domingo, 5 de abril de 2020

MINISTRO DA ECONOMIA PAULO GUEDES SUGERE PASSAPORTE DE IMUNIDADE DO COVID-19


Guedes sugere “passaporte de imunidade” na “2ª onda” de impacto da covid-19
Hanna Yahya 




© Sérgio Lima/Poder360 Ministro Paulo Guedes (Economia) durante anúncio de medidas para combater o impacto econômico da covid-19

O ministro Paulo Guedes (Economia) disse que o Brasil passará por uma 2ª onda do impacto do coronavírus –a 1ª de saúde e esta outra, econômica. Sugeriu que, para lidar com essa nova etapa, o país deverá utilizar 1 “passaporte de imunidade”.
Segundo Guedes, haverá “testes em massa”, o que possibilitará que 1 número maior de pessoas saiba se está ou não com a doença. Dessa forma, quem não estiver com o vírus, poderá circular. “Tem o passaporte de imunidade. Está negativo? Pode circular. As pessoas vão sendo testadas semanalmente. Quem estiver livre [do vírus], continua trabalhando normalmente.”
Guedes disse que conversou com “1 amigo”, residente no Reino Unido, que se dispôs a dar para o Brasil 40 milhões de testes por mês. A proposta já foi comunicada ao ministro Henrique Mandetta (Saúde), disse Guedes.
A declaração foi feita em videoconferência promovida pela CNDL (Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas). Participaram representantes do IDV (Instituto de Desenvolvimento do Varejo), da CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do País), da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), entre outras. Leia aqui a lista completa. Assista ao vídeo completo (2h34min):
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O ministro foi questionado por 1 dos representantes do setor sobre o fim das recomendações de isolamento social no país. Guedes afirmou que não sabe se durará 1 mês ou 2 meses, mas que “vale o que a ciência diz”. Voltou a citar a “2ª onda”: “O presidente já deu alerta que a 2ª onda está vindo. Em vez de vir com negação, que só saúde é importante, sabemos que a 2ª onda está aí e temos que estar preparados”, afirmou.
FERIADOS NACIONAIS
O chefe da pasta da Economia foi questionado por 1 dos varejistas sobre a possibilidade de antecipar os feriados nacionais para o período de quarentena. A iniciativa já está na MP 927 de 2020, editada pelo governo em 22 de março. Respondeu que achava uma “excelente sugestão” e informou que já havia tomado a atitude – mas não detalhou a medida.
“Depois desse período, o Brasil seria reaberto, poderíamos sair para trabalhar. Já estamos passando os sábados e os domingos juntos. Nós vamos precisar disso, do comércio funcionando nos feriados quando essa fase passar, até do ponto de vista de uma ressurreição espiritual”, disse.
“CULTURA DO CALOTE”
O ministro disse que a crise provocada pelo coronavírus não deve estimular uma “cultura do calote” no país. Aos varejistas, afirmou que é preciso “manter a economia brasileira respirando e oxigenada”“Não podemos cair na atração fatal da inadimplência, da falta de pagamento, da moratória, do vale-tudo. Isso descontinua a rede nacional de pagamentos.”
