terça-feira, 27 de julho de 2021

ESTRATÉGIAS DE DIVULGAÇÃO DE CONTEÚDOS

 

  SAIBA QUAIS SÃO

Para quem trabalha com marketing e comunicação, é essencial entender a diferença entre expert e influenciador. Dessa forma, você pode criar as estratégias de divulgação de conteúdos da melhor forma.

Os influenciadores todo mundo já conhece, mas será que você entende os detalhes essa profissão? Sobre os experts, o que você sabe? Continue a leitura deste artigo que você verá:

  • qual é a diferença entre expert e influenciador;
  • como se tornar um expert;
  • como se tornar um influenciador.

Qual é a diferença entre expert e influenciador?

A diferença entre expert e influenciador é que o primeiro é especialista na área em que atua e faz conteúdos. Então, um professor de inglês que tem um perfil público, por exemplo, é um expert na matéria, pois estudou para isso.

O influenciador não é menos importante. Porém, ele tem conhecimentos mais gerais. Uma pessoa que tenha participado de um reality show, por exemplo, por causa do que aprendeu viajando, pode dar dicas de inglês. Porém, ele não tem a mesma técnica no tema quando comparado com o expert.

Tanto expert quanto o influenciador têm ótimas oportunidades nos dias atuais, já que os usuários de redes sociais desejam consumir conteúdo. Seja informações sobre um novo idioma, roteiros de viagens, receitas culinárias ou outro conhecimento.

Cada vez mais, as pessoas estão atentas a tudo o que acontece na internet. Por isso, essa pode ser uma excelente maneira de começar uma carreira paralela e muito promissora.

Como se tornar um expert?

Para se tornar um expert é necessário ter conhecimento técnico, o que não significa necessariamente uma faculdade. Você pode fazer cursos livres (e até on-line) em uma área pela qual se interessa, ler os livros principais sobre o assunto e até ter um mentor para auxiliar na jornada.

Depois que reunir essa experiência, você poderá se divulgar para o público. Imagine que você se especializou e tirou certificados que atestam o seu conhecimento em culinária francesa.

Nesse caso, você deixará de ser uma pessoa entusiasta no assunto e passará a ser uma expert. Inclusive, é aconselhável que você diga “me formei na instituição tal, fiz determinado curso” e assim por diante.

A partir de então, o seu foco poderá ser as redes sociais, propriamente ditas. O primeiro passo é observar onde o seu público potencial está e o que você pode oferecer a ele.

Será que as postagens bastam? Vale a pena lançar um infoproduto, como um curso on-line ou um e-book? Considere todas as suas possibilidades!

Como se tornar um influenciador?

Para se tornar um digital influencer é semelhante, mas como a grande diferença entre expert e influenciador é o nível de conhecimento, esse é um detalhe a menos a se preocupar.

Não que você deva compartilhar qualquer conteúdo, ok? Porém, você pode a sua experiência de vida para se aproximar das pessoas.

Então, se você já é especialista ou interessado em algum assunto, mesmo que não tenha um curso, por exemplo, pode investir.

Nesse caso, o foco maior deve ser com a sua apresentação. Coloque-se no lugar do seu público: por que você seguir uma pessoa como você? Olhe os seus concorrentes e veja o que engaja os outros.

Lembre-se também de sempre usar a criatividade. Até porque, como existe muita informação nas redes sociais, é necessário chamar a atenção dos usuários.

Assim como os experts, os influenciadores também podem:

  • dar cursos;
  • criar e-books e outros materiais educativos para o público;
  • fazer parcerias e divulgar produtos de empresas.

Nesse sentido, investir em mídia é outra forma de alcançar um número ainda maior de seguidores.

ValeOn UMA STARTUP INOVADORA

A Startup ValeOn um marketplace que tem um site que é uma  Plataforma Comercial e também uma nova empresa da região do Vale do Aço que tem um forte relacionamento com a tecnologia.

Nossa Startup caracteriza por ser um negócio com ideias muito inovadoras e grande disposição para inovar e satisfazer as necessidades do mercado.

Nos destacamos nas formas de atendimento, na precificação ou até no modo como o serviço é entregue, a nossa startup busca fugir do que o mercado já oferece para se destacar ainda mais.

Muitos acreditam que desenvolver um projeto de inovação demanda uma ideia 100% nova no mercado. É preciso desmistificar esse conceito, pois a inovação pode ser reconhecida em outros aspectos importantes como a concepção ou melhoria de um produto, a agregação de novas funcionalidades ou características a um produto já existente, ou até mesmo, um processo que implique em melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade ao negócio.

inovação é a palavra-chave da nossa startup. Nossa empresa busca oferecer soluções criativas para demandas que sempre existiram, mas não eram aproveitadas pelo mercado.

Nossa startup procura resolver problemas e oferecer serviços inovadores no mercado.

PROBLEMAS QUE A STARTUP ValeOn RESOLVE:

A dinâmica empresarial cria fluxos no qual a população busca por produtos e serviços cada vez mais especializados. Desse modo a dinâmica e a rede comercial gera interferências em todas as cidades aqui do Vale do Aço.

