o que o seu produto tem, ele quer saber como o seu produto vai ajudá-lo. 

Em outras palavras, os benefícios mostram claramente ao consumidor os motivos pelos quais ele deve comprar e as funcionalidades, por outro lado, servem para especificar o que ele receberá quando adquirir seu produto.

Uma empresa que oferece serviços de internet, por exemplo, e que tem planos de 5, 10, 50Mbps , etc. Ao invés de enviar um e-mail com o assunto: “Assine nosso plano de 50Mbps e navegue melhor na internet”, por que não enviar algo como: “Assista vídeos online sem interrupções! Com nossa internet seus vídeos nunca irão travar”. Muitas pessoas que navegam pela internet, não sabem a diferença entre 10 e 50Mbps e pensam: “Eu preciso disso? Quão rápido é isso?”. Mas, elas sabem que é muito ruim ter de esperar um vídeo carregar por completo, para só depois apertar o botão de play.

Em outras palavras, os benefícios mostram claramente ao consumidor os motivos pelos quais ele deve comprar e as funcionalidades, por outro lado, servem para especificar o que ele receberá quando adquirir seu produto. As funcionalidades também são importantes para que ele possa comparar o seu produto com os concorrentes, por isso você não pode deixar de apresentá-las.

7. Utilize depoimentos como prova social

Uma coisa é você falar bem do seu próprio produto, outra coisa é um cliente seu, falar bem dele. Seu negócio ganhará muita credibilidade quando tiver testemunhos reais. Explore ao máximo esse recurso, pois existem coisas que só o seu cliente poderá falar por você.

Os depoimentos servem para matar objeções e tranquilizar as pessoas a comprarem o seu serviço.

8. Fale menos do seu produto e mais do cliente

Muitas cartas de venda exploram mais o lado do serviço do que o lado do cliente. É comum vermos textos recheados de palavras como: “nosso produto, nossos serviços, nós fazemos, nós oferecemos, etc…”. Mas, no fundo, seus clientes não querem saber o que o seu produto tem ou faz. 

Eles querem saber o que eles podem ganhar com seu produto. Por isso, explore mais as palavras: “você, sua, suas, você mesmo, você também…”, etc.

9. Convoque as pessoas

As pessoas gostam de se sentir parte de um grupo especial. Elas não querem ficar de fora de algo que está dando certo para outras pessoas que têm os mesmos anseios e desejos que elas têm. 

Por isso, você deve explorar esse ponto. Mostre números, logomarcas e pessoas que já fazem parte do seu negócio, estimulando outras a entrarem.

Já é comum vermos diversos blogs e sites do Brasil utilizando chamadas para capturas de e-mail, no estilo: “Junte-se a 14.540 leitores inteligentes e receba nossas dicas exclusivas”. Ou empresas que vendem um software online, usando algo como “Já ajudamos mais de 5 mil empresas a organizarem seus projetos. Queremos ajudar a sua também!”.

Outra estratégia que está em uso são as listas VIP para aqueles que adquirem seu serviço on-line.

Alguns detalhes importam:

Valor X Preço

As pessoas não compram uma coisa apenas pelo preço. As pessoas compram algo quando o valor percebido é maior do que o preço. Em outras palavras, quando alguém identificar que os benefícios daquilo que você vende vão além do preço, você realizará a venda. Portanto, entregue sempre algo de valor, algo que realmente será útil para as pessoas e elas não se importarão em pagar mais caro por isso.

Torne-se Uma Referência no Seu Mercado

Ao estabelecer-se como autoridade do seu nicho, você ou sua empresa terá muito mais facilidade em vender mais. Seja sempre dedicado em oferecer o melhor produto/serviço e também o melhor suporte pós venda. Quando você ganhar a confiança das pessoas, elas comprarão seus novos produtos de olhos fechados. Já reparou no quanto as pessoas ficam eufóricas por novos produtos da Apple? Elas sabem da qualidade e querem ter as novidades.

10. Faça o fechamento da copy e chame para a ação

De nada adianta apresentar todos os benefícios e funcionalidades que o seu produto possui, mostrar o valor que ele tem, todos os depoimentos e provas sociais se você não instigar e dar o comando para a pessoa fazer uma ação. 

Por isso, no fechamento da sua carta de vendas você já deve encaminhar o seu leitor para o “call to action”.

Nessa etapa, é válido o uso de palavras como: “agora”, “somente hoje”, “já”, “adquira”, “faça”, etc. Outra estratégia muito interessante é criar o senso de urgência, mostrar o número de itens disponíveis, de cursos restantes e limitar as ofertas durante um período específico de tempo.

O Tamanho do Texto Ideal

Para este quesito, não há uma regra específica. A verdade é que você tem que escrever tudo aquilo que julgar necessário para convencer o leitor a realizar uma compra. Lembre-se, seu leitor só irá absorver aquilo que lhe interessa. Portanto, não escreva mais do que o necessário para passar a mensagem.

Bônus: testes e mais testes!

Uma coisa é certa: ao aplicar as técnicas de copywriting, você deve testar, sempre! Teste seus títulos, suas descrições de benefícios, funcionalidades e até mesmo os depoimentos que você exibe. 

