Liberdade, desenvolvimento, desigualdades e sustentabilidade
Atravessamos um período gravíssimo de nossa história, em que há uma combinação explosiva entre a nefasta pandemia, o desemprego e o agravamento da miséria e da fome. Já são 420 mil vidas brasileiras perdidas. Para além da retórica política de quem quer que seja, há uma evidência: o Brasil tem 2,7% da população mundial e 12,9% das mortes causadas pela Covid-19.
Talvez a morte do tão querido ator e humorista Paulo Gustavo nos abra os olhos e nos sensibilize para o sofrimento das milhares de famílias que anonimamente perderam seus parentes. A não ser que haja uma adesão coletiva à cínica afirmação de Stalin, ditador da antiga URSS, que afirmou: “Uma única morte é uma tragédia, 1 milhão de mortes é uma estatística”.
De qualquer forma é preciso repensar o futuro do país. Qual é o Brasil que queremos quando a tempestade passar? O debate público é centrado em torno de personalidades, seus atributos e defeitos. As candidaturas têm conteúdo mais personalista do que programático.
Honra seja feita, como exceção, ao fato de Ciro Gomes ter lançado o livro “Projeto Nacional: O Dever da Esperança” (Editora LeYa) e de o PSDB ter lançado, com o apoio do Instituto Teotônio Vilela, a coletânea de artigos “O Brasil Pós-Pandemia: Uma Proposta para Reconstrução do Futuro” .
Já disse aqui que não é o momento de discutir a sucessão presidencial de 2022. A população está interessada em vacina, emprego e segurança alimentar. Dado isso, seria um bom momento para partidos amadurecerem um projeto para o futuro do país.
Essa reflexão, em minha opinião, deveria abranger quatro eixos centrais. O primeiro é sobre a questão democrática. A liberdade e a democracia andaram ameaçadas. Quais as travas necessárias para evitar retrocessos? Qual é a reforma política profunda que temos que produzir? Quais as transformações constitucionais e legais para que a convivência entre os Poderes republicanos supere o permanente estado de conflito que vivemos? Qual é o papel do Poder Judiciário e das Forças Armadas? E o papel do Brasil no cenário mundial? Perguntas que precisam ser respondidas por qualquer candidato à Presidência.
Em segundo lugar, a discussão sobre o novo modelo de desenvolvimento econômico. Como crescer, incluindo? Qual Estado precisamos? Como conseguir uma integração competitiva ao mundo globalizado? Quais são as diretrizes corretas para as políticas fiscal, monetária e cambial? Como privilegiar a inovação e o empreendedorismo? Como enfrentar o desemprego tecnológico? Como repensar o mundo do trabalho? Como superar a armadilha do baixo crescimento?
Em terceiro lugar, o desafio de combate às crônicas e inaceitáveis desigualdades pessoais e regionais de renda e qualidade de vida. Qual é a educação e a saúde com que sonhamos? Quais as formas de redistribuir renda? Qual seguridade social e rede de proteção precisamos? O dever número 1 de qualquer candidatura é explicitar suas estratégias para tirar milhões de brasileiros da miséria e da pobreza. Por último, a visão da sustentabilidade e do compromisso ambiental, onde o Brasil tem papel central no debate internacional.
Política é meio, não fim em si mesma. Um candidato à Presidência não pode ser um rebelde sem causa. Antes de debater nomes, é urgente discutir as ideias.
Dois terços dos que passaram por UTI precisam de algum cuidado; sem coordenação nacional, documentos vêm sendo preparados por associações, considerando estudos internacionais, sequelas por outras doenças, como poliomielite, e experiências com longa internação
Paula Felix, O Estado de S.Paulo
Sociedades médicas e instituições da área de reabilitação estão desenhando protocolos para o atendimento de pacientes que se recuperaram do novo coronavírus, mas apresentaram a síndrome pós-covid, que inclui comprometimento neurológico, motor, respiratório ou cognitivo. Diante da falta de uma diretriz nacional, especialistas têm se reunido para estabelecer padrões que possam ser adotados no País, com técnicas para melhorar força e resistência, trabalhar a atenção e regularizar o sono.
