segunda-feira, 13 de julho de 2020

EXÉRCITO RESPONDE ÀS CRÍTICAS DO MINISTRO GILMAR MENDES

Defesa responde Gilmar por dizer que Exército se associa a ‘genocídio’

 

Poder360

 


© Sérgio Lima/Poder360 O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva

O Ministério da Defesa publicou uma nota na qual responde o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, sem citar o nome do juiz do Supremo.

Gilmar afirmou no sábado (12.jul.2020) que há 1 vazio de comando no Ministério da Saúde. Também disse que se o objetivo de manter à frente da pasta o general Eduardo Pazuello é reduzir o desgaste do governo federal na crise, “o Exército está se associando a esse genocídio”. A manifestação foi em transmissão da revista IstoÉ.

As Forças Armadas atuam diretamente no combate ao novo coronavírus, por meio da Operação Covid-19. Desde o início da pandemia, vem atuando sempre para o bem-estar de todos os brasileiros”, escreveu o Ministério da Defesa.

Quem comanda a pasta é o general Fernando Azevedo e Silva. A nota emitida enumera ações militares no combate à pandemia.

“As Forças Armadas realizam permanentemente atividades subsidiárias para cooperar com o desenvolvimento nacional e defesa civil”, diz o texto.

Eduardo Pazuello assumiu o Ministério da Saúde depois da saída de Nelson Teich. No início da pandemia estava no cargo Luiz Henrique Mandetta, que havia assumido protagonismo no combate ao vírus.

Como mostrou o Poder360, as principais figuras do governo federal passaram a evitar aparecer e se associar à pandemia depois de o número de mortes disparar.

Até este sábado (12.jul.2020), o Brasil tinha 1.839.850 casos confirmados de covid-19. As mortes são 71.469.

Leia a íntegra da nota do Ministério da Defesa:

“O Ministério da Defesa (MD) informa que as Forças Armadas atuam diretamente no combate ao novo coronavirus, por meio da Operação Covid-19. Desde o início da pandemia, vem atuando sempre para o bem-estar de todos os brasileiros. São empregados, diariamente, 34 mil militares, efetivo maior do que o da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial, com 25.800 homens. O MD tem o compromisso com a saúde e com o bem–estar de todos os brasileiros de norte ao sul do País. A mobilização desta Pasta começou no dia 5 de fevereiro, quando foi deflagrada a Operação Regresso à Pátria Amada Brasil. Na ocasião, foram resgatados 34 brasileiros de Wuhan, na China, antes mesmo de aparecer o primeiro caso confirmado de coronavírus no Brasil, em 26 de fevereiro.

A Operação Covid-19, criada em 19 de março de 2020, estabeleceu 10 comandos conjuntos espalhados por todo o Brasil, além do Comando Aeroespacial (COMAE). Os resultados mostram que a operação está atingindo os objetivos a que se propõe. De lá para cá, foram descontaminados 3.348 locais públicos; realizadas 2.139 campanhas de conscientização junto à população, 3.249 ações em barreiras sanitárias e 21.026 doações de sangue; distribuídos 728.842 cestas básicas; produzidos  20.315 litros de álcool em gel e capacitadas 9.945 pessoas para realizar ações de descontaminação.

É ainda importante destacar que já foram transportadas 17.554 toneladas de pessoal e equipamentos médicos via terrestre, 471 toneladas de pessoal e equipamentos médicos via transporte aéreo, voadas 1.334 horas, o equivalente a 14,5 voltas ao mundo.

As Forças Armadas realizam permanentemente atividades subsidiárias para cooperar com o desenvolvimento nacional e defesa civil. Este ano, em face à pandemia causada pelo novo coronavírus, os Ministérios da Defesa e da Saúde, em ação conjunta, intensificaram a assistência à saúde prestada a indígenas em diversas localidades carentes e isoladas do país. As mais de 200 missões em aldeias indígenas somente na Amazonia Ocidental realizam atendimentos de saúde, promovem cuidados básicos de saúde e orientam sobre a prevenção de doenças, sempre respeitando os aspectos socioculturais, condizentes com a realidade de cada etnia”.

OS ESTADOS UNIDOS LUTAM PARA CONTER O COVID-19

EUA: autoridade de saúde pede todas as medidas possíveis para conter o vírus

 

AFP

 

 

© POOL O almirante Brett Giroir durante audiência sobre o novo coronavírus em Capitol Hill, Washington, em 2 de julho de 2020

Um alto funcionário do Departamento de Saúde dos Estados Unidos afirmou neste domingo que, diante do possível aumento do número de mortes por COVID-19 no país, o governo deveria examinar todas as medidas possíveis para conter a doença, incluindo novos confinamentos nos estados mais afetados.

"Estamos todos muito preocupados", disse o almirante Brett Giroir, secretário assistente do Departamento de Saúde, ao canal ABC.

Em particular, ele defendeu o novo fechamento de bares, um maior distanciamento entre clientes nos restaurantes e um uso praticamente universal de máscaras nas áreas mais afetadas, em sua maioria nos estados do sul do país optaram por uma abertura agressiva.