Em algumas ocasiões, dirigia mensagens à população. Pediu que os brasileiros não deixem de pagar as contas para evitar “destruir, descapitalizar e descontinuar” os serviços.
Aos varejistas, defendeu a retirada dos encargos trabalhistas. Disse que são “armas de destruição em massa de empregos”. Também sugeriu a retirada de outros impostos “disfuncionais”.
BANCO CENTRAL
Guedes relembrou as recentes medidas econômicas tomadas pelo governo nas últimas 3 semanas –que, segundo ele, já chegaram a casa dos R$ 800 bilhões. Afirmou que foi lançada uma “camada de proteção aos mais frágeis”. Mas avisou que o Banco Central liberará mais recursos para que instituições financeiras deem mais crédito ao mercado.
O chefe da pasta de Economia disse que o BC avalia liberar crédito ao varejo pelas “maquininhas”.
“Tanto os aplicativos quanto as maquininhas são viáveis e já estamos estudando. E eu sei que BC está conversando. Tem falado com o Caffarelli da Cielo [CEO], 1 outro da Rede e outro da PagSeguro. Estamos conversando com essa turma toda. A ideia do Banco Central é sair do cercadinho, não ficar só negociando com os bancos, abrindo para outros canais”, declarou.
De acordo com Guedes, há a possibilidade do BNDES aumentar para R$ 300 milhões a linha de capital de giro.
“DINHEIRO NA PONTA”
A expressão foi bastante usada pelo ministro da Economia durante a videoconferência com os varejistas. Afirmou que os recursos disponibilidades por bancos estão “empoçados no sistema financeiro” e que, agora, o governo está “dando dinheiro na veia, direto para as empresas”. E complementou: o dinheiro deve “sair de Brasília” e ir “onde o povo está“.
Segundo Guedes, o governo está se preocupando 1º com os mais “vulneráveis”“Os R$ 98 bilhões do programa para informais e microempresários são mais do que o [orçamento] discricionário de 2020″.
TRÊS PODERES
O ministro elogiou o trabalho dos congressistas em relação aos projetos que vêm sendo discutidos nas Casas legislativas. Mas alertou sobre 1 possível “ativismo regulatório”. Disse que conversa com deputados e senadores para “resistir a tentação de fazer 1 pequeno conserto que, na verdade, vai destruir” o futuro.
Também elogiou a atuação do STF (Supremo Tribunal Federal). “O protocolo da crise está sendo seguido. Os presidentes dos Poderes estão se entendendo”. Afirmou que o governo trocou seu “eixo de atuação“. Antes, estava focado nas reformas estruturantes. Agora, o objetivo são as medidas emergenciais.
Disse que estar seguindo as determinações do Ministério da Saúde. Afirmou que bloqueou todas as exportações de produtos médicos e hospitalares, além de ter travado em aeroportos máscaras, ventiladores pulmonares, remédios e outros produtos médicos hospitalares. Também citou a retirada das alíquotas de importações de álcool gel, máscaras e respiradores.