Neste mês, a Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (ABMFR) fez a primeira reunião e pretende ter um documento finalizado ainda este mês. A Rede de Reabilitação Lucy Montoro, em São Paulo, também está construindo um plano para a rede municipal de saúde, que poderá ser compartilhado com outras localidades. A base dos protocolos, segundo os especialistas, é o mapeamento das sequelas deixadas pelo vírus e o trabalho multidisciplinar. “No mundo inteiro, estamos tentando traçar reabilitação especializada com técnicas conhecidas em poliomielite e em pacientes que ficaram muito tempo em UTI, uma diretriz com a experiência de cada serviço e baseado também em estudos europeus e americanos. A OMS (Organização Mundial de Saúde) já divulgou normas. Sabemos que dois terços dos pacientes que passaram por UTI por covid-19 precisam de alguma reabilitação”, explica o fisiatra Eduardo de Melo Carvalho Rocha, presidente da ABMFR.
A falta de um protocolo nacional foi discutida em um evento promovido pela Associação Nacional de Medicina (ANM) neste mês. “A covid-19, aqui no Brasil, mostra uma incrível falta de planejamento e estratégia. Não houve preparação para as vacinas, para os insumos, como oxigênio, para leitos e, agora, não está tendo preparação para o grande número de pacientes pós-covid”, critica Rubens Belfort, presidente da ANM.
“Assim como a gente viu a necessidade de médicos intensivistas, a reabilitação vai ser uma das demandas futuras”, afirma Rocha. Depois de pronto, a meta é enviar o documento que está sendo elaborado para a Associação Médica Brasileira (AMB), para sua distribuição para médicos de diferentes especialidades. O fisiatra diz que o tratamento varia de acordo com o caso, mas pode demorar ao menos três meses se uma pessoa teve os movimentos afetados pela doença e precisa voltar a andar, por exemplo. “Nesta segunda onda, não tem mais faixa etária, qualquer adulto pode ser grupo de risco.”
Diretora científica da ABMFR, Pérola Grinberg Plapler diz que, neste momento, especialistas de diferentes hospitais estão respondendo questionários sobre as sequelas pós-covid. “Estamos desenhando um protocolo para orientar as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do Brasil inteiro.”
Embora já atue na área, a Rede de Reabilitação Lucy Montoro também está criando um protocolo. “Vimos pacientes que saíram vivos, mas com alterações sistêmicas. Sabíamos, pela experiência de outros países, que não eram só questões pulmonares, mas alterações no sistema nervoso central e no periférico, desde uma paralisia mais leve até uma dor que é limitante nesses pacientes, esquecimento, ansiedade que interfere no tratamento, porque ele não tem concentração para fazer exercício. Há perda da qualidade do sono, o que interfere na resposta motora e cognitiva no restante do dia. Então, não dá para pensar no paciente pós-covid como uma pessoa que quebrou a perna”, diz Linamara Rizzo Battistella, fisiatra e presidente do conselho diretor do Instituto de Medicina Física e Reabilitação da rede.
Desde as primeiras altas de pessoas internadas por longos períodos, a rede já atendeu mais de 720 pacientes. “Temos uma métrica com escalas que medem sono, força muscular, facilidade na alimentação, medidas claras para desempenho na marcha, enxergar obstáculos, da parte respiratória e medida de saturação do oxigênio.”
Em nota, o Ministério da Saúde informou que o SUS conta com 266 Centros Especializados em Reabilitação Física e Intelectual (CER) em 26 Estados e faz o repasse de cerca de R$ 50 milhões por mês para a manutenção dos serviços. Em novembro, a pasta lançou o projeto Reab, para recuperação de pacientes pós-covid em cinco hospitais do SUS – Municipal de Contagem (MG), de Palmas (TO), Base de Brasília (DF), Geral de Fortaleza (CE) e Geral do Trabalhador (PR). “O Reab apresentou um aumento de 26% na evolução dos pacientes em relação à independência motora e funcional.” Outros dez hospitais públicos devem receber a iniciativa este ano.
Há reserva de mais vagas com 2ª onda
A segunda onda de covid-19 fez a rede de reabilitação Humana Magna pular de 13 para 60 leitos especializados em março. O protocolo da instituição envolve análise do paciente com a síndrome pós-covid nas primeiras 48 horas por profissionais das áreas de fonoaudiologia, terapia ocupacional, nutrição e fisioterapia. “No terceiro dia de internação, discute-se o plano terapêutico. Em média, o tratamento dura de 60 a 90 dias”, diz o geriatra Eduardo Dias.