Existem as mudanças de costumes e hábitos inseridos na sociedade que por meio das tecnologias acessíveis e do marketing chegam até aos menores lugares, levando o ideário de consumismo e facilitando que esses locais igualmente tenham oportunidade de acesso aos diversos produtos.

A facilidade no acesso as novas tecnologias, à propaganda e estímulo ao consumismo fazem com que mesmo, com o comércio físico existente nessas cidades, ocorra a difusão das compras por meio da internet.

O setor terciário agrega as atividades que não fazem e nem reestruturaram objetos físicos e que se concretizam no momento em que são realizadas, dividindo-se em categorias (comércio varejista e atacadista, prestação de serviços, atividades de educação, profissionais liberais, sistema financeiro, marketing, etc.)

Queremos destacar a área de marketing que é o nosso negócio que contribui na ampliação do leque de informações através da publicidade e propaganda das Empresas, Serviços e Profissionais da nossa região através do site que é uma Plataforma Comercial da Startup ValeOn.

A Plataforma Comercial da Startup ValeOn é uma empresa nacional, desenvolvedora de soluções de Tecnologia da informação com foco em divulgação empresarial. Atua no mercado corporativo desde 2019 atendendo as necessidades das empresas que demandam serviços de alta qualidade, ganhos comerciais e que precisam da Tecnologia da informação como vantagem competitiva.

Nosso principal produto é a Plataforma Comercial ValeOn um marketplace concebido para revolucionar o sistema de divulgação das empresas da região e alavancar as suas vendas.

A Plataforma Comercial ValeOn veio para suprir as demandas da região no que tange à divulgação dos produtos/serviços de suas empresas com uma proposta diferenciada nos seus serviços para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O QUE FAZ A STARTUP ValeOn

A Startup ValeOn através do seu site que é uma Plataforma Comercial feita para fazer publicidade e propaganda online das Empresas, Serviços e Profissionais Liberais da região do Vale do Aço para as suas 27 (vinte e sete) cidades.

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

DOCUMENTOS DE DEPOENTE NA CPI DA COVID FOI VAZADO À IMPRENSA

 

 Tiago Angelo – Poder360

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal) ordenou nesta 2ª feira (26.jul.2021) que o senador Omar Aziz (PSD-AM) se manifesta sobre o suposto vazamento à imprensa de um e-mail de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde.

Mayra Pinheiro diz que teve e-mail vazado a jornais, o que violaria decisão do STF© Sérgio Lima/Poder360 25.05.2021 Mayra Pinheiro diz que teve e-mail vazado a jornais, o que violaria decisão do STF

Segundo a defesa de Pinheiro, integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid enviaram a jornais um e-mail que estava sob sigilo. O segredo se deve a uma decisão do próprio ministro Lewandowski. Em 12 de junho, o magistrado manteve a quebra de sigilo telefônico e telemático (de mensagens) da secretária, mas ordenou que os documentos fossem tratados como confidenciais.

“Mesmo quanto às informações que digam respeito à investigação – não sendo, pois, de cunho privado -, estas deverão ser acessadas apenas por Senadores da República, integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito, e pela própria impetrante e seus advogados, só podendo vir a público, se for o caso, por ocasião do encerramento dos trabalhos, no bojo do relatório final, aprovado na forma regimental”disse o ministro na ocasião.

Aziz deverá apresentar as informações solicitadas por Lewandowski dentro do prazo máximo de 5 dias. Eis a íntegra do documento encaminhado ao senador (141 KB).Publicidade

Pinheiro foi à CPI em 25 de maio. Falou em especial sobre as ações do governo federal durante a pandemia e sobre o incentivo da gestão de Jair Bolsonaro ao uso do chamado “tratamento precoce”, que não tem eficácia científica comprovada.

PREVISÃO DE FRIO INTENSO EM TODO O BRASIL NESSES PRÓXIMOS DIAS

 

Como Ciência explica frio extremo que deve chegar ao Brasil

Meteorologistas de diversos órgãos anunciam a chegada, nos próximos dias, de uma forte massa de ar polar, que deve causar uma queda histórica nas temperaturas de todo o Brasil.

Pedestres protegidas do frio na capital paulista em julho; cidade pode registrar a menor temperatura desde 1994© Getty Images Pedestres protegidas do frio na capital paulista em julho; cidade pode registrar a menor temperatura desde 1994

A previsão é que o frio intenso comece na terça-feira (27/7) e se estenda até domingo (1/8).

Na região Sul, os termômetros podem registrar temperaturas negativas durante mais de uma semana. Nas serras catarinense e gaúcha, a previsão do Climatempo é de mínimas entre -8ºC e -10ºC. Mas fortes ventos podem causar uma sensação térmica de até -25ºC.

No Rio de Janeiro, há a possibilidade de nevar no Pico do Itatiaia, localizado a 2.450 metros de altitude.

Em São Paulo, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de que a mínima prevista para a madrugada de sexta-feira (30/7) seja de 3ºC, com máxima de 13ºC.

A última vez que a cidade registrou uma temperatura tão baixa em 13 de junho de 2016 (3,5ºC). Há também previsão de geada para toda a região da Grande São Paulo.

Segundo o Climatempo, diversas capitais devem registrar as menores temperaturas do ano, como Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Campo Grande, São Paulo, Belo Horizonte e Vitória.