"Para que isso funcione, devemos ter 90% das pessoas usando máscaras em público nas áreas com mais pontos" (de contágio), afirmou Giroir.

"Se não conseguirmos isso, não teremos o controle do vírus. É absolutamente essencial", completou.

Os comentários foram feitos um dia depois do presidente Donald Trump, que minimiza o uso de máscaras, ter aparecido com uma pela primeira vez em público.

Os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças, uma instituição federal, pedem o uso generalizado de máscaras desde abril.

No fim de semana, vários estados do país registraram novos recordes de contágios. Durante a semana, sete estados contabilizaram números diários recordes de mortes provocadas pela COVID-19.

Giroir disse que as autoridades esperam que o número de mortes aumente nas "próximas duas, três semanas, antes que a situação se reverta".

Os Estados Unidos lideram a lista de países mais afetados pela pandemia, com mais de 134.000 mortos e mais de 3,2 milhões de casos.

As UTIs de muitos hospitais do país trabalham perto do limite de sua capacidade.

Giroir enfatizou, no entanto, avanços no combate à pandemia, com mais testes e a disponibilidade de novos tratamentos.

Ele disse que o governo se prepara para um período de desafio no outono (hemisfério norte, primavera no Brasil), por uma possível nova onda de COVID-19 em conjunto com a gripe sazonal.

BOLSONARO DESAFIA OS ADVERSÁRIOS PARA PROVAREM QUE ESPALHOU NOTÍCIAS OFENSIVAS NAS REDES SOCIAIS


Bolsonaro deve manter assessores do 'gabinete do ódio', mesmo após ofensiva do Facebook

Tânia Monteiro





BRASÍLIA - Mesmo após ofensiva do Facebook e o avanço das investigações do Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news, o presidente Jair Bolsonaro pretende manter em seus postos os principais integrantes do “gabinete do ódio” – como ficou conhecido o grupo de assessores do Palácio do Planalto, comandado pelo vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que estaria por trás de ataques a adversários nas redes sociais.
Na quarta-feira passada, o Facebook derrubou uma rede de 73 contas e perfis ligados a integrantes do gabinete do presidente, a seus filhos, ao PSL e a aliados, por “comportamento inautêntico coordenado”. A rede social define regras de conduta que devem ser seguidas pelos usuários, como não usar contas falsas, encobrir a finalidade de uma página, falsificar identidade e aumentar artificialmente a popularidade do conteúdo.
Bolsonaro se sentiu pessoalmente atingido pela ação, já que a plataforma identificou ao menos cinco funcionários e ex-auxiliares que disseminavam ataques a adversários políticos, além de conteúdo com desinformação. O relatório do Facebook indicou Tercio Arnaud Thomaz, nome de confiança de Carlos Bolsonaro, como um dos responsáveis por movimentar perfis falsos. Tercio é assessor especial do presidente e integra o “gabinete do ódio” ao lado de José Matheus Salles Gomes e Mateus Matos Diniz – a existência do “gabinete do ódio” foi revelada pelo Estadão em setembro passado.
Na live semanal da última quinta-feira, um dia depois da ação do Facebook, Bolsonaro saiu em defesa dos auxiliares e criticou a derrubada de páginas e perfis de aliados, sem se referir diretamente à empresa. “A onda agora é para dizer que as páginas da família Bolsonaro e de assessores, que ganham dinheiro público para isso, promovem o ódio. Eu desafio a imprensa a apontar um texto meu de ódio ou dessas pessoas que estão do meu lado”, disse.
Após aliados bolsonaristas serem alvo de mandados de busca e apreensão no inquérito que apura atos antidemocráticos, assessores do presidente foram orientados a moderar suas intervenções nas redes sociais. A avaliação no Planalto é que o presidente vem perdendo seguidores nas redes com o crescimento de seu discurso radical. Segundo interlocutores, o próprio Bolsonaro teria admitido, em conversa com ministros e auxiliares diretos, que essa guerra digital desgastou o governo. No Planalto, a avaliação é a de que o ambiente precisa estar mais sereno.
Chapa
O PT deve solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta semana, que as informações coletadas pelo Facebook sejam usadas nas ações da Corte, que investigam a campanha de Bolsonaro à Presidência em 2018, e pedem a cassação da chapa.
Além das ações no TSE, o Planalto enxerga com preocupação a possibilidade de a ofensiva do Facebook reforçar as provas colhidas no inquérito que apura ameaças, ofensas e fake news disparadas contra integrantes do Supremo. Na semana passada, o PSOL pediu ao relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, que as contas falsas derrubadas sejam investigadas pela Corte.
Em maio, Moraes apontou indícios de que um grupo de empresários atua de maneira velada, financiando a disseminação de fake news e conteúdo de ódio contra integrantes do Supremo e outras instituições. Na ocasião, o magistrado definiu o gabinete do ódio como “associação criminosa”. / COLABOROU Rafael Moraes Moura

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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