‘Parece um bebê que está aprendendo tudo’
Pediatra e nefrologista infantil, Jaqueline Mello, de 47 anos, estava na linha de frente quando foi infectada em janeiro. Ao todo, ficou 73 dias internada, 51 na UTI. Precisou fazer hemodiálise, pois teve falência renal e sepse. Ela deu entrada na rede de reabilitação Humana Magna dependendo de oxigênio, mas já respirava sozinha 12 dias depois. Dia após dia, foi vencendo desafios. “Saí com dificuldade de movimentação. Mexia só a mão direita. Com a reabilitação é que estou voltando a ter mobilidade para conseguir comer, tomar água. Meu objetivo é sair daqui de pé.”
Jaqueline ainda tem de aprender a realizar algumas atividades, com a ajuda da família e da equipe médica. “O banho no chuveiro é uma maratona, porque ainda é na cadeira de rodas. Fiz traqueostomia e usei sonda nasogástrica, então, teve o tempo para tirar e voltar a me alimentar gradativamente. Tive de reaprender a fazer xixi. Parece um bebê que está aprendendo tudo, mas estou conseguindo ganhar a cada dia uma coisa melhor. É difícil, é doloroso, é cansativo, mas, com paciência e persistência, vou conseguir.”
O ajudante-geral Sérgio Xavier Pereira, de 39 anos, teve covid-19 em maio do ano passado e ficou 16 dias intubado. Após mais de dez dias na enfermaria do Hospital das Clínicas, ele foi encaminhado para a Rede Lucy Montoro. “Não conseguia me mexer, me levantar, pouca mobilidade nos braços e nas pernas. Saí com escara nas costas, barriga, nos pés e na cabeça, mas foi operada. Fiquei com cicatrizes.”
Entre novembro e dezembro, ele precisou voltar à reabilitação. “No fim do ano passado, fui internado de novo para fazer reabilitação, meu pé direito está caído. Fiquei mais 14 dias. Estou me locomovendo com ajuda de órtese e muleta, os médicos não sabem se vai recuperar. Não sinto o meu pé.”
Por muito tempo, pensou-se que a inteligência artificial (IA) era um mito, um produto da ficção científica que nunca se tornaria realidade.
A ideia era de que máquinas jamais poderiam ter características que lembrassem a inteligência, uma qualidade exclusivamente humana.
Entendia-se como duas coisas distintas o cérebro humano – analítico, criativo e emocional – e os equipamentos desenvolvidos por ele.
As primeiras revoluções industriais criaram equipamentos que substituíam a mão de obra braçal, realizando com maior eficiência e menor custo o trabalho de muitos homens.
Análise de Big Data via Machine Learning e Inteligência Artificial
Aprenda os conceitos sobre Big Data e Machine Learning e como gerar informações adequadas de forma rápida e inteligente de Bases de Dados extremamente grandes
Hoje, muita coisa mudou e já se sabe que o potencial das máquinas é bem maior. E, em vários casos, elas já estão sendo empregadas em tarefas antes vistas como “intelectuais”.
Isso quer dizer que esses dispositivos possuem um intelecto? Não exatamente, pois, apesar de a comparação ser válida, a “inteligência” das máquinas é bem diferente da nossa.
Seja como for, o importante é que, atualmente, todo mundo já reconhece que a inteligência artificial é uma realidade.
O que deve ser feito é ampliar o entendimento de seus mecanismos e a compreensão quanto às possibilidades que ela proporciona.
É um desafio sobretudo para empresários e gestores, que estão sempre em busca de maior produtividade em todos os setores.
Neste artigo, vamos falar sobre o conceito e explicar como funciona a inteligência artificial.
Você também vai conhecer exemplos e conhecer formas e modelos para fazer, dela, uma oportunidade.
Confira os tópicos que iremos abordar a partir de agora:
O que é Inteligência Artificial?
Como funciona a Inteligência Artificial?
Breve histórico da Inteligência Artificial no Mundo
Diferentes tipos de tecnologias e abordagens da Inteligência Artificial
Exemplos de aplicação da Inteligência Artificial
O que é Big Data?
O que é Análise Preditiva?
O que é Internet das Coisas?
Mitos e Verdades sobre Inteligência Artificial
Vantagens e desvantagens da Inteligência Artificial
Inteligência Artificial nas empresas.
Boa leitura!
A Inteligência Artificial é uma realidade e sua presença cresce a cada instante
O que é Inteligência Artificial?
Inteligência artificial é a capacidade de dispositivos eletrônicos de funcionar de uma maneira que lembra opensamento humano.
Isso implica em perceber variáveis, tomar decisões e resolver problemas. Enfim, operar em uma lógica que remete ao raciocínio.
“Artificial”, segundo o dicionário Michaelis, é algo que foi “produzido por arte ou indústria do homem e não por causas naturais”.