A menor temperatura já registrada na capital paulista, desde 1943, foi de -2,1ºC no dia 2 de agosto de 1955, na estação meteorológica do Inmet no Mirante de Santana, que é a estação oficial para registro de recordes.

Caso a previsão desta semana se concretize, será o dia mais frio dos últimos 27 anos na capital paulista. No dia 9 de julho de 1994, o Inmet registrou 2ºC e, no dia 10 de julho de 1994, 0,8ºC. Na época, as baixas temperaturas devastaram cafezais em cidades no interior paulista.

Por que faz tanto frio?

Meteorologistas ouvidos pela BBC News Brasil disseram que a passagem de massas de ar frio é comum nesta época do ano. No entanto, a magnitude e frequência desses fenômenos podem ter sido alterados pelas mudanças climáticas.

Segundo Francisco de Assis, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a massa de ar frio desta semana será a terceira de grande porte registrada em 2021. O mais comum, diz ele, é apenas uma ou duas massas de ar polar significativas por ano.

“Isso está associado à alta variabilidade climática e aquecimento global, que causam esses extremos. Da mesma forma que o frio extremo aqui, vemos o forte calor no Hemisfério Norte”, afirma.

Pessoa corre em parte de Curitiba; capital paranaense esta entre cidades que devem registrar menor temperatura do ano© Getty Images Pessoa corre em parte de Curitiba; capital paranaense esta entre cidades que devem registrar menor temperatura do ano

Questionado, porém, Assis diz que essa deve ser a última grande onda de frio deste ano.

“Normalmente, as temperaturas mais baixas são registradas entre a segunda quinzena de junho e durante o mês de julho. É muito improvável que uma nova onda como essa aconteça de novo porque, a partir de agosto, começa a esquentar”, afirma.

Francisco de Assis explica que as massas de ar que atingiram o Brasil neste ano causaram mais frio porque foram mais consistentes, extensas e conseguiram subir com intensidade até o Sudeste do país.

“As massas de ar polar do ano passado não atingiram a região do café em Minas, no sudeste do Estado. Já as deste ano, inclusive a desta semana, têm mais força para atingir a região Sudeste”.

Ele diz que essas massas nascem na Antártida e sobem. Elas passam pela Argentina, Uruguai e perdem força ao chegar no Sudeste, onde correntes na alta atmosfera as arrastam de oeste para leste. Desta maneira, elas são levadas para o oceano e chegam ao sul da África.

Francisco de Assis, no Inmet, afirma que uma das regiões que sentirá uma das maiores variações climáticas do país é Cuiabá, no Mato Grosso.

“Isso porque a Baixada Cuiabana registrou 37ºC no fim de semana e mínima de 21ºC. A máxima vai cair para 20ºC na quinta (29/7) e a mínima vai a 7ºC”, afirmou.

Ele diz que esse contraste ocorre porque na região há o predomínio de uma forte massa de ar quente e seca. A chegada de um sistema de ar frio causa esse contraste.

A massa de ar frio ainda pode derrubar as temperaturas no sul do Amazonas, do Acre e Rondônia — fenômeno conhecido como friagem. Ela também deve causar chuvas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e parte do Mato Grosso do Sul.

Também há previsão de ressaca e mar agitado desde o extremo sul do litoral do Rio Grande do Sul até as praias de Vitória, no Espírito Santo.

Muita geada, mas pouca neve

Gelo em plantas de Campo Alegre, Santa Catarina© Getty Images Gelo em plantas de Campo Alegre, Santa Catarina

A meteorologista do Climatempo Josélia Pegorim disse à BBC News Brasil que, apesar de registrar temperaturas negativas, as três capitais do Sul não devem ter neve.

“Não basta o frio intenso para nevar. A neve é uma precipitação e precisa cair de uma nuvem. As condições para neve serão restritas aos dias 28 e 29 de julho, mas não há chance de ocorrer em Curitiba, por exemplo. Apenas no planalto e serra do Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, afirma.

Ela afirmou que a massa de ar desta semana será tão significativa que até mesmo algumas áreas no sul do Tocantins, da Bahia e do Pará sentirão uma queda na temperatura.

“Mas nessas regiões (essa massa) vai apenas aliviar o calor porque está muito quente. Teremos uma atuação bastante forte mesmo no continente, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste”.

ATAQUE DE VANDALISMO NA ESTÁTUA DE UM BANDEIRANTE

 

Incêndio

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo

Estátua do bandeirante Borba Gato, em São Paulo, foi atacada por vândalos.| Foto: Reprodução/Redes sociais

Uma das facções terroristas que fazem parte do movimento de esquerda, e que têm se mostrado cada vez mais violenta nas últimas manifestações de rua “em defesa das eleições de 2022”, a favor de “Lula presidente” e em prol da “democracia” em geral, incluindo-se aí a “vacinação para todos” e o “fora Bolsonaro”, deu um “upgrade” em si mesma. Até o momento quebravam vidraças, destruíam bancas de jornal e atacavam ônibus, entre outros atos de baderna.

Agora, em sua última obra, resolveram tocar fogo na estátua de Borba Gato que há 64 anos se ergue brutalmente na confluência de duas avenidas do bairro de Santo Amaro, onde se tornou um dos mais conhecidos símbolos de toda a cidade de São Paulo.