Hoje em dia existem muitas ferramentas online que lhe oferecem os chamados “testes A/B”. Com o Mailchimp, por exemplo, você pode disparar 2 versões de uma mesma campanha, para 20% da sua lista e então a ferramenta se encarrega de enviar automaticamente a versão que melhor converteu, para os 80% restantes.

Com o Google Analytics, você consegue mostrar uma mesma página de forma diferente para usuários distintos e depois consegue verificar qual delas converteu melhor.

Além disso, não se esqueça das diferenciações de cores e dos formatos de textos. Absolutamente tudo pode e deve ser testado, pois somente assim você chegará próximo da sua copy de vendas perfeita.

Conclusão

Muitas pessoas ainda não aproveitaram tudo que o copywriting tem a oferecer. Se você é uma delas, estude tudo que passamos neste conteúdo e comece a usar essas técnicas hoje mesmo. Dessa forma, você certamente aumentará suas vendas ao utilizar o site da Startup ValeOn um marketplace da região do Vale do Aço cujo copywritting é um dos melhores e proporciona à sua empresa uma divulgação dos seus produtos e promoções muito mais digital e online .

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

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A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

QUEM SOMOS

A Plataforma Comercial da Startup ValeOn é uma empresa nacional, desenvolvedora de soluções de Tecnologia da informação com foco em divulgação empresarial. Atua no mercado corporativo desde 2019 atendendo as necessidades das empresas que demandam serviços de alta qualidade, ganhos comerciais e que precisam da Tecnologia da informação como vantagem competitiva.

Nosso principal produto é a Plataforma Comercial Valeon um marketplace concebido para revolucionar o sistema de divulgação das empresas da região e alavancar as suas vendas.

A Plataforma Comercial ValeOn veio para suprir as demandas da região no que tange à divulgação dos produtos/serviços de suas empresas com uma proposta diferenciada nos seus serviços para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

Diferenciais

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  • Abrangência: A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.
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Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

PEC DO VOTO IMPRESSO NA CÂMARA PREVÊ CONTAGEM MANUAL DOS VOTOS

 

Eleições

Por
Rodolfo Costa – Gazeta do Povo
Brasília

Deputado Filipe Barros (PSL-PR) é o relator da PEC do voto impresso auditável: por ter pedido prazo para acolher sugestões dos partidos, ele, agora, elabora um substitutivo ao texto vigente| Foto: Cleia Vianna/Câmara dos Deputados

O relator da PEC do Voto Impresso Auditável na comissão especial da Câmara que analisa a matéria, deputado Filipe Barros (PSL-PR), pretende manter em seu novo relatório a proposta de mudar a forma como os votos são contados no Brasil. A ideia é que a apuração seja pública e feita manualmente pela contagem de 100% dos votos, que serão impressos.

Esse foi um dos pontos que quase levou a PEC a ser derrubada em votação que seria realizada antes do recesso parlamentar. A votação só não ocorreu porque, numa manobra regimental, os defensores da proposta na comissão especial conseguiram adiar a apreciação com o argumento de que o texto seria modificado.

Muitos parlamentares reclamaram de que a apuração manual dos votos impressos não fazia parte da ideia original, que era que os votos impressos fossem usados para auditar a totalização eletrônica dos resultados. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também é contra esse modelo de apuração de votos.

Agora, a expectativa é de que o novo relatório da PEC seja votado na próxima quinta-feira (5) – o recesso parlamentar termina na segunda (1.º). Filipe Barros ainda trabalha no substitutivo que será apresentado para a votação. Algumas modificações foram feitas em relação ao texto que estava em discussão e outras ainda ocorrerão. Mas a apuração por meio da contagem de votos impressos vai ser mantida.

A proposta do relator é de que, na etapa de apuração, os mesários abram na própria seção eleitoral a urna onde as impressões de voto estarão depositados. Com uma cédula em mãos, um mesário mostraria aos demais presentes, leria em voz alta a informação contida no registro impresso – que não teria as informações do respectivo eleitor – e conferiria a cédula no equipamento de leitura ótica da própria urna utilizada na votação.

A argumentação é de que isso representa uma dupla auditagem, pelo registro digital do voto (RDV) – que estaria presente na impressão por meio de um código QR a ser auditado no equipamento de leitura ótica – e pelo registro impresso das informações dos candidatos. E essa dupla auditagem, que fica facultada no substitutivo, seria feita em cada uma das cédulas contidas na urna nas próprias sessões eleitorais.

Urnas eletrônicas são sujeitas a fraudes? Veja perguntas e respostas
Por que Filipe Barros insiste com a apuração manual
Filipe Barros diz que vai insistir com a apuração manual de cada cédula nas próprias sessões eleitorais para solucionar o que ele considera ser os dois principais gargalos do sistema eleitoral brasileiro. “O primeiro problema é não permitir ao eleitor conferir o registro de seu próprio voto através da impressão. O segundo é a apuração e totalização secreta ao eleitor”, diz Barros.

O deputado afirma que TSE alega que as urnas são auditáveis, mas que isso não é acessível ao próprio eleitor. “O TSE consegue auditar de acordo com os requisitos de auditoria definidos pela própria Corte. Os partidos conseguem auditar até os limites impostos pela Justiça Eleitoral. Mas o eleitor não consegue auditar seu voto, nem acompanhar a apuração, o atual sistema não permite.”