Já inteligência é a “faculdade de entender, pensar, raciocinar e interpretar”. Ou o “conjunto de funções mentais que facilitam o entendimento das coisas e dos fatos”.
No mesmo dicionário, há duas definições da Psicologia para a palavra “inteligência”:
Habilidade de aproveitar a eficácia de uma situação e utilizá-la na prática de outra atividade
Capacidade de resolver situações novas com rapidez e êxito, adaptando-se a elas por meio do conhecimento adquirido.
Mesmo essas duas últimas definições fazem sentido quando falamos em inteligência artificial, com a vertente chamada de machine learning (aprendizado de máquina).
Enfim, a inteligência artificial é desenvolvida para que os dispositivos criados pelo homem possam desempenhar determinadas funções sem a interferência humana.
E quais são essas funções? A cada dia que passa, a resposta a essa pergunta é maior. Tentaremos responder mais adiante, dando exemplos de aplicações da inteligência artificial.
Como funciona a Inteligência Artificial?
Você já deve ter ouvido falar muitas vezes em hardware e software, certo? Mas você sabe o que esses termos significam?
Enquanto o hardware é a parte física de uma máquina, o software é a parte lógica – ou o “cérebro”. Onde você diria, portanto, que está a inteligência artificial? No software, é claro.
Por isso, se você quiser saber como um carro pode andar sozinho, por exemplo, esqueça o hardware, pois o segredo está no programa que orienta seus movimentos.
Portanto, não é possível explicar como funciona a inteligência artificial sem falar na ciência da computação.
Essa ciência estuda técnicas e métodos de processamento de dados, sendo o desenvolvimento de algoritmos uma questão central nela.
Os algoritmos são uma sequência de instruções que orientam o funcionamento de um software – que, por sua vez, pode resultar em movimentos de um hardware.
E a inteligência artificial, onde entra nisso? Na sua origem, o algoritmo é muito simples, como em uma receita de bolo.
Hoje, a lógica dos algoritmos é usada para criar regras extremamente complexas, para que possam resolver problemas sozinhos.
Mesmo quando há dois ou mais caminhos a seguir em uma tarefa. Para isso, é necessário combinar algoritmos com dados.
Voltando ao exemplo do bolo, uma pessoa o retira do forno quando observa que ele está pronto ou fazendo o teste do garfo.
Uma máquina de fazer bolos com inteligência artificial poderia ter algum tipo de sensor que identificasse a textura do bolo.
O algoritmo trabalharia com duas hipóteses e uma resposta para cada uma:
1. Se a textura ainda não for a ideal, o bolo segue no forno. 2. Quando o bolo estiver pronto, é retirado e o forno desligado.
Claro que esse é um exemplo muito primário diante das possibilidades.
Há máquinas que realizam tarefas muitas vezes mais complexas, resolvendo problemas com milhares de variáveis, em vez de apenas uma.
Mas elas vão sempre funcionar dessa maneira: a partir de uma programação prévia, um código que considera essas variáveis, processa os dados e determina o que fazer em cada situação.
A Inteligência Artificial não é algo que surgiu nos últimos anos
Breve histórico da Inteligência Artificial no Mundo
O mesmo Kasparov já havia derrotado, sete anos antes, o Deep Thought, antecessor do Deep Blue.
Por trás do computador, havia um programa que funcionava tal e qual explicamos antes: um algoritmo determina, a partir dos movimentos do adversário, qual peça mover.
Embora a derrota do enxadrista russo seja um dos grandes marcos midiáticos da inteligência artificial – quando o mundo passou a levar a ideia a sério -, ela já era pensada e usada há muito tempo.
No Renascimento, Descartes trazia a nova concepção do homem, considerando-o uma máquina que pensa: como se os músculos fossem o hardware e o cérebro o software.
Essa ideia abriu o caminho para ser considerada a mesma lógica em equipamentos produzidos pelo homem.
No século 20, o britânico Alan Turing conduziu experimentos que revolucionariam o mundo.
Em 1940, o matemático desenvolveu uma máquina que permitia a quebra de códigos secretos nazistas, gerados por outra máquina, patenteada por Arthur Scherbius e conhecida como Enigma, durante a Segunda Guerra Mundial.
Dez anos depois, apresentou ao mundo o Teste de Turing, também conhecido como Jogo da Imitação, criado para verificar se o computador é capaz de imitar o pensamento humano.
Mas seu grande trabalho foi a Máquina de Turing, que guardava informações em uma fita, de acordo com uma série de regras – os algoritmos de que falávamos antes.