O Borba Gato, com seus 13 metros de altura e revestimento de pedras coloridas, é tido como um dos monumentos públicos mais feios do Brasil, e possivelmente do mundo — um eterno motivo de piada entre os paulistas e, ao mesmo tempo, um ponto de referência que faz inveja a qualquer Waze ou Google Maps que você pode encontrar por aí; é impossível não ver o Borba Gato. É discutível, também, o seu status como coisa horrível. E o Museu da Escultura? E o Hotel Unique? E a Avenida Berrini? É uma discussão que não acaba mais.

O certo é que não se pode tocar fogo nas coisas por motivos estéticos, mesmo em causas de pureza extrema como as atuais manifestações em favor da “democracia”. Ou agora é permitido — se Borba Gato for carimbado como “genocida” e amigo de Bolsonaro, como tanta gente fina comemorou na esquerda nacional, vale destruir a estátua do homem?

A estupidez da agressão, em si, não é o pior da história; os ativistas e militantes que atacaram o Borba Gato são criminosos, só isso, e o fato de estarem dentro do “campo democrático” não os absolve dos seus crimes. O pior, de um lado, é o aplauso fanático que recebem de cabeças dadas oficialmente como campeãs do pensamento esquerdista.

De outro, é a cumplicidade agressiva que tem despertado na mídia, empenhada, em todos os casos desse gênero, em dizer que tudo foi feito de “forma pacífica”, “sem violência” e mais uma porção de despropósitos — um processo onde fica claro que ninguém foi capaz de pensar 30 segundos sobre o que se estava dizendo ao público.    “Incêndio prossegue de forma pacífica”, com todos “usando máscaras”, afirmou uma emissora de televisão. Melhor do que isso não fica, não é mesmo? Já se ouviu locutores dizerem no ar que “infelizmente” havia uma “notícia boa” a ser dada. Agora aparece o “incêndio pacífico”.

O ódio a Jair Bolsonaro, cada vez mais primitivo, está definitivamente mexendo com os circuitos mentais dos jornalistas. Não há nenhum sinal de que o fenômeno venha a ser controlado em breve.


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DEPUTADA FEDERAL DIZ QUE FOI AGREDIDA

Deputada
Um milhão de eleitores foram agredidos junto com Joice

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Deputada Joice Hasselmann acredita ter sido vítima de atentado dentro da própria casa.| Foto: Reprodução/ Twitter

A deputada Joice Hasselmann (PSL) representa 1.078.666 eleitores na Câmara Federal. E é em consideração a este mandato, de mais de um milhão de paulistas, que ela tem que ir até o fim e esclarecer essa história de agressão, porque isso é muito grave. Não é só uma violência ao corpo físico da deputada — foi uma agressão ao mandato também. Porque a inviolabilidade do mandato se estende obviamente à inviolabilidade do corpo do mandatário.

Joice foi à Polícia Civil do Distrito Federal, que é muito bem preparada e equipada, tem desvendado casos incríveis aqui em Brasília. Acho que em primeiro lugar, a polícia vai tentar detectar alguma marca de sangue no apartamento da deputada mesmo que já tenha sido lavado. Imagino que esteja tudo limpo, pois a agressão denunciada pela deputada aconteceu há mais de uma semana.

Ela só foi falar do assunto depois que o jornalismo do SBT descobriu que ela tinha ido parar no hospital toda machucada. Imagino que o marido neurocirurgião insistiu que ela deveria fazer uma tomografia para apurar se ela não tinha lesões também no interior da cabeça.

De todo modo, a Polícia Civil vai acabar descobrindo o que aconteceu. Se foi uma agressão, as câmeras de segurança do prédio devem ter registrado a entrada de alguém – não creio que tenha sido o homem aranha entrando pela janela. E isso vai revelar muita coisa.

O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), que é policial, disse que acha que foi um acidente de trânsito e que ela não quis registrar nada porque teria usado droga. Joice disse que vai levar o senador ao Conselho de Ética do Senado. Também disse que vai processar o ministro general Augusto Heleno, que deve ter insinuado alguma coisa. Mas, enfim, a verdade vai aparecer.

A doença que mais mata no Brasil
No Brasil que só fala de Covid, olha só o que eu descobri na página da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Sabem quantos morrem por dia no país por causas cardíacas? 1.100 brasileiros. Dá 46 por hora, um a cada 90 segundos.

Problema cardíaco é fácil de evitar. É alimentação e evitar sedentarismo, em primeiro lugar. E tem, claro, a hereditariedade, que tem que controlar. Essa doença é a que mais mata no Brasil. É bom a gente deixar isso bem claro.

Fanáticos tocaram fogo na estátua de Borba Gato
E, por fim, tocaram fogo na estátua do Borba Gato, mostrando mais uma vez a natureza violenta da esquerda. Eles não conseguem fazer uma manifestação sem violência porque a ideologia é totalitária, não comporta o contraponto, não aceita ideia contrária.

Agora tem ainda a questão da ignorância, porque atacaram a estátua do Borba Gato alegando que ele é fascista. Mas não havia fascismo na época dos bandeirantes. O fascismo surgiria só dois séculos e tanto depois. Alegaram também que Borba Gato foi um matador de indígenas escravista. Mas o único que ele matou foi um branco, português, enviado da coroa. Ele ainda viveu entre os índios por 18 anos. É lamentável tamanha ignorância.

