sábado, 8 de fevereiro de 2020

REAJUSTE DE SERVIDORES EM MG IMPEDE A RECUPERAÇÃO FISCAL DO ESTADO


Rodrigo Maia vê reajuste a servidores da segurança em Minas como entrave à recuperação fiscal

Bruno Inácio




 
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                                 Maia se manifestou durante evento em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira (7) que a proposta de reajuste aos servidores da segurança, apresentada pelo governador Romeu Zema (Novo) deve inviabilizar a adesão de Minas Gerais ao plano de recuperação fiscal.
"Hoje fiquei um pouco assustado. Vi uma matéria (dizendo) que o governador de Minas mandou para Assembleia uma proposta de aumento para a área de segurança de 11% no primeiro ano, 12% e 13%. Você dá aumento sem nenhuma condição fiscal e depois vai inviabilizar a adesão de Minas ao Plano de Recuperação Fiscal", afirmou o presidente da Câmara, em evento sobre a concessão de rodovias, em Duque de Caxias (RJ).
O regime de recuperação fiscal é um programa do governo federal, previsto na Lei Complementar 159/2017, por meio do qual estados em desequilíbrio financeiro podem reorganizar suas contas, numa espécie de recuperação judicial pública. Aprovado na gestão de Michel Temer (MDB), o texto veda que os entes federativos deem reajustes a servidores durante a vigência do plano.
Desde outubro de 2019 tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), um projeto de lei que autoriza o Estado a aderir ao regime de recuperação. O texto prevê que o Estado fique livre de pagar os serviços da dívida (juros, encargos adicionais e amortização do principal dos empréstimos) com a União por três anos, enquanto recebe benefícios financeiros. Em contrapartida, cortes, leilões e ajuste fiscal devem ser feitos, para impedir que os gastos sejam maiores que as despesas.
Nessa quinta-feira (6), o governador Romeu Zema enviou à ALMG uma proposta de aumento escalonado aos servidores da Segurança Pública de Minas. Os percentuais previstos de acréscimo nos vencimentos dos funcionários da área são de 13%, em julho de 2020; 12%, em setembro de 2021; e 12%, em setembro de 2022.
O projeto é resultado de um acordo entre o governo e servidores. Estão incluídas as carreiras das Polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros e dos corpos de agentes penitenciários e de segurança socioeducativa. Também serão abrangidos os servidores administrativos da Polícia Civil e os civis que atuam na PM.
O único reajuste que a legislação autoriza, durante a vigência de planos de recuperação fiscal, é o anual, que incorpore apenas as perdas da inflação, para que não haja perda real de renda pelos servidores. Na visão de Maia, essa regra não deve ser alterada pela Câmara e Minas não pode dar exemplo contrário.
"A Câmara não vai votar um plano para flexibilizar as regras de gasto público. Eu sei que eu fiquei um pouco assustado porque essas decisões contaminam a todos. Minas é um estado vizinho ao nosso e contamina o Rio de Janeiro", disse. Procurado, o governo de Minas não comentou as declarações de Maia.
O Rio é o único estado brasileiro que, atualmente, está em regime de recuperação. O Ministério da Economia, pasta responsável por viabilizar as concessões do regime, explicou, por meio de nota, que as regras do regime precisam ser seguidas "após a entrada do estado no regime, o que ainda não ocorreu."
Ainda não há prazo para que a ALMG aprove o plano recuperação fiscal de Minas. Segundo a Secretaria de Estado de Fazenda, se não entrar no regime, o Estado fechará 2020 com prejuízo de R$ 15 bilhões.
Nesta semana, Zema afirmou que os repasses constitucionais obrigatórios de R$ 7 bilhões aos municípios mineiros dependem da aprovação do plano na ALMG. O governador anunciou que fez o pagamento na última sexta-feira (31) da primeira das três parcelas dos repasses constitucionais, referentes a janeiro de 2019, que somam R$ 1 bilhão, e que os R$ 6 bilhões restantes serão pagos em 30 parcelas a partir de abril, se houver a adesão.
“O pagamento das 33 parcelas depende, sim, que Minas Gerais venha aderir ao regime de recuperação fiscal. Já fizemos os pagamentos das primeiras parcelas, mas os pagamentos de todas depende desses ajustes estruturais”, disse.
Para a adesão de Minas e outros estados ao regime, o governo federal vai propor ao Congresso uma nova roupagem para o programa. A ideia é aumentar o prazo de pagamento para dez anos (hoje são seis), mas diminuir a carência (tempo em que os estados ficariam sem quitar as parcelas). Depois de seis meses a um ano, os Estados teriam que pagar pelo menos os juros da dívida.
O novo modelo está em discussão e exigirá a aprovação de lei complementar. Uma das alternativas é incluir a mudança no projeto que cria o Plano de Promoção do Equilíbrio um novo programa de socorro aos Estados e municípios menos endividados.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 08/02/2020


Autonomia do Banco Central

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini








Defendida no plano de governo do candidato derrotado do PT à presidência, Fernando Haddad, a autonomia do Banco Central enfrenta resistência do partido na Câmara. Dois projetos tramitam no Congresso Nacional. Um deles, enviado pelo Planalto (PLP 112/19), poderá ser votado após o Carnaval, segundo previsão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A bancada petista, liderada pelo deputado Ênio Verri (PR), sustenta que o BC já tem “bastante autonomia”.