Por essas e outras, Turing é considerado o pai da computação. Seus feitos foram a base de tudo o que possibilitou a inteligência artificial entrar em nossas vidas nas décadas seguintes.
A partir daí, o desenvolvimento da IA passou a avançar junto com a evolução dos computadores.
A Inteligência Artificial pode se dividir em duas abordagens: IA simbólica e IA conexionista
Diferentes tipos de tecnologias e abordagens da Inteligência Artificial
Cada pesquisador da inteligência artificial tem sua própria forma de entender os desafios e oportunidades da área.
Mas, geralmente, eles se dividem em duas abordagens distintas: IA simbólica e IA conexionista.
Na inteligência artificial simbólica, os mecanismos efetuam transformações utilizando símbolos, letras, números ou palavras.
Simulam, portanto, o raciocínio lógico por trás das linguagens com as quais os seres humanos se comunicam uns com os outros.
Já a abordagem da IA conexionista se inspira no funcionamento de nossos neurônios. Simulando, portanto, os mecanismos do cérebro humano.
Um exemplo de tecnologia da abordagem conexionista é o deep learning, a capacidade que uma máquina tem de adquirir aprendizado profundo, imitando a rede neural do cérebro.
Alguns ainda falam em uma terceira abordagem, da IA evolucionária, que utiliza algoritmos inspirados na evolução natural.
Ou seja, a simulação de conceitos como ambiente, fenótipo, genótipo, perpetuação, seleção e morte em ambientes artificiais.
Você viu no tópico anterior um passo a passo para definir o objetivo profissional.
Mas há alguns truques que aproximam você da construção ideal.
Como você sabe, é através do currículo que as empresas conseguem selecionar os profissionais com perfis mais condizentes com as vagas ofertadas.
Por isso, o candidato precisa preencher o documento de uma forma que agrade os recrutadores e que o coloque em vantagem frente os concorrentes.
A primeira coisa que as empresas valorizam no currículo dos candidatos é a certeza do que procuram para a sua carreira. E isso fica exposto no tópico do objetivo profissional.
Ou seja, essa parte é fundamental na hora de os recrutadores escolherem quais profissionais irão para a próxima fase do processo seletivo.
As empresas esperam que o candidato especifique as suas expectativas na profissão e também na organização para a qual está enviando o currículo.
Apesar de o espaço parecer pequeno, é preciso ser transparente e mostrar aonde quer chegar.
Com um objetivo bem definido, o seu currículo será bem avaliado pelos profissionais de RH da empresa da qual pretende fazer parte.
O próximo passo, então, é fugir dos erros comuns, que vamos relacionar a seguir. Cada pesquisador da inteligência artificial tem sua própria forma de entender os desafios e oportunidades da área.
Mas, geralmente, eles se dividem em duas abordagens distintas: IA simbólica e IA conexionista.
Na inteligência artificial simbólica, os mecanismos efetuam transformações utilizando símbolos, letras, números ou palavras.
Simulam, portanto, o raciocínio lógico por trás das linguagens com as quais os seres humanos se comunicam uns com os outros.
Já a abordagem da IA conexionista se inspira no funcionamento de nossos neurônios. Simulando, portanto, os mecanismos do cérebro humano.
Um exemplo de tecnologia da abordagem conexionista é o deep learning, a capacidade que uma máquina tem de adquirir aprendizado profundo, imitando a rede neural do cérebro.
Alguns ainda falam em uma terceira abordagem, da IA evolucionária, que utiliza algoritmos inspirados na evolução natural.
Ou seja, a simulação de conceitos como ambiente, fenótipo, genótipo, perpetuação, seleção e morte em ambientes artificiais.
Já há vários exemplos de aplicações da Inteligência Artificial
Exemplos de aplicação da Inteligência Artificial
A inteligência artificial não é mais coisa do futuro. Ela já é aplicada em vários segmentosda economia.
Veja algumas aplicações práticas da IA:
Indústria
A automação é uma tônica da indústria há muitas décadas. E as máquinas não param de ficar mais inteligentes.
Com a IA, há equipamentos que fabricam e conferem os produtos sem precisarem ser operados por um humano.
Isso é só o começo, pois estão sendo desenvolvidas máquinas que também criam e executam novos projetos por conta própria, ou seja, fazem um trabalho criativo e não têm limitações para seu uso.
GPS
As rotas sugeridas pelo aplicativo Waze podem até parecer furada às vezes, mas as pessoas continuam utilizando porque, geralmente, ele aponta o melhor caminho.