Barros destaca que os boletins emitidos pelas urnas eletrônicas ao fim do processo de apuração traz diversas informações relativas aos dados registrados, mas não possibilita ao eleitor a auditagem de seu voto específico. Os dados dos votos são gravados em um cartão de memória e levados aos fóruns eleitorais, que, por sua vez, são encaminhados ao TSE, que executa a etapa de totalização – também sem a possibilidade de verificação pelo eleitor.

Nas eleições de 2018, a ministra Rosa Weber, presidente do TSE à época, autorizou a presença de representantes técnicos das campanhas de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad na chamada sala-cofre localizada no prédio da Justiça Eleitoral em Brasília, onde é feita a totalização dos votos. Até os pleitos anteriores, representantes dos candidatos eram convidados a assistir a apuração em uma sala onde haviam apenas monitores para o acompanhamento da totalização.

Por todos esses motivos, Barros justifica que insistirá em propor a apuração manual de 100% das cédulas nas sessões eleitorais, apesar das resistências de partidos políticos.

“Com exceção do exercício do voto, que tem que ser sigiloso e ninguém vai mexer nisso, até porque é uma cláusula pétrea, as outras fases são atos administrativos que devem ser públicos e transparentes. O voto deve ser auditável pelo próprio eleitor ao conferir o registro impresso. E a apuração não pode ser secreta. Deixar isso mais claro tem sido minha meta principal”, diz o relator da PEC do Voto Impresso.

Quais as principais diferenças do substitutivo da PEC do Voto Impresso
O substitutivo esboçado pelo relator se difere do parecer que quase foi votado principalmente pela forma como ele decidiu conceituar tecnicamente as diferentes etapas do processo eleitoral: o exercício do voto; o registro do voto; a apuração; a totalização; e a proclamação do resultado.

O exercício do voto é definido por Barros como o “ato personalíssimo” e deve ser secreto, a fim de garantir a plena liberdade de escolha do eleitor. Essa etapa termina a partir do momento em que a cédula do voto entra na urna. O relator não especificou na PEC uma tecnologia específica para esse processo.

O registro do voto é definido por ele como o “procedimento no qual a manifestação de vontade do eleitor é computada”, que deve ser “conferido por papel pelo próprio eleitor assim que gerado”. Já a apuração é apontada como “ato administrativo necessariamente público e transparente”.

Ainda na apuração, Barros estabelece que é uma etapa que deve contar com a presença de eleitores na “contagem dos votos colhidos na seção eleitoral”. Ou seja, ele também manteve a possibilidade de os eleitores serem fiscais de suas próprias seções após a contagem de votos colhida pelos mesários “imediatamente após o período de votação”.

A totalização é classificada pelo relator como outro ato administrativo “necessariamente público e transparente”, que deve contar com a presença de “representantes de partidos políticos” após a soma de todos os votos obtidos em todas as seções eleitorais na apuração. Essa etapa é realizada pelas “autoridades estaduais eleitorais e posteriormente transmitida à autoridade nacional eleitoral”, o TSE.

A proclamação do resultado, por fim, é tipificado por ele como o “ato em que a autoridade nacional eleitoral, após regular apuração e totalização, anuncia o resultado da votação da eleição, do plebiscito ou do referendo”.

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Por que o relator decidiu tipificar as diferentes etapas eleitorais
Dois motivos levaram Filipe Barros a tipificar as diferentes etapas eleitorais. Além da busca em deixar mais claro os procedimentos pela transparência da auditagem pelo eleitor, ele também busca garantir o avanço das tecnologias eleitorais.

No parecer atual, Barros tentou apresentar uma redação que não engessasse a progressão tecnológica das urnas. O problema é que o texto foi criticado por lideranças parlamentares e membros da comissão especial da PEC, que avaliaram ser pouco claro na forma proposta.

Os deputados cobraram de Barros um texto mais enxuto e claro sobre as propostas de voto impresso. Por ora, em termos de enxugamento, não é o que o relator sinaliza. O substitutivo esboçado é extenso, mas detalhado.

No relatório discutido na comissão especial, Barros especificava que “os registros do voto deverão ser depositados na urna indevassável separadamente para cada cargo, ou de outra forma, desde que se garanta o sigilo do voto”. No substitutivo, ele pormenoriza menos ao estabelecer que o registro precisa ser impresso e o voto é exercido quando a cédula entra a urna.

“Conceituar as etapas do processo eleitoral é a maneira de fazer com que, independentemente da tecnologia utilizada — se for de primeira, segunda ou terceira geração —, se garanta o formato essencial do procedimento público e transparente de votação”, explica.

Que pontos ainda podem ser alterados na PEC do Voto Impresso
O relator planeja apresentar o texto final de seu substitutivo até a próxima terça-feira (3). Até lá, Filipe Barros admite que mudanças podem ser feitas à versão atual do texto. O deputado aguarda que lideranças de outros partidos lhe deem um retorno. E ainda terá uma conversa com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.

A ideia do relator é convencer os partidos de que a apuração manual de 100% das impressões de voto é a melhor alternativa para assegurar a transparência do processo eleitoral e evitar contestações judiciais na Justiça Eleitoral.

Mas ele sabe que prosseguir com isso é uma missão difícil diante do atual cenário político, contestado até por membros da base governista do Centrão. Por esse motivo, Barros admite que seu texto pode ser alterado.

