Notícias do dia: Bolsonaro
x Moro, 159 mortes por coronavírus no Brasil e o auxílio de R$ 600
O novo coronavírus já matou 159
pessoas no Brasil e infectou mais de 4,5 mil. Para tentar
reduzir o ritmo da contaminação, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defendeu
novamente o isolamento social, contrariando o presidente Jair
Bolsonaro. A crise do coronavírus também elevou a tensão entre Bolsonaro e o ministro da Justiça
Sérgio Moro. E, para tentar diminuir os impactos econômicos, o
Senado aprovou o auxílio de R$ 600 a informais, intermitentes e MEIs.
Leia também sobre o rombo nas conta públicas,
a diminuição do preço do gás de cozinha,
a reação a proposta de cortar salário
do funcionalismo, o avanço da covid-19 nos EUA e
a nova data dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Veja abaixo a lista das principais notícias do 'Estadão' nesta
segunda-feira, 30 de março de 2020:
© Dida
Sampaio/Estadão O plenário do Senado Federal
O Senado aprovou, de forma unânime, a criação de um auxílio emergencial de R$ 600
a trabalhadores informais, intermitentes e microempreendedores individuais
(MEIs). O vice-presidente da Casa, senador Antônio Anastasia (PSD-MG),
antecipou a conclusão da votação para acelerar o trâmite de envio da mensagem
de aprovação à Presidência da República. Como o tema é urgente, o objetivo é
que o presidente Jair Bolsonaro sancione o texto o mais rápido possível.
O Brasil registrou, em atualização da plataforma do Ministério da Saúde, 4.579 casos
confirmados da covid-19,
transmitida pelo novo coronavírus.
O número corresponde a 323 novas confirmações em relação à última atualização,
feita domingo, dos dados da pandemia no País. As mortes pela doença chegam a
159 , com aumento de 23 óbitos em relação à ultima contagem. O índice de letalidade
está em 3,5%.
© Dida Sampaio /
Estadão O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta
segunda-feira, 30, que a população tem que seguir as orientações dos Estados
na condução das ações de combate ao coronavírus. A afirmação do ministro
contraria frontalmente o discurso que tem sido defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, que não tem poupado
críticas duras aos Estados, por causa de suas quarentenas.
© GABRIELA BILO /
ESTADÃO O presidente Jair Bolsonaro e o ministro Sérgio Moro
O presidente Jair Bolsonaro está irritado com a postura do
ministro da Justiça, Sérgio Moro, na crise do coronavírus. No final de
semana, o presidente reclamou a interlocutores que Moro é “egoísta” e não está
atuando para defender as suas posições no enfrentamento às medidas restritivas
dos Estados e municípios como controle da covid-19.
© Dida Sampaio /
Estadão O governador de São Paulo, João Doria (PSDB)
O governador João Doria (PSDB) voltou a criticar o comportamento
do presidente Jair Bolsonaro durante coletiva para anunciar medidas de combate
ao avanço do coronavírus no Estado de São Paulo. Doria reforçou a
orientação para que a população fique em casa e não siga as falas ou gestos de
Bolsonaro, que visitou o comércio em Brasília ontem. "Neste caso, não
sigam as orientações do presidente da República do Brasil. Ele não orienta
corretamente a população e lamentavelmente não lidera o Brasil no combate ao
coronavírus e na preservação da vida", afirmou.
© Paulo
Vitor|Estadão Prédio da Petrobrás, no Rio de Janeiro
A Petrobrás anunciou a terceira redução no preço do Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP) nos últimos 10 dias, de 10% nas refinarias a
partir desta terça, 31. Com mais essa queda, o preço do produto, que afeta as
famílias de baixa renda, acumula corte de 21% nos preços neste ano.
© Marcelo Camargo/
Agência Brasil O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou que o
enfrentamento à pandemia do novo coronavírus fará com que o ano de 2020 seja
bastante atípico para a gestão fiscal do governo. Ele citou a estimativa do
governo de um déficit primário superior a R$ 350 bilhões neste ano.
© Dida Sampaio/Estadão A Esplanada dos
Ministérios, em Brasília, que abriga órgãos do Executivo federal
As discussões sobre corte de salário do funcionalismo para dar fôlego ao
setor público em tempos de coronavírus levaram os servidores a reagir.
Sindicatos e entidades de classe tentam organizar o discurso e intensificaram o
“corpo-a-corpo” com parlamentares - virtual e por telefone, respeitando o
isolamento social. O argumento dos representantes das categorias é que o corte
de salário não foi adotado em nenhum país do mundo e que tem pouco impacto
financeiro
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou, nesta segunda-feira,
30 a pedir às pessoas que continuem a seguir as medidas de distanciamento
social até abril para impedir que o coronavírus se espalhe, e disse que mais de
1 milhão de americanos foram testados para a covid-19. Os EUA são
o país com maior número de casos no mundo. No domingo, o total ultrapassou 140
mil, com 2,5 mil mortes.
Seis dias depois do anúncio oficial do adiamento por causa da pandemia
do novo coronavírus, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio já têm novas datas.
O Comitê Olímpico Internacional (COI)
anunciou que a Olimpíada será disputada entre os dias 23 de julho e 8 de
agosto de 2021, no mesmo período que seria realizada neste ano (24 de julho
a 9 de agosto). O mesmo vale para a Paralimpíada, que começará em 24 de
agosto e irá até 5 de setembro de 2021.