Isso acontece porque o programa usa a inteligência artificial para interpretar dados fornecidos automaticamente por outros usuários sobre o tráfego nas vias.
Carros autônomos
Uber, Google e Tesla são algumas das empresas que desenvolvem carros autônomos, que não precisam de motorista para guiá-los.
A inovação é possível graças a uma combinação de várias tecnologias e sensores que fornecem dados para os algoritmos orientarem o movimento dos automóveis.
Atendimento ao usuário
Chatbots e sistemas com processamento de linguagem natural estão ficando cada vez mais inteligentes para substituir atendentes humanos e estarem à disposição de usuários com dúvidas 24 horas por dia.
Varejo online
Algoritmos de lojas virtuais reconhecem padrões de compras de usuários para apresentar a eles ofertas de acordo com suas preferências. A Amazon criou, neste formato, a Amazon Go, loja de varejo que não conta com estoquista e check-out, por exemplo.
Jornalismo
Com acesso a bases de dados, há programas capazes de escrever matérias jornalísticas informativas de um jeito que torna difícil para o leitor distingui-las de textos escritos por humanos.
Bancos
Instituições financeiras utilizam algoritmos para analisar dados do mercado, gerenciar finanças e se relacionar com seus clientes.
Direito
Escritórios de advocacia e departamentos jurídicos contarão com robôs para realizar, de forma mais rápida, precisa, direta e acessível do ponto de vista econômico, boa parte do que um advogado faz hoje.
O que é big data?
Big data é o termo usado para se referir à nossa realidade tecnológica atual, em que uma imensa quantidade de dados é produzida e armazenada diariamente.
A partir dessa abundância de informação, há sistemas criados para organizar, analisar e interpretar (ou seja, processar) os dados, que são gerados por múltiplas fontes.
Lembra quando falamos que os algoritmos da inteligência artificial precisavam de determinadas informações para a tomada de decisão? Pois essas informações estão justamente no big data.
Por exemplo, quando você acessa a página de um produto em uma loja virtual, os dados sobre o seu acesso (quanto tempo permaneceu na página, por onde a acessou, qual foi sua próxima ação, etc.) ficam armazenados.
Essas informações podem motivar um algoritmo a orientar a exibição, no site, de ofertas de produtos mais adequados à sua consulta e relacionados com aquele que você visualizou.
A análise preditiva é fundamental para, por exemplo, identificar tendências
O que é análise preditiva?
Análise preditiva é a capacidade de identificar a probabilidade de resultados futuros com base em dados, algoritmos estatísticos e técnicas de machine learning.
A partir do big data, portanto, há programas capazes de fazer esse tipo de análise, identificando tendências, prevendo comportamentos e ajudando a entender melhor as necessidades atuais e futuras dos clientes.
E, claro, qualificar a tomada de decisão em máquinas, equipamentos e softwares diversos, levando a inteligência artificial a um novo patamar.
O avanço das tecnologias permitiu o surgimento da Internet das Coisas (IoT)
O que é Internet das Coisas?
Não faz muito tempo que a única maneira que tínhamos para experimentar a magia dos algoritmos da ciência da computação e a internet era operando um computador.
Hoje, não. Há uma série de hardwares que funcionam conectados à internet. A smart TV que permite acessar o Netflix, por exemplo.
Ou um relógio de corrida que mede seus batimentos cardíacos e envia esses dados para um aplicativo.
Isso é Internet das Coisas (IoT): a conexão entre aparelhos físicos e a rede mundial de computadores.
Boa parte desses aparelhos usa, mesmo que em pequena escala, a inteligência artificial. O Netflix, por exemplo, sugere filmes e séries ao usuário com base no que ele assistiu anteriormente.
Mitos e Verdades sobre Inteligência Artificial
O futuro e as possibilidades de avanços da inteligência artificial ainda não são totalmente conhecidos.
O fato da maioria da população não acompanhar as novidades teóricas e práticas da tecnologia faz surgir muitos mitos a respeito da IA.
Conheça alguns dos principais:
Máquinas vão se voltar contra humanos
Stephen Hawking (falecido em março de 2018) e Elon Musk estão entre os pessimistas que já se manifestaram publicamente sobre os perigos da inteligência artificial se voltar contra nós.
Essa não é uma possibilidade impossível de acontecer, mas a maioria dos especialistas acredita que será fácil criar soluções para minimizar o perigo ou remediar uma situação negativa.