EUA ATINGEM 1200 MORTES NUM SÓ DIA POR CORNAVÍRUS


Europa supera 40.000 mortos por coronavírus e EUA bate recorde de mortes diárias
AFP





© Tauseef Mustafa Trabalhadores migrantes em janelas de um edifício de Srinagar em 3 de abril de 2020

O coronavírus já matou mais de 40.000 vidas na Europa, mais de dois terços na Itália, Espanha e França. O Reino Unido bateu seu próprio recorde de mortes diárias, assim como os Estados Unidos, que atingem quase 1.200 mortes em um dia, um número que nenhum país havia alcançado até o momento.
Nos Estados Unidos, onde ainda existem governadores que não decretaram medidas de confinamento, a tensão aumenta. Além das 1.169 mortes registradas em um dia e dos quase 250.000 afetados, Washington tem outro desafio que pode causar uma depressão econômica: o desemprego.
Em duas semanas, quase dez milhões de americanos solicitaram seguro-desemprego, e nesta sexta-feira foi relatado que a taxa oficial subiu de 3,5% para 4,4% em um mês, de fevereiro a março.

A Espanha, o segundo país, depois da Itália em número de mortos, voltou a exceder 900 mortos na sexta-feira, como havia acontecido no dia anterior, e já está perto de 11.000 mortes. No entanto, autoridades de saúde espanholas insistem em que as hospitalizações e contágios continuam baixando.
Na Alemanha, as medidas de restrição também começam a surtir efeito, segundo o governo. Os números dão "esperança", mas ainda é "muito cedo" para suavizar as medidas, disse a chanceler Angela Merkel.
Se o coronavírus testa o sistema federativo nos Estados Unidos, na UE desafia a solidariedade entre países.
O ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz, disse nesta sexta-feira que a União Europeia deve ativar o fundo de resgate do Mecanismo Europeu de Estabilidade para apoiar os Estados cujas economias são mais afetadas pela crise do coronavírus.
Espanha e Itália pressionam pela emissão de dívida européia, os chamados "coronabonos", que a Alemanha e a Holanda rejeitam.
Na Grã-Bretanha, outras 684 mortes foram registradas, superando seu próprio recorde de mortes diárias, enquanto o governo conclui a construção de um gigantesco hospital de campanha com 4.000 leitos.
O primeiro-ministro Boris Johnson, que deu positivo, permanecerá convalescente por mais uma semana, embora esteja no comando de seu gabinete. A rainha Elizabeth, 93 anos, abordará a nação no domingo, pela quarta vez em seu reinado de 68 anos.
Concorrência sem piedade
Diante da pandemia, os países organizam e enfrentam, da melhor maneira possível, a escassez de material e as exigências de segurança não apenas das equipes de saúde, mas também de outros setores econômicos que devem continuar funcionando.
A concorrência desencadeada por essa situação é implacável.
"Os mercados de suprimento de coronavírus estão entrando em colapso", disse o professor Christopher R. Yukins, da Universidade de Washington, em uma videoconferência.
Os compradores não são apenas governos, mas regiões, empresas, até legisladores que vão a fábricas, pontos de distribuição, dispostos a levar máscaras, equipamentos médicos, o que for, pagando em dinheiro e pelo preço que pedem.
"Nossos cônsules que vão às fábricas chinesas encontraram colegas de outros países que queriam passar por cima dos nossos pedidos. Eles tinham mais dinheiro. Cada remessa é uma briga", explicou o deputado ucraniano Andrii Motovylovet, via Facebook.
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o francês Emmanuel Macron pediram "maior cooperação" dentro da ONU.
Paradoxalmente, o coronavírus reduziu os confrontos em cenas de guerra como a Síria ou o Iêmen.
Nesses países, agora por causa do coronavírus, "o pior ainda está por vir", alertou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.
Na Líbia, um país devastado pela guerra civil, a primeira morte foi registrada pelo COVID-19. Também foi registrado um caso em Beni, onde surgiu a epidemia de Ebola, na República Democrática do Congo.
Testemunhos comoventes
O coronavírus confinou metade da humanidade e os contágios já excederam um milhão de casos. Por trás disso, há o exército invisível daqueles que não apresentam sintomas, mas que podem espalhar a doença.
A pandemia desencadeia testemunhos comoventes.
Na Espanha, onde na sexta-feira as 900 mortes por dia de coronavírus foram excedidas e o saldo total é próximo de 11.000, uma mãe infectada deu à luz e ainda não foi capaz de tocar seu bebê sem luvas, do qual ficou fisicamente separada por dez dias.
"Ele agarra seu dedo, coitado, e ele agarra o plástico. Mas é um dia a menos, tem que pensar assim para não ficar deprimido", descreve Vanesa Muro.
Na cidade equatoriana de Guayaquil, a saturação dos serviços funerários fez com que os mortos fossem transportados pelas próprias famílias em carros particulares ou ficassem por horas em casa.
Mas na luta diária há vislumbres de esperança.
Os cientistas experimentam coquetéis de drogas, fazem testes em larga escala.
Diana Berrent, de Nova York, doou seu plasma, que contém anticorpos valiosos. "Podemos ser os que correm em direção ao fogo, usando o uniforme de proteção que nosso corpo criou. É uma ocasião incrível", explica essa mulher de 45 anos.
A China, onde surgiu o surto, fará três minutos de silêncio no sábado em uma homenagem àqueles que perderam a vida por essa pandemia.
Na cidade de Wuhan, a drástica quarentena começou a ser suspensa: a circulação recomeça e as lojas gradualmente abrem suas portas.
Em Buenos Aires, os idosos ficaram em longas filas diante dos bancos, no primeiro dia de atenção pública exclusiva desde que o isolamento social obrigatório do novo coronavírus foi decretado em 20 de março.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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