Lideranças políticas discutem outras duas formas de debater a auditagem eleitoral: com a contagem manual de 100% das cédulas nos fóruns eleitorais, não nas seções; ou por amostragem. Uma parte considerável do Congresso propõe, contudo, formas alternativas de auditagem que não sejam pela impressão do voto.

O relator vai ouvir as sugestões e, se for da vontade da maioria dos partidos alterar o processo de apuração, ele diz estar à disposição para discutir uma mudança. Mas questiona as alternativas. “Como seria feita a apuração de 100% nos fóruns eleitorais? Por apenas uma mesa receptora? Se for assim, vai demorar ainda mais [a apuração]”, diz.

Na apuração por amostragem, seriam contabilizados eletronicamente os votos, como funciona atualmente, e seriam auditados apenas os votos de um percentual pré-determinado de urnas. Os partidos discutem um percentual entre 2% a 10%. “Essa é uma grande furada. Se apura 10%, quem perdeu a eleição vai judicializar e pedir a recontagem dos outros 90%”, diz Barros.

Já a alternativa de auditar os votos sem o registro impresso, por meio de uma cópia certificada do registro digital fora da urna, embora não seja totalmente descartada por Barros, não é bem avaliada por ele.

“A ideia não é ruim, mas ela por si só não resolve o problema do sistema sigiloso e obscurantista que nós temos. Tem que ser necessariamente complementada com a impressão do voto. Não adianta ter a auditagem só com certificação digital”, justifica.

Outro ponto que pode entrar em discussão é a implementação gradual das urnas de voto impresso. Partidos político chegaram a propor um porcentual inicial de 20% de urnas com a tecnologia de impressão do voto para as eleições de 2022. Mas o “piso mínimo” considerado por Barros é de 55%. Esse é o percentual de urnas atuais que já são adaptáveis para a geração do registro impresso, segundo informou o TSE nas audiências públicas da comissão especial


Transporte, recontagem e investigação: o que prevê o novo texto
No substitutivo de Filipe Barros, encerrada a apuração, os registros impressos de voto serão transportados até os fóruns eleitorais a cargo das “forças de segurança pública” ou das Forças Armadas. Uma vez entregues, a responsabilidade pela custódia e preservação das impressões ficaria sob a responsabilidade da autoridade eleitoral.

A proposta de transporte do substitutivo se difere do parecer atual, que previa essa etapa sendo realizada apenas pelas Forças Armadas. Uma vez entregues nos fóruns eleitorais, o substitutivo propõe que os registros impressos sejam preservados pelo período de um ano contado a partir do dia seguinte da proclamação do resultado.

A exceção do prazo estipulado ficaria condicionada a “situações em que haja pedido de recontagem ou procedimentos de investigação”. “Ocasião na qual os registros impressos de voto deverão ser guardados até o trânsito em julgado do respectivo procedimento”, diz o substitutivo.

O período de um ano previsto para a preservação das impressões de voto é diferente do relatório entregue em junho, que sugeria o armazenamento até 31 de janeiro do ano seguinte às eleições, “salvo situações excepcionais definidas pelo TSE”.

A grande diferença do substitutivo para o parecer vigente está na previsão de que os pedidos de recontagem e “qualquer investigação sobre o processo de votação” deverão ser conduzidos pela Polícia Federal e pela Justiça Federal de primeira instância, e não pelo TSE. Barros ainda veda que o processo tramite em segredo de Justiça.

O relator defende sua proposta, que, na prática, reduz as atribuições do TSE sobre o processo de eventual recontagem. “O TSE, hoje, é o administrador eleitoral. Se houver uma falha ou uma fraude numa sessão eleitoral, ou ele é vítima ou alguém ali dentro pode ser o autor da falha ou da fraude. Portanto, a Corte não pode ser parte da investigação, nem se for vítima, e nem se for responsável ou um dos autores. Então, tem que se manter independente”, sustenta.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/novo-texto-da-pec-do-voto-impresso-vai-manter-contagem-manual-dos-votos/?ref=foi-manchete
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SE FOSSE O LULA PEDINDO VOTO AUDITÁVEL JÁ ESTARIA TUDO RESOLVIDO

 

Mundo bizarro

Por
Paulo Polzonoff Jr.

São Bernardo do Campo SP 15 11 2020-O ex presidente Luis Inacio Lula da Silva votou em ABC hoje pela manhã. foto Ricardo Stuckert

Tudo seria muitíssimo diferente se fosse Lula, e não Bolsonaro, a fazer campanha pela PEC 135, a PEC do Voto Auditável.| Foto: Fotos Públicas

Se fosse Lula pedindo o voto auditável, hoje ninguém estaria escrevendo longas e tediosas digressões sobre a diferença entre “provas” e “indícios”. E, diante do argumento de que é da natureza das urnas auditáveis não deixar rastros de fraude, daí a necessidade de uma comprovação física, todos estariam levando a mão ao queixo, aquiescendo e dizendo uns para os outros: “Como é que eu não pensei nisso antes?”.

Se fosse Lula pedindo o voto auditável, todos estariam enaltecendo a honestidade e altivez de caráter de um presidente tão, tão, tão, tão democrático que só quer garantir a seu povo eleições limpas e que faz questão de frisar que, se o povo escolher por outro caminho, a vontade popular será respeitada. Se fosse Lula pedindo o voto auditável, nos dicionários sua foto apareceria ao lado do verbete “estadista”.