Acho que manifestações políticas têm que ser feitas por gente politizada, que sabe o que está fazendo, e não por gente fanatizada. O fanatismo não tem racionalidade, é irracional.

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DEPUTADOS ABUSAM DA SUA LIBERDADE DE UTILIZAR A LEIS

 

  1. Política 

Parlamentares distribuem R$ 27,6 mi para prefeituras comandadas por seus filhos, irmãos, pai e sobrinho; modalidade de repasse é marcada pela falta de transparência

Lorenna Rodrigues, Daniel Weterman, O Estado de S.Paulo

Como milhares de brasileiros, o deputado federal José Carlos Schiavinato (Progressistas-PR) foi uma vítima fatal da covid-19, em abril deste ano. No seu lugar assumiu o suplente Valdir Rossoni (PSDB-PR). Assim que tomou posse, Rossoni utilizou a chamada “emenda cheque em branco” e destinou R$ 8,1 milhões ao município de Bituruna (PR), onde seu filho, Rodrigo Rossoni, é prefeito. 

Criado no governo Bolsonaro, o mecanismo permite aos parlamentares enviar dinheiro público de suas emendas individuais para bases eleitorais sem um objetivo definido e livre de fiscalização federal. O que era para ser uma exceção virou regra, como revelou o Estadão, e 393 parlamentares optaram por esse caminho ao invés do tradicional, que exige indicar, com base em critérios técnicos, como os recursos do Orçamento devem ser aplicados. Nesse caso, o parlamentar identifica os problemas da cidade e direciona a verba para atendê-los. 

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Parlamentares alegam que a modalidade ‘transferência especial’ tem como vantagem a rapidez no repasse. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Estadão/Broadcast encontrou ao menos seis casos em que deputados determinaram a distribuição de R$ 27,6 milhões para cidades comandadas por seus filhos, irmãos, pai e sobrinho. O rastreamento é dificultado pela falta de transparência nesse tipo de repasse.

No início do ano, o deputado Schiavinato informou que utilizaria a modalidade de transferência especial para “alocar recursos para diversos municípios do Paraná”. Ele, no entanto, morreu no dia 13 de abril e não teve o desejo atendido. O suplente Valdir Rossoni assumiu o mandato no dia 27 e colocou todo o valor na prefeitura do filho. Procurado, alegou que fez a distribuição “dentro do que achava necessário”. 

Enquanto emendas com destinação específica demoram de um ano a um ano e meio para serem pagas, na modalidade transferência especial o dinheiro cai na conta da prefeitura em cerca de 60 dias, sem passar pelo crivo de órgãos de controle. De acordo com especialistas, isso pode abrir margem para a corrupção. Parlamentares, porém, defendem o modelo pela rapidez do pagamento em relação a outras emendas, que têm entraves burocráticos. 

A modalidade também foi usada pela deputada Clarissa Garotinho (PL-RJ), que enviou R$ 4,5 milhões para Campos de Goytacazes, onde o irmão, Wladimir Garotinho, é prefeito. A cidade é reduto eleitoral da família de Clarissa. Tanto o pai de Clarissa, Anthony Garotinho, quanto a mãe, Rosinha Garotinho, já foram prefeitos do município. 

O deputado federal Genecias Noronha (Solidariedade-CE) transferiu um total de R$ 8 milhões para Parambu, cidade governada pelo sobrinho, Rômulo Noronha, após aprovar a emenda no Orçamento alegando direcionamento a “todas as necessidades da população cearense”. No ano passado, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará cassou o mandato do deputado por abuso de poder político na campanha em Parambu em 2018. Genecias recorreu e continua no cargo. 

Alcides Rodrigues (Patriota-GO) também enviou uma emenda “cheque em branco”, de R$ 3,3 milhões, para o município de Santa Helena (GO), onde o filho João Alberto Vieira Rodrigues é prefeito, fazendo da cidade a que mais recebeu recursos de transferências especiais no Estado de Goiás. 

‘Agradecimento’

O deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE), por sua vez, enviou R$ 3,1 milhões para Aracati (CE), município onde o pai, Bismarck Maia, é prefeito. O deputado é um dos principais defensores das transferências especiais no Congresso. Em 2019, ele presidiu a comissão especial da Câmara que formulou a PEC das emendas sem carimbo. Em resposta à reportagem, ele disse que repassou o dinheiro como “agradecimento” aos votos recebidos na cidade do pai. 

O deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE), filho do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), transferiu R$ 500 mil para Petrolina (PE), onde o irmão Miguel Coelho é prefeito. 

Além dos familiares, o modelo foi usado em outros casos. Aécio Neves (PSDB-MG), relator da PEC que criou a transferência especial, em 2019, enviou R$ 300 mil para o município de Cláudio (MG), onde o Ministério Público investigou a construção de um aeroporto em um terreno da família do deputado. No total, Aécio destinou R$ 4,7 milhões em emendas sem carimbo ao governo estadual e a municípios mineiros, alegando “investimentos em diversas cidades do Estado de Minas Gerais, melhorando assim a qualidade de vida da população.”