IA funciona como nosso cérebro
Embora exista uma abordagem da IA que busque replicar o funcionamento de nossos neurônios, o cérebro humano ainda é muito mais complexo do que uma máquina.
IA vai extinguir todos os empregos
É fato que vários postos de trabalho vão deixar de existir, mas sempre haverá a possibilidade de uma atuação mais estratégica.
Como tudo na vida, a Inteligência Artificial traz vantagens e desvantagens
Vantagens e desvantagens da Inteligência Artificial
A grande vantagem da inteligência artificial é que ela permite realizar tarefas com muitomais rapidez, e com um grau de acerto milhares de vezes maior que o humano.
Há atividades que nem seriam possíveis sem ela. Sem a máquina de Alan Turing na Segunda Guerra Mundial, por exemplo, demoraria-se anos para decodificar as mensagens dos nazistas.
Para as empresas, a vantagem da maior eficiência e produtividade é muito evidente. Mas há vários campos em que a IA beneficia a todos.
O desenvolvimento dos carros autônomos, por exemplo, não tem unicamente a função de nos permitir maior conforto.
A ideia é que eles reduzam o número de acidentes no trânsito, supondo que o computador não cometerá os mesmos erros ao volante que uma pessoa comete.
Quanto às desvantagens, uma das mais comentadas é o fato de que ela deve acarretar na perda de milhões de empregos no mundo todo.
Como já destacamos antes, nem todo mundo será substituído por máquinas, mas é fato de que a tendência é diminuir, ano após ano, a necessidade de mão de obra humana em muitas áreas. Por outro lado, novas áreas e atividades necessitarão de novos tipos de profissionais. Ou seja, outras profissões também surgirão.
Ainda, podemos pensar de uma maneira diferente. Será que o fato de as pessoas precisarem trabalhar menos não poderia ser uma coisa boa?
O problema é que haverá um período de transição entre a realidade atual e o mundo em que menos trabalho humano será necessário. Como a sociedade vai lidar com isso?
O uso de Inteligência Artificial pode ser fundamental para conquistar vantagens competitivas
Inteligência Artificial nas empresas
Claro que sempre haverá nichos de mercado com consumidores que fazem questão de adquirir produtos e serviços artesanais, feitos com todo o carinho que só um humano pode oferecer.
Mas a inteligência artificial veio para ficar e tomará conta de cada vez mais processos em empresas de todos os setores.
Quem tiver êxito no uso dessa tecnologia poderá produzir mais e diminuir seus custos, ganhando uma vantagem competitiva imensa.
Todo gestor precisa estar atento a essas novidades tecnológicas e planejar o futuro de sua empresa.
Adquirir ou desenvolver tecnologia? Como obter recursos humanos capazes de lidar com a IA? Esses são apenas alguns dos desafios que se apresentam.
São 76 horas de aprendizado intenso sobre esses conceitos, que tornam a tomada de decisões de qualquer profissional muito mais qualificada.
A Inteligência Artificial vai possibilitar que profissionais assumam atuações mais estratégicas
Conclusão
Agora que você já conhece melhor o universo da inteligência artificial, enxerga nessa tecnologia uma ameaça ou uma oportunidade?
Caso enxergue uma ameaça, já está em desvantagem frente a outros gestores que já buscam aplicar a inteligência dos algoritmos a seu favor.
O mais inteligente é aceitar que a tecnologia está avançando para a criação de máquinas ainda mais inteligentes.
Com o tempo que será poupado em atividades que não vão mais necessitar do trabalho humano, o caminho fica aberto para atuações mais estratégicas por parte de profissionais de qualquer área.
Então, além de entender pelo menos os preceitos básicos da tecnologia, prepare-se para pensar e agir mais e de forma diferente, de um jeito que máquina nenhuma poderá imitar.
A Startup Valeon usa a sua inteligência e criatividade para suprir as demandas da nossa região do Vale do Aço na divulgação de produtos/serviços oferecendo uma prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.
O nosso principal produto é a Plataforma Comercial Valeon cujo site é um marketplace concebido para revolucionar o sistema de divulgação das empresas da região e alavancar as suas vendas com a aceitação do público consumidor.
A presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, deputada Bia Kicis (PSL-DF), convidou o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, para um “debate” sobre a implementação do voto impresso no Brasil.
O convite foi feito por meio de um vídeo publicado neste sábado (8.mai.2021) nos perfis da congressista nas redes sociais. A deputada elaborou um projeto para determinar a impressão de cédulas em papel na votação e na apuração de eleições, plebiscitos e referendos no Brasil.