Se fosse Lula pedindo o voto auditável, meus colegas jornalistas não estariam rindo da ideia como se ela fosse uma conspiração de maus futuros perdedores. Não estariam desprezando o voto auditável como mais um capricho de um presidente narcisista. Nem estariam criando narrativas estúpidas, baseadas em clichês, como a de que o voto auditável favorece o voto de cabresto ou é uma cortina de fumaça.

Se fosse Lula pedindo voto auditável, aliás, os tais “jornalistas de dados” estariam todos debruçados sobre os indícios, por mais estapafúrdios que fossem. Eles falariam em modelos matemáticos e explicariam tintim por tintim o que aconteceu nas eleições de 2014. Se fosse Lula pedindo voto auditável, o Sindicato dos Jornalistas brindaria seus associados com uma camiseta estampando a imagem do grande líder, juntamente com um sloganzinho manjado qualquer.

Se fosse Lula pedindo voto auditável, ninguém questionaria o custo “altíssimo” da medida. Tampouco estariam por aí exaltando a infalibilidade da máquina como se fosse um dogma desse cientificismo aplicado ao processo eleitoral. Pelo contrário, se fosse Lula pedindo voto auditável, todos estariam empenhados em questionar o “progresso” hoje inquestionável.

Se fosse Lula pedindo voto auditável, a inexplicável teimosia de Luís Roberto Barro teria explicações melhores do que as de hoje. Aliás, se fosse Lula pedindo o voto auditável, os cientistas políticos e outras figuras do nosso folclore estariam dizendo que a polícia é a arte da negociação e que, para garantir a segurança de um dos pilares dessa nossa democracia de palafita, é preciso garantir que ao menos parte dos votos sejam auditáveis já nas eleições de 2022.

Se fosse Lula pedindo o voto auditável, o ministro Luís Roberto Barroso estaria pessoalmente empenhado em garantir a aprovação da PEC 135. Que, por sinal, receberia nomes fofos como PEC da Urna Confiável, PEC das Eleições Transparentes, PEC do Amor ao Voto ou PEC da Confiança. E haveria transmissão dos debates e das votações nas comissões e depois no Congresso e no Senado. E os deputados e senadores exigiriam voto nominal para poderem aparecer na televisão dizendo que “pela democracia, pelo futuro do país, em defesa do Estado Democrático de Direito, eu voto ‘sim’!!!!”.

Se fosse Lula pedindo voto auditável, os sociólogos estariam falando desse que é o aspecto mais intangível da democracia, o vínculo de confiança entre o eleitor e o “sistema”, e ressaltando a ameaça representada pela quebra desse mesmo vínculo. Os menos exaltados estariam usando palavras como “golpe”. Os mais exaltados estariam criando alguma conspiração conservadora-direitista contra a vontade popular.

Se fosse Lula pedindo o voto auditável, estaria todo mundo batendo palmas pela nomeação de um senador do Centrão para a Casa Civil. “Esse Lula é um baita enxadrista”, diria alguém. Enquanto outro diria que, veja bem, o Lula é o presidente de todos os brasileiros e que é importante respeitar o princípio da representatividade, não sei o quê, não sei o que lá. Ciro Nogueira seria recebido com flores. E entraria para os livros de história como O Verdadeiro Cirão da Massa.

Se fosse Lula pedindo o voto auditável, haveria diariamente pesquisas de opinião sobre o voto auditável ou sobre a confiabilidade das atuais urnas. As redes noticiosas exibiriam longuíssimos programas de debate nos quais estatísticos, engenheiros, advogados, artistas e até esportistas pediriam ansiosamente a palavra para demonstrarem apoio ao voto auditável.

Se fosse Lula pedindo voto auditável, Chico Buarque e Zélia Duncan comporiam o Samba do Piririririm, a ser entoado nas enormes manifestações de 1º de agosto. Wagner Moura, Letícia Sabatella e José de Abreu estrelariam na Netflix um filme de ação no qual imperialistas malvados tentam impor ao povo brasileiro o Tirânico Voto Inauditável, até que as forças populares, lideradas por uma quilombola trans, se revoltassem.

Se fosse Lula pedindo o voto auditável…
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VOLTA A SER CRIADO O MINISTÉRIO DO TRABALHO

 

Reforma ministerial
Ministério do bem-estar

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Reforma trabalhista completa um ano, mas geração de empregos é baixa. A reforma trabalhista passou pelo Congresso Nacional com a garantia que a modernização das leis que regem o mercado de trabalho era necessária para que o país voltasse a gerar empregos e reduzir a informalidade. Foi aprovada em julho do ano passado e passou a valer em novembro. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, do Ministério do Trabalho, com as novas regras foram criados 372,7 mil postos de empregos formais em todo país. Na foto: Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). Foto: Ana Volpe/Agência Senado

Trabalho e Previdência voltarão a ter um ministério próprio.| Foto: Ana Volpe/Agência Senado

Volta a ter status de ministério o Trabalho e a Previdência. Nem deveria ter perdido a força política e virar uma secretaria especial do Ministério da Economia, porque é um dos setores mais importantes do Poder Executivo Federal. A Previdência está presente em todas as famílias, que têm alguém aposentado, pensionista, doente ou contribuinte. E o Trabalho, nem é preciso demonstrar a importância, em tempos da pandemia que fechou, desempregou e derrubou a renda.