Mercado
Verri também afirma que “o Banco Central não sofre nenhuma intervenção do dirigente do país, não importa qual a linha ideológica, se de esquerda, direita, ou de centro”. Conceder a autonomia, complementa, “será a absoluta subordinação da economia brasileira aos interesses das bolsas de valores”.

Mandatos
Entre outros pontos, o projeto cria mandatos para o presidente e para os diretores do Banco Central. O relator, deputado Celso Maldaner (MDB-SC), alterou o texto para assegurar o mandato do atual presidente do BC e de mais dois diretores até de 2024.

Funasa
O presidente da Funasa, Ronaldo Nogueira, alvo de operação da Polícia Federal, manifesta à Coluna ter “o maior interesse no esclarecimento dos fatos” e que não tem receio da apuração. A investigação apura desvio de valores do extinto Ministério do Trabalho, chefiado por Nogueira no governo Temer.<EM><QA0>

Plantações
O Ministério da Educação afirma que o chefe da pasta, Abraham Weintraub, apenas “fez referências a uma série de reportagens” quando afirmou que existem plantações de maconha nas universidades federais.

Liberdade
No ofício encaminhado à Câmara, ao qual a Coluna teve acesso, a pasta diz que a manifestação do ministro foi realizada com “suporte na liberdade de expressão e de imprensa”. O documento afirma ainda que o “uso de uma fala por vezes incisiva expõe a preocupação do ministro com o adequado uso de bens públicos”.
Doleiro
A subprocuradora-geral da República, Luiza Frischeisen, assina parecer encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça no qual se manifesta contra dois habeas corpus apresentados por Dario Messer, conhecido como o “doleiro dos doleiros”.

Delitos
“Conceder o HC seria perigoso”, resume a subprocuradora ao sublinhar “a gravidade dos delitos cometidos por Dario Messer e o fato de que ele ficou foragido por mais de um ano”.

Investimentos
Investimentos recuaram 2% em dezembro de 2019 no Brasil, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A construção civil teve variação negativa de 1,6% e os investimentos em máquinas e equipamentos registraram retração de 6,8%.

Simon
O Senado Federal fará nas próximas semanas sessão especial em homenagem aos 90 anos do ex-senador e ex-ministro Pedro Simon (MDB-RS).
Esplanadeira
# O Grupo Parlamentar de Amizade Brasil - Bélgica será instalado na terça-feira (12), no Salão Nobre da Câmara dos Deputados.

GOVERNO SANCIONA LEI DO CORONAVÍRUS NO BRASIL


Bolsonaro sanciona lei para enfrentamento do novo coronavírus

Agência Brasil








O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que trata das medidas de enfrentamento emergencial, no âmbito da saúde pública, do novo coronavirus. A íntegra da Lei 13.979 foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (7).
A nova lei prevê a adoção de medidas como isolamento, que é a separação de pessoas doentes ou contaminadas, bem como de diversos tipos objetos, bagagens, mercadorias e encomendas postais, entre outros; e quarentena, que é a restrição de atividades ou separação de pessoas e objetos suspeitas de estarem contaminadas pelo vírus.
Seguindo o mesmo objetivo, de proteção da coletividade, a lei prevê também a realização compulsória de exames e tratamentos médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e outras medidas profiláticas que se considerarem necessárias; exumações, necropsias, cremações e manejo de cadáveres; restrições para a entrada e saída de pessoas do país; e requisição de bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas.
Também está prevista a autorização excepcional e temporária para a importação de produtos sujeitos à vigilância sanitária sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o texto, todas as medidas precisam ter por base “ evidências científicas e em análises sobre as informações estratégicas em saúde”.
Para as pessoas afetadas pelas medidas descritas na nova lei estão previstos direitos como o de gratuidade no tratamento e de serem informadas permanentemente sobre o seu estado de saúde.
Toda ausência decorrente das medidas previstas na lei sancionada será considerada falta justificada, tanto para o serviço público como para o privado.
Dispensa de licitações
A lei que trata do enfrentamento ao novo coronavírus possibilita a dispensa de licitação para a aquisição de bens, serviços e insumos de saúde destinados ao enfrentamento da doença, e torna “obrigatório”, para órgãos e entidades, o compartilhamento de dados essenciais à identificação de pessoas infectadas ou com suspeita de infecção.
Ainda segundo a lei, que vai vigorar enquanto perdurar o estado de emergência internacional pelo coronavírus, toda pessoa colaborará com as autoridades sanitárias na comunicação imediata de possíveis contatos com agentes infecciosos do coronavírus, e sobre a circulação em áreas consideradas como regiões de contaminação pelo coronavírus.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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