O fundador da Associação Contas AbertasGil Castelo Branco, critica o instrumento e diz que as transferências especiais agilizaram os repasse aos demais entes, mas reduziram a transparência e o controle social dos recursos do orçamento da União. “O histórico de escândalos sobre as emendas parlamentares e a relação promíscua do Executivo com o Legislativo no uso de recursos públicos é impressionante. Durante décadas, a gestão discricionária pelo Executivo das emendas parlamentares ao orçamento foi o instrumento utilizado como barganha política às vésperas das votações no Congresso Nacional. Mas o custo está subindo”, afirmou.

Pesquisador do Insper e ex-chefe da Assessoria Especial do Ministério da Fazenda, o economista Marcos Mendes disse que o “cheque em branco” faz parte de uma personalização do orçamento. “São valores muito elevados. As dinastias políticas se beneficiam disso”, completou. 

Exoneração

Além dos familiares, essas emendas foram usadas por outros parlamentares. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, por exemplo, foi exonerado do cargo em fevereiro para reassumir o mandato na Câmara por alguns dias e indicar emendas no Orçamento. Ele indicou R$ 3,9 milhões nessa modalidade para 30 municípios no Rio Grande do Sul, onde é cotado para uma candidatura ao governo estadual em 2022. 

Deputados justificam  ‘emenda cheque em branco’ para parente por rapidez

Os deputados que usaram as emendas “cheque em branco” para enviar recursos a prefeituras administradas por aliados e familiares justificaram o uso em função da rapidez do recurso, apesar do questionamento de especialistas e órgãos de controle. Procurados pelo Broadcast Politico, porém, a maioria dos congressistas se recusou a dizer para onde vai o dinheiro enviado neste ano. Esse tipo de repasse pode ser gasto livremente pelo prefeito ou governador em qualquer área, sem fiscalização federal.

As prefeituras já indicaram as contas bancárias para receber as transferências, mas não prestaram contas sobre quais obras ou programas serão abastecidos. Uma portaria assinada pelos ministros Paulo Guedes (Economia) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo) em junho para regulamentar esses repasses deixa como opcional a prestação de contas por parte do prefeito ou governador ao indicar a conta bancária para receber o dinheiro na Plataforma Mais Brasil, criada pelo governo para administrar as transferências. Técnicos do Executivo argumentam que não há como impor a fiscalização como obrigatória em função da ausência de norma na Constituição.

Eduardo Bismarck, que enviou R$ 3,1 milhões para Aracati (CE), município onde o pai, Bismarck Maia, é prefeito, afirmou que os recursos representam gratidão pelos votos recebidos no município. “A maior parte dos recursos para Aracati ocorreu apenas no primeiro ano, como forma de retribuir expressiva votação naquele município. No último orçamento, esses recursos foram destinados a vários outros municípios e de forma fracionada, exemplo: Russas, Ipueiras e Madalena.” Em 2021, porém, Aracati continuou sendo privilegiada nas emendas sem carimbo do parlamentar, que totalizaram R$ 7,48 milhões. Para Bismarck, as transferências especiais são “um dos maiores avanços dos últimos tempos em termos de novo Pacto Federativo”.

Clarissa Garotinho afirmou que o dinheiro enviado a Campos dos Goytacazes, cidade governada pelo irmão, ajuda a base eleitoral da família “a superar graves problemas financeiros, entre eles obras paralisadas e salários atrasados do funcionalismo herdados da gestão municipal anterior.” Os R$ 4,5 milhões indicados neste ano, de acordo com ela, serão usados na reforma do camelódromo da cidade. Apesar disso, na prática, o recurso pode ser usado pela prefeitura em qualquer área. “O próprio prefeito de Campos terá que prestar contas como ordenador de despesas”, disse a deputada, em nota. 

Fernando Coelho Filho (DEM-PE) disse que as transferências seguem a legislação em vigor, mas não explicou os critérios da escolha nem disse onde o dinheiro será usado. Os demais parlamentares que enviaram recursos a prefeituras de familiares não responderam aos questionamentos da reportagem. 

Autora da PEC, a deputada Gleisi Hoffmann afirmou que a fiscalização caberá aos órgãos locais, sem prejuízo a eventuais apurações do Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com ela, a transferência direta garante rapidez para projetos desenvolvidos pelas prefeituras. “É uma liberação mais rápida que evita não só a burocracia, mas custos dela decorrentes e mantém o valor do dinheiro, não demorando meses ou até anos para se efetivar”, afirmou a deputada. “Chamar essas emendas de cheques em branco é o mesmo que chamar o Fundo de Participação dos Municípios e dos Estados, assim como os de Saúde, de cheque em branco.”

O deputado Aécio Neves (PSDB-MG) não apontou a destinação final do recurso enviado por ele no Orçamento deste ano, mas também defendeu o modelo em uso no Congresso. Sobre os critérios para escolher os beneficiários, entre eles o município de Cláudio, o parlamentar afirmou que as transferências “permitem que recursos federais cheguem não apenas às grandes cidades, mas também às médias e pequenas comunidades, de forma rápida, simples e sem intermediários”.

Entenda o ‘cheque em branco’

PEC

No fim de 2019, foi aprovada uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que criou as transferências especiais, uma nova modalidade pela qual deputados e senadores podem enviar recursos para prefeituras e governos estaduais.