Politicamente é uma imensa força. João Goulart começou como ministro do Trabalho de Getúlio Vargas, e acabou presidente da República; recentes ministros da Previdência viraram governadores, como Jair Soares, Antônio Brito e Waldir Pires. Na vizinha Argentina, o Ministério do Bem-Estar Social, com a Previdência e o Trabalho, foi a força que sustentou o peronismo.

A Previdência é um gigante. Questões presentes e futuras ligadas ao trabalho, ao emprego e à Previdência Social têm ligação umbilical com a recuperação econômica pós-pandemia, isso sem contar o socorro a 60 milhões de brasileiros, a maioria informais, sem carteira assinada. Além disso, é bom lembrar que a tão necessária reforma da Previdência foi desidratada. Falava-se em trilhões; depois reduziu-se ao trilhão; caiu para 800 milhões e agora deve estar aquém disso.

É uma questão social importantíssima. Contam-se 20 milhões de idosos provedores de famílias. Noventa por cento dos idosos contribuem com o orçamento de casa. Os benefícios previdenciários representam 75% da renda de quase 6 milhões de lares. O ministro Onyx Lorenzoni, que foi o primeiro aliado do candidato Bolsonaro, quer aproveitar ideias do tempo em que era ministro da Cidadania, porque na outra ponta etária estão jovens sem emprego e sem rumo profissional. Só isso dá uma pequena ideia do tamanho do desafio. Para reduzir o número de ministérios, o presidente sobrecarregou o ministro da Economia e reduziu o poder político dessa importante área do bem-estar social. Agora volta, sem alterar o total de 23 ministros, já que o presidente do Banco Central perdeu esse status.


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A ESQUERDA TRATA O LIBERALISMO COMO VILÃO

 

Por
Bruna Frascolla – Gazeta do Povo

| Foto: Pixabay

A palavra “liberalismo” passa, no Brasil, por um processo análogo ao que a palavra “democracia” passou nos anos 70. No começo os comunistas honestos diziam abertamente que a democracia era um regime burguês, portanto capitalista, portanto fadado a perecer na Revolução. A Revolução acabaria com a democracia para instaurar a ditadura do proletariado. Mas lá pelos anos 70 começaram a pipocar as “democracias populares”, que seriam verdadeiras democracias, enquanto que as “democracias burguesas” seriam democracias falsas. Alemanha Oriental era a República Democrática Alemã; a Coreia do Norte e a China são a República Popular Democrática da Coreia e a República Popular da China. Enquanto isso, a Alemanha Ocidental era a República Federal da Alemanha; a Coreia do Sul e Taiwan são República da Coreia e República da China. O termo “popular” é escolhido por causa do demos de democracia.

É a homenagem involuntária que o totalitarismo presta à democracia: é tão boa, que precisam tomar suas roupas emprestadas, passar a mesma maquiagem, imitar os trejeitos e tentar enganar os incautos fazendo passar-se por ela. Ir à rua gritar “comunismo” nunca será tão frutífero quanto gritar “democracia”.

Desde os anos 70, o brasileiro estava acostumado a ver o liberalismo retratado como vilão. Quem frequentou a escola nos anos 90 e 00, como eu, terá visto o liberalismo como vilão desde a época escolar, pelo menos com um professor de história. No imaginário brasileiro, o liberalismo era um sinônimo menos usado de neoliberalismo, que a seu turno é o capeta em pessoa. Rouba dos pobres para dar aos banqueiros. Se não fossem os social-democratas ou a esquerda, o neoliberalismo nos transportaria para dentro do filme “Tempos Modernos”, de Chaplin.

Desde o impeachment de Dilma Rousseff temos visto no Brasil a palavra “neoliberalismo” tomar chá de sumiço e de repente, não mais que de repente, o liberalismo ser convertido em mocinho.

Dilma põe a Unicamp em desgraça
Creio que o principal motivo para isso tenha sido o reconhecimento inequívoco de que as políticas intervencionistas de Dilma Rousseff foram um fracasso. Gente leiga em economia, como eu, via economista falando de economia do mesmo jeito que poderia ver bioquímicos discutindo bioquímica. Mas a queda de Dilma levou consigo toda a prestigiosa escola da Unicamp. (Já dizia Roberto Campos que ou o Brasil acaba com os economistas da Unicamp, ou os economistas da Unicamp acabam com o Brasil. Podemos dizer que, depois de eles enfim quase acabarem com o Brasil, o Brasil os atirou à “lata de lixo da História”, como diziam os marxistas d’antanho.) De repente, passou a haver economistas que um leigo consegue identificar como charlatães. A Unicamp teve um professor de economia como presidente do BNDES na gestão Dilma (o professor titular Luciano Coutinho). Esse poder veio junto com o próprio descrédito.

A queda da Unicamp acarretou a ascensão, no debate público, da figura de Marcos Lisboa: um economista liberal que participou dos anos dourados da presidência de Lula e sempre esteve às turras com os economistas petistas. Marcos Lisboa é um excelente orador, tem carisma e logo atraiu um enxame de jovens (que logo passaram a defendê-lo fervorosamente na internet, como se fosse um líder de banda). Abriu terreno para que ganhassem atenção outros críticos da Escola da Unicamp. Esta caiu em desgraça e o seu lugar foi ocupado por uma plêiade de instituições de elite privadas: o Insper, a PUC-Rio e a GV. Enquanto isso, tudo o que a USP tinha a oferecer era Laura Carvalho. Essa mudança acadêmica na Economia fez estilhaçar a crença na superioridade das universidades públicas sobre as privadas.