A proposta é amplamente defendida por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que já levantaram a possibilidade de fraude nas eleições. Na última 5ª feira (6.mai), o próprio presidente afirmou que, se o projeto for aprovado no Congresso, será adotado no Brasil. “Se não tiver voto impresso, é sinal que não vai ter eleição! Acho que o recado está dado”, declarou em sua live semanal.
O presidente do TSE, por outro lado, é declaradamente contra a mudança no sistema eleitoral. Barroso disse em entrevista à GloboNews na 4ª feira (5.mai) que a aprovação do voto impresso criará um “desejo imenso de judicialização” do resultado das eleições e “o caos em um sistema que funciona muitíssimo bem”. “O nosso sistema de voto em urna eletrônica é totalmente confiável”, declarou o ministro.
Quebra de patentes ajusta política externa, mas não cura Bolsonaro
Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez uma espetacular jogada de marketing ao aderir à tese de quebra de patentes das vacinas em meio à pandemia de covid-19, o que não só consolida a imagem de Biden como marca a volta dos EUA à liderança mundial das grandes causas, como meio ambiente e combate ao vírus.
O mundo desenvolvido e civilizado aplaude e se move na mesma direção, chacoalhando a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e, com elas, o multilateralismo, tão achincalhado na era Donald Trump. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas, do marketing a resultados, da intenção à ação, é que são elas.
Não é simples, nem rápido, uma guinada dessa magnitude, muito menos com o mundo em frangalhos pelo efeito do coronavírus nas pessoas, nos sistemas de saúde, nos países, nas empresas, nos empregos. É uma emergência, mas a teia de interesses é imensa – e poderosa. Quebra de patentes pode demorar anos, e a pandemia exige resultados já.
As questões humanitárias, financeiras e políticas dividem o mundo entre os poucos países que detêm as patentes e a grande maioria que demanda desesperadamente as vacinas. E essas questões unem – contra – os grandes laboratórios, que despendem recursos e recrutam os melhores cérebros do planeta para obter sucesso – no caso da covid, em tempo recorde.
A reação da União Europeia foi de apoio a Biden, mas, nos bastidores, a posição de boa parte dos países está mais próxima da manifestada pela Alemanha, já seguida pela França, contra a quebra de patentes. Não será surpresa se, um a um, outros forem na mesma linha, lembrando que os EUA nunca exportaram uma mísera dose e doam as estocadas a conta-gotas.
Assim, segundo diplomatas e experts em negociação, do Brasil e do exterior, a quebra de patentes a jato é improvável e o razoável são soluções alternativas, ou uma “terceira via”: cessão de excedentes de vacina dos países ricos para médios e pobres, transferência de tecnologia e redução de medidas protecionistas para os insumos de vacinas.
No mundo real, para além da geopolítica, só a quebra de patentes não vai multiplicar as doses e proteger as bilhões de vidas do planeta, porque não basta querer, é preciso poder fabricar as vacinas. Isso vale para o Brasil, que tem Butantan, Fiocruz e capacidade de produção de vacinas, mas não o suficiente para a demanda nacional, com ou sem quebra de patentes.
O efeito da fala de Biden por estas bandas também é político e diplomático, depois de o governo jogar para o alto o troféu do Brasil de capitão da quebra de patentes no combate à Aids, uma vitória que marca a biografia do ex-ministro José Serra (PSDB-SP). Para se alinhar a Trump, Bolsonaro virou as costas para Índia e África do Sul, parceiros dos BRICS, e ficou contra a quebra de patentes na era da Covid.
Sem Trump e com Biden, sem Ernesto Araújo e com Carlos França, a questão das patentes vem bem a calhar para a correção de uma política externa até aqui desastrosa. Mas, enquanto quatro ministros dizem em nota que o governo recebeu “com satisfação” as propostas dos EUA, três deles são obrigados a implorar, de novo, o perdão da China. Por quê? Porque Bolsonaro continua atrapalhando.
Ao insinuar que a China criou o vírus em laboratório para gerar uma “guerra química”, ele, aliás, deixa uma suspeita: a de que quer, deliberadamente, prejudicar a entrega de insumos para a “vacina chinesa do Doria” – que, na prática, é a que garante a imunização no Brasil. Para piorar, a OMS aprovou a vacina da Sinopharm, também chinesa, antes da Coronavac. Isso aumenta a ansiedade e, como efeito colateral, brasileiros nem poderão ir à Europa. Bolsonaro ri, o Brasil chora.