Valor

Em 2021, cada senador e cada deputado tem cerca de R$ 16 milhões em emendas individuais para serem repassados para ações, como obras, em seus redutos eleitorais.

Repasses

Atualmente, existem duas formas de transferir os recursos das emendas individuais: as transferências com finalidade definida e, desde 2020, as transferências especiais.

Finalidade definida

Nas transferências com finalidade definida, o parlamentar indica o ministério e o programa para o qual o recurso será utilizado e o beneficiário tem de apresentar documentos para receber o recurso, como plano de trabalho.

Transferência especial

Na transferência especial, o parlamentar indica a cidade ou unidade da Federação que receberá os valores e, então, o prefeito ou o governador apenas apresentam a agência bancária onde será depositado o dinheiro, sem detalhar a destinação da verba. 

Transparência

Para especialistas, essa modalidade de repasse é menos transparente e pode estimular a corrupção e o mau uso do dinheiro público.

segunda-feira, 26 de julho de 2021

UTOPIA DA MENTE ACHA QUE VAI SALVAR O MUNDO

Por
Luiz Felipe Pondé – Gazeta do Povo

| Foto: NikolayFrolochkin/Pixabay

O que faz alguém achar que vai salvar o mundo? Ou o que faz alguém acreditar que uma geração salvará o mundo? A especialista em estudos russos Aileen M. Kelly analisou a vida do anarquista Mikhail Bakunin (1814-1876) à luz do que ela chama em sua obra de psicologia da mente utópica.

A obra, “Mikhail Bakunin, A Study in the Psychology and Politics of Utopianism”, publicada pela Yale University Press em 1987, é um primor de análise em que filosofia, história da filosofia, sociologia e história da Rússia do século 19 se encontram pra desenhar o tipo psicológico do intelectual de então, em que se lança a categoria de revolucionário como modo de viver no mundo.

A Revolução Russa foi fruto dessa geração, assim como quase todo o processo político que o mundo passou até o século 20. Os efeitos dessa estrutura psicológica se fazem sentir até hoje, inclusive, em grande parte, nas expectativas com relação ao papel dos jovens no mundo.

Em meio aos anos 1970 e 1980, o anarquismo teve minha simpatia política. Mantenho uma costela anarquista até hoje: serve como um método de ódio à burocracia e aos seus amantes, inclusive na sua nova encarnação, o marketing, a grande burocracia do século 21.

Mas, evidentemente, não é possível um mundo sem alguma forma de organização institucional. Nossa liberdade não merece tanta confiança assim.


Depressão, chupetas e fraldas
O utópico, nesse cenário histórico, é o aristocrata esmagado pela autocracia de Nicolau 1º (1796-1855), o grande czar da opressão política.

A formação intelectual desses homens, chamados pela literatura de então de supérfluos ou “Hamlets russos” – termos criados por Ivan Turguêniev (1818-1883) – foi, inicialmente, na filosofia do idealismo alemão, criada por autores como J.G. Fichte (1872-1814) e F.W.J. Von Schelling (1775-1854).

E o que isso significa no plano dos mortais?

O idealismo alemão é uma grande viagem na maionese. Uma metafísica reeditada, como se Kant nunca tivesse existido e não tivesse jogado a metafísica na lata de lixo.

Grandes sistemas em que a Ideia (uma espécie de Deus desidratado da literatura bíblica e relido como um Ego gigantesco) em ação contínua, criando e recriando um mundo em que, no final do dia, sobra ele, esse Ego, e ele mesmo, alimentando mundos imaginários em que aqueles eleitos que seguem essa seita se identificam como parte desse Ego em moto contínuo.

O resultado disso, no plano político, foi uma mística política, e Bakunin foi o maior desses místicos. Esta era sua busca pela plenitude subjetiva.

Um déficit de relação com a realidade, em seu caráter intratável a qualquer ideia perfeita acerca desta mesma realidade, marca esses sistemas delirantes, ainda que belos e criadores de conceitos essenciais como o do inconsciente, mais tarde feito famoso pela psicanálise.

O recurso a existir numa realidade paralela, mas sofisticada, deu a esses homens, que viviam sobre uma repressão externa monstruosa do monarca Nicolau 1º, a possibilidade romântica de criar um mundo que não existe, onde eles seriam os agentes da beleza transformadora. Muita teoria, mas incapaz de digerir um mundo que sempre resistiu às ideias que temos dele. O mundo concreto é o túmulo de toda utopia.

Essa metafísica idealista – daí vem o termo “idealista” para utopias políticas – tem um efeito psicológico maravilhoso para mentes que se sentem reduzidas a nada no plano da ação, num mundo que as ignora. Esse efeito se aproxima a uma viagem de ácido, como se dizia nos anos 1960 e 1970.

Segundo Kelly, no plano da ação, esse delírio acabou por gerar o que ela chama de “impulso de destruição” presente na proposta revolucionária.

Na prática, o mundo perfeito em que todos os homens e mulheres seriam plenos nunca existe, mas a destruição do que existe, sim, é possível, e aconteceu na Rússia. A posterior geração niilista levou a cabo essa destruição.