Em 1993, o sucesso do Plano Real, de economistas da PUC-Rio, se deu sob as barbas de um marxista teórico da dependência, e não serviu para enterrar a Unicamp. Isto só aconteceu em 2016, com o fracasso retumbante de um governo todo ao gosto de economistas da Unicamp.

Assim, desmoronou-se todo um cenário intelectual que parecia inamovível a quem nasceu até a década de 90. Ouvíamos desde a escola que Celso Furtado era o economista mais genial do mundo, tão injustiçado quanto Carlos Chagas por não ter recebido um Nobel. (Se eu fosse escolher um brasileiro injustiçado por não receber Nobel, seria Rondon, que Einstein queria que recebesse o da paz por integrar os índios. Mas Rondon era militar, então tem que ser esquecido.)

A captura do termo
Expostos os fatos acima, não creio que tenha havido um plano deliberado da esquerda para capturar o termo. Dilma Rousseff foi, sem querer, a maior força em prol da aceitação do liberalismo no Brasil. Fez tudo o que a elite acadêmica da economia queria e deu tudo errado – pior para a elite.

Mas dois fatos internos favoreceram no Brasil o mimetismo da esquerda dos EUA, país em que os liberals são a esquerda. O primeiro fator é que o liberalismo chegou a nós como uma doutrina econômica, quando na verdade é, antes de tudo, uma doutrina de garantias contra o poder absoluto.

O liberalismo surgiu na Revolução Gloriosa, em 1688, na Inglaterra, quando as casas legislativas conquistaram garantias contra o poder do Rei. O filósofo que expressou o ideário do liberalismo é John Locke, que defende a separação entre os poderes Executivo e Legislativo e o fim do Absolutismo. A igualdade perante a lei torna-se então um diferencial do mundo anglo-saxônico. Entre nós, os ibéricos, a tradição é de códigos legislativos que estipulam privilégios, com crimes sendo punidos com severidade variável conforme o status do súdito.

Outro fator que ajudou a captura do termo pela esquerda é a de Marcos Lisboa ter trabalhado no governo Lula. Assim, o seu sucesso pode ser colocado sob as barbas da social-democracia, do mesmo jeito que o sucesso de um Gustavo Franco foi com FHC. O petismo pode brincar de bad cop com Guido Mantega e good cop com Marcos Lisboa. Fica fácil fazer a “autocrítica” da esquerda e dizer que tudo dará certo daqui para a frente. Uma pitada de Bobbio (com o conceito de esquerda liberal) ajuda a operação.

O “liberalismo” comunista chinês da pandemia
A ignorância da história do liberalismo fez com que a desigualdade perante a lei fosse defendida por autodeclarados liberais. Se a tradição ibérica d’antanho exigia pureza de sangue para ocupar uma cátedra na universidade, verificando se candidato era cristão velho de quatro costados, o “liberal” de hoje defende um tribunal racial constituído pelo Estado para julgar o sangue dos candidatos.

O liberalismo é uma doutrina contra o arbítrio do Estado, mas o pseudoliberal brasileiro que leu uns livrinhos da fase mais socializante de Mill quer dar poder ao Estado para criar estamentos de privilegiados e tratar os cidadãos de maneira desigual. O Estado torna-se o juiz do que é uma injustiça social e o retificador de injustiças históricas. Haja poder!

O mais novo passo dos pseudoliberais brasileiros é, fechando os olhos para o caráter experimental das vacinas e para as vítimas letais dos efeitos colaterais, dizer que a vacina da covid tem que ser obrigatória. Mais ainda: o cidadão não pode ser “sommelier de vacinas”; isto é, não pode escolher se toma uma vacina cujos efeitos colaterais são coágulos ou miocardite. Tudo em nome do bem-estar coletivo. Aliás, em nome do bem-estar coletivo, deve-se também evitar falar de efeitos colaterais, para que todos tomem as vacinas.

Em última instância, é exigir que as pessoas sacrifiquem a própria vida em nome do coletivo. E esse sacrifício deve ser destituído de qualquer valor moral, já que, além de compulsório, é feito em estado de ignorância. Que controle esses “liberais” entregam ao Estado, não é mesmo?

Indivíduo ganha respeito no presídio
É interessante como agora, no debate brasileiro, coexistem um individualismo solipsista e um coletivismo totalitário, os quais às vezes estão até na boca da mesma pessoa. Quando se trata de crimes violentos, o – cof, cof, – reeducando merece todo o respeito.

Os presídios não existem mais para preservar a coletividade, que não quer conviver com estupradores e assassinos. Em vez disso, o presídio vira uma instituição educacional e a Justiça deve pensar no pobre coitado que estava aí assaltando. Para que ele fique bem, é preciso soltá-lo na sociedade. A sociedade que se vire. Que se vire com os reeducados e com os cracudos, que exercem o seu inalienável direito de fumar crack no meio da rua e puxar a faca para os passantes.