O idealismo foi, na Rússia, uma fuga para almas em agonia. Mas, reconheçamos que o mundo, em alguma medida, sempre foi insuportável. Daí, a vocação um tanto universal do apelo à mística da revolta.


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NECESSIDADE DE RECONTAR A HISTÓRIA FAZ A DESTRUIÇÃO DE ESTÁTUAS

Monumentos históricos

Por
Célio Martins

Estátuas do bandeirante Borba Gato, do escravagista Edward Colston e do colonizador Cristovão Colombo.| Foto: Reprodução/Redes sociais

Nas últimas décadas, o mundo tem presenciado a derrubada e destruição de estátuas em diversos países. Os monumentos em homenagem a Josef Stalin desapareceram dos países do Leste Europeu após a queda da União Soviética. Em 2003, soldados do Exército norte-americano destruíram a estátua de Saddam Hussein, em Kerbala, após a invasão do Iraque. Nos EUA, diversos monumentos vinculados à escravidão e ao colonialismo, como as estátuas de Colombo, foram alvo de ataques no ano passado. No Reino Unido, a estátua do traficante de escravos Edward Colston foi ao chão. E no sábado (24), em São Paulo, manifestantes incendiaram uma estátua do bandeirante Borba Gato – um fugitivo da Lei, contrabandista de ouro, ligado à escravidão de índios e negros no Brasil e que teve papel de destaque nas entradas pelo sertão brasileiro.

As ações de manifestantes, com foco em estátuas e monumentos de figuras históricas controversas, revelam o anseio das populações de um grande número de países de revisar a história. Da mesma forma, há pessoas nesses países que defendem a manutenção da história como foi contada. Após o episódio em São Paulo, por exemplo, enquanto muitos se manifestaram a favor da retirada das estatuas e monumentos ligados à escravidão, outros se posicionaram a favor da manutenção delas por entender que fazem parte da história.

“Borba Gato, bandeirante, foi um escravocrata responsável pela morte de povos indígenas durante a interiorização do território brasileiro. Hoje, a estátua de Borba Gato, situada no bairro de nome homônimo, no distrito de Santo Amaro, presta homenagem à sua biografia genocida”, descreve uma das petições online endereçadas à Secretaria Municipal de Cultura cobrando a retirada da estátua.

Em 2020, quando apareceu na mídia o movimento pela retirada da estátua do bandeirante Manuel de Borba Gato, o jornalista e escritor Laurentino Gomes, autor dos dois volumes de Escravidão (Globo Livros), publicou nas redes sociais ser contra a demolição das estátuas e outros monumentos que representam figuras controversas. “Estátuas, prédios, palácios e outros monumentos são parte do patrimônio histórico. Devem ser preservados como objetos de estudo e reflexão”, escreveu no Twitter numa sequência de posts sobre a história de Borba Gato.

Nos EUA, em junho de 2020, a presidente da Câmara dos Representantes (deputados), Nancy Pelosi, exigiu que estátuas de confederados que se opunham ao fim da escravidão no país fossem removidas da sede do Legislativo americano. “Os monumentos de homens que defenderam a crueldade e a barbárie para alcançar um fim puramente racista são uma afronta grotesca aos ideais americanos de democracia e liberdade”, escreveu Pelosi.

Governadores de vários estados anunciaram a retirada de estátuas de personalidades escravagistas. No estado da Virgínia foi retirado um monumento ao oficial militar Robert E. Lee. No Alabama, outro escravagista, o almirante confederado Raphael Semmes, também teve sua estátua removida.

Estátua do general confederado Stonewall Jackson é removida em Richmond, Virgínia (EUA).| Reprodução/Facebook


Em Londres, também em junho do ano passado, o prefeito Sadiq Khan anunciou que todas as personalidades homenageadas em forma de estátuas seriam analisadas, a fim de retirar as que apresentassem ligação com o sistema da escravidão. A decisão do prefeito foi tomada após manifestantes terem derrubado em Bristol a estátua de mais de 5 metros de altura do comerciante Edward Colston (1636-1721), responsável pelo tráfico de escravos, levando milhares de negros da África às Américas para mover as atividades de suas empresas.

Figuras que apoiaram o sistema escravocrata ao redor do mundo, assassinos de povos originários, ditadores cruéis e outros genocidas são homenageados em várias partes do mundo por meio de estátuas, monumentos e livros de história. A onda revisionista que tem como alvo estatuas de figuras controversas mostra a necessidade de recontar a história, sem parcialidade.

Quem estudou no estado de São Paulo, como eu, por exemplo, sabe que a história dos bandeirantes paulistas durante muito tempo foi ensinada nas escolas parcialmente. Os livros escolares contavam que os bandeirantes eram heróis, escondendo o lado bárbaro e cruel daqueles que adentravam os sertões.

As estátuas de figuras com histórico marcado por ataque aos direitos humanos precisam ser retiradas e contextualizadas com os fatos reais. Faz mal à história e ao mundo pintar genocidas, ditadores, escravagistas e outros bárbaros como heróis, apagando as atrocidades que praticaram. Ao colocar esses personagens em seus devidos lugares, sem parcialidades, abre-se a possibilidade para gerações futuras terem conhecimento integral dos fatos que determinaram a formação da sociedade.


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