Assim sendo, proponho que se criminalize a não-vacinação de uma vez. Assim, quem sabe, as garantias individuais não ganham um apigreide, quando o cidadão conquistar os mesmos direitos dos bandidos.


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CULTURA DO CANCELAMENTO PROVOCA LINCHAMENTOS

 


  1. Economia
     

A cultura do cancelamento teve o mérito de chamar a atenção para grandes preconceitos e para intolerâncias, mas tem a tendência de também produzir linchamentos de pessoas, boicotes e interdições

Celso Ming*, O Estado de S.Paulo

Em seu livro Meditaciones del Quijote, o filósofo e ensaísta espanhol Ortega y Gasset, deixou um pensamento que continua despertando debates. E deve ser lembrado especialmente agora quando recrudesce a chamada cultura do cancelamento. Escreveu ele: “Yo soy yo y mi circunstancia, y si no la salvo a ella no me salvo yo”.

Alguém já chamou São Paulo de escravocrata? Não, provavelmente. Não consta que ele tivesse escravos. No entanto, ele assumiu posições que aceitavam a escravidão. É o que se pode conferir na Epístola a Timóteo 6:1: “Todos os que estão sob o jugo da escravidão devem considerar os seus próprios senhores como dignos de todo o respeito…”. Ou seja, Paulo de Tarso não tacaria fogo na estátua de Borba Gato por ter sido um preador de índios, tal como também foi outro bandeirante, Fernão Dias Paes Leme, sepultado com honras na nave central da igreja do Mosteiro de São Bento, em São Paulo.

Ilustra
A cultura do cancelamento provoca linchamentos como se viu nos tempos da Santa Inquisição, da caça às bruxas e ao longo de tantas guerras religiosas. Ilustração: Marcos Müller/Estadão. 

cultura do cancelamento não nasceu com as redes sociais. É coisa antiga, ainda que com outros nomes. Algumas vezes teve o mérito de chamar a atenção para grandes preconceitos e para intolerâncias, mas tem a tendência de também produzir linchamentos de pessoas, boicotes e interdições, como se viu nos tempos da Santa Inquisição, da caça às bruxas e ao longo de tantas guerras religiosas.

O termo “bugre” não está apenas carregado de depreciação dos indígenas do Brasil. Não se limita a considerá-los brutos e atrasados. Também encerra preconceitos de outra ordem. Quando chegaram ao Brasil, os portugueses ficaram estupefatos com duas práticas dos nativos: a antropofagia e a larga difusão de relações homoafetivas, que os jesuítas chamaram de “pecado nefando”. É que, no século 11, aparecera uma doutrina nos Bálcãs que não se limitava a pregar ensinamentos maniqueístas, mas, também, a recomendar relações homossexuais. Depois de condenada, ficou conhecida como “heresia búlgara”. Quando chegaram a estas terras, os portugueses viram o que viram entre os índios e os apelidaram de “búlgaros”. Como são dados a comer letras e fonemas, os lusitanos abreviaram “búlgaros” por “bugres”. Esta é, pelo menos, a explicação que prevalece na obra clássica Casa Grande & Senzala, do antropólogo Gilberto Freyre.

Aparentemente, o comportamento dos nativos das Américas continua chocando aqueles que vieram depois. A expressão “mulher de apache” indica que ela está habituada a apanhar dos seus maridos. As feministas que chegaram ao Brasil com o objetivo de proteger os yanomami da devastação produzida pelos brancos se decepcionaram quando viram que suas mulheres são habitualmente agredidas pelos seus companheiros.

As obras de Richard Wagner foram (ou continuam sendo) canceladas em Israel porque foi considerado o músico predileto dos nazistas. Os soviéticos baniram não só o que consideravam “a arte burguesa decadente” dos modernistas, mas, também, importantes áreas da ciência, como os princípios de genética do agostiniano Gregor Mendel.

Não se pode desqualificar a arte de Picasso apenas porque ele explorava suas mulheres a ponto de apagar seu cigarro na pele de uma delas.

Borba gato
Manifestantes atearam fogo na estátua de Borba Gato, localizada no bairro de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, durante a tarde do último sábado, 24. Foto: Felipe Rau/Estadão

Não é queimando estátuas ou trocando os nomes de algumas das principais rodovias de São Paulo – como BandeirantesAnhangueraFernão Dias e Raposo Tavares –, que se vão reparar as atrocidades que os bandeirantes cometeram quando escravizaram indígenas e arrasaram a tiro e espada quilombos e quilombolas. Eles não foram apenas isso. Também aprofundaram as fronteiras nacionais, contribuíram para domar o áspero sertão e para escrever a História do Brasil, não a ideal, mas a que aconteceu.

Isso não significa que erros, preconceitos e doutrinas condenáveis, como a escravidão, o nazismo, o racismo, a homofobia, a misoginia e tantas formas de discriminação e opressão tenham de ser tolerados. Quer dizer que as pessoas não podem ser linchadas ou excomungadas, apenas, pelos seus erros ou seus preconceitos, especialmente quando esses boicotes não deixam espaço para retratações e mudanças de mentalidade.

O julgamento sobre elas tem de ser filtrado pelas circunstâncias que as envolveram e que as condicionaram, sem o que não se salvará ninguém, nem os que condenam nem os que hoje praticam a cultura do cancelamento.

*CELSO MING É COMENTARISTA DE ECONOMIA

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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